CEFETMG Noticia 09 Bkp final:Layout 1 · tecnológica no CEFET-MG página 2 ... Tendo concluído a...

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cefet mg é notícia Informativo do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais Belo Horizonte • # 9 • setembro/novembro 2010 Unidade de Nepomuceno cresce em parceria com a comunidade página 7 impresso Avaliação e perspectivas da educação profissional e tecnológica no CEFET-MG página 2 Assistência estudantil promove a inserção social Programas promovem a inserção social, além de oferecerem aos bolsistas a oportunidade de participar de projetos de pesquisa e de ensaiar os primeiros passos na profissão. Programas que, acima de tudo, mudam a vida das pessoas. Páginas 4 e 5 NELSON NUNES Para os alunos, a infraestrutura é um dos diferenciais do Campus IX CEFET-MG alerta pesquisadores quanto à proteção de invenções página 3 Instituição mantém setor especializado em auxiliar alunos e professores na busca por proteção da inovação tecnológica e propriedade intelectual Nova graduação tem proposta diferenciada página 8 Coordenadora do bacharelado em Letras do CEFET-MG, Profa. Ana Mária Nápoles fala sobre o curso, que tem como objetivo primordial preparar profissionais para atuar no mercado editorial VI Semana C&T apresenta produção científica e tecnológica à comunidade página 6 Pesquisadores dos cursos de educação profissional técnica de nível médio, das graduações e dos mestrados aproveitaram a VI Semana de Ciência e Tecnologia para divulgar os projetos Campus de Curvelo dá exemplo de solidariedade página 6 Projeto desenvolvido pela turma de Edificações propõe revitalização da principal via de acesso ao Campus X com o objetivo de beneficiar moradores No VI Encontro de Avaliação das Bolsas de Iniciação Científica Júnior (BIC-Jr.), alunos expõem seus trabalhos Ações permitirão realizar melhorias estéticas e sociais nas ruas ao entorno O aluno do curso técnico em Mecânica da Unidade de Leopoldina João Daniel destaca que o apoio financeiro é essencial para a sua manutenção na instituição ARQUIVO CEFET-MG NELSON NUNES JOSÉ PINTO

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cefetmgé notícia

Informativo do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais

Belo Horizonte • # 9 • setembro/novembro 2010

Unidade de Nepomuceno cresceem parceria com a comunidade

página 7

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Avaliação e perspectivas da educação profissional etecnológica no CEFET-MG

página 2

Assistência estudantil promove a inserção socialProgramas promovem a inserção social, além de oferecerem aos bolsistas a

oportunidade de participar de projetos de pesquisa e de ensaiar os primeiros passos na profissão. Programas que, acima de tudo, mudam a vida das pessoas. Páginas 4 e 5

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Para os alunos, a infraestrutura é um dos diferenciais do Campus IX

CEFET-MG alerta pesquisadores quanto à proteção de invenções

página 3

Instituição mantém setor especializado em auxiliar alunos e professores na busca por proteção da inovação tecnológica e propriedade intelectual

Nova graduação tem proposta diferenciada

página 8

Coordenadora do bacharelado em Letras doCEFET-MG, Profa. Ana Mária Nápoles fala sobre ocurso, que tem como objetivo primordial prepararprofissionais para atuar no mercado editorial

VI Semana C&T apresenta produção científica e tecnológica à comunidade

página 6

Pesquisadores dos cursos de educação profissional técnica de nível médio, das graduações e dos mestrados aproveitaram a VI Semana de Ciência e Tecnologia para divulgar os projetos

Campus de Curvelo dá exemplo de solidariedade

página 6

Projeto desenvolvido pela turma de Edificaçõespropõe revitalização da principal via de acesso aoCampus X com o objetivo de beneficiar moradores

No VI Encontro de Avaliação das Bolsas de Iniciação Científica Júnior (BIC-Jr.), alunos expõem seus trabalhos

Ações permitirão realizar melhorias estéticas e sociais nas ruas ao entorno

O aluno do curso técnico em Mecânica da Unidade de Leopoldina João Daniel destaca que o apoio financeiro é essencial para a sua manutenção na instituição

ARQUIVO CEFET-MG

NELSON NUNES

JOSÉ PINTO

2 | CEFET-MG é notícia setembro/novembro | 2010

expediente

Informativo do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais

Chefe da AscomCláudia Murta

Jornalista responsávelNelson Nunes - MG07944JP

EstagiárioFabiano Santana

EdiçãoNelson Nunes, Heloísa Filardi,Vanessa Mol e Clésio Teixeira

RevisãoMarília Dinis

Concepção GráficaLeonardo Guimarães - SPM

ImpressãoGráfica Ponto ComTel. (31) 3444-9144

Tiragem2.500 exemplares

Diretor-GeralProf. Flávio Antônio dos Santos

Vice-DiretoraProfa. Maria Inês Gariglio

Chefe de GabineteProf. Henrique Elias Borges

Eduardo Henrique Lacerda CoutinhoDiretor de Educação Profissional e Tecnológica do CEFET-MG

Tendo concluído a re-implantação do ensino técnicointegrado de nível médio em 2007, a Diretoria de Educa-ção Profissional e Tecnológica– DEPT passou, a partir de2008, à realização de uma série de ações para melhora-ria da gestão e do funcionamento do ensino no âmbito daeducação profissional tecnológica de nível médio. Cabedestacar as relacionadas à reestruturação administrativa,pedagógica e as destinadas à revisão de normas em facedas novas legislações, à redefinição de rotinas e, espe-cialmente, ao desenvolvimento e à melhoria do ensino.

A DEPT começou reorganizando sua estrutura execu-tiva, redefinindo seu regimento e criando coordenaçõesespecíficas para melhor desenvolver suas atividades. Porsua vez, as ações pedagógicas passam a ser desenvolvidasdiretamente pelas áreas: Coordenação Geral de Desen-volvimento e Acompanhamento; Coordenação Geral deAvaliação e Coordenação Geral de Programas de Fo-mento.

A Diretoria busca ainda tratar melhor os aspectos re-lacionados à informação, organizando seus bancos dedados, dando transparência às rotinas administrativas evisibilidade da EPT através do site próprio (www.dept.ce-fetmg.br). Nele, buscamos organizar e consolidar as prin-cipais normas e legislações vigentes na EPT, asinformações sobre seu funcionamento e sobre seus prin-cipais programas, entre outras de grande interesse para acomunidade.

Nesse contexto, a DEPT tem-se esforçado para siste-matizar a oferta dos cursos técnicos de nível médio, am-pliando-a. Assim, organizou-se o ingresso da seguinteforma: no turno diurno ofertam-se cursos técnicos inte-grados, em regime anual seriado; no noturno, além damodalidade integrada proeja, em regime anual seriado,ofertam-se cursos nas modalidades concomitância ex-terna e subsequente, sendo que alguns desses seguem oregime anual seriado, com entrada única no 1º semestre,e outros se organizam pelo regime semestral modular,com entradas no 1º e 2º semestres.

