Catecismo da Igreja Católica - Aula 27

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A EucaristiaA Eucaristia2727

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O que é a Eucaristia?

A Eucaristia é o próprio sacrifício do Corpo e do Sangue do Senhor Jesus, que Ele instituiu para perpetuar o sacrifício da cruz no decorrer dos séculos até ao seu regresso, confiando assim à sua Igreja o memorial da sua Morte e Ressurreição. É o sinal da unidade, o vínculo da caridade, o banquete pascal, em que se recebe Cristo, a alma se enche de graça e nos é dado o penhor da vida eterna.

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Introdução

A Sagrada Eucaristia é o maior dos sacramentos. O Batismo é, sem dúvida, o sacramento mais necessário; sem ele, não podemos ir para o céu. No entanto, apesar das maravilhas que o Batismo e os outros cinco sacramentos produzem na alma, não serão senão instrumentos de que Deus se serve para nos dar a sua graça; mas na Sagrada Eucaristia não temos apenas um instrumento que nos comunica as graças divinas: é-nos dado o próprio Dador da graça, Jesus Cristo Nosso Senhor, real e verdadeiramente presente.

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Ideias principaisIdeias principais

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A Eucaristia, fonte e cume da vida da Igreja

A Eucaristia é fonte e centro de toda vida cristã (LG 11). Os restantes sacramentos, porém, assim como todos os ministérios eclesiásticos e obras de apostolado, estão vinculados com a Sagrada Eucaristia e a ela se ordenam. Com efeito, na Santíssima Eucaristia está contido todo o tesouro espiritual da Igreja, isto é, o próprio Cristo, nossa Páscoa.

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Os diversos nomes deste sacramento

A riqueza inesgotável da Eucaristia expressa-se mediante os diferentes nomes que recebe. Chama-se-lhe:

Eucaristia, que significa ação de graças a Deus;

Banquete do Senhor, porque Cristo o instituiu na Quinta-feira Santa, na última Ceia;

Santo Sacrifício, porque atualiza o único sacrifício de Cristo na cruz;

Comunhão, porque nos unimos ao próprio Cristo, recebendo o seu Corpo e o seu Sangue;

Santa Missa, porque quando se despedem os fiéis ao terminar a liturgia eucarística, são enviados (“missão”) para que cumpram a vontade de Deus na sua vida ordinária.

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Apesar do sacramento do Corpo e do Sangue de Cristo ter tido muitos nomes ao longo da história cristã, o nome que permaneceu desde o princípio, o nome que a Igreja dá oficialmente a este sacramento é Sagrada Eucaristia. Provém do Novo Testamento. Os quatro escritores sagrados – Mateus, Marcos, Lucas e Paulo – que nos narram a Última Ceia dizem-nos que Jesus tomou o pão e o vinho em suas mãos e “deu graças”. E assim, da palavra grega eucaristia, que significa “ação de graças”, resultou o nome do nosso sacramento: Sagrada Eucaristia.

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A Sagrada Eucaristia completa a iniciação cristã. Aqueles que foram elevados à dignidade do sacerdócio real pelo Batismo e configurados mais perfeitamente a Cristo pela Confirmação, esses, por meio da Eucaristia, participam, com toda a comunidade, no próprio sacrifício do Senhor. A Eucaristia é o memorial da Páscoa de Cristo, a atualização e oferecimento sacramental do seu único sacrifício, na Liturgia da Igreja que é o seu Corpo.

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O sacramento da Sagrada Eucaristia adquire o seu ser (ou é “confeccionada”, como dizem os teólogos) na Consagração da Missa; nesse momento, Jesus torna-se presente sob as aparências do pão e do vinho. E enquanto essas aparências permanecerem, Jesus continua a estar presente e o sacramento da Sagrada Eucaristia continua a existir nelas. O ato pelo qual se recebe a Sagrada Eucaristia chama-se Sagrada Comunhão. Podemos dizer que a Missa é a “confecção” da Sagrada Eucaristia e que a comunhão é a sua recepção. Entre uma e outra, o sacramento continua a existir (como no sacrário), quer o recebamos, quer não.

