Catecismo de heidelberg explicado domingo treze

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O CATECISMO DE HEIDELBERG EXPLICADO Domingo 13 10 de novembro de 2014

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Catecismo de Heidelberg Explicado e o assunto de nossas reuniões. Nesta reunião explicamos as expressões contidas no Credo dos Apóstolos "seu único Filho, nosso Senhor". Aqui você encontrará o resumo de nossa reunião.

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  • O CATECISMO DE HEIDELBERG

    EXPLICADO Domingo 13

    10 de novembro de 2014

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    DOMINGO DIA DO SENHOR 13.

    O Credo do Apstolos.

    Creio em Deus Pai, Todo-poderoso, Criador do Cu e da terra.

    Creio em Jesus Cristo, seu nico Filho, nosso Senhor, o qual foi concebido por obra do Esprito Santo; nasceu da virgem Maria;

    padeceu sob o poder de Pncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; ressurgiu dos mortos ao terceiro dia; subiu ao Cu; est sentado

    direita de Deus Pai Todo-poderoso, donde h de vir para julgar os vivos e os mortos.

    Creio no Esprito Santo; na Santa Igreja Universal; na comunho dos santos; na remisso dos pecados; na ressurreio do corpo; na vida eterna.

    Amm.

    Perguntas do Catecismo de Heidelberg Domingo 13.

    33. Por que Cristo chamado "o nico [unignito] Filho de Deus", se ns tambm somos filhos de Deus?

    R. Porque s Cristo , por natureza, o Filho eterno de Deus(1). Ns, porm, somos filhos adotivos de Deus (2), pela graa, por

    causa de Cristo.

    (1) J 1:14,18; Jo 3:16; Rm 8:32; Hb 1:1,2; 1Jo 4:9. (2) Jo 1:12; Rm 8:15-17; Gl 4:6; Ef 1:5,6.

    34. Por que voc chama Cristo "nosso Senhor"?

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    R. Porque Ele nos comprou e resgatou, corpo e alma, dos nossos pecados e de todo o domnio do diabo, no com ouro ou prata,

    mas com seu precioso sangue. Assim pertencemos a Ele(1).

    (1) Jo 20:28; 1Co 6:20; 1Co 7:23; Ef 1:7; 1Tm 2:6; 1Pe 1:18, 19; 1Pe 2:9.

    Explicao:

    A natureza de Jesus sempre foi atacada.

    Como voc se sente com as afirmaes de INRI CRISTO quando ele diz ser a reencarnao de Jesus Cristo?

    Agora imagine uma situao semelhante onde um homem perseguido por afirmar ser o Filho de Deus tal afirmao feita

    diante de uma nao monotesta uma nao que durante anos ouviu a afirmao que s existia um DEUS verdadeiro entre

    todos os povos da terra e durante anos no somente ouviram mas tambm presenciaram o poder miraculoso deste

    grandioso DEUS - Oua, Israel: O Senhor, o nosso Deus, o nico Senhor (Dt 6.4) - assim cresceram estes homens e mulheres

    escutando esta verdade, porm agora eles esto lidando com algo novo nunca na histria deste povo algum fez afirmaes

    to absurdas como estas eu e o pai somos um, antes que Abrao existisse EU SOU, Meu Pai trabalha at agora, e eu trabalho

    tambm e com afirmaes deste tipo e por meio de sinais miraculosos e por outras afirmaes semelhantes como os teus

    pecados esto perdoado este homem ganhou um grupo de adeptos, porm despertou a ira dos lderes religiosos que seguindo

    os propsitos de DEUS crucificaram aquele que se auto denominava o FILHO DE DEUS.

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    Com o passar do tempo seus discpulos comearam a divulgar a notcia que este homem chamado Jesus que havia sido

    crucificado diante de Pncio Pilatos no era um simples enganador ou um herege, ele era o prprio messias anunciado

    pelas escrituras, porm no era somente isto, ele era o prprio DEUS, que encarnou e veio habitar entre ns que foi morto

    mas ressuscitou ao terceiro dia.

