Cat Sitter Gata Lili - Revista Siará
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Transcript of Cat Sitter Gata Lili - Revista Siará
@revistasiara DOMINGO, 14 DE OUTUBRO DE 2012 FORTALEZA, CEARÁ DIÁRIO DO NORDESTE // 31
TUDODEBOM
FO
TO
S: LU
CA
S D
E M
EN
EZ
ES
Para muitas pessoas, o amor pe-los animais não tem limites. Em nome desse sentimento, donos de cães e gatos estão sempre atentos a produtos e serviços que garan-tam o conforto e o bem-estar dos bichinhos. Uma das novidades surgidas em Fortaleza é a profi s-são de cat sitter. Em outras pala-vras, babá de gatinhos.
A jornalista e idealizadora do blog Gata Lili, Renata Goés, tra-balha há mais de nove meses na função. O interesse veio após ter assistido a uma reportagem so-bre o assunto no programa “Mais Você”, da Rede Globo, da apresen-tadora Ana Maria Braga. “Achei superinteressante. Fui pesquisar
CARINHOApaixonada por
gatos desde criança,
Renata decidiu
cuidar deles como
profi ssional
babá DE GATINHOS
Criadora do blog Gata Lili, Renata Góes implanta o serviço
de cat sitter em Fortaleza
mais e, para minha surpresa, a cat sitter de São Paulo, que foi entrevistada, seguia o meu blog
no twitter. Conversamos, e decidi implantar o serviço em Fortaleza. Amo os animais, e cuidar deles é gratifi cante”, revela. Renata ex-plica que o trabalho vem se tor-nando conhecido por meio do blog. “A confi ança é fundamental neste serviço, pois o gatinho fi ca em sua casa, e eu vou até ele na ausência dos donos. Sou louca pelos bichanos desde pequena, e isso tomou uma proporção muito grande em minha vida”, revela.
O começo
A história do blog teve início quan-do Renata resgatou a Lili, uma gatinha que estava presa entre os tijolos de uma igreja. “Ela miava tão alto que consegui
ANA CECÍLIA SOARES [email protected]
32 // DIÁRIO DO NORDESTE FORTALEZA, CEARÁ DOMINGO, 14 DE OUTUBRO DE 2012 @revistasiara
O blog é um dos
maiores do Brasil
no nicho felinos,
com mais de 26 mil
visualizações
TUDODEBOM
ouvi-la de dentro da igreja. Tão miúda, sem perspecti-
va, me encantou na mesma hora e saí com ela no meio da missa. Ca-bia na palma da mão. Ali, minha vida começou a se redesenhar, e não imaginava quanta coisa boa viria pela frente”.
Atualmente, a página na inter-net (http://www.lili-gata.blogs-pot.com.br/) recebe quase 26 mil visualizações por mês, e cerca de 17 mil visitantes únicos. Seus per-fi s nas redes sociais reúnem mais de 8.500 seguidores. Os posts são assinados na primeira pessoa e revelam a visão de uma gata em relação ao mundo. “O blog é considerado um dos maiores do Brasil no nicho felino e foi divul-gado pelo site da Revista VejaSP, recentemente, como um dos cin-co twitter’s de gatos mais famosos do mundo. Está participando nes-te ano da categoria Bichos e Ani-mais, do Top Blog, que premiará o mais popular, considerando tam-bém o conteúdo”.
Rotina sob controle
O trabalho de cat sister consiste, entre outras tarefas, em repor a ração e a água, além de exercitar e brincar com os gatinhos. Para manter os donos bem informa-dos, Renata faz vídeos e fotos do cotidiano dos felinos e os envia no mesmo dia pela Internet. “Com isso, onde eles estiverem, saberão que seu bichinho de estimação está bem, tranquilo e feliz”, infor-
ATUAÇÃOO trabalho inclui
repor água e
ração, ministrar
medicamentos e
realizar brincadeiras
@revistasiara DOMINGO, 14 DE OUTUBRO DE 2012 FORTALEZA, CEARÁ DIÁRIO DO NORDESTE // 33
Durante as viagens,
os clientes podem
acompanhar o
cotidiano dos
fi lhotes por meio
de vídeos e fi lmes
Ela constata esse comportamen-to no dia a dia, pois Laura dorme sempre em sua cama, enquanto Raimundo é mais arisco. “Eu sou kardecista e acredito na sensibili-dade dos animais em ver os espí-ritos. O Raimundo é incrível! Sei quando ele está vendo algo. Meu gato vira o rosto como se estives-se acompanhando o movimento de alguém e depois corre para a minha cama”.
Natural de Quixadá, no Sertão Central, a artista tem admiração pelo trabalho de Renata. “Vez em quando, viajo à praia ou ao meu interior, e nem sempre posso levá-los comigo. Então, quando soube da cat sitter fi quei muito fe-liz, porque sei que serão bem tra-tados. Fico mais tranquila e leve. Não me sinto tão culpada. A Re-nata é uma profi ssional responsá-vel e, se precisar de veterinário, ela estará atenta”.
A professora Roseli Barros Cunha também curte a compa-nhia dos felinos. Mas só começou a criá-los já adulta. O primeiro foi o Tião, com quem fi cou duran-te quase duas décadas. Depois, adotou dois, Caetano, 14 anos, e Betânia, 15. “Cada um tem as ca-racterísticas: Betânia é caçadora, curiosa, muito ativa e amigável. Caetano, um bebezão, meigo e mais preguiçoso. Ao contrário do que muitos pensam, os gatos são animais companheiros. É incrível a amizade deles”.
Zelosa com seus “meninos”, Roseli explica que a motivação em procurar os serviços da cat
sitter foi a necessidade de achar quem cuidasse direito dos ani-mais. “Quando eu e meu marido nos mudamos para Fortaleza, precisamos procurar alguém para olhá-los enquanto viajamos. En-tão, encontramos o blog e vimos o quanto Renata gostava de gatos. Caetano e Betânia adoram a ‘tia’ Renata e seu spa”.
ma. Inclui, ainda, outros serviços extras, como visita ao veteriná-rio, banho, corte de unhas, ad-ministração de medicamentos e escovação do animal.
Os gatos não gostam de mu-danças na rotina. Segundo Rena-ta, costumam não se adaptar com facilidade a estada em hotéis de pets, onde fi cam mais vulneráveis ao estresse.“Quem tem gato sabe disso. É diferente do cão, que in-terage com o ambiente externo
com mais facilidade”, diz. O ser-viço de cat sitter é realizado com base nas informações fornecidas pelo dono do animal (dieta, me-dicação e horários). O orçamento fi nal é feito com base no número de visitas, mas cada uma custa cerca de R$ 50,00, com duração média de uma hora.
Afetos
O amor pelos gatos é uma tradi-ção em muitas famílias. É o caso da artista plástica Maria Goretti Saraiva de Queiroz, 53 anos, cujo afeto pelos felinos foi estimulado por seu pai. “Ele sempre trazia um gato para casa. Sou asmática, mas naquela época não se sabia bem dessas coisas. Mesmo assim, não deixei de criá-los”, revela. No momento, Maria Goretti tem apenas dois, Raimundo e Laura, ambos de 12 anos. Ela acredita que os bichanos não são indepen-dentes como se costuma pensar. “Hoje, a criação é muito diferen-te, pois a autonomia deles sofreu alterações”.
COMPANHIA A artista plástica
Maria Goretti tem
nos gatos Raimundo
e Laura a companhia
para todas as horas