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1 CATEGORIA: 3) INOVAÇÃO EM METOLOGIA DE EXTENSÃO RURAL NOME DO PROJETO: PROJETO MULHERES DO CAFÉ AUTOR: *CÍNTIA MARA LOPES DE SOUZA – ECONOMISTA DOMÉSTICO CO-AUTORA: ** LUCIANA SOARES DE MORAIS – ECONOM. DOMÉSTICO LOTAÇÃO: *PINHALÃO ** IBAITI LOCAL DE APLICAÇÃO: CURIÚVA, FIGUEIRA, IBAITI, JAPIRA, JABOTI, PINHALÃO, TOMAZINA, SIQUEIRA CAMPOS, SALTO DO ITARARÉ, JOAQUIM TÁVORA E CARLÓPOLIS INÍCIO E CONCLUSÃO DO TRABALHO (MÊS/ANO): Inicio: 2013 Conclusão: Em desenvolvimento SITUAÇÃO ANTERIOR: Até o ano de 2013 não havia um trabalho específico para as mulheres do café, o que havia eram ações isoladas com as mulheres atendidas pelo Emater executadas pelas extensionistas da área de Inclusão Social, sem resultados muito visíveis. Nos eventos grupais promovidos pelo Emater, a participação era predominante masculina e as mulheres relatam que não se sentiam a vontade quando participavam. Os técnicos envolvidos com a cadeia produtiva do café também não priorizavam os atendimentos as mulheres nas visitas as propriedades e no atendimento no escritório, uma vez que o foco do trabalho sempre foi o produtor, e assim, eles não percebiam a necessidade, ou mesmo não se sentiam à vontade com este público, excluindo assim, de forma não intencional as mulheres da assistência técnica. Além disso, não havia interação de trabalho da equipe técnica social e a equipe técnica produtiva, e os trabalhos da cadeia produtiva na maioria dos municípios não era estruturado em grupos, sendo o atendimento feito com visitas individuais ou algumas metodologias grupais sem relação entre si, não obstante se reconheça a importância destas questões, uma vez que a própria Lei de Ater define como princípios da Política Nacional de Ater a “adoção de metodologia participativa, com enfoque multidisciplinar, interdisciplinar e intercultural”, bem como “a equidade nas relações de gênero, geração,

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CATEGORIA:

3) INOVAÇÃO EM METOLOGIA DE EXTENSÃO RURAL

NOME DO PROJETO:

PROJETO MULHERES DO CAFÉ

AUTOR: *CÍNTIA MARA LOPES DE SOUZA – ECONOMISTA DOMÉSTICO

CO-AUTORA: ** LUCIANA SOARES DE MORAIS – ECONOM. DOMÉSTICO

LOTAÇÃO:

*PINHALÃO

** IBAITI

LOCAL DE APLICAÇÃO:

CURIÚVA, FIGUEIRA, IBAITI, JAPIRA, JABOTI, PINHALÃO, TOMAZINA, SIQUEIRA

CAMPOS, SALTO DO ITARARÉ, JOAQUIM TÁVORA E CARLÓPOLIS

INÍCIO E CONCLUSÃO DO TRABALHO (MÊS/ANO):

Inicio: 2013

Conclusão: Em desenvolvimento

SITUAÇÃO ANTERIOR:

Até o ano de 2013 não havia um trabalho específico para as mulheres do café, o que havia eram ações

isoladas com as mulheres atendidas pelo Emater executadas pelas extensionistas da área de Inclusão

Social, sem resultados muito visíveis.

Nos eventos grupais promovidos pelo Emater, a participação era predominante masculina e as mulheres

relatam que não se sentiam a vontade quando participavam. Os técnicos envolvidos com a cadeia

produtiva do café também não priorizavam os atendimentos as mulheres nas visitas as propriedades e no

atendimento no escritório, uma vez que o foco do trabalho sempre foi o produtor, e assim, eles não

percebiam a necessidade, ou mesmo não se sentiam à vontade com este público, excluindo assim, de

forma não intencional as mulheres da assistência técnica.

Além disso, não havia interação de trabalho da equipe técnica social e a equipe técnica produtiva, e os

trabalhos da cadeia produtiva na maioria dos municípios não era estruturado em grupos, sendo o

atendimento feito com visitas individuais ou algumas metodologias grupais sem relação entre si, não

obstante se reconheça a importância destas questões, uma vez que a própria Lei de Ater define como

princípios da Política Nacional de Ater a “adoção de metodologia participativa, com enfoque

multidisciplinar, interdisciplinar e intercultural”, bem como “a equidade nas relações de gênero, geração,

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raça e etnia” (BRASIL, 2010).

