Catequese Cristo Servo de Deus Fl 2-6-11

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    Fl 2,6-11a

    [a] The New Testament. In the Original Greek The text Revised by Brooke

    Foss Westcott, and Fenton John Anthony Hort. Cambridge, London.Printed By C. J. Clay M.A, at The Univerity Press 1881. p. 440.

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    Catequese do Papa Bento XVIAudincia Geral,

    Fp (2, 6-11) Quarta-feira, 26 de outubro de 2005b

    Cristo, servo de Deus

    1. Mais uma vez, seguindo o percurso proposto pela Liturgiadas Vsperas com os vrios Salmos e cnticos, ouvimos ressoaro maravilhoso e fundamental hino inserido por So Paulo naCarta aos Filipenses (2, 6-11).

    No passado, j realmos que o texto contm um duplomovimento: descendente e ascendente. No primeiro, Jesus

    Cristo, do esplendor da divindade que lhe pertence por naturezaescolhe descer at humilhao da morte de cruz. Assim elemostra-se verdadeiramente homem e nosso redentor, com umaparticipao autntica e plena na nossa realidade humana desofrimento e de morte.

    2. O segundo movimento, o ascendente, revela a glriapascal de Cristo que, depois da morte, se manifesta de novo noesplendor da sua majestade divina.

    O Pai, que tinha acolhido o acto de obedincia do Filho naEncarnao e na Paixo, exalta-o agora de maneira supra-eminente, como diz o texto grego. Esta exaltao expressano s atravs da entronizao direita de Deus, mas tambmcom o conferimento a Cristo de um "nome que est acima detodo o nome (v. 9).

    Pois bem, na linguagem bblica o nome indica a

    verdadeira essncia e a funo especfica de uma pessoa,manifesta a sua realidade ntima e profunda. Ao Filho, que poramor se humilhou na morte, o Pai confere uma dignidadeincomparvel, o Nome mais excelso, o de Senhor,precisamente do prprio Deus.

    [b] Copyright 2006 - Libreria Editrice Vaticana ; site:Observao portugus de Portugal

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    3. De facto, a proclamao de f, entoada coralmente pelocu, pela terra e pelos nferos prostrados em adorao, clara eexplcita: Jesus Cristo o Senhor (v. 11). Em grego, afirma-

    se que Jesus Kyrios, um ttulo certamente real, que natraduo grega da Bblia tornava o nome de Deus revelado aMoiss, nome sagrado e impronuncivel. Ento, por um lado,h o reconhecimento do senhorio universal de Jesus Cristo, querecebe a homenagem de toda a criao, Cristo como sbditoprostrado aos seus ps. Mas por outro, a aclamao de fdeclara Cristo subsistente na forma ou condio divina,apresentando-o por conseguinte como digno de adorao. Com

    este nome Kyrios reconhece-se Cristo, verdadeiro Deus.4. Neste hino a referncia ao escndalo da cruz (cf. 1 Cor 1,

    23), e ainda antes verdadeira humanidade do Verbo feitohomem (cf. Jo 1,14), entrelaa-se e tem o seu pice noacontecimento da ressurreio. obedincia sacrifical do Filhosegue-se a resposta glorificante do Pai, qual se une aadorao por parte da humanidade e da criao. Asingularidade de Cristo emerge da sua funo de Senhor domundo remido, que lhe foi conferida devido sua obedinciaperfeita at morte. O projecto de salvao tem no Filho oseu pleno cumprimento e os fiis so convidados sobretudo naliturgia a proclam-lo e a viver os seus frutos.

    Esta a meta qual nos conduz o hino cristolgico que hsculos a Igreja medita, canta e considera guia de vida: Tendeem vs os mesmos sentimentos, que esto em Cristo Jesus (Fl

