cemepe - diretrizes-geografia (1)

68
PREFEITURA MUNICIPAL DE UBERLÂNDIA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO CENTRO MUNICIPAL DE ESTUDOS E PROJETOS EDUCACIONAIS EDUCAÇÃO BÁSICA DIRETRIZES BÁSICAS DO ENSINO DE GEOGRAFIA 1ª A 8ª SÉRIES UBERLÂNDIA/2003 5

Transcript of cemepe - diretrizes-geografia (1)

Page 1: cemepe - diretrizes-geografia (1)

PREFEITURA MUNICIPAL DE UBERLÂNDIASECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

CENTRO MUNICIPAL DE ESTUDOS E PROJETOS EDUCACIONAISEDUCAÇÃO BÁSICA

DIRETRIZES BÁSICAS DO ENSINO DE GEOGRAFIA 1ª A 8ª SÉRIES

UBERLÂNDIA/2003

5

Page 2: cemepe - diretrizes-geografia (1)

PREFEITURA MUNICIPAL DE UBERLÂNDIASECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

CENTRO MUNICIPAL DE ESTUDOS E PROJETOS EDUCACIONAISEDUCAÇÃO BÁSICA

DIRETRIZES BÁSICAS DO ENSINO DE GEOGRAFIA 1ª A 8ª SÉRIES

Organização e sistematizaçãoLana Márcia Souto MarconiMaria Aparecida de Fátima

AssessoriaProfª Ms Adriany de Ávila Melo IG/UFU - 2003Prof.Ms Ireneu Antonio Siegler – IG/UFU - 2001-2003

Coordenação Geral da Educação BásicaEliana LeãoOsmar Ribeiro AraújoWilma Canêdo Portilho

Revisão Final Anair Valênia Martins Dias Sandra Flávio de Almeida

Digitação e Diagramação Alessandra Aparecida Lúcia Elton da Silva Negreto

UBERLÂNDIA/2003

6

Page 3: cemepe - diretrizes-geografia (1)

EDUCADORAS QUE PARTICIPARAM (75% DE PRESENÇA) DOS ESTUDOSDE REFORMULAÇÃO DA PROPOSTA CURRICULAR MUNICIPAL DE 1ª A 4ª

SÉRIES EM 2003

Altaci Antônio SilvaAna Maria de O. CostaAngela Maria Soares de FariaAparecida das Graças ReisChang Cristina. G. TeodoroCleusa Maria Rezende SimãoDarcy Cunha de OliveiraDoralice Gomes VasconcelosEdilamar Silvério FreitasEdinéia Leila G. MessiasGleidimar Aparecida DrigoInalbes Oliveira MartinsIsabel Cristina PereiraIsabel Cristina Silva CarrijoJanete Marques da Silva MoraesLídia Guardieiro RodriguesLucelei Marciana de LimaLuzia Alves BorgesMarcília P. de VasconcelosMaria Batista de Jesus ReisMaria da Glória PereiraMaria das Dores Porto QueirozMaria das Graças Lemos CunhaMaria de Lourdes Silva RamosMaria Regina Berger GonzagaMarineide Pereira Carrijo RodriguesMíriam de C. PessoaNeide Vieira de BarrosNorma Lúcia PereiraRita de Cássia Paula RodriguesRosana Aparecida MoraisRosicler Rodrigues C. AfonsoRosinaide Borges Alves AmâncioSandra Mara DiasSebastiana Alves PereiraSilvana Lima VieiraSueli Vendramine SoaresTerezinha de Jesus R. PereiraValéria Cristina Tavares Silva

EDUCADORES DE 5ª A 8ª SÉRIES ENVOLVIDOS NO PROCESSO DEREFORMULAÇÃO DA PROPOSTA CURRICULAR NO PERÍODO DE 1996,

2001 A 2003

SUMÁRIO

7

Page 4: cemepe - diretrizes-geografia (1)

APRESENTAÇÃO1. CONHECIMENTO GEOGRÁFICO E SUA IMPORTÂNCIA SOCIAL

1.1 AS NECESSIDADES NO ENSINO DE GEOGRAFIA2. INTRODUÇÃO

2.1 ALFABETIZAÇÃO GEOGRÁFICA2.2 BREVE HISTÓRICO DA CIÊNCIA GEOGRÁFICA

3. FUNDAMENTOS FILOSÓFICO-PEDAGÓGICOS DO ENSINO DE

GEOGRAFIA3.1 FUNDAMENTOS PEDAGÓGICOS3.2 ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS PARA O ENSINO DE

GEOGRAFIA3.3 MOMENTOS DE TRABALHO COM GEOGRAFIA3.4 AVALIAÇÃO NA ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL

4. CONTEÚDOS DISCIPLINARES DE 1ª A 4ª SÉRIE DO ENSINO

FUNDAMENTAL5. CONSIDERAÇÕES GERAIS6. BIBLIOGRAFIA7. ANEXOS

8

Page 5: cemepe - diretrizes-geografia (1)

1. CONHECIMENTO GEOGRÁFICO E SUA IMPORTÂNCIA SOCIAL

A Geografia tem por objetivo estudar as relações entre o processo históricona formação das sociedades humanas e o funcionamento da natureza por meioda leitura do lugar, do território, a partir de sua paisagem. Na busca dessaabordagem relacional, trabalha com diferentes noções espaciais e temporais,bem como com os fenômenos sociais, culturais e naturais característicos de cadapaisagem, para permitir uma compreensão processual e dinâmica de suaconstituição, para identificar e relacionar aquilo que na paisagem apresenta asheranças das sucessivas relações no tempo entre a sociedade e a natureza emsua interação.

Nesse sentido, a análise da paisagem deve focar as dinâmicas de suastransformações e não simplesmente a descrição e o estudo de um mundoaparentemente estático. Isso requer a compreensão dessa dinâmica entre osprocessos sociais, físicos e biológicos, inseridos em contextos particulares ougerais. A preocupação básica é abranger os modos de produzir, de existir e deperceber os diferentes lugares e territórios como os fenômenos que constituemessas paisagens e como estes se interagem com a vida que os anima. Paratanto, é preciso observar, buscar explicações para aquilo que, em determinadomomento, permaneceu ou foi transformado, isto é, os elementos do passado e dopresente que convivem nestes territórios.

Os espaços considerados como território e lugar são basicamenteproduzidos pelo homem à medida que organiza econômica e socialmente suasociedade. A percepção espacial de cada indivíduo ou sociedade é tambémmarcada por laços afetivos e referências socioculturais. Nessa perspectiva, ahistoricidade enfoca o homem como sujeito produtor desse espaço, um homemsocial e cultural, situado além e por meio de uma perspectiva econômica epolítica, que imprime seus valores no processo de produção de seu espaço.

Assim, o espaço na Geografia deve ser considerado uma totalidadedinâmica em que interagem fatores naturais, sociais, econômicos e políticos. Porser dinâmica, ela se transforma ao longo dos tempos históricos e as pessoasredefinem suas formas de viver e de percebê-la.

Pensar sobre essas noções de espaço pressupõe considerar acompreensão subjetiva da paisagem como lugar, o que significa dizer: apaisagem ganhando significados para aqueles que a constroem e nela vivem; as

9

Page 6: cemepe - diretrizes-geografia (1)

percepções que os indivíduos, grupos ou sociedades têm da paisagem em quese encontram e as relações singulares que com ela estabelecem. As percepções,as vivências e a memória dos indivíduos e dos grupos sociais são, portanto,elementos importantes na constituição do saber geográfico.

No que se refere ao ensino fundamental, é importante considerar quais sãoas categorias da Geografia mais adequadas para os alunos em relação a essaetapa da escolaridade e às capacidades que se espera que eles desenvolvam.Assim, “espaço”, deve ser objeto central de estudo, e as categorias “território”,”paisagem” e “lugar” devem ser abordadas como seus desdobramentos.

1.1 AS NECESSIDADES NO ENSINO DE GEOGRAFIA

As vertiginosas mudanças ocorridas no mundo no final do século XX,criaram a necessidade de um novo olhar sobre a realidade, de uma análise quenos levasse à compreensão desses processos e à construção de uma outrarelação do homem com o meio natural e social.

Com as mudanças tecnológicas, tempo e espaço se reduziram, e aspaisagens se alteraram rapidamente.

Durante algum tempo, acreditou-se que esse desenvolvimento científico etecnológico seria suficiente para elevar as condições de vida de toda ahumanidade a novos patamares de bem-estar. Essa crença foi destituída pelopanorama de um mundo em que as desigualdades, tanto entre países econtinentes, tornaram-se cada vez mais perversa.

Em decorrência da globalização, as fronteiras vão perdendo importânciaeconômica e a vida das pessoas passa a ser afetada por decisões e fatosocorridos no mundo todo. Nesse mundo, cresce a complexidade das relações,seja entre os países, seja entre o homem e a natureza.

Por ser a disciplina que estuda e desvela essas relações, a Geografia temlugar privilegiado na construção, pelo aluno, do conhecimento do espaçohistoricamente produzido.

O estudo da Geografia será fator fundamental na formação de um alunocidadão, na medida em que permite a ele apropriar-se desse conhecimento ecompreender criticamente sua realidade e suas possibilidades de agir natransformação de um mundo com relações mais justas e solidárias.

10

Page 7: cemepe - diretrizes-geografia (1)

Tendo em vista a formação de alunos cidadãos, as Diretrizes Básicas deEnsino de Geografia procura despertar nos educandos uma visão mais crítica demundo. Relacionando os problemas com o seu cotidiano, fazendo uma leituracrítica dos fatos ocorridos em tempo real e, como esses acontecimentosinfluenciam ou não o nosso dia-a-dia.

Com esse objetivo procura-se dar as Diretrizes Básicas de Ensino deGeografia uma visão mais crítica, sem perder a fundamentação geográfica.

11

Page 8: cemepe - diretrizes-geografia (1)

2. INTRODUÇÃO

As Diretrizes Básicas, ora apresentadas, defendem também queconceitos ligados ao espaço e ao tempo sejam tratados num processo gradativode construção sistemática desde a educação infantil. Acredita-se que a aquisiçãoda linguagem escrita seja, sem sombra de dúvida, de fundamental importância.

Mas, num processo de alfabetização de forma integral, é mister que seconsidere a importância de outros conhecimentos como a Geografia, a História,as Artes, as Ciências, diferindo da visão que defende um início de alfabetizaçãocom a Língua Portuguesa e a Matemática, para só na 3ª e 4ª séries, se iniciaremos estudos das outras áreas. É fundamental o envolvimento dos vários camposdo conhecimento sistemático dentro de um enfoque interdisciplinar, em que àespecificidade de cada campo seja valorizado.

Desse modo, tem-se já a indicação de que nas séries iniciais o ensino daGeografia deverá propor:

– a substituição da fragmentação de nomes e conceitos, a que osalunos vêm sendo expostos, por uma compreensão globalizada davida social, no seu funcionamento e na sua historicidade visto que aconstrução mental desses conceitos, por parte do ser humano, se dána interação das condições internas de aprendizagem com ascondições ambientais de que dispõe o aluno;

– o trabalho em todas as séries deverá procurar enfocar, além dosconhecimentos específicos da série, os conceitos básicos da estruturada disciplina, em diferentes níveis e em crescente aprofundamento(ambientais, sociais, políticos, econômicos);

– é importante ter sempre em vista que a definição dos conteúdos e dassituações significativas de aprendizagem, a serem enfocados,viabilizem a ultrapassagem do ensino reprodutivo de Geografia como“matéria decorativa” para o ensino crítico e produtivo no sentido deinstrumentalizar para a compreensão da realidade.

A Proposta Curricular de Geografia da Rede Municipal de Ensino de Uberlândia,começou a ser pensada em 1994, com a formação de um grupo de professoresque seriam responsáveis pela discussão e elaboração das propostasmetodológicas e do conteúdo programáticos por série.