    Os apstolos foram as testemunhas que viram e tocaram naquele que foi denominado como o FILHO UNIGNITO,

    eles registraram toda sua histria em seus evangelhos e durante anos este foi o dogma assumido e defendido pela igreja,

    porm esta verdade foi atacada, assim como Jesus foi atacado, e histria mostra que durante sculos at os dias de hoje a

    natureza de Jesus continuou sendo atacada veja o exemplo:

    Ns pensamos e afirmamos como temos pensado e continuamos a ensinar: que o Filho no ingnito, nem participa

    absolutamente do ingnito, nem derivou de alguma substancia, mas que por sua prpria vontade e deciso existiu antes dos

    tempos e era inteiramente Deus, unignito e imutvel. Mas, antes de ter sido gerado ou criado ou nomeado ou estabelecido, ele

    no existia, pois ele no era ingnito. Somos perseguidos porque afirmamos que o Filho tem um incio, enquanto Deus sem

    incio. Eis porque somos perseguidos, e tambm porque afirmamos que ele do que no , justificando essa afirmao, porquanto

    ele no parte de Deus nem deriva de substancia alguma. Por isso estamos sendo perseguidos. Vs sabeis o resto.1 (rio,

    presbtero de Alexandria 256-336).

    1 H.Bettenson. Documentos da Igreja Crist, So Paulo, 2001, Ed.Aste, pg.83-84.

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    Jesus Cristo, Definio: O Filho unignito de Deus o nico filho produzido s por Jeov... Este filho primognito de toda

    criao2 (Testemunhas de Jeov)

    O Corpo Governante ensina suas testemunhas [TJ] que Jesus foi o nico que foi produzido diretamente por Jeov. Fazendo

    algumas manobras e usando textos fora de seus contextos, eles transmitem esta ideia a muitos e no so poucos aqueles

    que so enganados. Porm deixemos que os principais gramticos que so reconhecidos mundialmente por sua erudio

    expliquem este termo unignito/monogenes.

    Chamemos o Dr.Vine para testemunhar e explicar o termo:

    Podemos apenas entender corretamente o termo unignito quando usado para se referir ao Filho, no sentido de relao no

    originada. A gerao no um evento no tempo, embora distante, mas um fato independente do tempo. O Cristo no se tomou. Mas necessria e

    eternamente o Filho. Ele, uma Pessoa, possui todos os atributos da deidade pura. Isto toma necessria a eternidade, o ser absoluto; sobre este aspecto

    Ele no depois do Pai (Moule)3.

    Chamemos o Dr. K.H.Bartels para testemunhar e explicar o termo:

    O significado de monogenes se centraliza na existncia Pessoal do Filho, e no na Gerao do Filho (B.F.Westcott, The Epistles of St

    John, [1883] 1966, ,170]). Jesus como monogenes Aquele que pode dizer Eu e o Pai somos um (Jo 10.30). Jesus, includo na

    unicidade de Deus, no desaparece na histria e naquilo que histrico, mas, sim, Se destaca acima deles como Senhor4.

    2 Sociedade Torre de Vigia de Bblias e Tratados. Raciocnios Base das Escrituras, So Paulo, 1985, pgs.210; 401. 3 W.E.Vine. Dicionrio Vine - O Significado Exegtico e Expositivo das Palavras do Antigo e do Novo Testamento; Rio de Janeiro - 2002, CPAD, pg.1045. 4 Lothar Coenen & Colin Brown. Dicionrio Internacional de Teologia do Novo Testamento, So Paulo -2000; Edies Vida Nova.

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    Chamemos Fritz Rieneeker e Cleon Rogen para testemunhar e explicar o termo:

    Monogenes - nico, o nico do seu tipo5.

