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EEEMBA ESCOLA TÉCNICA ELETROMECÂNICA DA BAHIA MATERIAIS ELÉTRICOS EIN 101 CURSO DE ELETROTÉCNICA - 2011 - Elaboração: Eng. Eletricista João Luiz Rodrigues Revisão e Coordenação: Prof. Fernando Azevedo

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MATERIAIS ELÉTRICOS EIN 101

CURSO DE ELETROTÉCNICA

- 2011 -

Elaboração:

Eng. Eletricista João Luiz Rodrigues

Revisão e Coordenação:

Prof. Fernando Azevedo

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Sumário 1. CONDUTORES ELÉTRICOS ..................................................................................................... 4

1.1 Baixa Tensão ........................................................................................................................... 4 1.2 Média Tensão .......................................................................................................................... 5 1.3 Isolado, Nu ou Coberto - Material de Alumínio ou Cobre - AT e BT ....................................... 5

1.3.1 TÊMPERA DO ALUMÍNIO: ............................................................................................. 6 1.4 Tipos de Cabos: ...................................................................................................................... 7 1.5 Especificação de fios e cabos ................................................................................................. 8 1.6 Normas Técnicas Aplicadas aos Condutores ......................................................................... 9 1.7 - Redes Aéreas ........................................................................................................................ 9

1.7.1 Construção básica dos cabos de alta tensão................................................................ 11 2. ISOLANTES, DIELÉTRICOS E ISOLADORES ........................................................................ 11

2.1 Tipos de Isolantes: ................................................................................................................ 11 2.2 Tintas, Vernizes e Óleos. ...................................................................................................... 12 2.3 Materiais Básicos Utilizados na Fabricação de Isoladores/Isolantes: .................................. 12 2.4 Escolha e Aplicação dos Isoladores ...................................................................................... 12 2.5 Classe de Tensão de Isoladores ........................................................................................... 13 2.6 Características técnicas principais utilizadas para especificar um Isolador: ........................ 13

3. CONECTORES ELÉTRICOS .................................................................................................... 14 3.1 Materiais Utilizados nos Conectores ..................................................................................... 14 3.2 Projeto e Fabricação ............................................................................................................. 16 3.3 Identificação .......................................................................................................................... 17 3.4 Acondicionamento dos Conectores ....................................................................................... 17 3.5 Especificação de conectores ................................................................................................. 17 3.6 Tipos de Conectores Elétricos .............................................................................................. 17

3.6.1 Conector de Adaptação ................................................................................................. 18 3.6.2 Conector em Ângulo ...................................................................................................... 18 3.6.3 Conector Anticorona ...................................................................................................... 18 3.6.4 Conector Aterramento ................................................................................................... 18 3.6.5 Conector Cabo –Tubo ................................................................................................... 18 3.6.6 Conector de Compressão.............................................................................................. 18 3.6.7 Conector de Cruzamento .............................................................................................. 18 3.6.8 Conector Derivação ....................................................................................................... 18 3.6.9 Conector Derivação para Linha Viva ............................................................................. 19 3.6.10 Conector de Emenda ..................................................................................................... 19 3.6.11 Conector Paralelo .......................................................................................................... 19 3.6.12 Conector de Parafuso Fendido ou Split Bolt ................................................................. 19 3.6.13 Conector Terminal ou Aparafusado .............................................................................. 19

3.7 Conexão ................................................................................................................................ 19 3.8 Emenda ................................................................................................................................. 20 3.9 Junção ................................................................................................................................... 20 3.10 Conector Perfurante (BT) .................................................................................................. 20 3.11 Conector para Baixa, Média e Alta Tensão ...................................................................... 20

3.11.1 Conector para Baixa Tensão ......................................................................................... 20 3.11.2 Conector para Média Tensão ........................................................................................ 20 3.11.3 Conectores para Alta Tensão ........................................................................................ 20

4. DISPOSITIVOS DE COMANDO E PROTEÇÃO EM BAIXA E ALTA TENSÃO ....................... 21 4.1 Dispositivos de Comando ...................................................................................................... 21 4.2 Dispositivos de Proteção ....................................................................................................... 21

4.2.1 Disjuntor em Caixa Moldada para Baixa Tensão .......................................................... 22 4.3 Critérios de Escolha de Fusíveis e Disjuntores ..................................................................... 23 4.4 Disjuntores Isolados em Óleo, Gás ou Vácuo ...................................................................... 23

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4.5 Seccionador Monofásico e Trifásico com ou sem Fusível .................................................... 24 4.5.1 Seccionador com Fusível Incorporado .......................................................................... 24

5. FUSÍVEIS E ELOS - FUSÍVEIS ................................................................................................ 24 5.1 Fusíveis Cartucho e Faca, de Alta Potência, Tipo Diazed/Neozed/Silized. .......................... 25

5.1.1 Fusíveis Cartucho e Faca.............................................................................................. 25 5.1.2 Base de Fixação ............................................................................................................ 25

5.2 Elos Fusíveis tipo Botão para Chaves Fusíveis .................................................................... 26 5.3 Fusíveis de alta Tensão ........................................................................................................ 27

6. PARA-RAIOS e DESCARREGADORES .................................................................................. 28 6.1 Pára-raios tipo Franklin e Válvula ......................................................................................... 28

6.1.1 Tipo Franklin .................................................................................................................. 28 6.1.2 Tipo Válvula ................................................................................................................... 29

6.2 Descarregadores para Buchas e Isoladores ......................................................................... 30 7. ELETRODUTOS E CAIXAS, PINOS E TOMADAS. ................................................................. 33

7.1 Eletrodutos de Aço, Plásticos Rígidos ou Flexíveis. ............................................................. 33 7.1.1 Tubos Flexíveis Corrugados de PVC ............................................................................ 33

7.2 Caixas de Aço, Alumínio ou Plástico para Eletrodutos. ........................................................ 34 7.3 Pinos e Tomadas: Monofásica, Bifásica, Trifásica - para Embutir ou Aparente. .................. 34 7.4 Interruptores Monopolar, Bipolar e Tripolar para Embutir ou Aparente. ............................... 34

8. LÂMPADAS E LUMINÁRIAS .................................................................................................... 35 8.1 Tipos de Lâmpadas e de Luminárias .................................................................................... 35

8.1.1 Tipos de Lâmpadas: ...................................................................................................... 35 8.1.2 Tipos e Aplicações das Lâmpadas e Luminárias .......................................................... 36 8.1.3 Dispositivos de Partida para Lâmpadas - Reatores e Ignitores .................................... 37 8.1.4 Relé Fotoelétrico e Aplicações ...................................................................................... 37

9. Bibliografia Recomendada ........................................................................................................ 42

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1. CONDUTORES ELÉTRICOS Considerações Gerais: Condutor elétrico é um corpo de formato adequado, construído com material condutor – cobre ou

alumínio. É destinado para transportar corrente elétrica, haja vista que possui elétrons livres e que se movem sob a influência de um campo elétrico. Os fios e os cabos são os tipos mais comuns de condutores;

Um fio é um condutor sólido, maciço, geralmente de seção circular, usado diretamente como condutor, com ou sem isolação, ou na fabricação de cabos;

O termo cabo serve, em principio, para designar um conjunto de fios encordoados, entre si, com ou sem isolação. Esse tipo de construção resulta ao condutor uma maior flexibilidade se comparado ao fio;

Um condutor nu é o condutor sólido (fio) ou encordoado (cabo) que não possui qualquer revestimento, isolação ou camada protetora;

A isolação de um condutor é a camada de material isolante aplicada sobre o condutor propriamente dito, para isolá-lo eletricamente de outros condutores e/ou da terra;

A cobertura é uma proteção externa, não metálica, da isolação, usada em cabos para instalação exposta, em bandejas, diretamente ao solo, etc. Sua principal função é a proteção MECÂNICA da isolação e/ou do condutor;

A finalidade principal do condutor é a condução de corrente elétrica, quer para uso na proteção, comando, sinalização, força, distribuição, etc;

Um condutor unipolar é aquele constituído por um condutor isolado (veia) mais cobertura; Um cabo multipolar é formado por vários condutores isolados (várias veias) com uma cobertura

comum. São chamados de cabos unipolares (1 veia), bipolares (2 veias), tripolares (3 veias), etc. Nos cabos multipolares, geralmente constituídos por condutores iguais, a seção nominal é indicada

pelo número de veias multiplicado pela seção nominal de cada veia. Por exemplo: Um cabo tripolar, com 3 veias de 6 mm2, terá sua seção nominal indicada por 3 x 6 mm2. Se o condutor possuir o neutro a formação ficará 3 x 6 mm2 + 1 x 6 mm2;

O enchimento é o material utilizado na maioria dos cabos para preencher os vazios entre as veias; Os fios e cabos são caracterizados por suas seções nominais. Quando falamos em seção, referimo-

nos apenas a parte condutora, não considerando a isolação ou camadas protetoras que possam existir; Os tipos de condutores que atualmente são utilizados com maior freqüência são os condutores de

alumínio e de cobre; Existem duas grandes famílias de cabos: potência/força e controle/comando. Os cabos de

potência/força são os usados para o transporte de energia elétrica em instalações de geração, transmissão, distribuição e utilização. Os cabos de controle/comando são os cabos utilizados nos circuitos de controle/comando de sistemas e equipamentos. Estes geralmente são de pequenas seções e são formados por um número grande de veias dentro de uma capa única;

Os cabos compactados possuem os diâmetros reduzidos o que resulta em economia de material de enchimento e de cobertura;

Um condutor compactado é um condutor encordoado e calandrado, de forma a ficarem praticamente eliminados os vazios entre os fios componentes, reduzindo o diâmetro externo e tornando mais uniforme a superfície externa. Sua desvantagem é a diminuição da flexibilidade;

A capacidade de condução de corrente de um condutor elétrico é a maior corrente que pode circular por ele, durante um tempo ilimitado, sem que a temperatura característica da isolação seja ultrapassada. Depende também de vários fatores além do tipo de isolação, como: temperatura ambiente, maneira de instalar, agrupamento de condutores, etc.