JUSTIFICATIVA:

O trabalho da assistência técnica e extensão rural com a cafeicultura no Norte Pioneiro do Paraná a

muitos anos tem contribuído para o desenvolvimento tecnológico da cultura. Assim como em outras

cadeias produtivas trabalhar o conjunto da família envolvendo homens e mulheres nas diversas atividades

da extensão não é um processo fácil, pois exige a adoção de metodologias diferentes por parte dos

extensionistas, bem como a compreensão da dinâmica familiar, além de levar em consideração as

desigualdades de gênero presentes na cultura familiar dos agricultores.

No que se refere à esta última questão, convém esclarecer que “a perspectiva de gênero realiza uma

superação dos limites biológicos e trata homens e mulheres sob a ótica de papéis sociais historicamente

construídos” (SILVA e SCHNEIDER, 2013, p. 72). Esta abordagem nos permite compreender os papéis

sociais historicamente destinados a homens e mulheres, e a questionar o porquê destes grupos sociais

muitas vezes obterem reconhecimento ou mesmo remuneração diferenciada, apesar de realizarem

trabalhos semelhantes.

Temos assim que, em todos estes anos de trabalho desenvolvidos por nossos extensionistas junto às

famílias de cafeicultores, identificou-se que o envolvimento da mulher no processo produtivo era cada

vez maior, no entanto, nas atividades de profissionalização como reuniões, encontros, cursos e outros

métodos grupais e até mesmo nas visitas individuais a presença e o atendimento é predominante

masculino e a presença feminina em algumas atividades era praticamente inexistente.

Sabe-se que a cadeia produtiva do café nas pequenas propriedades é exigente em mão de obra, então toda

a família se envolve no processo de produção. Dentro deste processo é atribuída às mulheres como

atividade principal o cuidado com o terreiro (secagem do café), porém isso não significa que elas não

trabalham nas demais etapas do processo produtivo. Fica claro, no entanto, a persistência da divisão

sexual do trabalho, conforme exaustivamente observado em outras circunstâncias (SILVA e

SCHNEIDER, 2013), configurando-se uma situação de desvantagem para as mulheres, cujo trabalho nem

sempre é valorizado na cultura do café, além de continuarem responsáveis pela maioria das tarefas

domésticas (dupla jornada de trabalho).

Com a inserção do processo de produção de cafés especiais no Norte Pioneiro e a partir das organizações

da ACENPP – Associação de Cafés Especiais do Norte Pioneiro e da COCENPP – Cooperativa de Cafés

Especiais do Norte Pioneiro, a qualificação dos produtores de café para busca das certificações de cafés

especiais se intensificou. E novamente o que se via era um público predominante masculino nas

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atividades de qualificação, enquanto as mulheres continuavam trabalhando em todas as etapas da

produção sem ter acesso a conhecimento e técnicas relacionadas a esta atividade.

Percebendo esta situação, o time de extensionistas do Emater ligados a cadeia produtiva do café

juntamente com as extensionistas da área de Inclusão Social, numa atividade interdisciplinar, decidiram

montar uma estratégia de organização e capacitação das cafeicultoras na tentativa de qualificá-las para a

produção de cafés especiais, assim como buscar a redução das desigualdades de gênero a partir das

atividades promovidas pela assistência técnica e extensão rural.

OBJETIVO DA PROPOSTA:

- Capacitar as mulheres cafeicultoras para produção de café com valor agregado, através da inserção nas

atividades desenvolvidas pelo Emater e da promoção à igualdade de gênero nas atividades extensionistas

e na família rural;

-Qualificar as atividades de assistência técnica e extensão rural por meio da interdisciplinaridade e da

adoção de metodologias participativas.

PROCEDIMENTOS PRECONIZADOS:

Projeto para promoção de igualdade de gênero e geração de renda a partir da capacitação das mulheres

para a produção de café com qualidade.

DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA DESENVOLVIDA:

Ações iniciais:

Com a decisão de iniciar o trabalho com as mulheres do café nos municípios da regional Emater de Santo

Antonio da Platina, como atividade inicial promoveu-se o I Encontro das Mulheres do Café do Norte

Pioneiro com a presença de 16 municípios produtores de café, sendo 11 da regional de Santo Antonio da

Platina e outros 5 municípios da Regional de Cornélio Procópio.

Neste encontro reuniram-se em torno de 250 cafeicultoras, com uma agenda voltada a sensibilizar as

mulheres para a organização e qualificação, com temas que traziam a valorização da participação da

mulher no processo produtivo e um diagnostico da cafeicultura no Norte Pioneiro do Paraná e cenários

de mercado. Neste encontro foram realizadas filmagens para uma matéria do Emater com foco no

trabalho feminino na cafeicultura.

