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COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR

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COMISSO DE CONTROLE DE INFECO HOSPITALAR

CONTEXTO HISTRICOA Infeco Hospitalar , surgiu desde a idade mdia, poca em que foram criados abrigos para alojar pessoas doentes ,pobres, invlidos e peregrinos

Estes locais ,tambm chamados de hospitais ,no possuam assistncia mdica,com ms condies de higiene e de saneamento bsico

Grandes personagens participaram da busca por pesquisas que abrangessem as causas, consequncias e prevenes da infecesCONTEXTO HISTRICO1847: Ignaz Semmelweis, demonstrou a importncia da lavagem das mos

1859: Florence Nightingale, apresentou uma abordagem epidemiolgica das doenas infecciosas e hospitalares

1860: Joseph Lister, passou a pulverizar o ar das salas cirrgicas com cido fnico

1928: Alexander Fleming, descobriu a PenicilinaContexto histricoNo Brasil, as primeiras referncias ao controle da contaminao hospitalar surgiram na dcada de 50.

1976 - Decreto do MS n 77.052 de 19/01/1976:

...nenhuma instituio hospitalar pode funcionar no plano administrativo se no dispuser de meios de proteo capazes de evitar efeitos nocivos sade dos agentes, pacientes e circunstantes...

CONTEXTO HISTRICONo Brasil, a primeira Comisso de Controle de Infeco Hospitalar (CCIH) foi formada em 1963

Em 1983, a Portaria n 196 do Ministrio da Sade (MS) determinou a criao e a normatizao das CCIH

Em 1985, Morte do presidente Tancredo Neves supostamente relacionada com deficincias no controle das IHs -Foi publicado o Manual de Controle de Infeco HospitalarINFECO : CONCEITO Uma infeco causada pela presena e multiplicao de microrganismos* no organismo humano, desencadeando uma resposta imunolgica que pode condicionar o aparecimento de sintomas.

* bactrias, fungos, vrus e protozorios.INFECO COMUNITRIA a infeco constatada ou em incubao no ato da admisso do paciente, desde que no relacionada com a internao anterior no mesmo hospital.

Infeco que est associada com complicao ou extenso da infeco j presente na admisso, a menos que haja troca de microorganismos com sinais ou sintomas fortemente sugestivos da aquisio de nova infeco.Infeco hospitalar - ihA infeco hospitalar definida pela Portaria MS n 2616 de 12/05/1998 como :

Aquela adquirida aps a admisso do paciente e que se manifeste durante a internao ou aps a alta, quando puder ser relacionada com a internao ou procedimentos hospitalaresINFECO HOSPITALAR -IHConsidera-se infeco hospitalar toda manifestao clnica de infeco que se apresentar a partir de 72 horas aps a admisso

So tambm convencionadas IH aquelas manifestadas antes de 72 hs da internao, quando associadas a procedimentos diagnsticos e/ou teraputicos, realizados durante este perodo

No Brasil estima-se que 5% a 15% dos pacientes internados contraem alguma infeco hospitalar

Riscos de adquirir uma ihPara que a infeco hospitalar ocorra necessrio:

A existncia de uma fonte de infeco

A transmisso do agente etiolgico e a susceptibilidade do paciente infeco

Qualquer pessoa que obrigada a internar-se em ambiente hospitalar para tratamento mdico est sujeita a contrair uma infeco hospitalar.

RISCOS DE ADQUIRIR UMA IHSo considerados pacientes de risco:

Crianas, recm- nascidos e idosos Portadores de diabetesPacientes com o sistema imunolgico deprimidoPacientes submetidos a procedimentos invasivos (cirurgias) Colocao de sondas ou de cateteres, entubao.

O papel do estado no controle de infeces hospitalaresA infeco hospitalar um grave problema de sade pblica e representa um grande desafio a ser enfrentado pelo poder pblico para a execuo das aes de preveno e controle de infeco nas instituies hospitalares.

A realidade de muitos hospitais ainda deficiente , quando se trata da inexistncia de Comisses e de Programas de Controle de Infeco Hospitalar para a aplicao das medidas de preveno e controle desses eventos.O papel do estado no controle de infeces hospitalaresO Estado deve buscar atravs de diversos mecanismos regulatrios, fiscalizar e normatizar as prticas de controle de infeco hospitalar

CCIH DEFINIOA Comisso de Controle de Infeco Hospitalar (CCIH) , regulamentada pela Portaria MS 26116\98, um rgo deliberativo que tem por finalidade a definio de aes que visem ao controle e preveno de infeces hospitalares. CCIH- OBJETIVOSElaborar, implementar, manter e avaliar o programa de controle de infeco hospitalar.

Implantar um Sistema de Vigilncia Epidemiolgica das Infeces Hospitalares.

Adequar, implementar e supervisionar as normas e rotinas tcnico-operacionais, visando a preveno e controle das infeces hospitalares.

CCIH- OBJETIVOSCapacitar o quadro de funcionrios e profissionais da instituio, no que diz respeito preveno, tratamento e controle das infeces hospitalares.

Uso racional de antimicrobianos, germicidas e materiais mdico-hospitalares.