Classe de encordoamento do condutor - é o número de fios que forma um condutor por fase; A Norma ABNT NBRNM 280, antiga NBR 6880, define as classes de encordoamento do condutor

que podem ser 1, 2, ou 5 e 6, dependendo do número de fio existente. Exemplo: Classe 1 - 1 fio; Classe 2 - 7 fios; etc.

Têmpera - corresponde ou designa a dureza do fio de cobre (Ex.: duro, meio duro ou mole) ou do fio de alumínio (Recozido „ O‟ ou encruado „H‟);

1.1 Baixa Tensão São utilizados na classe de tensão menor ou igual a 1,0 kV (NBR 5410 - BT), tais como: Instalações internas e ligações de aparelhos de pequeno consumo;

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Cabos de controle/comando - para uso em circuito de controle, comando e sinalização; Serviços leves; Geralmente com diâmetros do condutor e da isolação menores;

1.2 Média Tensão São utilizados condutores nas classes de tensões de 1,0 até 36,2 KV ou condutores em fios ou

cabos nus. Sendo esses últimos utilizados em barramentos ou redes aéreas na condução de corrente elétrica;

Podem ser utilizados internamente, externamente, aéreos, subterrâneos, etc. (Dependendo do tipo

de instalação – quando isolados - em canaletas, tubulações, aéreas, leitos, etc.); Circuitos de Força/Potência, etc; Serviços Pesados; Possuem blindagens em fitas ou fios, ou fios e fitas juntos, etc. Geralmente de maior diâmetro, seção, isolação, etc.; Possuem também fitas semi-condutoras, etc. Exemplos: Cabos isolados em XLPE (Polietileno Reticulado), EPR (Borracha Etilenopropileno), PE (Polietileno

Termoplástico), PVC (Policloreto de Vinila). Esses cabos podem ser utilizados em canaletas, bandejas, dutos, diretamente ao solo, etc.

Notas: 1 - Observamos que atualmente temos cabos isolados em XLPE e EPR para aplicação subterrânea

em tensão de 69 KV (Classe de Tensão de 72,5 KV), na Coelba. No Brasil a informação é de que existe fabricação/aplicação até 345 KV – Isolados em EPR ou XLPE.

2 – Os materiais XLPE (Polietileno Reticulado) e EPR (Etilenopropileno) são considerados propagadores da chama/fogo;

3 – Os materiais PVC (Policloreto de Vinila) e PE (Polietileno Termoplástico) são considerados NÃO propagadores da chama/fogo;

4 – Na alta tensão e/ou em situações especiais, no passado, utilizava-se o cabo isolado a óleo.

1.3 Isolado, Nu ou Coberto - Material de Alumínio ou Cobre - AT e BT Nu – aplicação aérea - mais freqüentemente em linha de transmissão/distribuição, onde os valores

das classes de isolamentos/tensões são maiores. Esses condutores são apoiados/fixados/sustentados, em estruturas/cruzetas, através de isoladores de vidro, porcelana ou polimérico.

Cabos CAA (ACSR) - Exemplos de Encordoamento

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1.3.1 TÊMPERA DO ALUMÍNIO: Para o alumínio utilizado na fabricação de condutores elétricos, as têmperas se classificam da

seguinte forma: Recozido („O‟), aplicável aos produtos acabados no estado em que apresenta o menor valor de

resistência mecânica; Encruado („H‟), aplicável aos produtos nos quais se aumentou a resistência mecânica por

deformação plástica a frio, podendo passar posteriormente por uma operação de recozimento para produzir um amolecimento parcial. Esta letra é seguida de dois dígitos:

- O primeiro digito indica o processo (ou os processos) que foi submetido o material: H1 – somente encruado – Aplica-se aos produtos que sofrem deformação plástica a frio a fim de se

obter a resistência desejada sem recozimento complementar. O segundo dígito desta designação indica o grau de encruamento;

H2 – deformado plasticamente a frio e parcialmente recozido – Aplica-se aos produtos que sofrem deformação plástica a frio em grau maior do que o desejado e em seguida recozido parcialmente para reduzir a sua resistência ao nível especificado/desejável.

2 – O segundo digito (Ex. H19) indica o grau de encruamento em ordem decrescente, depois que o

produto foi parcialmente recozido, sendo os principais denominados conforme abaixo: Isolado - aplicação em bandejas, canaletas, tubulações subterrâneos, aéreos, diretamente no solo,

etc. Possui capa preta – onde é utilizado o nego de fumo - resistente aos raios solares ultravioletas (UV). Coberto - Uma opção bastante utilizada atualmente é o sistema de distribuição com condutores

aéreos cobertos que minimizam os problemas relacionados com o impacto ambiental e melhora a confiabilidade no fornecimento de energia, em relação à rede aérea convencional.

Nota - Vide exemplos abaixo.

Grau

Termo comumente usado

1 1/8 duro

2 1/4 duro

4 1/2 duro

6 3/4 duro

8 Duro

9 Extra-duro

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1.4 Tipos de Cabos: Cabos Multiplexados – São cabos constituídos por vários condutores isolados ou cabos unipolares

reunidos, sem cobertura comum. São condutores isolados e trançados em volta do neutro. O condutor fase é constituído por fios de alumínio e o condutor de sustentação (neutro) é fabricado em liga de alumínio (CAL). Este pode ser coberto ou nu - isolação em PE (polietileno) - para redes secundárias nas seções de 10 a 25 mm2 e de polietileno reticulado (XLPE) para seções maiores. A isolação é aditivada com NEGO DE FUMO (proteção contra os raios ultra-violetas). São utilizados em redes de distribuição de energia secundária (Ex. 220/127V);

Vide figura abaixo

Multiplexados BT (PE ou XLPE) Multiplexados AT(PE ou XLPE) Os cabos cobertos são constituídos de um condutor composto por fios de alumínio com ou sem

bloqueio longitudinal para evitar a penetração da umidade. Possuem coberturas de polietileno reticulado XLPE, resistente à radiação solar, abrasão e com resistência ao trilhamento elétrico de 2,75 KV, aumentando assim sua vida útil. São fabricados na cor cinza e na série métrica. Possuem cobertura de 3,0mm para 15 KV; 4,0 mm para 25 KV e 7,6 mm para 34,5 KV, com classe térmica de 90ºC. Devido às excelentes características elétricas e mecânicas do polietileno reticulado esses cabos suportam, por longos períodos, contatos com objetos aterrados, porem recomenda-se inspeções periódicas para retirar os galhos grossos em contato com a rede. São identificados sobre a cobertura com: nome do fabricante; área de seção transversal do condutor; material do condutor; classe de tensão; data de fabricação e em alguns casos a expressão "Cabo não isolado". Benefícios: possibilidade de mais de um circuito na mesma posteação; redução na taxa de falha na rede com melhoria no atendimento; grande melhoria no nível de segurança do publico; maior equilíbrio com o meio ambiente - menor número de poda de árvores; Aplicação: indicados para ruas e alamedas arborizadas; ruas com calçadas estreitas e vielas com balcões; sacadas e janelas próximas à rede primária; praças ajardinadas, etc. Devido ao seu baixo custo são os substitutos dos cabos de alumínio nu na rede de distribuição aérea. É utilizado um produto anti-oxidante na mistura com o polietileno para proteção contra os raios ultra violetas - semelhante ao nego de fumo dos cabos isolados. Esse cabo não é isolado, mas protegido;

Vide Figura Abaixo

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Cabos Isolados - São cabos que podem ser utilizados em bandejas, tubulações subterrâneas, aéreos, etc.

Vide figuras abaixo

Cabos Anti-Furto ou Cabos Concêntricos: São cabos de condutores compostos de fios de cobre nu -

têmpera mole - encordoamento classe 2 - isolação e capa em XLPE (Etileno Propileno). O condutor neutro concêntrico - composto de fios de cobre nu - têmpera mole - classe de encordoamento 2. Esse condutor vem distribuído ao longo do condutor fase. A capa externa é composta de PVC. Aplicação - ligações de ramais de serviços secundários (consumidores das concessionárias).

Cabos de Cobre nu - alem da utilização em linhas aéreas para transmissão e distribuição de energia, podem ser utilizados também em malhas de terra (Substação/Distribuição, Descida de Pára-raios, etc.);

Cordão – é um conjunto de condutores isolados, de pequena seção e construções flexíveis,

dispostos paralelamente ou torcidos helicoidalmente. Os cordões e certos cabos multipolares flexíveis são utilizados principalmente na ligação de aparelhos, tais como enceradeiras, aspiradores de pó, geladeiras, pequenos motores e outros aparelhos eletrodomésticos.