Neste encontro também ocorreu o nosso primeiro contato com International Women’s Coffee Alliance -

IWCA (Aliança Internacional das Mulheres do Café) uma organização internacional que agrega mulheres

envolvidas com a cultura do café. A missão da IWCA – Capítulo Brasil é capacitar mulheres líderes na

indústria brasileira de café, da semente à xícara, enquanto que da IWCA Internacional é “capacitar as

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mulheres na comunidade cafeeira internacional para alcançar vidas significativas e sustentáveis e

incentivar e reconhecer a participação das mulheres em todos os aspectos da indústria do café”.

As informações sobre a IWCA chegaram até nós pelo coordenador regional da cadeia produtiva do café,

que em eventos nacionais e internacionais tomou conhecimento desta organização e identificou que a

missão da mesma vinha de encontro com o que planejávamos trabalhar com as mulheres do café. Assim

para o evento foram convidadas duas representantes da IWCA - Brasil para apresentar o trabalho

desenvolvido pela Aliança, assim como, conhecer a nossa pretensão de trabalho aqui na região e firmar

parceria para a efetivação do trabalho com as Mulheres do Café no Norte Pioneiro.

A partir do encontro observou-se que estas mulheres que participaram tinham potencial para organizar

um grupo para discutir seus interesses voltados a produção do café. Identificados estes potenciais, os

extensionsitas locais que se identificaram com a proposta, juntamente com as extensionistas da área

social agendaram reuniões com estes grupos para realizar um diagnóstico, ou identificar as necessidades

e os anseios com relação à extensão rural e assistência técnica para a produção de café.

Resultado do diagnóstico e estruturação do trabalho com as mulheres do café - 2013

Na primeira reunião com os grupos potencias em junho de 2013 foi realizada uma dinâmica utilizando-se

de materiais ilustrativos para que as mulheres se sentissem a vontade para expor as suas expectativas com

o trabalho proposto, esta dinâmica foi aplicada pelas técnicas da área social. Até então o que a equipe

tinha pra apresentar era apenas a pretensão de ter um trabalho estruturado específico para as mulheres do

café. No entanto, ainda não tínhamos claro quais as metodologias que seriam utilizadas, mas sabíamos o

que queríamos como resultado, que era estruturar grupos de mulheres para transferência de tecnologias

do café, inserir as mulheres nas atividades promovidas pelo Emater nesta cadeia produtiva, assim como,

contribuir para a igualdade de gênero no trabalho e na família destas agricultoras.

Como resultado deste diagnóstico, tivemos sugestões de temas para o trabalho na área técnica produtiva e

também de temas na área de desenvolvimento humano, ou seja, de inclusão social. A impressão que ficou

para toda equipe foi de que as mulheres estavam esperando/necessitando por esta proposta de trabalho,

pois o resultado foi uma agenda de reuniões até no final de 2013, com 11 grupos definidos em 11

municípios. Nesta etapa destacamos o envolvimento da equipe técnica no trabalho de identificação,

sensibilização e mobilização das mulheres.

Em junho executamos a primeira excursão técnica exclusiva para as mulheres do café, 40 mulheres dos

11 grupos e mais os técnicos envolvidos participaram da metodologia no município de Carlópolis, onde

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visitaram 08 (oito) propriedades rurais, para conhecer experiências de sustentabilidade da cafeicultura

familiar, novo paradigma da colheita e preparo, cultivo baseado no correto manejo do solo e plantas

daninhas, diversificação da propriedade, colheita mecanizada na pequena propriedade, parceria entre

vizinhos (pequenos e fazendeiros), colheita seletiva mecanizada, noções de regulagem de colheitadeira,

planejamento da colheita com mapeamento das floradas.

Dando continuidade ao trabalho, a equipe técnica estruturou uma agenda de reuniões, com temas

condizentes com a época e estágio da cultura do café, sendo, julho – colheita, agosto (dias 26 a 30)– poda

e recuperação do café geado (este tema foi inserido em virtude da forte geada em junho de 2013),

outubro (dias 21 a 28) – adubação do cafeeiro, novembro (dias 18 a 22) – Manejo Integrado de Pragas e

Doenças do café e também diversificação da propriedade - fruticultura (este tema foi solicitado pelas

mulheres no decorrer do processo, pois as famílias necessitavam de novas alternativas de renda em

virtude de a geada prejudicar significativamente os cafezais da região). Nesta etapa destacamos a

disciplina do trabalho, com o agendamento da semana para estas atividades que ocorreram em todos os

grupos com a presença do técnico local e das extensionistas da área de inclusão social.

