Casos de Consciência - Joseph Pipa

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    Joseph Pipa

    Os uritanos

    SrieLivrosDigita

    is

    CASOS DEConscincia

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    Casos de Conscincia 2012, Editora os Puritanos/Clire

    1 Edio em Portugus outubro 2012 - Edio Digital permido baixar e comparlhar esta publicao digitalmente, seno vedada a repro-

    duo total ou parcial desta publicao por meio impresso, sem autorizao por escrito

    dos editores, exceto citaes em resenhas.

    PALESTRA PROFERIDA, E PUBLICADA NA REVISTA OS PURITANOS, EDIO

    ESPECIAL DE 2007, PELO PR. DR. JOSEPH PIPA, PRESIDENTE DO GREENVILLE

    PREBYTERIAN THEOLOGICAL SEMINARY SOUTH CAROLINA, NO III SIMP-SIO OS PURITANOS, RECIFE /1994.

    EDITADO PORManoel Canuto

    PROJETO GRFICO E EDITORAO CAPA E MIOLO Heraldo F. de Almeida

    Pipa, Joseph, 2012

    Casos de ConscinciaRecife: Editora Os Puritanos/Clire, 201224 p.: 14 x 21 cm

    1. Conscincia 2. Cuidado Pastoral 3. Aconselhamento Bblico4. Pastor Puritano

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    CASOS DE CONSCINCIA

    T crise na Igreja hoje. Boa parte do cristianismo su-perficial e raso. A f crist no tem sido aplicada em todas as reasda vida. Os crentes professos so geralmente sem cultura bblica,conhecem pouco a Bblia e por isso no sabem aplicar sua f vidadiria. Muitos dos pastores esto pouco equipados para ajud-los.Mais uma vez so os puritanos que podem nos mostrar o cami-nho da soluo. Eles eram mestres na cura das almas e estavam a

    par das necessidades do povo, da sua poca. Eram muito hbeisem fazer o diagnstico dos problemas humanos e de aplicar osprincpios bblicos a estes problemas. Para atingir este objetivoeles desenvolveram um mtodo que ns chamamos de Casos deConscincia.

    Queremos abordar o cuidado do pastor puritano quando elelidava com casos de conscincia. William Perkins foi um gran-

    de lder nesta rea e na de pregao. Ele passava os domingos tarde recebendo pessoas que lhe traziam seus problemas e dvi-das. Escreveu uma srie de livros para ajudar a Igreja nesta rea:A Respeito da Conscincia, Um Tratado Completo Sobre Casosde Conscincia, Um Tratado Sobre Vocao, Um Tratado SobreEconomia(no qual tratava de problemas familiares e financeiras).Perkins escreveu estes livros, porque via a grande necessidade na

    sua cultura. Queria providenciar para os pastores recursos santos,pelos quais eles pudessem compreender os casos de conscincia eresolv-los. Ele queria tambm ajudar os leigos a desenvolveremsuas conscincias na direo de uma vida piedosa. Cem anos de-

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    pois surgiu Richard Baxter que tambm foi um lder nesta rea.No livro Pastor Reformado, escrito por ele (Pastor Aprovado

    Editora PES) lemos: Ns devemos estar prontos para dar con-selhos queles que nos procuram com problemas de conscincia.Especialmente aquela pergunta que os judeus fizeram a Pedro eque o carcereiro fez a Paulo e Silas: O que podemos fazer parasermos salvos?.

    O pastor no somente um pregador pblico, mas ele deve serconhecido como um conselheiro das almas do seu povo. Assim

    como o mdico cuida do corpo, e o advogados dos bens, assimtambm o pastor deve ser aquela pessoa a quem cada um traz seusproblemas e dificuldades da alma, buscando soluo. Os purita-nos acreditavam que a soluo dos problemas de conscincia faziaparte do ministrio proftico de Cristo para o qual Ele havia co-missionado a Igreja.

    Talvez voc esteja perguntando o que venha a ser Casos de

    Conscincia? Pela palavra conscincia eu me refiro quilo queDeus colocou entre ns e Ele e que age como juiz. Cada um dens, ao nascer, recebeu uma conscincia. Perkins disse: Cons-cincia uma coisa que foi colocada por Deus, entre ns e Ele,como um rbitro para fazer julgamentos em favor do homem oucontra o homem diante de Deus. aquilo que Deus colocou emnosso corao e que atua atravs da nossa mente nos absolvendo

    ou nos condenando. Sabemos que em Romanos 2 Paulo fala daconscincia dos gentios. O papel da conscincia duplo. Primeiro, alguma coisa que testifica. A conscincia observa e grava nos-sas decises, emoes e atitudes. Em segundolugar, a conscinciafaz um julgamento sobre estas coisas. Uma conscincia que acusaproduz vergonha, tristeza, medo, desespero, falta de paz, desor-dem interior e angstia. Uma conscincia que absolve, traz paz,

    alegria e encorajamento. Como Paulo diz no captulo 5: Justifica-dos, pois, pela f temos paz com Deus.... Dessa forma, existem doistipos de conscincia: A conscincia m (ou no regenerada) e aconscincia boa.