    Por fim reafirmamos o Credo de Nicia que diz:

    Creio em um Deus, Pai Todo-poderoso, Criador do cu e da terra, e de todas as coisas visveis e invisveis; e em um Senhor Jesus

    Cristo, o unignito Filho de Deus, gerado pelo Pai antes de todos os sculos, Deus de Deus, Luz da Luz, verdadeiro Deus de verdadeiro Deus, gerado

    no feito, de uma s substncia com o Pai; pelo qual todas as coisas foram feitas; o qual por ns homens e por nossa salvao, desceu dos cus, foi feito

    carne pelo Esprito Santo da Virgem Maria, e foi feito homem; e foi crucificado por ns sob o poder de Pncio Pilatos. Ele padeceu e foi sepultado; e no

    terceiro dia ressuscitou conforme as Escrituras; e subiu ao cu e assentou-se direita do Pai, e de novo h de vir com glria para julgar os vivos e os

    mortos, e seu reino no ter fim. E no Esprito Santo, Senhor e Vivificador, que procede do Pai e do Filho, que com o Pai e o Filho

    conjuntamente adorado e glorificado, que falou atravs dos profetas. Creio na Igreja una universal e apostlica, reconheo um

    s batismo para remisso dos pecados; e aguardo a ressurreio dos mortos e da vida do mundo vindouro6. (Credo Niceno)

    A doutrina da adoo.

    Por meio da obra de Jesus Cristo devido a sua morte e ressurreio somos de um modo legal adotados por Deus como

    filhos e co-herdeiros com Cristo Jesus de todas as coisas. Por causa de Jesus podemos desfrutar desta to sublime

    comunho entre Deus o Pai e ns seus filhos.

    5 Fritz Rieneeker & Cleon Rogen. Chave lingustica do Novo Testamento Grego. So Paulo 2006; Edies Vida Nova. 6 O Credo Niceno-Constantinopolitano ou Smbolo Niceno-Constantinopolitano, uma declarao de f crist que aceito pela Igreja Catlica Apostlica Romana, Igreja Ortodoxa Ocidental, Igreja Nestoriana, Igreja Ortodoxa Oriental, Igreja Anglicana e por algumas denominaes protestantes.1 O nome est relacionado com o Primeiro Conclio de Niceia (325), no qual foi adaptado, e com o Primeiro Conclio de Constantinopla (381), onde foi aceita uma verso revista. Por esse motivo, ele pode ser referido especificamente como o Credo Niceno-Constantinopolitano para o distinguir tanto da verso de 325 como de verses posteriores que incluem a clusula filioque. Houve vrios outros credos elaborados em reao a doutrinas que apareceram posteriormente como heresias, mas este, na sua reviso de 381, foi o ltimo em que as comunhes catlica e ortodoxa conseguiram concordar em todos os pontos.

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    Nem todo o ser humano pode fazer esta afirmao sou filho de Deus pois muitos encontram-se como filhos da desobedincia, ou como filhos da ira ou at mesmo como filhos do Diabo.

    Ele vos deu vida, estando vs mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo,

    segundo o prncipe da potestade do ar, do esprito que agora atua nos filhos da desobedincia; entre os quais tambm todos ns

    andamos outrora, segundo as inclinaes da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e ramos, por natureza,

    filhos da ira, como tambm os demais. (Ef 2.1-3 ARA)

    Vs sois do diabo, que vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princpio e jamais se firmou na verdade,

    porque nele no h verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe prprio, porque mentiroso e pai da mentira (Jo 8.44

    ARA)

    Existe uma condio que antecede o fato de sermos filhos de Deus, a nossa f, ao compreendermos pelo poder e ao

    do Deus Esprito Santo, que somos totalmente pecadores e que devido a nossa condio estamos totalmente afastados de

    Deus, o Pai, e ao depositarmos em Jesus toda nossa confiana na obra que ele consumou por meio de sua vida e de sua

    morte somos por Deus, o Pai, justificados e adotados como seus filhos e partir deste momento fazemos parte da famlia

    de Deus.