Em geral, as reuniões duravam cerca de duas horas, sendo uma hora para temas de ordem produtiva e

uma hora com temas de desenvolvimento humano, pessoal e de organização. Neste ano (2014), temos

utilizado o tempo destinado para atividade de inclusão social para avaliar as ações, retomar os assuntos e

reforçar e motivar a organização.

Em setembro realizou-se mais uma excursão para participar do III Encontro da IWCA-Brasil em Belo

Horizonte/MG durante a realização do 9º Espaço Café Brasil. Participaram desta metodologia 13 (treze)

cafeicultoras representando os 11 grupos da Região de Santo Antônio da Platina mais 2 técnicas sociais

da mesma região e 2 cafeicultoras e uma técnica da área social da Região de Cornélio Procópio. A

participação do Encontro da IWCA em BH resultou na afirmação da parceria e grande reconhecimento

por parte desta organização.

Neste encontro tivemos a oportunidade de discutir assuntos inerentes às dificuldades encontradas pelas

mulheres quanto ao reconhecimento do trabalho importante que elas realizam na atividade cafeeira.

Também ouvimos experiências de outros países e outras regiões produtoras de café do Brasil, quanto ao

papel feminino nas diversas etapas desta cadeia produtiva, ou seja, do grão à xícara.

Mesmo não estando na pauta do evento, surgiu o convite para apresentar o trabalho realizado no Norte

Pioneiro do Paraná. Após a apresentação despertamos o interesse de muitos participantes do evento da

área técnica, acadêmica e integrantes da IWCA do Brasil e outros Países. A presidente da IWCA que até

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então não nos conhecia pessoalmente, não poupou palavras e elogios ao trabalho o que foi replicado por

muitas outras lideranças presentes no evento, que podemos resumir numa das expressões proferidas “não

podemos levar esta Emater para a Bahia?” referindo-se ao emater do Paraná. Nesta atividade destacamos

a interação entre as mulheres dos grupos da região, a divulgação do nosso trabalho, assim como a

promoção da autoestima das cafeicultoras com o reconhecimento do trabalho técnico/ extensionista, da

organização e do trabalho desenvolvido por elas na propriedade.

Em dezembro de 2013 realizamos um encontro para avaliação das atividades do ano que estava findando

e para a programação do ano de 2014. Para esta atividade foram convidadas duas representantes de cada

grupo e toda a equipe técnica envolvida. Durante o encontro utilizamos a seguinte metodologia: Os

participantes foram divididos em grupos menores integrando os municípios e outro grupo da equipe

técnica. Foram distribuídos cartazes para pontuar as avaliações e registrar as atividades sugeridas para o

ano de 2014. Neste momento a equipe técnica pode também fazer a sua avaliação do trabalho e sugestão

para o próximo ano, interagindo com as avaliações do publico atendido, neste caso, as mulheres do café.

A avaliação positiva do trabalho pode ser refletida no resultado do planejamento para 2014. Com uma

programação audaciosa, dinâmica e com muitas metodologias diferentes. A primeira reivindicação dos

grupos foi a ampliação do tempo das reuniões para quatro horas, sendo duas horas para temas de inclusão

social e duas horas para a transferência de tecnologias, sob o argumento de que precisavam de mais

tempo para tirar dúvidas e inteirar-se mais dos assuntos.

O resultado dos grupos foi a seguinte programação discutida e aprovada por todos os presentes:

Quadro 1. Programação para 2014

Quant Evento Data 01 Encontro Regional com todos os grupos Março 01 Excursão para o IAPAR Maio 05 Reuniões Técnicas: (em cada município) Comercialização Abril

Colheita Maio Poda e Desbrota Agosto

Adubação Setembro MIP Outubro

04 Cursos (em cada município) Família Rural/Qualidade de Vida (SENAR/EMATER) Março

Comunicação e Técnicas de apresentação (SENAR/EMATER) Abril

Básico de Degustação (SENAR/EMATER) Maio Avançado de Degustação (EMATER/EMATER) Setembro

01 Encontro Nacional da IWCA Setembro 01 FICAFÉ–Feira Internacional de Cafés Especiais/Gincana/Espaço Mulheres do Café Outubro 01 Reunião de Avaliação e Planejamento Dezembro

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Fonte: Encontro de avaliação e planejamento, Jaboti – 04/12/2014/Emater

Trabalho com as mulheres do café em 2014

Em janeiro de 2014 os grupos e a equipe técnica foram surpreendidos pela visita da presidente da IWCA-

capítulo Brasil. Durante a sua passagem pela região, a presidente da IWCA fez questão de visitar 04

grupos para conhecer melhor as cafeicultoras e o trabalho desenvolvido no Norte Pioneiro do Paraná.