12

Page 9: cemepe - diretrizes-geografia (1)

Durante esses encontros aconteceram estudos e discussões sob a orientação doProf° Ireneu Antonio Siegler e elaboração da primeira versão da PropostaCurricular de Geografia, a qual deveria ser implementada em todas as escolasmunicipais de Uberlândia.

Em 1998, devido a mudanças na Secretaria Municipal de Educação, esse grupofoi desfeito, não dando continuidade à implementação da referida Proposta, quefoi elaborada levando em consideração os conhecimentos vivenciados pornossos educandos.

Os professores que deram início à implementação da Proposta de Geografiasentiram a necessidade de fazer uma revisão e atualização da mesma. Essarevisão começou a ser feita a partir de maio de 2001 com a participação de umgrupo de professores sob a orientação do Prof° Ireneu Antonio Siegler queacompanhou o trabalho desde o início. No primeiro encontro foi feita umaavaliação da proposta elaborada anteriormente. Entre os professores presentesalguns disseram que não trabalhavam com proposta por desconhecerem e outrospela falta de material de apoio especialmente para a 5ª Série do EnsinoFundamental.

Partindo deste princípio retomou-se a elaboração do material de apoio iniciadoem 1997. Nos encontros ocorridos em 2001 deu-se prosseguimento ao estudo,análise e elaboração final desse material.Nos encontros ocorridos em 2002/2003 foram feitos estudos de temas referentes

à Geografia e revisão/atualização da metodologia, avaliação e dos conteúdosdisciplinares da 1ª a 8ª séries do Ensino Fundamental, o qual foi finalizado com apresente Diretrizes Básicas de Ensino de Geografia.

Após estudos e discussões optou-se por mudar o nome de PropostaCurricular de Geografia para Diretrizes Básicas de Ensino de Geografia.

Considerando a importância do conhecimento geográfico para a formaçãode cidadãos conscientes e críticos as diretrizes em questão tem por objetivoestudar as relações entre o processo histórico na formação das sociedadeshumanas e o funcionamento da natureza por meio da leitura do lugar, doterritório, a partir de sua paisagem. Sendo este um dos objetivos básicos doensino de Geografia, se faz necessário à alfabetização geográfica desde asséries iniciais; alfabetização cartográfica através da aquisição de conhecimentose habilidades necessárias para se efetuar a leitura do espaço e como representá-lo, sendo necessário respeitar o desenvolvimento cognitivo das crianças.

13

Page 10: cemepe - diretrizes-geografia (1)

Os conteúdos disciplinares foram elaborados em forma de espiral, obedecendoaos estágios de desenvolvimento cognitivos das crianças, de forma contínua da1ª a 8ª série do Ensino Fundamental.

2.1 ALFABETIZAÇÃO GEOGRÁFICA

Levando em consideração a importância da geografia para a formação dacidadania crítica, a alfabetização geográfica, se faz necessário desde as sériesiniciais, com o intuito de formar leitores conscientes do mundo e de mapas.

Desta forma a alfabetização cartográfica deve ser iniciada por meio doprocesso de aquisição de conhecimentos e habilidades necessários para seefetuar a leitura do espaço e como representá-lo. Para que isso aconteça ascrianças devem construir os conceitos básicos das relações espaciais e devemconstruir seus próprios mapas, pois, só através dessa construção serão capazesde entender os mapas projetivos e euclidianos com toda sua complexasimbologia cartográfica.

Como diz Lacostes: “Cartas, para quem não aprendeu a lê-las e utilizá-las, semdúvida, não têm qualquer sentido, como não teria uma página escrita para quemnão aprendeu a ler”.

Segundo Passini, “ensinar a ler mapas ou alfabetizar para a leitura cartográficatem implicações mais profundas para a educação que simplesmente ser umprocesso metodológico do ensino de Geografia”.

É importante, portanto, uma preocupação em relação à alfabetizaçãocartográfica contextualizada em uma educação que objetive a formação do sercom autonomia, crítico, armado para se defender da dominação, assim comopara pensar e fazer o espaço.

Por outro lado Lacoste (1988) questiona o descompromisso da escola emrelação a essa alfabetização cartográfica: “Vai-se à escola para aprender a ler, aescrever e a contar. Por que não para aprender a ler uma carta”.

De acordo com Passini (1994 págs. 27, 28 e 29) as atividadesconsideradas necessárias para o desenvolvimento dashabilidades que permitam lidar com as relações espaciais ea função simbólica, precisam levar em consideração doisaspectos fundamentais:

14

Page 11: cemepe - diretrizes-geografia (1)

a) o desenvolvimento cognitivo dos alunos no que dizrespeito à percepção e representação do espaço;

b) os elementos cartográficos cuja compreensão écondição para a leitura eficaz de cartas e mapas:Escala, Projeção e Símbolos ““.

Os estudos de Piaget (1981) e seus colaboradores mostrama evolução cognitiva de crianças para a percepção erepresentação do espaço assim como no que diz respeito àaquisição da função simbólica.È através da ação de simbolizar que a criança irá construirligação significante – significado, elemento chave para acompreensão da leitura cartográfica, uma vez que o mapa éuma representação, antes de tudo, simbólica.Essas ações devem ser propostas de forma a respeitar odesenvolvimento cognitivo da criança, os estágios eevolução das estruturas para a percepção das relaçõesespaciais, a representação mental e a evolução do desenhoinfantil para a expressão gráfica de um determinadoconteúdo espacial.Estes mapeamentos efetuados pela criança podem serconfusos. Há mistura de perspectivas, transparências, poiso visível e o invisível se confundem, em sua mente.

No entanto, segundo Luquet (1935), que Piaget cita (1981),esta representação distorcida da realidade ocorre em umperíodo na evolução do desenho infantil que deve serrespeitada.

A educação cartográfica como processo metodológicopropõe que:

a) o aluno seja mapeador para que utilizando oselementos cartográficos (símbolos, projeção, redução)consiga a cognição da simbologia cartográfica;

b) o objeto a ser mapeado seja o espaço conhecido doaluno;

c) o ponto de chegada signifique a sistematização doselementos conhecidos do espaço cotidiano através daclassificação, comparação, seleção, quantificação,ordenação na elaboração de símbolos, que sãoauxiliares na construção do conhecimento físico e socialda criança;

d) essas ações estruturantes possibilitem ao aluno acompreensão das relações espaço-temporais de formasignificativa e a transparência para a compreensão deespaços mais distantes (generalização) assim como desua representação

15

Page 12: cemepe - diretrizes-geografia (1)

e) inclusões do espaço conhecido em espaços maisamplos e relações mais complexas sejam percebidaspela criança através de suas ações e deslocamentosdiários (casa-escola), “a priori”. E “a posteriori” numacontinuidade para espaços mais distantes, sem que hajafechamento, possibilitando a compreensão do processode produção/consumo/circulação,dependência/dominação, de forma globalizada.

Pretende-se que o aluno assim formado, leitor conscienteda organização do seu espaço e sua representação, torne-se um ser autônomo, crítico e engendre possibilidades deuma reorganização do espaço, porque questiona aorganização existente e concebe-a como produzida pelaprópria sociedade, portanto, passível de reconstrução.Neste sentido, a alfabetização cartográfica deve ser vistacomo uma proposta metodológica que perfura a cortina defumaça da “Geografia espetáculo” a que se refere Lacoste,pois prepara o aluno para a compreensão do conteúdoestratégico da Geografia (Lacoste apud Passini, 1994)

2.2 BREVE HISTÓRICO DA CIÊNCIA GEOGRÁFICA

Para que se consiga delinear os pilares de sustentação das DiretrizesBásicas de Ensino de Geografia para o Ensino Fundamental, é imprescindívelanalisar historicamente a trajetória desta ciência, assim como as implicaçõespedagógicas dela decorrentes.

Acredita-se que, a partir desta análise, serão visualizados os fatosinerentes ao ensino da Geografia na escola, as diretrizes dos programas oficiais ea sua prática em sala de aula, tendo em vista a própria definição da Geografia (oque é), os objetivos (para quê) e o processo de ensino (o como).

Um percorrer de olhos na História da humanidade leva a perceber que,desde a Pré-História, o homem se preocupava em determinar os espaçosgeográficos que o circundavam. Havia já o costume de se deixar impressos,escavados nas cavernas, desenhos e sinais indicadores de fatos essenciais àsobrevivência humana como, por exemplo, lugares onde se podia caçar, pescarou coletar materiais úteis à sua vida, que viriam a ser considerados pré-mapas eos registros denominados “saber geográfico”.

No período da antigüidade clássica e da Idade Média, quando o homem sedeslocava a distâncias maiores, os relatos também indicavam a preocupação de

16

Page 13: cemepe - diretrizes-geografia (1)

se demarcar em pontos, considerando-se neles todo o universo envolvido. Daí agrande ligação dos aspectos geográficos da Terra com a Astronomia, com asustentação da Filosofia1, que alcançava grande desenvolvimento na época.

Desta maneira, o saber geográfico permanece como parte doconhecimento geral e só adquire sua autonomia como Ciência Geográfica, comobjeto determinado no século XIX, quando ganha espaço como disciplinaespecífica na universidade. Para isto, muito contribuíram os estudos de Kant nofinal do século XVIII, de Alexander Von Humbold e Karl Ritter no início do séculoXIX, na Alemanha.

Dois objetivos determinaram o desenvolvimento da geografia comociência. O primeiro, relacionado ao momento histórico vivido pela antiga Prússia,exigia a escolarização e o fortalecimento patriótico da sociedade existente tãoimportante para a sua consolidação como pátria. O segundo, ultrapassa suasfronteiras na busca de referências econômicas para sua expansão comercial.

Durante o período de consolidação da geografia como ciência está onascimento do Estado Moderno, quando as atenções se voltam para ofortalecimento do sentido de pátria e sua localização territorial. Incluídos nestatrajetória estão conceitos, como “Espaço Vital” (RATZEL) e “Gênero de Vida”(Paul Vidal de La BLACHE). O primeiro é ligado à política imperialista alemã, combase na corrente geográfica determinista e o segundo, sustentando oneocolonialismo, francês faz parte da corrente geográfica denominada possibilista(MORAES, 1984). A primeira justifica o expansionismo alemão, quando consideraa proporção de equilíbrio existente entre número de pessoas, recursosindispensáveis para suprir suas necessidades, recursos disponíveis,potencialidades e premências territoriais (MORAES, 1984). A segunda expressa arelação entre a população e os recursos disponíveis, a diversidade destesrecursos em decorrência da variação dos meios, determinando os diferentesgêneros de vida e justificando as intervenções dos mais avançados, nos menosdesenvolvidos como exemplo, o neocolonialismo francês na África.

Sobre a Geografia no Brasil, foi o pensamento positivista que mais ainfluenciou, determinando a prática da disciplina, ora denominada de tradicional,ora de clássica, ora de moderna.

Essa visão da Geografia, aliada ao desenvolvimento do capitalismo e à

1 A Geografia “nasceu” entre os gregos junto com o nascimento da Filosofia, da História, do Teatro.Os primeiros geógrafos eram filósofos, como exemplo Karl Ritter.

17

Page 14: cemepe - diretrizes-geografia (1)

sua conseqüente reorganização espacial, passa a preocupar-se com aspectosquantitativos da produção econômica, que ficou conhecida como Geografia“Teórico-Quantitativa”, sem alcançar grandes mudanças e sem grandesinfluências no ensino escolar (neo-positivismo).

As constantes mudanças, o desenvolvimento industrial, as relações detrabalho vão determinando o aparecimento de uma nova visão da Geografia,preocupada com a abordagem do homem em suas relações sociais e de trabalhointegrando-se com a natureza. Surge assim, a visão da Geografia crítica inspiradano geógrafo francês, o marxista PIERRE GEORGE, que considera a dimensãosocial do espaço geográfico colocando o método dialético como principalinstrumento de trabalho.