Temos ainda garantido o mínimo de 36 vagas em BeloHorizonte e 34 vagas nos campi do interior, respeitando-se as características peculiares de cada curso, e sendosempre estimulada a absorção de vagas remanescentes.Nesse modelo, observa-se que os cursos técnicos integra-dos diurnos consolidam a estrutura verticalizada da insti-tuição, do técnico para a graduação, assim como preparaseus estudantes para o mundo do trabalho. No noturno,

predomina a preparação para o mundo do trabalho, semdescurar da formação qualificada que permite o prosse-guimento de estudos por parte da comunidade discente.

Dentre os programas destinados ao desenvolvimentoe à melhoria do ensino, destacamos o AcompanhamentoPedagógico, que já tem sido realizado, com a reestrutu-ração da Coordenação Pedagógica, antigo NAE. Com isso,buscamos apoiar efetivamente o estudante, melhorandotambém a interação entre docentes, pedagogia e coor-denações de cursos e áreas. O Programa de Apoio à Or-ganização de Eventos tem sido também fortementeestimulado, com bons resultados obtidos na integraçãodas atividades pedagógicas entre os campi (ex.: jogos in-tercampi, encontros com os coordenadores de programasde estágio, seminários de conclusão dos cursos técnicos),e temos ainda estimulado a realização de encontros pe-dagógicos de áreas e de ensino. Outros programas estãoem fase de conclusão, como a Atualização dos ProjetosPedagógicos e de Matrizes Curriculares dos Cursos Técni-cos e a Normatização e Regulamentação da EPTNM. A In-tegração Curricular e a Avaliação da EPT já têm sidoestimuladas, mas constituem programas com resultadosde longo prazo. E esperamos alcançar em breve a im-plantação da Monitoria e da Educação Tutorial Júnior.

Em síntese, a Diretoria de Educação Profissional e Tec-nológica vislumbra para os próximos anos uma sistemati-zação consistente de ações efetivas para a melhoria daEPTNM no CEFET-MG, resultante do efetivo acompanha-mento pedagógico discente, dos programas de fomentoimplantados e de uma sistemática avaliação pedagógica.

opinião

Educação Profissional e Tecnológica: Avaliação e Perspectivas no CEFET-MG

notas

Engenharia de Minas movimenta todos os setores de Araxá

Café Científico debate aquecimento globalO CEFET-MG, por meio do Laborató-

rio Aberto de Ciência, Tecnologia e Arte– Lactea, promoveu, no dia 25 deagosto, o projeto Café Científico, cujotema foi aquecimento global. O eventoreuniu estudantes (foto) de várias insti-tuições e ocorreu no auditório da EscolaEstadual Maurício Murgel, em Belo Ho-rizonte. A parceria é parte do ProgramaInstitucional de Bolsas de Iniciação Cien-tífica Júnior (BIC-Jr).

Os debatedores foram os professoresdo CEFET-MG Telson Crespo e Vandeir Ma-tias, que falaram sobre aquecimento e res-friamento global, problemas recorrentescausados pelo desmatamento, efeito es-

Av. Amazonas, 5253 • Nova SuíçaBelo Horizonte • MG • CEP 30.421-169

Tel. (31) 3319-7004 • [email protected]

Heloísa Filardi

“A Diretoria de Educação Profissional e Tecnológica vislumbra

para os próximos anos umasistematização consistente de ações efetivas para a melhoria da EPTNM no CEFET-MG”

Curso de Administração recebe nota 4 em avaliação do MECO curso de Administração do CEFET-

MG recebeu nota 4 na avaliação do Insti-tuto Nacional de Estudos e PesquisasEducacionais Anísio Teixeira do Ministérioda Educação – Inep/MEC. O Índice Geralde Cursos da Instituição (IGC) é um indi-cador de qualidade de instituições de edu-cação superior, que considera, em suacomposição, a qualidade dos cursos degraduação e de pós-graduação. Apenas6% de todas as instituições de ensino su-

perior do país receberam nota 4, sendoque o valor máximo é 5.

Atualmente, 32 professores atuam nocurso de Administração, implantado em2006. Os avaliadores entrevistaram alunos,professores e funcionários e avaliaram a in-fraestrutura do curso e do Campus II. Di-versos itens levaram nota máxima, como abiblioteca, setor de registro acadêmico,“estímulo a atividades acadêmicas” e “pes-quisa e produção científica”.

CEFET-MG participa da VI Feira de Inovação TecnológicaO CEFET-MG participou da VI Feira de

Inovação Tecnológica – Inovatec. A institui-ção exibiu diversos trabalhos e projetos e re-cebeu a visita de empresários, alunos emembros do governo, dentre eles o Secre-tário de Estado de Ciência, Tecnologia e En-sino Superior, Alberto Duque Portugal, queressaltou o potencial inovador do CEFET-

MG. Entre os projetos expostos estava oGTL – Cardápio Eletrônico, um software in-terativo especialmente desenvolvido para osetor hoteleiro, que facilita a comunicação,pedidos e fechamento de conta do hós-pede/cliente. Também estavam presentes oscampeões nacionais de robótica – a equipeTrincabotz, o Ecofet e o Baja SAE (foto).

FABIANO SANTANA

O curso de Engenharia de Minas, queentrou em funcionamento neste semes-tre, no Campus de Araxá, já deixa em ex-pectativa todos os setores do município.“Esse curso era um desejo antigo detodos os segmentos sociais da cidade.Nossa região possui mineradoras impor-tantes, mas é carente de mão-de-obraespecializada para atuar nesse negócio”,justificou o coordenador, Prof. José Fer-nando Ganime,

Segundo o Prefeito Jeová Moreira daCosta, “A cidade já foi abençoada comas suas riquezas minerais e, agora, seupovo recebe outro presente”. José Luizde Morais, 22, aluno do novo curso, diz

que está muito animado para vencer osdesafios da graduação. “Ter a oportuni-dade de estudar aqui mesmo em Araxáe em uma escola de referência como oCEFET-MG é muito bom. Vou estudar eme dedicar muito nos próximos cincoanos”, observou.

Para o Diretor-Presidente da empresade mineração Fosfertil, Vital Jorge Lopes,a abertura do curso foi importante paratoda a região do Alto Paranaíba. “A for-mação, atração e retenção de profissio-nais qualificados é um dos grandesdesafios que as empresas brasileiras vêmenfrentando neste momento de expan-são da economia nacional”, lembrou.

tufa, ilhas de calor, mudanças climáticas,entre outros. Na oportunidade, os docen-tes responderam às duvidas dos alunos,como inversão térmica, metano na atmos-fera, consumismo, acordos internacionaise energia sustentável. O projeto tem apoioda Fundação de Amparo à Pesquisa do Es-tado de Minas Gerais (Fapemig).