Realizar investigao epidemiolgica de casos e surtos, sempre que indicado, e implantar medidas imediatas de controle.

CCIH- OBJETIVOSCooperar com o setor de treinamento ou responsabilizar-se pelo treinamento

Obter capacitao adequada do quadro de funcionrios e profissionais, no que diz respeito ao controle das infeces hospitalares.

Notificar ao Servio de Vigilncia Epidemiolgica e Sanitria do organismo de gesto do SUS, os casos e surtos diagnosticados ou suspeitos de infeco associadas utilizao de insumos e/ou produtos industrializados.

MEMBROS DE UMA CCIHA CCIH dever ser composta por profissionais da rea de sade, de nvel superior, formalmente designados.

O presidente ou coordenador da CCIH ser qualquer um dos membros da mesma, indicado pela direo do hospital.

Conforme a legislao atual, a CCIH deve ser constituda de membros executores e membros consultores, que possuem atividades diferenciadas, porm, complementares nas aes da Comisso. MEMBROS DE UMA CCIHMembros executores

Membros consultores Representam o Servio de Controle de Infeco Hospitalar Sero os profissionais que representaro suas reas de atuao, como medicina, farmcia, enfermagem, microbiologia, lavanderia, servio de higienizao hospitalar.Sua funo ser o fornecimento de orientaes e ou assessorias sobre suas reas, quando solicitados.So os responsveis pela execuo das aes de controle de infeco no estabelecimento de sade20Funes dos membros de uma ccihOs profissionais de uma Comisso de Controle de Infeco Hospitalar dever realizar as seguintes tarefas :

Detectar casos de infeco hospitalar, seguindo critrios de diagnsticos previamente estabelecidos.

Conhecer as principais infeces hospitalares detectadas no servio e definir se a ocorrncia destes episdios de infeco est dentro de parmetros aceitveis.Funes dos membros DE UMA CCIHElaborar normas de padronizao para que os procedimentos realizados na instituio sigam uma tcnica assptica , diminuindo o risco do paciente adquirir infeco.

Colaborar no treinamento de todos os profissionais da sade no que se refere preveno e controle das infeces hospitalares

FUNES DOS MEMBRO DE UMA CCIHRealizar controle da prescrio de antibiticos, evitando que os mesmos sejam utilizados de maneira descontrolada no hospital.

Oferecer apoio tcnico administrao hospitalar para a aquisio correta de materiais e equipamentos e para o planejamento adequado da rea fsica das unidades de sade.

A farmcia e o controle das infeces hospitalaresDentro de uma estrutura hospitalar, a farmcia quem :

Adquire e e/ou prepara todos os agentes antimicrobianos necessrios a teraputica e higienizao hospitalar.

Responde pelo armazenamento e garante a qualidade destes produtos.A farmcia e o controle das infeces hospitalaresAtravs da farmcia, podese garantir o acesso racional e monitorar a utilizao dos antimicrobianos e a utilizao de saneantes e germicidas nos diversos setores do hospital.

Pelos programas de farmcia clnica, o farmacutico pode tambm participar da elaborao de protocolos clnicos para a profilaxia antibitica e para o uso teraputico em infeces bacterianasOnde se insere a microbiologia no ccih ?Busca Ativa da Vigilncia EpidemiolgicaOferecer informaes etiolgicas do processo Apoio a investigao de surtosPesquisas de Resistncia Microbiana Intra Hospitalar Controle de qualidade hospitalar Programas educacionais O papel do microbiologista Atua na CCIH em parceria com mdicos e enfermeiros

Funes Especficas :

Identificao do tipo microbiano Identificao de caractersticas especificas do microrganismoAntibiogramaEducao continuadaPrincipais bactrias causadoras de infeco hospitalarO ambiente hospitalar oferece agentes infecciosos variados e muito resistentes.

Os doentes internados tm um maior risco de adquirirem infeces devido prpria natureza hospitalar, pois vo se expor a microrganismos que no seu dia-a-dia no entrariam em contato.

As bactrias mais frequentes encontradas no ambiente hospitalar so :

Klebsiella pneumoniae

Klebsiella pneumoniae

uma bactria Gram negativa

uma bactria encapsulada

uma bactria anaerbia

Tem forma de bastonete causadora de pneumonias comunitrias, pois ocorre principalmente em pacientes imunocomprometidos.

Gera infeces peditricas relevantes em crianas prematuras.