1.5 Especificação de fios e cabos Principais características técnicas utilizadas para especificar os Fios e Cabos - Condutores de

Eletricidade – Eles devem ser especificados e/ou projetados em função das características do sistema onde serão utilizados, tais como:

Valor da tensão entre condutores fases (V) – Tensão Nominal; Valor da tensão entre condutor e terra ou blindagem da isolação ou qualquer proteção metálica

sobre esta (Vo)- tensão fase e terra; Classe de Tensão: máxima tensão fase/fase que pode ser utilizado o condutor; Quantidade a ser adquirida; Tensão nominal – valor da tensão do sistema – fase/fase e/ou fase/terra que é utilizado o condutor; Seção do condutor em mm2; Classe de Encordoamento (números de fios por fase); Diâmetro(s)

do(s) Fio(s); Diâmetro do condutor em mm; Tipo do material da Isolação; Tipo do Material da Cobertura/

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capa protetora; Tempera (dureza do condutor); Tipo de Blindagem(fios e/ou fitas de cobre); Material do Condutor(cobre ou alumínio); Material da Isolação; Tamanho do Lance; Tipo de Acondicionamento; Aplicação; Normas e/ou especificações técnicas correspondentes do cliente;

Nota: A definição do condutor serve para o projetista como parâmetro para a definição de outros

componentes do sistema (Conectores, isoladores, estruturas, etc.);

1.6 Normas Técnicas Aplicadas aos Condutores - podemos afirmar que existem normas brasileiras para os principais tipos e aplicações de

condutores elétricos no Brasil; A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o Fórum Nacional de Normalização. Seu

conteúdo é formado por comissões de estudos, sendo essas formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazem partes: produtores, consumidores e neutros (Universidades, laboratórios e outros);

Temos normas que regulamentam as características dimensionais, elétricas e mecânicas - denominada - Padronização;

Normas que regulamentam os ensaios - denominada - Métodos de Ensaios; Regulamentação geral - Especificação; Exemplos: NBR 7286 - Cabos de Potência com Isolação Sólida Extrudada de Borracha Etilenopropileno (EPR)

para tensões de 1 KV até 35 KV - Especificação; NBR 6251 Cabos de Potência com Isolação Sólida Extrudada para Tensões de 1kv até 35 KV -

Requisitos Construtivos; NBR 6252 Condutores de Alumínio para Cabos Isolados. Características Dimensionais, Elétricas e

Mecânicas - Padronização; NBR 7295 Fios e Cabos Elétricos - Ensaios de Capacitância e Fator de Dissipação - Métodos de

Ensaios; NBR 7289 Cabos de Controle com Isolação Sólida Extrudada com Polietileno (PE) ou Cloreto de

Polivinilha (PVC) para tensões até 1 KV - Especificação; Nota: A tensão nominal de um cabo é uma característica técnica relacionada com a espessura da

isolação e é indicada por dois números separados por uma barra (Vo/V). O primeiro (Vo) refere-se à tensão fase-terra e o segundo (V), a tensão fase-fase. Anteriormente a indicação da tensão era feita apenas pela tensão fase-fase.

1.7 - Redes Aéreas - o padrão de rede de distribuição no Brasil é o aéreo - baseado nos padrões dos USA - onde os

condutores nus são apoiados sobre isoladores de vidro, porcelanas ou poliméricos (borracha, silicone ou epox) e fixados em cruzetas de madeira/concreto. Este tipo de rede tornou-se padrão nacional, porem vem sendo substituído gradualmente devido ao baixo nível de confiabilidade quando utilizado em áreas com maior densidade populacional. A utilização do cabo com cobertura de XLPE, já descrito anteriormente, vem sendo utilizado em substituição ao cabo nu de alumínio.

Ratificamos porem que esse cabo NÃO É ISOLADO. Algumas considerações quanto a sua aplicação:

Impacto ambiental - poda de árvores - contato poderá ocasionar o desligamento; Proximidades com marquises, sacadas, painéis e andaimes - pode facilitar o contato acidental de

pessoas com condutores nus - às vezes fatais; Opção atualmente utilizada - condutores aéreos cobertos e/ou isolados que minimizam os

problemas - impacto ambiental - melhoram a confiabilidade com riscos de acidentes;

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Nota: Cabos de uso subterrâneos são mais confiáveis porem encarece as redes. Ilustrações Complementares:

I - Corte da Seção Transversal do Cabo 800 mm2 – 69Kv – Isolação XLPE

Condutor

Blindagem do Condutor

Isolação

Blindagem Não Metálica da Isolação

Fita Semicondutora Bloqueadora

Blindagem Metálica da Isolação

Fita de Alumínio Plastificada

Fita Bloqueadora

Capa Externa

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1.7.1 Construção básica dos cabos de alta tensão Os cabos de alta tensão com isolação polimérica têm basicamente a mesma construção, que

consiste de um condutor de cobre ou alumínio; blindagem do condutor, composta por uma camada polimérica semicondutora justaposta ao condutor; camada isolante; e blindagem da isolação, constituída por uma camada polimérica semicondutora. Sobre a blindagem da isolação deve ser aplicada uma blindagem metálica e uma cobertura externa protetora.

1 2 3 4 5 6 1 - Condutor; 2 - Camada semicondutora do condutor; 3 - Isolação; 4 - Camada semicondutora da isolação; 5 - Blindagem a fios de cobre; 6 - Cobertura externa. Nota: A resistividade elétrica a 20ºC dos fios de cobre não deve exceder 0,017241ohm.mm2/m ou

0,15328 ohm.g/m2, correspondente a condutividade de 100% IACS ( Internacional Anneoled Cooper Standard)

2. ISOLANTES, DIELÉTRICOS E ISOLADORES Isolante é uma substância que não conduz a eletricidade, ou seja, não possuem elétrons livres

para se moverem sob a influência de campo elétrico. Porem para todo isolante, existem uma intensidade de campo e acima da qual ele se torna condutor. Se ultrapassarmos esse valor de isolamento ele pode se tornar um condutor de corrente sempre com maior intensidade à medida que o valor da tensão, sobre ele, seja aumentada e/ou o espaçamento entre o condutor e a terra seja reduzido;

Exemplo: O ar atmosférico é considerado um isolante até um valor de tensão específico para uma

determinada distância, porem ao se elevar o valor da tensão ou diminuir a distância existente (aproximação), o mesmo vai perdendo a condição de isolante até provocar a descarga elétrica (através do rompimento do dielétrico);

2.1 Tipos de Isolantes: Para os condutores elétricos temos: Termofixos - EPR e XLPE(Tensão Isolam. Maior 3,6/6KV) - 90ºC Termoplásticos - PE (Tensão de Isolam. Menores/iguais 3,6/6KV) - 70ºC Termoplásticos - PVC/A (Tensão Isolam. Menor/igual 3,6/6 KV) - 70ºC Para as coberturas, temos: Policloreto de Vinila - ST1(80ºC) e ST2(90ºC) Polietileno termoplástico - ST3(80º) e ST4(90ºC) Policloropreno, polietileno, etc - SE 1/A(90ºC) e SE 1/B(90ºC) Definições: EPR - Borracha etilenopropileno XLPE - Polietileno reticulado quimicamente PE - Polietileno termoplástico

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PVC/A - Policloreto de Vinila

2.2 Tintas, Vernizes e Óleos. Tintas a base de epox, etc; Vernizes - fios utilizados em bobinas de motores; Óleos - utilizados em Transformadores de Distribuição/Força (SE), Disjuntores, Transformadores

para Instrumentos (TP e TC), etc; Fibra de vidro - utilizada na fabricação do cartucho para chaves fusível, etc; Gás SF6 – Utilizado em Disjuntores de Média e Alta Tensão; Chaves Seccionadoras para Banco de

Capacitores, etc.

2.3 Materiais Básicos Utilizados na Fabricação de Isoladores/Isolantes: Isoladores de Vidro - quartzo; Isoladores de Porcelana - louça; Isoladores Poliméricos - tarugo central de fibra de vidro e saias/borracha ou silicone;

Classe de Isolação - sua definição é semelhante à isolação do condutor, ou seja: Classe de BaixaTensão - 0,6; 0,75 e 1,2 KV – tensão nominal correspondente 127/220/380/440V; Classe Média Tensão - 15,0 e 36,2 KV – Tensão nominal correspondente 13,8 e 34,5 kV; Classe AT - Maior ou igual a 72,5 KV, ou seja, 145 e 242 kV, correspondentes as

tensões nominais de 69, 138 e 230 kV, respectivamente;

2.4 Escolha e Aplicação dos Isoladores São também utilizados de acordo com as necessidades do sistema ou características particulares

de cada equipamento; Podem ser utilizados em redes de distribuição, transmissão e subestação; Dependendo do tipo podem ser solicitados em tração, flexão, torções ou compressões e esforços

combinados;

Isolador Pino Porcelana Isolador Pino Polimérico Isolador Vidro

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Tipos de isoladores para BT: Roldana, Castanha, Ilhais e Braquetes, Pino para Telecomunicações, Castanha para Comunicações, Suporte Maciço, Multicorpo, Pilar/Line Post, Buchas (TC, TP, Transformadores, etc), Pino para Distribuição, Suspensão, etc.

Pela classe de tensão do equipamento ou esforço mecânico da linha a ser isolada; Característica da estrutura utilizada; Dificuldade de montagem; Criticidade quanto ao vandalismo; Etc.

2.5 Classe de Tensão de Isoladores Temos isoladores utilizados em sistemas/cadeias com classes de isolação até 800 KV no Brasil; Isoladores para tensão nominal/classe do sistema: 600V; 1,0 KV; 1,2KV; 3,8KV; 4,8KV; 7,2KV;

13,8KV; 15KV; 22KV; 25KV; 36,2KV; 46KV; 69KV; 72,5KV; 138KV; 145KV; 230KV; 242 KV... Classes de Tensões mais usuais: 600V; 1,0KV; 1,2KV; 15KV; 36,2KV; 72,5KV; 145KV; 242 KV... Nota: Para cada valor de tensão nominal do sistema existe um valor de classe de tensão

correspondente.

2.6 Características técnicas principais utilizadas para especificar um Isolador: Tensão Nominal - KV; Classe de Tensão - KV Distância de Escoamento - mm; Distância de arco a seco - mm; Ruptura a Flexão - KN; Perfuração sob óleo - KV; Tensão Critica de Impulso (1.2 x 50 micro seg.) - KV; Tensão de rádio interferência (1000 kHz) - micro Volt; Tipo do Material; Tipo do Isolador/Aplicação; Dimensões Norma Aplicável Principais fabricantes no Brasil: Fios e Cabos Nus e Isolados – Phelps Dodge, Ficap, CBA, Prisman(Antiga Pirelli), Siemens,

Furukawa, IPCE, Alubar, etc Isoladores para Linhas e Redes - Electrovidro, Cerâmica Santana, Cerâmica Santa Terezinha,

Ceramica São José, Germer, etc. Outros: Espaçadores Poliméricos: tem classe de tensão de 8,7/15 kV - altíssima resistência a impactos, ao

trilhamento elétrico e as intempéries. Sua estrutura é feita de polietileno de alta densidade - cor cinza - pesa 450 g. Acompanha o anel de amarração para o cabo.

Isolador Polimérico(Pino) - classe de tensão 8,7/15 kV de altíssima resistência a impactos, ao trilhamento e a intempéries. Sua estrutura é feita de polietileno de alta densidade - cor cinza - pesa 535 g e a rosca do pino é de 25 ou 35 mm. Acompanha também o anel de amarração - material elastomérico - para o isolador e para amarração de topo ou lateral.

