Categorias e definição de jornalismo

8/14/2019 Categorias e definio de jornalismo

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jornalismo impressoProfessor mestre Artur Araujo([email protected])

O conceito de

jornalismo e

suas categorias

Acesse o site: http://docentes.puc-campinas.edu.br/clc/arturaraujo/

Acesse o FTP: ftp://ftp-acd.puc-campinas.edu.br/pub/professores/clc/artur.araujo/Mrio Erbolato (1919 - 1990)

Otto Groth(1875-1965)


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Aulas de laboratrio A partir do dia 15 de maro (segunda-feira),teremos aulas no laboratrio.

A partir de ento, a maioria das aulas desegunda-feira ser no laboratrio.


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O que jornalismo? Definir conceitos para ainvestigao cientfica o primeiro e muitas

vezes tambm o maior,o mais rduo desafiode todos aqueles que se

propem a investigar

com seriedade umdeterminado objeto ouum fenmeno em

particular.

John LangshawAustin (1911-1960)

Filsofo da linguagem

Saber o que

uma coisa , ,

em grande parte,

saber como

nome-la, e

como nome-la

corretamente


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Definies de jornalismo A notificao de coisas diversas acontecidasrecentemente em qualquer lugar que seja

Tobias Peucer (sculo 17) Todas as formas nas quais e pelas quais as

notcias e seus comentrios chegam ao

pblico Fraser Bond (1891-1965)


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A contestao de Otto Groth Nessa concepo, todosos limites naturalmente se

dissolvem. O jornaltorna-se idntico notciaem si. (...) Contudo, parao conhecimento daessncia do jornal, nadase ganha com isso



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Otto Groth avalia o que poderiam ser

as caractersticas do jornalismo 1. Publicao peridica (periodicidade); 2. Reproduo mecnica dos exemplares; 3. A pblica apario, isto , acessibilidade a todos

(publicidade) e ao contedo; 4. Diversidade, no sentido de completude

(coletividade, universalidade); 5. Ser de interesse geral; 6. Atualidade e, por fim; 7. Produo profissional (empreendimento

econmico)Otto Groth(1875-1965)


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Periodicidade A renncia apario peridica comocaracterstica essencial do jornal (...) implicaa equalizao deste com qualquer transmisso denotcia. Tal postura desconhece a forte conexo interna entreo modo de publicao e as duas mais importantescaractersticas do jornal, que so a publicidade e aatualidade.

Isto porque o pblico leitor do jornal se perderia sem a

periodicidade da apario, graas a qual obtm uma sensaode segurana. E a freqente reapario das folhas , damesma maneira, pressuposto, meio e conseqncia daatualidade, cujas exigncias s podem ser satisfeitas pelo

jornal por meio da rpida apario das edies Otto Groth



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Consideraes contemporneas

sobre a periodicidade Considerando-se a periodicidade comomeio, e no como fim, a proposta de

projetos jornalsticos em rdio, televisoe internet de continuamente apresentar notciasestaria de acordo com os princpios grothianos.

Isso porque tais iniciativas de jornalismo 24 horas,

mediante a troca da periodicidade pela contnuaatualizao dos contedos, continuam a manter umarelao com o pblico, oferecendo um materialatualizado audincia.



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Reproduo mecnica, um ponto

frgil para se definir um jornal possvel que publicaes que

tenham todas as caractersticas do jornal,

sejam reproduzidas por meios outros que aimpresso. Temos exemplos disso no passadoe no presente, assim como tambm no futuro,onde residem possibilidades de reproduoainda desconhecidas Otto Groth

Otto Groth(1875-1965)Otto Groth(1875-1965)


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A publicidade, sob

a perspectiva grothiana A publicidade, para Otto Groth, est ligada possibilidade de acesso notcia no jornale impessoalidade da vida urbana.

Publicidade significa falta de relaes pessoais (...) somente por meio da publicidade que um produto setorna jornal.

A publicidade ento uma das caractersticas quediferenciam o jornal de uma determinada categoria derevistas, das revistas de associaes, que so acessveissomente a integrantes de uma associao eexclusivamente a eles se dirigem. Otto Groth



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O jornal, sob o vis do contedo Em relao ao contedo, o autor estabelecetrs caractersticas mediante as quais um ttulo

atende ao requisito: O contedo do jornal como instituio para opblico precisa satisfazer trs requisitos:1. deve serdiversificado ou at completo,

2. deve serde interesse coletivo3. e deve, por fim, seratual

Otto Groth

(1875-1965)


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Diversidade de contedo Otto Groth ressalta que adiversidade de contedo integra

a essncia constitutiva do jornal e, nesteaspecto, nada a separa das revistas acessveisao pblico em geral. O autor ressalta contudoque a diversidade , do mesmo modo que apublicidade, uma virtualidade.