Em vários momentos de sua visita se emocionou com os depoimentos das cafeicultoras que se sentiram a

vontade para falar de suas dificuldades para produção e comercialização dos cafés, assim como das

dificuldades encontradas dentro e fora de casa com relação ao reconhecimento e valorização do seu

trabalho na cafeicultura e doméstico.

A partir desta visita a então presidente da Aliança Internacional das Mulheres do Café - Brasil, que ocupa

atualmente uma posição na OIC – Organização Internacional do Café, ela apresenta este trabalho do

projeto “Mulheres do Café” do Norte Pioneiro do Paraná em eventos internacionais como exemplo de

organização e que retrata a importância da assistência técnica e extensão rural oficial na busca pela

igualdade de gênero na produção de cafés especiais, dizendo em suas apresentações que aqui ocorre a

“The quiet revolution” ou “A revolução silenciosa”.

Figura 1 e 2 – Slides da apresentação da IWCA em eventos internacionais

Fonte: Apresentação da Srª Josiane Cotrim Macieira, 2014.

Conforme programação, em abril de 2014 (dias 7-10) realizaram-se as reuniões com o tema técnico sobre

comercialização de café, sendo 10 reuniões executadas. Na parte de inclusão social convidamos uma

psicóloga da equipe local do CRAS – Centro de Referencia a Assistência Social para tratar do tema

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relacionamento familiar, segundo sugerido no planejamento.

Em maio realizamos o II Encontro das mulheres do Café, com a presença de mais de 250 mulheres

representando os 11 grupos. Neste evento optamos por apresentar os resultados do projeto até aquele

momento e também motivamos as mulheres com a apresentação de uma palestra com um comunicador

renomado. O destaque deste evento foi a contribuição através de venda de rifa pelas mulheres do café,

para arrecadar recurso para pagar o palestrante. Para a equipe, isto demonstrou o compromisso e a

confiança das cafeicultoras no trabalho executado.

No mês de junho (dias 09-13) o tema das reuniões em todos os grupos foi sobre colheita do café,

juntamente com a avaliação do Encontro de Mulheres do mês anterior. A partir desta data as reuniões

tiveram um intervalo, respeitando o período da colheita do café. Neste período as famílias dedicam-se

exclusivamente a esta atividade de colheita, pois a atividade é exigente de mão-de-obra que esta cada vez

mais escassa na agricultura familiar. As reuniões forma retomadas no início deste mês de outubro, com a

discussão dos temas poda e adubação do café.

Na programação de 2014 conforme observamos no quadro 1 muitos cursos foram programados, com

destaque para o curso de classificação e degustação do café, com o objetivo de realizar o treinamento na

metodologia de classificação de café por características e bebidas. Este curso tem duração de 40h

divididos em duas etapas e já foi realizado em 09 grupos, sendo que outros 02 grupos já agendaram a

execução ainda para 2014.

No curso de classificação e degustação a cafeicultora tem a oportunidade de identificar os defeitos do

café e os fatores que refletem na qualidade do mesmo, consequentemente no valor de mercado. Estes

conhecimentos subsidiam as cafeicultoras para compreender as exigências do mercado com relação à

qualidade do café. Nesta etapa destacamos a parceria com o SENAR na execução do curso exclusivo

para mulheres e também na identificação de degustadoras potenciais para curso intensivo em parceria

com o IAPAR numa programação futura.

Outro curso que foi destaque especialmente nos grupos dos municípios de Tomazina e Pinhalão foi o

curso de inclusão digital que foi uma demanda apresentada posterior a programação e que foi atendida

pelo Emater em parceria com o SENAR. Foram realizados 4 cursos capacitando 30 mulheres em inclusão

digital. O público deste curso foram mulheres cafeicultoras entre 16 e 58 anos. A inclusão digital é uma

ferramenta importante na gestão, além de interação com informações importantes para a propriedade que

poderão ser acessadas via internet.

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Estes dois grupos também realizaram o curso de comunicação e técnicas de apresentação com um

público de 38 mulheres que durante 16h conheceram técnicas de comunicação e expressão que serão

uteis para o dialogo familiar e na comunidade. Estas técnicas favorecem a autoconfiança, diminuem a

timidez e reflete na participação ativa nas demais metodologias utilizadas.