NELSON NUNES

CEFET-MG é notícia | 3setembro/novembro | 2010

tecnologia

Um olho na criação, outro na proteçãoCEFET-MG mantém setor especializado para auxiliar pesquisadores a proteger seus trabalhos. Em três anos, a Coordenação de

Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual depositou 25 pedidos de proteção e se prepara, agora, para lançar um site

Vanessa Mol

De nada adianta criar umproduto inédito ou desenvolveruma ideia inovadora se essas in-venções não forem devidamenteprotegidas. Para auxiliar profes-sores e alunos a realizar esse tra-balho, o CEFET-MG criou, atravésda Resolução CD-122/07, aCoordenação de Inovação Tecno-lógica e Propriedade Intelectual -CIT, vinculada à Diretoria de Pes-quisa de Pós-Graduação (DPPG).

A iniciativa tem surtido efeito.Em três anos, a CIT depositou 25pedidos de proteção. Desse total,seis são depósitos de Pedido Na-cional de Patente de Invenção;um depósito de Pedido Interna-cional; um depósito de PedidoNacional de Modelo de Utili-dade; sete pedidos de Registrode Programa de Computador; edez depósitos de Pedido de Re-gistro de Marca de Produto ouServiço. “Somos a instituição darede federal de educação tecno-lógica com maior quantidade deproteções de todo o país e umadas cinco maiores instituições deciência e tecnologia – ICT’s deMinas Gerais”, declarou o Coor-denador da CIT, Prof. Renato Gui-marães Ribeiro.

No entanto, ainda há obstá-culos a serem superados. Umdeles é que falta a muitos pes-quisadores o hábito de protegersuas pesquisas antes de publicá-las em congressos, revistas téc-nicas ou em veículos deco municação em geral. “Deacordo com a Lei de PropriedadeIndustrial, as tecnologias que seencontram no estado da técnica,ou seja, que já são de domíniopúblico, não podem ser paten-teadas. O sigilo é requisito es-sencial do processo. O ideal éque o pesquisador divulgue suasdescobertas somente após o de-

pósito do pedido de patente”,esclareceu a Gestora de Infor-mação e Prospecção Tecnológicada CIT, Laura Alice Souza daSilva.

O que se ganha com isso?

Se cumprirem corretamenteos caminhos rumo à proteçãoda propriedade intelectual e ino-vação tecnológica, inventores einstituições que patrocinam aspesquisas passam a ter direitosde exploração econômica exclu-siva e proteção contra usurpa-ção e aproveitamento financeiroindevido por parte de terceiros.O primeiro passo a ser dadonessa direção é procurar a CITno Campus I, sala 111, ou pelotelefone (31) 3319-7173 e e-mail [email protected].

O processo completo de pro-teção da propriedade intelectuale inovação tecnológica pode serresumido em três etapas: desen-volvimento da tecnologia, prote-ção formal (patente, software,desenho industrial etc.) e trans-ferência de tecnologia. “A prote-ção é o processo formal pararequerer e garantir direitos exclu-sivos de exploração de determi-nada tecnologia. Transferir é,basicamente, autorizar, mediantecontrato entre as partes, que ter-ceiros produzam e/ou comercia-lizem a tecnologia protegida”,detalhou Laura.

Para o assessor jurídico da CIT,Leandro Aluisio de Souza Go -mes, embora a Coordenaçãoexista desde 2007, só agora a co-munidade acadêmica está come-çando a descobri-la. “Pode-sedizer que todos os nossos resul-tados foram conseguidos em umregime de “semianonimato”.Com a finalização de nosso site,a tendência é de aumento dasproteções”, apostou.

A CIT conta com uma equipe formada por profissionais de diversas áreas para orientar alunos e servidores

O estudante recebeu apoio técnico e logístico para proteger sua invenção

SÍLVIO S. SOUZA

Rodrigo Montijo de Oliveira,aluno do 1º ano de Eletrotécnicado Campus IX – Nepomuceno éum bom exemplo a ser seguido.Ele desenvolveu uma máquinapara padarias, chamada Pinga-deira, com enorme potencial demercado. “Ela pinga massas emuma fôrma que logo é levada aoforno. A massa é prensada epode ser modelada nos formatosredondo, bolinha ou palito”,descreve.

Preocupado em proteger asua criação, ele procurou pela Se-cretaria do campus onde estuda erecebeu orientações do técnico-administrativo Marco AntônioCalil Prado, que tratou logo deentrar em contato com a CIT. Apartir daí, iniciou-se o processo deproteção, com descrição do fun-cionamento do produto, fo tos,filmagens, desenhos industriais eoutras etapas que cul minaram nodepósito de pedido de patente,que, embora não corresponda àpatente em si, já garante a prote-ção do produto.

Satisfeito, Rodrigo conta quepôde participar com tranquilidadeda Feira Internacional de Panifica-ção (Fipan), sem correr o risco deque terceiros se apropriassem desua invenção, que já está sendocomercializada. Em breve, o pes-quisador e o CEFET-MG, institui-ção que mediou o processo depatente, receberão os royaltiesreferentes à exploração comercialda máquina.

Passo-a-passo para proteger sua invenção

1º) Procure a Coordenação de Inovação Tecnológica – CIT:Endereço: Campus I, sala 111BTelefone: (31) 3319-7173Email: [email protected]

2º) FASE PRELIMINAR:O inventor solicita apoio para proteção e preenche o formulário de atendimento. A equipe da CIT assina termo de sigilo e orienta o pesquisador sobre procedimentos a serem adotados.

3ª) FASE DE BUSCA:A CIT e o inventor realizarão a busca de anterioridade nas bases de patentes nacionais e internacionais para verificar a potencialidade de proteção da inovação.

4ª) FASE DO PEDIDO DE REGISTRO:Elaboração do relatório descritivo, das reivindicações e resumo para depósito do pedido de patente.

5ª) FASE DO LICENCIAMENTO:Uma vez presente o interesse do inventor em licenciar a tecnologia, a CIT conduzirá esse processo, redigindo o contrato de transferência de tecnologia, quando for o caso.

Exemplo a ser seguidoARQUIVO PESSOAL

4 | CEFET-MG é notícia setembro/novembro | 2010

investi

Assistência estudantil no CEFET-MG promBolsistas contam com apoio para se manterem na

instituição e com isso dão os primeiros passos na carreiraprofissional e participam de projetos de pesquisa

Clésio Teixeira

Em 2009, cerca de cinco mil estudantes utiliza-ram os quatro restaurantes do CEFET-MG. Foramdistribuídas cerca de 39.900 bolsas/ano, ou 3.627bolsas/mês, com o pagamento de ajuda financeiraem dinheiro para os alunos de todos os campi co-brirem gastos escolares e com manutenção pessoal,através dos programas de assistência estudantil dainstituição, o que totalizou a média de 6.390 estu-

dantes atendidos e investimentos na ordem de R$3.420.000,00.

A assistência estudantil encontra-se em plena ex-pansão no CEFET-MG: em 2008, 4.725 estudantesforam atendidos em todos os programas e, em 2009,6.386, um aumento de 35%. Muito mais do quepelos números, a importância dos programas de as-sistência estudantil pode ser melhor retratada pelashistórias de superação, de aposta no futuro e pelabusca da realização de sonhos e de projetos de vida.