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    1. Conscincia m. A conscincia do homem natural, do no re-generado, est morta. Isso acontece quando a conscincia dele no

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    a cada segundo por toda a eternidade. isso que a Bblia quer dizercom onde no lhes morre o verme, nem o fogo se apaga (Mc 9:48).Os puritanos ensinavam que aquele verme mencionado pelo SenhorJesus refere-se conscincia. Se voc uma pessoa no convertidae vem continuamente endurecendo o seu corao contra Cristo e oEvangelho, no inferno a sua conscincia haver de sempre lembr-lode todas as oportunidades que teve para aceitar o Evangelho e de todo

    pecado que cometeu contra Deus. No ter um nico segundo depaz ou descanso. Voc vai apenas desejar que tivesse atendido suaconscincia enquanto estava vivendo aqui.

    2.Conscincia boa. Em segundo lugar temos a boa conscincia,que foi regenerada pelo Esprito Santo. Ela testifica com relao aoestado do pecador e sua situao diante de Deus, bem como testifica

    os seus deveres. Quando o Esprito Santo trabalha atravs da consci-ncia a pessoa chega segurana da sua salvao. Quando nos faltacerteza de salvao porque a conscincia no est em paz. Portanto,para os Puritanos um dos tipos mais importantes de pessoas com ca-sos de conscincia era daqueles que duvidavam de sua salvao. OsPuritanos procuravam ajud-los a ter esta certeza, e julgar, pela cons-cincia, o seu prprio estado diante de Deus.

    Outra rea em que a conscincia opera tem a ver com nossasobrigaes. Esta se constitua a base da tica puritana. Conside-rando que nossa conscincia nos condena ou nos absolve diante

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    Em outras palavras, o nico ato de obedincia aceitvel a Deus aquele comandado e prescrito pela Escritura. Portanto somen-

    te a Bblia que regula e orienta a nossa conscincia. Mas isto noscoloca em dificuldades. A Bblia um livro muito antigo e foi es-crito numa cultura agrcola, e muitas das leis da Bblia se dirigiama Israel como nao e no como Igreja somente. Como descobrirna Bblia os princpios eternos de Deus para nossa vida hoje? Eraesta a tarefa principal dos Puritanos, quando resolviam casos deconscincia. Eles procuravam determinar quais os princpios da

    santa Palavra de Deus que extrapolavam a cultura, e aplicavamestes princpios aos seus dias. Por exemplo: as casas hebraicas ti-nham um teto reto, portanto, no V.T. lhes era prescrito fazer umparapeito. A maioria de ns hoje no tem um andar assim, masse tivssemos o princpio do parapeito (proteo) significaria quedeveramos cercar nossa rea dessa forma. O princpio que nsdevamos organizar a nossa propriedade de tal forma que no

    acontecesse nenhum acidente a algum. A maneira como os puri-tanos desenvolveram isto chamada de silogismo prtico.

    O silogismo foi algo desenvolvido por Aristteles na sua lgica.Tem uma premissa principal que um princpio geral, e um prin-cpio menor e secundrio que uma premissa que pode ser ob-servada, e finalmente a concluso. Naturalmente que, se sua pre-missa maior estiver equivocada, atravs do silogismo, se chegar a

    concluses erradas. Exemplo: Todos os homens so mentirosos(premissa maior); Joseph Pipa um homem (premissa menor);qual a concluso? Joseph Pipa um mentiroso. Veja que o pro-blema no a premissa secundria, mas a primeira, a maior. OsPuritanos, portanto, se preocupavam em que a premissa maior ebsica fosse baseada em princpios da Escritura. Eles criam que,se estivessem corretos nesta premissa principal, tudo o mais seria

    correto. Exemplo de silogismo prtico puritano: Primeiro veja-mos algo na rea da salvao, o que para eles era uma coisa muitoimportante. William Ames nos d o seguinte silogismo prtico:Aquele que viver no pecado, morrer (premissa maior). Este

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    um princpio verdadeiro da Escritura. Eu estou vivendo no peca-do (premissa secundria); concluso: Eu morrerei. Isto como

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    viver eternamente. Eu Creio em Cristo; portanto no morrerei

    eternamente, mas viverei eternamente. Os Puritanos encoraja-vam as pessoas na segurana da salvao usando estas premissas. exatamente assim, que sua conscincia trabalha, s que ela tomaatalhos. No passamos atravs de todas estas premissas e etapas,mas intuitivamente atravessamos todas elas e chegamos a conclu-ses. Se tomarmos uma premissa errada, chegaremos a uma con-cluso errada. Portanto, nos casos de conscincia, importante

    que voc examine primeiro as premissas. A mesma coisa era v-lida para a anlise da atividade moral. Todos os assassinos estocondenados; eu sou um assassino; portanto eu estou condenado.