Durante este ano podemos destacar os eventos de público misto, ou seja, os eventos promovidos pela

cadeia produtiva do café ganharam a participação do público feminino. Eventos como dias de campo,

reuniões técnicas, excursões e encontros promovidos pelo Emater que antes eram frequentados por

público exclusivamente masculino, tiveram também a participação das mulheres do café. Muitas

mulheres acompanham os maridos nas atividades, outras começaram a se interessar pelos eventos e

outras que por alguma razão assumem a gestão da propriedade também sentiram-se à vontade para

participar, pois sabiam que não seriam as únicas no evento.

Eventos tradicionais, como o Encontro do Café durante a FESCAFÉ em Ribeirão Claro na sua 19ª edição

neste ano motivou a inserção do projeto mulheres do café na agenda para que os homens conheçam o

trabalho, apoiem as mulheres e motivem a participação destas nas atividades, não só naquelas exclusivas

para mulheres, mas em todos os eventos que envolvam a atividade cafeeira. O resultado foi um público

onde praticamente 50% dos participantes eram mulheres.

Ainda para 2014, realizou-se um encontro com os grupos de mulheres do café durante a Feira

Internacional de Café Especial-FICAFÉ em Jacarezinho no mês de novembro. Durante este encontro foi

anunciado pela Presidente da Aliança Internacional das Mulheres do Café – Capitulo Brasil Débora

Fortini a criação do primeiro Sub-Capitulo da Aliança no Brasil o Norte Pioneiro.

Figura 3. Logo Marca do Sub Capitulo Norte Pioneiro da Aliança Internacional das Mulheres do Café.

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Fonte: Sub Capitilo Aliança Internacional das Mulheres do Café Norte Pioneiro, 2014.

Para as Mulheres do Café foi um grande avanço ser a primeira região produtora de café do Brasil a criar

um sub capitulo reconhecido internacionalmente por toda estrutura organizacional da IWCA que

atualmente abrange 16 (dezesseis) países.

Capacitação da equipe técnica

A equipe técnica envolvida no trabalho possui múltiplas formações, e simultaneamente à capacitação dos

grupos de mulheres, também foi capacitada. Por ser um público novo para os técnicos da cadeia

produtiva do café, a coordenação da área decidiu que antes de cada reunião com os grupos de mulheres o

time do café se reuniria para repassar o conteúdo e definir a metodologia. A equipe técnica é composta

por 04 (quatro) engenheiros agrônomos, 05 (cinco) técnicos agrícolas e 02 (duas) economistas

domésticos.

Antes de cada reunião com os grupos de mulheres a equipe também realiza uma reunião técnica, que tem

a duração de 8 horas e tem como objetivo repassar o conteúdo, preparar o material de apoio, definir os

recursos a serem utilizados e a metodologia a ser aplicada. Destas reuniões resultam na adoção de uma

metodologia prática e dinâmica para o trabalho e um material que é distribuído para as mulheres na

reunião, assim as reuniões passam a ser uniforme em conteúdo e ao mesmo tempo adaptada a realidade

de cada grupo a partir da metodologia aplicada.

Outro aspecto relevante do projeto é a programação do tempo de trabalho da equipe técnica, que desde o

inicio do Projeto, agenda as semanas de reuniões com os grupos, para evitar que as reuniões fiquem em

segundo plano no trabalho desenvolvido pelos extensionistas, e assim com a agenda bloqueada é possível

disciplinar o trabalho, evitando atrasos no repasse de conteúdos nos grupos.

Todas as atividades são registradas com lista de presença, relatório fotográfico e reportagens no caso de

eventos de grande proporção. É responsabilidade do técnico local arquivar estes registros. A

movimentação do grupo, ou seja, a entrada e saída de novos membros são monitoradas com as listas de

presença. Este monitoramento possibilita avaliar as atividades utilizando o índice de evasão e o

aproveitamento por meio da participação. A evasão até o momento tem sido baixa.

No inicio de 2014 a coordenação regional da cadeia produtiva do café com a colaboração da técnica da

área social aplicaram um questionário para diagnosticar as dificuldades e expectativas dos técnicos com

relação ao “Projeto Mulheres do Café”. O resultado deste questionário demonstrou que o trabalho tem

sido satisfatório.

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As dificuldades apontadas pelos técnicos foram amenizadas com a interação da equipe, como exemplo,

no caso de dificuldade de mobilização, técnicos de outro município juntamente com o técnico local

realizaram visitas individuais para explicar o projeto e sensibilizar as cafeicultoras para a participação.

