Causa e Efeito - Daniel Rodrigues

download Causa e Efeito - Daniel Rodrigues

of 83

description

Um exame detalhado sobre a lei universal de causa e efeito. Entenda porque cada ação é única, cada um recebe de uma forma diferente e como pode essa lei funcionar perfeitamente, sem falhas.

Transcript of Causa e Efeito - Daniel Rodrigues

Hermes, Deus da Cibercoisa

Um estudo sobre a Lei daCausa e EfeitoEditora ChaveDaniel RodriguesNDICEIntroduo3A Lei do Merecimento 7Plantio e Colheita - 12

Toda ao indita - 15Todo mundo diferente - 27Justia Divina 32Omisso Ao 37Jesus, bom plantador 42O Pedido 45O Futuro e o destino 51Os fins no justificam os meios32A balana da humanidade51Outras Consideraes51Concluso 32

INTRODUO

Desde o princpio dos tempos, o homem vem se esforando para compreender as leis que regem o Universo. Profetas, religiosos, filsofos e cientistas ao longo da nossa histria, vm buscando o conhecimento dessas leis e descobrindo gradativamente as causas e consequncias da existncia de cada uma delas em nossa existncia. Todos em busca de um entendimento melhor sobre quem o Grande Arquiteto do Universo e o sentido de nossa existncia.

Este livro contem o trabalho de pesquisa e exame de um esprito estudante que como muitos outros habitantes do planeta, busca entender melhor como funciona essas leis universais que j so aceitas como verdade por diversos ramos da cincia, do misticismo e da religio.

Sem a pretenso de abordar aqui todas as suas particularidades, o livro aprofunda o estudo de alguns detalhes da Lei de Causa e Efeito e algumas compreenses que so consequncias de sua existncia.

Trata-se de um trabalho inicial que pode e deve ser aprimorado por cada um que tenha interesse e disposio para continuar estudando e contribuir para o aprendizado de outros que venham se interessar posteriormente.

Certa vez, ouvi um Fsico e pensador, Marcelo Gleiser falando: Se voc imagina que tudo que a gente conhece sobre o mundo cabe em uma ilha, ento, esse o nosso conhecimento sobre a realidade. E o que voc tem ao redor dessa ilha? O oceano do desconhecido. Quanto mais o nosso conhecimento vai aumentando, a fronteira com o desconhecido tambm aumenta e muito mais coisas para aprender.

Assim, importante sabermos que ainda existe muito trabalho pela frente e que quanto mais conhecemos temos mais conscincia de que pouco sabemos.

Desejo sinceramente que esse livro possa contribuir para aumentar a fronteira do nosso conhecimento com o grande oceano do desconhecido, abrindo um caminho para a busca, pesquisa, exame e aprendizado para at que um dia consigamos finalmente entender em toda plenitude o funcionamento dessa e de outras leis que regem o Universo. A Lei do Merecimento No h nenhuma coisa existente da qual no se possa perguntar qual a causa (Ren Descartes).

Coisa nenhuma existe sem ter tido uma causa e sem gerar um efeito, no existe acaso. Acaso o nome que se d quando no sabemos a origem, o porqu de ter acontecido determinado fenmeno.

Deus no joga dados (Albert Einstein).

A lei da causa e efeito se aplica a toda criao, reinos, seres e coisas e ns podemos perceb-la agindo claramente sobre nossas vidas quando fazemos nossas escolhas.

Temos livre arbtrio para escolher que pensamentos e sentimentos devemos alimentar ou descartar e tambm para escolher as nossas palavras e aes; (o plantio livre) mas somos obrigados a receber as consequncias de nossas escolhas (a colheita obrigatria). assim que essa lei dirige a nossa existncia.

Alimentar maus pensamentos ou sentimentos coloca a pessoa em baixa vibrao energtica e em sintonia com a doena, com o sofrimento. Enquanto os bons pensamentos e sentimentos geram um clima de harmonia, alegria e de bem-estar, colocando o ser em sintonia com a sade e a paz. Sem falar que do sentimento e do pensamento, se originam as palavras e as aes que geram consequncias ainda maiores.

O que entra pela boca no torna o homem impuro; mas o que sai de sua boca, isto o torna impuro. (Jesus)

O pensamento e o sentimento so intimidades de cada pessoa que na maioria das vezes s afetam diretamente a elas mesmas. Enquanto as palavras e as aes afetam diretamente as pessoas que presenciam, escutam ou ficam sabendo do acontecido, e por isso geram consequncias mais srias.

Mas se tudo tem causa e consequncia, qual a causa dessa lei? E a consequncia? A causa vem da fora maior, que rege o universo que claramente quer que todos trilhem um s caminho, quer que sintamos sofrimento com as escolhas que nos distanciam do caminho e que nos sintamos bem quando nossas aes estejam de acordo com a vontade de Deus. Como ningum gosta de sofrer, a consequncia dessa lei torna-se bvia, a evoluo da humanidade que atravs das experincias, ganha conhecimento e um dia trilhar o Caminho da Paz.

Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ningum vem ao Pai que no seja por mim (Jesus)

Conhece a verdade e ela te libertar (Jesus)

Tudo parece muito simples e bvio, todavia, o estudo atento desse princpio que dirige as nossas vidas nos leva a perceber que o entendimento de todas as suas nuances no to simples assim, pois existem fatores importantes que influenciam no resultado e que devem ser considerados para que possamos entender melhor as aparentes injustias e acasos que encontramos no nosso dia a dia.