18

Page 15: cemepe - diretrizes-geografia (1)

3. FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS PEDAGÓGICOS DO ENSINO DEGEOGRAFIA

Após a historicização da Geografia, algumas questões devem sercolocadas para que, por meio da análise de como a Geografia tem sidodesenvolvida nos currículos escolares, se busque um caminho que sejacondizente com os objetivos a serem alcançados.

- A Geografia Tradicional, por exemplo, pela expressiva fragmentaçãocom que divide os aspectos da realidade a serem estudados, não alcança oobjetivo maior que é a percepção de mundo pelo educando. A relação homemnatureza, tão apregoada hoje, perde todo o sentido quando se divide, para efeitode estudo, a Geografia em Humana e Física. Desta forma, embora o título(homem - natureza) sugira interligação, a maneira como é proposto oencaminhamento do trabalho não alcança o objetivo desta ligação. O mesmoocorre com o ensino que prioriza a memorização de lugares, datas e acidentesgeográficos de maneira descontextualizada perdendo-se a oportunidade de levaro aluno à visão global dos fatos. A forma fragmentada de se conduzir o estudo daGeografia, sem se atentar para as características culturais, políticas eeconômicas, que influem nas variações dos grupos sociais e precisam serpercebidas criticamente pelos educandos, não possibilita à criança uma visãocrítica dos aspectos ambientais e sociais do espaço em que vive.

Estas constatações e uma análise do ensino da Geografia demonstramque ainda se trabalha em moldes tradicionais no Brasil. É necessária uma melhorestruturação, com embasamento critico, que caminhe em direção a objetivosrealmente significativos.

Ao se pensar em aspectos metodológicos que deverão nortear o ensinoda Geografia, é importante revisar os conceitos acerca deste ensino, do conceitoque se tem de espaço geográfico e mesmo dos objetivos a serem alcançadospelos alunos do ensino Fundamental.

Nestas últimas décadas, a Geografia, enquanto área de conhecimento,vem sofrendo profundas transformações, tanto teóricas quanto metodológicas.Essas transformações vêm contribuindo sobremaneira para o repensar deespaços que busquem novos caminhos, entendendo a concepção de espaçogeográfico não como mera expressão de ordem natural, mas, também, como

19

Page 16: cemepe - diretrizes-geografia (1)

projeção da ação humana, da cultura presente em uma sociedade.Desta forma cabe ao ensino da Geografia possibilitar a compreensão do

espaço produzido pela sociedade em que hoje ela vive, suas desigualdades econtradições, as relações de produção que nela se desenvolvem e a apropriaçãoque esta sociedade faz da natureza. Esse entendimento passa pelas relaçõesentre os homens, pela forma como se organizam no espaço e pelo processo detrabalho que se estabelece entre os seus membros, levando em conta,sobretudo, a análise dos processos históricos do uso do espaço e das relaçõesde trabalho.

Por acreditar numa concepção do ensino de Geografia em que aprodução e a organização do espaço geográfico são tratadas a partir dasrelações sociais de produção, historicamente determinadas, fez-se opção poruma Geografia que desvele a realidade: uma Geografia que conceba o espaçogeográfico como sendo um espaço social, produzido e reconstruído pelasociedade humana, com vistas a nele se realizar e se reproduzir; que busque odesenvolvimento do senso crítico do aluno e a importância da compreensão doseu papel histórico na sociedade.

Nesse sentido, entende-se o ensino de Geografia, no ensinoFundamental, como um dos elementos responsáveis pela preparação de umcidadão crítico, dotado de consciência social que lhe permita:

- perceber a sociedade em que vive como uma construção humana

reconstruída constantemente ao longo das gerações;- perceber a si próprio como um agente social que intervém na sua

sociedade, podendo transformá-la;- perceber o sentido dos processos que orientam o constante fluxo social

bem como o sentido de sua intervenção nesse processo.

Quanto à presença da Geografia, aliada a outras áreas das CiênciasHumanas nas séries iniciais do ensino Fundamental, deve garantir a iniciação dacriança em uma preparação mais ampla. Para isso, é necessário assegurar emcada série um conhecimento significativo, ainda que introdutório, que possa serutilizado pelo aluno ao longo de sua vida na convivência com seus semelhantes,como um instrumento que lhe possibilite pensar sua realidade e melhor conhecê-la, para atuar e se apossar dela, em lugar de ser engolido pela mesma.

20

Page 17: cemepe - diretrizes-geografia (1)

Em síntese, a concepção em que se procura alicerçar este trabalhoobjetiva também desenvolver no aluno o espírito questionador e reflexivo, que ofaça ultrapassar a interpretação da realidade, exercendo sua cidadania comsugestões de atividades tendo em vista a justiça social, ou seja, a conquista deuma melhor qualidade de vida para todos.

Na viabilização de um trabalho estruturado dessa forma, é importanteque se reveja também a concepção acerca do aluno e seu processo deaprendizagem.

Não se pode entender o aluno como um mero receptor de umconhecimento pronto e acabado oferecido pelo professor. Sabe-se que o únicoconhecimento capaz de influenciar, significativamente, o comportamento do alunoé o de caráter de conquista pessoal. Uma conquista que, sem dispensar a valiosainfluência do professor, requeira também envolvimento e atividade do educando.Obviamente, o planejamento do professor precisa levar em conta aspossibilidades cognitivas desse aluno. Para isso, é importante ter sempre apreocupação de ouvi-lo para considerar-se seu estágio de compreensão, paracolher seu repertório enquanto ponto de partida para reflexão sobre suas própriasexperiências e de outras situações reais.

3.1 FUNDAMENTOS PEDAGÓGICOS

1. É função da escola possibilitar aos alunos, orientados pelo professor, odesenvolvimento da capacidade de pensar, de criar, de sonhar. É função,ainda, possibilitar aos alunos e professor a produção do conhecimento.

2. sendo o processo de desenvolvimento do pensamento complexo, deve seutilizar diversas formas de se buscar o saber (produção do conhecimento):ver, ler, ouvir, falar, escrever, errar, acertar, corrigir.

3. o conhecimento não é definitivo, é um produto em processo de refinamento ereinterpretação. O conhecimento geográfico acompanha a realidade que setransforma, avança, evolui.

4. o conhecimento geográfico escolar deve ser fruto da ação interativa entre

21

Page 18: cemepe - diretrizes-geografia (1)

professor e alunos, mediada pelo conhecimento da realidade vivenciada epelo apoio bibliográfico. Alunos e professor têm um saber espacial de sensocomum, gerado em suas práticas sociais, nas interações com o meio físico esocial. Esse saber não é algo pronto e consolidado, mas processo deconsciência viva, que vai se formando e transformando em instrumentosmentais e culturais utilizados na produção da existência. Esse saber espacialé o ponto de partida e de chegada da Geografia que, no processo de ensino-aprendizagem, deve ser captado, resgatado, sistematizado, ampliado,aprofundado como saber científico, reelaborado e elevado em nível deconsciência crítica e histórica.

5. o professor é o coordenador, aquele que tem claro os objetivos a serematingidos e para quem a avaliação contínua é um instrumento de avaliação doprocesso. O aluno é o sujeito de todo o processo de produção doconhecimento que se inicia no seu saber vivido e culmina no compartilhar dosaber produzido, na formação de uma consciência crítica para exercer acidadania. Na aplicação desses fundamentos filosóficos - pedagógicos aindarestam algumas questões a serem consideradas:

1. É muito mais formativo trabalhar com maior profundidade algunstópicos do programa, permitindo ao aluno o desenvolvimento de suacapacidade de pensar a realidade e produzir o conhecimento, do queapenas repassar superficialmente os conteúdos, memorizando asinformações de todos os itens das propostas dos programas ou detodas as páginas dos livros didáticos.É preciso pensar sobretudo o simultâneo, ao invés de só o sucessivo.

2. Na produção do conhecimento geográfico deve-se contemplarinicialmente o local, o regional, a própria realidade imediata,possibilitando posteriormente ao aluno entender a sua realidadenacional e mundial.

3. O trabalho com o conceitual e o instrumental não deve serdesvinculado do conteúdo propriamente dito. Os conceitos têm sentidono seu contexto. As técnicas são aprendidas quando aplicadas.

22

Page 19: cemepe - diretrizes-geografia (1)

4. O espaço da sala de aula não é só da Geografia, como também não ésó de uma outra disciplina, pois lidamos com seres humanos, com suasrealidades e anseios que, por sua vez, são diferentes dos nossos. Oambiente da sala de aula deve se tornar o espaço da produção doconhecimento, da criatividade e da competência. Espaço de formaçãodo cidadão com liberdade, responsabilidade e respeito. Espaço dademocracia.

5. O trabalho do professor deve caracterizar-se pela identificação eatenção ao aluno; pelo domínio do conteúdo e dos recursos didáticos.Devem ser também características do professor: estudo, leitura,curiosidade, pesquisa.

Nesse sentido, o bom professor é positivo, estimula os alunos, é bemhumorado (rir junto destrói o autoritarismo), não se julga dono da verdade, criadúvidas, divergências, desperta a observação, a criatividade, desenvolve aanálise, estimula o julgamento.

Dessa forma, o ensino da Geografia passa a ser um importanteinstrumento de compreensão da realidade do espaço social e ambiental em quevivemos e de formação de uma consciência crítica que permite aos alunosencontrar os mecanismos de interferência adequada nesse espaço.

3.2 ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS PARA O ENSINO DEGEOGRAFIA

1. A ação do aluno não deve estar centrada na pura assimilação doconteúdo repassado de forma sucessiva. O objetivo maior não éprovocar a memorização das informações contidas nos itens daproposta dos programas e sim o desenvolvimento da capacidade depensar a realidade e produzir o conhecimento.A aprendizagem do aluno deve desenvolver-se de forma dinâmica, emque ele tenha o direito de aprender a aprender, criar, envolver-se notodo, compreender a realidade, ter senso crítico, expressar-se,trabalhar em grupo, enfim, construir seu próprio conhecimento.

23

Page 20: cemepe - diretrizes-geografia (1)

2. A busca de conhecimento deve partir da realidade do aluno e estedeverá ser sujeito do processo, com liberdade de ver, ler, ouvir, falar,escrever, acertar, errar, corrigir...

3. A produção do conhecimento geográfico deve estar embasada naparceria entre professor, detentor do conhecimento científico, e osalunos, que possuem saberes anteriormente acumulados einformações de senso comum que devem ser enfocados a partir de suarealidade, de bibliografia adequada e de outros instrumentos de apoio,para que também se transformem em conhecimentos cientificamenteorganizados.O professor deve coordenar o processo educacional, estimulando osalunos a ousar, criar, experimentar e ser originais.

4. O espaço da sala de aula não é só da Geografia, como também não ésó de uma outra disciplina, pois lidamos com seres humanos, com suasrealidades e anseios que, por sua vez, são diferentes dos nossos. Oambiente da sala de aula deve se tornar o espaço da produção deconhecimento, da criatividade e da competência. Espaço de formaçãodo cidadão com liberdade, responsabilidade e respeito. Espaço dedemocracia.Dessa forma o ensino de Geografia passa a ser um importanteinstrumento de compreensão da realidade do espaço social e ambientalem que vivemos e de formação de uma consciência crítica que permiteaos alunos encontrar os mecanismos de interferência adequada nesseespaço.

3.3 MOMENTOS DE TRABALHO COM GEOGRAFIA

O aluno é o centro do processo de aprendizagem e o seu sujeito: oconhecimento é uma aquisição interna, processada a partir de sucessivas eorganizadas operações realizadas pelo indivíduo.

A função social e profissional do professor está muito mais para

24

Page 21: cemepe - diretrizes-geografia (1)

contribuir para o desenvolvimento pessoal do que para a repetição de conteúdos.O professor lidera, estimula e participa da construção da cidadania em um mundoreal.

O conteúdo é uma ponte para se aprender a pensar. As interpelaçõesprofessor/alunos se tornam intensas e geram compromissos tais como:pontualidade, organização, limpeza, uso de técnicas e materiais adequados,atualização de informações. Professor e alunos compartilham o processo decriação, as dúvidas, os problemas, os resultados, o inconformismo perante aciência por não poder dar todas as respostas.