São histórias como as de JoãoDaniel, que cursa Mecânica emLeopoldina, Rodrigo Passos de Al-meida, que cursa Meio Am-biente, e Solange Maria Diniz,estudante de Administração, osdois últimos em Belo Horizonte.Em comum a todos eles o neces-sário e imprescindível apoio parase manterem na instituição e apossibilidade de investirem emsuas carreiras profissionais.

João Daniel conta que o auxíliofinanceiro que recebe, através daBolsa de Complementação Educa-cional, há dois anos, tem sido deextrema importância para ele semanter na instituição, uma vezque lhe permite fazer frente àsdespesas com material escolar,transporte e alimentação.

Ele destaca, ainda, que ao sededicar mais aos estudos e no

apoio aos projetos de pesquisa ede ensino do Campus de Leopol-dina, tem tido melhora substan-cial em seu aprendizado e emsua formação profissional. “Es-tando boa parte da tarde auxi-liando os mecânicos, tenhoconhecido co mo funcionammuitos equipamentos e ferra-mentas, e a aplicação de diver-sas peças e elementos dessasmáquinas. Ver, tocar e manusearos equipamentos me ajuda acompreender melhor o funcio-namento deles”. O aluno creditaà concessão da bolsa e ao apoiodos professores a sua perma-nência no curso. “Sem o apoiode pessoas que eu conheci atra-vés da bolsa, no ano passado,com toda certeza não seria apro-vado e talvez nem mesmo esta-ria estudando este ano”.

Bolsas propiciam qualificação e capacitação

A estudante Solange Diniz,durante o ano passado e no pri-meiro semestre deste ano, foicontemplada com a concessãoda Bolsa de ComplementaçãoEducacional e diz que aplicou aajuda financeira na sua formaçãoacadêmica. Além de pagar asdespesas com transporte, mate-rial escolar e alimentação, elaconta que conseguiu se matricu-lar em um curso de inglês.

Agora, trabalhando comoestagiária em uma empresa pri-

vada, Solange conta que a bolsatambém foi o seu passaportepara a entrada em um mundonovo: o da pesquisa científica.No período em que foi bolsista,ela atuou no projeto de pes-quisa “Finanças Comportamen-tais: uma análise do perfil dosgestores financeiros”, que obje-tiva traçar um perfil dos ges toresfinanceiros da Região Metropo-litana de Belo Horizonte, orien-tado pelo Coordenador Adjun todo Curso de Administração,

Prof. Felipe Paiva. Durante os estudos, a dis-

cente conta que teve a oportuni-dade de aprender e de aplicartécnicas científicas de pesquisas,manter contato e conhecer em-presas importantes, além de par-ticipar da elaboração de artigocientífico. “Foi uma grande opor-tunidade, que não temos no es-tágio. Desenvolver um trabalhocientífico é muito produtivo e im-portante para qualquer estu-dante”.

Passaporte para um novo mundo

Solange Diniz destaca a oportunidade que teve de participar de projetos de pesquisa

Colocar em prática o que se vêna sala de aula, quando ainda éestudante, para Rodrigo Passos étudo de bom. Também como be-neficiário da Bolsa de Comple-mentação Educacional, eleres sal ta que, ao participar do pro-jeto de Coleta Seletiva Solidáriado CEFET-MG, já coloca em prá-tica as técnicas de reciclagem queestá aprendendo no curso, o quecom certeza vai deixá-lo aindamais preparado para enfrentar omercado de trabalho.

Elaborar relatórios, mobilizare sensibilizar as pessoas para aimportância de se reciclar o lixo,fazer contato com cooperativas ecom pessoas que vivem da reci-clagem, entre outras ações, sãoatividades que Rodrigo destacacomo enriquecedoras em suavida. “O contato com as coope-rativas, com as questões sociais émuito importante e está nos pre-parando realmente para as nos-sas atividades profissionais depoisde formados.”

Pesquisa e formação técnica

Restaurante do Campus II, em Belo Horizonte: programa de alimenta

João Daniel encontrou no programa de bolsas a oportunidade para se manter na instituição e acumular experiência profissional

FABIANO SANTANA

JOSÉ PINTO

CEFET-MG é notícia | 5setembro/novembro | 2010

mento

move inserção social e cria oportunidades

Rodrigo Passos é bolsista do Programa de Reciclagem do Lixo:oportunidade ideal para praticar o que aprende na sala de aula

Os programas de assistênciaestudantil do CEFET-MG mos-tram-se como ferramentas im-prescindíveis para a permanênciados alunos na instituição e fun-cionam como fortes propulsoresde inclusão social. O Diretor daUnidade de Leopoldina doCEFET-MG, Prof. José AntônioPinto, é um entusiasta dos pro-gramas e acredita que elespodem contribuir de forma fun-damental para a formação dosestudantes.

“Uma vez que a assistênciaestudantil atua em duas impor-tantes frentes, de um lado, nabusca das garantias materiaispara a permanência dos estu-dantes com maior necessidadesocioeconômica e, de outro, navalorização da formação de cida-dãos críticos e construtores domundo que os envolvem”, disse.

Os programas também sãodestacados pelo poder que têmde reduzir as desigualdades so-cioeconômicas e culturais, já queviabilizam, segundo José AntônioPinto, não apenas as condiçõespara a melhoria do cenário aca-dêmico do estudante, mas, acimadisso, a aproximação do estu-dante de um modelo de assistên-cia acompanhada.

“Além das bolsas, permitimosque esses alunos recebam a aten-ção de uma equipe de profissio-nais que busca atendê-los demodo sempre atento a suas de-mandas, para que tais benefíciosse somem a todo um conjunto deapoio que diz respeito à relaçãodesses estudantes com seuspares, com seu grupo familiar,enfim, que atravesse os contextosindividual e comunitário da vidados estudantes”, observou.

A Coordenação Geral de De-senvolvimento Estudantil (CGDE),órgão vinculado à Diretoria deExtensão e Desenvolvimento Co-munitário do CEFET-MG, segueuma estratégia objetiva que temcomo alvo a consolidação e auniversalização das estruturas edos programas de assistência aoestudante na instituição.

A Coordenadora da CGDE,Márcia Cristina Feres, aponta quea consolidação da política de assis-tência estudantil se dá com suatransformação em uma políticainstitucional e não apenas de ges-tão, e que passos importantes jáforam dados nos últimos anos.Houve, inicialmente, uma ampladiscussão sobre o setor, com defi-nição de objetivos, metas e revisãode metodologia de análise e ela-boração de regulamentos próprios,além da montagem de uma infra-estrutura com pessoal especiali-zado e equipamentos adequados.

Os campi em Belo Horizontee as unidades instaladas no inte-rior passaram a contar com equi-pes formadas, por exemplo, porassistentes sociais, psicólogos enutricionistas, estes onde estãoimplantados os restaurantes.