As consequncias de uma ao so proporcionais mas no so idnticas as suas causas. A natureza, inteno e sentimento de quem d e de quem recebe fazem parte do conjunto.

Alm disso todas as aes e reaes esto ligadas numa gigantesca cadeia de aes, reaes e merecimentos, podendo uma agravar ou atenuar os efeitos de outra. Tudo sobre o controle divino e em conformidade com a sua justia.Plantio e Colheita

Uma boa maneira de ilustrar a lei em estudo comparar a causa com o plantio de uma semente e o efeito com a colheita dos correspondentes frutos, onde os plantadores tm o direito de escolher o que plantar, mas uma vez plantada a semente, quem plantou tem a obrigao de colher os frutos que correspondem inexoravelmente a espcie de semente plantada.

Porm, sabemos que a maneira que a semente foi plantada, o local, a adubao, o clima, a irrigao, a carga gentica e outros fatores externos, interferem na qualidade da colheita.

Se algum planta feijo-branco, prximo a uma plantao de feijo-preto, existe a possibilidade de colher uma espcie hbrida de feijo-branco com manchas pretas se os insetos responsveis pela polinizao agirem fecundando uma planta de uma espcie com o plen de uma planta de outra espcie.

A mesma ao de plantar pode ter consequncias diferentes. A essncia da semente a mesma, mas os frutos no so exatamente iguais.

Comparando o exemplo figurado com o nosso cotidiano, podemos perceber que comum existirem consequncias distintas para aes semelhantes realizadas pela mesma pessoa ou por pessoas diferentes.

Isso acontece porque so vrios os fatores que influenciam na composio de uma ao, tornando-a nica. E como consequncia natural, cada ao gera tambm uma reao exclusiva.

Se pudssemos realizar duas aes idnticas em todos os seus aspectos, as suas consequncias tambm seriam idnticas em tudo. Porm isso impossvel, pois toda ao por mais parecida que seja difere em alguma coisa de outra realizada, considerando a qualidade do agente, o momento, o local e as caractersticas de quem observa ou recebe a ao. Cada momento nico em nossas vidas, e cada ao exclusiva.

Toda Ao indita

Toda ao composta de um fator objetivo, direto e impessoal que podemos medir, calcular e prever uma respectiva reao proporcional; e de um fator subjetivo, indireto, pessoal, que difcil de mensurar pois envolve as qualidades e atributos do agente, utilizadas na sua execuo.

Pagar uma conta no banco na data do vencimento quita a dvida contrada anteriormente, independentemente do sentimento de quem paga; tomar o remdio certo na dosagem adequada, cura o doente independentemente de sua crena; uma casa sem uma base segura, construda numa barreira sem vegetao em poca de chuva tem grande probabilidade de cair, e isso independe da qualidade dos seus moradores. T

Apesar de sabermos que existem casos de pessoas que no pagam a conta e tem a sua dvida quitada; pessoas que tomam plulas de acar em vez de remdio, e ficam curadas; e de pessoas que moram em casas mal construdas e em reas de risco e que apesar disso nunca vivenciaram um desmoronamento, fica fcil associar uma ao a uma reao e com ajuda da estatstica, achar um percentual de chance de acontecer algo diante de determinada ao.

Analisando apenas esse lado objetivo da ao, j temos condies de elencar uma srie de aes que nos interessa praticar e outra poro que no nos atrai. Observando apenas esses resultados provveis.

Toda ao tem um resultado esperado e as chances de conseguirmos o que queremos so diretamente proporcionais ao esforo empenhado em sua execuo. Quanto maior o esforo, a fora despendida na gerao de uma ao, maiores so as chances dela atingir o resultado desejado.

Para empurrar uma mesa de um lugar para outro necessrio que se supere a fora de atrito esttico exercida pelo cho, na mesa. Se o esforo for pequeno, nenhum efeito ser visvel.

E mesmo superando a fora de atrito, quanto maior for o esforo, maior ser a velocidade que a mesa se mover.

Vrios aspectos de uma ao podero ser observados e repetidos por uma pessoa que pretende alcanar os mesmos resultados do agente primeiro.

Todavia, existe alguns fatores que so difceis ou at impossveis de se repetir, tornando qualquer ao indita no universo:

1 O momento e o lugar;

2 O cdigo de conduta da sociedade;

3 O sentimento e inteno do agente;

4 O grau de informao do agente;

5 A maneira, o jeito, a forma de agir.

6 Quem recebe a ao;

Todo momento nico e diferencia uma ao de outra, proporcionando resultados diferentes. Plantar uma semente na lua cheia diferente de plant-la na lua crescente e a cada instante a lua est diferente, mesmo que no consigamos perceber. Cada lugar possui caractersticas que podem ser determinantes na hora de colher os resultados do plantio. O solo, o clima, a gua, os insetos, etc.

Como a sociedade enxerga determinada atitude, influencia na sua consequncia.

Uma pessoa que age com honestidade e est prximo de pessoas desonestas sente as consequncias de suas aes diferentemente de que quando ele ou outra pessoa age diante de pessoas com o mesmo grau de honestidade.

A histria da humanidade est cheia de exemplos de pessoas que foram perseguidas por fazerem coisas certas diante de pessoas que agiam erradamente: Jesus, seus discpulos, Joo Batista, etc.