Notas: 1) - Dielétricos - diz-se de uma substância isoladora da eletricidade Ar atmosférico (Atenção às condições Atmosféricas.); Borracha; Fibra de vidro;

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Epox; Papel (Termo-estabilizado) Etc. Anexos:

3. CONECTORES ELÉTRICOS Dispositivo eletromecânico que faz ligação elétrica/mecânica de condutores, entre si e/ou a uma

parte condutora de um equipamento, transmitindo ou não força mecânica e conduzindo corrente elétrica.

3.1 Materiais Utilizados nos Conectores Os conectores devem ser fabricados com materiais de primeira qualidade de procedência idônea,

de tal maneira que suportem as condições elétricas, mecânicas e químicas - resistência à corrosão - a que são submetidos em uso;

Isolador Roldana com Armação Secundária

Isolador Suspensão Polimérico 36kV

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São utilizados o cobre (suas ligas) e o alumínio como matéria prima na fabricação dos conectores

elétricos. É vedada a utilização de aço carbono, ainda que zincado por imersão a quente, por eletrolise, por

metalização, etc., na confecção de elemento de fixação (acessórios) dos conectores, tais como: parafusos, porcas, grampos U, arruelas, chapas de travamento, pinos e contra pinos, cupilhas, etc.

Os conectores a serem utilizados em ligações bimetálicas de condutores (cobre/alumínio) devem

ser de liga de cobre e inteiramente estanhados, conforme norma ASTM-B-545. A espessura mínima da camada de estanho deve ser de 8 micros para qualquer amostra e de 12 micros para a média das amostras. Nestes conectores devem ser utilizados cobre eletrolíticos e suas ligas, obedecendo-se às várias condições de composições de materiais que permitem a condução elétrica termicamente compatível com as conexões realizadas e resistência mecânica suficiente para o posicionamento dos condutores envolvidos na conexão.

Os componentes fundidos dos conectores de bronze, com função primordialmente elétrica, devem

ser fabricados em liga com alto teor de cobre. A condutividade elétrica mínima a 20ºC, para este material é de 30% IACS. Para os componentes que tem função estritamente mecânica (acessórios) são utilizados as outras ligas de cobre com condutividade elétrica inferior e resistência compatível com as solicitações, porém, com teor de zinco nunca superior a 7% para evitar a corrosão sob tensão.

Os componentes fundidos dos conectores de alumínio são fabricados em liga de alumínio silício com baixa porcentagem para evitar à redução severa de resistência a corrosão. A condutividade elétrica mínima para este material é de 32% IACS a 20ºC (International Anneoled Cooper Standard)

As partes flexíveis dos conectores de expansão e de bronze são compostas por chapas finas de

cobre eletrolítico, os de alumínio por chapas finas de alumínio e, em ambos os casos, podem ser utilizadas cordoalhas chatas de cobre eletrolítico estanhados, materiais estes de grande maleabilidade e capacidade de absorção de esforços.

Os elementos de fixação dos conectores de bronze são fabricados a partir de liga de cobre-silício

laminado (parafusos e porcas) e bronze fosforoso (arruelas); no caso dos conectores de alumínio também devem ser utilizados material de alumínio liga ou eventualmente são utilizados aço inoxidável para os componentes em geral, porem devido às baixas características mecânica do alumínio vários fabricantes utilizam ligas ABNT 1020 galvanizados a fogo (parafusos e porcas) e aço ABNT 1070 galvanizados a fogo (arruelas de pressão), o que pode comprometer a qualidade da conexão elétrica;

Notas: 1) - Os materiais utilizados nos conectores devem ser caracterizados pela alta resistência à

corrosão, baixa resistência elétrica e resistência mecânica tais, que aliados ao projeto da peça, constituem uma ligação segura e perfeita;

2) - Não se estanham materiais em ligas de alumínio; 3) - Recomenda-se o uso de banho de prata nas áreas de contato dos materiais em liga de cobre,

onde a corrente circulante seja maior ou igual a 1000 Amperes; 4) - Os materiais de liga de cobre, quando utilizados em ligações bimetálicas, devem ser

estanhados . Essa condição evita a formação da pilha galvânica, ou seja, maior resistência entre os contatos (composição química diferente);

5) – Ao utilizar acessórios (parafusos, porcas e arruelas) de aço inoxidável nos conectores de alumínio ou cobre, a força de aperto/torque deve ter como base o material de cobre ou de alumínio do conector. Os parafusos de aço inoxidável Engripam ao ser retirados do sistema e como resultado dificultam os trabalhos dos técnicos.

Observações:

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1 - O fabricante pode utilizar outros materiais que não os indicados acima (cobre ou alumínio), desde que estes atendam as características físicas exigidas por norma e os conectores finais, fabricados com estes materiais, resistam aos ensaios de tipo:

- ciclos térmicos com curtos-circuitos; - névoa salina; - tensão de radiointerferência e corona; - determinação dos teores de cobre (para os dessa liga) e dos elementos principais de liga. Acrescidos dos ensaios de recebimento abaixo: A) - verificação geral; B) - tração do conector; C) - torque dos parafusos; D) - tração com cunha nos parafusos; E) - condutividade da liga metálica; F) - aquecimento; G) - resistência elétrica; H) - efeito mecânico sobre o condutor-tronco; I) - espessura da camada de estanho, quando for o caso; J) - dureza em conectores de compressão; 2 - Todos os instrumentos e aparelhos de medições, máquinas de ensaios, etc, devem ter

certificados de aferições de fé públicas e válidos para o período de, no máximo, dois anos e, por ocasião de inspeção ainda dentro do período de validade;

3 - O custo para a realização dos ensaios de recebimento efetuados pelo fabricante deve ocorrer

por sua conta. A responsabilidade pelos custos dos ensaios de tipo, quando for o caso, deve ser objeto de acordo entre comprador e fabricante;

4 - De comum acordo com o comprador o fabricante pode substituir a execução de qualquer ensaio

de tipo pelo fornecimento de certificado de ensaio executado em protótipo, ou seja, em conector idêntico; 5 - Os conectores de compressão devem ser instalados utilizando-se o alicate e a matriz

apropriados;

3.2 Projeto e Fabricação Os conectores devem apresentar bom aspecto no que diz respeito ao acabamento geral. Devem ter

superfícies lisas, não apresentando trincas, riscos, lascas, furos, porosidades, rachas ou falhas, quaisquer que sejam suas naturezas e origens. Devem ser isentos de inclusões, bem como de arestas vivas, partes pontiagudas e rebarbas provenientes de usinagem imperfeita, que possam danificar os condutores nas canaletas ou embocaduras destes acessórios. Estas precauções são extensivas, também, aos parafusos, grampos U, porcas e arruelas, que sendo necessários devem ter suas extremidades embutidas em baixo-relevo, a fim de atender às exigências relativas aos níveis de radiointerferência e corona visual;

Nos conectores de parafusos que devem apresentar características de reaproveitamento, todas as providências no que diz respeito ao projeto, matéria-prima, acabamento final, etc., devem ser tomadas no sentido de que nenhum dano ou avaria ocorra no conector ao ser retirado de uma instalação, onde já funcione, para posterior aplicação em outra montagem;

Os conectores à compressão, quando instalados, devem apresentar à máxima hermeticidade possível à infiltração d'água;

Os conectores devem ser isentos de reentrâncias e saliências que facilitem, quando instalados e com o correr do tempo, a acumulação e aderência de pó, sujeira e umidade;

No projeto de parte dos conectores que tenha finalidade elétrica devem ser evitadas, ao máximo, as seções reduzidas que caracteriza um estrangulamento a passagem da corrente elétrica;

Os parafusos e porcas devem ter rosca métricas em conformidade com as Normas NBR 8855, NBR 9527, NBR 10107, NBR 8852, NBR 11208 e NBR 7261;

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3.3 Identificação Os conectores devem ser marcados de modo legível e indelével com as seguintes indicações

mínimas: nome ou marca comercial do fabricante e código de catálogo; seção em mm2 e, não necessariamente, bitola mm2/MCM do maior e do menor condutor a que se

aplica; Notas: 1) - Os conectores a compressão devem trazer também a indicação do índice da matriz

aplicável e do número de compressões, com indicações das partes a serem comprimidas; 2) - Os conectores de parafusos devem indicar o torque do aperto em daNm para montagem a ser

aplicado nos parafusos, através de marcação no seu corpo ou, preferencialmente, na cabeça dos parafusos;

3) A conexão mal feita resulta em pontos quentes no sistema e perda de potência por efeito Jaule. O aparelho utilizado para detectar os pontos quentes no sistema é denominado de Termovisor;

3.4 Acondicionamento dos Conectores Devem ser acondicionados de maneira a ficarem protegidos durante o manuseio, o transporte e a

armazenagem; Devem ser embalados individualmente quando grandes, ou agrupados e embalados em

quantidades definidas quando menores, preferencialmente em sacos ou cápsulas de material termoplástico transparente, incolor com espessura mínima de 0,10 mm, lacrados de modo a evitar a penetração da umidade. Os volumes também devem ser identificados individualmente;

3.5 Especificação de conectores Características técnicas básicas utilizadas para especificar os Conectores O técnico deve indicar necessariamente em sua consulta, para aquisição de conectores, os

seguintes dados: A) - Tipo do conector; B) - Seção em mm2 e, não necessariamente, bitola mm2/MCM do maior e do menor condutor a que

se aplica (faixa de utilização); C) - Número da norma aplicada; D) - Quantidade de conectores; E) - Tipo do material (cobre ou alumínio); F) - Se for de cobre - estanhado ou não; G) – Acondicionamento

3.6 Tipos de Conectores Elétricos Primeiramente consideramos algumas definições básicas: - Condutor de derivação - condutor elétrico ligado a um condutor tronco. Utilizado com alicate

bomba d'água. Vide instrução de montagem, em anexo. Vide figura abaixo

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- Condutor Tronco - condutor elétrico contínuo do qual outros condutores podem ser derivados;

