Casos de Sucesso - Dia nacional da luta das pessoas com deficiência

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TENDÊNCIAS E NEGÓCIOS Ed. 29 setembro de 2014 :: 1

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Casos de Sucesso - Dia nacional da luta das pessoas com deficiência

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TENDÊNCIAS E NEGÓCIOS Ed. 29 setembro de 2014 :: 1

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4 :: TENDÊNCIAS E NEGÓCIOS - Ed. 29 setembro 2014

s grandes exemplos partem de pessoas íntegras que trazem em si a vontade de superar obstá-culos e suas fragilidades humanas, em busca de seus sonhos, que muitas vezes, se tornam sonhos de muitos outros. Neste caminho não apenas o talento nato conta. É preciso garra, es-forço, persistência, dedicação, confiança, prin-cípios, foco, perseverança e disciplina, além de

familiares, parceiros (torcedores), e amigos verdadeiros – coisas de vencedores que compreendem o embate e seus processos mentais e emocionais. É exatamente por esse motivo, que nesta edição deci-dimos contar as histórias de sucesso de algumas pessoas, para nós heróis, que descobriram sua capacidade e uma força fenomenal, que as levaram a seguir em frente, apesar de obstáculos e desafios – a princípio intransponíveis. A verdade, é que cada caminho re-quer crescimento e ação construtiva, além de avaliações, objetivan-do escolhas para enfrentar adversidades. Então aqui, você poderá conhecer as histórias e resultados positivos que inspiram por seus enfrentamentos diários. Deste modo, estamos oferecendo lições de vida e de prosperidade, traduzidas em equilíbrio emocional, espi-ritual e na flexibilidade mental, que apontam para o autoconhe-cimento e para a conversão positiva de suas habilidades físicas e psíquicas. São pessoas, que na ausência do medo e do pessimismo, se apoderam dos seus recursos internos para a expansão de sua consciência. Cito um grande pensador, Deepak Chopra que diz: O êxito é a capacidade de transformar facilmente os desejos, em realidade.Com base neste sentimento, tomamos como pano de fundo o “Dia Nacional de Luta das Pessoas Deficientes”, criado em 1982, próximo à primavera – símbolo do renascimento e da igualdade humana. Esta data nos convida para uma reflexão profunda sobre políticas públicas adequadas e para a busca de novos caminhos ou soluções para a inclusão social de 14.5% (dados do IBGE) da nossa população que possui algum tipo de deficiência. A nossa Consti-tuição Federal de 1988 garante também acessibilidade aos espaços públicos e estabelece a criminalização do preconceito, entre outros direitos. Tais avanços buscam igualdade para todos que buscam dignidade, e é por isso, que devemos continuar lutando.Por fim, gostaria de afirmar que, ganhar respeito e afeto, além de merecer a consideração dos outros por causa de nossa história, que pode deixar o mundo um pouco melhor - repleto de exem-plos de superações ou por lutas por aqueles não estão nas mesmas condições, é alcançar o sucesso. Assim, caros leitores, vamos lutar pela inclusão e pela redenção social, conectados à nossa verdadeira essência humana de igualdade – baseados nestes heróis, que aqui estão estampados em nossas páginas.

4 :: TENDÊNCIAS E NEGÓCIOS - Ed. 28 agosto 2014

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$Curtas

ALEX DIASDiretor Executivo do Grupo TENEspecialista em Finanças

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Será que os resultados das urnas são influenciados pela situação econômica nacional e pelo humor do brasileiro diante de grandes eventos, como a Copa do Mundo 2014 – que neste caso, para nós o País do futebol e sede do evento, foi um fiasco total? Pessoalmente, acredito que o desempenho da economia está atrelado diretamente com quem vota e com os que podem ser eleitos ou reconduzidos. E é por isso, que percebemos que em períodos pré-eleitorais, o go-verno – geralmente, aumenta a oferta da moeda, incentivando a produção e, consequentemente, diminuindo o desemprego. É uma estratégia de política monetária de visibilidade imediata, com viés populista que dá certo. Com isso, a reação das urnas é favorável para esses governantes porque nós, eleitores, somos de certa forma imediatistas, seduzidos pelas políticas de expansão monetária que não trazem um crescimento econômico permanente. Neste viés, podemos enfrentar uma inflação provocada por uma expansão, que geralmente é formada por ciclos que coincidem com os mandatos presidenciais. Mas se ela for permanente, o governante pode agra-var o balanço das contas públicas. Assim, peço que você leitor fique de olho no aumento dos gastos públicos porque eles podem estar camuflados em uma linda maçã para angariar votos, mas que não, necessariamente, geraria benefícios para a população.

Ao que tudo indica, as famílias estão consumindo mais. Segundo o Insti-tuto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o consumo das famílias no Brasil subiu 0,3% no segundo trimestre, em relação ao primeiro tri-mestre deste ano. Isso pode ser reflexo do resultado do Boletim da Cesta Básica, produzido pelo Observatório Socioeconômico (Observa), que aponta redução impulsionada por alguns produtos como a batata inglesa e o tomate. Os preços da cesta básica foram influenciados, também pela variação de preços de feijão, óleo de soja, e banana, apesar da carne, leite e arroz terem ficado mais caros na maioria das capitais do País. O valor da Cesta Básica Nacional, que agrega 13 produtos, atingiu em julho o valor de R$ 247,03, uma diminuição de 7,61%. O preço da cesta bási-ca caiu em 18 capitais pesquisadas no mês de julho de 2014, de acordo com pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos So-cioeconômicos - Dieese. Brasília ficou em primeiro lugar com queda de 7,16%, seguida por Curitiba, com 7,11%. Além disso, o Índice Geral de Preços de Mercado - IGP-M apresentou deflação, ou seja, tanto melhor para a família brasileira

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$Curtas

ALEX DIASDiretor Executivo do Grupo TENEspecialista em Finanças

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Tenho alertado para as análises econômicas feitas com relação a 2014, ano de Copa do Mundo e das eleições gerais no País. Mi-nha preocupação é com relação à política fiscal que vai ficar em banho Maria, por enquanto. A dívida pública tem crescido e isso é fato. Outra verdade, é que vivemos hoje uma desaceleração do investimento, embora tenhamos que reconhecer que nosso câm-bio anda estável. Esse dado é importante porque o Brasil continua a ser exportador primário. Mas é preciso que haja novos acordos comerciais que estimulem a absorção de novas tecnologias que estimulem o aumento da nossa produtividade. Então, na minha avaliação o próximo ano deve atrair um crescimento robusto, pu-xado pelos investimentos em infraestrutura. Desta forma, o resul-tado da balança comercial também deve melhorar. Mas, segundo os analistas, as limitações de consumo ainda continuam porque se baseiam nas variáveis domésticas. A confiança na economia continua fraca, com uma desaceleração expressiva em diversos setores, principalmente o industrial. Mas, na contramão e inexpli-cavelmente, o mercado de trabalho formal tem crescido, embora menos do que o mesmo período do ano anterior. Isso porque os jovens estão participando menos do mercado de trabalho porque estão em busca de capacitação.

Para investir em fundos, a dica é olhar a taxa de administração. A poupança é sempre uma opção para o primeiro investimento. Ela já faz parte da nossa cultura, principalmente por causa do Imposto de Renda e da Taxa de Ad-ministração. Mas a rentabilidade pode deixar a desejar, se compararmos às outras opções, que por sua vez, podem envolver riscos. Isso porque a poupança não vai deixar ninguém rico, uma vez que ela foi desenhada para um grande número de pessoas, que geralmente, são assalariados em busca de segurança. Mas vamos reconhecer que ela seduz porque ela pode ser um instrumento que protege o inves-tidor da inflação.Mas lembre-se, que se você optar pelo CDB, não vai pagar Taxa de Administração, mas vai ter que se acertar com o Imposto de Ren-da (IR). Outra opção seria a badalada Previ-dência Privada, que possui um perfil de longo prazo. E por último, o Tesouro Direto, quando investimos em títulos públicos emitidos pelo governo que podem ser indexados à taxa Se-lic, à inflação ou a uma taxa previamente acor-dada de juros – que são os títulos prefixados, lembrando que para isso, é preciso a interme-diação de uma corretora ou banco para fazer a aplicação, com uma taxa de 0,3%.

Não é novidade que o dólar oscila. Mas não há como fugir da moeda norte-ame-ricana quando se tem uma viagem pro-gramada. Essa premissa já não é válida para os pequenos investidores, que não sabem se este é um bom momento para tal investimento. A alta chegou a seu ápi-ce após os sinais de redução dos estímu-los do banco central norte-americano - FED. Isso porque os investidores in-ternacionais interpretaram essa situação como uma recuperação norte-america-na, provocando a valorização do dólar. Essa confiança na economia do Tio Sam absorve recursos e apostas para a banda de lá. Então é certo de que faltando dó-lares aqui no Brasil, os brasileiros terão que pagar mais para viajar nos próximos meses. Mas se você estiver querendo comprar a moeda norte-americana para investimentos futuros, minha recomen-dação é ficar de olho na saúde da econo-mia daquele país.

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O bom investimento é aquele que foi pla-nejado e que vai oferecer, no final, um re-torno adequado. Mas também é preciso analisar aplicações que estejam atreladas a um risco mínimo. Imóvel sempre é uma boa opção, mas nos dias de hoje, é preciso perceber que o ritmo das vendas em todo o País caiu. Além disso, vemos que os pre-ços dos imóveis usados e dos novos dispu-tam o mesmo cliente por causa de descon-tos dos que já estavam na praça, versus o volume do que foi construído. Aí, as novas unidades acabam ganhando a queda de braço, sendo que os preços – especialmen-te em Brasília, ainda não acompanharam a inflação. O Rio de Janeiro e São Paulo tam-bém enfrentam a queda de preço dos seus imóveis, de olho em melhores momentos pós-eleições.

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sumário

capa

cas

os

de

suc

esso

JOSÉ AUGUSTO DELGADO

José ReisPágina

júlio miragaya Página

FecomércioPágina10

3522

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capa: alisson Carvalho

Boul

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cas

os

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esso

Matéria de capaPágina

Siqueira Campos Página

Kátia CubelPágina

Página

Gastão RamosPágina 44

5456

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Artigo

O ordenamento jurídico eleitoral bra-sileiro não autoriza a criação, por interpretação jurisprudencial, de ine-legibilidade não prevista, expressa-mente, na Carta Magna, nem na Lei Complementar 64/90, com suas pos-teriores alterações. Exemplo da apli-cação desse princípio é a situação de

qualquer candidato a cargo eletivo ser, por presunção, considerado inelegível ao cargo pleiteado por não ter tido as suas contas apreciadas pela Câmara Municipal, em prazo razoável, só porque o parecer prévio do Tri-bunal de Contas foi pela não aprovação.

A rejeição de contas só pode ser considerada como causa de inelegibilidade quando decorrer de decisão proferida pelo Poder Legislativo. É o que decorre do art. 1º, I, g, da Lei Complementar n. 64, de 18 de maio de 1990, considerando-se a vontade da Constituição Federal.

Esta, como é defendido pela doutrina e pela juris-prudência do Supremo Tribunal Federal:

“estabeleceu um conjunto de “princípios constitu-cionalmente estruturantes”, isto é, “princípios constitu-tivos do ‘núcleo essencial da Constituição’, garantindo a esta uma determinada identidade e estrutura”. (1) E “os princípios estruturantes bem como os subprincípios que os densificam e concretizam constituem princípios ordenadores positivamente vinculantes”, Joaquim José Gomes Canotilho, Direito Constitucional, Coimbra, Livraria Almedina, 1992, p. 352)., sendo eles, na Car-ta Política de 1988, o princípio do Estado de Direito, o princípio democrático, o princípio republicano e o princípio federativo. Quanto ao princípio democráti-co, a Constituição Federal de 1988, como nenhum dos textos constitucionais anteriores, firmou inarredável compromisso com a democracia política, estipulando

INTERPRETAÇÃO DOS DIREITOSPOLÍTICOS NEGATIVOS. A TEORIA DAINELEGIBILIDADE IMPLÍCITA

JOSÉ AUGUSTO DELGADOParecerista. Consultor. Advogado. MINISTRO APOSENTADO DO STJ.

* JOSÉ AUGUSTO DELGADO

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que “a soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos (art. 14, caput) e erigindo, inclusive, “o voto direto, secreto, universal e periódico” (art. 60, § 4o., II), como cláusula de inamovibilidade. Neste passo, tam-bém assiste razão a Paulo Bonavides, quando afirma que “a Constituição de 1988, ao revés do que dizem os seus inimigos, foi a melhor das Constituições brasileiras de todas as nossas épocas constitucionais”( Paulo Bonavi-des, Teoria constitucional da democracia participativa, São Paulo, Malheiros Editores, 2001, p. 204). Conco-mitantemente, ao estabelecer franquias larguíssimas para o exercício da democracia política ou poliarquia, o constituinte estabeleceu mecanismos que, de um lado, contribuem para o melhor desempenho democrático e, de outro, a protegem de diversas investidas poten-cialmente danosas, com condições, limitações e proibi-ções atinentes à cidadania passiva, ou seja, ao direito de ser votado. Assim, para que alguém concorra a algum cargo eletivo se torna necessário tanto o preenchimen-to de condições de elegibilidade quanto não incorrer nas causas de inelegibilidade, fixadas estas no próprio texto constitucional ou em lei complementar. Como as causas de inelegibilidade constituem restrições aos di-reitos políticos e ao exercício da cidadania, do seu esta-belecimento cuidou o próprio constituinte originário, permitindo, no máximo, que, por lei complementar o legislador ordinário o fizesse. Estipulou o legislador constituinte certos “direitos políticos negativos”, enten-dendo-se estes como aqueles comandos que diminuem ou privam o cidadão da participação no processo po-lítico e no exercício das funções de governo, a saber, o direito de eleger, o direito de ser eleito, o exercício de atividade partidária ou a ocupação de cargo e/ou de exercício de função pública. Entre os princípios consti-tucionalmente estruturantes, além do princípio demo-crático, um outro é o princípio republicano. Advindo já de longa tradição na filosofia política, como o está em Bodin e em Kant, a ordem jurídica o incorporou como condizente à “coisa pública”, identificando-se repúbli-ca ou coisa pública com o “público”, e incluindo tan-to o regime republicano como o patrimônio público. Como sabido, a Constituição é um documento jurídi-co, é um sistema de normas, normas estas que contêm um mandamento, uma prescrição, uma ordem, com força jurídica e não apenas moral. Como observa Luis Roberto Barroso, “a sua inobservância há de deflagrar um mecanismo próprio de coação, de cumprimento forçado, apto a garantir-lhe a imperatividade, inclusive pelo estabelecimento das conseqüências de insubmis-

são ao seu comando. As disposições constitucionais são não apenas normas jurídicas, como têm um caráter hierarquicamente superior, não obstante a paradoxal equivocidade que longamente campeou nesta matéria, considerando-as prescrições desprovidas de sanção, mero ideário não-jurídico”(4 Luís Roberto Barroso, A Constituição e a Efetividade de Suas Normas. Limites e Possibilidades da Constituição Brasileira, 3aed., Rio de Janeiro, Renovar, 1996, p. 287). (Autor: Filomeno Mo-raes, professor do Mestrado em Direito Constitucional da UNIFOR, professor de Ciência Política da UECE e Juiz (Jurista) do TRE-CE, em artigo intitulado “Efetivi-dade da Constituição Federal e contas rejeitadas” (pu-blicado via internet, site: http://jus2.uol.com.br/doutri-na/texto.asp?id=5706).

As causas de inelegibilidade são, portanto, direi-tos políticos negativos. Elas têm natureza de sanção, pelo que a sua criação está rigorosamente vinculada ao princípio da legalidade. Elas são exaustivamen-te expressas na Constituição Federal (as absolutas) e na Lei Complementar n. 64/90, com alterações pos-teiores (as relativas). Não há como a jurisprudência ampliá-las por interpretação e aplicação do disposi-tivo constitucional, nem da regra ordinária, especial-mente, estabelecendo um tipo de inelegibilidade por presunção.

As causas de inelegibilidade são, portanto, baseadas em requisitos objetivos definidos na Constituição Fe-deral e na Lei Complementar n. 64/90, com alterações, atualmente, em vigor. Vai de encontro à Carta Magna a definição de qualquer causa de inelegibilidade que não esteja abstratamente definida em qualquer um dos seus artigos ou na Lei Complementar referida. É a garantia de que os direitos políticos negativos só serão aplicados com base em texto expresso de lei.

É a regra que impera no Direito Eleitoral, pelo que não há de se falar em aceitação válida de algu-ma inelegibilidade sem prévia definição objetiva em norma válida e eficaz. Doutrinariamente, podemos afirmar que a preventividade legal e a objetividade são atributos essenciais para determinação de cau-sa de inelegibilidade. Além desses requisitos, exige o ordenamento jurídico brasileiro, no plano legal, a sua previsão em sede constitucional ou em lei com-plementar especifica.

O princípio que prevalece, no trato dos direitos políticos negativos, é o da plenitude do gozo dos di-reitos políticos, pelo que qualquer interpretação em sentido contrário deve ser restritiva, em decorrência dos valores postos na própria Carta Magna.

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ArtigotEN

Por Liana Alagemovits

Eduardo Campos representou uma grande perda para o País, devido à sua liderança e por sua participação na bus-ca de propostas positivas para o Bra-sil. Devido a sua visão estratégica, ele começou sua campanha - ao lado de Marina Silva - rumo ao Palácio do Pla-nalto, justamente na capital do país, na

região do Sol Nascente em Ceilândia. Essa estratégia marcou seus últimos passos que reflete sua clareza em seus três mandatos como deputado federal, mi-nistro de Estado e governador de Pernambuco.

A tragédia que vitimou Eduardo Campos coloca as eleições de 2014 em um cenário de incerteza a nível federal e regional também. A coligação de Campos sofreu abalos e agora o tabuleiro político começa a se transformar. Nos debates televisionados, Marina tem crescido, inicialmente. É preciso saber, se essa ascen-são é decorrente da forte comoção nacional ou se ela é fruto das ideias da candidata. A história de Marina a coloca como um nome de peso frente à sucessão, uma vez que ela ficou em terceiro lugar no primei-ro turno em 2010, contabilizando 19,33% dos votos válidos, ou seja, ela pode enfrentar Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB). Por isso, ela tira votos da Dilma, podendo chutar Aécio, do 2.º turno. Com essa mudança, o cenário está desenhado com um in-grediente a mais: a imprevisibilidade.

Mas o fato é que para isso, ela deve passar uma

mensagem clara de uma certa continuidade das ideias de Campos que era um homem de esquerda favorá-vel à economia de mercado, o que atraía empresários e classe trabalhadora, se tornando uma alternativa à polarização entre PT e PSDB, o que o colocou em ter-ceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, antes de sua morte trágica.

Agora Marina deve usar de sabedoria para evitar rachas como o que aconteceu com o secretário-geral do PSB e coordenador da campanha de Eduardo Campos que abandonou sua função devido aos de-sentendimentos internos.

Assim, a ex-senadora terá muito trabalho para aparar arestas que podem lhe servir de calos intrans-poníveis porque ainda há ameaças às alianças feitas nos Estados, principalmente em São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro, onde Marina não quer pedir voto para governador. Além disso, há assuntos espinhosos na Rede que era orquestrada por Marina como é o caso do agronegócio e outros pendentes, como as refor-mas política e tributária.

Dando início à corrida, Marina entrou na disputa com 21% das intenções de voto, ficando em segundo lugar ao desbancar Aécio Neves, que até então, era o grande adversário de Dilma. Mas é importante lem-brar que Marina, abocanhou votos, deste percentual, de eleitores indecisos e dos que votariam em branco, agora ela precisa fidelizá-los. Esse impacto enterra, de uma vez por todas, o sonho da vitória da atual presi-

Morte Trágica de Eduardo Campos Atinge Sucessão no DF

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A ausência da forte liderança do candidato á presidência da República, Eduardo Campos coloca em cheque o cenário político da capital do País

dente petista logo, no primeiro turno.Se o cenário nacional está indeciso, os ou-

tros Estados estão também em alerta e o Distri-to Federal, não estaria fora desse tabuleiro con-fuso e desordenado, ainda mais porque temos um governador, que tenta a reeleição e um ex--governador, que luta pelo direito de concorrer ao Buriti.

Desta maneira, Agnelo Queiroz (PT), José Roberto Arruda (PR), Luiz Pitiman (PSDB), Perci Marrara (PCO), Rodrigo Rollemberg (PSB) e Toninho do PSOL devem reestruturar suas estratégias, de agora em diante.

O herdeiro de Eduardo Campos é, logica-mente, o senador Rodrigo Rollemberg (PSB) que perde um mentor, mas que ganhou – por outro lado – a simpatia dos que nutriam admi-ração pelo ex-governador pernambucano. Isso porque o Distrito Federal era uma das priorida-des do ex-candidato, que apostava em Rollem-berg, que hoje enfrenta Arruda (PR), que até então lidera as intenções de voto, seguido pelo atual governador Agnelo Queiroz. Mas o cená-rio continua incerto no cerrado porque Marina sobe a nível nacional e Arruda – nas bandas de cá - continua com problemas em sua candida-tura no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), dei-xando os demais focados em estratégias possí-veis, que os conduzam ao Buriti.