No planejamento da CGDEestão: implementar programas so-cioeducativos, que tratem detemas ligados à juventude e quecontribuam pra a formação inte-gral dos estudantes; fomentar aadoção de políticas de democrati-zação do acesso à instituição, bemcomo a qualificar os programasde permanência, especialmente osrestaurantes no interior, de formaa assegurar um “padrão” de aten-dimento com qualidade, comumentre todos os campi. “Nesse as-pecto há também a necessidadede melhoria nas condições físicasde trabalho das equipes no queconcerne aos espaços físicos, in-fraestrutura, desenvolvimento desoftwares e implantação de res-taurantes nas unidades que aindanão o possuem”, ressalta MárciaFeres.

Para que isso ocorra, é precisoassegurar recursos que permitam aampliação do atendimento aos es-tudantes. Outro ponto importanteé que, ao se planejar qualquer ex-pansão, quer de campus quer devagas, sejam previstos recursos fi-nanceiros, físicos e humanos para aassistência estudantil, na mesmaproporção dessa expansão.

Objetivo é consolidação e universalização

Assistência estudantil como fator de inclusão social

Coordenador Adjunto doCurso de Administração, o Prof.Felipe Paiva aprova os progra-mas de bolsa oferecidos peloCEFET-MG e também destaca aimportância deles para a for-mação dos alunos contem -plados. “O contato com apes quisa desafiará o aluno nãosomente a contribuir para aprodução do conhecimento,mas também, permitirá a eleidentificar suas limitações e vir-

tudes, além de colaborar paraum melhor desenvolvimento decaracterísticas importantes numprofissional, in dependentemen -te da sua área de atuação,como concentração, análise crí-tica, capacidade de síntese,perspicácia, etc.”

A melhoria no rendimento es-colar desses alunos, na avaliaçãodo professor que orienta proje-tos de pesquisas que contamcom a participação de bolsistas,

é significativa, uma vez que “osobstáculos enfrentados e os re-sultados alcançados colaboramsignificativamente para o ama-durecimento e desenvolvimentodo aluno enquanto estudante eser humano, e o contato com apesquisa realmente pode ajudá-los a tomar decisões com relaçãoàs carreiras profissionais. ”O alu -no passa a ter uma nova visão arespeito da área de conheci-mento do seu curso”.

Oportunidade para obter novos conhecimentos

Principais programas de Assistência Estudantil do CEFET-MG

Os programas têm como público alvo os estudantes do ensino médio e tecnológico e da graduação regularmente matriculados em todos os campi do CEFET-MG.

• Bolsa de Complementação Educacional – Possibilita aos estudantes que se encontram em carência socioeconômicaos recursos financeiros que garantam a permanência na instituição e a conclusão do curso. Permite, ainda, queo estudante complemente a aprendizagem através do desenvolvimento de atividades relacionadas aos conheci-mentos teóricos assimilados, visando à incorporação de responsabilidades profissionais. Os bolsistas passam porum processo de avaliação para a concessão do beneficio e, durante o período em que recebe o apoio financeiro,tem o seu rendimento escolar acompanhado pelo Serviço de Assistência ao Estudante (SAE).

• Bolsa Permanência – Concede apoio financeiro continuado aos estudantes em risco de evasão escolar, que não aten-dam ao perfil da Bolsa de Complementação Educacional no que se refere à disponibilidade de tempo para o traba-lho. O processo de seleção dos estudantes para o programa ocorre mediante inscrição e seleção socioeconômica.

• Alimentação – Fornece aos estudantes almoço e jantar, de qualidade, subsidiados pelo CEFET-MG, tendo como diretri-zes básicas priorizar o caráter social do programa, garantir a qualidade da alimentação servida, garantir o baixo custodas refeições, a busca pela universalização do atendimento para a comunidade escolar. A Instituição atualmente contacom restaurantes estudantis nos campi de Divinópolis, Araxá, I e II. No Campus II, a inauguração do restaurante, em2009, permitiu a universalização do serviço de alimentação. A proposta é que, com as novas instalações, recentementeinauguradas no Campus I, também ocorra a universalização. Nos campi que ainda não possuem restaurante este aten-dimento ocorre por meio de bolsas.

• Acompanhamento psicossocial – O trabalho de psicologia educacional oferece apoio aos estudantes que apre-sentem dificuldades e/ou transtornos emocionais que comprometam o desempenho acadêmico e a qualidadede vida dos mesmos. O atendimento/acompanhamento psicossocial se fundamenta na relevância do bem-estarpsíquico como fator facilitador da permanência do estudante na Instituição e se insere no conjunto de ações quecompõem os processos educacionais que estruturam a formação integral.

Em 2009, cinco mil estudantes utilizaram os refeitórios dos campi do CEFET-MG; ação busca a qualificação dos serviços e a universalização

NELSON NUNES

SÍLVIO S. SOUZA

6 | CEFET-MG é notícia setembro/novembro | 2010

evento

Espaço para apresentar a produção tecnológica e científicaNa VI Semana de Ciência e Tecnologia, alunos dos cursos de ensino técnico de nível médio, das graduações

e dos mestrados dividem com a comunidade o que é produzido na instituição

Clésio Teixeira e Nelson Nunes

Alunos dos cursos de ensinotécnico de nível médio, das gra-duações e dos mestrados apre-sentando no mesmo lugar eperíodo a produção científica etecnológica do CEFET-MG. Essafoi a VI Semana de Ciência e Tec-nologia do CEFET-MG, realizadade 18 a 22 de novembro, conco-mitante à semana nacional. Oevento contou com semináriosde avaliação de ini ciação cientí-fica, palestras, mesas-redondas eminicursos, exposição de pôste-res, tendo como tema central asustentabilidade.

Abertura

Na abertura, foi realizado umdebate sobre formação científicana escola, tendo como media-dora a jornalista Gisele Jota, doprograma Caleidoscópio da TVHorizonte. Participaram os pro-fessores do CEFET-MG JamesWilliam Goodwin Júnior (Histó-ria) e Paulo César Ventura (Física)e o professor de psicologia daUniversidade Federal de MinasGerais Cristiano Assis.

Durante a contenda, os do-centes ressaltaram que o conhe-

CEFET-MG/DIVULGAÇÃONELSON NUNES

social

Campus de Curvelo mais próximo da comunidade vizinhaProjeto elaborado pela turma de Edificações propõe revitalização da principal via de acesso

à instituição com o objetivo de beneficiar moradores

Vanessa Mol

O Campus de Curvelo malabriu as portas e já está dandoexemplo de solidariedade. A Uni-dade lançou, no fim de junho, oprojeto Inova Rua, desenvolvidopelos alunos do curso técnico deEdificações com o objetivo de re-vitalizar a rua Santa Rita, princi-pal via de acesso ao CEFET-MGna cidade.

Como parte das atividades dadisciplina de Desenho Técnico eArquitetônico, lecionada pelaProfa. Ana Paula Marques, aturma arregaçou as mangas e foia campo para investigar de pertoquais ações poderiam ser realiza-das a fim de melhorar a estéticada rua e, consequentemente, aqualidade de vida dos moradoresdo entorno do Campus.

