Caso Estudo - O Consumo de Energia na Restauração

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Case study O Consumo de Energia na Restauração © Copyright, Cgreen Janeiro 2014

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Caso de Estudo em Restaurante de Média Dimensão

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Case study O Consumo de Energia na Restauração

© Copyright, Cgreen

Janeiro 2014

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1 Case Study – O Consumo de Energia na Restauração

Índice

Sumário Executivo ................................................................................................................................................... 2

Processo de Análise ................................................................................................................................................. 2

Síntese dos Medidores instalados .......................................................................................................................... 3

Evidências Recolhidas ............................................................................................................................................. 4

Situações Comportamentais .................................................................................................................................. 7

Sobre a Cgreen ......................................................................................................................................................... 7

Índice de Quadros

Ilustração 1 - Ilustração 2 - Consumo Total em Euros .......................................................................................... 4

Ilustração 3 – Exemplo do consumo no sector de Frio (diário e em dia de semana) ................................... 5

Ilustração 4- Consumo Mensal no mês de Outro do AVAC / Exaustão ............................................................ 5

Ilustração 5 - Repartição de Consumos ...................................................................................................................... 6

Ilustração 6 – Comparativo de Consumo ao longo do mês ................................................................................ 6

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2 Case Study – O Consumo de Energia na Restauração

Sumário Executivo

Quando fomos contactados pelo Cliente, o Restaurante D´Oliva em Junho de 2013, afim de

procedermos a uma análise ao consumo de energia do seu espaço comercial (um restaurante

de média dimensão e cuja factura de energia ascendia mensalmente a 2500 Euros), a nossa

primeira abordagem foi perceber como é que o cliente olhava para esse consumo de energia

e saber o que estava a fazer para tentar baixar esse consumo. Questionámos, por isso, o

cliente sobre os eventuais motivos para tal consumo tão elevado. De facto, não sabiam o

que estava a originar tal consumo. Porém, foi-nos dito que tinham procedido a uma

alteração na iluminação, com a renovação de lâmpadas de baixo consumo em grande parte

das instalações. No entanto, essa alteração não tinha provocado grandes poupanças e a

respectiva redução no valor que era pago.

Percebemos, também, que tirando essa alteração, poucas coisas poderiam ser alteradas. Já

que, e devido às regras que vigoram para a higiene e segurança alimentar, com especial

relevo para o frio, e no seguimento das normas HACCP, quaisquer alterações ao nível de

equipamentos, eventualmente, mais eficientes em termos energéticos, não eram

compensatórios (já que o payback era elevado e o investimento necessário era avultado).

O cliente já tinha tido ouvido falar do nosso produto (CgreenEMS), bem como a forma como

realizamos o nosso trabalho, que é essencialmente orientado para a poupança, através da

interpretação e alteração de comportamentos com o uso da energia. Ou seja, o nosso

produto e o nosso trabalho não implicava a aquisição de novos equipamentos, mas sim uma

reorientação ao nível comportamental.

Com base nesta primeira avaliação, concluímos que, de facto, o cliente não sabia onde era

consumida mais energia, nem quando era consumida essa energia, principal razão para

compreender o que poderia ser corrigido e assim poder corrigir o seu comportamento com a

utilização da energia electrica.

Processo de Análise

Elaborámos um plano em quatro fases que apresentámos ao cliente, que com a sua

concordância implementámos na seguinte forma:

Primeira fase - levantamento ou pré-auditoria, quis-se caracterizar a instalação,

percebendo quais os equipamentos instalados, a potência contratada, o tarifário de

energia, os horários de utilização, etc. Ou seja, percebermos as características e o modus

operandi do espaço.

Segunda fase - auditoria técnica, mais concretamente à própria infra-estrutura eléctrica

(quadros técnicos de energia) e condições de comunicações com o exterior (Internet),

essencial para a recolha e processamento dos dados recolhidos pelos medidores.

Terceira fase - instalação de medidores, o que nos possibilitava analisar o consumo

efectivamente realizado (saber o onde e o como).

Quarta fase – Monitorização e Análise

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3 Case Study – O Consumo de Energia na Restauração

Assim, após as duas primeiras fases realizadas, pudemos determinar 3 grandes zonas de

consumo de energia, na seguinte forma:

Frio – zona de frigoríficos

Equipamentos – Diversos equipamentos instalados

AVAC / Exaustão de Fumos – Climatização e extracção de fumo sala de refeições

Síntese dos Medidores instalados

Medidor 1 – Geral da Instalação

(de modo a percebermos o consumo total e a detectar diferenças nos consumos parciais)

Medidor 2- Equipamentos

(Equipamentos que estão ligados à própria actividade do Restaurante)

Medidor 3 – Frio (frigoríficos)

(Zona muito utilizada no período antes e durante as refeições)

Medidor 4 – AVAC e Exaustão de fumo (o restaurante tem uma zona especifica apenas para

fumadores onde estão instalados nessa zona exaustores de fumos)

(Sistema de Ar condicionado e exaustão de fumo)

Ao realizarmos a instalação dos medidores e darmos inicio ao processo de monitorização,

permitiu-nos despistar no final do primeiro mês de análise alguns comportamentos. No

entanto, ao concluirmos o nosso trabalho ao fim de quatro meses, pudemos demonstrar e

apresentar algumas recomendações, tendo por base um conjunto de evidências nos dados

recolhidos e na análise complementarmente realizada.