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Candidatos ao GDF participam de sabatinana Fecomércio-DF

A Federação do Comércio do Distrito Federal (Fecomércio--DF) representa 80 mil em-presas do DF e 27 sindicatos ligados ao setor, que respon-de por 93% do PIB privado. As sabatinas com os candi-datos ao Governo do Distrito

Federal permitem os eleitores a conhecerem melhor as propostas dos concorrentes, além de proporcionar a exposição das idéias de cada um para o desenvolvimento econômico sustentável da cidade.

Os candidatos estiveram presentes na sede da Fecomércio-DF, em dias diferentes. Eles tiveram a oportunidade de divulgar suas propostas e ações em prol do setor produtivo para os empresários de comércio e serviços da cidade. Cada candidato fez uma apresen-tação de 50 minutos, onde eles puderam ex-por seus projetos para a gestão de 2014/2018 e pontuar as principais conquistas que obti-veram na carreira política. No debate, quin-ze perguntas foram feitas pelos empresários presentes.

O primeiro convidado da sabatina foi o atual governador e candidato, Agnelo Quei-roz (PT). Ele falou sobre as ações do seu go-verno, tais como: instalações de Unidades de Pronto Atendimento (UPA), criação de cre-ches integrais, modernização do Aeroporto

JK e implantação do Expresso DF. De acordo com ele, mais de R$ 2 bilhões foram investi-dos nas áreas de saúde, segurança, educação e infraestrutura.

Agnelo respondeu a uma série de pergun-tas elaboradas pelos presidentes de sindica-tos patronais do setor. Entre elas, estiveram na pauta temas polêmicos como o dos puxa-dinhos e dos alvarás de funcionamento. “A prioridade será agilizar o processo de lega-lização dos estabelecimentos, pois cerca de 52% dos comércios da cidade ainda estão ilegais. Essa é uma questão que tem tirado o meu sono desde que assumi (o GDF)”, expli-ca o atual governador.

Para o presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, esse encontro entre can-didatos e comerciantes é muito proveitoso. “O nosso objetivo é conhecer o plano de go-verno dos candidatos, sobretudo quais me-didas eles pensam implementar caso forem eleitos”, afirma.

O candidato a participar da segunda se-mana de debates promovida pela Fecomér-cio-DF foi Luiz Pitimam (PSDB). Durante a apresentação, ele pontuou assuntos rele-vantes para os cidadãos, como mobilidade urbana, segurança, educação e melhoria nas estradas do Distrito Federal, principalmente na saída para outros estados.

Luiz Pitimam também respondeu às per-

ElEiçõEstEN

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Raphael Carmona/Fecomércio-DF

guntas dos empreendedores sobre alvarás, “puxadinhos”, investimento e outros assun-tos de interesse da categoria. Ele ainda res-saltou a importância da malha viária do DF como um dos principais vetores para o de-senvolvimento. “Nós temos uma estrada de ferro saindo da Rodoferroviária. Além de conectar-se com o metrô, ela atravessa di-versas cidades até o Goiás. Nós temos essa área disponível para botar um trilho decente e quem sabe implementar o VLT. Mas isso não é feito”, criticou Pitiman.

Sobre a sabatina, Adelmir Santana afir-ma que esse diálogo é uma excelente opor-tunidade para mostrar que a Fecomércio está focada nas questões que influenciam a rotina da cidade. “A nossa única intenção é de representar o setor empresariado do DF. Porém, seria uma miopia não termos o inte-resse de saber o que os candidatos pensam

e quais são suas propostas para o futuro de Brasília”, explica.

Toninho do Psol foi o terceiro a participar da sabatina. Ele aproveitou as quinze per-guntas para explanar suas propostas para o governo e ressaltou a importância do debate para o setor produtivo do DF. O candidato afirmou que o setor produtivo vai ser impor-tante na tomada de decisões e afirmou que será “um parceiro permanente”.

Entre as proposições, Toninho citou a inclusão do segmento no conselho do GDF para debater assuntos prioritários. Ele discu-tiu, ainda, a promoção de uma reforma polí-tica, para que os empresários não se sintam constrangidos em contribuir com campa-nhas políticas. Na saúde, ele disse que uma das prioridades de seu governo seria desti-nar, no primeiro ano de atuação, mil equi-pes de profissionais da área para retomar o

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programa Saúde em Casa. “Com uma equipe de agen-tes da saúde devidamente treinados para que se realize uma assistência médica do-miciliar, a idéia é criar uma nova concepção de saúde em Brasília. Com isso, os hospi-tais da região poderão aten-der efetivamente a urgências e emergências”, defendeu.

O candidato continuou com suas propostas, uma delas é de promover uma reformulação no quadro de servidores das administra-ções. Segundo a Fecomércio, o assunto é reclamação cons-tante no setor, pois faltam pessoas qualificadas para dar vazão ao pedido de alvarás. Toninho defende, ainda, a legalização das feiras itine-rantes como a de Ceilândia, para que os feirantes traba-lhem dentro da lei.

comprometeu a reduzir o número de secre-tarias, além de diminuir a quantidade de servidores indicados por políticos nas admi-nistrações da cidade. Ele também expôs seus projetos para transporte público, segurança, educação e saúde.

Ao ser questionado sobre a situação atual da CEB, Rollemberg disparou contra o go-verno e disse que é inadmissível que a com-panhia esteja entre as quatro piores do País. “O que está acontecendo é o que ocorre com várias empresas estatais de Brasília: funcio-nam como cabide de emprego, sem gestão profissional”, argumentou.

O ex-governador José Roberto Arruda foi o último dos cinco candidatos convida-dos a participar da sabatina realizada pela Fecomércio-DF. Infraestrutura, geração de empregos e diálogo com o empresariado

Agnelo Queiroz Luiz Pitiman

ElEiçõEstEN

Rodrigo Rollemberg do PSB participou da quarta semana do evento. O candidato abriu o encontro afirmando que vai declarar “guer-ra à burocracia”. “Não é possível que, na ca-pital do Brasil, empresários fiquem mais de um ano para ter licença de construção ou um alvará de funcionamento”, diz. Rollemberg defendeu a criação de um conselho de trans-parência, com participação da sociedade civil para inibir a corrupção no governo distrital.

“Nós somos fruto de uma cidade planeja-da por Lúcio Costa, reconhecida como pa-trimônio da humanidade. Porém, perdemos a capacidade de planejamento, o que acarre-ta problemas para a geração futura. Brasília precisa crescer de forma ordenada e planeja-da”, afirmou o candidato sobre o desenvolvi-mento da Capital.

Durante a apresentação, o candidato se

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local foram alguns dos temas tratados no encontro. Acabar com a Agência de Fiscali-zação (Agefis) é uma das metas do governo Arruda. “A Agefis se tornou um monstro a serviço de partidos políticos. É necessário voltar com a fiscalização sob o comando de cada administrador. Antes, cada adminis-tração tinha seu corpo de fiscais, acredito que esse é o caminho que precisamos reto-mar”, justifica.

O candidato do PR foi questionado ain-da sobre as feiras itinerantes que chegam ao DF. Para Arruda, elas não geram empregos e muitas vezes levam vantagem nas vendas em relação ao empresário que paga aluguel, luz, energia e funcionários. “É um desrespeito ao cidadão e ao empresário que recolhe impos-tos. Eu acho que um bom caminho é quando as feiras estão regularizadas. Teremos que

ter uma fiscalização rigorosa sobre os pro-dutos que são vendidos aqui”, disse.

As propostas de Arruda para a capital in-cluem uma reestruturação das companhias de água (Caesb) e energia (CEB). Segundo o candidato, as empresas estão “quebradas”. “Só a recuperação destas duas companhias demandará em torno de R$ 2 bilhões e dois longos anos de trabalho”, afirmou.

Após o último encontro, o presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, fez um balanço do evento e afirmou que o ciclo de sabatinas cumpriu sua finalidade. “Chega-mos ao fim das reuniões com os principais candidatos a governador do DF. Sem dúvi-das, a Fecomércio realizou um trabalho his-tórico no fortalecimento do debate político a partir do ponto de vista das propostas”, concluiu.

José Roberto ArrudaToninho do PSol Rodrigo Rollemberg

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MPE APURA DENÚNCIANo Ministério Público Eleitoral investiga-se uma possível tentativa de fraude na prestação de serviços gráficos na Câmara Legislativa. Se-gundo o Jornalista Odir Ribeiro do Blog Rádio Corredor, a história envolve dois parlamentares considerados “cabeças coroadas” do legislati-vo e que estariam armando uma prestação de serviços gráficos com data retroativa, assim, pareceria que os impressos foram feitos antes do período eleitoral, quando ainda não seriam proibidos. Já tem servidor querendo entregar o esquema e, se a denúncia for verdadeira, a perda do registro é dada como certa. Afinal, o Procurador-Geral da República, já sentenciou: eleição limpa é eleição justa.

POR QUE SERÁ?O DFTV e o Bom dia DF mostram as mazelas do dia a dia dos moradores de Brasília. As matérias destacam a espera de mais de 13 horas dos pa-cientes no Hospital da Asa Norte; buracos na DF 001; protestos contra o fechamento dos postos policiais do plano piloto, anunciado pelo comando da PM; falta de ônibus nos finais de semana e, ain-da, a falta recorrente de professores nas escolas públicas, em pleno mês de agosto do ano letivo. Nem mesmo, a cidade dos sonhos mostrada no programa eleitoral não consegue disfarçar a dura realidade vivida pelo povo do DF, afinal, elas são mostrada ao vivo e a cores na tela do plim-plim. Não é à toa que o secretário de saúde caiu. Neste ritmo, não vai sobrar ninguém para apagar a luz.

TERCEIRIZADAEu pensava que já tinha visto de tudo nas campanhas do DF, mas me surpreendi com a “nova modalidade” de campanha terceirizada. Isto acontece quando o candidato é menor do que os seus apoiadores. Então, ao invés de mostrar a cara e divulgar suas propostas, o concorrente usa os apoiadores para angariar votos, terceirizando a campa-nha. Não apresenta projetos, mas vive falando de economia, como se vivesse com um salário mínimo, o que não acontece, já que seu patrimônio cresceu uma barbaridade em quatro anos. Assim, ele tenta levar no bico a eleição para o Senado, aceditando que o povo é bobo, mas não é.

CAIXA DOIS E USO DA MÁQUNIADenúncia de caixa dois e uso da máquina públi-ca são cada vez mais recorrentes. Agora, tem candidato usando até as máquinas sindical e religiosa são para o benefício próprio. Não é possível entender a razão do Ministério Públi-co não concentrar todas as suas forças e pro-motorias para coibir estas práticas até a eleição

do próximo dia 5 de outubro. Tem promotorias simplesmente alheias ao que acontece no ano eleitoral e à insuficiente fiscalização da Justiça Eleitoral. É inconcebível que as estruturas dos órgãos responsáveis pela lisura das eleições não se envolvam por completo para que tenha-mos uma eleição limpa e justa.

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OMISSÃO PREMEDITADAOs funcionários do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios testemunham momentos de apreensão pelo comportamento de alguns dos seus servidores. Isso porque, descobriam que uma testemunha chave foi ouvida há cerca de três anos e o conteúdo de suas revelações foi omitido dos demais promotores e procurado-res que atuaram na Operação Caixa de Pando-ra. Nem mesmo a Policia Federal ou o Ministro Relator no STJ foram comunicados. Até os juí-zes e os desembargadores que julgaram os pro-cessos estão alheios à este depoimento, cujo conteúdo deverá ser revelado em breve, mas que, por enquanto, continua bem escondido. Há quem pense em acionar o Conselho Nacional do Ministério Público. Os advogados de defesa dos indiciados estão curiosos para saber o teor do que foi revelado e omitido da justiça. Agora é esperar para ver.

CULTURA À MINGUAO desespero dos produtores culturais e fornecedores da Secretaria de Cultura está chegando ao limite. Aparentemen-te, a seca de São Paulo atingiu em cheio as reservas orçamentárias e financeiras da secretaria, no DF. As dívidas já supe-raram a casa dos R$50 milhões e a ten-dência é aumentar a cada ano que pas-sa. Tem gente querendo botar a boca no trombone, pois o calote na área cultural tem efeito cascata à medida que atinge os prestadores de serviços dos eventos já realizados. No boca a boca, as palavras impublicáveis dos que procuram a secre-taria para receber vão se transformando em propaganda negativa. Assim não tem reeleição que aguente.

CANDIDATO ENROLADO QUEIMA O PSOLA prisão do candidato a deputado pelo PSOL Mar-celo Valente, que integra a coligação do candida-to ao GDF Toninho do PSOL, vem acarretando conflitos internos no partido. Preso por policiais do BOPE no Núcleo Bandeirante com maconha, pasta de merla e uma substância branca que pode ser cocaína, Marcelo conseguiu uma tríplice coroa em matéria de drogas. Pior, sua prisão coloca em cheque uma das bandeiras do candidato ao go-verno do seu partido que é justamente acabar com

INVASÕES PROLIFERAMAproveitando as atenções voltadas para as elei-ções de outubro, a turma da irregularidade está a todo vapor no DF. Camelôs, vendedores de marmitex, invasores de área pública são vistos agindo com a maior tranquilidade. Samambaia, Paranoá, Sobradinho e Ceilândia são as cida-des com a maior incidência das irregularidades. Já os vendedores de marmitex tem o Lago Sul, Esplanada dos Ministérios e o Centro de Bra-sília como principais alvos. Os camelôs, no en-tanto, são mais vistos no Setor Comercial Sul e nos centros de cidades como Ceilândia, Tagua-tinga, Gama e Planaltina. A ilegalidade volta a imperar na Capital da República.

DEMISSÕES EM EXCESSONão é de hoje que o Memorial JK, um dos sím-bolos da história da nossa cidade, vive momen-tos de abusos administrativos, apesar dos qua-se R$3 milhões que recebe por mês do GDF. Por isso, o Ministério Público do Trabalho está investigando o número excessivo de demissões dos seus funcionários, que recebem da máquina pública quantias vultosas a título de rescisão de contrato de trabalho, tudo pago com dinheiro do tesouro distrital. Nos últimos 3 anos, foram mais de R$500 mil gastos só com demissões. Assim JK não aguenta.

o Batalhão de Operações Policiais da PM. Num primeiro momento, a coordenação da campanha do PSOL quis colocar panos quentes, como foi feito com a deputada do partido no Rio de Janei-ro que pegava dinheiro de seus funcionários e do sindicato, mas a grande repercussão negativa nos meios de comunicação, acabou por impor uma discussão interna acalorada. Há quem defenda a expulsão sumária do “candidato das drogas”. Va-mos ver se a direção do PSOL tem coragem.

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ElEiçõEstEN

Partido Verde aposta em totem interativo para uma campanha mais limpa

A estrutura de última ponta apresenta à população as benfeitorias do GDF nos parques e permite que o cidadão deixe sugestões de projetos

Em nome da sustentabilidade, por meio da redução da quantidade de material impresso, Eduardo Brandão, candidato a Deputado Federal pelo

Partido Verde, tem usado uma novidade em sua cam-panha: um totem interativo. O eleitorado pode confe-rir os benefícios da sua atuação, como secretário de Meio Ambiente do DF, nos parques da Capital, dar sugestões de melhorias nas unidades e colaborar na campanha do candidato.

O totem é móvel, podendo acompanhar a agendas de rua ou ser deslocado com facilidade para próximo dos parques. Ele foi desenvolvido com estrutura que suporta monitor de última geração, com tela sensível ao toque, dispensando o uso de equipamentos como teclados e mouses.

Pelo totem, o visitante pode conhecer os princi-pais benefícios recebidos em cada parque, contribuir para melhoria dessas unidades sugerindo novos equi-pamentos como: iluminação, campo de futebol, pista de skate, duchas e sinalização. O objetivo é eleger por meio da votação dos usuários os equipamentos mais necessários.

O resultado será enviado ao colaborador por email e também será encaminhado ao Instituto Brasília Am-biental (Ibram), órgão responsável pela gestão nos parques. O usuário poderá ainda tirar uma foto em apoio à campanha.

Eduardo Brandão revitalizou e implantou 15 par-ques, ao longo de sua gestão, de 2011 a 2014, em diver-sas localidades do DF. Outros 30 projetos em unidades de conservação estão em andamento. Grande parte

dos investimentos utilizados nas melhorias foram recur-sos pagos por empreendimentos pelos danos causados ao meio ambiente – compensação ambiental e florestal. “Este mecanismo que implementamos na secretaria está servindo de exemplo para todo o país, mas além da ino-vação e transparência do projeto, o DF ganhou muito mais que o reconhecimento, a partir de agora, nenhum governo poderá dizer que não dá para fazer muito pelo meio ambiente”, conclui Brandão.

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160LIGUE

www.saude.df.gov.br

DENGUE MATA. Elimine os criadouros do mosquito.

Nossos agentes de saúde estão prontos para combater a dengue.

E você, está?

Governo do Distrito Federal

Secretariade Saúde

Secretariade Educação

Secretaria deMeio Ambiente

Coordenadoriadas Cidades

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ArtigotEN

CARTÃO BRB LANÇA PRODUTO PARA OS JOVENS DE BRASÍLIADESENVOLVIMENTOECONÔMICO DE BRASÍLIA

Desde 2007, o mundo convive com uma enorme crise econômica. A maioria dos países a enfrenta buscando preservar os ganhos do capital, mesmo que em sacrifí-cio do emprego e da renda das famílias. O Brasil, porém, segue um modelo diferente de enfrentamento da crise econômica, ele escolhe preservar as conquistas do povo,

com a manutenção dos programas sociais e com aumentos reais do salário mínimo. Isso explica porque, desde 2007, enquanto no mundo foram cortados 60 milhões de empre-gos, no Brasil foram criados mais de 11 milhões de empre-gos formais.

Outra característica marcante do modelo brasileiro de enfrentamento da crise é o crescimento contínuo da renda das famílias. Enquanto o PIB brasileiro cresceu 22% desde 2008, a renda das famílias cresceu 40%, quase 80% mais. Mas a mais expressiva característica do modelo tem sido a de crescimento da renda com sua distribuição. Entre 2002 e 2013, o Índice de Gini - que mede a concentração da ren-da - no Brasil caiu de quase 0,60 para 0,507.

Em relação à geração de empregos, o Brasil deverá ge-rar, ao final do período 2011/14, cerca de 4,5 milhões de empregos formais. Não obstante a crise, a economia bra-sileira, se confirmada a expansão de 1,5% do PIB em 2014, crescerá 8% no período 2011/14.

No Distrito Federal, a previsão é de crescimento do PIB de 2,5% em 2014 (no primeiro trimestre, cresceu 3,2%), resultando numa expansão do PIB de 11,1% no período (40% acima da média nacional), o equivalente a 2,7% ao ano. Em relação a emprego, havia no DF em dezembro de 2010, segundo a PED/DF, 1.206 mil postos de trabalho. Em dezembro de 2012, aumentou para 1.304 mil, ou seja, 98 mil novos empregos.

O número de empregos formais (assalariados no setor público e no setor privado com carteira de trabalho) neste

período passou de 776 mil para 871 mil, aumento de 95 mil, ou seja, 97% do total de novos empregos criados foram formais. Estima-se que, além dos 98 mil empregos gera-dos para moradores do DF, a economia local tenha gerado outros 25 mil, ocupados por trabalhadores residentes em nossa periferia metropolitana, totalizando 123 mil novos empregos em dois anos.

Nos dois últimos anos, apesar de não haver números disponíveis, sabe-se que o ritmo de geração de empregos foi menor. Estima-se que em todo o período 2011/14, a geração total de empregos no DF tenha sido de 180 mil, sendo 20% para residentes nos municípios da periferia me-tropolitana.

Mas a maior conquista para o DF foi a redução na con-centração de renda, que, na contramão do que vinha ocor-rendo no restante do Brasil, aumentou entre 2000 e 2010, durante os governos de Roriz e Arruda, chegando a supe-rar 0,60 em 2010. Já em 2012, havia refluído para 0,572.

Júlio Miragaya, Presidente da Codeplan, Conselheiro do Conselho Federal de Economia e Doutor em Desenvol-vimento Econômico Sustentável pelo CDS/UnB

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CARTÃO BRB LANÇA PRODUTO PARA OS JOVENS DE BRASÍLIA

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AgriculturA FAmiliArtEN

Assentamentos rurais do Entorno recebem assistência técnica da Emater-DF

Oda Paula Fernandes

O desenvolvimento econômico de assentamen-tos rurais da região do entorno depende dire-tamente de investimentos do setor público e privado. Por isso, a Secretaria de Agricultura do Distrito Federal (Seagri), por meio da Em-presa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF), promoveu o Seminário de Assistência Técnica e Extensão

Rural (ATER) para Desenvolvimento Rural Sustentável.A primeira entre oito cidades da Região Integrada de De-

senvolvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE) a receber o projeto ATER foi Formosa. Para discutir soluções aos principais problemas de produção, escoamento e comercialização de pro-dutos oriundos de assentamentos rurais na região do entorno representantes da sociedade civil rural organizada se reuniram com representantes dos governos do Distrito Federal e Goiás.