A presente diretriz se organiza em quatros momentos.

PRIMEIRO MOMENTO - Resgate do saber anterior do aluno: percepções evivências dos alunos sobre o tema em estudo.

Os alunos falam, escrevem, discutem sobre os temas importantes(programa) do seu espaço vivido e não vivido. Expõem suas experiências, suasreflexões e as informações acumuladas.

O professor, por sua vez, coordena as atividades. Em seguida, todospropõem e decidem as atividades para o segundo momento.

As técnicas sugeridas são: representação de mapas mentais,sementeira de idéias ou tempestade cerebral, produção de textos e outrasatividades, preferencialmente executadas em grupos, mas sempre considerandoque as técnicas socializantes exigem o trabalho individual e a participação decada aluno.

SEGUNDO MOMENTO - Problematização do saber espacial do aluno nos seusaspectos sociais (políticos, econômicos e culturais) e ambientais. Utilização dediversas formas de se perceber o assunto. Pesquisa de respostas para asdúvidas e para os questionamentos elaborados no primeiro momento.

A partir das prioridades estabelecidas no primeiro momento, os alunosdevem buscar a compreensão dos fatos (distribuição e correlação espacial,semelhanças, desigualdades e contradições).

Para isso os alunos deverão coletar dados e informações através de:- Pesquisas bibliográficas diversas em livros, revistas, jornais...

25

Page 22: cemepe - diretrizes-geografia (1)

- Consultas a mapas, atlas, globos, plantas cartográficas...

- Consultas a sensos estatísticos, anuários, catálogos, tabelas de

jornais, gráficos.- Uso de documentários, filmes, vídeos, jornais televisivos e outros

programas de televisão e rádio.- Uso de imagens diversas tais como fotos, cartazes, charges...

- Entrevistas, pesquisas de opinião, depoimentos, histórias de vida.

- Aulas expositivas do professor.

TERCEIRO MOMENTO - Sistematização do saber acumulado no segundomomento e produção de novos enfoques ou de novo conhecimento pelos alunos.Organização das respostas e produção de materiais.

Os alunos organizam as informações coletadas sobre os temasdecididos como prioritários e elaboram documentos e atividades para seremapresentados no quarto momento.

As formas de organização e apresentação do conhecimentoacumulado podem ser:

- Textos, livros, álbuns, cartazes, charges, anúncios, histórias em

quadrinhos...- Jograis, teatro, programas de rádio e televisão, poemas, histórias

contadas, músicas, vídeos...- Produções cartográficas: mapas, plantas, gráficos, tabelas,

maquetes...- Murais, painéis...

- Desafios coletivos (polêmicas, jogos pedagógicos...), júri simulado,

inquéritos...- Seminários, debates, mesas redondas, conferências...

QUARTO MOMENTO - Divulgação e socialização do conhecimento acumulado edos materiais produzidos pelos alunos no terceiro momento.

Os alunos, individual ou coletivamente, divulgam o material produzidono terceiro momento e socializam o conhecimento acumulado e produzido acerca da compreensão do fato geográfico em questão.

26

Page 23: cemepe - diretrizes-geografia (1)

Deve ficar claro para todos que, considerando-se a individualidade deseus autores, esse é um produto final único no tempo e no espaço, e espelha acompreensão da realidade desses alunos nesse momento.

O espaço de coletividade da produção do conhecimento pode ser:- a sala de aula;

- as feiras de mostra de trabalhos realizados;

- as semanas culturais;

- o acervo da biblioteca;

- outras atividades: Mesas redondas, palestras, conferências, mini-

cursos, encenação de peças de teatro, exposições, recitais depoesias, festivais de canções, desafios, gincanas...

3.4 AVALIAÇÃO NA ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL

Se na escola, na organização dos conteúdos e no detalhamento dametodologia, considera como princípios básicos a participação do aluno, aimportância dos conteúdos apenas como pontes para o aprender a pensar, paraaprender a aprender a se relacionar experiencialmente com as informações econhecimentos em acumulação acelerada e mudanças constantes, não podedesfigurar a avaliação, coroamento de todo o processo de aprendizagem,desviando-a desses princípios básicos.

Sob esse enfoque, a avaliação não pode ser apenas um instrumento para testaro domínio do conteúdo a partir da verificação dos pontos de aprendizagemrestante ao final de um determinado tempo ou de uma certa unidade.

O ato de avaliar dever ser contínuo e amplo. Contínuo porque a avaliação deveestar presente em todas as etapas da aprendizagem. Amplo porque deve seestender não apenas às etapas de reprodução e compreensão do conhecimentojá produzido, mas sobretudo deve acompanhar a dinâmica e os esforçosnecessários para se produzir e difundir novos conhecimentos. É importante avaliar o domínio do conteúdo e da linguagem técnica, acapacidade de utilizar equipamentos e materiais sofisticados2, de observar einterpretar a realidade, assim como adquirir e processar novas informações,2Equipamentos e materiais sofisticados tais como: computador, Internet, DVD, 3 dimensão,fotografias áreas, imagens de satélite.

27

Page 24: cemepe - diretrizes-geografia (1)

comunicar-se bem de forma oral e escrita, mas importante mesmo é avaliar acapacidade de se organizar e trabalhar individualmente e em grupos, aversatilidade na busca de soluções e a adaptação a novas situações, semprepensando de forma criativa, original e com capacidade crítica.

Contudo, de nada adianta esse processo extremamente rico se a avaliação nãose transformar em instrumento de aprendizagem. Enquanto o ato de avaliar forum instrumento de verificação do conhecimento acumulado, centrado naautoridade do professor, pouco significativa será sua contribuição à formação dosalunos (cidadãos) que, perdendo o medo da opressão, se sentirão livres paraaprender a lidar com os conhecimentos realmente importantes para as suasvidas.

Todas as etapas da avaliação devem estar centradas no aluno, desde aparticipação no processo até a verificação do conhecimento acumulado.

Quanto ao acompanhamento da participação de cada aluno, acreditamos que ascondições de trabalho dos professores dificultam-lhes perceber o esforço pessoal,o desenvolvimento e a dinâmica de aprendizagens individuais e coletivas, face aodesdobramento das atividades docentes que os obrigam a assumir numerosasclasses e, com freqüência, em mais de uma unidade escolar. Se o professoratribuir a mesma nota para todos estará desestimulando o esforço deaprendizagem e o desenvolvimento pessoal; se atribuir notas diferentes, poderácometer injustiças. A maneira mais adequada de avaliar a participação é peloenvolvimento responsável de cada aluno.

Os instrumentos de auto-avaliação e de avaliação pelo grupo devem serelaborados conjuntamente por todos os alunos, sob orientação dos professores.Não se desenvolve responsabilidade pessoal sem ampla participação nasdecisões.

Se os alunos participam também da avaliação dos resultados de todos ostrabalhos desenvolvidos em classe ou extra-classe e se igualmente puderem semanifestar sobre o domínio do conteúdo considerado como essencial para a suarealização como pessoa humana feliz e equilibrada, grandes serão os benefíciosque se somarão ao processo de aprendizagem. Também neste caso osparâmetros e os instrumentos de avaliação devem ser elaborados em conjuntopor professores e alunos.

Se após a avaliação da participação e dos resultados de todas as atividades,ainda houver decisão superior a ser cumprida obrigando o estudante a provar que

28

Page 25: cemepe - diretrizes-geografia (1)

realmente sabe o conteúdo, sugerimos que as provas sejam também elaboradase corrigidas com a participação e parceria do professor e de todos os alunos,deixando de ser um instrumento de repressão e medo para se transformar emestímulo à aprendizagem.

Aprender é um prazer!(Se o que se aprende tem sentido para a vida)

Avaliar e ser avaliado pode ser um prazer,se levar a melhor aprender e a melhor viver.

29

Page 26: cemepe - diretrizes-geografia (1)

4. CONTEÚDOS DISCIPLINARES DE 1ª a 4ª SÉRIE DO ENSINOFUNDAMENTAL

Objetivo geral da Geografia para as séries iniciais

A Geografia tem como objetivo fazer com que os alunos reconheçam que énecessário saber respeitar o meio em que vive, tornando-se cidadãos críticos econhecedores do seu espaço.

1ª SÉRIE

1. O ESPAÇO DO CORPO E O ESPAÇO DE VIVÊNCIA DA CRIANÇA

1.1 Como eu sou?

Mapeamento do corpo: altura, peso, cor da pele, cabelos e olhos;características especiais; as partes do corpo, o autoretrato.

Como são as outras crianças da minha sala: diferenças e semelhanças.

Lateralidade: lado direito, lado esquerdo; situar objetos, tendo como pontode referência o próprio corpo ou outras crianças; identificação e desenhodas mãos e pés – direito e esquerdo.

1.2 Eu e os outros

Noções Topológicas: dentro, fora, em cima, embaixo, frente, atrás, direita,esquerda, proximidade, vizinhança, arredores.

Noções de Temporalidade: antes, depois, dia, noite, ontem, hoje, amanhã,semana passada, esta semana, próxima semana; antigamente,atualmente.

30

Page 27: cemepe - diretrizes-geografia (1)

2. AS NECESSIDADES DA CRIANÇA

2.1 O que se precisa para viver?

Alimentação: a alimentação diária e seu valor nutritivo; a importância e oscuidados para se viver bem e se evitar doenças;

Moradia: a necessidade de se ter um espaço para viver.

Vestuário: diferenças de acordo com o tempo (frio, calor, chuva, sol); comos usos (escola, festa, clube), com a condição social (pobre, rico).

Saúde: o direito à assistência: saneamento básico, a higiene pessoal, emcasa e na escola, os hábitos alimentares;

Educação: a importância e o direito à escola, como estudar.

Lazer: os diferentes tipos de diversão; a importância dos jogos e exercíciosfísicos; a leitura.

Segurança: a função da polícia, dos bombeiros, do exército, segurança notrânsito; cuidados para não se machucar.

Transporte: os meios de transporte que mais se utiliza; o transportecoletivo: preços, qualidade, como usar;

Comunicação: os meios que mais se utiliza: TV, telefone, rádio, seusaspectos positivos e negativos. Como usar os meios de comunicação;jornais, revistas.

3. A CRIANÇA E O SEU ESPAÇO

3.1 A casa

Como é a minha casa: desenho da casa pela criança; tamanho, cor,divisões; família; plantas; animais.

Como foi construída a minha casa: materiais e formas de construção;

Minha casa e as outras casas: os diferentes tipos de casas, os diferentestipos de morar;

Onde fica a minha casa: endereço (rua, bairro, cidade); como é a rua daminha casa.

31

Page 28: cemepe - diretrizes-geografia (1)

O espaço da casa como fruto do trabalho das pessoas da família: aconstrução, a mobília, os aparelhos, os alimentos, as contas de água e luz.

As diferentes maneiras de se conseguir uma casa para morar: aluguel,financiamento, troca, construção, autoconstrução, mutirão.

O que é necessário para bem morar: água, luz, esgoto, asfalto, ônibus,coleta de lixo.

3.2 A escola

A escola como espaço dinâmico, organizado em função da Educação:

– Como é a minha sala de aula: cor, iluminação, móveis, tamanhos(dimensões), circulação de ar, barulho, piso, forro, andar e limpeza;

– A organização e as possibilidades de reorganização do espaço da salade aula;

– Como é a minha escola: o espaço físico de toda a escola; oconhecimento de suas dependências e a ocupação do espaço pelasdiferentes pessoas que trabalham na escola;

– Identificação e localização da escola: nome, endereço, proximidade,vizinhança (bairro, distrito, fazenda);

– Percurso da casa à escola: trajeto para ir à escola, tipo de transporteutilizado;

– Melhor ocupação do espaço da escola;– Atitudes a serem tomadas para preservar e melhorar o ambiente e o

espaço da escola.