    Em todo o processo de nossa salvao podemos enxerga a beleza e a profundidade da graa de Deus o seu favor que em

    circunstncia alguma merecamos.

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    Por meio de seu toque, por meio do seu poder, ele trouxe a vida que eu nunca eu poderia ter, tudo se incio nele, tudo foi

    por ele e para ele e para ningum mais, ele nos quis como seus filhos e isto basta isto suficiente.

    Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crem no seu nome; os quais no nasceram

    do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. (Jo 1.12-13 ARA)

    Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razo, o

    mundo no nos conhece, porquanto no o conheceu a ele mesmo. Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda no se

    manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de

    v-lo como ele . (1Jo 3.1-2 ARA)

    Ser filho de Deus voc j parou por um instante e meditou nesta verdade e voc j sondou a profundidade e a grandeza

    deste assunto?

    Ora, se somos filhos, somos tambm herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, tambm com ele seremos glorificados.

    Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente no podem ser comparados com a glria a ser revelada

    em ns. A ardente expectativa da criao aguarda a revelao dos filhos de Deus. Pois a criao est sujeita vaidade, no

    voluntariamente, mas por causa daquele que a sujeitou, na esperana de que a prpria criao ser redimida do cativeiro da

    corrupo, para a liberdade da glria dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criao, a um s tempo, geme e suporta

    angstias at agora. E no somente ela, mas tambm ns, que temos as primcias do Esprito, igualmente gememos em nosso

    ntimo, aguardando a adoo de filhos, a redeno do nosso corpo. (Rom 8:17-23 ARA)

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    Algumas pessoas tratam esta ideia de forma leviana no dando a devida ateno ao assunto outras pessoas tratam a

    expresso filhos de Deus como um poder tipo aqueles de desenho animado para se resolver os nossos problemas cotidianos.

    Somos filhos de Deus pela f em Jesus Cristo isto fato, porm segundo a orientao do apstolo Paulo o que de fato

    isto significa ainda no nos foi manifestado isto ser revelado quando a redeno de nosso corpo ocorrer como diz a

    escritura hoje conhecemos em parte aquilo que realmente seremos.

    As palavras fogem de minha presena ao tentar definir a beleza e a profundidade deste assunto assim como a compreenso

    para entender o que de fato significa e tambm com ele seremos glorificados.

    Ser filho de Deus aqui e agora tem uma conexo com a tica crist um estilo de vida semelhante ao de Jesus. Como filhos

    de Deus devemos ser imitadores de Deus no quesito de carter, o padro no deve ser subestimado, como filhos de Deus

    temos que ter seus frutos e isto efetuado por meio da mortificao para o pecado, que a minha parte.

    Assim tambm vs considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus (Rom 6.11 ARA)

    O fruto deve ser manifestado por meio do poder do Esprito Santo somos totalmente dependentes desta ao para que a

    vida se manifeste em ns.

    Digo, porm: andai no Esprito e jamais satisfareis concupiscncia da carne. Porque a carne milita contra o Esprito, e o Esprito,

    contra a carne, porque so opostos entre si; para que no faais o que, porventura, seja do vosso querer. Mas, se sois guiados pelo

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    Esprito, no estais sob a lei. Ora, as obras da carne so conhecidas e so: prostituio, impureza, lascvia, idolatria, feitiarias,

    inimizades, porfias, cimes, iras, discrdias, dissenses, faces, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a

    respeito das quais eu vos declaro, como j, outrora, vos preveni, que no herdaro o reino de Deus os que tais coisas praticam. Mas o fruto do

    Esprito : amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansido, domnio prprio. Contra estas coisas

    no h lei. E os que so de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixes e concupiscncias. Se vivemos no Esprito,

    andemos tambm no Esprito. No nos deixemos possuir de vanglria, provocando uns aos outros, tendo inveja uns dos outros.