“Medimos fachadas, muros eportões. Depois pensamos e de-senhamos o projeto”, detalhouDiego Pablo Gomes Silva, um dos42 alunos participantes. O grupotambém realizou entrevistas commoradores locais para conhecerum pouco da história deles e aopinião a respeito da chegada doCEFET-MG. “Fomos bem recebi-dos. Muitos disseram que, com ainstalação do campus, o bairro

ficou mais conhecido e tornou-se até ponto de referência na ci-dade, merecendo, portanto, umvisual mais bonito”, contouDiego.

Interdisciplinaridade

O grupo também realizoumedições para levantamento dequantitativos do projeto, comoparte das atividades da disciplinade Materiais de Construção eTecnologia das Construções, mi-nistrada pela Profa. LourdianeGonzaga. “Os alunos tambémparticiparão supervisionando asfases de revestimento e pintura”,detalhou a professora.

O Inova Rua prevê restaura-ção do asfalto da via, serviçoque ficará a cargo da Prefeitura;padronização das calçadas, queestão irregulares, e das fachadasdas casas; reforma ou constru-ção de muros das residências;arborização do local bem comopadronização dos equipamen-tos ur banos, como lixeiras e gra-des das árvores. As cores doCEFET-MG (azul, cinza e branco)foram escolhidas para urbaniza-ção. No entanto, cada moradorpôde escolher a cor da fachadade sua casa.

ARQUIVO PESSOAL

Para a aluna de EdificaçõesNathália Laís Gomes Martins, oprojeto representou uma oportu-nidade de verificar, na prática, osconhecimentos do seu curso, aju-dar a comunidade local bemcomo melhorar a paisagem dobairro. “Aquela é uma área que agente tem acesso todo dia, entãoo projeto vai fazer bem pra eles epara nós também”, destacou.

De acordo com o Presidenteda Associação Comunitária dosMoradores e Amigos do BairroSanta Rita, Geraldo da Silva Pe-

reira, o Leão, a comunidade re-cebeu com muito carinho a ini-ciativa de revitalização da rua etodos já se colocaram à dispo-sição para realizarem mutirãonos serviços de mão-de-obra.“A Associação tem muita difi-culdade em conseguir as coisase, através do CEFET-MG, agente pode ir mais longe doque imagina. É importante unirforças”, declarou.

A Diretora do Campus deCurvelo e Coordenadora doInova Rua, Vitalina Borges de

Carvalho, revelou que ajudar acomunidade do bairro SantoRita já era um sonho antigo, quesurgiu no início da construçãoda Unidade. “Se a gente querfazer um trabalho bacana nomunicípio, por que não começarpelo vizinho? Estamos correndoatrás e o momento agora é debuscar parceiros para a implan-tação do projeto”, afirmou. Osinteressados em contribuir paraessa boa causa podem entrarem contato pelo telefone (38)3722-5008.

Projeto permite verificar na prática os conhecimentos do curso e ajudar a comunidade local

A administração pública es-teve em pauta na II Semana deAdministração do CEFET-MG,evento da VI Semana C&T doCEFET-MG, com palestra profe-rida pelo Prefeito de Belo Hori-zonte e ex-aluno da instituição,Márcio Araújo de Lacerda, querelatou a experiência da Prefei-tura da capital no setor.

O Diretor-Geral do CEFET-MG, Prof. Flávio Santos, desta-cou a qualidade gerencial e origoroso planejamento estraté-gico adotados pela PBH. “Vemoso trato da coisa pública com

mais profissionalismo e com a le-gitimidade da participação po-pular”, disse.

A palestra do Prefeito mar-cou também a volta do ex-alunoà instituição. Administrador deEmpresas, graduado pela Univer-sidade Federal de Minas Gerais(UFMG), também cursou Eletro-técnica no CEFET-MG – entre1963 a 1965. “Foi um curso demuita qualidade e que me pre-parou para desempenhar as ta-refas mais complexas. A escolapública de qualidade é tudo paraum país”, concluiu.

cimento científico é construídoao longo da história e que a divi-são de áreas com especialidadescomo as de humanas e exatas éfato recente. Consenso entre osdebatedores é que se deve in-centivar o trânsito de alunos ecientistas nesses vários ramos doconhecimento humano.

Intercâmbio de pesquisas

Em um mesmo espaço con-vivem pesquisas tão diferentesquanto um estudo sobre a cria-ção do curso técnico de Quí-mica na antiga Escola Técnicade Belo Horizonte e a aplicação

de um sistema de gestão de co-nhecimento. No VI Encontro deAvaliação das Bolsas de Inicia-ção Científica Júnior (BIC-Jr.), acomunidade pode conhecerprojetos sobre as mais variadasáreas.

Para o professor de Químicado CEFET-MG Cleverson Fer-nando Garcia, o encontro é umaoportunidade que os alunos têmde divulgar os trabalhos e mon-tar parcerias com outros estu-dantes que possuam projetoscorrelatos. O docente destacou aimportância da iniciação cientí-fica para o desenvolvimento aca-dêmico e pessoal dos alunos.

Prefeito Márcio Lacerda palestraem evento paralelo

Ex-aluno do CEFET-MG, onde cursou Eletrotécnica, Lacerda destacou desafios da administração pública em sua apresentação

Benefícios para todos

O evento de abertura aliou aprendizado e entretenimento

CEFET-MG é notícia | 7setembro/novembro | 2010

unidade

Evolução técnica e tecnológica em parceria com a sociedadeUnidade de Nepomuceno desenvolve diversos projetos com a

comunidade e faz planos para crescer

Nelson Nunes

Em sintonia com as necessi-dades da região onde está locali-zada, a Unidade do CEFET-MGde Nepomuceno integra-se à co-munidade por meio de projetose parcerias com o poder públicoe a iniciativa privada. Essa uniãofavorece tanto os estudantes e ocorpo administrativos da institui-ção quanto a população. E, comvistas em ampliar essa atuação,existem planos de um novo pré-dio escolar e novos cursos.

O Campus IX conta com 17professores efetivos, 14 profes-sores substitutos, 15 técnicos-administrativos e 380 alunos.Segundo o Diretor, Prof. JosiasGomes Ribeiro Filho, a expansãojá está traçada. “A meta dos pró-ximos quatro anos é abrirmosmais quatro cursos técnicos e umsuperior”, disse. Atualmente, aUnidade oferece os cursos deEletrotécnica e Mecatrônica nasmodalidades integrado, conco-mitância externa e subsequente.

Já no 1º semestre de 2011, seráofertado um novo curso: Rede deComputadores, nas três modali-dades.

Objetivando a expansão, estáprevista a construção de umaedificação de três andares comaproximadamente 1.800 m2, lo-calizada na área atrás do prédioprincipal. Outro projeto em an-damento é a construção de umaportaria com guarita e entradade automóveis. No local, serãocolocadas três catracas eletrôni-cas, uma delas para cadeirantes.

Pesquisa

A Unidade possui três bolsasdo Programa Institucional de Bolsade Iniciação Científica Júnior doCEFET-MG – BIC-Jr e uma do Pro-grama Institucional de Fomento àPesquisa do CEFET-MG (Propesq).Já existe um espaço destinado à in-cubadora de empresas, e o editalpara a pré-incubação de duas em-presas será lançado brevemente.