De acordo com a evoluo moral, intelectual e espiritual da sociedade, algumas atitudes que antes eram consideradas aceitveis, podero ser consideradas infraes graves sujeitando o infrator a punies.

J houve momentos na histria da humanidade onde mortes e torturas aconteciam com a concordncia da maioria das pessoas; hoje existem rgos internacionais de direitos humanos que tem por objetivo coibir aquelas prticas, hoje inaceitveis.

Um fumante dos dias de hoje no tem o mesmo status de um fumante de trinta anos atrs. Hoje a sociedade j cansou de pagar o preo das consequncias do tabagismo e mesmo ainda permitindo que pessoas fiquem ricas s custas da sade de outros, o fumante visto de uma maneira diferente, pode inclusive ser alvo de preconceito e at ser excludo de algum grupo como consequncia de sua atitude.

So duas as grandes causas das nossas falhas: ignorncia e falta de ateno. Errar por no saber a forma certa de agir o mais comum, mas s vezes sabemos a forma certa de agir e por simples falta de ateno ainda falhamos.

Muitas vezes o efeito muito semelhante independentemente de qual foi a causa do erro. Em um acidente de carro tanto faz se foi impercia ou falta de ateno o impacto o mesmo. Porm, em algumas situaes, existe grande diferena no efeito. Ex.: uma pessoa pisa no p de outra. Se ficou claro que foi sem inteno, normalmente no se guarda rancor, nem a vtima toma qualquer providncia contra o agente, mesmo que tenha havido algum dano para ela. Porm se houve inteno do agressor que agia com ignorncia, sem respeitar a individualidade do outro, as consequncias podero ser muito mais graves para o agente que poder sofrer uma vingana ou responder na justia dos homens por danos materiais e morais.

Fazer alguma coisa com interesse de obter algo em troca no tem o mesmo efeito de fazer algo por amor, simplesmente pensando no prximo.

At mesmo na justia dos homens existem atenuantes e agravantes a uma pena que imposta ao infrator. E a pena maior quando o crime doloso (com inteno) e menor quando culposo (sem inteno)

Uma pessoa que j tem conhecimento sobre algumas verdades da vida e comete erro, sofre mais que outro que falhou por inteira ignorncia. Entender porque isso acontece, no to difcil, pois se a razo da existncia da lei do merecimento nos mostrar um caminho a seguir, compreensvel que uma pessoa sinta um desconforto quando agir fora dos padres de valores ensinados com o exemplo de Jesus. Mas se a pessoa j passou por essa experincia e desconfia que deve mudar sua ao mas no muda, o universo o ajudar a ter a confirmao de que precisa para compreender que est agindo errado, fazendo com que ele passe por um sofrimento maior que o primeiro e assim siga no caminho do acerto.A quem muito foi dado, muito ser exigido (Jesus)

A maneira exclusiva que cada um executa uma ao, tambm a torna nica. E observando as consequncias de nossas atitudes, podemos aprimorar nosso jeito, nossa maneira de falar e de agir, para que possamos conseguir alcanar sempre os nossos objetivos.

Falar a verdade para algum pode trazer consequncias desagradveis, como o trmino de uma amizade; mas tambm pode ter um efeito positivo e fortalec-la ainda mais. Depende entre outras coisas da maneira que se fala, do momento, do sentimento e da habilidade de quem fala.

Por isso que devemos estar dispostos a mudar o nosso jeito de agir, e procurar a forma ideal de fazer cada coisa.

Na medida que medirdes sers medido (Jesus)

Mesmo diante de tantos fatores que influenciam o resultado de uma ao, podemos usar a nossa inteligncia e observar com toda a ateno as consequncias de cada ao praticada e classific-las em erradas ou certas, de acordo com os frutos que elas gerarem.

E na hora de executar uma ao que julgamos certa, devemos observar o momento, o local, o nosso sentimento e a nossa inteno para que estejamos cada vez mais preparados para fazermos melhores escolhas e construirmos uma realidade cada vez mais tranquila e feliz.Todo mundo diferente

Podemos classificar as aes por si mesmas como ruins ou boas, mas sem dvida nenhuma, o fator mais importante a observar e compreender, para podermos ter uma viso mais completa sobre a lei do merecimento que cada pessoa recebe um acontecimento da sua prpria forma, isto , um mesmo acontecimento pode ser pssimo, ruim, bom ou at timo, dependendo da pessoa que observa, sente, pensa, examina e conclui.

Quanto mais conscincia e evoluo, mais se percebe o bem, o amor de Deus nos acontecimentos, em nossas vidas. Assim, quando se tem confiana e fidelidade a Deus, a nossa percepo, da natureza das coisas, muda inteiramente.

Dormir por 4 horas seguidas, pode ser desgastante para muitos, mas pode ser um grande presente para outros que tem dificuldade de dormir.

Trabalhar sem ganhar nenhum dinheiro em troca pode ser uma punio para alguns e a realizao de outros.

Por isso no basta observar as consequncias de uma ao para saber se o agente ruim ou bom. Temos que observar o estado de esprito de quem age, diante das consequncias de suas aes; pois se uma pessoa est tranquila, em paz e feliz, como poderemos dizer que ela est colhendo espinho?