    (Gal 5.16-26 ARA)

    Deixe-me ilustrar como isto ocorre tenho conscincia que minha ilustrao no pode captar a tamanha grandeza deste

    ato que ocorre dentro de cada um de ns, porm te peo para aprofundar a ideia:

    Imagine um copo com gua ela est quente pronta para se fazer um ch, esta gua simboliza voc. Temos ao lado do copo um

    saquinho de ch e ele simboliza o Espirito Santo quando o ch colocado em contato com a gua quente inicia -se uma infuso

    o ch no altera o sabor da gua de forma imediata o processo leva alguns minutos e em um determinado momento voc j no

    consegue mais definir o que gua e o que ch ambos se tornaram um. A infuso foi o processo de transformao e o processo

    no foi imediato ele levou um tempo, porm de uma forma que aos nossos olhos no foi percebido a transformao ocorreu.

    Assim a nossa vida crist como filhos de Deus, o Esprito Santo, foi enviado pelo Pai para habitar em ns, porm de

    uma forma silenciosa o Esprito Santo tem transformado a nossa vida o processo no imediato, porm ele continuo e

    este processo nunca ir para at que cheguemos no cu e estejamos diante de Deus e de uma forma glorificada.

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    O processo de transformao iniciado pelo Esprito Santo conhecido como o processo de santificao e este processo

    no est desvinculado da palavra de Deus, o processo s poder ser completo se de fato a infuso da palavra aplicada pelo

    Espirito Santo ocorrer em nosso corao, se isto no ocorrer, no existir santificao no mnimo o que existir um

    legalismo criado por ns com normas de conduta centralizadas em nossas tradies humanas e pecaminosas

    Santifica-os na verdade; a tua palavra a verdade. (Jo 17.17 ARA)

    O Esprito Santo sempre ir trabalhar em ns por meio de sua palavra e far tudo isto com uma nica finalidade a de

    levar-nos a condio de filhos de Deus semelhantes a Jesus.

    Jesus Cristo o Senhor!

    Esteja absolutamente certa, pois, toda a casa de Israel de que a este Jesus, que vs crucificastes, Deus o fez Senhor [kyrios -

    ] e Cristo. (At 2.36 ARA)

    No contexto bblico a expresso grega KYRIOS usada de duas formas uma de modo genrico e outro de modo

    especifico.

    Vamos ver alguns exemplos em sua forma genrica:

    O discpulo no est acima do seu mestre, nem o servo, acima do seu senhor. (Mt 10.24 ARA)

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    Sede vs semelhantes a homens que esperam pelo seu senhor, ao voltar ele das festas de casamento; para que, quando vier e bater

    porta, logo lhe abram. (Lc 12.36 ARA)

    Dentro de cada contexto em que a palavra kyrios usada, de uma forma genrica, ela pode significar desde donos de escravos,

    mestre e at imperadores neste caso sempre aponta para a autoridade ou o poder que este exerce sobre outros sditos, servos

    ou alunos.

    Kyrios (atestado desde Pndaro) adj., poderoso, autoritativo, de to kyros, poder, fora; como subs. senhor, soberano,

    quem tem controle (sobre pessoas, coisas, si mesmo), kyrios sempre contm a ideia de legalidade e autoridade. kyrios

    frequentemente se emprega lado a lado com despots que significa, especialmente, um dono (com implicaes de arbitrariedade).

    Mais tarde, qualquer pessoa que ocupava uma posio superior era geralmente referida como kyrios. (Dicionrio Internacional

    de Teologia do Novo Testamento; volume dois)

    Em um contexto mais especifico a palavra grega kyrios sempre foi usada na verso Septuaginta como sinnimo de Deus

    ou deuses.

    Os tradutores sempre usaram esta palavra para traduzir os termos hebraicos IHWH que se referia ao DEUS de ISRAEL

    o grande EU SOU e ELOHIM que apontava tanto para o Deus de Israel como para os deuses falsos.

    Quando os escritores do novo testamento produziram suas obras literrias escrevendo em grego koine eles aplicaram eles

    usaram os textos da septuaginta parafraseando, explicando e aplicando os termos que se referiam a Deus (IHWH) a Jesus.