No encontro, estiveram presentes o presidente do Incra SR 28, Marco Aurélio Bezerra da Rocha, o secretário da Secretaria de Agricultura do DF, Lúcio Valadão, o presidente da Emater--DF, Marcelo Piccin, o presidente da Ceasa-DF, Wilder Santos, o prefeito de Formosa, Itamar Barreto, o Secretário Municipal de Agricultura de Formosa, Wilmar Weber, líderes sociais da Agricultura Familiar, presidentes de Associações Rurais, pre-sidentes de Cooperativas, produtores e moradores de assenta-mentos.

ProjetoEntre os problemas identificados nos assentamentos da re-

gião de Formosa-GO, há burocracia e falta de incentivo finan-ceiro para aquisição de sementes, faltam água, assistência téc-nica para melhorar a produção de hortifrutigranjeiras, estradas e caminhões para escoar toda produção e principalmente, falta espaço adequado para a comercialização de produtos agrícolas orgânicos e de produção tradicional.

PlanejamentoNa tentativa de oferecer melhores condições aos assentados,

ficou proposto que a parceria feita entre a Seagri-DF, Emater--DF e prefeitura vai resolver questões mais urgentes, como a

aquisição de sementes e maquinários para iniciar o plantio da safra antes das chuvas de outubro, ainda este ano.

De acordo com o presidente da Emater-DF, Marcelo Pic-cin, ha décadas as família assentadas pelo programa de reforma agrária na RIDE demanda assistência técnica e extensão rural. “No governo de todo o Distrito Federal são 20 técnicos exten-cionistas com nível superior para atender 100% dessas famílias desde a decisão do que plantar até onde vender”, afirma Piccin.

Outra expectativa de Piccin é que se possa montar um Fó-rum Municipal da Gestão da Assistência técnica e da Reforma Agrária, para tratar exclusivamente da organização e do plane-jamento do trabalho da Emater-DF a ser desenvolvido nos pró-ximos anos na RIDE.

As 900 famílias assentadas na região de Formosa precisam de insumo para levar a diante o cultivo de suas plantações. “A

Representantes dos governos do Distrito Federal e Municipal de Formosa-GO se reúnem para discutir o Seminário ATER da Emater-DF

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Assentamentos rurais do Entorno recebem assistência técnica da Emater-DF

“Vamos empenhar esforços para junto aos colegas da Emater-GO e DF desenvolver um

trabalho de qualidade de assistência técnica com projetos de comercialização. Os vinte

técnicos da Emater-DF vem para somar”Wilmar Weber

assistência técnica é o principal insumo para essas famílias se desenvolverem no campo”, confirma Piccin.

Posteriormente, serão providenciadas a recuperação e a abertura de estradas. Em seguida, a prefeitura de Formosa dis-ponibilizará caminhões que servirão para o transporte da co-lheita até à Ceasa no Distrito Federal.

O presidente da Ceasa, Wilder Santos, ressaltou o projeto Rota da Comercialização dos Assentados e que a Ceasa já tem estrutura para receber a demanda dessa produção que vem do entorno. “Nosso desafio é implantar aqui um setor de abasteci-mento. Podem ter certeza de que o espaço de vocês, produtores assentados, está garantido”, afirma Santos.

A prefeitura de Formosa se comprometeu em fornecer todo suporte necessário para garantir que o plantio não seja prejudicado e que a comercialização seja eficiente, gerando renda financeira às famílias que hoje padecem na zona rural

com a falta de estrutura, financiamento, assistência técnica rural e planejamento para formalizar o negócio rural. “Va-mos empenhar esforços para junto aos colegas da Emater--GO e DF desenvolver um trabalho de qualidade de assis-tência técnica com projetos de comercialização. Os vinte técnicos da Emater-DF vem para somar”, disse o secretário municipal de formosa, Wilmar Weber, que prevê um avanço na agricultura familiar de Formosa.

Marcelo Piccin, disse ainda que acompanha o desenvolvi-mento dos projetos voltados aos assentados e chamou a atenção para a quantidade de famílias que esperam por crédito rural. “O Fomento Mulher é uma linha de financiamento que cede até R$ 13 mil reais por família. A equipe técnica da Emater-DF vai visi-tar todos os assentamentos de formosa para orientar os que tem interesse em solicitar financiamento para o Fomento Mulher”, garante Piccin. Ainda há outra linha de crédito rural disponível para as famílias produtoras rurais, o Prospera.

ExpectativaGislaine de Oliveira Gonçalvez é moradora do assenta-

mento PA/1 em Formosa. Ela conta que na região são 80 famí-lias cadastradas, mas apenas 30 moram nas terras. “A maioria passa mais tempo na cidade, já que no assentamento não tem como sobreviver”, lamenta a produtora rural.

A renda financeira dos poucos que escolhem permanecer nos assentamentos é provenientes de aposentadorias, pensão por morte de companheiros ou de trabalhos realizados nas grandes fazendas da região. A maior parte são idosos e jovens que saem em busca de trabalhos sazonais, uma forma difícil de garantir o salário necessário para o sustento familiar.

Para Gislaine, os assentados que moram na cidade ou tra-balham em fazendas, não agem errado, uma vez que sem pro-duzir não podem ganhar o dinheiro necessário para sustentar suas famílias. “Muitos desistem da terra”, lamenta a assentada. “Com a chegada da Emater e da participação da prefeitura, acende uma luz no fim do túnel. Com transporte e estradas posso produzir e levar minha plantação para ser vendida na cidade, aqui não consigo vender, ninguém anda vinte quilô-metros para comprar um quilo de tomate na roça” comemora ela, que já planeja plantar feijão, milho e sorgo, além de criar de frango caipira.

Ronaldo Pereira

Representantes dos governos do Distrito Federal e Municipal de Formosa-GO se reúnem para discutir o Seminário ATER da Emater-DF

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impostostEN

Contribuintes com dívida no GDF têmprazo para descontosA dedução faz parte do programa Recupera DF Fase III

te ano. “O Programa serve para incentivar os con-tribuintes do DF a estarem adimplentes com suas obrigações tributárias, o que permite a geração de recursos para manutenção das contas públicas, ga-rantindo saúde, educação, segurança e infraestrutu-ra para a cidade.” afirmou o subsecretário da Receita da Secretaria do Estado da Fazenda do DF, Wilson Jose de Paula.

Como aconteceu nas edições passadas, todo o processo para adesão do programa é feito na inter-net, assim o contribuinte não tem que se deslocar até um posto da SEF-DF, mas deve, assim mesmo, ficar atento aos prazos. “A adesão ao Programa pode ser feita em três prazos distintos diretamente pelo site da SEF. A adesão ocorre automaticamente após o pagamento à vista da dívida ou da 1ª parcela do dé-bito. O valor mínimo de cada parcela não pode ser inferior a R$ 500”, destacou o subsecretário. Porém, quem não tiver acesso a rede de computadores pode procurar um posto da SEF-DF.

Aqueles que perderem o prazo ou deixarem de pagar duas parcelas consecutivas nas datas de ven-

Por: Gustavo Lucio

Os contribuintes com dívidas de Im-posto Sobre Circulação de Mer-cadorias e Prestação de Serviços (ICMS) e do programa Simples Candango contraídas até 31 de de-zembro de 2013 têm até o dia 22 de outubro para quitar o débito e ain-da receber descontos por regulari-

zar a situação com a Secretaria de Fazenda do DF. A redução de valores faz parte da terceira fase do pro-grama Recupera DF, lançado pelo Governo do Dis-trito Federal em julho deste ano. Quem optou pelo programa logo no início foi beneficiado com 99% de descontos, mas aqueles que deixaram para o último dia receberam no máximo 50% de redução sobre os valores de multas e juros dos impostos.

A primeira edição do Programa ocorreu no 1º se-mestre de 2013, tendo a 2ª fase aprovada no mês de novembro. A Lei nº 5.365/2014, que institui a 3ª fase, foi publicada no Diário Oficial local em julho des-

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Contribuintes com dívida no GDF têmprazo para descontosA dedução faz parte do programa Recupera DF Fase III

O abatimento é sobre os valores de multa e juros gerados por falta de pagamento na data de vencimento. Quem deixar para o último dia, pode ser beneficiado com até 50% de desconto

cimento saem automaticamente do programa e per-derão o benefício. “Ao deixar de pagar a segunda parcela consecutiva da negociação realizada dentro do Programa, o contribuinte é excluído e perde a re-dução nos juros e multas relativas ao débito, tendo de pagar os débitos remanescentes”, explicou José de Paula.

Além das combinações citadas, poderão usufruir os contribuintes autuados com multa de 200% sobre o valor do imposto devido, que em geral dizem res-peito às infrações graves. Nestes casos, o pagamento será à vista com redução de 75% nos juros e multas. As dívidas decorrentes de penalidades vinculadas ao ICMS, às chamadas “multas acessórias”, também têm percentuais de abatimento.

Qualquer dúvida ou informação sobre este pro-grama ou outros programas da Secretaria de Fazen-da do Distrito Federal podem ser obtidos na Central de Atendimento do GDF pelo telefone 156 opção 3 ou ainda pelo Atendimento Virtual (www.fazenda.df.gov.br). A Central da Fazenda funciona de segun-da a sexta feira de 7 às 19h. A ligação é gratuita.

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comérciotEN

Elsânia Estácio

A intenção de consumo das famí-lias do Distrito Federal apre-sentou uma alta de 0,6 pontos em julho deste ano – atingindo a marca de 111,8 pontos con-tra 111,2 registrados em junho. É o que mostra a pesquisa de Intenção de Consumo das Fa-

mílias (ICF) do DF, realizada com 600 famílias brasilienses e divulgada pela Fecomércio-DF. De acordo com o presidente da Fecomércio, Adel-mir Santana, o crescimento tímido na intenção de consumo dos brasilienses em julho é refle-xo ainda da Copa do Mundo no Brasil, onde os consumidores preferiram gastar os recursos so-bressalentes com ingressos e brindes relativos ao mundial de futebol, afetando alguns setores. “A tendência é que a partir de agora os índices au-mentem em decorrência das datas festivas come-moradas no segundo semestre”, explica. Segundo Adelmir, os juros mais altos e a alta na inflação afetaram os índices na comparação anual, pois o levantamento mostrou queda de 6,8 pontos em relação ao mesmo período de 2013.A pesquisa ain-da revela que 72,3% dos entrevistados se sentem mais seguros no emprego atual e 13,0% dos entre-vistados afirmam que estão menos seguros. O ICF é um indicador com capacidade de medir, com a maior precisão possível, a avaliação que os con-sumidores fazem sobre aspectos importantes da condição de vida de sua família, tais como a sua capacidade de consumo (atual e de curto prazo).

Banco Central injeta mais R$ 25 bilhões na economia brasileira

Banco Central anunciou, no dia 20 de agosto,

duas medidas que vão liberar cerca de R$ 25 bilhões para os bancos emprestarem aos seus clientes. De acordo com a instituição financeira, a intenção é estimular o crescimento com a maior oferta de crédito. A ação acontece quando o mercado já es-pera que a economia brasileira cresça menos de 1% este ano. O órgão disse ainda que espera que as medidas ampliem o acesso a crédito por pequenas empresas e fortaleçam o comercio exterior.

Criação dE EmPrEgos formais sobEO Brasil criou 1,49 milhão de empregos formais

em 2013, registrando uma alta de 29,7% frente ao ano anterior, quando foram abertas 1,15 milhão de vagas. Os dados são da Relação Anual de Informa-ções Sociais (Rais), divulgados pelo Ministério do Trabalho. Segundo o governo federal, do total de 1,49 milhão de trabalhadores contratados no ano passado, 403 mil são servidores públicos e 1,07 mi-lhão representam os trabalhadores celetistas.

Intenção de consumo no DF registra leve alta em julho

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TENDÊNCIAS E NEGÓCIOS Ed. 29 setembro de 2014 :: 29

Águas Claras é valorizadaÁguas Claras continua sendo a região admi-

nistrativa mais valorizada do Distrito Federal, tanto para comercialização quanto para locação. A cidade demonstrou 0,57% de rentabilidade nas lojas e 0,58% nas salas comerciais. Já em relação à rentabilidade de aluguéis, a região se destacou como o local com a maior rentabilidade para apartamentos de um, dois e três dormitórios. As variações foram de 0,42%, 0,40% e 0,37%, respectivamente, segundo dados do Boletim de Conjuntura Imobiliária referentes ao mês de ju-lho, divulgado pelo Sindicato da Habitação (Se-covi). O levantamento analisou 35.089 imóveis. Na opinião do presidente do Secovi, Carlos Hi-ram, Águas Claras é peculiar e vem apresentando bons resultados consecutivos no setor imobiliá-rio. “É uma cidade com uma concepção diferente que influenciou positivamente outras regiões. É um local que oferece padrão de moradia superior com um preço mais acessível”, explica Hiram. “O

que justifica a alta rentabilidade dos pontos co-merciais é a grande concentração populacional, além das áreas comerciais serem bem próximas das residências”, completa o presidente do Seco-vi. A análise mostra ainda que Sobradinho apre-sentou os menores valores medianos de metro quadrado chegando a R$ 4.258 para apartamen-tos de 3 dormitórios.

NúmEro dE iNadimPlENtEs é rECordEO número de pessoas inadimplentes chegou a

57 milhões de brasileiros este ano, de acordo com levantamento da Serasa Experian. O total de con-sumidores com dívidas em atraso foi maior do que o verificado em agosto de 2013, quando foram registrados 55 milhões.No mesmo mês de 2012, 52 milhões de pessoas estavam nessa situação. O es-tudo também mostra que 60% dos inadimplentes brasileiros têm contas mensais a pagar que custam acima de 100% de sua renda mensal.

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AgriculturA FAmiliArtEN

Feiras de orgânicos

Oda Paula Fernandes

Os alimentos orgânicos estão cada vez mais perto das nossas mesas. Hoje, en-contrar verduras, legumes, frutas e uma variedade enorme de produtos natu-rais pode ser uma atividade corriqueira para quem gosta de comer alimentos saudáveis. A busca por uma alimenta-ção com orgânicos já não exige muito

tempo ou andar longas distâncias. Livres de agrotóxicos, que prejudicam nossa saúde, o cardápio pode ser colori-do, saboroso e rico em vitaminas e nutrientes.

Espalhadas pelo Distrito Federal, as feiras com produ-tos orgânicos estão presentes em algumas entre quadras, na esplanada dos ministérios e em áreas de residência de Brasília. A Asa Norte, por exemplo, tem feiras vin-culadas à Associação de Agricultura Ecológica (AGE), Organismo de Controle Social, cadastrada na superin-tendência Federal de Agricultura do DF e no Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA).

As feiras da AGE se localizam nas quadras 303 e 315, Asa Norte. Na Asa Sul, elas ficam na 709/909, 112/312 e 316 e funcionam às quartas-feiras e aos sábados das 6h da manhã ao meio dia. No Sudoeste, a feira funciona aos sábados nas quadras 303/304. As barracas utilizadas nos espaços de venda são pequenas, mas a variedade de produtos é o suficiente para fidelizar clientes que há 15 anos compram na mesma banca.

João Marcolino de Souza Filho, é representante da AGE e trabalha na banca da 315 Norte desde 1999. Ele

Alimentos naturais direto do campo para sua mesadiz que a clientela é fiel, tem gente que frequenta a mesma banca em busca de qualidade. “Estamos aqui há quinze anos e temos clientes desde que abrimos esse ponto. Eles vem toda semana fazer as compras porque sabe que tudo aqui é orgânico, confiam no nosso produ-to.”, assegura

No Plano Piloto, há outras feiras de orgânicos não vin-culadas à AGE, os produtos têm selo de procedência dos alimentos orgânicos. Abertas das terças às quintas-feiras e aos sábados, elas funcionam a partir das 6h da manhã até

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TENDÊNCIAS E NEGÓCIOS Ed. 29 setembro de 2014 :: 31

o meio dia, ou até que o estoque termine. Apesar das van-tagens que os orgânicos proporcionam à saúde, o bolso sofre com os preços salgados. A diferença é de até 70% em relação à produção convencional.

O alto custo não inibe, porém, os adeptos mais assí-duos. Um dos motivos é a mudança de comportamento e investimento na saúde, já que raramente essas pessoas ficam doentes. A médica Lizana Caroline Lins, diz que há mais de vinte anos ela e a família consomem orgânicos, e acredita que a ausência de doenças na filha de três anos, se dá por consumir na alimentação saudável as vitaminas e nutrientes que o corpo precisa. “A minha filha nunca ficou doente. Nunca foi ao médico, nunca teve uma gri-pe. Ela só come orgânicos, nunca tomou um antibiótico”, garante a médica.

Cenoura, aipo, tomate, beterraba, abobrinha, cou-ve, maçã, mel, queijo. A lista de produtos orgânicos co-mercializados nas feiras é grande. Ideal para montar um cardápio bem variado e consumir desde o café da manhã até a ceia. Bolos, quiches, tortas doces e salgadas. Quem manda é a criatividade. O sabor, segundo quem come or-gânicos, é bem melhor.

A administradora de empresas, Flávia Maria Cruchen, diz que, apesar de orgânico ser melhor, o preço ainda está muito alto devido à falta de incentivos às família produ-toras. “O sabor é maravilhoso. Até o cheiro é diferente. É uma pena que as pessoas não descobriram a maravilha que é o orgânico, mas quando elas descobrirem acredito que o preço vai baixar, pois teremos mais famílias produ-zindo e vendendo os orgânicos”, estima a administradora.

Além de preservar o meio ambiente e garantir os recur-sos naturais renováveis para futuras gerações, os orgânicos

conservam, em especial, a saúde do agricultor, como ex-plica o empresário e produtor de orgânicos Joe Valle. “O maior beneficiado é produtor, que não será prejudicado pelo contato direto com os agrotóxicos”, ressalta Valle.

PoNtos dE vENdaSe você está interessado em mudar os hábito alimen-

tares e melhorar a saúde por meio da alimentação saudá-vel, confira no mapa os pontos de vendas de orgânicos no Plano Piloto e aproveite as regalias que produtos naturais oferecem.

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AgriculturA FAmiliArtEN

Oda Paula Fernandes

O encontro para discutir os principais problemas dos assentamentos na re-gião de Padre Bernardo contou com a participação de representantes de diversas instituições, os governos da Agricultura do Distrito Federal e o Municipal estiveram presentes, assim como, representantes de Sin-

dicatos, de Associações Rurais e assentados produto-res locais. A Emater-Df apresentou a implantação do programa ATER no Seminário de Assistência Técni-ca e Extensão Rural (ATER) para Desenvolvimento Rural Sustentável, da Secretaria de Agricultura do Distrito Federal (Seagri).

A falta de água e terras não regularizadas são pro-blemas mais latentes. A ineficiência da estrutura, como, por exemplo, em maquinários agrícolas, no incentivo financeiro para aquisição de sementes e na assistência técnica, também atrasa o crescimento eco-nômico dos assentamentos, além de limitar o desen-volvimento do negócio familiar rural formalizado.

Assentamentos de Padre Bernardo (go) recebem apoio para produção agrícola

A cidade foi a segunda entre as oito da Região In-tegrada de Desenvolvimento do DF e Entorno (RIDE) que sediaram o Seminário de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) para Desenvolvimento Rural Sustentável, da Secretaria de Agricultura do Distrito Federal (Seagri) por meio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Ema-ter-DF). Nos encontros, são discutidas soluções aos principais problemas de produção, escoamento e co-mercialização de alimentos produzidos em assenta-mentos rurais na RIDE.

Os assentamentos rurais de Padre Bernardo, que contribuem no abastecimento de alimentos e produtos agrícolas para o Distrito federal, estão há pelo menos 115 km de Brasília

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TENDÊNCIAS E NEGÓCIOS Ed. 29 setembro de 2014 :: 33TENDÊNCIAS E NEGÓCIOS Ed. 27 junho de 2014 :: 33

objEtivoA parceria do governo do Distrito Federal com a pre-

feitura de Padre Bernardo tem o objetivo de assessorar os assentados na busca de desenvolvimento de tecnolo-gias e na regularização de documentos para participar dos programas de políticas públicas voltadas para bene-ficiar os pequenos produtores rurais com o crédito rural.

A presidente da Associação de Moradores do assen-tamento Antônio Jovêncio, Cícera da Silva, conta que mora no assentamento há mais de dez anos e só depois de ter em mãos a emissão de posse, fornecida pelo IN-CRA aos moradores, eles puderam começar os trabalhos na terra. “A partir do momento que temos acesso a terra é que nós podemos financiá-la, e, só assim, ter um ende-reço. Tudo acontece a partir da terra e agora precisamos plantar, colher e vender”.

ACORDOFicou acordado no seminário que o trabalho da

Emater-DF e da prefeitura será para resolver os proble-mas mais urgentes até as primeiras chuvas de outubro deste ano, período propício para o plantio da maioria das culturas lavradas no planalto central.

De acordo com o presidente da Emater-DF, Marcelo Piccin, as famílias assentadas na região de Padre Bernar-do contribuem de modo significativo no abastecimento

de alimentos para Brasília e, por isso, precisam de apoio para produzir no campo. “O que a Emater traz aqui é uma ferramenta de promoção de desenvolvimento des-sas famílias. Nós temos aqui uma equipe de nove profis-sionais para atender as famílias assentadas nesta região que há vários anos precisam e esperam por essa assistên-cia”, afirma Piccin.

fórum O Fórum Municipal da Gestão da Assistência técnica

e da Reforma Agrária, que trata exclusivamente da orga-nização e do planejamento dos trabalhos a serem desen-volvido nos próximos anos na cidade pela Emater-DF, também será realizado em Padre Bernardo e vai contar com a presença da equipe técnica de apoio do INCRA--DF para atender os grupos interessados em aderir li-nhas de crédito rural familiar.