32

Page 29: cemepe - diretrizes-geografia (1)

2ª SÉRIE

1. AS DIFERENTES FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO DE VIVÊNCIADA CRIANÇA (BAIRRO, DISTRITO, POVOADO).

1.1 Bairro, Distrito, Povoado

O lugar em que se vive: bairro, rua, avenida, praça, rodovia, fazenda,distrito, povoado; nome do lugar; endereço; localização;

Configuração do lugar atualmente;

Espaço de moradia; espaço de trabalho no comércio, indústria, agricultura;as diferenças e semelhanças entre estes lugares;

As vias de circulação: característica quanto ao piso, declividade,escoamento da água, arborização, sinalização, iluminação, calçada, redesde água e esgoto, segurança, limpeza;

Serviços públicos existentes no lugar: escolas, hospitais, postos de saúde,energia elétrica, pavimentação, limpeza e coleta de lixo, água encanada eesgoto, transporte coletivo, telefone, correio, segurança pública, igreja emeios de comunicação;

Localização desses serviços;

Necessidades que as pessoas têm desses serviços;

Como são usados esses serviços: os direitos do cidadão.

1.2 Escola

Motivo da construção da escola naquele espaço do bairro;

Influência da escola no bairro;

Estudo do espaço físico da escola;

Relação da escola com seu entorno(???): atividades que surgirampróximas à escola;

Conhecer o espaço de outras escolas.

33

Page 30: cemepe - diretrizes-geografia (1)

1.3 Aspectos da natureza

Como é o ar que se respira no lugar: limpo, poluído, quente, fresco, seco,úmido? O que se pode fazer para melhorar esse ar?

Como é a água existente: limpa, suja, encanada, corrente, de cisterna?Onde estão os rios/córregos do lugar: canalizados ou a céu aberto? Comoé a água desses rios? O que se pode fazer para melhorar a qualidade daágua?

Como é o solo: lugar plano ou inclinado? O que existe no solo do lugar,plantas, construções, lixo? O que se vai fazer para melhorar o solo?

Como são as plantas e os animais do lugar: tipos de plantas e de animais,pomares, áreas arborizadas, parques, praças? O que se vai fazer paraaumentar a sua área verde?

1.4 Espaços ociosos

Terrenos baldios – a utilização desses terrenos;

A qualidade de vida no lugar;

As vantagens de se morar e trabalhar nesse lugar;

Os problemas;

Atitudes que podem ser tomadas para melhorar estes espaços;

Diferentes bairros e distritos que formam Uberlândia – como são, ondeficam, as vizinhanças.

3ª SÉRIE

1. ESPAÇO GEOGRÁFICO DE VIVÊNCIA DA CRIANÇA CIDADÃ:UBERLÂNDIA

O mapa de Uberlândia: o município e seus distritos; a cidade e seusbairros;

As diferenças e semelhanças sociais na ocupação e utilização do espaçona cidade e no campo;

34

Page 31: cemepe - diretrizes-geografia (1)

A cidade/município se quer para viver;

A cidade/município ideal; o que se sonha;

A cidade/município possível; o Plano Diretor;

O que se pode fazer para que a cidade/município real se transforme nacidade/ município possível.

1.1 O Espaço da produção em Uberlândia hoje.

1.1.1 O espaço da produção na cidade:

A) As atividades industriais: tipo de indústria: tipo de indústria e origem;localização; produção; origem da matéria-prima e energia; destino dosprodutos; tipos de trabalho: processo de industrialização; distrito industrial;modernização; qualidade total e custos.

As indústrias e o meio ambiente

O uso dos recursos naturais: solo, ar, água, flora e fauna, os recursosminerais.

A destruição dos recursos naturais: a poluição do ar (gases, poeira,fumaça das indústrias e das queimadas etc.); os esgotos, o lixo e osterrenos baldios.

Indústrias e qualidade de vida na cidade: as áreas verdes, os parques earborização urbana.

B) O comércio: circulação, distribuição e consumo das mercadorias – de ondevem o que se consome; para onde vai o que se produz; o comércioatacadista e o comércio varejista.C) Os serviços ligados às diversas atividades sociais: educação, saúde eserviços públicos.

D) Outras atividades econômicas.

1.1. 2 O espaço da produção no campo:

35

Page 32: cemepe - diretrizes-geografia (1)

A) As relações cidade-campo:

a cidade invadindo o campo: o espaço físico; o espaço da produção;

o trabalho e a organização da vida;

moradia e saneamento básico;

disponibilidade de serviços: educação, saúde, cultura, lazer;

os meios de comunicação;

a circulação de pessoas e de mercadorias;

a modernização da agropecuária e a qualidade de vida;

o meio ambiente: a dinâmica, o uso dos recursos naturais(vegetação, fauna, solo, clima, etc.); a degradação e recuperaçãodo meio ambiente; a questão da queimada, da erosão e dadestruição dos rios.

B) A produção econômica no campo:

a agricultura;

a pecuária.

2. MALHA HIDROGRÁFICA DO MUNICÍPIO DE UBERLÂNDIA

o rio Uberabinha e seus afluentes;

os principais córregos que correm pela cidade de Uberlândia;

as nascentes que estão dentro do perímetro urbano e na zona rural;

como esses córregos estão sendo utilizados?

como as nascentes estão sendo utilizadas?

como poderia se usar melhor os espaços próximos aos córregos?

36

Page 33: cemepe - diretrizes-geografia (1)

4ª SÉRIE

1. ESPAÇO GEOGRÁFICO DE VIVÊNCIA NA REGIÃO E NO ESTADO DEMINAS GERAIS

1.1- Localização

Uberlândia na região do Triângulo Mineiro, no Estado de Minas Gerais,no Brasil e no mundo; estudo de mapa;

Do cidadão de Uberlândia, de Minas Gerais, do Brasil e do mundo:como vivo, o que faço, com o que e com quem me relaciono;

De Minas Gerais: as mais importantes cidades do estado e suasregiões: estudo de mapa;

Uberlândia e suas ligações com as outras cidades.

1.2- A circulação de mercadorias e de pessoas

de onde as pessoas vêm, para onde vão;

de onde as mercadorias e produtos consumidos vêm; para onde vai aprodução;

como se transportam as mercadorias;

por onde circulam as pessoas e as mercadorias;

O mapa das estradas da região e do estado: quais e como são asnossas rodovias e com quem ligam;

Os outros tipos de transportes: ferroviário, aéreo, fluvial, lacustre emarítimo.

1.3- As informações

Como se comunicar com as outras pessoas na cidade, na região, noestado, no país e no mundo;

A televisão, o rádio, a imprensa escrita;

Outros meios de comunicação: fax, telefone e computador;

37

Page 34: cemepe - diretrizes-geografia (1)

A importância das pessoas se informarem e se comunicarem no mundoatual;

As ligações de Uberlândia com o Estado de Minas Gerais: TV, rádio,telefone, jornais.

1.4- A cultura

cultura do município: história e uma cultura diferente, percebida nasdiversas paisagens urbana que aparecem durante o ano;

cultura regional: as diferentes culturas de Minas Gerais.

1.5- As atividades econômicas na Região e no Estado

espaço de trabalho das pessoas: cada pessoa vive e trabalha em umdeterminado espaço: espaço com características particulares ecaracterísticas regionais;

espaço das indústrias na região e em Minas Gerais;

distritos industriais, as regiões industriais;

produção industrial na Região e em Minas Gerais;

espaço da agricultura e da pecuária na região e em Minas Gerais;

tipos de agricultura e de pecuária desenvolvidos na região e no Estado;

o que, como e onde se produzem nas atividades agropecuárias;

agricultura tradicional e a agricultura moderna;

agricultura comercial e a agricultura de subsistência;

o gado de corte e o gado de leite;

para quem se produz alimentação, agroindústria e exportação;

para onde é comercializada a produção na região e Estado;

de onde vêm os produtos que se consumem na região e no Estado;

que tipo de comércio predomina na região e no Estado.

38

Page 35: cemepe - diretrizes-geografia (1)

1.6- Outras atividades

a mineração: quais são e onde estão os recursos minerais; o que é feitodos recursos minerais extraídos do subsolo de Minas Gerais; como aextração de recursos minerais altera a natureza; como vivem aspessoas que trabalham na extração de recursos minerais em MinasGerais;

os diversos tipos serviços: os serviços públicos prestados à populaçãoe os serviços ligados a atividades privadas;

as condições ambientais na região do Triângulo e no Estado de MinasGerais.

1.7- A água

os rios da região e de Minas Gerais;

como são estes rios: o tamanho, o volume de água, o regime, adisponibilidade de água para usos diversos; o tipo de relevo queatravessa as cachoeiras; seu estado de limpeza e poluição; a sualocalização no estado: estudo de mapa;

como se usam os rios da região e de Minas: o abastecimento dascidades, o lançamento de esgotos, a irrigação na agricultura, o lazer, aconstrução de represas e a produção de energia;

a destruição dos rios da região e do estado: desmatamento,assoreamento, poluição, lixo;

os rios de Minas Gerais e sua importância para o Brasil;

Minas Gerais um estado sem mar.

1.8- A atmosfera

como é a qualidade do ar na região e em Minas Gerais: a poluição dasindústrias, dos carros, a poeira, a fumaça;

como é o clima na região: a estação chuvosa, a estação seca;

quando se faz calor e quando se faz frio: durante o ano, durante o dia,de um lugar para outro, as frentes frias, as massas de ar frio;

39

Page 36: cemepe - diretrizes-geografia (1)

como o homem interfere no clima da região; a poluição, as cidades,desmatamento/reflorestamento, a construção de represas;

os climas de Minas Gerais e suas relações com as atividades humanas;

o mapa dos climas de Minas e sua relação com os mapas delocalização das cidades e da produção econômica do estado

1.9- O relevo

como é o relevo da região e de Minas: formas, características elocalização;

como o relevo muda: a ação das águas, do vento, da ação do homem;

o relevo e a ocupação humana: onde se desenvolvem os diversos tiposde agricultura; onde as cidades se localizam; as diferenças entre ascidades de montanhas e as cidades de planas.

o relevo e a geologia de Minas Gerais;

por que não ocorrem vulcões em Minas?

que tipo de terremotos ocorrem?

por que algumas cidades têm águas minerais?

4.1 CONTEÚDOS DISCIPLINARES DE 5ª A 8ª SÉRIES DO ENSINOFUNDAMENTAL

5ª SÉRIE

BRASIL: CONDIÇÕES DE VIDA - Relações Sociais e com a Natureza

1. BRASIL: onde se Vive1) Os elementos do espaço, a partir da realidade do aluno; espaço da

natureza e espaço social: casa/apartamento, bairro, cidade, estado, país,mundo;

2) A representação cartográfica do espaço geográfico.

2. BRASIL: como se Vive

40

Page 37: cemepe - diretrizes-geografia (1)

1) As condições de vida, a partir da realidade do aluno: o que se faz e comose faz;

2) As condições de trabalho na cidade e no campo: as formas de viver, comdestaque para as formas de trabalhar;

3) Os diferentes espaços de trabalho e de produção na cidade e no campo:indústria, agricultura, comércio, comunicação, transportes.

3. BRASIL: o espaço da natureza e suas relações

1) A natureza, a partir da realidade dos alunos: natureza transformada,natureza preservada, natureza recuperada.

2) A natureza como fonte de recursos: água, ar, solos, plantas, animais,recursos minerais;

3) A natureza e as condições de vida: como usar, preservar e recuperar anatureza, catástrofes naturais ou sociais?

6ª SÉRIE

BRASIL: REGIONALIZAÇÃO DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

1. BRASIL: as diferentes formas de organização do espaço Geográfico

1) A organização federativa;2) A regionalização do espaço brasileiro.