Este método de ajuda entre os técnicos surtiu um efeito positivo, com ampliação da participação e

confiança do técnico no trabalho executado.

Outra dificuldade apontada pelos técnicos foi em relação à organização e dinâmicas grupais. Neste

sentido, iniciou-se um processo de capacitação dos técnicos, durante as reuniões de repasse de conteúdo

quanto a conceito de grupos e de metodologias participativas, elaborado pelas técnicas da área social.

Esta metodologia de trabalho com os técnicos da cadeia produtiva do café integrando-se às profissionais

da área de inclusão social tem reflexos positivos no andamento do projeto, na motivação dos técnicos e

das cafeicultoras participantes, e também na qualificação da assistência técnica e extensão rural

executada pelo Emater.

CONEXÃO DO TEMA COM OS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DO PROJETO “EMATER DO

FUTURO”:

Contempla os seguintes objetivos estratégicos:

- “Contribuir para inclusão produtiva e social com melhoria da vida da família rural”.

- “Ampliar a oferta e a qualidade da ATER”.

- “Prestar orientações técnicas de forma continua, disponibilizando informações, gerando conhecimentos

e estimulando inovações para as famílias rurais”.

ABRANGÊNCIA (agricultores beneficiados, técnicos, famílias beneficiadas, Instituto, funcionários):

O projeto Mulheres do Café atualmente é executado em 11 (onze) municípios da região de Santo Antonio

da Platina, com possibilidade de ampliar a partir de 2015 para mais dois municípios produtores de café

na região. Os 11 municípios, que possuem grupos de mulheres do café são: Curiúva, Figueira, Ibaiti,

Japira, Jaboti, Pinhalão, Tomazina, Siqueira Campos, Salto do Itararé, Joaquim Távora e Carlópolis,

conforme observamos no mapa abaixo. Os municípios potenciais são Santo Antonio da Platina e Ribeirão

Claro. Com exceção de Curiúva e Figueira, todos os demais fazem parte do Território da Cidadania

Integração Norte Pioneiro (IPARDES, 2007).

Mapa 1- Território Integração Norte Pioneiro – Municípios Participantes do Projeto Mulheres Café

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Fonte: Edson Roberto Vaz Ronque – Escritório Local de Pinhalão/Emater

Cada município possui um grupo de mulheres, este grupo está cadastrado no SISATER – Sistema de

Registro de Assistência Técnica e Extensão Rural do Emater, como grupo atendido especial e UPFs

Assistida com plano de trabalho incluído no sistema. Estes grupos variam de 10 (dez) a vinte e seis (26)

componentes, num total de 162 (cento e sessenta e duas) cafeicultoras, que podemos entender como 162

famílias da agricultura familiar produtoras de café beneficiadas.

Quanto a equipe técnica, estão envolvidos 5 (cinco) técnicos agrícolas, 4 (quatro) engenheiros agrônomos

e 2 (duas) economistas domésticos. Da área agrícola tem um engenheiro agrônomo que atende 3 (três)

municípios. E as economistas domésticos atendem a todos os municípios acompanhadas pelos técnicos

locais, sendo responsável pela parte da reunião que trata de inclusão social.

RESULTADOS DO PROJETO

O projeto “Mulheres do Café” é um projeto novo (iniciou-se em 2013), no entanto já é possível

identificar e quantificar resultados, de acordo com os objetivos propostos, conforme descrito a seguir: Quadro 2. Resultados do projeto mulheres do café 2013/2014

Metodologias grupais

Quantidade Nome Beneficiadas

Curso 20 04 02 02

Degustação de Café Inclusão Digital Comunicação e Técnicas de apresentação Qualidade Rural

100 35 38 24

Reunião Técnica 66 Técnicas de café e de Inclusão Social 162 Encontro 02

01 Encontro das mulheres do café 19º encontro do café

300 60

Excursão 02 III Encontro da IWCA Gestão da propriedade cafeeira

13 40

Total 162 Metodologia individual Quantidade Nome Beneficiadas Visitas individuais 648 4 visitas/cafeicultora/ano 162

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Total 162

Fonte: Dados do projeto, Emater, 2014.

Considerando que a proposta do trabalho com as mulheres do café é agregar valor a produção de café, é

importante salientar que este processo levará mais tempo de qualificação e investimento de recursos

financeiros e humanos para obter o resultado esperado.

A promoção da igualdade de gênero já pode ser identificada na presença feminina nos eventos

promovidos pelo Emater, como exemplo, o 19º Encontro do Café de Ribeirão Claro onde mais de 50%

do público era de cafeicultoras, neste evento o público sempre foi predominante masculino.