A superintendente adjunta do Incra-DF, Sandra Cristina Knupfer, diz que o trabalho será feito para faci-litar a regularização das terras, e principalmente para fo-mentar as linhas de crédito rural familiar que possibili-tam a aquisição de sementes e maquinários agrícolas aos assentados. “O desafio do Incra é de aumentar o número de assentados que estarão aptos a usar financiamentos oferecidos pelo governo através dos bancos e diminuir o número de inadimplentes”, enfatiza Knupefer.

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Por: Gustavo Lúcio

Reeleito para continuar mais quatro anos à frente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (FECOMÉRCIO), Adelmir Santana to-mou posse no início de setembro para o quadriênio 2014-2018. Com a reeleição, o primeiro vice-presidente, Miguel Setem-brino, também foi reconduzido ao cargo,

já o segundo e o terceiro vice-presidentes passaram a ser Francisco Maia e Fábio de Carvalho.

Para a posse, a Fecomércio realizou evento que reuniu empresários, políticos e representantes comerciais e de outras instituições locais e nacionais. Durante o discurso, o presidente disse que vai trabalhar para que este seja o melhor mandato da instituição. “Conforme o estatuto da Instituição, este é o meu último mandato, portanto vou trabalhar como se fosse o primeiro e vou fazer deste o me-lhor mandato da Fecomércio”, destacou.

Um dos convidados foi o ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República (SMPE), Guilherme Afif, que destacou a importância da Adelmir à frente da Federação. “Adelmir é um represen-tante muito importante para a Fecomércio, sua experiência como senador trouxe muito conhecimento do legislativo para a entidade, por saber abordar o problema perante os

FecomércioTeN

Nova diretoria toma posse para o quadriênio 2014-2018 da Fecomércio DF

parlamentares e faz com que ele traga bons resultados para o comércio”, disse. Os empresários que foram ao evento também destacaram a importância do presidente. “A Fe-deração do Comércio é uma instituição importante para DF. Está bem representada pelo senador Adelmir Santa-na, eu sempre digo que ser eleito é fácil mas se reeleito é o reconhecimento do trabalho realizado por ele”, afirmou o presidente da Associação Comercial do Distrito Federal (ACDF), Cleber Pires. “A Fecomércio tem papel impor-tante para Brasília, porque o comércio cumpre o seu de-ver com a geração de emprego e renda para a população”, completou o empresário Paulo Octávio.

FECOMÉRCIOFundada em 4 de outubro de 1970, a Federação do

Comércio é composta por 25 sindicatos filiados e dois as-sociados. Sua missão é contribuir, por meio do fortaleci-mento dos setores de comércio e serviços. A Fecomércio também é responsável por administrar o Sesc, o Senac e o Instituto Fecomércio no Distrito Federal.

Dentre os objetivos, a Federação procura orientar, co-ordenar, proteger e representar, perante as autoridades administrativas e judiciárias, todas as atividades e cate-gorias econômicas dos setores de Comércio, Serviços e Turismo. Busca, contribuindo, assim, com o desenvolvi-mento econômico, social e político do DF.

Os diretores empossados para o quadriênio 2014-2018 da Fecomércio/DF

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TENDÊNCIAS E NEGÓCIOS Ed. 29 setembro de 2014 :: 35

A Importância do Simples Nacional

O colaborador do quadro “Consciência Empresarial”, empresário José Reis e empresário José Reis fala sobre a san-ção da lei complementar do Simples Nacional que universaliza, a partir de 2015, o acesso ao Simples Nacional. O programa unifica o pagamento de oito tributos cobrados pela União,

estados e municípios das micro e pequenas empresas. Com a publicação, a lei entrou em vigor nesta sexta,

mas as mudanças passam a valer somente em janeiro de 2015. “A mudança da Lei do Super Simples é muito importante para os empresários, pois o Simples Na-cional traz grandes benefícios ao micro e pequeno em-preendedor. Permitindo a economia no pagamento de tributos ele facilita a vida administrativa, ao reunir uma série de impostos com taxas reduzidas e um sistema de cobrança unificado,” afirma Reis.

De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às

Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o Simples pode gerar uma economia de até 40% no pagamento de tri-butos para as empresas. A ampliação do Simples Na-cional deve alcançar mais de 450 mil empreendimen-tos, segundo estimativa do governo federal. Desde a criação do Simples Nacional, em 2007, cerca de nove milhões de empresas já aderiram ao sistema unificado de tributação. Segundo dados, 4,13 milhões de micro-empreendedores individuais pagaram, até junho deste ano, mais de R$ 267 bilhões em contribuições para os Cofres Públicos.

Outra vantagem da atualização da Lei do Simples é, segundo o Sebrae, a desburocratização. De acordo com o órgão, haverá um cadastro único por CNPJ, dispen-sando os demais cadastros estaduais e municipais. De acordo com o governo, também haverá simplificação dos procedimentos de abertura e fechamento das em-presas, fazendo com que o prazo para essas operações diminua sensivelmente.

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tributostEN

Por: Gustavo Lúcio

Jornalista, corretor de imóveis, advogado ou qual-quer outro profissional ligado a área de serviços que tem rendimento anual de até R$ 3,6 milhões poderá, a partir de janeiro de 2015, optar pelo Sistema Unificado Tribu-tação de Impostos, Simples Nacional. A novidade atinge 142 atividades e foi possível graças à Lei Complementar nº 147/2014, que altera a Lei da Micro e Pequena Em-presa do Brasil (LC nº 123/2006), sancionada pela pre-sidente Dilma Rousseff e publicada no Diário Oficial da União (DOU).

Com a alteração, todas as empresas vão ser enqua-dradas pelo faturamento independente do seguimento que atuam no mercado. Esta medida deve beneficiar cerca de 450 mil empresas brasileiras. “Com a univer-salização do Simples, vamos chegar ao conceito de que o sistema não é aplicado exclusivamente por setor, e sim pelo porte da empresa. Com isso, vamos aumentar em pelo menos seis vezes o número de empreendimentos e empregos no Brasil”, destacou o ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da Repú-

Com a iniciativa, 142 atividades poderão aderir a forma de tributação do Simples

blica (SMPE), Guilherme Afif.A profissão de corretor de imóveis é uma das ativi-

dades beneficiadas pelo novo sistema. Para os dirigen-tes de instituições ligadas ao mercado imobiliário, esta é uma luta constante da categoria. “Este é um processo antigo, há mais de dez anos trabalhamos para promo-ver uma modificação legislativa e incluir os corretores e as imobiliárias no pagamento de impostos simplifica-dos”, informou o presidente do Sistema Cofeci/Cecri, João Teodoro. Para o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Brasília (CRECI/DF), Her-mes Alcântara, com o Simples muitos profissionais vão formalizar as empresas. “Foi uma vitória dos corretores de imóveis e de outras profissões que foram incluídas nesta aprovação. O sistema vai trazer para formalidade o exercício do corretor. Agora, o profissional pode fazer o cadastro de pessoa jurídica (CNPJ) com impostos re-duzidos, o que deve favorecer muitos brasileiros”, disse.

O presidente da Associação Comercial do DF (ACDF), Cleber Pires, também espera a formalização de novas empresas, já que a lei equipara o pagamento de impostos com a atividade do profissional. “Sem dúvida

Sancionada leique amplia oSimples Nacional

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TENDÊNCIAS E NEGÓCIOS Ed. 29 setembro de 2014 :: 37

esta iniciativa aumenta significativamente a formali-zação dos profissionais que terão uma carga tributária compatível com o serviço prestado. Agora, esperamos a reforma tributária, que é o sonho de todo brasileiro”, afirmou.

rEvisão das tabElas tribtÁriasPara que os impostos estejam adequados ao mercado

nacional, a SMPE solicitou estudos das tabelas do regi-me tributário brasileiro. A análise vai ser realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) junto com o Instituto de Ensino e Pesquisa (INSPER) e Universidade de São Paulo (USP) e tem prazo de 90 dias para ser concluída. “ Em primeiro lugar, os limites de transição das empresas serão avaliados, quando elas atingirem o teto tributável do Simples deverão deixar o programa. Num segundo momento, a equipe analisará os novos limites do Sim-ples. Por fim, as instituições vão estudar as tabelas, que hoje não ajudam na expansão dos empreendimentos. Com estes dados, vamos formalizar junto ao Congresso Nacional uma lei para melhorar o desempenho das em-presas”, afirmou Afif.

fECHamENto dE EmPrEsasA LC nº 147/2014 estabelece ainda prazos

para o fechamento de empresas. Antes, os pro-prietários de estabelecimentos empresariais ti-nham que comprovar que estavam adimplentes com os impostos, assim, quem tivesse qualquer débito com o governo não podia encerrar as ati-vidades do estabelecimento. “Com a aprovação da lei, estamos proibindo que seja exigida a cer-tidão negativa de impostos para fechar uma em-presa. O ato de fechamento de empresa é unila-teral do empresário, e o governo tem obrigação de dar baixa. Se o CNPJ estiver com algum dé-bito, o empresário ou o sócio vai responder pela dívida como pessoa física, mas a empresa não precisa ficar aberta. Com esta medida, o Brasil vai ter um milhão de CNPJs inativos adequada-mente”, finalizou o ministro.

A Secretaria da Micro e Pequena Empresa disponibilizou uma cartilha com as atualizações da Lei complementar nº 147/2014 no portal: www.smpe.gov.br

Roberto Stuckert Filho/PR

Mercadante, Calheiros, presidente Dilma, Eduardo Alve e Afif Domingos, durante a sanção que amplia o Simples Nacional

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mobilidAdE urbANAtEN

O crescimento econômico do Distri-to Federal estimula a aquisição de automóveis. As ruas estão infladas e a necessidade de criar novas vias e ampliar as existentes é eminente. Para resolver os problemas mais urgentes de mobilidade urbana a Companhia Urbanizadora da Nova

Capital do Brasil (Novacap) está investindo na cons-trução de nova vias, restauração de vias antigas e am-pliação de faixas.

“Asfalto Novo é um dos programas mais impor-tantes que a Novacap realiza no momento”, afirma o presidente da Novacap, Nilson Martorelli. Cerca de 872 quilômetros de asfalto em condições de uso ple-no, com malha recuperada, asfalto recomposto e fai-xas sinalizadas, já foram entregue desde que as obras

As empresas públicas do DF trabalham para fornecer o que é necessário à cidade, disponibili-zando às pessoas serviços com qualidade. Como é o caso da CEB.

O Grupo empresarial CEB tem como contro-ladora, a Companhia Energética de Brasília, ori-ginária da Companhia de Eletricidade de Brasí-lia, do Departamento de Força e Luz da Novacap.

Em 1992, a CEB passou à denominação de Companhia Energética de Brasília para garan-

tir concessão de gás canalizado. Assim, pode participar de consórcios de aproveitamento hidrelétrico, à partir de 1994. Mas a CEB é mais que energia. É também uma empresa de concessões de distribuição de energia elétrica no Distrito Federal, de geração das Usinas do Paranoá, Termoelétricas de Brasília e de ge-ração de Usinas de Queimado para as empre-sas CEB Distribuição S.A., CEB Geração S.A., CEB Participações e CEBPar.

obras de infraestrutura

começaram em junho do ano passado.As obras já mudam a fisionomia das regiões admi-

nistrativas, dinamizando suas economias com inves-timentos vultosos que devem passar dos R$ 430 mi-lhões no final deste ano. A expectativa do governo é concluir as obras dos 2.400 quilômetros de vias o que significa mais conforto, mais segurança, menor tem-po em trânsito e melhores condições de acessibilidade para toda a população.

Adicionalmente, os investimentos do programa Asfalto Novo preservam o sistema viário, um patri-mônio construído desde a fundação da Capital, ade-quando sua eficiência e segurança às novas necessi-dades de desenvolvimento do Distrito Federal. E os beneficiados não são apenas os motoristas. Pedestre e ciclistas terão mais segurança para transitar pelas ruas e vias no Distrito Federal.

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TENDÊNCIAS E NEGÓCIOS Ed. 29 setembro de 2014 :: 39

obras de infraestrutura

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impostostEN

seminário discuteDireito tributário

Oda Paula Fernandes

Os parlamentares e o Fisco brasilei-ro demonstram a importância das empresas para o crescimento da economia no seminário Questões Controvertidas no CARF, realizado pela Associação Brasileira de Direito Tributário (ABRADT), em parceria com a CNI e empresas privadas. No

evento, foram levantados temas relevantes para os contribuintes, tanto pessoa física, quanto pessoa ju-rídica - em especial, para os que fazem investimentos em empresas estrangeiras.

O Conselho Administrativo Conselho de Recur-sos Fiscais (CARF) é o tribunal administrativo que julga todos os litígios tributários na área de impostos

do conten-cioso federal. Os julgamen-tos são em segunda ins-tância, como instância re-visora. Daí a importância da instituição

para o contribuinte, seja ele pessoa jurídica ou física.Ministrado pela advogada tributarista Dra. Karen

Jureidini Dias, o seminário Propósito negocial, possi-bilidades de amortização e as novas regras do ágil pre-vistas na Lei 12.973/14 e suas repercussões abordou os desdobramentos da Lei, que tem como objetivo en-cerrar o chamado Regime Transitório de Tributação (RTT) e regulamentar de forma permanente os efei-tos fiscais decorrentes da introdução de regras con-tábeis no país. Neste contexto, a regulamentação traz uma série de regras que deverão ser observadas pelas

pessoas jurídicas. Elas vão desde novas obrigações acessórias para controle e supervisão pelas autorida-des fiscais, até a regulamentação como contribuição ao PIS e à COFINS, a adoção inicial do novo regime, amortização fiscal de ágio, entre outras. O tema Ga-nho de capital em incorporação de ações, ministrado pelo advogado Jules Michelet Pereira Queiroz e Silva, alertou os presentes sobre o papel do judiciário na to-mada de decisões que influenciam diretamente o con-tribuinte.

Entre as autoridades presentes - do cenário jurídi-co, estava o presidente da ABRADT, Eduardo Manei-ra, que discorreu sobre os benefícios que a existência de uma associação atuando diretamente nas decisões do judiciário traz para a sociedade.

Segundo o vice-presidente da ABRADT, Walter Lobato, o Direito Tributário está presente no dia a dia das pessoas e das empresas. “Hoje, o Brasil tem uma das maiores cargas fiscais do mundo. Em decorrência disso, a tomada de decisão de empresários e cidadãos passa necessariamente pela avaliação da carga tribu-tária que eles sofrem, ou nos negócios ou, ainda, na abertura de novas empresas ou na expansão de um negócio para o exterior”, afirma Lobato.

De acordo com o presidente do Conselho, Otacílio Dantas Cartaxo, o CARF passou por duas reestrutu-rações importantes nos últimos anos. “A primeira foi organizacional, quando os três conselhos de contri-buinte adotaram a estrutura clássica de tribunal, usa-da em todos os órgãos de julgamento. E a segunda foi operacional, com a implantação do processo digital e a abolição do processo em papel, o que trouxe im-pactos positivos nos processos de trabalho”, afirma Cartaxo. “Sair da cultura de Gutemberg e entrar na cultura digital trouxe excelência aos julgamentos e às decisões que posteriormente se transformam em ju-risprudências adotadas pelas Câmaras Julgadoras e emitidas pelo próprio tribunal”, acrescenta Cartaxo.

“Hoje, o Brasil tem uma das maiores cargas

fiscais do mundo”Walter Lobato

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Empresa líder no segmento de marcas e patentes na região sul do país, a Marpa - Marcas, Patentes e Inovações, está presen-te em Brasília desde outubro de 2013 e já registra um crescimento expressivo, com 5% do mercado da região. Para este ano, a expectativa é de um crescimento de 15% no faturamento da filial. Fundada

há 27 anos, a Marpa atende atualmente mais de 20 mil clientes.

A instalação da filial no edifício Corporate Financial Center, no Setor Comercial Norte, faz parte da estraté-gia de expansão do grupo, que tem escritórios no Rio Grande do Sul e no Paraná, além de agentes espalhados pelos principais países do mundo. De acordo com o presidente da Marpa, Valdomiro Soares, Brasília ainda é carente nesta área e tem se mostrado um importante polo a ser explorado no país. “Queremos que a Marpa se torne sinônimo de marcas em todo o país, e Brasília é um mercado em potencial e estratégico para nosso negócio”, declara o empresário. Atualmente, apenas 1% das empresas da Capital Federal e cidades próximas possuem registro de marca.

O escritório da Capital Federal atende também Goi-ânia e cidades vizinhas e conta com o todo portfólio de serviços do grupo, que inclui consultoria e assessoria de propriedade industrial e intelectual. “Também atu-amos no registro de domínios, tanto no Brasil como no exterior (.com e .com.br), na construção de sites, contas de e-mail e plataformas de aplicativos”, lembra Valdomiro ao falar do trabalho executado pela Marpa Virtual.

Em uma parceria pioneira no segmento, a Marpa terá um ponto de atendimento na Associação Comer-cial de Brasília, em um projeto piloto do Sebrae. “A ideia é que o empresário consiga abrir a empresa em menos de cinco dias e já saia da Associação com o pro-tocolo de pedido de registro da marca”, conta Valdo-miro. Ele explica que para ter assegurados os direitos sobre o uso exclusivo da marca ou do nome escolhido para empresa, é necessário o registro da marca/nome junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). A Marpa faz registro de marcas e patentes na-cionais e para os 197 países que aderiram a Convenção de Paris, a qual o Brasil é signatário. “Trouxemos para a região o knowhow do Grupo e estamos mostrando que o registro da empresa, seja físico ou virtual, tem a mesma importância de uma certidão de nascimento. Sem ele, a marca não tem valor”, pontua o presidente.

Além do registro, outro foco de atuação é a avaliação de marcas. “A construção de um nome ou de uma mar-ca e a valorização da mesma não é uma tarefa simples. No Brasil, geralmente o empresário só se preocupa em fazer a avaliação da sua marca em três ocasiões: quando a companhia é vendida; quando há ruptura na socie-dade ou em caso de divórcio”, avalia Valdomiro. Ele destaca que a estratégia da Marpa é justamente cons-cientizar os empresários para a importância de investir na proteção e no registro para manter o negócio ativo no mercado. “Se o empresário brasileiro se preocupas-se em avaliar sua marca periodicamente, poderia atrair mais parcerias. Quando o gestor sabe qual é o real valor da marca tem mais credibilidade e segurança para pro-ceder em um novo negócio”, conclui o presidente.

HÁ MENOS UM ANO EM BRASÍLIA, GRUPO MARPA JÁ ATINGE 5% DO MERCADO DA REGIÃO

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mEio AmbiENtEtEN

Oda Paula Fernandes

O Serviço de Limpeza Urbana do Dis-trito Federal (SLU) é responsável pela gestão de resíduos públicos e priva-dos no DF. Criada em 3 de agosto de 1961, a instituição recebeu a denomi-nação de Serviço de Limpeza Públi-ca (SLP). Na década de 60, Brasília já apresentava sérios problemas, que

foram agravados com o aumento da população e com a crescente geração de resíduos sólidos, que não rece-biam o tratamento adequado. Assim, desde então, a demanda exige cuidados e soluções imediatas.

A Usina de Tratamento de Lixo, com duas linhas de produção, foi instalada dois anos após a criação da atual SLU, que na época, era mantida pela NOVACAP.

SLU Garante a Gestão de Resíduos no DFO aumento populacional da região gera, hoje, uma demanda que exige soluções imediatas

Preocupado com a preservação do meio ambiente, o Governo do Distrito Federal promoveu, em 1972, em conjunto com a Secretaria do Governo e com a Com-panhia de Desenvolvimento do Planalto Central (CO-DEPLAN), estudos técnicos e econômicos sobre o saneamento básico de superfície. Esses estudos, poste-riormente, nortearam a elaboração do I Plano Diretor de Limpeza Urbana do DF.

À frente do SLU está Gastão Ramos, que além de ser diretor presidente da companhia é empresário. Ele diz que administrar um órgão do governo, de tamanha importância para a população e para o meio ambiente, tem seus desafios. “O setor público é bem diferente da iniciativa privada, onde as decisões são implementa-das, rapidamente, em busca de resultados. Mesmo que os resultados não sejam obtidos rapidamente, os proje-tos são implementados”, comparou Ramos.

O presidente acredita que tomar decisões que afetam a vida das pessoas de forma positiva no setor público depende basicamente de um corpo técnico composto por pessoas competentes e de confiança. “A máquina pública é diferente do setor privado, além de envolver a vontade do gestor, existe também todo um aparato de órgãos de fiscalização que são independen-tes, como o Ministério Público, o Tribunal de Contas e, no caso do DF, a Câmara Legislativa. Essas instituições podem trabalhar juntas ou em paralelo à sua gestão”, destaca Ramos.