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Interesse geral O interesse geral, tanto quanto auniversalidade (de contedo), est

estritamente ligado publicidade, ele no nada mais que a publicidade, mas de um outroponto de vista. Com a publicidade, o pblicotorna-se quantitativo, com a universalidade deinteresses, dignificado qualitativamente doque decorre que ele, pela sua caracterstica depblico, se envolve e se engaja . Otto Groth



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A atualidade A atualidade forma o trabalho e opensamento do jornalista. A

necessidade de obter e processar o maisrpido possvel as notcias, dar-lhes umjulgamento pronto, cria e treina a habilidade,a clareza de percepo, a rapidez de deciso, ahabilidade de adequao a pessoas econdies. Otto Groth



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Um empreendimento

econmico Contra o reconhecimento do empreendimentoeconmico (ou produo profissional) entre ascaractersticas conceituais do jornal argumenta-seque tal trao se perderia naquelas publicaes que soconcebidas por partidos polticos para influenciar eleitores, oupor particulares para defender interesses polticos,econmicos, artsticos, ou ainda pelos governos para annciosoficiais ou oficiosos, ou para dirigir a opinio pblica. Essaspublicaes podem no buscar primeiramente o lucro, mastambm funcionam sob uma lgica econmico-comercial, eelas tambm visam obter o mais elevado rendimento possvel,que ser conquistado perseguindo e mantendo seus propsitos.Neste ponto no h, entre os jornais, contraste conceitual . Otto Groth



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O jornalismo quanto s categorias Sob o contexto da definioconceitual de Otto Groth

para jornalismo, vamosdar um passo adiante evamos agora ver algumascategorias que fundamentamas definies da atividade.

Utilizaremos para isso o trabalho terico deMrio Erbolato.

Mrio Erbolato (1919 - 1990)


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O que categoria? Categoria um conjunto de pessoas ou coisas que

possuem muitas caractersticas comuns e podem serabrangidas ou referidas por um conceito ouconcepo genrica; classe, predicamento.

Nos estudos de jornalismobrasileiro, os pesquisadoresidentificam cinco categorias:

1. Jornalismo Informativo,

2. Jornalismo Interpretativo,3. Jornalismo Opinativo,4. Jornalismo Diversional e,

mais recentemente,5. Jornalismo Investigativo

Mrio Erbolato (1919 - 1990)


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Como as categorias se manifestam naimprensa? Todas as categorias podem ser observadas

em uma mesma publicao. Ou seja, em umjornal pode haver, em diferentes espaos,exemplos de:

1. Jornalismo Informativo2. Jornalismo Interpretativo

3. Jornalismo Opinativo4. Jornalismo Diversional e5. Jornalismo Investigativo


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Jornalismo Informativo O jornalismo informativo aquele que

privilegia a publicao de notcias de modo

sucinto. Seria o jornal que publica notcias, ao invs

de reportagens.


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Jornalismo Interpretativo Tambm conhecido como jornalismo em

profundidade, jornalismo explicativo ou

jornalismo motivacional. O jornalismo interpretativo no s trata de

explicar e informar, mas se atreve tambm a

ensinar, a medir e a valorizar.


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Jornalismo Opinativo o jornalismo que se caracteriza por no

conter propriamente notcias, mas sim uma

grande variedade de artigos, crnicas ecrticas.


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Jornalismo Investigativo A categoria Jornalismo investigativo vem

sendo usada mais recentemente para definir o

jornalismo que utiliza mtodos de pesquisa muitas vezes de inspirao cientfica paraobter informaes e realizar reportagens.

O caso Watergate, que resultou na rennciado presidente Nixon, projetou essa categoria auma posio de destaque na profisso.


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Uma vitria do jornalismo Embora se reelegesse para um

segundo mandato em novembro de1972, Nixon passou a perder

prestgio quando a imprensa

(notadamente Carl Bernstein eRobert Woodward, do WashingtonPost) comprovaram ocomprometimento do presidente ede seus principais auxiliares no sna operao com tambm nomacio abuso de poder e obstruoda Justia, que investigava ofinanciamento de campanhas

polticas e a ao da CIA, do FED,do Servio de Rendas Internas e

outros rgos do governo.

Robert (Bob) Woodward de pe Carl Bernstein (ao telefone)


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O caso Watergate


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A renncia de Nixon e a priso deJohn Mitchell (ministro da justia)

Alm da renncia deNixon, o caso levou priso o procuradorgeral dos EUA, JohnMitchell, efuncionrios do

primeiro escalo daCasa Branca.

John Mitchell( direita):sentenciado a19 meses de

priso em 1975

Richard Nixon


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O tema da prxima aula: Na prxima aula vamos

discutir os conceitostericos sobre a

produo jornalsticaimpressa (jornal comomodelo de negcio).

Otto Groth (1875-1965)Max Weber(1864-1920)

Eugenio Bucci (*1958)
http://images.google.com/imgres?imgurl=http://www.mohr.de/mw/img/max_weber.jpg&imgrefurl=http://thevisitor1.blogspot.com/2008/04/as-bandas-e-max-weber.html&usg=__MRbQ3SRDeSZ2sYD3W8TWFJ_Jj3M=&h=390&w=280&sz=35&hl=pt-BR&start=1&sig2=IZwlkvNN8gVEW1YIUzbikQ&um=1&tbnid=N_sp4G16JRZXdM:&tbnh=123&tbnw=88&ei=pCl2SbOCIo-QsQPk0uG0DA&prev=/images?q=max+weber&um=1&hl=pt-BR&rls=com.microsoft:*:IE-SearchBox&rlz=1I7GGLJ&sa=N


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Citao do diaVejamos: desejvel, para um jornalista, para um

rgo de comunicao uma postura de

neutralidade. (...) "Neutro" a favor de quem? (...)

"Imparcial" contra quem? (...) "Isento" para quelado? (...) Assim defensvel

que o jornalismo, ao

contrrio do que muitos

preconizam, deve serno-neutro, no-imparcial e

no-isento diante dos fatos da

realidade. Perseu Abramo (1929-1996)Jornalista brasileiro

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