3.6.1 Conector de Adaptação - conector que liga as extremidades de dois condutores de formas diferentes;

3.6.2 Conector em Ângulo - conectores que liga condutores de eixos não paralelos ( são designados por letras : L, T, V, X, Y,

etc.;

3.6.3 Conector Anticorona - conector projetado para apresentar efeito corona reduzido;

3.6.4 Conector Aterramento - conector que liga um ou mais condutores a um eletrocuto/haste de aterramento; - conectores utilizados num conjunto de aterramento de linhas ou equipamentos desenergizados,

que podem ser acidentalmente energizados ;

3.6.5 Conector Cabo –Tubo - conector de adaptação que liga a extremidade de um cabo à extremidade de um tubo;

3.6.6 Conector de Compressão - conector que se fixa ao condutor por deformação plástica de ambos, resultante de compressão

por ferramenta especial;

Vide figura abaixo

3.6.7 Conector de Cruzamento - conector que liga dois condutores não paralelos, em pontos afastados das extremidades de

ambos;

3.6.8 Conector Derivação

Conector Impacto Pressão Conector Impacto Pressão (outra vista)

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- conector que liga um condutor derivação e um condutor tronco;

3.6.9 Conector Derivação para Linha Viva - conector derivação que é instalado em linha viva por meio de ferramenta adequada;

3.6.10 Conector de Emenda - conector que liga as extremidades de dois condutores de mesma forma e mesma seção

transversal;

3.6.11 Conector Paralelo - conector que liga condutores de eixos paralelos;

3.6.12 Conector de Parafuso Fendido ou Split Bolt - conector de parafuso em que os condutores são alojados em um rasgo no corpo do parafuso e

de faces paralelas ao eixo do mesmo;

3.6.13 Conector Terminal ou Aparafusado - conector instalado na extremidade de um condutor, a fim de permitir que seja ligado a um terminal

de equipamento elétrico (Transformador de Força, Disjuntor, Religador, Chave Seccionadora, TC, TP, etc.);

Vide figura abaixo

3.7 Conexão - ligação elétrica feita por meio de conector;

Conector Parafuso Fendido

Conector Terminal Aparafusado

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3.8 Emenda - ligação de uma das extremidades de dois ou mais condutores. Vide exemplo em anexo;

3.9 Junção - ligação da extremidade de um condutor a uma parte, que não a extremidade, de um outro

condutor;

3.10 Conector Perfurante (BT) - utilizado nas ligações de ramais secundários das concessionárias.

Vide figura abaixo

3.11 Conector para Baixa, Média e Alta Tensão

3.11.1 Conector para Baixa Tensão São conectores utilizados em sistemas onde a classe de tensão de isolação é baixa (menor que 1000

Volts). Exemplos: Circuitos de comando, proteção e sinalização. Geralmente no interior de quadros,

painéis, cubículos, etc., onde eles são isolados e utilizados aparafusados em réguas de bornes. Os valores de tensão e corrente são baixos;

3.11.2 Conector para Média Tensão São conectores utilizados em sistemas onde temos as classes de tensão de 1,0 até 38kV. Exemplos: Aplicados em circuitos de força, transmissão, distribuição (aéreos ou subterrâneos),

cubículos, entradas/saídas de edificações (muflas), etc. Geralmente os conectores não são isolados para esses circuitos, mas também podem ser nu ou isolado.

3.11.3 Conectores para Alta Tensão Nos circuitos de alta e extra alta tensão os conectores geralmente não são isolados. Possuem

grande robustez e grandes áreas de conexões, haja vista os esforços mecânicos da linha. Observamos que neste caso as correntes são baixas em relação a classe de tensão de isolamento do sistema.

Anexos:

Conector Perfurante Conector Perfurante

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1 - Alguns tipos de conectores; 2 - Instrução - Procedimento para Instalação do conector Impacto com uso de alicate bomba d'água; 3 – Temos também as muflas que são utilizadas nas entradas de edificações, subterrâneos, etc.

Esse material é composto de um KIT para instalação nas pontas dos cabos isolados que envolvem: o conector, fitas semicondutoras, fitas isolantes, etc. Existem também as muflas compostas por isolador de porcelana ou polimérica. Todo esse material é utilizado para recompor a isolação do cabo.

4. DISPOSITIVOS DE COMANDO E PROTEÇÃO EM BAIXA E ALTA TENSÃO

São componentes elétricos e/ou eletro-mecânicos utilizados nos sistemas elétricos com a função de

comandar e proteger os circuitos. Exemplos: Contacto de força, contator auxiliar, botoeiras (liga/desliga), lâmpadas(sinalizar/Indicar), relé, fusível, Chave fim de curso, disjuntor, pára-raios, chave fusível, chave seccionadora, chave seccionadora para aterramento etc;

Função dos Dispositivos de Comando e Proteção - esses dispositivos tem a função de comandar e

proteger os circuitos elétricos quanto às necessidades respectivas de acionamento (liga/desliga) ou proteção (anormalidades) do sistema;

4.1 Dispositivos de Comando Relacionamos as botoeiras (liga/desliga/emergência), chaves fim de curso, contatores (auxiliar e

força), disjuntores (caixa moldada), chave seccionadora, chave fim de curso, etc. como alguns dos dispositivos de comandos utilizados nos circuitos elétricos;

4.2 Dispositivos de Proteção Relacionamos os relés (sobre e sub tensão, sobre e subcorrente, falta de fase, direcionais, térmicos,

distância etc.), sensores de temperaturas, fusíveis, disjuntores termomagnéticos, chave de terra, chave fim de curso, pára-raios, etc., como alguns dos principais dispositivos utilizados nos circuitos de proteção. Vide figuras abaixo:

B

oto

eir

a

Lig

a B

otB

oto

eir

a

Lig

a

Contatores de Força

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4.2.1 Disjuntor em Caixa Moldada para Baixa Tensão Temos os disjuntores monofásicos, bifásicos e trifásicos disponíveis no mercado e são utilizados

nos circuitos elétricos monofásicos, bifásicos e trifásicos; São adequados para montagem em quadros de iluminação e tomadas para uso residencial e

industrial, podendo também ser utilizados para manobrar outras cargas (corrente nominal de 0,5 até 50 Amperes - tensão nominal 440 Vca);

Exemplo: Os disjuntores tripolares são utilizados para: circuitos tripolares de alimentação e distribuição (disparadores térmicos fixos/disparadores

eletromagnéticos fixos e ajustáveis) - corrente de 20 até 800 Amperes - isolamento classe 600 Volts; proteções de motores tripolares com disparadores térmicos ajustáveis/disparadores

eletromagnéticos ajustáveis - corrente nominal de 20 até 800 Amperes - isolamento classe 600 Volts; etc.

Relé Térmico Relé Térmico

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4.3 Critérios de Escolha de Fusíveis e Disjuntores As escolhas desses componentes estão relacionadas com as características técnicas dos sistemas

a serem protegidos e com as posições que eles são utilizados nos circuitos. No caso específico dos fusíveis temos os tipos: diazed, silized e neozed - suas características de acionamentos são retardados ( diazed e neozed)

e ultra-rápidos (silized); NH - instalações industriais (circuitos elétricos em geral), motores, quadro principal para edificações,

etc. - sua característica de acionamento é retardada; No caso especifico dos disjuntores - vide item 4.2 acima; Notas: 1) - Observamos que os fusíveis e os disjuntores são especificados em função da corrente e

posição no circuito (considerando a coordenação do sistema). Sendo que para os disjuntores devem ser consideradas também as classes de tensões de isolação.

2) - Lembramos também que para a definição do fusível devemos considerar sua curva de atuação (Tempo X Corrente);

3) - O fusível tem como função principal proteger o circuito elétrico contra curto-circuito, quando a corrente tende a atingir um valor muito alto num espaço de tempo pequeno. Nesse caso ele atua interrompendo o circuito;

4) - O disjuntor/caixa moldada ou termomagnético (Baixa Tensão) tem como função principal a abertura/fechamento do circuito pela ação direta do homem ou quando a corrente sobre ele atinge valores acima da carga prevista, por um certo período de tempo, ocasionando assim a interrupção do circuito automaticamente. Observamos que os disjuntores são compostos por duas lâminas de coeficientes de dilatações diferentes que fecham o circuito. Ao ser percorrido por uma sobrecorrente, por longo tempo, as lâminas separam-se ocasionando a abertura do circuito. Somente após seu resfriamento é que possibilita, novamente, o fechamento do circuito, porem pela ação direta do homem.

4.4 Disjuntores Isolados em Óleo, Gás ou Vácuo Tem a função de interromper os circuitos com altos valores de tensão/corrente, haja vista ser dotado

de câmara de extinção de arco. Pode atuar durante o curto-circuito ou durante a necessidade de manobra do sistema (abertura e fechamento do circuito). Esse equipamento é comandado por um relé (varias funções) que recebe a informação de anormalidade no sistema e emite um sinal/ordem para o disjuntor abrir o circuito;

- Óleo, Gás e Vácuo são os três tipos de materiais isolantes mais utilizados nos disjuntores

disponíveis atualmente no mercado; - O disjuntor isolado a óleo é menos utilizado e está sendo abolido do sistema pelas empresas sob a

alegação de que os problemas se tornam mais sérios se ocorrer uma explosão, devido ao óleo quente que poderá atingir e queimar as pessoas que estiverem nas proximidades;

- O disjuntor a vácuo, apesar de sua evolução, tem disponível no mercado somente até a classe de tensão de 36,2 kV;

- Disjuntores isolados a gás SF6 - Atualmente os mais utilizados nos sistemas elétricos, principalmente de classes de tensões acima de 36,2 kV;

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4.5 Seccionador Monofásico e Trifásico com ou sem Fusível Esses equipamentos são utilizados para seccionar/abrir o circuito elétrico e interromper o sistema

de passagem da corrente elétrica naquele ponto. Permitem a verificação direta (visual) do estado do sistema (ligado ou desligado);

Os seccionadores monofásicos - interrompe a energia de uma única fase, os bifásicos interrompem

de duas fases e os trifásicos interrompem o funcionamento das três fases ao mesmo tempo. Nos sistemas de baixa tensão e pequena corrente a interrupção é feita diretamente, sobre o

equipamento, pela ação direta do homem, porém em sistemas de alta tensão e/ou alta corrente é necessário abrir o disjuntor primeiramente e ainda assim, caso tenha que abrir a seccionadora, são necessários alguns cuidados fundamentais, tais como:

Uso de EPI's; Chave - seja apropriada para abertura em carga; Operador seja treinado para a função; Obediência ao procedimento de abertura/fechamento; Nota: Não deve interromper um circuito elétrico de alta tensão e/ou de alta corrente, pela ação direta do

homem, com a abertura da chave seccionadora. Ela deve ser acionada após o circuito ter sido interrompido pelo disjuntor.