    2,5

    ).5. Confiemo-nos agora meditao que so GregrioNazianzeno fez sabiamente sobre o nosso hino. Num poemaem honra de Cristo, o grande Doutor da Igreja do IV sculodeclara que Jesus Cristo no se despojou de nenhuma parteconstitutiva da sua natureza divina, e no obstante isto salvou-me como um curador que se inclina sobre as feridas ftidas...Era da estirpe de David, mas foi o criador de Ado. Tinha a

    carne, mas tambm desconhecia o corpo. Foi gerado por uma

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    me, mas por uma me virgem; era circunscrito, mas tambmimenso. E acolheu-o uma manjedoura, mas uma estrela fez deguia aos Magos, que chegaram trazendo-lhe dons e diante deles

    dobraram os joelhos. Como um mortal lutou com o demnio,mas, sendo invencvel, superou o tentador com um trplicecombate... Foi vtima, mas tambm sumo sacerdote; foisacrificador, mesmo sendo Deus. Ofereceu o seu sangue, edeste modo purificou o mundo inteiro. Foi elevado da terranuma cruz, mas o pecado permaneceu crucificado... Morreu,mas ressurgiu dos nferos e ressuscitou muitos que estavammortos. O primeiro acontecimento caracterstico da misria

    humana, mas o segundo prprio da riqueza do serincorpreo... O Filho imortal assumiu em si aquela formaterrena, porque te quer bem (Carmina arcana, 2: Collanna diTesti Patristici, LVIII, Roma 1986, pp. 236-238).

    No final desta meditao gostaria de realar duas palavrasda nossa vida. Em primeiro lugar, esta admoestao de SoPaulo: Tende em vs os mesmos sentimentos, que esto emCristo Jesus". Aprender a sentir como Jesus sentia; conformaro nosso modo de pensar, de decidir, de agir com os sentimentosde Cristo; encaminhemo-nos pela via justa. A outra palavra de So Gregrio Nazianzeno: Ele, Jesus, quer-te bem. Estapalavra de ternura para ns um grande alvio e conforto, mastambm uma grande responsabilidade, dia aps dia.

    Saudaes

    Sado cordialmente os peregrinos de lngua francesa, emespecial modo o grupo de Dunkerque, acompanhados peloBispo D. Grard Defois, Arcebispo-Bispo de Lille, e todos osjovens presentes. Acolhei o amor de Cristo e sede verdadeirastestemunhas, na sua Igreja e na vida de todos os dias.

    Queridos irmos e irms!

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    Dou calorosas boas-vindas aos visitantes e peregrinos delngua inglesa presentes hoje nesta audincia. Fao a minhasaudao extensiva de modo particular aos grupos provenientes

    da Inglaterra, Gales, Dinamarca, Finlndia, Noruega, Sucia,Japo, Canad e Estados Unidos da Amrica. Desejo-vos umaagradvel estadia em Roma!

    Dou calorosas boas-vindas aos peregrinos e visitantes dospases de lngua alem. Dirijo uma saudao especial peregrinao do Pessoal hospitalar da Ordem de Maltaprovenientes da ustria assim como uma Delegao daAgncia de Viagens para peregrinos da Baviera, que hoje

    festeja 80 anos de existncia. Cristo conhece as preocupaes eos sofrimentos da humanidade.

    Ele e permanece o vencedor sobre os pecados e a morte. AEle estamos gratos. Queremos confess-lo com alegria diantede todos. O esprito de Deus vos de a fora e a esperanajubilosa todos os dias!

    Sado cordialmente todos os peregrinos polacos aquipresentes. Agradeo a todos vs as oraes pela Igreja e pelomeu servio petrino. Retribuo, recomendando-vos a Deus nasminhas oraes. Levai a minha saudao s vossas famlias eaos vossos amigos. Seja louvado Jesus Cristo.

    Depois, sado os jovens, os doentes e os novos casais.Dirijo um pensamento sobretudo a vs, queridos doentes,presentes em to grande nmero neste encontro, eparticularmente ao numeroso grupo de crianas da Citt della

    speranza de Pdua. Queridos amigos, como ouvimos nacatequese, a cruz de Cristo faz-nos compreender o significadoverdadeiro do sofrimento e da dor. Uni-vos espiritualmente aJesus Crucificado e abandonai-vos confiantes nas mos deMaria, invocando-a incessantemente com o Rosrio.

    Est para terminar o mes de Outubro, mes dedicado aoSanto Rosrio. Convido-vos a recitar com devoo esta oraoquerida tradio do povo cristo. Rezemos pelas numerosas

    necessidades da Igreja e do mundo, de modo especial pelas

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    populaes atingidas pelo terremoto e por calamidades fsicas eambientais. Nunca falte a quantos se encontram em dificuldadeo nosso amparo espiritual e material. Rezemos por todos

    cantando o Pater noster.