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    Quanto a Jesus ele nunca repreendeu aqueles que aplicaram este ttulo a ele, mas pelo contrrio em vrias situaes aplicou

    o ttulo a si mesmo. Como por exemplo ao repreender aqueles que diziam estar nele e reconhece-lo como Senhor, porm

    os frutos de suas vidas contradiziam suas afirmaes.

    Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrar no reino dos cus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que est nos cus.

    Muitos, naquele dia, ho de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, no temos ns profetizado em teu nome, e em teu nome no

    expelimos demnios, e em teu nome no fizemos muitos milagres? (Mateus 7:21-22 ARA)

    A palavra usada por Mateus neste texto e kyrios a mesma palavra que os tradutores usaram na septuaginta para traduzir os

    termos existente em (2Sm 7.22) veja:

    Portanto, grandssimo s, SENHOR Deus, porque no h semelhante a ti, e no h outro Deus alm de ti, segundo tudo o que

    ns mesmos temos ouvido. (2Samuel 7:22 ARA)

    O Dr.Vine explica de uma forma mais abrangente o uso desta palavra nos escritos dos apstolos.

    O prprio Cristo assumiu o ttulo, como verificamos em Mt 7.21,22; 9.38:22.41-45; Mc 5.19; Lc 19.31; Jo 13.13. Evidentemente

    intencionando-o nos mais sublimes sentidos do seu uso atual, e, ao mesmo tempo, sugerindo suas associaes com o Antigo

    Testamento. Seu propsito no ficou claro aos discpulos, seno depois da ressurreio e da consequente revelao da sua

    deidade a esse respeito. Tom, quando se deu conta do significado da presena de uma ferida mortal no corpo de um homem

    vivo, imediatamente juntou este fato com o ttulo absoluto da deidade dizendo: Senhor meu, e Deus meu! (Jo 20.28). (Vine)

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    O pleno significado desta associao de Jesus com Deus sob um mesmo ttulo, o Senhor, visto quando lembramos que estes

    homens pertenciam nica raa monotesta do mundo. Associar com o Criador algum que se sabia ser criatura, embora exaltado, ainda

    que possvel a filsofos pagos, era, no obstante, impossvel a um judeu (Vine)

    Quando os apstolos vo registrar as aes e as palavras de Jesus e aplicam o ttulo Senhor a ele, cada um deles de fato est

    apontando para sua divindade e nada menos que isto e eles fazem isto analisando as escrituras do Antigo Testamento7 e

    aplicando determinados textos a pessoa de Jesus.

    Sabedores de tudo isto gostaria de fazer algumas perguntas para voc:

    Quem de fato Jesus para voc?

    Voc consegue enxergar as implicaes registradas nesta pergunta?

    Jesus Cristo o Senhor em todas as reas de sua vida?

    Em seus momentos de comunho depois de meditar em cada uma destas perguntas responda a Ele.

    7 Os apstolos nesta poca usavam os textos sagrados registrados em suas escrituras aqui entendesse o Antigo Testamento. Existe uma discusso entre os acadmicos sobre quando a traduo da Septuaginta aconteceu e o uso que os apstolos fizeram desta obra. Caso voc queira estudar o assunto consulte Septuaginta, um guia histrico e literrio; autor: Esequias Soares; Editora Hagnos.

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    Caso voc no tenha clareza de quem Jesus busque por orientao consulte sua liderana e tente esclarecer suas dvidas.

    Leia de uma forma continua o Novo Testamento e por meio da orao pea ao Esprito Santo que te revele a pessoa do

    Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

    Coloque-se diante dele em humilhao quando encontrar em suas respostas alguma afirmao negativa.

    Que Deus o Pai que por meio de Deus Filho atravs da revelao do Deus Esprito Santo te abenoe.

    O Senhor Jesus Cristo a mxima indiscutvel autoridade Jan Gottfridsson

    Soli Deo Gloria Andrezinho Rupereta.