2. BRASIL: O Complexo Regional do Centro-Sul

1) As unidades que compõem o complexo regional do Centro-Sul;2) A ocupação e a organização do espaço geográfico atual e seu processo

histórico: a industrialização e a urbanização comandando a organização doespaço;

41

Page 38: cemepe - diretrizes-geografia (1)

3) O estudo da realidade geográfica do Centro-Sul através de seus mapaseconômicos, humanos e ambientais;

4) Estudo de casos.

3. BRASIL: O Complexo Regional do Nordeste

1) As unidades que compõem o complexo regional nordestino;2) A ocupação e a organização do espaço geográfico atual e seu processo

histórico;3) O estudo da realidade geográfica do Nordeste através de seus mapas

econômicos, humanos e ambientais.4) Estudo de casos.

4. BRASIL: O Complexo Regional da Amazônia

1) As unidades que compõem o complexo regional amazônico;2) A ocupação e a organização do espaço geográfico atual e seu processo

histórico;3) O estudo da realidade geográfica amazônica através de seus mapas

econômicos, humanos e ambientais;4) Estudo de casos.

42

Page 39: cemepe - diretrizes-geografia (1)

7ª SÉRIE

O ESPAÇO MUNDIAL: PAÍSES DE GRANDES CONTRASTES SOCIAIS EECONÔMICOS

1. O ESPAÇO MUNDIAL: As Diferentes Formas de Organização

1) A natureza como critério de organização do espaço mundial: continentes,mares, oceanos, vegetação, clima;

2) Os critérios históricos, políticos e econômicos;3) Localização dos países e regiões de grandes contrastes sociais e

econômicos.

2. A AMÉRICA SUBDESENVOLVIDA

1) Localização geográfica e divisão política;2) Estudo do espaço geográfico da América, a partir de seus mapas físicos e

econômicos;3) Processos de apropriação do espaço geográfico das Américas: processo

histórico e permanência das estruturas arcaicas;4) Estudo de casos (econômicos, sociais e ambientais).

3. ÁFRICA

1) Localização geográfica e divisão política;2) Estudo do espaço geográfico africano, a partir de seus mapas físicos e

econômicos;3) Apropriação do espaço geográfico africano: processos históricos e

permanências das estruturas arcaicas;4) Estudo de casos (econômicos, sociais e ambientais).

43

Page 40: cemepe - diretrizes-geografia (1)

4. ÁSIA SUBDESENVOLVIDA (exceto países da Comunidade dos EstadosIndependentes)

1) Localização geográfica e divisão política;2) Estudo do espaço geográfico asiático, a partir de seus mapas físicos e

econômicos;3) Apropriação do espaço geográfico asiático: processos históricos e

permanências das estruturas arcaicas;4) Estudo de casos (econômicos, sociais e ambientais).

8ª SÉRIE

O ESPAÇO MUNDIAL: PAÍSES DE MENORES CONTRASTES SOCIAIS EECONÔMICOS

1. INTRODUÇÃO

Localização dos países e regiões de menores contrastes sociais e econômicos.

2. A AMÉRICA DESENVOLVIDA

1) Estudo do espaço geográfico da América desenvolvida, a partir dosmapas físicos e econômicos;

2) Formação territorial;3) Produção e distribuição das atividades agrícolas;4) O espaço urbano-industrial;5) A integração e a influência econômica dos Estados Unidos e Canadá

(blocos econômicos e multinacionais);6) As grandes questões ambientais.

44

Page 41: cemepe - diretrizes-geografia (1)

3. JAPÃO

1) Estudo do espaço geográfico japonês, a partir de seus mapas físicos eeconômicos;

2) A exigüidade do espaço, o espaço produzido e as questões populacionais;3) A produção e a distribuição das atividades agrícolas;4) O espaço urbano-industrial;5) Tecnologia e desenvolvimento (influência e integração com outros países).

4. EUROPA

1) Estudo do espaço geográfico europeu, a partir de seus mapas físicos eeconômicos;

2) Fronteiras européias no século XX;3) Os diferentes níveis de industrialização dos países europeus;4) A Europa Ocidental e a formação da União Européia;5) O Leste Europeu: crises, mudanças econômicas e repercussões;6) As grandes questões sociais, econômicas, culturais e ambientais do

continente europeu, principalmente as questões ligadas à busca da paz.

5. PAÍSES DA COMUNIDADE DOS ESTADOS INDEPENDENTES - CEI

1) A desintegração da URSS;2) Países independentes e perspectivas políticas, econômicas, sociais e

ambientais;3) Questões: nuclear e de segurança.

6. OCEANIA

1) Estudo do espaço geográfico da Oceania, a partir de seus mapas físicos eeconômicos.

2) A agricultura e o processo urbano-industrial;3) Recursos oceânicos: questões ambientais;

45

Page 42: cemepe - diretrizes-geografia (1)

7. ANTÁRTICA: Uso e preservação

46

Page 43: cemepe - diretrizes-geografia (1)

5. CONSIDERAÇÕES GERAIS

Durante o período de atualização das Diretrizes Básicas de Ensino deGeografia, o maior problema encontrado foi a pouca participação dos professoresde Geografia.

O maior desafio para os próximos anos será o de implementar em todas asescolas da Rede Municipal de Ensino de Uberlândia as referidas DiretrizesBásicas de Ensino de Geografia.

Sabe-se que para se efetivar a implementação das Diretrizes será necessáriomaior envolvimento dos professores, pois exigirá mais tempo de estudo e preparodas aulas.

As Diretrizes Básicas de Ensino de Geografia não estão prontas e acabadas, amedida em que forem sendo implantadas irão surgir os problemas, havendo anecessidade constante de revisão e atualização da mesma. Por isso acredita-seque seja um esforço continuo de aprimoramento dos saberes científicos ecotidianos.

47

Page 44: cemepe - diretrizes-geografia (1)

6. BIBLIOGRAFIA

ABDEL - Malek - Anaur. Geopolítica e movimentos nacionais, ensaio sobredidática do imperialismo. Seleção de textos da Associação dos GeógrafosBrasileiros. São Paulo (9) dez/1984.ALMEIDA, R. R. e PASSINI, E.Y. Espaço Geográfico: ensino e representação.São Paulo: Contexto, 1989.ALVES, Nilda. Formação de professores - pensar e fazer. São Paulo: Cortez,1996.ANDRADE, Manuel Corrêa de. Caminhos e descaminhos da geografia.Campinas, Papiros, 1989.BAHIA, Secretaria de Educação. Proposta Curricular de 1ª a 8ª série. Bahia,1994.BRAGA, Rosalina B. A formação do educador e o ensino de geografia nas 1ªséries do 1ª grau. Cadernos de Geografia. Uberlândia (3): 13-30, 1989.CALLAI, Jaeme Luiz (org.). Área de estudos sociais: metodologia. IJUÍ: Unijui,1992. (Coleção ensino de 1º grau nº 3, 1992)CANDAU, Vera Maria. Magistério - construção cotidiana. Petrópolis- RJ: Vozes,1997.CARRAHER, David W. Senso crítico: do dia-a-dia às ciências humanas. SãoPaulo: Pioneira, 1983.CARVALHO, Maria Cecília M. de. Construindo o saber. Campinas/SP: Papirus,1994.CASTROGIOVANII, Antônio C. (org.) Geografia em sala de aula: práticas ereflexões. 2 ed. Porto Alegre: Editora da Universidade/ UFRGS, 1999.CORDEIRO, Helena K. Prática de ensino em geografia. São Paulo: Marco Zero,1990.CORREA, Roberto Lobato. Região e organização espacial. São Paulo: Ática,1986.DEMO, Pedro. Educar pela pesquisa. Campinas/ SP: Autores Associados, 1996._____. Desafios modernos da educação. Petrópolis - RJ: Vozes, 1993._____. Avaliação sob o olhar Propedêutico. Campinas - SP: Papirus, 1996.DISTRITO FEDERAL. Proposta Curricular. Brasília, 1993._____. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília, 1996.

48

Page 45: cemepe - diretrizes-geografia (1)

FERREIRA, C. C. N. N. A evolução do pensamento geográfico. Lisboa: Gradiva,1986.FREIRE, Paulo. A educação na cidade. São Paulo: Cortez, 1995._____. Pedagogia da Autonomia. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996.GARDNER, Howard. Inteligências múltiplas - a teoria na prática. Porto Alegre:Artes Médicas, 1995.GONÇALVES, C. W. Porto. Paixão da terra. Rio de Janeiro: Rocco, 1984.HOFFMANN, Jussara. Avaliação: mito e desafio. Porto Alegre: Mediação, 1996.LACOSTE, Y. Geografia do subdesenvolvimento: geopolítica de uma crise. SãoPaulo: Diefel, 1985._____. A Geografia, isso serve em primeiro lugar para fazer a guerra. Campinas:Editora Papirus, 1988.LUCKESI, Cipriano C. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez,1996.MENDONÇA. F. Geografia física: ciências humanas. São Paulo: Loyola, 1987.MINAS GERAIS, Secretaria da Educação. Proposta Curricular 1ª a 4ª série. BeloHorizonte: 1993.MORAES, Antônio Carlos Robert. COSTA, Wanerley M. Da. Geografia crítica: avalorização do espaço. 2ed. São Paulo: Huctec, 1987._____. GEOGRAFIA: pequena história crítica. 11ª ed. São Paulo: Huctec, 1992.MOREIRA, Ruy. O que é Geografia? São Paulo. Ed. Brasiliense. 1992.PARANÁ. Secretaria do Estado. Proposta Curricular. Curitiba, 1990.PASSINI, Elza Yasuko. Alfabetização Cartográfica e o Livro Didático: uma análisecrítica. Belo Horizonte, Editora Lê, 1994.PENTEADO, Heloisa D. Meio ambiente e formação de Professores. São Paulo:Cortez, 1997.RANGEL, Mary. Representações e Reflexões sobre o “Bom Professor”. Petrópolis- RJ: Vozes, 1994.RATHIS, Louis E. et ROTHSTEIN, Arnold M. Ensinar a Pensar. São Paulo: EPU,1997.RONCA, Paulo Afonso C. et TERZI, Cleide do Amaral. A Prova Operatória. SãoPaulo: EDESPLAN, 1992. SÃO PAULO, Secretaria do Estado. Proposta Curricular. São Paulo, 1990.SAUL, Ana Maria. Avaliação emancipatória. São Paulo: Cortez, 1994.

49

Page 46: cemepe - diretrizes-geografia (1)

VIGOSTSKY, Lev S. – A formação social da mente: o desenvolvimento dosprocessos psicológicos superiores. Trad. José Cipolla e outros. São Paulo:Martins Fontes, 1991._____ Pensamento e linguagem. Trad. M. Rezende. Lisboa: Antídoto, 1979.

50

Page 47: cemepe - diretrizes-geografia (1)

7. ANEXOS 1ª SÉRIE

CONTEÚDO OBJETIVOS DESEJADOS SUGESTÕES DE ATIVIDADES4. O ESPAÇO DO CORPO E O ESPAÇO DEVIVÊNCIA DA CRIANÇA.

4.1 Como eu sou?● Mapeamento do corpo: altura, peso, cor da

pele, cabelos e olhos; característicasespeciais; as partes do corpo, autoretrato.

● Como são as outras crianças da minha sala:diferenças e semelhanças.

● Lateralidade: lado direito, lado esquerdo; situarobjetos, tendo como ponto de referência opróprio corpo ou outras crianças; identificaçãoe desenho das mãos e pés – direito eesquerdo.

4.2 Eu e os outros● Noções Topológicas: dentro, fora, em cima,

embaixo, frente, atrás. Direita, esquerda,proximidade, vizinhança, arredores.

Fazer com que a criança se sintacomo ser integrante da naturezae modificador de seu espaço. Eque a criança possacompreender as diferençasculturais, étnicas e sociais.

Desenvolver as noções detemporalidade.

● Mapa do contorno do corpoda criança (papel craft, jornal eoutros materiais);

● trabalhar as diferenças esemelhanças;

● lateralidade (situar objetostendo como referência o corpoda criança).