Staphylococcus aureus

Staphylococcus aureus

uma bactria Gram positiva

uma bactria esfrica

No-esporulada e geralmente no-encapsulada

Pode provocar doenas que se diferenciam em infeces simples como: espinhas, furnculos e celulites

E infeces graves que so : meningites, pneumonia, endocardite, sndrome do choque txico entre outras

Pseudomonas aeruginosa

Pseudomonas aeruginosa

um bacilo Gram negativo aerbiaTolera grandes variaes de temperaturaTm mnimas exigncias nutricionaisEst presente no solo, plantas, frutas e vegetais, Tem preferncia por ambientes midosCausa infeces em diversas partes do corpo

Staphylococcus epidermidis

Staphylococcus epidermidis

uma bactriaGram- positiva

Arranjada em cachos e ttrades

uma das bactrias encontradas na pele dos indivduos

Podem se introduzir na unidade de tratamento intensivo pelos profissionais da sade ou por pacientes, e assim causar infeces oportunistas durante e aps os procedimentos invasivos

Processos Infecciosos mais frequentesSo inmeras as infeces que podem ocorrer num meio hospitalar, no entanto vamos apenas abordar um pequeno grupo delas:

INFECES RESPIRATRIASAs suas causas so a flora nosocomial e a flora patognica do doente

Tm uma principal incidncia nos doentes com a facha etria compreendida entre os 53 e os 64 anos de idade

So agravadas pelo estado fsico, mobilidade do doente, idade avanada

Muitos destes casos resultam em morte.Infeco URINRIADevem-se tambm devido flora nosocomial e flora do doente, mais particularmente flora intestinal.

A propagao dos microorganismos devem-se em grande parte a uma tcnica de assepsia incorrecta, utilizao indiscriminado e abusivo do cateterismo, traumatismo durante e aps o processo, entre outros.

O agente predominante das infeces do trato urinrio aEscherichia Coli INFECES POR CATETER (FLEBITE)Ocorrem devido ao manuseamento necessrio dos acessos venosos

Consideram-se atos invasivos todos os procedimentos que rompem a barreira natural de proteo ( pele ), no entanto podem ser minimizados com um correto procedimento

Podem aparecer devido a flebite, infeco relacionada e obstruo do cateterINFECO DA SUTURA(FALTA)Transmisso das infeces hospitalaresA propagao das Infeces Hospitalares pode ocorrer por diversas vias: pelo ar, pelo contato, por vetores ou por fonte comum.

Transmisso das infeces hospitalaresCOMO EVITAR OS RISCOS DE ADQUIRIR UMA INFECO HOSPITALAR ?O risco de infeces hospitalares podem ser minimizadas atravs de cuidados bsicos de higiene fsica e mental, manter uma alimentao saudvel e equilibrada, manter tambm a higiene ambiental, sanitria,destino adequado do lixo,entres outras.COMO EVITAR OS RISCOS DE ADQUIRIR UMA INFECO HOSPITALAR ?Os profissionais que atuam diretamente na assistncia ao paciente devem seguir algumas recomendaes bsicas para a preveno e o controle de infeco, so elas :

Uso de avental/guarda-p sempre fechado, devendo este ser retirado para as refeies No sentar no leito do paciente Manter cabelos sempre presos, ou us-los curtos Manter unhas limpas, curtas e sem esmalte

COMO EVITAR OS RISCOS DE ADQUIRIR UMA INFECO HOSPITALAR ? No se alimentar no posto de enfermagem

No usar chinelos e sandlias, apenas sapato fechado

Avisar a chefia se estiver resfriado, com diarria e com feridas infectadas

No transitar pelo hospital com alimentos.

COMO EVITAR OS RISCOS DE ADQUIRIR UMA INFECO HOSPITALAR ?Muitas vezes micro-organismos so levados ao paciente por visitas que podem estar gripadas ou portadoras de alguma infeco pouco grave, como um furnculo ou diarria.

Isso representa um grande risco para o paciente hospitalizado.

E mesmo que essa visita ou acompanhante no esteja doente, suas mos esto cheias de germes que podem causar uma infeco.COMO EVITAR OS RISCOS DE ADQUIRIR UMA INFECO HOSPITALAR ?Para evitar infeces hospitalares visitantes e acompanhantes precisam :

Lavar bem as mos com gua e sabo, ou usar lcool gel, para no servirem de veculos para a contaminao.

Evitar : Tocar no paciente Sentar na cama do pacienteTossir ou espirrar no ambiente onde est o enfermo

COMO EVITAR OS RISCOS DE ADQUIRIR UMA INFECO HOSPITALAR ?Realizar atividades cotidianas como comer, beber, fumar, aplicar cosmticos, usar pomadas labiais ou manusear lentes de contatoCOMO EVITAR OS RISCOS DE ADQUIRIR UMA INFECO HOSPITALAR ?

ANTI- SEPSIA DAS MOSNa anti-sepsia utilizamos substncias denominadas anti-spticas que aplicadas sobre a pele, removem e impedem o crescimento de microorganismos da flora transitria

A anti-sepsia das mos com lcool 70% Gel pode ser realizada nas seguintes situaes:

Aps contato com pele ntegra

Aps contato com objetos presentes nas imediaes dos pacientesANTI- SEPSIA DAS MOSAo passar de uma rea contaminada do corpo para uma rea limpa durante o cuidado com o paciente desde que no haja sujidade visvel

Aps remoo de luvas

ConcluindoO controle da infeco hospitalar serve para proteger no s os doentes como tambm o pessoal do hospital e os prprios visitantes.

Para que a infeco seja prevenida e controlada temos que identificar a sua existncia .

O controle da infeco hospitalar um meio de extrema importncia na reduo da mortalidade, morbilidade e custos hospitalares, sendo a incidncia da infeco nosocomial utilizada como instrumento de controle de qualidade.REFERNCIAS