Huberto Roden cita em de seus livros, que existe 3 tipos de sofredores: o revoltado, que aquele que sofre mais por no aceitar est passando por um tipo de sofrimento, o conformado que o que j est acostumado a sofrer e no esboa nenhuma reao, aceitando simplesmente a realidade e finalmente o regenerado que aquele que aprende com suas falhas, observando o sofrimento (consequncia) e agradecendo a Deus pela oportunidade de saber do erro e de no errar mais.

Talvez seja por isso que Buda disse: No existe caminho para a felicidade. A felicidade o caminho. Pois no existe um manual com as aes ou coisas que devemos fazer para sermos felizes, o que temos que fazer apenas receber como bem o presente que est em cada momento e assim viver a felicidade.

Uma pessoa que assimilou bem o sentido da existncia da lei da causa e efeito, chega a concluso que as coisas acontecem sempre da melhor forma possvel para cada um de ns. Pois se fazemos coisas que nos afasta de nosso objetivo maior de religao com o Divino, o universo se encarrega de nos mostrar onde foi que erramos e nos d a chance de nos corrigirmos e de voltar a trilhar o caminho.

Muitas pessoas vivem postergando a felicidade at a conquista de determinada coisa ou a chegada de determinado tempo. No sabem eles que aqueles que no podem ser felizes com o que tem agora, no sero felizes por ter mais alguma coisa no futuro. S sero felizes quando tiverem verdadeiramente o conhecimento de que podemos receber sempre o bem, com humildade para corrigirmos nossas falhas, mas tambm com alegria pela confiana em Deus e em suas leis; com conscincia de que temos tudo o que precisamos para sermos felizes nesse exato momento de nossa existncia. E assim poderemos viver o presente em todos os sentidos, aproveitando da experincia passada para construirmos um futuro melhor, agindo no presente.

Mas se cada um recebe um presente de uma forma, no podemos ter a certeza de que quando fazemos o bem para algum ele receber como bem. Na verdade, no podemos nem dizer que fizemos o bem a algum, pois ele quem sabe se recebeu o bem.

Existe uma relatividade na forma de viver cada momento, com felicidade proporcional ao conhecimento, sabedoria e evoluo de cada um.

O que temos que fazer sempre o bem, com base nos nossos julgamentos do que errado e o que certo. Algum pode at achar que fizemos o mal para ela, mas no futuro, quando ela tiver conscincia da lei da causa e efeito, saber que foi o bem e se ela quiser poder tirar algumas concluses do acontecido e mudar sua vida para melhor.

E ns podemos at perceber que deveramos ter agido de outra forma, e irmos nos aprimorando cada vez mais, mas ficaremos tranquilos em saber que fizemos o bem, da melhor forma que podamos fazer naquele momento.Justia Divina

No comando de tudo est o Grande Arquiteto Universal e atravs de sua justia, cada um recebe o que merece, na medida exclusiva e correspondente ao conjunto de aes realizadas.

Nada foge a Justia Divina, tudo que acontece no Universo est conectado e cada um tem exatamente o que merece. Podemos, s vezes, pensar que algum foi injustiado, mas isso s acontece por falta de conhecimento de quem julga o acontecimento. Ns temos o conhecimento parcial das coisas e por isso ainda percebemos injustias.

Injustia a palavra que usamos para qualificar o merecimento de algum, quando no conseguimos ligar o acontecido a sua real causa. A injustia consequncia de nossas limitaes. A medida que conseguimos perceber as verdadeiras amplitudes das causas, percebemos que nada escapa a Justia de Deus.

Olho por olho, o mundo acabar cego. (Mahatma Ganghi)

Ns humanos precisamos compreender melhor as leis universais e saber que no precisamos nos preocupar em nos vingar ou fazer com que algum pague pelo que fez a outro. O Universo se encarrega de mostrar o erro para o causador do mal.

Quando uma pessoa faz mal a outra; quem sofre est recebendo a colheita do que plantou, mas quem faz o outro sofrer est plantando espinhos para uma colheita desagradvel e obrigatria no futuro.

Ns devemos ser justos com nossos filhos, com nossos subordinados, no exerccio de nossas funes, mas no devemos procurar fazer justia com nossas prprias mos, isto , querer forar algum a colher o que plantou sem ser essa a nossa funo ou misso na sociedade; pois isso sujeita uma pessoa a uma nova colheita do que plantou e a colheita nem sempre ser agradvel.

Sejamos justos como o nosso Pai Celestial, que faz cair chuva e sol sob injustos e justos

(Jesus)

Muitas vezes, ainda, nos sentimos injustiados e examinamos uma situao de forma limitada, sem conseguir achar uma ligao de nossa ao com o que nos acontece. Pensamos em acionar a justia e esquecemos de examinar profundamente nossas atitudes e de receber o bem presente em cada instante.

Para termos uma boa companheira ao nosso lado, temos que ser bons maridos. Para ter um bom filho, temos que ser bons pais.

Quando algum se acha injustiado, j se mostra inconsciente e sem f em Deus. Quem acredita em injustia, acredita no acaso e desconhece Deus e sua justia divina.

Um sbio, quando se v aparentemente injustiado, mergulha em si mesmo e procura onde tem que melhorar no seu praticado para conseguir colher frutos mais saborosos, sem se esquecer de agradecer a quem est no comando do universo pela oportunidade de estudo, aprendizado, mudana e de alcance de dias melhores.