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A instituição da Eucaristia

No Novo Testamento, há quatro relatos da instituição da Eucaristia. São os de Mateus (26, 26-28), Marcos (14, 22-24), Lucas (22, 19-20) e Paulo (1 Cor 11, 23-29). São João, que é quem nos conta a promessa da Eucaristia (Jo 6), não se preocupa de repetir a história da instituição deste sacramento. Foi o último Apóstolo a escrever um Evangelho, e conhecia os outros relatos. Em seu lugar, decide transmitir-nos as belíssimas palavras finais de Jesus aos seus discípulos na Última Ceia.

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Eis aqui o relato da instituição da Sagrada Eucaristia segundo nos conta São Paulo. O Senhor Jesus, na noite em que foi entregue, tomou o pão e, dando graças, partiu-o e disse: Tomai e comei; isto é o meu corpo que será entregue por vós; fazei isto em memória de mim. Igualmente também, depois de ter ceado, tomou o cálice e disse: Este cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto em memória de mim todas as vezes que o beberdes.

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As suas palavras não podiam ser mais claras. “Isto” queria dizer “esta substância que tenho em minhas mãos e que agora que começo a falar é pão, e ao terminar não será já pão, mas o meu próprio corpo”. “Este cálice” queria dizer “este cálice que agora que começo a falar contém vinho, e ao terminar não será mais vinho, mas o meu próprio sangue”. “Isto é o meu corpo” e “este cálice ... É o meu sangue”. Os Apóstolos tomaram as palavras de Jesus literalmente. Aceitaram como um fato que a substância que ainda parecia pão era agora o Corpo de Jesus; e que a substância que continuava a parecer vinho era agora o Sangue de Cristo.

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Essa foi a doutrina que os Apóstolos pregaram à Igreja nascente. Essa foi a crença universal dos cristãos durante mil anos. No século XI, um herege chamado Berengário pôs em dúvida a verdade da presença real, e ensinava que Jesus tinha falado apenas em sentido figurado e, assim, o pão e o vinho consagrados não eram realmente o seu corpo e o seu sangue. A heresia de Berengário foi condenada por três concílios, e Berengário retratou-se do seu erro e voltou ao redil. A doutrina da presença real permaneceu indiscutida por outros quinhentos anos.

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No século XVI, chegaram Lutero e a reforma protestante. O próprio Lutero não negou inteiramente a presença real de Jesus na Eucaristia. Admitia que as palavras de Jesus eram demasiado terminantes para que fosse possível explicá-las de outro modo. Mas Lutero queria abolir a Missa, bem como a adoração de Jesus presente no altar. Por isso, tratou de resolver o seu dilema ensinando que, embora o pão continuasse a ser pão e o vinho, vinho, Jesus se faz presente juntamente com as substâncias do pão e do vinho; mas sustentava que Jesus está presente apenas no momento em que se recebe o pão e o vinho; não antes nem depois.

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Outros reformadores protestantes foram mais longe que Lutero e acabaram por negar completamente a presença real. Tanto eles como os teólogos protestantes que lhes sucederam sustentaram que, quando Jesus disse: “Isto é o meu corpo” e “Isto é o meu sangue”, lançou mão de um recurso de linguagem, e que o que queria dizer era: “Isto representa o meu corpo” ou “Isto é um símbolo do meu sangue”. Na sua tentativa de alterar as palavras de Cristo, tiveram que valer-se de todo tipo de interpretações inverossímeis, mas deixaram sem resposta as razões realmente sólidas que provam que Jesus disse o que queria dizer e quis dizer o que disse.

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Sendo Deus, Jesus sabia que, em consequência das palavras que ia pronunciar, milhões e milhões de pessoas lhe prestariam culto sob a aparência de pão. Se não tivesse querido estar realmente sob essas aparências, os adoradores prestariam culto a um simples pedaço de pão e incorreriam no pecado de idolatria, e isto, certamente, não é coisa a que o próprio Deus quisesse induzir-nos, preparando o cenário e utilizando obscuros modos de falar. É totalmente insensato pensar que Jesus pudesse permitir que os seus discípulos caíssem num erro tão grave.

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Propósitos de vida cristãPropósitos de vida cristã

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Um propósito para avançar

É preciso estimar a Missa tanto que se procure assistir sempre que seja possível, com uma participação consciente, ativa e frutuosa.

Unir os pequenos sacrifícios de cada dia com o sacrifício de Cristo que se renova na Eucaristia.

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