● Trabalhar com objetos sólidosou situações concretas com ascrianças para que as mesmaspossam assimilar as noçõestopológicas e detemporalidade.

Page 48: cemepe - diretrizes-geografia (1)

CONTEÚDO OBJETIVOS DESEJADOS SUGESTÕES DE ATIVIDADES● Noções de Temporalidade: antes, depois, dia,

noite, ontem, amanhã, semana passada,próxima semana semana, antigamente,atualmente.

5 – AS NECESSIDADES DA CRIANÇA5.1- O que se precisa para viver?● Alimentação: a alimentação diária e seu

valor nutritivo; a importância e os cuidadospara se viver bem e se evitar doenças;

● Moradia: a necessidade de se ter umespaço para viver.

● Vestuário: diferenças de acordo com otempo (frio, calor, chuva, sol); com os usos(escola, festa, clube), com a condição social(pobre, rico).

● Saúde: o direito à assistência: saneamentobásico, a higiene pessoal, em casa e naescola, os hábitos alimentares;

● Educação: a importância e o direito àescola, como estudar.

● Lazer: os diferentes tipos de diversão; a

Desenvolver na criança asnoções de cidadania, ou seja,que a criança saiba quais sãoseus direitos e deveres decidadão.

Adquirir hábitos de higiene evalores humanos

● Desenvolver atividades quepossibilitem à criançacompreender a importância deuma boa alimentação: amaneira adequada de morarbem; de ter saúde, lazer,segurança, transporte, asdiversas formas de vestir-sede acordo com o tempo e coma condição social.

52

Page 49: cemepe - diretrizes-geografia (1)

CONTEÚDO OBJETIVOS DESEJADOS SUGESTÕES DE ATIVIDADESimportância dos jogos e exercícios físicos; aleitura.

● Segurança: a função da polícia, dosbombeiros, do exército, segurança notrânsito; cuidados para não se machucar.

● Transporte: os meios de transporte quemais se utiliza; o transporte coletivo: preços,qualidade, como usar;

● Comunicação: os meios que mais se utiliza:TV, telefone, rádio, seus aspectos positivose negativos. Como usar os meios decomunicação; jornais, revistas.

6. A CRIANÇA E O SEU ESPAÇO6.1. A Casa● Como é a minha casa: desenho da casa pela

criança: tamanho, cor, divisões, família,plantas, animais.

● Como foi construída a minha casa: materiais e

Desenvolver noções deorientação.

Possibilitar à criança diferenciar erespeitar os diferentes espaçosencontrados (casa, escola).

● Realizar atividades quepossibilitem à criançaconhecer as diversas formasde morar; os diversosmateriais que podem serusados na construção; asdiversas formas de construir;se tem toda infra-estruturanecessária para se morar.

Page 50: cemepe - diretrizes-geografia (1)

CONTEÚDO OBJETIVOS DESEJADOS SUGESTÕES DE ATIVIDADESformas de construção.

● Minha casa e as outras casas: osdiferentesTipos de casas, os diferentes tiposde morar.

● Onde fica minha casa: endereço (rua, bairro,cidade); como é a rua de minha casa.

● O espaço da casa como fruto do trabalho daspessoas da família: a construção, a mobília,os aparelhos, os alimentos, as contas deágua e luz.

● As diferentes maneiras de conseguir umacasa para morar: aluguel, financiamento,troca, construção, mutirão.

● O que é necessário para bem morar: água,luz, esgoto, asfalto, ônibus, coleta de lixo.

6.2- A EscolaA escola como espaço dinâmico, organizado

em função da Educação:- Como é minha sala de aula: cor, iluminação,móveis, tamanho (dimensões), circulação de

Construir a noção de espaçogeográfico.

Comparar os diferentes tipos decasas, bairros e/ou distritos queformam o município.

● Atividades que possibilitem àcriança conhecer os diversosespaços existentes na escolae na proximidade da mesma.

● Maquete dinâmica.

54

Page 51: cemepe - diretrizes-geografia (1)

CONTEÚDO OBJETIVOS DESEJADOS SUGESTÕES DE ATIVIDADESar, barulho, piso, forro, andar elimpeza;- A organização e as possibilidades dereorganização do espaço da sala de aula;- Como é a minha escola: espaço físico detoda a escola; o conhecimento de suasdependências e a ocupação do espaço pelasdiferentes pessoas que trabalham na escola;- Identificação e localização da escola: nome,endereço, proximidade, vizinhança (bairro,distrito, fazenda);- Percurso da casa à escola: trajeto para ir àescola, tipo de transporte utilizado.- Melhor ocupação do espaço da escola.

● Atitudes a serem tomadas para preservar emelhorar p ambiente e o espaço da escola.

2ª SÉRIE

Page 52: cemepe - diretrizes-geografia (1)

CONTEÚDO OBJETIVOS DESEJADOS SUGESTÕES DEATIVIDADES

2. AS DIFERENTES FORMAS DE ORGANIZAÇÃODO ESPAÇO DE VIVÊNCIA DA CRIANÇA (BAIRO,DISTRITO, POVOADO).

2.1. Bairro, Distrito, Povoado

● O lugar em que se vive: bairro, rua, avenida.Praça. Rodovia, fazenda. Distrito, povoado,nome do lugar, endereço, localização;

● Configuração do lugar atualmente;● Espaço de moradia; espaço de trabalho no

comércio, indústria, agricultura, as diferençase semelhanças entre estes lugares;

● As vias de circulação: características quantoao piso, declividade, escoamento da água,arborização, sinalização, iluminação, calçada,redes de água e esgoto, segurança, limpeza;

● Serviços públicos existentes no lugar: escolashospitais, postos de saúde, energia elétrica,

Localizar e identificar o lugar emque se vive.

Observar e conhecer o lugar ondese vive atualmente.

Compreender as transformaççoesocorridas no lugar em que se vive.

● Elaborar atividades dereconhecimento do lugar:(visitas técnicas)pedagógicas (aulapasseio): onde as criançaspossam observar como é obairro, distrito ou povoadode acordo com sualocalização.

● Convidar um morador maisantigo para contar comoera esse local anos antes,

56

Page 53: cemepe - diretrizes-geografia (1)

CONTEÚDO OBJETIVOS DESEJADOS SUGESTÕES DEATIVIDADES

pavimentação, limpeza e coleta de lixo, águaencanada e esgoto, transporte coletivo,telefone, correio, segurança pública, igreja emeios de comunicação.

● Localização desses serviços;● Necessidades que as pessoas têm desses

serviços;● Como são usados esses serviços: os direitos

do cidadão.

2.2- Escola ● Motivo da construção da escola naquele

espaço do bairro;● Influência da escola no bairro;● Estudo do espaço físico da escola;● Relação da escola com seu entorno: atividades

que surgiram próximas à escola.● Conhecer o espaço de outras escolas.

Identificar a importância daconstrução da escola comoagente transformadora do espaçogeográfico local.Valorizar a localização da escolacomo ponto estratégico e(referência) no bairro.

e como ele foi sendotransformado ao longo dotempo. Pode sertrabalhadointerdisciplinarmente comhistória.

● Planejar atividades quepossibilitem a criançaconhecer a importância daescola na construção doespaço geográfico dobairro, distrito ou povoado

Page 54: cemepe - diretrizes-geografia (1)

CONTEÚDO OBJETIVOS DESEJADOS SUGESTÕES DEATIVIDADES

2.3- Aspectos da natureza:● Como é o ar que se respira no lugar: limpo,

poluído, quente, fresco, seco, úmido? O quese pode fazer para melhorar esse ar?

● Como é a água existente: limpa, suja,encanada, corrente, de cisterna? Onde estãoos rios/córregos do lugar: canalizados ou a céuaberto? Como é a água desses rios? O que sepode fazer para melhorar a qualidade daágua?

● Como é o solo: lugar plano ou inclinado? Oque existe no solo do lugar, plantas,construções, lixo? O que se vai fazer paramelhorar o solo?

● Como são as plantas e os animais do lugar:tipos de plantas e de animais, pomares, áreasarborizadas, parques, praças? O que se vaifazer para aumentar a sua área verde?

2.4- Espaços ociosos:● Terrenos baldios – a utilização desses

terrenos;

Desenvolver a consciência daorganização do espaçoconsiderando a infra-estrutura,bem como sua preservação.

Perceber os espaços ociosos dolugar em que se vive, bem como asua utilização.

Criar estratégias para estimularno aluno a criticidade sobre osproblemas existentes nosespaços ociosos e possíveissoluções para os mesmos.

● Solicitar às crianças queobservem a natureza eo espaço construído ecomo eles são utilizadospelo moradores locais.

● Observar o que podeser feito para melhoraros espaços degradados.

58

Page 55: cemepe - diretrizes-geografia (1)

CONTEÚDO OBJETIVOS DESEJADOS SUGESTÕES DEATIVIDADES

● A qualidade de vida no lugar;● As vantagens de se morar e trabalhar nesse

lugar;● Os problemas:● Diferentes bairros e distritos que formam

Uberlândia – como são, onde ficam, asvizinhanças.

● Atitudes que podem ser tomadas paramelhorar estes espaços.

● Propor às crianças queobservem como sãoutilizados os espaçosociosos existentes nobairro. Observem,ainda, se essesespaços trazemproblemas ou não. Setrazem quais são osproblemas.

3ª SÉRIE

Page 56: cemepe - diretrizes-geografia (1)

CONTEÚDO OBJETIVOS DESEJADOS SUGESTÕES DEATIVIDADES

1. ESPAÇO GEOGRÁFICO DE VIVÊNCIA DACRIANÇA CIDADÃ: UBERLÂNDIA

● O mapa de Uberlândia: o município e seusdistritos; a cidade e seus bairros;

● As diferenças e semelhanças sociais na ocupaçãoe utilização do espaço na cidade e no campo.

● A cidade / município que se quer para viver;● A cidade/município ideal: o que se sonha;● A cidade / município possível: o Plano Diretor;● O que se pode fazer para que a cidade / município

real se transforme na cidade / município possível.

1.1- O Espaço da Produção em Uberlândia Hoje.1.1.1- O espaço da produção na cidade:A) As atividades industriais: tipo de indústria eorigem; localização, produção, origem da matéria-prima e energia; destino dos produtos, tipos detrabalho no processo de industrialização, distritoindustrial; modernização, qualidade total e custos.

Os alunos devem reconhcer ecomparar o papel da sociedade eda natureza nas diferentespaisagens urbanas e ruraisbrasileiras.

Identificar semelhanças ediferenças entre os modos devida no campo e na cidade;perceber as construções emoradias, os hábitos, o lazer e acultura.

Conhecer as relações entre oespaço urbano e o rural e oscontatos que sua coletividadeestabeleceu com as de outroslugares no passado epermanecem no presente.

● Trabalhar com o mapa domunicípio de Uberlândia,mostrando a diferença entreo perímetro urbano e a zonarural e como esses espaçossão ocupados eorganizados de formadiferente.

● Propor atividades quepossibilitem à criançaconhecer o espaço deprodução da cidade, bemcomo, que tipos deindústrias estão instaladasem Uberlândia, quaismatérias-primas são

60

Page 57: cemepe - diretrizes-geografia (1)

CONTEÚDO OBJETIVOS DESEJADOS SUGESTÕES DEATIVIDADES

● As indústrias e o meio ambiente.● O uso dos recursos naturais: solo, ar, água, flora e

fauna, os recursos minerais.● A destruição dos recursos naturais: a poluíção do

ar (gases, poeira, fumaça das indústrias e dasqueimadas etc.); os esgostos, o lixo nos terrenosbaldios.

● Indústrias e qualidade de vida na cidade: as áreasverdes, os parques e arborização urbana.

B) O comércio: circulação, distribuição e consumodas mercadorias – de onde vem o que se consome;para onde vai o que se produz; o comércioatacadista e o comércio varejista.

C) Os serviços ligados Pas diversas atividadessociais: educação, saúde e serviços públicos.