Certa vez, Jesus contou a parbola dos trabalhadores na vinha, que mostra que devemos nos ocupar em fazer a nossa parte bem feita, sem olhar para o que os outros fazem e recebem em troca, pois muitas vezes outras pessoas fazem menos e ganham mais, aparentando injustia. Mas o dono da plantao conhece cada um dos trabalhadores e d para cada um o que realmente merece. Omisso AoO Navio no porto est seguro, mas ele no foi feito para isso (William Shedd)

Outro detalhe dessa grande lei universal que a omisso tambm uma ao e tem suas consequncias diretas e indiretas.

Se algum precisa de socorro imediato e uma outra pessoa simplesmente se omite, no podemos dizer que o omisso foi o causador da situao, mas podemos dizer que ele podia amenizar ou auxiliar na resoluo do problema e fez uma escolha: se omitir. A escolha tambm trar ao agente, consequncias que podero no ser as melhores. Talvez quando ele precisar de ajuda algum poder se omitir tambm ou at agir com a inteno de prejudic-lo se tiver se sentido prejudicado. O Universo dar o seu jeito de fazer com que o omisso perceba que ele faz parte de uma coletividade e que no deve se omitir; fazendo com que ele sinta que na medida que medimos seremos medidos.

Ao passo que quando uma pessoa se prontifica a auxiliar e consegue amenizar o sofrimento de outro ela est plantando uma semente que lhe dar bons frutos no futuro, j que quando ela precisar de ajuda, ser ajudada e mesmo que no precise de ajuda receber presentes de gratido, enfim, o universo dar seu jeito para que ela seja gratificada por fazer o bem.

Do mesmo jeito que a omisso pode ser negativa, pode ser positiva tambm, pois em algumas situaes onde poderamos agir sob o domnio da raiva e conseguimos simplesmente nos controlar e no agir naquele momento, estamos na verdade agindo de forma omissiva positivamente, pois mais tarde teremos a oportunidade de pensar e com tranquilidade escolher melhor as aes adequadas para resolver o problema e trazer de volta a paz.

Muitas vezes por timidez ou por comodidade no nos expomos, omitimos nossas opinies e at fingimos concordar com algum.

Quem age dessa forma, pode at evitar um conflito momentneo com uma ou mais pessoas, mas aumenta a intranquilidade interior e diminui a possibilidade de aprendizado dos envolvidos.

Um sbio, encontra uma maneira de falar sua verdade, clara e mansamente, sem querer convencer a ningum a pensar igual a ele e com total disposio de mudar seu pensamento diante do exame dos argumentos apresentados. Isso nem sempre to fcil, mas se no comearmos o trabalho, sempre assim ser. Quanto mais nos esforarmos, mais fcil ficar essa ao que s traz benefcio a quem no se omite e a quem escuta.

Jesus nos ensinou que mais fcil vermos as pequenas falhas nos outros do que vermos as nossas grandes falhas. Ento, se eu tiver muitos amigos no omissos, poderei ouvi-los e saber at das minhas menores falhas; e ajudarei a eles tambm a corrigir os seus pequenos defeitos.

A falsidade e a mentira no esto ligados ao caminho de Deus, temos que ser verdadeiros, transparentes, autnticos, dispostos a colaborar com o bem maior de toda coletividade, seja mostrando a nossa verdade, seja aprendendo ouvindo a verdade dos outros.

Jesus, bom plantador

A lei do merecimento age sobre todos os espritos em evoluo e tambm nos seres que vem a terra auxiliar na nossa evoluo.

Mas como podemos entender isso se Jesus, o filho de Deus, esteve aqui na terra, s fez o bem e mesmo assim foi crucificado?

Para auxiliar na compreenso, podemos examinar um caso hipottico mas que j deve ter acontecido inmeras vezes entre os seres humanos. Imaginemos uma pessoa que se envolve numa briga na rua e processada, julgada e condenada pela justia dos homens a trabalhar sem remunerao num hospital pblico. Facilmente podemos perceber que a pessoa estar pagando pelo que fez, aplicao clssica da lei da causa e efeito. Plantou, colhe. Mas se nesse mesmo hospital pblico estiver trabalhando uma pessoa que nada fez de errado para algum? movido apenas pelo amor ao prximo e sem ganhar nada em troca? Essa pessoa estar pagando pelo que? Claro que ela no est pagando nada.

A chave para entender a diferena que a primeira foi condenada, obrigada a cumprir determinada tarefa e a segunda realmente voluntria. Na lei do merecimento, o plantio livre mas a colheita obrigatria. Logo se algum no est sendo obrigada a cumprir algo, ela no est colhendo e sim plantando.

Jesus no colheu nem um espinho, esteve sempre plantando flores, pois ele no estava obrigado sequer a vir a terra e ele demonstrou vrias vezes que sabia o que aconteceria com ele e nada fez para evitar, muito pelo contrrio deu ordens claras a Judas para que agisse da maneira como tinha que agir, para que tudo acontecesse como tinha que acontecer. "O que voc est para fazer, faa depressa", (Jesus).

O Pedido

Pedi e recebereis, procurai e encontrareis; batei e vos ser aberto. Pois quem pede, recebe; quem procura, encontra; e para quem bate, se abrir. (Jesus)

importante saber como funciona o pedido para compreendermos essas palavras de Jesus. Pois como pode o Deus onisciente no saber o que algum merece receber? Se algum merece receber independentemente de pedir?