4.5.1 Seccionador com Fusível Incorporado As considerações anteriores independem do elemento fusível ser incorporado ao corpo da chave

seccionadora. Temos chaves seccionadoras com bases para fusíveis incorporadas e outras com os elementos fusíveis fazendo as funções das lâminas principais delas;

Exemplos: Chaves fusíveis - geralmente monofásicas - utilizadas nas derivações das redes de média tensão

(15 a 36,2 KV) - proteção dos transformadores de distribuição quanto a curto-circuito na rede de média tensão. Possibilita também a abertura visual do circuito naquele ponto;

Chaves seccionadoras para aberturas em sobrecargas - são aplicadas em CCM´s - possuem portas-fusíveis tipo NH - incorporados. Outro tipo de aplicação é na entrada de circuito de alimentação, dentro da sala de distribuição de edifício ou na montagem de quadros de força. É fornecida em caixa moldada de material termofixo.

Normas Recomendadas: NBR 5474 - Eletrotécnica e Eletrônica - Conectores Elétricos - Terminologia NBR 5370 - Conectores de Cobre para Condutores Elétricos em Sistemas de Potência NBR 5410 - Instalações Elétricas de Baixa Tensão

5. FUSÍVEIS E ELOS - FUSÍVEIS É um dispositivo de seccionamento e proteção que, pela fusão de um ou mais de seus

componentes, especialmente projetado e dimensionado, abre o circuito no qual está inserido e interrompe a corrente elétrica quando esta superar um dado valor por um dado intervalo de tempo. O fusível compreende no que segue: a base, o corpo, os terminais, o elo fusível, o porta-fusível e o material que extingue o arco.

Elo Fusível - é a parte do fusível que inclui o elemento fusível e que requer substituição depois da

operação e antes que o fusível seja posto novamente em serviço.

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5.1 Fusíveis Cartucho e Faca, de Alta Potência, Tipo Diazed/Neozed/Silized.

5.1.1 Fusíveis Cartucho e Faca Tipo Cartucho - são limitadores de corrente usados especialmente para proteger circuitos elétricos

em geral, tais como: os condutores, os aparelhos elétricos, os consumidores/instalações residenciais, motores, etc. - Exemplos: Diazed, Silized e Neozed.

Os tipos Diazed e Neozed têm ação retardada, sendo que esse é utilizado em painéis e aquele é

utilizado na proteção dos circuitos de comando. O Silized é ultra-rápido – é ideal para a proteção de aparelhos equipados com semi-condutores (thiristores, diodos, etc.).

Tipos Faca - são dispositivos limitadores de correntes - utilizados preferencialmente em instalações

industriais, protegendo circuitos elétricos em geral, tais como: os condutores, os aparelhos, os consumidores/prediais, os motores, etc. - Exemplo são os fusíveis NH.

Esses fusíveis possuem características retardadas em função das partidas de motores trifásicos

com rotor em curto-circuito que estão sujeitos a sobrecarga de curta duração - Exemplo: motores trifásicos com rotor em gaiola.

5.1.2 Base de Fixação Tipos Diazed, Silized e Neozed - suas fixações compõem-se dos seguintes elementos: base,

parafuso de ajuste, anel de proteção e tampa. Podem ser fixados diretamente no trilho ou no espelho do painel, sempre com o auxílio de dois parafusos;

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Tipo NH - é utilizado juntamente com uma base de fixação, sendo individuais ou em conjunto com chaves seccionadoras, sendo essas, para abertura em sobre carga ou simples;

Depois de retirado o fusível, a base constitui uma separação visível das fases, tornando dispensável, em alguns casos, a utilização de um seccionador adicional;

Notas; 1) - Para as bases com fusível tipo NH é recomendável à utilização de um punho apropriado para

instalar ou sacar o fusível. Observamos que o equipamento deve ser desligado antes de instalar e/ou retirar o fusível;

2) - Os tipos de fusíveis Diazed, Silized e Neozed são utilizados para cargas/correntes menores e os

tipos NH são para cargas/correntes maiores; 3) - Material de enchimento - os corpos dos fusíveis de alta capacidade de interrupção são sempre

cheios com quartzo granulado de alta pureza química.

5.2 Elos Fusíveis tipo Botão para Chaves Fusíveis Esses elos são utilizados em chaves fusíveis instaladas em cruzetas/postes de redes de distribuição

- tensões nominais de 1 KV a 36,2 KV: Os tipos de elos fusíveis são: H - elos fusíveis de alto surto, com alta temporização para correntes elevadas - correntes nominais

padronizadas: 1A, 2A, 3A e 5A; K - elos fusíveis rápidos - Grupo A : corrente nominais padronizadas : 6A, 10A, 15A, 25A, 40A,

65A, 100A, 140A e 200A. - Grupo B: 8A, 12A, 20A, 30A, 50A e 80A; T - elos fusíveis lentos - Grupos A e B: correntes nominais idênticas as dos tipos K, porem com

valores de rapidez maiores do que esses. Nota: Os termos rápidos e lentos são utilizados apenas para indicar a rapidez relativa entre elos

fusíveis tipo 'K' e 'T'.

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5.3 Fusíveis de alta Tensão São elementos fusíveis tipo cartucho - geralmente são dimensionados para pequenas correntes e

utilizados, em vários casos, para suprir a ausência do disjuntor no circuito; Informações Importantes: A - Corrente nominal do elo fusível - valor nominal da corrente eficaz para o qual o elo fusível é

projetado e pelo qual é designado, e que, quando montado na chave fusível de menor corrente nominal, no qual é utilizável, é capaz de conduzir esta corrente indefinidamente, sem que as elevações de temperatura excedam os valores especificados;

B - intercambiabilidade elétrica de elos fusíveis - possibilidades dos elos fusíveis de vários fabricantes serem usados indiscriminadamente, com as mesmas características de proteção contra sobrecorrentes, obtendo-se a mesma coordenação da proteção;

C - intercambiabilidade mecânica de elos fusíveis - possibilidade do elo fusível de um fabricante ser montado corretamente em chaves fusíveis de vários fabricantes;

D – Coordenação da Proteção - entre elos fusíveis ligados em série - condição que se obtém quando ocorre um curto-circuito ou sobrecarga excessiva - opera o elo fusível mais próximo da fonte de sobrecorrente (elos fusíveis protetor).

Nota: A coordenação da proteção é considerada satisfatória quando o tempo de interrupção do elo fusível protetor não excede 75% do menor tempo de fusão do elo fusível protegido.

E - suporte - parte da chave fusível que tem a finalidade de fixá-la à cruzeta; F - Base - parte fixa da chave fusível, provida de suporte de fixação do isolador e terminais para

conexão ao circuito externo e destinada a fixar o porta fusível com o elo fusível; G - Isolador - parte que isola as partes ativas da chave fusível da base; I - Gancho - parte destinada ao engate da âncora do loadbuster para abertura da chave; J - Olhal - parte destinada ao engate do cabeçote da vara de manobra para permitir a retirada ou

colocação do porta-fusível; L - Porta-fusível - parte móvel e removível de uma chave-fusível destinado a receber o elo fusível; M - Elo-fusível - parte ativa da chave fusível, a ser substituída depois da interrupção provocada por

uma sobrecarga ou sobrecorrente;

Elo Fusível

Elemento Fusível

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N - Argola - parte destinada ao engate do cabeçote da vara de manobra ou da presilha do

dispositivo para abertura em carga (Loadbuster ); Nota: Identificação do Fusível As seguintes informações devem ser marcadas em todos os fusíveis, com exceção dos muito

pequenos: A) - nome ou marca registrada, pela qual pode ser facilmente identificado; B) - referência de catálogo ou designação de tipo; C) - tensão nominal; D) - corrente nominal; E) - faixa de interrupção e categoria de utilização (código de letra), quando aplicável; F) - tipo de corrente e, se aplicável, freqüência nominal. Observações Complementares: 1 - Pode ser indicado também a capacidade de ruptura de corrente em KA - função da corrente

nominal e do valor e tipo da tensão que ele será submetido; 2 - Para o tipo de fusível NH inclui-se também o tamanho físico e conseqüentemente as mesmas

características citadas para os tipos Diazed/Neozed/Silized; 3 – Os fusíveis são utilizados em série, ou seja, entre a fase e a carga. Exemplo de Normas ABNT aplicável para Elo-Fusível: NBR - 5369 - Elos Fusíveis de Distribuição - Especificação NBR - 8124 - Chaves Fusíveis de Distribuição - Padronização

6. PARA-RAIOS e DESCARREGADORES Tem a função de proteger os circuitos dos surtos de sobre tensões ocasionadas, principalmente, por

descargas atmosféricas e surtos de manobras no sistema.

6.1 Pára-raios tipo Franklin e Válvula

6.1.1 Tipo Franklin

Chave Fusível Base C

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É utilizado para proteger as edificações e áreas especificas das cidades (monumentos, igrejas, prédios, etc.) das descargas atmosféricas (raios) que resultam em correntes elétricas de valores elevados correspondentes às tensões (diferenças de potenciais) das nuvens. Os pára-raios protegem essas áreas facilitando o escoamento da corrente para a terra ou vice versa, através de um condutor (de cobre) ligado entre a haste do pára-raios e a terra. São instalados nos pontos mais altos das edificações;

6.1.2 Tipo Válvula São utilizados para proteger as redes de distribuição e transmissão de energia elétrica,

subestações e equipamentos elétricos diversos, das descargas atmosféricas e surtos de manobras nos sistemas.