Entender o papel das tecnologiasda informação, da comunicação edos transportes nas paisagensurbanas e rurai e na vida emsociedade.

Entender algumasconseqüências dastransformações da naturezacausadas pelo homem, naspaisagens urbanas e rurais.

utilizadas e como é suarelação como o meioambiente.

● Realizar atividades quemostrem: como é feito acomercialização e adistribuição de mercadoriasno município; como chegame como saem; mercadosatacadistas e varejistas;como são os serviçosprestados à população;outras atividades produtivasdesenvolvidas no municípiode Uberlândia.

Page 58: cemepe - diretrizes-geografia (1)

CONTEÚDO OBJETIVOS DESEJADOS SUGESTÕES DEATIVIDADES

D) Outras atividades econôminas.

1.1.2- O espaço da produção no campo:A) As relações cidade-campo:● A cidade invadindo o campo: o espaço físico; o

espaço da produção;● O trabalho e a organização da vida;● moradia e saneamento básico;● disponibilidade de serviços: educação, saúde,

cultura e lazer.● Os meios de comunicação;● a circulação de pessoas e de mercadorias;● a modernização da agropecuária e a qualidade de

vida.● o meio ambiente: a dinâmica, o uso dos nrecursos

naturais (vegetação, fauna, solo, clima, etc.); adegradação e recuperação do meio ambiente, aquestão da queimada, da erosão e da destruiçãodos rios.

C) A produção econômica no campo;● a agricultura;

● Elaborar atividades com asquais as crianças possam:conhecer a produçãoeconômica do campo: aagricultura e a pecuária;saber como acontecem asrelações cidade-campo.

62

Page 59: cemepe - diretrizes-geografia (1)

CONTEÚDO OBJETIVOS DESEJADOS SUGESTÕES DEATIVIDADES

● A pecuária.

2- MALHA HIDROGRÁFICA DO MUNICÍPIO DEUBRLÂNDIA

● O Rio Uberabinha e seus afluentes;● os principais córregos que correm pela cidade de

Uberlândia;● as nascentes que estão dentro do perímetro

urbano e na zona rural;● como esses córregos estão sendo utilizados?● Como as nascentes estão sendo utilizadas?● Como poderia se usar melhor os espaços

próximos aos córregos?

Identificara malha hidrográfica esua importância para odesenvolvimento econômico esocial.

Desenvolver a habilidade daleitura cartográfica.

Localizar as nascentes e os riosque abastecem o município.

Localizar as nascentes e oscórregos dentro do perímetrourbano e como são utilizados.

● Promover atividades commapas do município quemostrem a baciahidrográfica do RioUberabinha; os principaiscórregos e nascentesexistentes no perímetrourbano e na zona rural ecomo eles estão sendoutilizados.

Page 60: cemepe - diretrizes-geografia (1)

4ª SÉRIE

CONTEÚDO OBJETIVOS DESEJADOS SUGESTÕES DEATIVIDADES

2. ESPAÇO GEOGRÁFICO DE VIVÊNCIA NAREGIÃO E NO ESTADO DE MINAS GERAIS.2.1- Localização.● Uberlândia na região do Triângulo Mineiro, no

Estado de Minas Gerais, no Brasil e no mundo.Estudo de mapa,

● Do cidadão de Uberlândia, de Minas Gerais, doBrasil e do mundo: como vivo, o que faço, com oque e com quem me relaciono.

● De Minas Gerais: as mais importantes cidades doestado e suas regiões: estudo de mapa;

● Uberlândia e suas ligações com as outras cidades.

2.2- A circulação de mercadorias e de pessoas

de onde as pessoas vêm, para onde vão;

de onde as mercadorias e produtosconsumidos vêm; para onde vai aprodução;

No estudo com mapas o alunoprecisa saber empregar aobservação, a descrição, oregistro, a comparação, a análisee a síntese no uso dasinformações de fontes escritas eimagens.

● Elaborar atividades usandodiversos mapas: domunicípio, do TriânguloMineiro, de Minas Gerais,do Brasil e do Mundo,fazendo sempre a relaçãoentre os espaços.

64

Page 61: cemepe - diretrizes-geografia (1)

CONTEÚDO OBJETIVOS DESEJADOS SUGESTÕES DEATIVIDADES

● Como se transportam as mercadorias;● por onde circulam as pessoas e as

mercadorias;● o mapa das estradas da região e do estado:

quais e como são as nossas rodovias e comquem ligam;

● Os outros tipos dd transportes: ferroviário,aéreo, fluvial, lacustre e marítimo.

2.3- as informações:

● Como se comunicar com as outras pessoas nacidade, na região, no estado, no país e nomundo.

● A televisão, o rádio, a imprensa escrita;● Outros meios de comunicação: fax, telefone e

computador.

Compreender o dinamismo doespaço geográfico e as inter-relações entre as diversasregiões através dos meios detransportes e da circulação demercadorias.

Identificar e compreender comoos homens se comunicam entresi, na sociedade, e a importânciados diversos tipos decomunicação na dinâmica global.

● Ralizar atividades commapas de rodovia/ferroviasdo Estado de Minas Geraise do Brasil, para que acriança possa identificarquais são os principaismeios de transports usadosno município, região,Estado e no Brasil, e qual éo seu estado deconservação.

● Propor atividades deobservação tais como: osseres humanos secomunicam, quais osprincipais meios decomunicação e qual aimportância deles nasociedade atual.

Page 62: cemepe - diretrizes-geografia (1)

CONTEÚDO OBJETIVOS DESEJADOS SUGESTÕES DEATIVIDADES

● A importância das pessoas se informarem e secomunicarem no mundo atual.

● As ligações de Uberlândia com o Estado deMinas Gerais: TV, rádio, telefone, jornais.

2.4- A cultura

● Cultura do município: uma história e umacultura diferentes, percebidas nas diversaspaisagens urbanas que aparecem durante oano;

● Cultura regional: as diferentes culturas de MinasGerais.

2.5 – As atividades econômicas na Regiãoe no Estado.

● Espaço de trabalho das pessoas: cada pessoavive e trabalha em um determinado espaço:espaço com características particulares ecaracterísticas regionais.

Reconhecer a importância dacultura regional e diferenciá-la deoutras culturas regionais.

Identificar e reconhecer asdiversas atividades econômicasbem como sua relação com omeio ambiente.

● Atividades lúdicasmostrando as diferentesculturas de Minas Gerais(músicas, danças), por meiode filmes, reportagens.

● Elaborar atividades usandomapas de: recursosminerais, atividadesindustrias, produçãoagrícola, pecuária e deenergia, para que as

66

Page 63: cemepe - diretrizes-geografia (1)

CONTEÚDO OBJETIVOS DESEJADOS SUGESTÕES DEATIVIDADES

● Espaço das indústrias na região e em MinasGerais;

● Distritos industriais e regiões industriais;● Produção industrial na Região e em Minas

Gerais;● espaço da agricultura e de pecuária na região

de Minas Gerais.● Tipos de agricultura e de pecuária na região e

no Estado;● o que, como e onde se produzem nas

atividades agropecuárias;● agricultura tradicional e a agricultura moderna;● agricultura comercial e agricultura de

subsistência.● O gado de corte e o gado de leite;● para quem se produz alimentação.

Abroindústria e exportação;● para onde é comercializada a produção na

região e no Estado.

Crianças conheçam asprincipais atividadeseconômicas do Estado eregião.

Page 64: cemepe - diretrizes-geografia (1)

CONTEÚDO OBJETIVOS DESEJADOS SUGESTÕES DEATIVIDADES

● De onde vêm os produtos que se consomem naregião e no Estado.

● Que tipo de comércio predomina na região e noEstado.

2.6- Outras atividades● a mineração: quais são e onde estão os

recursos minerais; o que é feito dos recursosminerais extaídos do subsolo de Minas Gerais;como a extração de recursos minerais altera anatureza; como vivem as pessoas quetrabalham na extração de recursos minerais emMinas Gerais.

● Os diversos serviços: os serviços públicosprestados à população, os serviços ligadosprestados à população, os serviços ligados àsatividades privadas.

● As condições ambientais na região do Triânguloe no estado de Minas Gerais.

Identificar e reconhecer asdiversas atividades mineradorasdo Estado de Minas Gerais.

● Realizar atividadesutilizando mapas derecursos minerais doEstado de Minas Geraispara que a criança conheçaos principais recursosminerais, sua utilização noslocais de extração.

● Desenvolver atividades commapa de hidrografia doestado de Minas Gerais,para que as criançasconheçam os rios da regiãoe do estado, como eles sãoutilizados e qual seu estadode preservação. Podem serusadas as músicas: PlanetaÁgua (Guilherme Arantes)ou Planeta Azul(Chitãozinho e Xororó).

68

Page 65: cemepe - diretrizes-geografia (1)

CONTEÚDO OBJETIVOS DESEJADOS SUGESTÕES DEATIVIDADES

2.7- A água● Os rios da região e de Minas Gerais;● como são estes rios: o tamanho, o volume de

água, o regime, a disponibilidade de água parausos diversos; o tipo de relevo que atravessa ascachoeiras; seu estado de limpeza e poluíção; asua localização no estado: estudo de mapa;

● como se usam os rios da região e de Minas; oabastecimento das cidades, o lançamento deesgotos, a irrigação na agricultura, o lazer, aconstrução de represas e a produção deenergia.

● A destruição dos rios da região e do Estado:desmatamento, assoreamento, poluíçao, lixo.

● Os rios de Minas Gerais e sua importância parao Brasil.

● Minas Gerais um estado sem mar.

Identificar e conhecer os diversostipos climáticos de Minas Geraise sua influência nas diversaspaisagens (naturais e humanas)

● Elaborar atividades usandomapas de clima, vegetaçãodo Estado de Minas Gerais,para que a criança conheçaos diferentes tiposclimáticos e de vegetaçãoem Minas Gerais, e como otrabalho do homem podeinterferir provocandomudanças.

Page 66: cemepe - diretrizes-geografia (1)

CONTEÚDO OBJETIVOS DESEJADOS SUGESTÕES DEATIVIDADES

2.8- A atmosfera● como é a qualidade do ar na região e em Minas

Gerais: a poluíção das indústrias, dos carros, apoeira, a fumaça.

● Como é o clima na região: a estação chuvosa, aestação seca;

● quando se faz calor e quando se faz frio:durante o ano, durante o dia, de um lugar paraoutro, as frentes frias, as massas de ar frio;

● como o homem interfere no clima da região; apoluição, as cidades, desmatamentosreflorestamento, a construção de represas.;

● os climas de Minas Gerais e sua relação comas atividades humanas;

● o mapa dos climas de Minas e sua relação comos mapas de localização das cidades e daprodução econômica do estado.

Identificar e reconhecer osdiversos tipos de relevo deMinas Gerais (principaisformas e localização).

70

Page 67: cemepe - diretrizes-geografia (1)

CONTEÚDO OBJETIVOS DESEJADOS SUGESTÕES DEATIVIDADES

2.9 – O relevo● como é o relevo da região e de Minas Gerais:

formas, características e localização;● como o relevo muda: a ação das águas, do

vento, da ação do homem.● O releve e a ocupação humana: onde se

desenvolvem os diversos tipos de agricultura;onde as cidades se localizam; as diferençasentre cidades de montanhas e as cidadesplanas.

● O relevo e a geologia de Minas Gerais.● Por que não ocorrem vulcões em Minas Gerais?● Que tipo de terremotos ocorem;● por que algumas cidades têm águas minerais.

● Desenvolver atividadesusando mapa de relevo doEstado de Minas Gerais edo Brasil para que ascrianças conheçam asdiferentes formas existentese como elas são usadaspelo homem.

● Elaborar atividadesutilizando mapa deGeologia do Estado deMinas Gerais e do Brasilpara explicar porque nãoocorrem vulcões.

Page 68: cemepe - diretrizes-geografia (1)

OBS.: Os conteúdos programáticos poderão ser trabalhados interdisciplinarmente com as demais áreas deconhecimento.

72