Com certeza, quem merece recebe; mas importante destacar a fora do pedido, esse instrumento que permite mudar o merecimento e transformar um no merecedor em um merecedor. Uma pessoa com sede, pode ficar muito tempo esperando algum lhe oferecer um copo de gua, mas um simples pedido pode fazer com que muitas pessoas tragam um copo com gua e que sua sede seja saciada. A razo do pedido no informar a Deus (onisciente) da necessidade de algum. O pedido feito com sentimento, coloca quem pede num lugar mais prximo de receber. Quem pede se dispe a trabalhar e se esforar para receber o que procura.

O pedido uma ferramenta facilitadora para o alcance do que queremos, o primeiro passo para chegarmos no destino almejado. No exemplo do copo de gua o passo suficiente para receber o que falta, mas nem sempre o nico passo para se chegar onde queremos.

Quem pede dinheiro pode receber uma oferta de emprego, onde ele ter de trabalhar para receber o que merece.

Quem pede pacincia, no recebe uma plula para engolir e adquirir mais pacincia, recebe um caminho para trilhar e chegar onde deseja, um caminho de auto conhecimento e auto controle.

Quem pede para passar em um concurso deve ficar atento aos sinais para dar os prximos passos: os livros para estudar, a abertura de inscries em concursos, propaganda de cursinhos, etc... No pense que o seu nome ir aparecer na lista de aprovados sem que voc tenha dado os passos seguintes.

Mas temos que saber que existem pedidos especficos que no so possveis de serem atendidos. Muitas mes choram e pedem a Deus para que seus filhos sobrevivam a determinada doena e saiam do hospital, mas so poucas que so atendidas. Se pedirmos a Deus que nos d imediatamente alguma coisa, a probabilidade de ser atendido torna-se pequena. Tem coisas que dependem do querer de outra pessoa, ento no adianta pedido a Deus, pois o Pai sempre respeita o livre arbtrio de seus filhos.

E se algum pede para que chova e outro para que faa sol, quem Deus atender? Claro que a lei do merecimento ser cumprida, atendendo ao pedido de alguns e deixando de atender a outros.

Assim, o pedido um instrumento para se conseguir alcanar um objetivo, mas no podemos afirmar que um pedido absoluto e que sempre ser atendido da maneira exata que pensamos que devemos ser atendidos.

Da mesma forma age a orao, que um pedido feito a Deus; e quanto mais se tem f, isto , confiana, fidelidade e sintonia Nesse a quem pedimos, maior a probabilidade de sermos atendidos.

Se tiveres a f como um gro de mostarda, movers montanhas (Jesus)

O Futuro e o destino

Como consequncia natural da lei do merecimento, podemos concluir que tudo j est escrito, o futuro j existe e mesmo tendo nosso livre-arbtrio, as nossas escolhas j so esperadas.

Somos hoje, quase 7 bilhes de seres humanos e para que nossas aes uns com os outros estejam perfeitamente de acordo com a lei do merecimento, com a justia divina, chegamos a concluso bvia que toda a histria da humanidade j est escrita.

Os acidentes, as loterias, as oportunidades, os amigos, os filhos, o ambiente onde vivemos, tudo est de acordo com o nosso merecimento. Como poderia haver tantas coincidncias? voc que est lendo esse livro agora e no o seu vizinho, como essa oportunidade se apresentou para voc e no para ele? Mactub (est escrito).

Assim podemos entender melhor como que mesmo com a nossa liberdade de escolha de nossas aes, algum pode prever o futuro. No nosso nvel de conscincia temporal, vivemos apenas o presente, numa sequencia onde o passado gera o futuro; mas em um nvel mais alto de conscincia possvel acessar o futuro que j est escrito para que tudo acontea de acordo com a justia divina.

Modificar o futuro no possvel, pois seria como driblar a lei de causa e efeito. Se s vezes recebemos um aviso para tomarmos cuidado com um provvel futuro, tanto o aviso quanto o futuro j faziam parte de nosso merecimento.

Acessar o futuro possvel, mas exige de quem acessa a conscincia e a fidelidade a Deus, de modo a no alterar nada para proteger ou prejudicar outras pessoas.Os fins no justificam os meios

Muitos tentam encontrar uma forma de justificar atitudes negativas explicando que s vezes necessrio uma ao mais enrgica, mesmo que negativa, para impedir que um mal maior acontea - os fins justificam os meios .

Um exame mais profundo deixa claro o equvoco dessas pessoas que acreditam que podem plantar espinhos e colher flores. Toda ao gera uma reao, quem planta espinho, colhe espinho, quem planta flores, colhe flores.

Se preciso matar uma pessoa para que um milho no sofra, Quem est no comando do Universo quem tem que providenciar que isso acontea, se for do merecimento dos envolvidos.

Ns no devemos agir na funo de Deus, de superior e fazer o mal a algum para evitar um suposto mal maior. Quem sabe se mal ou bem o Autor da criao; o que temos que fazer a nossa parte bem feita e assim atrair o bem para as nossas vidas.

Quem acha certo tirar a vida de algum, para evitar que ele prejudique outras pessoas, est usando uma medida para medir que poder ser usada nele prprio quando o medirem, isto , a consequncia de sua atitude poder ser que algum tire a vida dele para evitar que ele prejudique outros. O primeiro julga saber o que certo e o segundo tambm.

Se fizermos a nossa parte bem feita, e confiarmos na justia divina, que nunca falha, no temos que temer a situaes difceis.

Qual o nosso bem maior? O que podemos ou devemos fazer para defend-lo?