Os pára-raios são conectados entre o condutor fase da rede elétrica e a terra. Essa denominação está relacionada com o princípio de atuação do pára-raios, haja vista que

diante do surto de tensão, do sistema ou atmosférico, ele facilita a condução da alta corrente e retém a corrente subsequente - normalizando o circuito.

Neste instante ele atua como se fosse uma válvula devido à condição que lhe é peculiar - a alta resistência - o que corresponde a um circuito aberto.

Os pára-raios são formados por pastilhas prensadas de material de óxido de zinco que resultam em resistores não lineares (componentes que não modificam suas propriedades com a variação da temperatura). Cada pastilha suporta o valor de tensão de 3 KV e o conjunto protegido fisicamente por isolador de porcelana ou polimérico. Esse conjunto forma o pára-raios de tensão especifica para cada sistema (Exemplo : 12 KV, 27KV, 30KV, 33KV, 66 KV, etc.).Observamos que o número de pastilha em cada pára-raios formam múltiplos de 3kV.

Os pára-raios também podem ser especificados com contador de descarga (subestações) ou com desligador automático (distribuição), sendo esses conectados entre o terminal terra do pára-raios e o cabo terra até a malha de terra ou haste de terra.

Pára-raios Distribuição Porcelana Pára-raios Distribuição Porcelana

Pára-raios Distribuição Porcelana

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6.2 Descarregadores para Buchas e Isoladores Geralmente são hastes de cobre, alumínio ou até de aço carbono utilizados nos dois lados das

buchas, isoladores, contatos das laminas das chaves seccionadoras, etc., tendo o ar atmosférico como dielétrico. Eles têm a função de substituir os pára-raios no sistema, protegendo os circuitos contra sobre tensões e, consequentemente, os equipamentos/materiais energizados.

A utilização do descarregador em chaves seccionadoras tem como objetivo reduzir/extinguir o arco

elétrico nas eventuais operações de abertura do circuito em carga. Notas: As características técnicas principais que definem um pára-raios são: tipo construtivo

(resistor não linear, com ou sem centelhador), material do componente ativo (óxido de zinco), material do invólucro/isolador (polimérico ou porcelana), uso externo, tipo de serviço (leve ou pesado), freqüência nominal, tensão nominal, corrente nominal de descarga, tipo de terminal de linha, tipo de fixação (corpo ou base), tipo de aplicação (subestação ou distribuição), norma aplicada.

Isolador Suspensão com Gape

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Chave Fusível Base A Chave Fusível Sistema “Matheus”

Chave Seccionadora Faca

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Pára-raios Distribuição Polimérico

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7. ELETRODUTOS E CAIXAS, PINOS E TOMADAS. São componentes utilizados nas instalações elétricas de edificações prediais e industriais. Eles

possibilitam a passagem e a ligação dos fios e cabos elétricos, proporcionando as proteções físicas, bem como as ligações/emendas e conexões/derivações entre os circuitos elétricos.

7.1 Eletrodutos de Aço, Plásticos Rígidos ou Flexíveis. Os eletrodutos são tubulações utilizadas nas instalações elétricas por onde passam os fios e cabos

isolados, tendo como finalidade a proteção. Eles são utilizados embutidos ou aparentes, em lajes de concreto ou paredes de alvenaria, podendo também ficar no piso ou suspensos. Atualmente é fabricado de material de aço carbono (menos utilizado), plástico rígido e flexível, sendo esse muito utilizado durante a construção civil, haja vista a facilidade de aplicação e o baixo custo.

7.1.1 Tubos Flexíveis Corrugados de PVC Série Leve – Para trabalhos que exigem leves esforços mecânicos de compressão (cor amarela) –

Aplicação: paredes de tijolos e outros;

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Série Reforçada - Para trabalhos de esforços mecânicos médios (cor azul) – Aplicação: lajes e

pisos; NOTAS: 1- A distribuição recomendada do número de condutores dentro dos eletrodutos está diretamente

relacionada com o diâmetro do eletroduto e da seção dos condutores; 2 – A definição e a utilização das peças e acessórios adequados para os eletrodutos resultam numa

boa instalação elétrica e permite a manutenção futura com rapidez, segurança e economia. Para isto é aconselhável a utilização de conectores para caixa, luvas, buchas e arruelas nas instalações aparentes ou embutidas de acordo com as melhores técnicas de segurança, a fim de evitar comprometer a qualidade da instalação.

7.2 Caixas de Aço, Alumínio ou Plástico para Eletrodutos. A caixa de passagem é um componente utilizado juntamente com o eletroduto e tem como

finalidade possibilitar as emendas, derivações e/ou a execução de quaisquer conexões elétricas dos circuitos de força, tomada, iluminação, etc.

Sua aplicação é complementada pelos eletrodutos e podem ser utilizadas embutidas ou aparentes,

na construção civil ou na indústria. Atualmente são encontradas de diversos materiais tais como: aço carbono, alumínio ou plástico, sendo esse último mais utilizado nas instalações, pelas facilidades de armazenagem, movimentação, instalação e baixo custo.

NOTA: O técnico não deve executar e/ou permitir emendas em fios ou cabos dentro das tubulações.

No lançamento do condutor o comprimento dele deve ser suficiente para a interligação entre caixas e possibilitar a ligação direta do circuito sem efetuar emenda no interior da tubulação. Ao verificar que o condutor não tem comprimento suficiente para interligar duas caixas procede-se a substituição por outro de comprimento adequado ou cria-se nova caixa se necessário com a função de possibilitar a emenda, derivação, conexão, etc. no interior da caixa.

7.3 Pinos e Tomadas: Monofásica, Bifásica, Trifásica - para Embutir ou Aparente. Pinos ou Plugues e Tomadas são componentes utilizados para possibilitar a conexão de uma

máquina/equipamento à rede elétrica. Os pinos ou plugues, também denominados de macho, são encontrados na forma monofásico,

bifásico ou trifásico, dependendo do tipo de alimentação do aparelho a ser energizado. As tomadas, também denominadas de fêmeas, formam o conjunto com os plugues para possibilitar

o fechamento do conjunto com segurança na energização do circuito. Temos os tipos: sobrepor e embutir; aplicações normais e nas áreas especiais (contra explosões), etc.

Os plugues e tomadas utilizados nas áreas industriais são destinados às conexões e/ou alimentação de máquinas e equipamentos de segmentos que necessitam de acoplamentos elétricos com índice de segurança específico (Exemplo: materiais sujeitos a explosões, etc.).

7.4 Interruptores Monopolar, Bipolar e Tripolar para Embutir ou Aparente. Os interruptores são dispositivos utilizados para ligar ou desligar diretamente os circuitos elétricos

com segurança. Exemplos são os componentes utilizados para ligar e desligar as lâmpadas de uma residência.

Assim como os plugues e as tomadas, existem também os interruptores monopolares, bipolares e

tripolares e suas utilizações dependem do tipo do circuito a ser acionado. Eles também podem ser utilizados embutidos ou aparentes, sendo que aquele é previsto durante a construção da edificação e este após a conclusão da obra para evitar a quebra da alvenaria.

Notas:

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1) - Características técnicas que deverão ser fornecidas para os fabricantes de plugues e tomadas: Plugues: Tensão de aplicação, número de pólos, tipo da instalação (industrial, áreas explosivas,

etc.), tipo de instalação (embutido ou de sobrepor), corrente nominal, temperatura de trabalho; Tomadas: Idem aos plugues.

8. LÂMPADAS E LUMINÁRIAS São utilizadas para iluminar o ambiente. As lâmpadas emitem raios luminosos e as luminárias têm

o papel de proteger e/ou fixar as lâmpadas e direcionar o seu fluxo luminoso para uma área ou direção específica.

8.1 Tipos de Lâmpadas e de Luminárias Temos um número muito grande de lâmpadas e luminárias disponíveis no mercado. Suas

aplicações estão voltadas para a condição do ambiente e o objeto a ser iluminado;

8.1.1 Tipos de Lâmpadas: Incandescentes - É o resultado do aquecimento de um fio, pela passagem da corrente elétrica, até a

incandescência. As lâmpadas incandescentes comuns são compostas de um bulbo de vidro incolor ou leitoso, de uma base de cobre ou outras ligas e um conjunto de peças que contém o filamento, que é a peça mais importante. Os filamentos das primeiras lâmpadas eram de carvão, mas atualmente são de tungstênio que tem ponto de fusão de aproximadamente 3400ºC. Observamos que esta temperatura não é atingida nem pela lâmpada de 1500 Watts (2700ºC). Essas lâmpadas são as mais utilizadas nas residências do Brasil porem estão com seus dias contados, haja vista que a utilização delas serão gradativamente proibidas no Brasil a partir de 2012;

Tipos de Bulbo: Reto, Chama, Globular, Comum, Tubular, Pêra, Parabólico e Refletor. Notas: Características de operação das lâmpadas com sobretensão e subtensão: Das sobre tensões resultam: alto rendimento, alto iluminamento, porém vida curta; Das subtensões resultam: baixo rendimento, baixo iluminamento, porém vida mais longa. Fluorescentes - são mais econômicas que as incandescentes. Utilizam a descarga elétrica com o

auxilio de um gás para produzir a energia luminosa. Consiste em um bulbo cilíndrico de vidro, tendo em suas extremidades, eletrodos metálicos de tungstênio (cátodos) por onde circula corrente elétrica. Em seu interior existe vapor de mercúrio ou argônio a baixa pressão e as paredes internas do tubo são pintadas com materiais fluorescentes, conhecidos por cristais de fósforos. São utilizadas em iluminação comercial e industrial, bem como em letreiros luminosos e vem estendendo sua aplicação residencial. Esta abrangência do uso das lâmpadas fluorescentes se deve a sua boa eficiência luminosa, boa reprodução de cores e baixo custo operacional. Necessitam de componentes auxiliares, tais como: starter e reator para a partida.