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gEstão dE rEsíduos

A gestão de resíduos possui diferentes etapas que começam pelo cidadão com a conscientização sobre a importância de evi-tar o desperdício de recursos naturais e com a educação ambiental. Em seguida, vem a Coleta Seletiva, que também recebe parti-cipação popular, depois, a compostagem, a triagem e o tratamento até o destino final.

A Coleta Seletiva é hoje um dos focos do SLU. Ela passa pelo recolhimento de materiais reutilizáveis e recicláveis, que não devem ser misturados ao lixo comum das residências ou do local de trabalho, como plástico, vidro, metal e papéis. Este serviço exige um cuidado que começa com as pes-soas que devem separar os materiais orgâni-cos e os inorgânicos, para que depois o SLU faça a disposição correta para o reaproveita-mento e reciclagem.

Há ainda a compostagem, que é o pro-cesso de reciclagem que transforma a ma-

téria orgânica em insumo, como acontece com o lixo doméstico e podas de jardim, que após o procedimento, servem de adubo. Com esse processo, é possível reduzir ater-ros e lixões e melhorar a estrutura dos solos. Entre os principais benefícios da implanta-ção da Coleta Seletiva, para a compostagem, estão as questões ambientais, sociais, educa-cionais, culturais e econômicas.

Neste trabalho desenvolvido pelo SLU, a Central de Triagem se torna essencial para o encaminhamento dos resíduos da coleta seletiva. Para viabilizar a logística dos resíduos, cinco regiões administrativas do DF já contam com a Central de Tria-gem. São elas: Brasília, Ceilândia, Sobra-dinho, Planaltina e Santa Maria. Previa-mente separado ainda no local de coleta, - nas residências e nas empresas, o mate-rial recolhido é dividido de acordo com a procedência e depois é prensado para ser comercializado nas indústrias reciclado-ras. Um avanço graças ao SLU.

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cApAtEN

A inclusão de pessoas com deficiência na sociedade se torna mais evidente porque são exemplos de superação

casos de sucesso

A Constituição Federal de 1988 assegura a todos, de forma indiscriminada, direitos e oportunidades iguais. A partir dos prin-cípios da participação e da inclusão na sociedade, a igualdade de oportunidades, a acessibilidade e a indiscriminação são tópicos que representam o respeito à vida comunitária. Por estas razões, políticas

públicas para inclusão de pessoas com necessidades espe-ciais ganham, a cada dia, mais espaço no debate público. Com a efetivação do Ano Internacional das Pessoas De-ficientes, em 1981, essa questão se tornou um marco legal para garantir os direitos dessa parcela da população. Mas foi graça à criação do lema “Nada Sobre Nós, Sem Nós”, na década de 90, que o movimento social de inclusão de pessoas com necessidades especiais ganhou destaque no Brasil. A partir de então, foi instituído o “Dia Nacional de Luta das Pessoas Deficientes”. Tal iniciativa surgiu de um encontro nacional com todas as entidades representativas, em 1982. Na ocasião, foi escolhido o dia 21 de setembro, como marco da luta pelos deficientes no Brasil. A ideia foi fazer uma ligação do tema com a primavera, como sim-

bologia do nascimento das reivindicações com relação à igualdade de condições. Assim, em 2005, a data se tornou oficial, com a aprovação da Lei Federal nº 11.133, em ato cívico de grande importância para todos nós.

Como consequência dessas manifestações sociais em função da causa, os governos começaram a promover polí-ticas sociais que viabilizam a inclusão social. Assim, foram criados conselhos e programas, como é o caso do CONA-DE – Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência- e da Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência. Essas instituições visam di-recionar ações governamentais de apoio. Dessa forma, ações, planos e programas realizados pelo Governo Federal passa-ram ter a participação positiva de pessoas com deficiências para a definição de políticas públicas. Destaque para as deli-berações das duas Conferências Nacionais sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência, realizadas em 2006 e 2008.

De acordo com o Presidente da Associação Pestalozzi Brasília, Sérgio Augusto Belmonte, a política pública para inclusão do portador de necessidades especiais tem melho-rado, mas poderia ser ainda mais efetiva. Ele afirma que os políticos não correspondem à demanda para a criação de

allex benchimol leitão

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novas políticas nessa área. “De certa forma, hoje, o governo olha para essas pessoas com mais carinho, até pelo fato das instituições serem parceiras do governo. Não podemos es-quecer que tudo funciona por meio de parceria, e não, isola-damente. As entidades necessitam de ajuda para o seu sus-tento e precisam da colaboração da sociedade civil”, explica.

Ainda segundo Belmonte, cerca de um terço da popu-lação tem alguma deficiência, seja ela mental, visual ou físi-ca. “As famílias brasileiras, que não têm em seu lar alguém com deficiência, pelo menos se relacionam com outra fa-mília que tenha. Infelizmente, algumas pessoas sabem da necessidade, mas não se habilitam em ajudar as entidades. Reportagens como essa do Grupo de Comunicação Ten-dências e Negócios, principalmente em seu DOC TEN, mostram a realidade das instituições que trabalham com PNE e isso ajuda a divulgar a importância da colaboração da sociedade civil”, reconhece Belmonte.

A defesa dos interesses políticos dos grupos, que repre-sentam as pessoas – que não são poucos - com deficiência, amplia o espaço no cenário político nacional. O Censo de 2010 do IBGE, mostra que há no Brasil cerca de 50 milhões de pessoas com deficiência, o que corresponde a 23,92%

da população brasileira. Nos últimos anos, ainda segundo o IBGE, o Brasil tem avançado em relação aos direitos das pessoas com deficiência por meio de políticas públicas, no sentido de valorizar a pessoa como cidadã.

A Organização das Nações Unidas estima que 15,3% da população mundial (cerca de 978 milhões de pessoas dos estimados 6,4 bilhões de habitantes em 2004) possuem “de-ficiências graves ou moderadas”, enquanto 2,9%, ou cerca de 185 milhões, enfrentam “deficiências graves”. De acordo com a Organização dos Estados Americanos (OEA), “defi-ciência significa restrição física, mental ou sensorial de na-tureza permanente ou transitória que limita a capacidade de exercer uma ou mais atividades essenciais da vida diária, causada ou agravada pelo ambiente, econômico e social”. Mas há controvérsias, profissionais voltados para ao estí-mulo da capacidade de exercer atividades que superam as limitações, provam que uma pessoa com necessidades es-peciais pode atingir um objetivo com sucesso, basta ela se dedicar ao trabalho com empenho e disciplina. Prova disso são as pessoas com necessidades especiais que venceram seus limites e foram além das expectativas. Conheça a his-tória de algumas delas.

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cApAtEN

É possível perceber que o dia-a-dia do por-tador de necessidades especiais é um desafio. Assim, se enfrenta preconceitos em busca de superações. Em alguns casos, o deficiente, pro-

Histórias de sucessova que é capaz e toma consciência de suas habi-lidades primárias. Portanto, superação se torna a palavra que define a vida do portador de necessi-dades especiais.

A ARTE DA SUPERAçãO

Em 1987, Eva Leite teve que encontrar forças para se reinventar. Sem mover um só dedo, Eva tem dois livros escritos com a boca e já pintou inúmeros quadros. Após um acidente de carro, ela ficou tetraplégica. Ela sofreu uma lesão medular entre a quar-ta e a quinta vértebra, na altura do pescoço. Eva ficou por sete meses em tratamento no Hospital Sarah Kubitschek. Neste momento, ficou sabendo que suas dificuldades estavam apenas começando. Eva teria que aprender a viver em uma cadeira de rodas.

Quando tudo parecia não fazer mais sen-tido, Eva Leite encontrou na arte forças para viver. Com a tragédia, no auge da juventu-de, aos 20 anos, hoje como artista plástica - nunca imaginou que poderia criar obras utilizando apenas a boca. Hoje, aos 47, já participou de dezenas de exposições e é in-tegrante de um grupo de artistas da Suíça, onde também faz mostras do trabalho. Hoje, ela está trabalhando para participar do mu-seu do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, com um dos quadros que retrata a arena de Brasília.

FAMÍLIASem se deixar abater, disposta a encontrar

um novo sentido, Eva começou um relacio-

Inclusão social e histórias de sucesso

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namento, e dessa relação nasceu uma filha, Isabel, hoje com 20 anos — ela também tem mais dois filhos, que nasceram antes do acidente. “Conhecer o pai da minha filha foi um divisor de águas. Na época, ele ven-deu quase tudo o que tinha para comprar um carro para que nós pudéssemos pas-sear. Isso me encheu de vida”, lembra com emoção. Motivada, Eva foi atrás de algo que pudesse lhe trazer a sensação de produti-vidade. Com a ajuda dos profissionais do Sarah, escreveu o seu primeiro livro, intitu-lado “Minha Vida tem rodas, meus sonhos têm asa”.

Das técnicas de digitação, vieram as de pintura e a descoberta de uma nova paixão. Hoje, a artista faz tudo sozinha. Diante de um cavalete adaptado para guardar os po-tes de tinta e de água, Eva pega os pincéis, limpa, escolhe uma nova cor e retrata nas telas a essência das cores. Tudo com a boca. Por isso, Eva participa da “Associação de Pintores Com a Boca e os Pés”, cuja matriz está localizada na Suíça. Sempre animada com novos trabalhos, a artista, tetraplégi-ca, lança agora o seu terceiro livro: Cores & Rimas. A obra é composta de poemas de superação e desenhos assinados pela escri-tora, que completa dez anos de pintura.

“Gosto das cores, de dar minha personalidade aos quadros. E isso me deu uma nova perspectiva de vida, me abriu portas para um mundo novo, uma vida mais ampla”

Eva Leite, 47 anos, artista plástica

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Segundo a fisioterapeuta, Lílian Belmonte, o deficiente pode e deve praticar exercícios ou se dedicar a esportes sim-plesmente pelo fato de que lazer ou diversão são extrema-mente importantes para qualquer pessoa. No entanto, uma avaliação física deve ser feita, sempre, para avaliações. Com a adequação da prática esportiva com a necessidade, é pos-sível alcançar o aperfeiçoamento. Por isso, os treinamentos levam a uma evolução, que permite ao atleta especial chegar até as competições desportivas. “O portador de necessida-des especiais pode estar inserido na prática de esportes ou exercícios como forma de recuperação física, emocional e social. Só não podemos esquecer que cada caso possui a sua particularidade. Assim, não é possível generalizar”, conclui a fisioterapeuta.

Vale ressaltar que, de acordo com profissionais da área, para participar de um programa de exercícios físicos ou da prática de modalidades desportivas, é necessário que a pes-soa com deficiência se submeta a uma avaliação médica e funcional para que sejam detectadas, principalmente, as condições secundárias de saúde, que normalmente são fato-res limitantes. Entre muitas histórias de sucesso no universo do esporte, não poderíamos deixar de ressaltar a história do paraense Alan Fonteles, hoje com 21 anos, que por meio da disciplina e dedicação, é um dos principais nomes do espor-te paraolímpico brasileiro. Ele foi medalhista de ouro nas últimas Paraolimpíadas de 2012, em Londres. Sua história

cApAtEN

é de superação. O atleta foi privado de sua capacidade de andar devido a uma falha congênita que não permitiu que suas pernas se desenvolvessem completamente. Mas, isso foi superado porque o então menino que não podia andar, hoje é um corredor paraolímpico de sucesso.

Outro exemplo de superação é o da brasileira Claudia dos Santos, atleta da Seleção Brasileira Paraolímpica de Remo. Claudia foi atropelada quando saia do trabalho, por um carro que, além de passar por cima de sua perna, não prestou so-corro. Permaneceu 37 dias em coma por na UTI. Após esse período, Cláudia ficou mais três meses hospitalizada e passou por treze cirurgias. Sua principal preocupação era voltar a an-dar. Mesmo com uma das pernas amputadas, hoje ela faz tudo sozinha. A atleta reconhece que, no início, teve dificuldades com os transportes públicos por não serem adaptados, mas depois se acostumou com a situação. Por meio da reabilitação, começou a nadar. A partir daí, foi convidada para conhecer o esporte paraolímpico e se dedica a ele até hoje.

Assim como essas histórias, existem muitos outros ca-sos de sucesso e de superação, mas é necessário que políticas públicas para inclusão de pessoas com necessidades espe-ciais sejam fortalecidas. Por isso, o Grupo de Comunicação Tendências e Negócios abre espaço para que alguns candi-datos ao Governo e aos cargos públicos, na eleição de 2014, apresentem suas propostas e projetos envolvendo políticas públicas de inclusão social.

Programaregular de esporteadaptado

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Síndrome de Prader Willi

De acordo com Cláudia Rocha, mãe da menina, as escolas –infelizmente - ainda não estão preparadas para atuar na inclusão de alunos com necessidades especiais. Ela lembra que Gabriela é uma guerreira porque conseguiu conquistar todos os seus objetivos, apesar dos obstáculos que enfrenta, como a dificuldade na fala e na escrita, baixa coordenação motora, proble-mas de relacionamento e a automutilação (devido ao não acesso à comida). Com o tempo, ela tem driblado estas dificuldades. Sua rotina é repleta de atividades. O pai de Gabriela, Salatiel Paranhos Rocha, lembra das dificuldades dos que portam a SPW, mas se diz sem-pre otimista com os avanços da filha. “estamos ao lado dela, sempre e é a nossa maior prova de amor é conse-guir controla-la”, conclui Salatiel Rocha.

A síndrome de Prader Willi que foi descrita - em 1956 - por Prader Labart e Willi, tem como caracte-rísticas fundamentais o atraso no desenvolvimento, baixa estatura, obesidade, hipogonadismo e hipotonia muscular. De origem genética, a doença se manifesta por causa da deleção do cromossomo paterno - “quin-ze”. As crianças portadoras de SPW apresentam sinais desde o seu nascimento, tais como o índice de açúcar baixo, dificuldades de sucção, ausência ou choro fraco e sonolência. Assim que os médicos geneticistas expli-caram sobre a SPW e deixaram bem claro que o maior risco de morte poderia ser devido à obesidade mórbida, gerada pela compulsão por comida, os pais da criança não tiveram dúvidas e iniciaram imediatamente uma restrição alimentar exemplar. Gabriela (foto) passou, então, a ter acompanhamento nutricional, onde lhe foi restrito todo tipo de alimentos que as crianças de sua idade gostam, como doces, biscoitos recheados, bolos, refrigerantes e sorvetes. A compulsão alimentar dos portadores de SPW não tem cura, uma vez que o cé-rebro não recebe a mensagem de satisfação. Com dis-ciplina, Gabriela leva uma vida relativamente normal, mas depende de cuidados constantes, principalmente, por causa compulsão alimentar. Hoje, ela cursa o se-gundo ano do ensino médio em escola pública, sob o acompanhamento de uma monitora, e diz ser está muito feliz. Gabriela é considerada, em sua turma, a melhor aluna de matemática e por isso conquistou a aceitação dos outros alunos, o que não havia antes quando frequentava uma escola particular, onde es-tudou dos 3 aos 14 anos.

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Inclusão Social, projetos e opinião de candidatos

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Assim como essas histórias, existem muitos outros casos de sucesso e de superação, mas é necessário que políticas públicas para inclusão de pessoas com necessi-dades especiais sejam fortalecidas. Por isso, o Grupo de

Comunicação Tendências e Negócios abre espaço para que alguns candidatos ao Governo e aos cargos públicos, na eleição de 2014, apresentem suas propostas e projetos envolvendo políticas públicas de inclusão social.

Inclusão social e histórias de sucesso

Nome ligado às questões sociais, Arruda costuma ser enfático com a questão da discriminação ao ressal-tar que é importante combatê-la. “O Distrito Federal está paralisado, o setor privado em grandes dificulda-des. Quando isso acontece, empregos deixam de ser ge-rados, salários passam a ser achatados e oportunidades são desperdiçadas. Então, a melhor política de inclusão social é melhorar o ambiente geral, fazer o setor público voltar a executar obras de infraestrutura, além de atuar emergencialmente em comunidades em condições de vulnerabilidade social. Isso nós vamos fazer”, afirma. Arruda, também possui um plano de governo, que de-termina que as políticas públicas voltadas para a inclu-são social no governo Arruda terão como base a con-

quista da dignidade e do bem estar. Entre as propostas, se destacam aquelas voltadas para a universalização do abastecimento de água, esgotamento sanitário e urba-nização. Essas ações vão trazer para as comunidades carentes, como Sol Nascente, uma condição de vida melhor e mais digna. Ele ressalta ainda que serão reto-mados programas como Pão e Leite, Cheque Moradia, Morar Bem, Cesta Verde, Tenda do Trabalhador, DF Digital, Picasso Não Pichava e Esporte à Meia Noite. Além disso, o candidato reafirma que a principal forma de inclusão social, é a educação. “Nesse sentido, temos o projeto de expansão da educação integral para todas as escolas públicas de ensino fundamental do Distrito Federal”, lembra.

José Roberto Arruda

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Inclusão social e histórias de sucesso

Agnelo já vem construindo uma nova relação da so-ciedade com as pessoas com necessidades especiais, desde o primeiro mandato. Em março de 2013, o Dis-trito Federal aderiu ao Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Viver Sem Limite. Em seu governo, foi constituído o Grupo de Articulação e Monitoramento, composto por 16 órgãos e enti-dades distritais. O objetivo desse plano é garantir

uma sociedade inclusiva, com sistema educacional e equipamentos públicos acessíveis, participação igua-litária no mercado de trabalho e ampliação do acesso às políticas de assistência social e de combate à ex-trema pobreza, entre outras medidas. Durante o ano de 2013, foi elaborado o Plano Distrital de Políticas Públicas de Inclusão para Pessoas com Deficiência - Viver sem Limite DF.

Agnelo Queiroz

Propostas para o Segundo Mandato

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A fim de criar, cada vez mais, condições para as pes-soas com deficiências, o Governo Agnelo fortalecerá as seguintes políticas inclusivas, divididas nos quatro eixos do Programa Viver Sem Limite:

Na Educação:-Escola Acessível-Benefício de Prestação Continuada (BPC) na Escola-Caminho da Escola-Salas de recursos multifuncionais-Formação de Professores e Concurso para Professo-res de Libras-Pronatec-Escola Pública Integral Bilíngue

Na saúde:- Centros Especializados de Habilitação e Reabilitação- Oficinas Ortopédicas- Transporte para Acesso à Saúde- Identificação e Intervenção Precoce das Deficiências- Atenção Odontológica às Pessoas com Deficiência- Diretrizes Terapêuticas- Saúde Acessível para Usuários e Servidores- Projeto EquoterapiaNa Inclusão social:- Centro de Referência de Esporte para Pessoas com Deficiência- Inclusão da pessoa com Deficiência em Atividades

Culturais- BPC no trabalho- Implantação de Residências Inclusivas- Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos- Centros-Dia de Referência para Pessoa com Defici-ência- Acolhimento Institucional- Serviço de Proteção e Atendimento Integral à família- Capacitação de Servidores Públicos- Centro integrado de atendimento à pessoa com deficiência - Ciapede-Serviço de Proteção Social Especial para Pessoas com Deficiência, Idosos e familiares - Ações de Habilitação e Reabilitação - Agência Modelo - Central de Atendimento

Na acessibilidade: - Acessibilidade em Obras e Equipamentos Públicos- Treinamento Cão-Guia- Acessibilidade no Sistema de Transporte Público Individual e Coletivo- Programa Minha Casa, Minha Vida / Morar Bem- Crédito Facilitado para Aquisição de Produtos de Tecnologia Assistiva- Programa Nacional de Tecnologia Assistiva- Projeto Ações Fiscais para Acessibilidade

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cApAtEN Inclusão social e histórias de sucesso

O candidato, frequentemente, lembra que quando foi secretário de Obras, conseguiu revitalizar o Tagua-parque porque estava preocupado em oferecer a qua-lidade de vida para a população do DF. Preocupado a questão da inclusão social, Pitiman é gestor e é fo-cado em resultados. “Brasília tem aproximadamente 574 mil pessoas com deficiência. São crianças, jovens, adultos e idosos que tem direito a escola, moradia, transporte, serviço, lazer, entre outros, acessíveis a qualquer tipo de deficiência, seja ela temporária ou permanente. O DF tem responsabilidade quanto a esta parcela da população com necessidades específi-cas a serem atendidas”, afirma o candidato.Luiz Pitiman diz ainda, que a prioridade para as crian-ças com deficiência é a educação em escolas inclusivas

com infraestrutura adequada dentro do projeto de re-vitalização dos colégios públicos e acompanhamento de pedagogos, professores e outros profissionais da educação específicos para auxiliar no crescimento es-colar de cada aluno.Já na saúde, a intenção do candidato ao Buriti é man-ter o Centro de Habilitação e Reabilitação, na Unida-de Mista de Saúde em Taguatinga, garantindo atendi-mento especializado e reforçar os especializados nas áreas médicas, com mais equipamentos e profissio-nais qualificados. Ele avisa ainda em seus discursos, debates e visitas às comunidades, que vai garantir e aperfeiçoar - dentro dos projetos de mobilidade urba-na - a acessibilidade nas ruas e nos transportes, com sinalização e infraestrutura adequada.