    O que Deus determinou para ser a nica regra de f e prticaeu devo crer e seguir. Esta nica regra de f e prtica apontada porDeus so as Escrituras Sagradas. Portanto eu devo ser cauteloso eobedecer Escritura na f e na prtica, como minha nica regra de

    f e prtica. Era isso que os puritanos queriam dizer com casos deconscincia, ou seja, aplicar a Palavra de Deus situao da pessoacom relao a Cristo ou sua conduta.

    Os Puritanos geralmente tinham trs reas de atuao comas pessoas. Estas trs reas no incio foram desenvolvidas porWilliam Perkins e davam ao povo mtodos seguros de como viver.Com relao ao homem na igreja, eles fariam a mesma coisa, ou

    seja, eles tratavam da responsabilidade do pastor com relao sua congregao e vice-versa, dos membros com o pastor; trata-

    vam das vrias responsabilidades dos presbteros; de como a Pa-lavra de Deus deve ser pregada, ou seja, eles sempre procuravam

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    dar ao povo princpios bblicos concretos, fazendo perguntas erespondendo-as a partir das Escrituras. Eles faziam a mesma coisa

    quando se tratava da relao do homem para com a sociedade.Vejamos alguns exemplos. O que uma pessoa pode e deve fazerpara se converter? Como as concupiscncias, os lapsos, as quedas,as inconsistncias com a graa, podem ser descobertas e mortifi-cadas? Como os ministros e pastores podero desempenhar seuministrio com relao s pessoas doentes, promovendo o seubem estar e assim ficar em paz com a prpria conscincia? Quais

    os meios que podem ser usados para converso dos nossos amigosdescrentes? Onde est aquela justia que requerida do homempara com o seu prximo? Que tipo de f aquela, sem a qual nopodemos obter nada de Deus? Qual a causa dos problemas inte-riores e como o crente deveria se comportar quando, por dentro epor fora, os problemas o atacam? Como podemos evitar as distra-es quando estamos desenvolvendo nossas tarefas sagradas? Por

    exemplo: De que maneira os homens de negcio podem mantersua vida devocional quando esto fora de casa no dispondo detodo tipo de meios de graa do Evangelho e expostos a todo tipode perseguio e tentao? Podemos parafrasear a pergunta: Deque maneira o jovem crente pode permanecer na f quando ele

    vai para a Universidade ou entra no servio militar?. Vocs, ago-ra entendem por que eu disse que estas perguntas so prticas e

    concretas.

    De que forma os Puritanos tratavam estes casos de conscin-cia? medida que falo como eles faziam, estarei ao mesmo tempodizendo como voc pode faz-lo.

    1.Atravs de sermes e literatura.

    Os Puritanos usavam a aplicao do seu sermo para resolvercasos de conscincia. Imaginemos o puritano pregando sobre a ne-cessidade de se guardar o Dia do Senhor. A aplicao poderia tratarda pergunta: De que forma eu posso guardar o Dia do Senhor em

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    relao aos meus negcios? Se eu sou um mdico, quais so minhasresponsabilidades para guardar o Dia do Senhor, sem trabalhar?. O

    princpio que na nossa pregao devemos antecipar as perguntas eos problemas que existem na congregao e responder na parte daaplicao do sermo. No digo que devemos fazer isto em todo ser-mo, mas esteja aberto para reconhecer as oportunidades nas quaispoder dar respostas bem concretas s pessoas. Mas podemos pre-gar sermes dirigidos a casos especiais de conscincia. Por exemplo:Aquelas perguntas citadas anteriormente foram tiradas de um ndice

    de uma srie de 6 volumes de sermes prticos escritos pelos Purita-nos para corrigir casos de conscincia. Eles so chamados de Devo-es Matinais em Gripow Gate. O propsito desta srie de sermesera exatamente responder s perguntas e dificuldades que as pessoashaviam trazido ao Conselho da igreja.