Mistas - Na escala de eficiência luminosa das fontes de luz, a mista está um degrau acima da

Incandescente e com a vantagem de apresentar vida mais longa. Quando comparadas com as lâmpadas Vapor de Mercúrio a Mista apresenta vida menor, mas em compensação necessita de um investimento inicial também menor, pois dispensa reator. A luz Mista é para uso exclusivo em 220/235 Volts;

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Vapor de Sódio a Alta Pressão - Permite uma instalação que garante os níveis de iluminação recomendados para as respectivas aplicações, sem gerar alto consumo. Graça a sua alta eficiência luminosa, economiza-se na quantidade de pontos instalados, utilizando-se menos luminárias, reatores, fiação, circuitos, disjuntores e mão de obra. A vida útil mais longa e a baixa depreciação do fluxo luminoso garantem também um custo mínimo de manutenção. Estas lâmpadas também podem ser utilizadas na iluminação de lojas e decorativas, haja vista que possui luz branca e brilhante. São excelentes nas reproduções das cores e idênticas às incandescentes (3000K), sendo, no entanto, três vezes mais eficiente. É grande opção para a substituição prática de lâmpadas de vapor de mercúrio, utilizando o mesmo equipamento auxiliar e proporcionando uma economia até 50% no consumo;

Vapor de Mercúrio - Utiliza o mercúrio como o componente interno. É empregada em iluminação de

vias públicas e de áreas externas e internas, comerciais e industriais, inclusive nos locais de grande pé direito (elevadas alturas);

Decorativa - Utilizada principalmente para decorar vitrines onde são expostos os produtos dentro

das lojas. Geralmente o consumo de energia é baixo; Halógenas de Tungstênio - São lâmpadas de baixa voltagem. As cápsulas halógenas incorporam

um número de características como: temperatura de cor acima de 3000 K, posição de acendimento universal e luz branca;

Fluorescente Compacta - São lâmpadas de baixo consumo de energia e excelentes alternativas as

incandescentes comuns. Essa nova geração de lâmpada consome até 80% menos energia que sua equivalente incandescente, alem de possuir uma vida útil maior. São no mínimo 10 vezes mais duráveis que as incandescentes comuns. Uma de suas vantagens é o acendimento instantâneo;

Led – dentro da eficiência energética é a que apresenta o melhor resultado, haja vista o baixo

consumo e a elevada vida útil que pode ultrapassar 20 mil horas. Utiliza o semicondutor como elemento principal que possui grande eficiência na definição das cores. Atualmente possui um custo muito elevado para os padrões do brasileiro.

Notas: 1 - As características técnicas principais que definem uma lâmpada são: Potência (Watts), Base

(E27, E40, etc.), tensão (Volts), Tipo da lâmpada (mista, vapor de mercúrio, fluorescente, vapor de sódio, etc.) Tipo de Bulbo (R-23, ER-30, T-8, T-12, etc.);

2 - A lâmpada Vapor de Sódio pode ser utilizada com o reator de Vapor de Mercúrio de potência

imediatamente superior, sem ignitor, etc. Posição universal de operação; Tipos de Luminárias: Abertas e Fechadas: São utilizadas na iluminação pública e próprias para lâmpadas Vapor de

Mercúrio e de Sódio. O conjunto é composto de um refletor de alumínio anodizado, podendo ser ajustado o seu posicionamento. As fechadas são protegidas por um vidro temperado, vedado com junta de silicone;

Fluorescentes - São especificas para proteger e garantir uma ligação apropriada para as lâmpadas fluorescentes, etc;

8.1.2 Tipos e Aplicações das Lâmpadas e Luminárias Lâmpadas Vapor de Mercúrio - são utilizadas principalmente na iluminação publica: ruas, praças,

ginásios de esportes, etc.; Lâmpadas Vapor de Sódio - tem aplicação semelhante às de vapor de mercúrio. Inclusive estão

sendo utilizadas em substituição dessas, haja vista a maior eficiência energética; Lâmpadas Fluorescentes - são de uso interno, ou seja, nas salas, escritórios, corredores,

residências, etc.;

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Lâmpadas mistas - Podem ser aplicadas em iluminação externa e interna de prédios, residências, áreas comerciais e industriais, iluminação de vias publica e em iluminação de proteção;

Lâmpadas decorativas - são utilizadas pelo comercio para decorar e/ou destacar produtos nas vitrines;

Luminárias Abertas e Fechadas - tem grande utilização na iluminação pública - são utilizadas para proteger e fixar as lâmpadas vapor de mercúrio e de sódio;

Luminárias Fluorescentes - são utilizadas para fixar e proteger as lâmpadas de mesmo nome; Luminárias Especiais - São principalmente as decorativas e utilizadas para aplicações especiais.

8.1.3 Dispositivos de Partida para Lâmpadas - Reatores e Ignitores São os componentes auxiliares utilizados na partida das lâmpadas de descargas (fluorescentes,

metálicas, vapores de mercúrio e de sódio) - Para o funcionamento da lâmpada fluorescente, são indispensáveis dois equipamentos auxiliares: Starter/Ignitor e o Reator. O starter é um dispositivo utilizado na partida empregando o princípio do bimetal, isto é, dois materiais em forma de lâmina com coeficiente de dilatação diferentes. Temos como parte integrante do starter um condensador/capacitor ligado em paralelo com o interruptor e sua função é evitar interferências em aparelhos de rádio. O reator é uma bobina com núcleo de ferro ligada em série com o circuito da lâmpada e tem dupla função durante a partida: produzir a sobretensão e limitar a corrente. Observamos que os choques entre os elétrons com os átomos do mercúrio provocam a liberação de energia não visível, tipo radiação ultravioleta, e através do contato com a pintura fluorescente do tubo, produz radiação luminosa visível. Para a lâmpada vapor de mercúrio e de sódio somente tem a necessidade de utilizar o reator no instante da partida;

8.1.4 Relé Fotoelétrico e Aplicações Este tipo de rele é utilizado em grande escala na iluminação pública dos centros urbanos. Seu

princípio de funcionamento está relacionado com a luz solar. Ao amanhecer a luz solar incide sobre a célula fotoelétrica localizada no relé gerando uma pequena corrente elétrica capaz de alterar a situação/estado do contato auxiliar abrindo do circuito e consequentemente o desligando a lâmpada.

Temos disponíveis no mercado os relés fotoelétricos com a situação dos contatos auxiliares NA

(Normalmente Aberto) e NF (Normalmente Fechado). Na rede de iluminação publica é utilizado o rele fotoelétrico do tipo NF que durante o dia é acionado,

através da claridade que gera uma corrente elétrica e mantém a bobina energizada, ocasionando a abertura do contato e consequentemente a lâmpada desligada, haja vista que essa encontra-se em série com o contato do relé. Quando escurece, a claridade vai embora, com a chegada da noite, o circuito é desligado, cessa a corrente elétrica, o contato volta à condição NF, ocasionando o fechamento do circuito e a energização da lâmpada. Podemos observar essa situação em todos os postes de iluminação publica. O relé necessita de uma base própria para ser fixado e esta geralmente forma um conjunto com o reator, haja vista que temos reator com base para relé incorporada.

Temos também o tipo de relé fotoelétrico NA - Esse tipo é utilizado para acionamento de um grupo

de lâmpadas através de uma chave e contator. Varias lâmpadas são agrupadas em um único circuito e acionado por um único relé. Quando ele está energizado, durante o dia, mantém o contato fechado alimentando a bobina de um contator com 4(quatro) contatos NF e assim as Lâmpadas permanecem desligadas, porem quando ele é desenergizado, durante a noite, encerra a geração de corrente e ele coloca o contator na posição fechado(NF) e acionam as lâmpadas. Sua grande desvantagem é que se o relé apresentar falhas, várias lâmpadas ficarão desligadas ao mesmo tempo e consequentemente uma rua inteira ficará às escuras.

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Notas: 1 - Características principais utilizadas para definir um reator: Tensão nominal, potência, fator de

potência, tipo de lâmpada (Vapor de Mercúrio, Fluorescente, etc.), com base para relé ou sem base, duplo ou simples, partida rápida ou não, etc;

2 - Características utilizadas para definir um relé fotoelétrico: tensão nominal, tipo NA ou NF, eletrônico (atuação sazonal) ou normal, etc.

Mufla Terminal Porc

Emenda Cabo

Mufla Term. Polimérico

Grampo de Linha Viva

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Conector Terminal

Mufla Terminal

Bornes Terminais

Emenda de Cabos Terminal Básico Blindado

Conector 90º

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Disjuntores, Fusíveis e suas Bases

Conector Expansão

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Nota: Certificar se a cunha está sendo utilizada na posição e lado corretamente no processo de instalação abaixo:

Instalação do Conector

1. Coloque o condutor derivação

no canal inferior do

componente “C”.

2. Acomode o componente “C”

juntamente com a derivação no

condutor principal mantendo o

conjunto fixo com a mão.

3. Ajuste e fixe o componente

“cunha” entre os condutores

usando apenas a pressão dos

dedos, verificando a posição

correta da trava.

4. Complete a conexão usando o

alicate tipo Bomba D’água de

12” para todos os tipos de

conectores. Largura máxima

do alicate na garra: 8,5mm.

5. Certifique-se que a aplicação está

correta, verificando se a trava do

componente “cunha” está

inserida na janela do componente

“C”.

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9. Bibliografia Recomendada Shmidt, Walfredo Equipamento Elétrico Industrial Editora Mestre Jou - São Paulo Saraiva, Delcyr Barbosa Materiais Elétricos - Editora Guanabara Dois S.A Rio de Janeiro - RJ Mamede Filho, João - Manual de Equipamentos Elétricos, Vols 1 e 2 Livros Técnicos e Científicos Editora Rio de Janeiro - RJ Hélio Creder - Instalações Elétricas Manual de Instalações Elétricas – Pirelli Fios e Cabos