Luiz Pitiman

Brandão se orgulha de cuidar do seu filho especial, que o acompanha sempre. “Trabalho com este tema há anos, desde que fui presenteado com um filho especial. Ele é atendido pela Associação de Pais e Amigos Excep-cionais (APAE), instituição que con-quistou totalmente o meu respeito”, afirma. Eduardo Brandão conseguiu criar, quando foi secretário do Meio Ambiente, ações como uma estu-fa para a produção de 57 mil mudas nativas, na APAE de Sobradinho. Estes criadouros de mudas, além de desenvolver as atividades lúdicas dos jovens estudantes, também passou a ser um vetor econômico de susten-tabilidade e renda para a instituição. Tudo isso pensando em uma socie-dade realmente inclusiva, com opor-tunidades e com reconhecimento de habilidades.

Eduardo Brandão

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Inclusão social e histórias de sucesso

Rollemberg, hoje senador, acredita que as ações do Esta-do devem estar orientadas pelos princípios da justiça social e da igualdade de direitos. “É agindo assim que o meu governo vai ter, como uma de suas prioridades, o atendimento às de-mandas das pessoas com deficiência, para impedir que elas continuem sendo vítimas da discriminação e da exclusão. Vamos mudar essa realidade combinando cuidados especí-ficos com ações transversais, que contribuam para a cons-trução de uma cultura de respeito aos direitos de todos em Brasília”, disse. Ele promete ainda trazer projetos concretos para as pessoas com deficiência, que não serão abandonadas por seu governo, se eleito. “Uma de nossas metas é colocar Brasília na vanguarda com relação à adoção de políticas de acessibilidade”.

Propostas- Implantar o Plano de Acessibilidade para pessoas com

Rodrigo Rollemberg

deficiência e dificuldades de locomoção (transporte e vias públicas);

- Manter e apoiar as escolas especiais de Brasília, e am-pliar as escolas inclusivas;

- Produzir materiais pedagógicos da Educação Básica que promovam a inclusão das pessoas com deficiência;

- Garantir a entrega de medicamentos em casa para pa-cientes com deficiências graves;

- Criar um sistema de disponibilização de laudo médico, avaliação psicoprofissional e orientação para o mercado de trabalho para pessoas com deficiência;

- Promover a capacitação de pessoas com deficiência para o empreendedorismo e melhoria da empregabilidade, incluindo cursos que atendam às vocações de cada região.

Toninho do PSol

perci marrara

Segundo o candidato, o PSol é o partido das diversidades, lutando contra toda e qualquer forma de opressão, inclusive o capacitismo, que exclui das cidades pessoas com deficiên-cia. “Acreditamos em um novo modelo de sociedade, em que todas e todos tenham os mesmos direitos e acessos”, diz Toninho, que possui uma trajetória marcada pela luta pela igualdade. Para isso, suas principais propostas para à inclu-são de pessoas com deficiência são:

- Capacitação continuada dos profissionais em educação, com criação de polos de formação nas cidades satélites – des-centralização da EAPE.

- Implantação e implementação de salas de apoio à in-clusão nas escolas públicas, com profissionais especializadas e recursos técnicos e tecnológicos adequados às demandas.

- Viabilização da bidocência – presença de dois/duas professoras – em turmas regulares que possuam alunas com deficiência física e múltiplas deficiências.

- Implantação dos programas de educação precoce em creches públicas, voltados ao cuidado e a atenção de bebês e crianças com deficiência de 0 a 4 anos de idade.

- Garantia do direito à cidade também para pessoas com

deficiência, independentemente de suas especificidades, e com ampla acessibilidade.

- Educação e humanização dos serviços e espaços públi-cos, no que se refere ao respeito e valorização da diversidade corporal e funcional, e combate ao capacitismo.

O que os candidatos aos cargos no legislativo têm a falar:

A candidata ao cargo para governador do Distri-to Federal pelo PCO (Partido da Causa Operária)

não foi encontrada para apresentar suas propostas sobre o tema.

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54 :: TENDÊNCIAS E NEGÓCIOS - Ed. 29 setembro 2014

trAbAlhotEN

Por: Gustavo Lúcio

Não é de hoje que as pessoas com necessidades especiais (PNE) sofrem com a falta de políticas públicas que as ajudem a vencer obstáculos diários. As poucas leis que existem sobre o assun-to vem sendo descumpridas, até mesmo nas próprias repartições

púbicas. Segundo dados da Organização das Na-ções Unidas (ONU), cerca de 10% da população mundial, aproximadamente 650 milhões de pes-soas, vivem com uma deficiência. O censo demo-gráfico realizado em 2010 pelo Instituto Brasilei-ro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que, no Brasil, 45,6 milhões de pessoas declararam ter algum tipo de deficiência, fatia que representa

Falta de qualificaçãodificulta a inserçãode PNE no mercadode trabalhoDevido aos descumprimentos de leis de qualificação e à falta de inclusão e de acessibilidade, pessoas com deficiência ficam, cada vez mais, longe do mercado de trabalho

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TENDÊNCIAS E NEGÓCIOS Ed. 29 setembro de 2014 :: 55

23% da população do país.Para inserir estas pessoas no mercado de traba-

lho, em 1991 foi sancionada pelo governo federal, a Lei nº 8.213, que estabelece cotas para PNE. Con-forme a legislação, qualquer empresa com 100 ou mais funcionários é obrigada a preencher de 2 a 5% dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência. Mas infeliz-mente ela é descumprida devido à falta de qualifi-cação profissional. “O Brasil é um país que precisa de mais investimentos para treinamentos e quali-ficações das pessoas com necessidades especiais. Sem isso as empresas não conseguem cumprir a le-gislação”, destacou o empresário Siquera Campos (foto).

Ele acrescentou que o estado não faz o seu papel para melhorar a inclusão dos PNEs no mercado de trabalho. “Os empresários têm imenso prazer em

contratar deficientes até mesmo acima do orde-nado por lei, mas o estado precisa fazer papel de qualificar, porque hoje as empresas buscam pesso-as que trazem diferença positiva, e a falta de quali-ficação torna difícil a inclusão deles”, afirmou.

O empresário lembrou também da lei que es-tabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portado-ras de deficiência ou com mobilidade reduzida (nº 10.098/00). Segundo Siquera, a falta de adequações nas vias brasileiras torna a locomoção no trajeto casa/trabalho difícil. “O governo precisa investir na construção de calçadas, rampas, elevadores e outras infraestruturas que promovem acessibili-dade de pessoas com necessidades especiais. Sem eles, o trabalhador tem dificuldade de chegar ao serviço. Dinheiro para estas benfeitorias tem, elas simplesmente não são realizadas”, finalizou.

Jovens com síndrome de down e outras necessidades especiais recebem qualificação profissional no Senai

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ArtigotEN

56 :: TENDÊNCIAS E NEGÓCIOS - Ed. 29 setembro 2014

QUEM É O SEU PÚBLICO ALVO?Por Kátia Cubel *

Diante de tantos canais e ferramentas desti-nadas à Comunicação, profissionais, em-presas, entidades, instituições, governos e a classe política têm como desafio esco-lher qual o caminho mais rápido e eficaz para falar com seu público alvo. A primei-ra questão é: quem é o seu público alvo?

Na linguagem do marketing, permea-da no Brasil por estrangeirismos, trata-se o público alvo pela expressão steakholder. Na definição técnica, vem a ser a pessoa ou o conjunto de pessoas de interesse estratégico para uma organização. Ou ainda, numa tradução livre, as pessoas interessadas, aquele grupo que se interessa e que poderá repercutir seus interesses, por isso deve ser aciona-do em primeiro lugar.

Descobrir o público estratégico do seu universo, cor-porativo, institucional ou político, poderá dar clareza não somente à escolha de ferramentas de comunicação, mas a todas as formas de relacionamento com a opinião pública. Ao definir quem mais se interessa por você pode alavancar a exposição da marca e, principalmente, as vendas e o fatu-ramento – no caso de empresas. Ou a aprovação popular e número de votos, no caso de políticos, por exemplo.

Num dos cursos mais interessantes de que já participei, direcionado a profissionais de comunicação, marketing e publicidade, o exercício central para a seleção dos públicos estratégico era montar a Pizza da Comunicação. Nessa re-ceita, cada fatia corresponde a um grupo necessário a um determinado negócio. Ou seja, a composição final varia de acordo com o segmento que se deseja projetar.

A comunicação institucional do TSE (Tribunal Supe-rior Eleitoral), no primeiro semestre deste ano, trouxe um exemplo interessante de pizza da comunicação, direciona-do a portadores de necessidades especiais. Para as eleições de outubro, o TSE disponibilizará urnas especiais para pessoas portadoras de deficiências. É uma estratégia para ampliar a democracia e fomentar a acessibilidade.

Para ter acesso a esse serviço, o interessado tinha um prazo para se cadastrar no cartório eleitoral de sua conve-niência. Devidamente inscrito (o prazo já acabou), poderá votar em urnas com maior acessibilidade e apoio para di-ferentes tipos de necessidades especiais.

No Brasil, contabiliza-se oficialmente cerca de 45 mi-

lhões de habitantes que declaram ter algum tipo de defi-ciência. Ou seja, aproximadamente 23% do total da po-pulação. Mesmo diante desse percentual, considerou-se apenas aqueles em idade de votar. Na composição da pizza da comunicação, para esse caso específico, essa foi a pri-meira fatia a ser contemplada. As demais fatias: entidades de apoio, instituições que oferecem tratamentos médicos e psicopedagógicos, órgãos que regulamentam a acessibi-lidade no Brasil, a Imprensa (capas de amplificar a men-sagem de maneira espontânea por seus próprios canais de comunicação), os TREs (Tribunais Regionais Eleitorais) e os cartórios eleitorais.

Desenhada a pizza, o passo seguinte foi definir quais os canais de comunicação que iriam ser acionados para atingir com maior velocidade, impacto e eficácia da mensagem o público alvo principal. Como havia pouco tempo para co-locar a campanha no ar, optou-se por difundí-la por meio de informes jornalísticos, a toda a Imprensa. Assim, os ve-ículos de comunicação puderam retransmitir as informa-ções como serviço de utilidade pública.

O outro canal selecionado foi o rádio. Um spot sucinto, com as informações sobre a existência da urna especial e o prazo para se inscrever, foi veiculado em todo território nacional. Mesmo com tantas ferramentas tecnológicas, o rádio segue sendo um veículo de massa, que atinge todas as classes sociais, nos mais distintos locais do Brasil, da me-trópole à zona rural.

Internet e redes sociais também foram acionadas. E aí veio o pulo do gato: buscou-se, para amplificar a mensa-gem, parcerias com entidades e instituições que atingem diretamente o público alvo dessa ação. Isso chama-se co-municação dirigida. Como era uma mensagem do interesse de todos, sem cunho comercial, a totalidade das institui-ções procuradas foram muito receptivas. E veicularam as peças gráficas e todo o conteúdo informativo sem custos. Resultado: aumentou em 300% a inscrição para esse tipo de urna, nestas eleições, em relação ao pleito de 2010.

No universo corporativo, definir o público alvo e traba-lhar a comunicação de maneira direcionada é simplesmen-te vital para a longevidade das empresas. Ninguém discute mais que investir em publicidade, especialmente para o varejo, é um excelente negócio. O desafio agora é outro. É preciso eleger entre tantos canais e ferramentas por onde anunciar seus produtos, serviços, valores e diferenciais.

Não é tarefa para curiosos ou principiantes. Cada vez

D

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TENDÊNCIAS E NEGÓCIOS Ed. 29 setembro de 2014 :: 57

QUEM É O SEU PÚBLICO ALVO?mais a comunicação e o marketing se es-pecializam, por nichos, por segmentos da economia, por estratificação sócio-eco-nômica. Como não é uma ciência exata, e ainda aporta conceitos recentes ao mun-do dos negócios, deve ser conduzido por profissional da área, qualificado, em sin-tonia com as novas e antigas ferramentas, com aquelas que darão retorno ao tipo de negócio que se irá promover diante da opinião pública. No mercado de Brasília, shopping centers e universidades já se conscientizaram dos benefícios de todo esse conhecimento.

Mesmo as empresas que atuam no chamado segmento B to B (business to business), que negociam diretamente com outras empresas, necessitam de um suporte de comunicação e marketing para ressaltar seus diferenciais. Nesse tipo de negócio, a especialização e o conheci-mento técnico são ainda mais necessários. Afinal, um empresário deverá convencer o outro de sua supremacia sobre concor-rentes e, principalmente, de quanto vale o seu produto.

As instituições – mesmo aquelas que não sobrevivem diretamente de lucro, como empresas privadas – também de-vem ter atenção especial a esse quesito. A lucratividade desse perfil de organização não é tangível. Chama-se credibilidade. E por isso deve manter um diálogo cons-tante com a sociedade para ser reconheci-da, respeitada, admirada.

Um profissional qualificado de ma-rketing, com competência reconhecida e resultados densos e tangíveis em seu currí-culo também deve estar no radar de todas as organizações. Afinal, identificar o públi-co alvo começa em casa. Escolher a men-sagem, os canais de comunicação e colher os resultados é um desafio que preserva as organizações e as distingue num mundo competitivo da comunicação de massa.

Kátia Cubel *

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NEgóciostEN

58 :: TENDÊNCIAS E NEGÓCIOS - Ed. 28 agosto 2014

A expressiva ampliação de pontos de vendas e de serviços ao pú-blico de Brasília e o pioneirismo na área de transição entre a Asa Norte, o Lago Norte e as regiões ao norte do DF marcam a traje-tória dos cinco primeiros anos do Boulevard Shopping. O primeiro

centro comercial da cidade a se instalar no final da Asa Norte com um histórico que começou em 2009. Hoje, dispõe de 130 pontos de vendas e ser-viços e recebe mensalmente um tráfego de meio milhão de pessoas.

M. Officer, Mercatto, O Boticário, Lord, Se-teMares, Dzarm, Chilli Beans, My Place, Hering e Hering Kids, Óticas Diniz, Cacau Show, Taco, Quem disse Berenice?, estão entre as marcas dis-

AMPLIAÇÃO DE LOJAS E SERVIÇOS MARCA A CELEBRAÇÃO DOS 5 ANOS DO BOULEVARD SHOPPING

poníveis no shopping. Entre as lojas âncoras estão Renner, Marisa, C&A e Carrefour, além de Ponto Frio e Centauro (mega-lojas), e dos cinemas Kino-plex. O Boulevard Shopping recebeu, neste mês, a primeira Riachuelo Mulher da Região Centro--Oeste. O empreendimento possui 23 operações gastronômicas, que atendem todos os paladares. Há uma programação de lazer para crianças, nos finais de semana, agenda contínua de eventos gra-tuitos ao longo do ano e serviços como agência de viagens, correios, casa lotérica, clínica de beleza, esmalteria, chaveiro etc. Ao todo, são 30 mil me-tros quadrados disponíveis ao consumidor. Hoje, é o shopping mais próximo do Noroeste.

“Nesses primeiros cinco anos, o Boulevard Shopping se firmou como um importante centro de compras e de serviços para a população da ci-

ComemoraçãoA festa que marcou os 5 anos de atuação do empreendimento na Capital Federal aconteceu no dia 14 de agosto, no Espaço da Cor-te. Os anfitriões Ulisses Silva, superintendente do shopping, e a gerente de Marketing Luana Peixoto receberam empresários do segmento, lojistas, forma-dores de opinião da cidade e os diretores do Grupo Aliansce Shopping Centers. O DJ Papa-gaio e o saxofonista Rodrigo Sha embalaram a celebração, que também contou com a premia-ção de lojistas e colaboradores do shopping.

Superintendente do Boulevard Shopping, Ulisses Silva e a gerente de Marketing Luana Peixoto

Fátima Tostes e Custódio Barreto

Diretor superintendente do grupo Aliansce, Delcio

Mendes, a gerente de Marketing do grupo Ana

Paula Niemeyer e o diretor do grupo Sérgio Pessoa

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TENDÊNCIAS E NEGÓCIOS Ed. 29 setembro de 2014 :: 59

Centro Comercial na Asa Norte recebe meio

milhão de consumidores por mês

dade, que circula principalmente entre o Pla-no Piloto, a Asa Norte, Noroeste, Lago Norte, Sobradinho e condomínios da região”, conta o superintendente Ulisses Silva. O Boulevard faz parte de uma rede de shoppings formada por 31 centros comerciais, em 11 estados brasileiros.

O grupo é administrado pela Aliance Shopping Centers, empresa que atua no segmento há 40 anos, e está presente em mercados expressivos como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte, Manaus, Vila Velha, Maceió, Salva-dor, entre outros.

Filipe Azevedo e a esposa Eliane

Melina Marques e Luiz Adami

Deni Voigt e Rosana Rocha

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hAbitAçãotEN

60 :: TENDÊNCIAS E NEGÓCIOS - Ed. 29 setembro 2014

Programa habitacional beneficiou 5 mil famíliasA meta do governo é de que 100 mil imóveis estejam prontos até o fim do ano.

Por: Gustavo Lúcio

Ter uma residência própria pagando o financia-mento do imóvel com valores abaixo da especu-lação imobiliária é o sonho de qualquer pessoa que depende de aluguel ou da casa de parentes e amigos. É por isso que 376 mil pessoas fizeram a matrícula no programa habitacional do DF, o Morar Bem. Dos 310 mil inscritos que foram convocados, cinco mil já receberam as chaves de

suas residências. Restam ainda 105 mil cadastrados que estão de acordo com a política do programa e aguardam para serem chamados.

O Morar Bem é uma parceria do GDF com o programa fe-deral Minha Casa Minha Vida (MCMV), que destina recursos para a edificação de casas e apartamentos sociais em todo o Brasil. Em Brasília, o governo constrói imóveis, que são entre-gues a famílias de baixa renda por valores abaixo dos do mer-cado imobiliário, diminuindo, assim, drasticamente o número de pessoas desabrigadas ou que pagam aluguel. “O programa Morar Bem tem como finalidade reduzir o déficit habitacional. Financiando casas, damos oportunidade às famílias de terem uma moradia digna. As residências entregues pelo programa recebem toda infraestrutura de água, luz, transporte, sanea-mento básico e escritura”, destacou a secretária de Habitação do DF, Jane Diehl.

De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), o déficit habitacional da Capital Federal em 2011 era de 116 mil unidades. Esse é o primeiro governo no DF a implan-tar um programa de construção de imóveis sociais, hoje, várias

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Programa habitacional beneficiou 5 mil famíliasA meta do governo é de que 100 mil imóveis estejam prontos até o fim do ano.

residências já foram entregues e muitas construções estão espa-lhadas pelas cidades do DF. “Até o momento foram prospecta-das 110.100 unidades habitacionais nas cidades de Samambaia, Gama, Santa Maria, Sobradinho, Recanto das Emas, Paranoá, Riacho Fundo II, Itapoã e Planaltina, além do Jardins Manguei-ral e Riacho Fundo II 4ª etapa. Entre elas, 93.517 foram lança-das e encontram-se em diversos estágios de desenvolvimento. A meta do governo é construir 100 mil unidades até o final des-te ano”, informou a secretária.

A jornalista Karina Vieira se inscreveu no programa em 2009. Em 2014, ela foi habilitada para financiar o imóvel pelo Morar Bem. Mesmo sem data prevista para se mudar, Karina espera deixar de morar de aluguel em breve. “Existem pessoas que estão cadastradas desde os anos 70, o meu processo foi mais rápido. Apesar de não ter uma data garantida para a entrega, estou otimista, tenho esperanças de que até novembro eu me mude com a minha família para a nossa casa e possa sair defini-tivamente do apartamento alugado”, desabafou.

O último ato do governo foi em julho deste ano, quando 144 famílias foram contempladas com apartamentos no Ria-cho Fundo II. No momento, não há previsão para novas entre-gas, mas a SEDHAB garante que, quando os imóveis estiverem prontos, novas famílias serão chamadas. “Enquanto a SEDHAB e a CODHAB convocam os inscritos para entregarem os docu-mentos e fazem suas habilitações, o GDF realiza as licitações para contratar as empresas que vão construir os apartamentos. A empresa tem até quatro anos para distribuir as chaves, mas estamos conseguindo fazer em menos tempo. Conforme as obras forem sendo finalizadas, a Codhab fará a entrega”, expli-cou Diehl.

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Por: Gustavo Lúcio

As obras públicas realizadas pelo Gover-no do Distrito Federal são importantes para a população e para o desenvolvi-mento da cidade. A construção de esco-las, creches, hospitais ou a realização de qualquer obra pública depende de uma série de estudos e investimentos, ações administradas pela Casa Civil do DF.

A secretaria ligada ao GDF é responsável pela criação do “Panorama de Investimentos”, documento que traz informações referentes a obras que melhoram a vida da população.

O relatório é utilizado como iniciativa para melhorar a gestão do governo, na organização da carteira de inves-timentos, busca de recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), planejamentos de ações de mé-dio e longo prazo e medidas de gestão para acelerar os investimentos públicos e privados. “O documento nos permite organizar os projetos e ações para pleitear ver-bas junto ao Governo Federal. Tenho a maior satisfação em dizer que o DF é a unidade da federação que mais consegue recursos par empregar nas benfeitorias da ci-dade”, destacou o secretário de Estado-Chefe da Casa Civil da Governadoria do DF, Swedenberger Barbosa.