NELSON NUNES

Neste ano, a Unidade promo-veu duas edições da “SemanaCultural e Tecnológica”. O eventoconsiste em palestras, oficinas eminicursos ministrados por pro-fessores do CEFET-MG - CampusIX e profissionais de outras insti-tuições e oferecidos aos alunos eà comunidade local gratuita-mente.

Entre os temas estão infor-mática, eletrônica, mecânica,mercado de trabalho, física, quí-mica e artes. Em julho, como en-cerramento, foi realizado naquadra do CEFET-MG o “CoverNight”, série de apresentações

artísticas de discentes e servido-res do Campus IX. A platéia con-tou com a presença de alunosdas outras escolas de Nepomu-ceno.

Parcerias

Segundo o Prof. Josias Filho,há apoio integral da PrefeituraMunicipal e parcerias com a As-sociação Comercial Industrial deNepomuceno e empresas da re-gião como Camargo Corrêa,Cofap, Aviário Santo Antônio(ASA), Ferrovia Centro Atlântica(FCA), TRW Automotive.

Permanente interação com a sociedade

Os eventos contam com participação de alunos e da comunidade

Laboratórios qualificados são um dos vários atributos destacados pelos alunos do Campus IX

Uma das maisnovas unidades do CEFET-MG,Nepomuceno espera crescer nos próximos anos

O Campus IX foi implantadoa partir de convênio entre oCEFET-MG, o Fundo Nacional deDesenvolvimento da Educaçãodo Ministério da Educação e aFundação Monsenhor Luiz deGonzaga. Essa última, mantene-dora do Centro de Educação Pro-

fissional do Sul de Minas (Cepro-sul), escola criada em 2002 peloPrograma de Expansão da Edu-cação Profissional – Proep.

O CEFET-MG absorveu a ges-tão do Ceprosul com cinco tur-mas em funcionamento. Em2007, como parte da expansão

da rede federal de escolas técni-cas, foi realizado o primeiroconcurso público para provi-mento de vagas. A nomeaçãodos servidores ocorreu no iníciode 2008, mesmo ano do pri-meiro ingresso de alunos danova Unidade.

Campus surgiu de antigo Ceprosul

A Unidade atende a toda aregião. Prova disso é que, atual-mente, além de alunos de Nepo-muceno, estão matriculados noscursos técnicos jovens de Lavras,Campo Belo, Coqueiral, Perdões,Santana da Vargem, RibeirãoVermelho, Bom Sucesso e Ijaci.

A Profa. Juliana Vilela Louren-çoni Botega trabalhou no antigo

Ceprosul e, atualmente, ministraaulas de Instalações Elétricas noCEFET-MG. Para a docente, a ins-tituição possui uma relevânciaenorme para o município, masela ressalta que a Unidade aindaé muito nova. “Todo mundoquer que ela cresça e está traba-lhando para isso”.

Para as alunas de Eletrotécnica

Ramilla de Fátima Silva, 15, e TaianaMaria Cândido, 16, o principal mé-rito da escola são os laboratóriosqualificados. “O CEFET-MG é umgrande diferencial por ser uma es-cola técnica federal ”, disse Ramilla.Já Taiana acredita que, por estar nainstituição, após se formar terá“mais facilidade para entrar nomercado de trabalho”.

Instituição é vista como diferencial na região

O Núcleo de Energia e Am-biente (Neam) é um centro de es-tudos, pesquisas, projetos eações nas áreas de energia emeio ambiente, de atuação e in-tegração de ensino, pesquisa eextensão e interação interdiscipli-nar. Segundo o CoordenadorGeral do Neam, Marco Antônio

Calil Prado, existem vários proje-tos em andamento como oapoio a coleta seletiva do CEFET-MG, grupos de artes com mate-riais recicláveis e uma parceriacom a Cemig, que financiaráações do grupo.

Este ano, o Neam realizoua 1ª Feira de Educação Ambien-

tal do Campus IX do CEFET-MG– FEACC. Alunos e servidores ex-puseram produtos feitos commateriais recicláveis e artigos ematérias científicas relacionadasao tema. Foram montados es-tandes com produtos e informa-ções ambientais de váriasentidades e empresas.

Núcleo de Energia e Ambiente

NELSON NUNES

CEFET-MG/DIVULGAÇÃO

8 | CEFET-MG é notícia setembro/novembro | 2010

entrevista

Linguagem e tecnologia unidas no ensino de LetrasA mais nova graduação do CEFET-MG tem proposta diferenciada: em vez de formar professores aptos

a ensinar a língua materna nas escolas, quer preparar profissionais para atuar no mercado editorial

Vanessa Mol

A lista de cursos de gradua-ção do CEFET-MG acaba de ga-nhar um importante reforço,desta vez na área de ciências hu-manas. Entra em funcionamen -to, em 2011, o bacharelado emLetras. A proposta diferencia-sedas propostas dos cursos quevêm sendo ofertados no mer-cado mineiro. Mais do que for-mar professores para o ensino dalíngua materna nas escolas, agraduação tem como objetivo ca-pacitar profissionais aptos a atuarno mercado editorial, com habili-dades para lidarem com diferen-tes mídias e tratarem projetospara vários tipos de pu blicação.

Para isso, a grade do cursocombina linguagem e tecnolo-gia. Além dos tradicionais eixosdos estudos linguísticos e literá-rios, o CEFET-MG oferecerá, nes -sa nova graduação, estudos detécnicas e processos de edição. Aopção por esse viés justifica-se,principalmente, pela escassez deprofissionais no mercado comhabilidades sólidas, aprendidasem instituições acadêmicas, paradesempenhar essas tarefas. Acoordenadora do bachareladoem Letras do CEFET-MG, Profa.Ana Mária Nápoles, fala maissobre o assunto e detalha o ob-jetivo do novo curso.

Como o curso de Letras in-sere-se no contexto do CEFET-MG, uma escola reconhecidapor sua tradição em cursos daárea técnica?

O CEFET-MG está não apenascrescendo, mas se diversificando,sem que as áreas percam seuspontos de contato. Pelo contrá-rio, no mundo inteiro, as interfa-ces entre áreas só se ampliam. Oprojeto de Letras vem sendo dis-cutido, em todas as instânciascabíveis do CEFET-MG, desde2008, quando saiu a portariaque nomeava a comissão quedeveria propô-lo. A ideia de lin-guagem e tecnologia guiou, for-temente, esta proposta.Linguagens e dispositivos sãotecnológicos. As pessoas queatuam na produção editorialdevem conhecer muito as duascoisas. Como produzir materialpara ser lido em um ambiente di-gital sem conhecer processos eferramentas, sem saber conceberum projeto assim? Nossa inten-ção é oferecer um curso de Letrascom forte componente ligadoaos processos e aos produtos re-lacionados às técnicas e tecnolo-gias editoriais. Um profissionalque conheça e domine a língua,em suas várias expressões, esaiba projetar e executar produ-tos culturais. Essa característicada formação em Letras é, semdúvida, uma assinatura doCEFET-MG.