    Recentemente, em minhas pregaes, fiz sermes sobre casa-mento e famlia, fazendo perguntas como: Qual o papel da mulher

    e sua responsabilidade para com o marido? Qual a responsabilida-de e o papel do marido com relao sua esposa? Quais os deveresdas crianas com respeito aos seus pais? E dos pais com respeitoaos seus filhos? Este o tipo de sermo que ns pastores devemose podemos pregar periodicamente para instruo prtica da nossacongregao. Este seria, tambm, o tipo de pregao catequticaque se encontra nas igrejas Reformadas, pois, em ltima anlise,

    o Catecismo simplesmente um mtodo de resolver problemasde conscincia: uma pergunta feita, seguida por uma respostabblica. Pregar seguindo o Catecismo uma outra maneira de re-solver questes, at mesmo teolgicas, que as pessoas tm. Nossacongregao sempre tem dvidas teolgicas. Voc pode resolverestas questes ou na aplicao do sermo ou mesmo fazer umsermo sobre o assunto, como por exemplo: Ser que podemos

    evangelizar junto com os arminianos? Isto um caso teolgico deconscincia. Como sabemos que Jesus o eterno Filho de Deus?O que queremos dizer quando afirmamos que h trs pessoas nadivindade? Desta forma ajudamos as pessoas nos nossos sermes.

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    Os Puritanos escreveram livrospara tratar de casos de consci-ncia. J mencionei a grande quantidade de livros que o puritano

    William Perkins escreveu. Mas o livro clssico foi escrito por Ri-chard Baxter que chamado O Diretrio, que tem sido publica-do pela Soli Deo Gloriacom o ttulo de O Diretrio Cristo. Tratada relao do homem e sua alma com Deus e com seu semelhante.

    2. Aconselhamento.

    Alm da pregao, os Puritanos nos ensinam a necessidade

    de entrevistas em particular; o que chamamos comumente deaconselhamento pastoral. Para os Puritanos, aconselhamento noera aplicao de pseudo princpios de psicologia dirigidas s ne-cessidades das pessoas. Ao contrrio era sondar a conscincia,entender o problema e trazer o princpio bblico para a soluo.Portanto ns devamos encorajar nosso povo a trazer suas ques-tes ao pastor. Baxter diz no seu livro Pastor Reformado (Pastor

    Aprovado - PES): Mas se o povo no tem conhecimento desseministrio do pastor, e se no est a par dos seus deveres e dassuas prprias necessidades com respeito a isto, compete ao pastordizer s pessoas que elas precisam dos pastores e publicamenteencoraj-las a que venham at ns, procurando conselhos para obem de suas almas. Ns precisamos estar acessveis; precisamosensinar as pessoas que o dever delas fazer perguntas e nos pro-

    curar; que dever nosso procur-las e ajud-las. Ns no devemossimplesmente usar respostas rpidas, tratando rapidamente dassuas perguntas, mas devemos sondar e procurar entender qual aprofundidade da questo com toda seriedade e finalmente aplicarcuidadosamente a soluo bblica.

    3. Encontroscom este propsito.

    J falamos da prtica de Baxter. Ele escreveu sobre seu minist-rio: Toda quinta feira tarde, os meus vizinhos vinham a minhacasa e um deles repetia o sermo pregado no domingo anterior eem seguida discutiam as dvidas que ficaram do sermo dvidas

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    ra categoria psicolgica ou emocional. Foi com Freud que come-ou a idia de os psiclogos seculares arrebatarem do pastor esta

    superviso e aconselhamento espiritual que eles faziam. Existemproblemas emocionais que foram induzidos por medicamentos.Exemplo: um homem est deprimido por falta de equilbrio qu-mico no seu corpo, ou por problemas emocionais na mulher emdecorrncia de fatores hormonais no perodo da menopausa; tu-mores ou outros tipos de problemas fisiolgicos podem causar de-presso. Mas a grande maioria dos problemas com os quais nosso

    povo sofre vem na realidade da culpa, vem de pecados que noforam tratados e outros problemas da mesma natureza espiritual.Portanto o modelo puritano um modelo muito bom para o pas-tor como conselheiro.

    Eu sei que muitos discordam do que eu estou dizendo. Querocontar uma ilustrao. Na minha primeira igreja no Mississipi, ha-

    via um homem que estava tendo um caso extraconjugal. Sua espo-

    sa me procurou para aconselhamento. Finalmente, ele foi levadoao Hospital do Estado onde lhe foi dado o diagnstico de esquizo-frenia incurvel. Eu disse ao mdico que tinha feito o diagnstico,que aquilo no era verdade, pois o seu sofrimento era fruto daculpa pelo que estava fazendo com sua mulher e seus filhos. Eu seique o mdico achou que eu que estava doido. Mas, finalmente, oassunto se encerrou, a mulher com a qual ele estava tendo o caso

    saiu da cidade, e depois de trs meses aquele esquizofrnico in-curvel estava de volta ao seu trabalho como farmacutico. Isso um exemplo do que est acontecendo na maioria dos casos quan-do o mundo nos diz que este tipo de coisas so doenas incurveis,de natureza emocional ou psicolgica.

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