O nosso bem maior so nossas vidas, oportunidade para evoluir, desenvolver, se conscientizar e aprender. E mesmo diante da possibilidade de perder um bem de to grande valor, Jesus pediu a Pedro que guardasse a espada que ele usava para evitar que os soldados o prendessem dizendo: Embainha a tua espada, pois quem com o ferro fere, com o ferro ser ferido.

Em outras oportunidades Jesus tambm falou:

Se bateres em tua face, oferece a outra; se te roubam a capa, oferea tambm a tnica; se querem te forar a andar mil metros, se dispe a andar trs mil metros. No se oponha ao maligno.

O verdadeiro tesouro nem as traas roem, nem o ladro pode roubar

A morte um processo natural de transio de um esprito, de encarnado para desencarnado que todos tero que vivenciar por muitas vezes. o trmino de uma experincia material de um ser espiritual. A morte no algo negativo, apenas parte de processo necessrio e no precisamos evit-la a qualquer custo.

A maioria das pessoas, mesmo as que se dizem espiritualizadas, ainda no tem a compreenso clara do que a vida, de quem somos ns, do que ser um esprito e no tem noo da to minscula parcela que uma encarnao diante da vida eterna.

Quase todos os seres humanos so apegados a sua encarnao como se fosse a sua nica existncia e isso o torna disposto a fazer qualquer coisa para defender essa suposta nica e exclusiva oportunidade de viver.

Quando chegarmos a um nvel de conscincia mais elevado, poderemos perceber que melhor deixar temporariamente a matria fazendo o bem e o que certo, do que permanecer encarnado fazendo o mal, o que errado perante Deus. Pois a vida eterna e o ciclo de encarnaes continua at que desapeguemos totalmente e estejamos dispostos a fazer o bem em qualquer circunstncia.

Bem aventurados os que forem perseguidos por falar em meu nome, grande ser a recompensa nos cus (Jesus)

Se uma pessoa j colheu os espinhos que plantou e agora s planta flores, necessariamente ela s colher flores. Mesmo que aos olhos dos outros ela esteja numa situao desagradvel ou de sofrimento, certo que ela estar se sentindo bem e recebendo o bem em sua vida.A Balana da humanidade

Alguns acontecimentos trazem as mesmas consequncias para um grupo de espritos, que pode ser um grupo formado por poucas pessoas, como os membros de uma famlia, pode ser um grupo maior, como os cidados de uma cidade ou pode ser um grupo maior ainda composto de todos os seres de um planeta.

Acidentes com mortes coletivas, a poluio do meio ambiente, um dia chuvoso ou ensolarado, uma lei municipal, estadual ou federal, a extino ou o surgimento de uma nova espcie de animal ou a vinda de um mensageiro de Deus, entre outros acontecimentos, produzem uma consequncia para muitas pessoas de uma s vez e muitas doutrinas classificam esses acontecimentos como carma ou merecimento coletivo.

fcil perceber que isso realmente acontece, isto , muitos enfrentam a mesma situao diante de determinado acontecimento. Mas temos pelo menos trs aspectos a examinar sobre o assunto:

1 O que realmente causou o acontecimento;

2 O que o acontecimento;

3 As consequncias em cada um;

Pode acontecer de um avio cair por impercia do piloto, por falha mecnica, ou por muitas outras razes. Mas dificilmente um avio cair por falhas idnticas de todos os passageiros e tripulantes ao mesmo tempo. Algo aconteceu especificamente que causou a queda de um avio. Mas nem por isso podemos dizer que aconteceu uma injustia, pois os passageiros nada tinham a ver com as habilidades do piloto. Temos que examinar mais do alto o acontecido e perceber que no foi por acaso que aquele comandante pilotava aquela aeronave exatamente naquele voo. Todos ali presentes estavam merecendo e existiu uma razo maior para o acontecido, uma razo ligada ao momento certo de cada um dos passageiros desencarnarem.

O acontecimento algo que influencia a vida de uma pessoa, sem que ela diretamente tenha feito algo no plano fsico que o causasse, mas que sem sombras de dvidas faz parte do merecimento de cada um dos envolvidos.

As consequncias podem ser exatamente as mesmas para todos em um acontecimento, mas existem outros fatores que modificam a colheita individual de cada um dos envolvidos. No exemplo da queda do avio, no podemos afirmar que todos tiveram o mesmo merecimento. Um dos passageiros poderia ser um preso que estava sendo removido para uma das piores prises brasileiras, outro poderia ser um doente terminal, um poderia ter 120 anos, um solteiro, outro casado, enfim cada um tem a sua prpria histria, sua bagagem de conhecimento e cada parente ou amigo de uma das vtimas tambm entender o acontecido de uma forma diferente. Uma das poucas coisas que podemos afirmar que por motivos diferentes, todos terminaram uma etapa de evoluo espiritual no mesmo momento mas com certeza cada um sentiu de forma diferente as mesmas consequncias sofridas.

Todos temos nossa caminhada individual e consequentemente nosso quinho para receber, mas como num conjunto de vetores, h sempre uma resultante que aponta numa determinada direo e numa determinada intensidade. Assim o merecimento que temos em comum com os demais espritos: uma famlia merece morar na mesma casa, as pessoas de uma cidade merecem um dia de chuva ou de sol, ar poludo ou puro; as pessoas de um pas merecem os seus governantes e leis; e toda a humanidade merece a extino ou o surgimento de uma nova espcie, a vinda de um mensageiro de Deus ou inmeros outros acontecimentos relacionados com o convvio em comum, pois todos merecemos estar encarnados e sermos vizinhos uns dos outros.