Como a matriz curricular docurso explicita a trilha para a

A coordenadora, Profa. Ana Maria Nápoles, destaca que a matriz curricular do curso é voltada para a edição

NELSON NUNES

formação desse profissional?O curso oferece diversos eixos

de formação, sendo que os maisfortes são ligados: aos estudoslinguísticos; aos estudos literá-rios, incluindo a crítica literária; eaos estudos de técnicas e pro-cessos de edição. Os dois primei-ros eixos configuram os cursosde Letras em todas as institui-ções. Já o terceiro eixo é o pontoque torna nosso curso focadoem edição, ou seja, é nesse eixoque damos nosso ângulo. Ofere-cemos oficinas de tratamento detexto de diversas naturezas, tra-tamos da história cultural, da lei-tura e da escrita, discutimos osimpactos de tecnologias digitaispara projetos editoriais de todasorte, levamos o aluno à práticada edição, por meio de oficinas edo estágio supervisionado, únicocomo componente obrigatórioentre os demais cursos de Letras.Para se formar, o estudante devedefender um Trabalho de Con-clusão de Curso, que pretendeser um texto monográfico, mastambém um projeto editorial. Amatriz curricular de nosso cursoé claramente voltada para a edi-ção.

Esse tipo de formação existeno país?

Existem cursos de Comunica-ção que habilitam em Produção

Editorial (ou em Editoração) eexistem alguns bacharelados emLetras que, timidamente, tratamda revisão de textos. Aindaassim, essa oferta não é abun-dante no país. Em geral, as pes-soas começam a trabalhar emorganizações, públicas ou priva-das, e vão aprender seu ofício ali,no dia a dia. Quando elas che-gam preparadas, é sempre maisinteressante. Minas Gerais temalguns bacharelados em Letrasque oferecem disciplinas para re-visão de textos, nem sempre vol-tadas ao mercado editorial. E oscursos de Produção Editorial nãoformam peritos em língua portu-guesa ou em tratamento detexto. Outro elemento impor-tante a ser considerado é quecada vez menos interessa ondeesse profissional mora...

Como assim?Há profissionais de edição

que moram em Belo Horizonte etrabalham para empresas em ou-tros estados, uma vez que as tec-nologias digitais permitem queseus portfólios circulem sem queprecisem se mudar para outra ci-dade. É assim com ilustradores,revisores e preparadores. O queas empresas querem é pessoasque saibam conceber e criar so-luções em projetos impressos oudigitais. A formação existe, há

mercados de trabalho e, cada vezmais, autores e pesquisadoresprecisam publicar. Softwares edispositivos são criados, todos osdias, na tentativa de se proporum novo modo de ler, de publi-car e de fazer a circulação dostextos. Os profissionais de Letrassão parte dessa discussão.

E quanto ao mercado detrabalho?

Uma coisa é certa: há carên-cia de pessoas que conheçamprocessos e técnicas para a exe-cução de projetos editoriais,tanto impressos quanto digitais.No campo digital, então, as ex-periências são recentes e podemser discutidas. Há espaço parainovação e propostas, mas é pre-ciso haver pessoas que pensem,discutam e pesquisem. O mer-cado de trabalho abarca tantoempregos formais, em casas edi-toriais, de vários portes, quantoem empresas de outras áreas quemantêm departamentos quetransformam ideias em produtospara serem lidos (ou vistos): ca-tálogos, cartilhas, documenta-ção. Também há a possibilidadede escritórios e birôs que pres-tam serviços. Além disso, existemcargos tradicionais de revisoresem instituições públicas como aCâmara Municipal, a AssembleiaLegislativa, o Serpro e mesmo aUFMG. A cultura escrita nos en-volve a todos e não faltam espa-ços em que profissionais dessetipo sejam bem-vindos.

Então esse profissional nãose forma para ser professor?

O senso comum pensa queformados em Letras serão sem-pre professores de alguma lín-gua. De fato, é o que acontecenos cursos de licenciatura. Noentanto os bacharelados em Le-tras formam outros profissionais.A PUC-Minas e a UFMG têm ba-charelados em Letras há alguns

anos. Nisso, nós não estamos so-zinhos. O que propomos emnosso curso é uma ênfase maisclara nos processos de edição. Obacharel do CEFET-MG nãoaprenderá português para ensi-nar língua materna em escolas.Ele saberá como dar tratamentoa projetos para vários tipos depublicação. Esse é seu foco. Issodemanda conhecimentos espe-cializados, que não são os mes-mos que o professor conhece.

E se o aluno quiser dar au -las?

Se o bacharel quiser ser pro-fessor, mais adiante, terá de fazerum curso de formação de pro-fessor. Para dar aulas em cursossuperiores, bastará que ele conti-nue seus estudos e faça um mes-trado, por exemplo, que pode sero nosso – Estudos de Lingua-gens. É o que acontece em ou-tras carreiras, como naengenharia ou no direito. O pro-fissional que quer dar aulas pre-cisa fazer uma pós-graduaçãopara, então, ministrar aulas noterceiro grau. O que nosso ba-charel poderá fazer, na interfacecom a educação, é conceber eprojetar material didático paraambientes virtuais de aprendiza-gem, assim como editores sem-pre produziram livros didáticosadotados em escolas.

Onde funcionará o curso eem que condições?

O curso será instalado nocampus I do CEFET-MG, em salasde aula e em laboratórios. Umasala ambiente será projetadapara funcionar como birô paraprestação de serviços aos públi-cos interno e externo. Algunsdesses espaços já existem, outrosserão construídos mais adiante,conforme a necessidade. São 40vagas a cada vestibular. O ba-charelado em Letras será no-turno, com aulas aos sábadospela manhã. São quatro anos demuita leitura, escrita e criativi-dade. Os professores são dos de-partamentos de Linguagem &Tecnologia, de Ciências Humanase Sociais, de Ciências Sociais Apli-cadas e da coordenação deArtes.

Estão programas atividadesextra-classe?

As atividades complementa-res serão muito incentivadas, jáque é de suma importância queesse estudante conheça profis-sionais, mercados, possibilidades.Palestras, workshops, mi ni cursose visitas serão estimulados. Como tempo, precisaremos contratarprofessores com perfil ajustadoao foco do curso, mas isso nosparece natural. E quem sabe, umdia, poderemos completar nossaverticalização, criando um cursotécnico em produção gráfica? Éuma questão natural, uma vezque a graduação e o mestrado jásão uma trilha possível.

Raio X – Bacharelado em Letras

• Quando entra em funcionamento: 2011• Seleção: Processo Seletivo do 1º semestre/2011

(inscrições encerradas)• Número de vagas: 40• Turno: noturno, com aulas aos sábados pela manhã• Duração: quatro anos• Corpo docente: professores dos departamentos de Linguagem

& Tecnologia, de Ciências Humanas e Sociais, de Ciências Sociais Aplicadas e da coordenação de Artes

• Foco de atuação: mercado editorial• Mais informações:

www.cefetmg.br/site/graduacao/aux/cursos/letras.html