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4 Case Study – O Consumo de Energia na Restauração

Evidências Recolhidas

Ilustração 1 - Ilustração 2 - Consumo Total em Euros

Verificámos que o consumo geral médio em energia activa rondou os 1800 Euros nos meses

de Setembro a Dezembro (o exemplo acima apenas mostra o consumo no mês de Novembro).

Sector de Frio

Os sistemas de Frio demonstram consumos que variam entre 0,40 kWh, nos períodos em que

o Restaurante está encerrado (ao domingo) e durante a semana e consumos de 2,79 kWh,

em horários (durante a semana e ao sábado).

Determinámos que nos períodos após refeições (detectado às 14h30 e às 22h30) o consumo é

maior. Ou seja, aferimos que o consumo no sector do Frio é cerca de 6 vezes maior em horas

em actividade do que em alturas em que está encerrado. O que em termos de valor varia

entre cerca de € 5.00 ao domingo e € 14.00 nos dias de semana.

Este consumo reflecte-se, também, no seu custo em virtude dos tarifários (ver nota1). Já

que os períodos de maior consumo realizam-se em Horas de Ponta e em Horas de Cheia

(entre as 11:30 e as 22:30), períodos em que o valor do kWh é mais elevado.

1 O tarifário do Restaurante tem um regime tetra-horário, em termos de tensão é um BTE (Baixa

Tensão Especial) e uma potência contratada de 100 kW.

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5 Case Study – O Consumo de Energia na Restauração

Ilustração 3 – Exemplo do consumo no sector de Frio (diário e em dia de semana)

Sector AVAC e Exaustão

O sistema de AVAC e de Exaustão de Fumos está bem dimensionado para o espaço e de

acordo com o que pudemos analisar, é apenas accionado manualmente, dando assim a

liberdade para a sua entrada em funcionamento, sempre que seja necessário e desligar,

sempre que o mesmo não seja necessário.

Com o sistema de AVAC e de Exaustão de fumos o valor que é consumido diariamente varia

entre € 8.00 e os € 15.00 nos dias em que o restaurante está aberto ao publico e um valor de

€ 1.15 nos dias em que está encerrado.

Obs.: Mesmo nos dias em que o sistema se encontra desligado (mas a ser alimentado de

energia), causam consumos que podem ser considerados de valor residual, devido ao seu

baixo valor.

Ilustração 4- Consumo Mensal no mês de Outro do AVAC / Exaustão

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6 Case Study – O Consumo de Energia na Restauração

Repartição de Consumos na Instalação

Como base na análise geral ao consumo, verificou-se uma repartição percentual na seguinte

forma:

Ilustração 5 - Repartição de Consumos

Ilustração 6 – Comparativo de Consumo ao longo do mês

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7 Case Study – O Consumo de Energia na Restauração

Situações Comportamentais

Com base na nossa intervenção e depois de terem sido demonstradas ao Cliente as

evidências do consumo de energia, relativo aos meses de Setembro, Outubro, Novembro e

Dezembro, pudemos constatar o seguinte:

Sector Frio

Os períodos de maior consumo na zona identificada como frio, verificam-se nos períodos

antes e após as refeições, o que sugere (e mais tarde conferido com o cliente essa situação)

que existe um maior número de abertura das portas dos frigoríficos nesses períodos e que

algumas vezes as mesmas são deixadas abertas por tempos desnecessários, originando, por

isso, um maior consumo, em virtude de haver uma necessidade de repor as condições de

frio.

Recomendação: Deve existir uma melhor gestão no retirar ou repor dos alimentos,

evitando-se um maior número de vezes a abertura de portas e encurtar o tempo em que

este equipamento fica aberto.

Sector AVAC / Exaustão de Fumos

Verificou-se que por diversas vezes este equipamento é utilizado sem necessidade

(utilização em horário em que não existe clientela no estabelecimento), por outro lado,

verificou-se que este equipamento é deixado ligado após o encerramento (depois das

02h00), ficando ligado o resto da noite e até à entrada dos trabalhadores no outro dia. Se

esse dia foi ao domingo, acontece que fica mais de 24h ligado.

Recomendação: O equipamento deve ser sempre desligado, quando não existe essa

necessidade. Devendo existir actuadores que garantam que o equipamento é desligado a

partir de uma determinada hora.

Sobre a Cgreen

A Cgreen® é uma empresa que teve a sua génese em 2009 e tem como grande objectivo a

eficiência energética, a redução no consumo de energia eléctrica e a sustentabilidade

ambiental.

Nas suas diversas áreas de actividade, planeia e instala sistemas para : Energia termo solar;

Energia fotovoltaica; Energia micro eólica; Mini hídrica, sistemas de captação de água,

sistemas de iluminação publica, entre outros.

Ao nível das Tecnologias de Informação e no seu departamento e I&D, destaca-se o

desenvolvimento deu uma aplicação informática num modelo de cloud computing e que

permite aos clientes monitorar, analisar, estimar e gerir os consumos de energia.

Saiba mais em: www.cgreen.pt

Produzido por: Rui Loureiro