Para o Emater este projeto elevou a qualidade da assistência técnica e extensão rural com reconhecimento

do trabalho pelas entidades parceiras e despertou interesse dos órgãos que estão pleiteando certificações

de cafés especiais.

Outro resultado importante foi o reconhecimento do trabalho por parte a Aliança Internacional das

Mulheres do Café o que dá visibilidade do trabalho ao mercado exterior, divulgando o trabalho como um

potencial para a produção de café especial com a valorização do trabalho feminino, algo que muitas

certificadoras já estão considerando.

AGRADECIMENTOS:

Ao SENAR pela realização dos cursos nos grupos de mulheres e compreensão da proposta de trabalho;

Especialmente a toda a equipe técnica, ou melhor, ao “Time do Café” incluindo as técnicas sociais da

região de Santo Antonio da Platina, que assumiram a responsabilidade de trabalhar com este público

especial e se mantém motivados para melhorar a renda, a condição de trabalho e vida das “Mulheres do

Café” no Norte Pioneiro.

PARCEIROS PRINCIPAIS:

IWCA – Na divulgação, apoio e reconhecimento do trabalho;

SENAR – Na realização dos cursos;

CRAS – Na realização das reuniões com os temas voltados a família;

REFERÊNCIAS:

BRASIL. Lei nº 12.188 de 11 de janeiro de 2010. Institui a política nacional de assistência técnica e

extensão rural para a agricultura familiar e reforma agrária – PNATER e o Programa Nacional de

Assistência Técnica e Extensão Rural na agricultura familiar e reforma agrária – PRONATER, altera a

Lei nº 8.666 de 21 de junho de 1993 e dá outras providências. Diário Oficial [da] República

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Federativa do Brasil, Brasília, DF, 11 de janeiro de 2010.

INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL – IPARDES.

Diagnóstico socioeconômico do Território Norte Pioneiro: Estado do Paraná. Curitiba: IPARDES.

2007.

SILVA, C. B. C.; SCHNEIDER, S. Gênero e pluriatividade na agricultura familiar do Rio Grande do Sul:

um estudo sobre Veranópolis e Salvador das Missões. In: BRASIL – SECRETARIA DE POLÍTICAS

PARA AS MULHERES. 8º Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero. 2013. Brasília: Presidência

da República, 2013, p. 71-106.

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ANEXOS:

FOTOS

Reuniões Técnicas Produtivas e de Inclusão Social

Encontros

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Cursos

Excursões

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REPORTAGENS: http://www.tanosite.com/?pgn=noticias&id=1963

http://www.stcafe.com.br/stcafe/Pagina.do;jsessionid=1qt3bz16nh36i?idSecao=12&idNoticia=2686

http://ruralcentro.uol.com.br/noticias/instituto-emater-promove-o-i-encontro-de-mulheres-do-cafe-do-norte-pioneiro-68520

http://www.correionoticias.com.br/site/produtoras-rurais-recebem-visita-de-representantes-da-alianca-internacional-das-

mulheres-do-cafe/

http://www.iwcabrasil.com.br/informativo/13556/iiencontrodasmulheresdocafedonortepioneirodoparana

http://452.dihitt.com/n/diversos/2014/06/27/peabirus-mulheres-do-cafe-se-organizam-na-regiao-do-norte-pioneiro-do-parana

http://ribeiraoclaro.pr.gov.br/index.php?sessao=21f1b68d29vf21&id=1302495

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DOCUMENTOS IMPORTANTES

Bureau de Inteligência Competitiva do Café

Texto retirado do: www.icafebr.com Relatório Internacional de Tendências do Café Vol. 2 Nº. 9 15/outubro/2013 No atual cenário de baixo preço do café arábica, muitos produtores vêm buscando na diferenciação uma alternativa para aumentar sua competitividade. Neste contexto, foi lançado o primeiro café com certificação de respeito ao trabalho feminino da Costa Rica. A torrefadora americana Boyd's Coffee inovou lançando no mercado o primeiro café com certificação de respeito ao trabalho feminino na produção cafeeira. O café, produzido na Costa Rica, é cultivado e colhido com garantia que as mulheres envolvidas na atividade são compensadas por suas contribuições. O objetivo é atender aos padrões sociais e de sustentabilidade, garantindo a elas melhores condições de vida para si próprias e para as famílias. Essa certificação garante prêmio ao produto. A ideia surgiu a partir da “International Women's Coffee Alliance Conference” realizada na Guatemala com intuito de criar medidas de apoio às mulheres que trabalham na cafeicultura. EMATER-Pr. Unidade Local de Carlópolis 15/10/2013

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