Em 2011, o primeiro Balanço Regional do PAC 2 para o DF apresentou investimento de R$ 7,5 bilhões. Em abril 2012, o programa investiu R$ 14,38 bilhões e em julho deste ano, o recurso chegou a R$ 27,8 bilhões,

Casa Civil do gDF cria projeto para planejamento de obras com recursos do PACO DF é a unidade da federação que mais recebe investimentos do PAC. A verba é destinada à realização de obras importantes que viabilizam o crescimento organizado da cidade

dEsENvolvimENtotEN

quase três vezes maior que o de 2011. “O PAC é um pro-grama importante para implementação de projetos na cidade. Os recursos que chegam ao DF são empregados na construção do BRT (Expresso DF), creches, Unidade de Pronto Atendimento (UPA), moradias sociais e di-versas outras áreas que a população necessita”, afirmou o secretário

O Panorama de Investimentos da Casa Civil traz também planejamentos para integração de ações com atribuições de outros órgão públicos. Um exemplo é a Agência de Desenvolvimento do DF (TERRACAP). “A Casa Civil é o braço direito do governo, então temos que conhecer o modelo de investimento implantado pelos órgãos para sabermos se é viável ou não. O caso da Ter-racap, que vende lotes e faz a regularização fundiária e projetos de negócios com a participação de empreen-dimentos geradores de renda e captadores de mão de obra”, destacou Swedenberger.

De acordo com o GDF, as obras, principalmente as de logo prazo, vão favorecer o crescimento da cidade. Um dos projetos de governo é o “Brasília 2060”, que prevê o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) local de 1,3% ao ano nas próximas cinco décadas, o que deve introduzir cerca de R$ 181 bilhões na Capital Federal. “Para conseguirmos estes números, estamos prevendo quatro empreendimentos, como a construção da cidade aeroportuária em Planaltina, ampliação do Polo JK em Santa Maria, construir um Polo Logístico em Samam-baia e um Centro Financeiro no Jardim Botânico”, disse o secretário.

Swedenberger também informou que, antes de rea-lizar qualquer investimento ou captar verbas do PAC, é necessário passar por alguns obstáculos, mas o principal deles é a burocracia. “O grande problema de qualquer governo é tornar realidade o que está no papel. Para isso, é necessário atualizar os normativos para regula-rizar situações irregulares, dar prioridades a obras de necessidade da população e ter equipe coordenada para implantar o projeto. É assim que devemos ultrapassar a burocracia em Brasília”, salientou.

(Leia o quadro)

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EduCaçãoDesde 2011, o governo trabalha para implantar o sis-

tema de creches públicas no DF. Já construiu 28 unidades, 41 estão em obras, uma está em processo de licitação para construção e outras 50 estão em preparação.

saúdECinco Unidades de Pronto Atendimento já foram en-

tregues à população e estão em funcionamento nas cidades de Samambaia, Recanto das Emas, Núcleo Bandeirante, São Sebastiao e Ceilândia. Outras três estão em construção e o governo pretende construir mais sete unidades.

saNEamamENtoVárias obras de saneamentos para garantir água de

qualidade à população do DF estão em andamento. Uma das maiores obras para o setor é o Sistema Produtor de Água Corumbá que já tem a ETA e Adutora de Água Bru-ta em obras e estações de bombeamento e tratamento que estão em processo de licitação. Além do Sistema Produtor Paranoá que também está em fase de licitação.

EsPortEAtualmente, no Distrito Federal, existem três Centros

de Esporte Unificado que estão em obras e mais três Centros de Iniciação ao Esporte que devem ser lici-tados nos próximos meses.

HabitaçãoO programa Minha Casa Minha Vida/Morar

Bem do GDF é o grande impulsionador para construção de moradias populares no DF. A meta do governo é construir até o final do ano cerca de 100 mil residências. Cinco mil casa já foram entregues à famílias de baixa renda. E diversas obras estão em andamento em di-ferentes cidades de Brasília.

mobilidadE urbaNaProjetos que diminuem o tempo de deslocamento da

população do DF foram construídos, como o Expresso DF Sul que liga Gama, Santa Maria e Plano Piloto e a ampliação da DF – 047. Outras obras estão em andamento ou em pro-cesso de licitação, como Expresso Eixo Norte, Eixo Sudoes-te e Eixo Oeste, Expresso DF até Águas Lindas e também a compra de trens do Metrô, além de construção e aquisição de veículos para Veículo Leve sobre Trilho (VLT).

OBRAS ESTRUTURANTES PARA O DFO DF tem prioridade em realizar as obras estru-

turantes, estas são as mais importantes e recebem atenção prioritária do governo. A construção de em-preendimentos educacionais, saúde, segurança e mo-bilidade urbana são exemplos de ações que melho-ram a estrutura da Capital Federal e a qualidade de vida da população. “Estes projetos são fundamentais e estratégicos para uma sociedade, eles são escolhidos pelo governo e não podem sofrer jamais qualquer in-

terferência por falta de orçamento ou problemas de execução. Estas obras têm data para início e finaliza-ção”, garantiu Swedenberger Barbosa.

O grupo de comunicação Tendências e Negócios fez um levantamento para saber como estão estes projetos no Distrito Federal. As obras são realizadas graças à parecia do GDF com a União, por intermé-dio dos recursos provenientes do Programa de Ace-leração do Crescimento.

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64 :: TENDÊNCIAS E NEGÓCIOS - Ed. 29 setembro 2014

Serviço:Barcía by La Plancha CLS 209 - Bloco C Lojas 03 e 05 Telefone: (61) 3542-8825 | E-mail: [email protected]

Oda Paula Fernandes

Maruska Lima Presidete da Terracap

Maruska Lima de Sousa Holanda é funcionária públi-ca concursada da Novacap. Esteve na direção da ins-tituição por quatro anos. É casada, mãe de dois filhos e acompanhou as obras da reconstrução do estádio Mané Garricha, no Distrito Federal. Atual presiden-te da Terracap, ela fala com o Tendências e Negócios sobre trabalho, sobre o Distrito Federal e sobre as ex-pectativas para Brasília nos próximos anos.

Quem é maruska lima?Eu sou nascida no Nordeste, em Natal. Sou filha de pais nordestinos também. Viemos consolidar nossa moradia em Brasília. Eu estudei aqui, fiz engenharia civil na Universidade de Brasília. A engenharia é de perfil de homens, mas hoje, se você for numa univer-sidade vai ver que é bem proporcional, já não tem essa diferença tão grande. Fiz concurso em 1998 e fui para a Novacap. Eu sou funcionária concursada da Nova-cap desde então e estive na diretoria entre 2010 e 2014.

Quando entrou na vida Pública?Eu sempre entendi que a área pública é mais humana. Ela nos permite resolver problemas do dia a dia mui-to mais do que a área privada, onde o foco é comer-

cial. Eu fiquei na diretoria da Novacap quatro anos. Entrei no dia 9 de julho de 2010 e sai dia 8 de julho de 2014, quando assumi a presidência da Terracap.

você acompanhou a construção do Estádio Nacio-nal mané garricha. Como foi os bastidores da cons-trução?O estádio é como se fosse o meu terceiro filho. Eu trabalhei na construção do estádio, que durou sete anos, desde concepção de projeto até finalização, em obras. A minha participação foi muito intensa, por-que eu lidava tanto com questões de obra quanto com as questões gerenciais junto à FIFA, ao ministério dos esportes, a todos os órgãos do governo e a todos os projetistas. Então a gama de informações era muito grande. Eu estive à frente de uma equipe, e tive um apoio fantástico do governo e principalmente do go-vernador de Brasília.

terracap. o que é ser presidente da terracap?Olha, é uma responsabilidade tremenda, mas um or-gulho também. Eu venho para a Terracap num mo-mento em que considero um momento de maturação, tanto meu, profissionalmente, quanto da empresa. A Terracap é uma empresa originária da Novacap. Era um departamento imobiliário da Novacap que formou-se na empresa Terracap. E desde aquele mo-

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mento até então, ela sempre esteve focada em projetos comerciais, nos terrenos, além de, cuidar das terras públicas, ser a gestora destas terras, para preservá-las e também para gerar receita com relação à comer-cialização. Então a companhia é, há muito tempo, a grande administradora das terras públicas do DF.

fale mais sobre a terracap, como gestora de terras públicas.A Terracap tem atualmente uma missão intangível. O papel da empresa é de vender terras públicas, no entanto, nós buscamos hoje melhorar a qualidade de vida das pessoas e nisso vem todas as atividades que ela pode implementar, na sua missão, para que as coisas aconteçam. O foco de gestão de terras pú-blicas sempre existiu nos 41 anos de empresa. Agora, de três anos para cá, começou-se a pensar de maneira mais abrangente, de maior impacto no Distrito Fe-deral, que é permitir essa melhoria da qualidade de vida. São três anos que a empresa está trabalhando assim, mas nós temos que maturar essa missão e fazê--la acontecer.

todos os projetos, como o “brasília 60” e o “mais 50” do sinduscon, que têm a intenção de planejar brasília daqui a 50 anos, mostram a necessidade de descentralização. Qual é o papel da terracap neste contexto?Hoje, os estudos, os projetos focam sempre a questão de permitir que a população tenha todas as atividades numa região, como acontece, por exemplo em Águas Claras e no projeto previsto para o Brasília 2060, que tem um estudo que coloca como primordial que a população viva ali. Com isso, as áreas que hoje estão implantadas, nesse novo estudo se tornam mais den-sa com a população, mas não sem qualidade de vida. Esse é o objetivo.

Águas Claras apresenta muitos problemas, princi-palmente no acesso à região. No contexto geral de governo, como está o projeto interbairros?O interbairros, na verdade, é uma melhorias de aces-sos, de pedestre, ciclistas e veículos que vai desde a rodoviária nova, próxima ao Park Shopping, até Sa-mambaia. Esse projeto é extenso, ele tem um viário de última geração e com certeza será implantado por etapas. A outra proposta que tem um estudo em es-tágio mais avançado é o Eixo Norte, que seria uma outra via de acesso ao Eixo Norte e ele já está em vias de implantação.

a terracap completa 41 anos. Qual é o perfil da ter-racap desde sua criação?A Terracap se encontra na maturidade total da empre-sa. 41 anos é quando você avalia tudo que já fez, toda importância das ações realizadas e projeta seu futuro, o que quer fazer daquele momento para frente, qual é o “plus” que vai acontecer.

maruka, uma mensagem.Eu não sou uma pessoa muito religiosa, mas sou uma pessoa que acredita muito em Deus, em Jesus Cristo e adoro Salmos. Meu salmo predileto é o Salmo 23 que diz: O Senhor é meu Pastor, nada me faltará. Então é uma mensagem que dou de que tudo é possível, desde que você um coração voltado para Deus, uma vontade muito grande fazer as coisas e de ajudar o próximo.

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“A missão da Terracap é intangível”, diz Maruska

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QuAlidAdE dE vidAtEN

Elsânia Estácio

A idéia do passeio ciclístico surgiu para dar segmento ao projeto de incentivo à qualidade na educação e no espor-te, que são peças fundamentais para o desenvolvimento dos jovens. O Sicoob Executivo, em parceria com o ICESP/Promove do Guará, realiza esse projeto há cinco anos. O tema do passeio ciclís-

tico deste ano foi Pedale pelo esporte na educação, em homenagem ao Dia do Estudante, comemorado mun-dialmente 11 de agosto. No evento, materiais esporti-vos foram arrecadados e doados para a escola pública da cidade.

O presidente do Sicoob Executivo, Luiz Lesse, (foto), foi quem fez a abertura do passeio ciclístico, na unida-de do Guará. No discurso, ele apresentou algumas dire-trizes da instituição. “O Sicoob Executivo por ser uma cooperativa de crédito preza em oferecer bons serviços bancários aos seus clientes. Mas, além disso, nós culti-vamos o princípio de promover ações sociais e partici-

Sicoob Executivo e ICESP realizam 5º Passeio CiclísticoHá cinco anos, a instituição realiza campanhas com o intuito de aproximar o meio acadêmico à comunidade para colaborar com uma educação de maior qualidade

par ativamente delas. Essa parceria que nós temos com o ICESP já tem cinco anos, e em todas as edições do passeio ciclístico o Sicoob Executivo fez questão de estar presente,” afirma.

Os ciclistas percorreram 34 quilômetros, partindo do Icesp Promove do Guará, até a unidade de Águas Cla-ras. Para garantir a segurança, o evento contou com os batedores dos grupos de ciclismo Lobo Guará, Curinga e Chicos Bike, além do reforço da Policia e Bombeiros Militar do DF e, ainda, da Polícia Rodoviária Feral. Cada participante recebeu um kit com camiseta e squeeze per-sonalizadas do passeio.

O evento teve a participação de várias equipes que representam o esporte e que costumam pedalar na ca-pital, como é o caso do Instituto Pedala Brasília Mobili-

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dade. Ronaldo Alves, o presidente, elogiou o programa organizado pelo Sicoob. “Sempre que eu posso partici-po de passeios ciclísticos como este. Os moradores de Brasília estão se conscientizando dos benefícios que a bicicleta traz. Há dez anos, não existia esse movimento que nós temos hoje, que só acontece graças a iniciativas como esta,” explica.

De acordo com Lindiane Reis, gestora de comunica-ção do Icesp Promove, mais de 300 ciclistas participa-ram da edição anterior do evento e mais de 500 livros foram arrecadados e entregues à Gerência Regional de Educação do Guará. “Em todas as edições do passeio ciclístico nós levantamos a questão social. Quando o passeio era realizado na época do Natal, nós arrecadá-vamos brinquedos. Ano passado, nós passamos a data para perto do dia em que se comemora o Dia do Estu-dante, encontramos, assim, uma boa oportunidade para incentivar a educação de qualidade. Por isso, em 2013 fizemos a doação de livros. Neste ano, arrecadamos ma-

terial esportivo, pois nossos jovens precisam se exercitar e ocupar a mente. Além disso, o esporte nos permite en-frentar desafios e nos faz sentirmos vitoriosos, mesmo quando não ocupamos o pódio”, finaliza.

Segundo Lesse, o Passeio Ciclístico além de ser uma atividade esportiva e estimular a integração entre as equipes, tem também um apelo social. “Sempre temos o objetivo de despertar a comunidade e a sociedade como um todo para a importância da cooperação entre as pes-soas, principalmente ajudando os mais necessitados ”, diz.

O gerente do ICESP da unidade do Guará, José Ri-cardo, ressaltou a importância do projeto em estimular os jovens a praticarem uma atividade física com a doa-ção de equipamentos. “Uma bola, um óculos de natação, uma bicicleta, luvas de boxe, chuteiras, patins, qualquer material esportivo pode despertar numa criança ou ado-lescente a vontade de entrar nesse fantástico mundo de superação e vitórias, chamado esporte”, destaca.

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homENAgEmtEN

Por: Gustavo Lúcio

Em homenagem ao mês do Corre-tor de Imóveis, comemorado em agosto, o Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Distrito Federal (CRECI-DF), em parceria com a Associação de Corretores de Imóveis (ACI), realizou a quinta edição do prêmio Colibri, a maior

premiação do mercado imobiliário do Distrito Federal. Na ocasião, 24 profissionais que se des-tacaram no mercado em 2013 e oito ex-presiden-tes do CRECI-DF receberam estatueta Colibri, considerado o Oscar do mercado Imobiliário da Capital Federal.

Esta edição é histórica para o Conselho, além da legalização da profissão completar 52 anos, o CRECI-DF comemora 50 anos de trabalhos des-tinados ao mercado imobiliário de Brasília. “O Colibri-DF surgiu para reconhecer e valorizar os corretores de imóveis do Distrito Federal, além

Quinta edição do Colibri homenageia os profissionais do mercado imobiliárioPrêmio criado em 2009 para homenagear os corretores de imóveis do Distrito Federal, hoje reconhecido como o Oscar do Corretor, é a maior premiação da categoria

de premiar os profissionais que tiveram destaque. Este ano é muito especial, por ser o quinto ano do prêmio e também por estarmos comemoran-do 50 anos da criação do CRECI-DF e 52 anos da regularização da profissão do Corretor”, destacou Hermes Alcântara.

Cerca de 1200 pessoas estiveram presentes no evento, além de acompanhar a premiação, os convidados assistiram a um concerto de música ao vivo, seguido de coquetel e jantar. Deputados, senadores, e representantes de outras instituições destacaram a importância da profissão para o DF. “A história de Brasília nasceu com os Corretores de Imóveis. Juscelino Kubitschek, ao criar a ci-dade, começou a comercializar os terrenos e daí se deu o nascimento a profissão na cidade”, re-conheceu o diretor comercial do site Wimoveis, Marcelo Ramos.

A solenidade em Brasília é conhecida como festa de entrega do Oscar dos Corretores, já que o prêmio é um dos mais disputados pelos pro-fissionais da área. Atualmente, outros conselhos nacionais e internacionais buscam conhecer a produção do evento para reproduzi-lo em outros lugares. “O prêmio Colibri é o reconhecimento do profissional tanto pelas empresas quanto pela sociedade. A cada ano este prêmio vem se conso-lidando junto aos profissionais, representantes do Estados Unidos e de conselhos de outros estados brasileiros querem implementar o projeto”, desta-cou o coordenador do evento, José Sena.

Para os ganhadores da noite, a estatueta é uma

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forma de reconhecimento da profis-são, que é uma das mais antigas e im-portantes do mundo. Mirian Matias é Corretora, começou a carreira como cliente, este ano, está entre os vence-dores do Colibri. “Quando entrei na carreira não imaginava que um dia iria receber este prêmio, agora me sinto homenageada e vejo que todo meu es-forço foi reconhecido”, afirmou.

O corretor, Luciano Amorim, tem quatro anos de atuação na profissão. Ele revelou o segredo que o fez ser condecorado. “Quem trabalha com foco no mercado imobiliário é recom-pensado, foi isto que fiz nestes quatro anos, sempre atuei pelo interesse dos clientes, agora vejo que valeu a pena”, disse.

Para o corretor e ex-presidente do CRECI-DF, Alberto Fernandes, re-ceber o Prêmio Colibri é fecha com chave de ouro a dedicação de vários anos ao mercado imobiliário do Dis-trito Federal. “O Colibri-2014, dentre os outros que já ganhei, representa 55 anos dedicados ao trabalho imobiliá-rio de Brasília. Hoje me sinto orgulho-so e feliz em saber que a cidade e o seu povo reconheceram o meu trabalho’’, afirmou.

Durante a quinta edição do prêmio Colibri, o Creci--DF comemorou 50 anos de atuação em Brasília e 52 anos da legalização da profissão.

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prêmiotEN

Tendências e Negócios ganha premio

Autoridades e personalidades de diversos seto-res prestigiaram a entrega do “Prêmio Mérito Empreendedor”, organizada pela Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Distrito Federal e Entorno (FACI/DF) e promovida pela Feicotur, no Museu da Re-pública. A premiação reconhece a importân-cia de empresas e de pessoas que contribuí-

ram para o desenvolvimento do Distrito Federal.O diretor executivo do Grupo de Comunicação Tendên-

cias e Negócios, Alex Dias, e a editora chefe, Liana Alagemo-vits, foram homenageados nas categorias de personalidade e criatividade. Como acontece com as outras personalidades, suas atuações e biografias foram descritas no livro “A His-tória Quem Faz é Você!”. A obra reúne biografias dos pre-miados divididas em quatro categorias: atendimento, cresci-mento, criatividade e personalidade. Na ocasião durante sua palestra, José Humberto Pires de Araújo, empresário e polí-tico do DF, declarou que o livro é uma forma importante de honrar a memória da Capital. “Esse prêmio possui um signi-ficado diferenciado, uma vez que tem o mérito de registrar a história do desenvolvimento do DF, além de evidenciar seus protagonistas”, disse.

No discurso de agradecimento, Alex Dias, ressaltou a importância de receber o prêmio e não escondeu sua satisfa-ção em ser homenageado pelo trabalho, que desenvolve des-de 2011, com a revista Tendências e Negócios. “Apesar de ser um negócio recente, o Tendências e Negócios já possui o

reconhecimento da classe empresarial de Brasília. Neste ano, o grupo completa três anos, por isso ser homenageado pela FACI-DF - com o prêmio Mérito Empreendedor - significa que estamos colhendo frutos do nosso trabalho,” afirma.

Já o organizador do evento e diretor da FACI-DF, Jair José da Silveira Junior, lembrou o valor da homenagem para os empresários e empresas. “O empreendedor é uma peça fundamental para o desenvolvimento da cidade, desta forma o prêmio possui a prerrogativa de exaltar a competência do setor produtivo. Cada homenagem que rendemos às empre-sas é uma conquista para a FACI-DF”, explica.

O presidente da Federação do Comércio de Bens, Servi-ços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF), Adel-mir Santana, ressaltou a importância de homenagear quem sempre batalha para melhorias da região. Na oportunidade, o presidente da Associação Comercial do Distrito Federal (ACDF), Cleber Pires, falou do significado do “Prêmio Mé-rito Empreendedor” para o setor empresarial. “É um mo-mento de grande reconhecimento para os empresários, que saem do anonimato porque contribuíram para engrandecer a história da Capital, representando um instrumento singu-lar de valorização do empreendedorismo do DF e Entorno”, disse. Atento a cada homenagem, o presidente do Grupo Alô Brasília, Hélio Queiroz, prestigiou mais uma vez o “Prêmio Mérito Empreendedor”. “Trata-se de um reconhecimento para os profissionais que têm feito algo em prol do Distrito Federal. É um prêmio importante, oferecido pelo setor pro-dutivo, que honra àqueles que o recebem”, finalizou.