Tem coisas que foram feitas com a participao direta de pessoas e somente elas recebem as consequncias do que fizeram. Ex.: as pessoas envolvidas no nazismo que torturaram milhares de outras, com certeza pagam, pagaram ou iro pagar pelo que fizeram.

Tem outras coisas que mesmo sem ter uma participao direta na causa, muitos sentem as consequncias, por exemplo: se uma indstria poluir a gua de um rio que abastece uma cidade, mesmo sem ter participao na causa, muitos sentiro os efeitos. Porqu acontece isso? Porqu os motivos para algum merecer vivenciar uma experincia so diversos e as formas de receber tambm. Aparentemente seria injusto que uma cidade inteira fique sem gua por causa de alguns egostas ou imprudentes. Mas se Deus justo e bom, com certeza as pessoas da cidade fizeram por onde merecer vivenciar a experincia.

Numa famlia que vive sob o mesmo teto, se algum quebra o chuveiro, prejudica todos os membros da famlia. Ento temos uma responsabilidade uns com os outros e se conseguirmos cumprir algumas regras de boa convivncia, ningum ser prejudicado. Assim, no podemos ser egostas, devemos nos atentar para o nosso aprendizado e contribuir para que o mundo fique cada vez um melhor lugar para se viver.

Outras Consideraes

Acredito que j temos informao suficiente para compreender um pouco mais sobre o merecimento de cada ser vivente que tem livre-arbtrio e habita esse planeta chamado Terra. Mas e antes de sermos criados como funcionava a lei de causa e efeito? As aes do ser primordial tinham consequncias? Ento a lei de causa e efeito e todas as leis universais fazem parte da prpria essncia divina? Se tudo tem uma causa, o que fizemos para merecer existir? Ns somos Deus?

Sim, somos Deus, pois como poderamos sermos criados por um nico ser onipresente sem sermos parte dele prprio? Se fossemos outra coisa alm de Deus, ento Ele no seria a origem, o princpio. Ns existimos porqu Deus quis vivenciar a experincia da criao.

A histria est escrita (veja captulo Futuro e Destino) mas ns ainda estamos a vivenciando minuto a minuto.

Existem cincias tais como a Numerologia e a Astrologia que nos ajudam a compreender o nosso passado, presente e futuro. No que os astros ou os nmeros influenciem as nossas vidas, mas o estudo deles nos revelam sinais que facilitam o entendimento da nossa vida na terra. apenas a demonstrao de outra grande lei universal: o que est em baixo como o que est em cima. (Princpio da Correspondncia)

Assim como na planta de nossos ps existem pontos ligados as mais diversas partes do corpo; e pela nossa iris podemos saber como est a sade de todo o nosso organismo; no cu existem sinais de como a histria da humanidade se desenrolar e os nmeros revelam aspectos da grande histria escrita pelo Arquiteto Universal.

As palavras: azar e sorte, apontam para colheitas que no conseguimos fazer a correlao com um plantio nosso, mas com certeza consequncia de alguma atitude nossa, pois nada foge a lei.

Muitos dos acontecimentos que observamos podem parecer injustos aos olhos de quem no tem conhecimento e clareza suficiente para entender, mas nada escapa desse princpio que faz com que a Justia Divina se estabelea em todo Universo.

Jesus contou-nos uma parbola onde trabalhadores foram chamados para trabalharem numa vinha e foram contratados em diferentes horrios, mas estranhamente o pagamento era o mesmo. Como pode ser justo uma pessoa trabalhar oito horas enquanto outra trabalha apenas uma e no final do dia todos receberem a mesma retribuio?

Na parbola o fazendeiro quando contestado pergunta a cada um por quanto ele havia sido contratado e quanto ele recebeu e ento revela-se o real sentido da parbola: cada um de ns deve fazer a sua parte bem feita para merecer cada vez mais. Mas no devemos invejar o prximo que trabalha menos que ns e que muitas vezes ganha mais; pois existe algum no comando desse universo e que atravs de suas leis, faz com que cada um receba o que merece, mesmo que no parea. difcil para mim compreender como essas leis funcionam em minha vida, e muito mais difcil entender a aplicao delas nas vidas dos outros... Concluso

A lei da causa e efeito a ferramenta usada por Deus para transformar pedras brutas em esttuas perfeitas. a sua existncia que elimina as injustias e acasos e nos faz tomar conscincia do errado e do certo, nos impulsionando para perto de Deus.

Enquanto no se tem conscincia dessa verdade, existe mais sofrimento e tristeza. Mas com a evoluo espiritual e quando realmente compreendemos esse mecanismo universal, fica bem mais fcil de trilhar o caminho com alegria, sentindo a presena de Deus em cada instante de nossas vidas e com disposio a mudar para chegarmos a perfeio.

importante sabermos que ainda nos falta entendimento sobre a justia divina, nos falta clareza sobre a natureza de todas as aes praticadas por determinada pessoa para que possamos julgar injusto ou justo as suas consequncias.

O que temos que fazer a nossa parte, e bem feita, sem omisses, sem revoltas e sem julgar os outros, para que possamos receber sempre o bem que est presente em cada momento e assim vivermos em paz.