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sErviçostENtEN

Por: Gustavo Lúcio

Os empresários do Distrito Federal e Entorno receberam um espaço im-portante para o setor, trata-se do Centro de Atendimento Empresa-rial (CAE). O espaço concentra pos-to avançado da Junta Comercial do DF (JCDF) e empresa de certificado digital, assim os empresários conse-

guem realizar vários serviços em um único lugar, o que facilita a vida dos profissionais e diminui o tempo e a burocracia.

O espaço funciona de segunda a sexta-feira, no edifício Palácio do Comércio no Setor Comercial Sul. A realização do CAE só foi possível com a parceria da Associação Comercial do Distrito Federal (ACDF) com a Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Pre-sidência da República (SMPE), Governo do Distrito Federal (GDF) e Junta Comercial do DF.

Para o presidente da ACDF, Cleber Pires, o CAE demostra a parceria da instituição para o fortaleci-mento dos empresários do DF e entorno. “O CAE é

O espaço funciona como elo de ligação entre governo e empresários, o que pode diminuir tempo e burocracia, que tanto atrapalham o andamento das empresas brasileiras

a maior conquista da ACDF e o objetivo é trazer os órgãos do GDF como a Secretaria de Fazenda, junta comercial para fazemos elo de ligação com o empre-sário” disse.

Cleber também garantiu a agilidade da junta em realizar processos empresariais. “Aqui. O empreen-dedor terá todo o atendimento que teria na Juta Co-mercial, mas com uma diferença, vamos cobrar resul-tados e ser parceiros à celeridade da demanda. Não vamos deixar que um processo fique mais de uma se-mana sem resposta, o ideal seria finalizá-los em dois ou três dias”, concluiu.

O posto do JCDF é um novo modelo de descen-tralização e desburocratização que o governo federal pretende implantar em todo país. Já que estes são os maiores obstáculos que empresários encontram na hora em que precisam de recorrer ao órgão. “Nossa idéia é expandir estes atendimentos até no mundo

ACDF inaugura Centro de Atendimento Empresarial

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virtual (por computadores). Sempre que facilitamos a vida do empresário ele se sente mais encorajado para iniciar novos empreendimentos, com isso, a econo-mia e a quantidade de postos de trabalho no mercado se desenvolvem”, afirmou o ministro da SMPE, Gui-lherme Afif.

A novidade foi elogiada pelos empresários, secre-tários de estado e representantes de associações co-merciais de Brasília. “A descentralização e redução da burocracia é um pedido antigo da população. Então, projetos como estes da ACDF são bem vindas e acei-tas por todos nós”, disse o presidente da Fecomércio, Adelmir Santana. “Facilitar os anseios do setor em-presarial e gerar mais renda para o estado. Essa é a prova de que o CAE é, sem dúvida, um ótimo projeto que vai trazer bons resultados para Brasília”, reconhe-ce o secretário de estado de Fazenda do DF, Adonias Santiago.

SERVÇOCentro de Atendimento EmpresarialEndereço: SCS Qd. 02 Edifício Palácio do Comércio – TérreoHorário de atendimento: Segunda a sexta de 8h às 18h

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EsportEtEN

Uma promessa para o esporte brasiliense

Em 2012, o ex-secretário de Esporte, Julio Cesar deixou São Paulo, com um único objetivo: contribuir para que Brasília se tornasse referência no esporte.

O ex-secretário de esporte Ju-lio Cesar começou a colaborar na construção histórica de no-vas políticas para o esporte no Distrito Federal. Durante sua gestão, várias ações em prol dos atletas e do esporte foram realizadas no Distrito Federal.

Em 2011, apenas três Centros Olímpicos e Para-olímpicos estavam em funcionamento na capital. Hoje a população conta com 11 unidades, espa-lhadas em diversas Regiões Administrativas de Brasília. Seu trabalho chegou a beneficiar cerca de 40 mil pessoas por mês com eventos cultu-rais, esportivos e cursos técnicos combatendo o uso de drogas no DF. Também implantou o pro-grama Compete Brasília, ajudando atletas, de di-versas modalidades a competir em campeonatos fora de Brasília. Em 2011 apenas 300 atletas fo-ram beneficiados pelo programa. No ano seguin-

te, mais de 1.200 foram contemplados e em 2013 o programa bateu recorde de atendimento, com mais de 2.500 atletas beneficiados.

O futebol amador também foi beneficiado com mais de 10 mil jogos, em 28 Regiões Admi-nistrativas. As corridas também ganharam des-taque nos trabalhos da Secretaria de esporte, a começar pelo Circuito Sesp de Corrida de Rua, que abordavam temas de relevância social como câncer de mama, câncer de próstata, solidarie-dade, Aids, promoção da igualdade racial, entre outros.

Neste período, Brasília entrou no calendário dos grandes eventos esportivos mundiais. Em 2013 Brasília foi sede do maior evento multi-es-portivo escolar do mundo e a Fórmula Náutica e Liga Mundial de Vôlei. Por este trabalho, Júlio Cesar conseguiu garantir a Universíade de 2019 para Brasília, grandes legados para atletas da ci-dade.

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Café com Cooperação

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Por Elsânia Estácio

O presidente do Sicoob Executivo, Luis Lesse, entrevistou o presidente da Câ-mara de Comércio Brasil-Portugal Centro Oeste, Fernando Brites, no qua-dro “Café com Cooperação”. A Câmara de Comércio Brasil-Portugal Brasília é uma associação civil, sem fins lucrati-vos, constituída por líderes do setor

produtivo do Distrito Federal. Ela visa o desenvolvimen-to das relações comerciais, industriais, culturais, de ser-viços e o intercâmbio tecnológico entre Brasil, Portugal e Países da CPLP. Além disso, a Câmara defende a livre ini-ciativa e a geração de novos empregos como incentivo ao desenvolvimento econômico e social. Também faz parte de suas missões apoiar e incentivar cooperativas agrope-cuárias e agroindustriais e influenciar construtivamente o desenvolvimento políticas públicas que promovam o investimento em todos os setores da economia formal.

O tema da conversa foi: tecnologia sustentável utili-zando o sistema de energia solar fotovoltaico, que capaz de gerar energia elétrica por meio da radiação solar. Há dois tipos básicos de sistemas fotovoltaicos: os Sistemas Isolados (Off-grid) e aqueles Conectados à Rede (Grid--tie). Segundo Fernando Brites, o Brasil tem a segunda melhor radiação solar do mundo. “A Alemanha que tem uma incidência muito menor do que a nossa, é o prin-cipal produtor de energia solar. Nós desperdiçamos um

potencial enorme. Existe um processo de converter essa energia em energia elétrica, que é energia fotovoltaica. Está é a única energia 100% limpa”, garante.

Os Sistemas Isolados são utilizados em locais remotos ou onde há um alto custo para se conectar à rede elétrica. Essa é a opção para casas de campo, refúgios, iluminação, telecomunicações, bombeio de água, entre outros. Já os Sistemas Conectados à Rede substituem ou complemen-tam a energia elétrica convencional disponível na rede elétrica. Segundo Brites, todos condomínios na Europa, hoje, aplicam as placas sobre o telhado para produzirem energia fotovoltaica.

O presidente do Sicoob Executivo questionou Brites quanto aos investimentos que estão sendo feitos na polí-tica para favorecer a tecnologia. O presidente da Câmara de Comércio Brasil-Portugal assegurou que o Brasil já está tratando do assunto. “Nós temos uma legislação que nos permite, tanto como pessoa física quanto jurídica, produzir energia e colocar até um megavolt dessa energia na rede elétrica, o que pode compensar o consumo em nossas casas ou empresas,” diz. Segundo Lesse, a institui-ção que representa podeira apoiar, e até mesmo, finan-ciar iniciativas para melhorar a cada dia o meio ambiente. Brites agradeceu a nova parceria com o Sicoob Executivo. “O Sicoob pode financiar pequenos condomínios. E nós também ganhamos com isso, assim, podemos promover projetos fantásticos que sem a cooperação do Sicoob se-riam negligenciados”, afirma.

Luiz Lesse entrevista o presidente da Câmara de Comércio Brasil-Portugual, Fernando Brites.

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rEgulArizAçãotEN

Oda Paula Fernandes

O início para a realização das obras de infraestrutura na Região Adminis-trativa Vicente Pires (RA XXX) está previsto para outubro deste ano. A Associação Comunitária do Setor Habitacional de Vicente Pires (AR-VIPS) reuniu em setembro, repre-sentantes do GDF e moradores para

discutir o parecer técnico da Licença de Instalação de Parcelamento de Solo, na Gleba 3, área do Jokey.

A cidade de Vicente Pires está em área de regula-rização, o que a deixa sob responsabilidade do Grupo de Regularização de Parcelamentos do GDF (Gru-par). Para atender às demandas feitas pelos mora-dores, o Grupar solicita serviços como instalação de rede de esgoto e de água potável, iluminação públi-ca, pavimentação e calçamento. Pautado no Decreto nº 34.211 que trata de instalação de infraestrutura provisória, onde a água potável está contemplada, o Grupar fez vistorias nas áreas em que foi solicitada a instalação individual de água potável.

De acordo com a suplente da Secretaria de Obras do GDF, Jane Pollyane, no dia 29 de agosto foi feito um despacho, que solicita a instalação da rede de água potável, à Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb). “Após análise do estudo de impacto ambiental das Áreas de Preservação Perma-nentes (APPs), fornecido pela AVIPS, o Grupar enca-

associação de Vicente Pires debate Instalação de infraestrutura

minhou à Caesb, solicitação de instalação de ramais nas áreas onde tem embace ambiental e que estão contempladas no projeto urbanístico”, afirma.

O comerciante Dalson de Sousa e Silva, que é mo-rador de Vicente Pires conta que uma das preocupa-ções mais comuns entre moradores é ter as instalações de infraestrutura. “Apesar de alguns pensarem que, quem mora aqui agride o meio ambiente, é justamen-te o contrário. Isso porque, os que gostavam da natu-reza, quiseram morar nesta região. As pessoas daqui reservam o quintal e as nascentes”, revelou Silva.

Para o assessor especial do Grupar, Altamiro Pa-vanelli, o processo de regularização é longo. Segundo ele, o de Vicente Pires remete a meados de 2007 e de 2008. Com a criação do Grupar, tanto o processo de estudo, a análise e a resposta às demandas da popula-ção serão agilizadas.

Ainda de acordo com o assessor especial, a regu-larização passa por etapas, devido ao crescimento da cidade. “O pano de fundo é patrimonial fundiário. Começa pelo fundiário. Iremos verificar, se é possível fazer o registro. Em seguida, serão analisadas as ques-tões ambientais, que determinam o que pode ser feito em uma área que já está com a propriedade definida. Nesse projeto ambiental, desenvolve-se um projeto urbanístico e, tomando como base o urbanismo, será elaborado um projeto de infraestrutura”, explicou Pa-vanelli que lembrou que as soluções paliativas foram aplicadas na região, ao longo dos anos, tanto por mo-radores, quanto pelo governo.

Parecer técnico emitido pelo Grupar prevê início de obras em outubro

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Programa Tendências e NegóciosDomingo, às 13h30 TV Brasília e NET

www.tendenciasenegocios.com.br

Liana Alagemovits

Alex Dias

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culturAtEN

A proposta da banda The Sunmeet é levar um Pop/Rock Alternativo para seu pú-blico. Integrada pelo band leader Cesar Chamma, acompanhado por músicos de apoio, fixos na banda: Felipe Bernardes, no baixo e Gabriel Müller, na guitarra. O grupo possui músicas autorais em inglês. Suas principais influências são grupos

The Maine, McFLY, All Time Low e Hot Chelle Rae, bem como alguns nomes que chegam a fugir um pouco do es-tilo da banda, como 30 Seconds To Mars. A banda que está no mercado fonográfico há dois anos tem passagem por cidades como Rio de Janeiro, Niterói, Piracicaba, São Paulo, Brasília, entre outras, e vem aos poucos conquistan-do mais admiração e respeito de seus fãs.

Em abril de 2013 foi gravado o álbum independente “Even The Way The Wind Blows Is Different”, no Midas

Studios em São Paulo e foi lançado virtualmente em 20 de Setembro de 2013 em grandes lojas como iTunes, Amazon, Deezer, Rdio, entre outras. Posteriormente houve o lançamento do álbum físico dia 11 de Outubro 2013. O álbum apresenta canções como “All Around”, a acústica “Bruna” e o single “She’s Sleeping”. Após o lança-mento do EP a banda lançou o clipe do single “She’s Sle-eping” em Dezembro de 2013, produzido por Chamma Produções e Pexera Produções. Com roteiro inesperado e produção de alto nível, o vídeo tem chamado atenção de quem assiste, tendo assim uma boa resposta do públi-co da banda.

Até o final de 2014 a The Sunmeet tem planos para iniciar a produção de um novo álbum, o qual vai ser acompanhado por um novo EP contendo algumas com-posições da banda em português. Apesar disso, os shows da turnê do álbum “Even The Way The Wind Blows Is

Banda de Pop/rock alternativo tem planos para novo álbum

The Sunmeet

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Different” não serão interrompidos e devem continuar por todo o ano. O clipe da música “I Want More”, já foi lançado no mês de Junho.

Tudo começou quando o vocalista César Chama, foi fazer um curso de teatro no Rio de Janeiro, coincidiu em um dia andando pelas ruas, encontrar com Felipe (gui-tarrista), ex colega de escola em Brasília, que estava mo-rando no Rio. A partir dai passaram a procurar outras pessoas para formar uma nova banda. César, que já havia formado uma banda anteriormente em Brasília com o Gabriel (baixista), passou, então a fazer testes com bate-ristas. De lá pra cá a banda já tem dois anos no mercado.

O nome da banda surgiu, depois de duas ou mais semanas procurando na internet e ouvindo opiniões de amigos, mas não chegavam a uma conclusão, dai resol-veram criar um nome, que na verdade não tem tradu-ção específica.

Pelo fato de cantar somente em inglês, César Chama, confessa que sentiu um pouco de receio sobre a aceita-ção do público. “Tivemos certa dúvida em cantar em inglês ou inglês/português, acabou que a gente optou pelo inglês, e quando a gente cantava nossas músicas em português o público sabia que era nossa, mas, quando cantávamos em inglês achavam que era cover, sendo que ambas eram autorais. Por isso resolvemos deixar tudo em inglês”.

Baseado na dificuldade de todo começo, novas ban-das que surgem a cada dia também têm suas dificulda-des. O baixista Felipe Bernardes acredita que o impor-tante para garantir o espaço no mercado musical, é se profissionalizar. “Qualquer banda que queira entrar no mercado deve fazer um som profissional, ou seja, um som que alcance mais pessoas. O que falta para algumas bandas é se profissionalizar”, conclui.

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Copa Marcas e pilotos agita brasíliaO autódromo Nelson Piquet viveu grandes momentos dos pilotos que buscaram o melhor tempo em duas categorias do campeonato

Por: Gustavo Lúcio

O Autódromo Internacional de Brasí-lia, Nelson Piquet, foi palco de qua-tro etapas da Copa Centro Oeste de Marcas e Pilotos, um dos campeo-natos automobilísticos mais impor-tantes do País. Durante dois dias, 30 pilotos integrantes de 15 equipes, disputaram a melhor posição e o

melhor tempo na competição.Além da Capital Federal, a competição é realizada em

Goiânia (GO). Os carros utilizados no campeonato são populares, porém equipados para garantir a segurança dos pilotos, que encaram as curvas da pista em veloci-dades altíssimas, chegando a 180 km/h. “As corridas são muito seguras, já que os carros são preparados para ve-locidade. Nas etapas de Brasília, o público se emociona porque percebe a adrenalina, além disso, todos andam muito bem aqui no Nelson Piquet”, afirmou o organi-zador do evento, Joel Júnior. Para os pilotos que moram em Brasília, correr em casa é um estimulo para pisar mais fundo no acelerador e conseguir melhor colocação no campeonato.

vElocidAdEtEN

Sidney Campos (piloto)

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A competição é reconhecida em todo o Brasil devi-do ao grande número de competidores que disputam as provas. Atualmente, existem duas categorias no “Mar-cas e Pilotos”: a “A” e a “B”, isso faz da corrida a segunda maior competição automobilística do País. “Depois do Stock Car, o Centro Oeste de Marcas é o campeonato re-gional mais importante. Hoje, temos 30 carros na larga-da, mas a cada dia, ganhamos mais adeptos que querem participar”, destacou o piloto Sydnei Campos.

Para o diretor de prova, Américo Larozi, a quantida-de de pilotos de outros estados, demostra a importância do campeonato. “Temos o privilégio de receber compe-tidores de todo o Brasil. O Marcas e Pilotos começou com apenas nove carros. Teremos 42 carros em Goiâ-nia”, contabilizou.

André Massu destaca o alto nível do evento. O bra-siliense é líder na competição, mas mesmo com vanta-gem, reconhece que nenhum competidor pode subesti-mar seu adversário na pista. “A minha pontuação é boa, mas os outros pilotos são excelentes. No campeonato,

um décimo faz toda a diferença”, explicou.O competidor Thiago Azalini, que também mora no

DF, deixou de correr na categoria kart para competir com carros populares. Hoje, ele é o vice-líder da copa e se dedica para alcançar o primeiro lugar na disputa. “Estou lutando para conseguir a melhor colocação. O autódromo Nelson Piquet é um dos melhores do País, com o melhor traçado e curvas. Isso aumenta minhas chances. É muito bom correr em casa e, melhor ainda, ficar bem na competição”, analisou Azalini.

Para finalizar as etapas do DF, dois pódios foram montados, um para cada categoria. Os brasilienses al-cançaram bons posicionamentos nas duas competições, como Campos, que conquistou na série B, o segundo lugar na quinta etapa e o terceiro lugar, na sexta etapa. No geral, o piloto ficou em décimo primeiro lugar. A próxima parada da “Copa Centro Oeste Marcas e Pilo-tos” já está marcada e será no Autódromo Internacional de Goiânia.

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ArtigotEN

ração e a maior exportadora de renda. Parte dessa riqueza po-deria circular no DF se tivéssemos uma base industrial mínima que abastecesse o mercado local, atendesse parte da demanda regional e, porque não, até o país, e exportasse também.

O DF precisa passar por um processo de industrialização. Essa ideia deve ter como premissa preservar o núcleo central, tombado como Patrimônio Cultural da Humanidade, além de desenvolver as regiões administrativas e, sobretudo, as áreas que se aproximam dos limites do quadrilátero. Preservar Bra-sília, desenvolver o DF, essa é a ideia central.

O crescimento industrial do DF vai reduzir as profundas desigualdades de renda e combater o desemprego que gira em torno de 12%. É uma das três maiores taxas do país, enquanto na região do Entorno, chega a 18%. Não há como o setor de comércio e serviços absorver toda a demanda por emprego no DF e no Entorno sem um processo de industrialização.

A industrialização das bordas internas e externas do qua-drilátero do DF vai impactar de forma profunda a mo-

bilidade urbana. As regiões administrativas e as cidades do Entorno serão capazes de propiciar emprego, renda, educação, saúde, segurança, cultura, lazer, equipamentos urbanos e quali-dade de vida capazes de satisfazer seus desejos e necessidades.

A industrialização do DF irá abrir um ci-clo econômico virtuoso. Trará uma nova opção

de trabalho e renda, irá potencializar ainda mais os setores de comércio e serviços. Para isso, será

preciso investir na construção da infraes-trutura necessária para receber

essas empresas e negócios.

O Distrito Federal tem 54 anos. Concebida como capital administrativa do país, pas-sou por um acelerado processo de cresci-mento econômico e populacional. Centro das grandes decisões nacionais o DF, vive o dilema de um modelo de desenvolvi-mento econômico baseado no serviço público, que alavancou todo esse cresci-

mento, mas esgotou-se. O DF já não pode viver da mono-cultura do serviço público. Isso compromete gravemente a qualidade vida de sua gente e seu futuro.

O DF tem 2,8 milhões de habitantes e será, no próximo ano, o terceiro maior aglomerado urbano do país, atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro. Na Região Integrada de De-senvolvimento do Entorno (RIDE), vivem mais 1,2 milhão de habitantes. O DF e a Ride somam quase quatro milhões de habitantes. Cresce aproximadamente 100 mil novos habitan-tes por ano, entre nascimento e migrantes. Essa enorme massa populacional precisa de novas fontes de geração de riqueza, renda e bem estar.

A composição do PIB do DF tem 93,2% no setor de comércio e serviços. A atividade industrial é 6,55%, sendo que deste percentual 4,19% estão no setor de construção civil, e a indústria de transformação fica com apenas 1,65%. O segmento agropecuário, espre-mido pela pequena área disponível, tem níveis eleva-díssimos de produtividade, mas responde por apenas 0,25% da economia. O resultado deste modelo é que importamos 92% dos produtos industrializados e 87% dos produtos agrícolas que consumimos.

Por outro lado, temos a maior renda per capita do país. São R$ 63 mil, três ve-zes a média nacional e duas vezes a de São Paulo. Somos, proporcionalmente, a unidade mais rica da fede-

Preservar Brasília, industrializar o DF

Apolinário Rebelo, 52 anos, é jornalista,

escritor e poeta.

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