Cemig cbau 2014-produçãoe distribuição de mudas

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1 PRODUÇÃOE DISTRIBUIÇÃO DE MUDAS DE ESPÉCIES ARBÓREAS PARA ARBORIZAÇÃO URBANA PELO VIVEIRO FLORESTALDE CAMARGOS, ITUTINGA MG. Coelho, SJ (1);Nogueira,AM(2) ; Borges, VL (3); Castro, PM (4) (1) DrManejo Florestal Universidade Federal de Lavras -UFLA, [email protected] (2) Dra Fitotecnia- Prefeitura Municipal de Lavras- PML,[email protected] (3) Gerencia de Gestão do Meio Ambiente da Distribuição - Regional Sul, [email protected](4) Engenheiro de Meio Ambiente da Cemig, [email protected] RESUMO O uso de espécies nativas na arborização das cidades brasileiras é uma prática pouco comum, a despeito da riqueza da flora local. A CEMIG mantém junto à Usina de Camargos, em Itutinga, MG, um viveiro para reflorestamento e arborização urbana. Objetivou- se com esse trabalho, identificar e quantificar espécies doadas para arborização urbana, e as cidades e regiões de MG que receberam mudas em 2013. Foram produzidas seis mil quatrocentos e setenta mudas, correspondendo 64,7% do potencial produtivo anual do viveiro. Oito espécies arbóreas e arbustivas foram doadas para vinte e sete cidades de MG, em seis regiões geográficas. Das espécies produzidas, somente a Quaresmeira é nativa. Cinco têm porte arbóreo e três, arbustivo. Das cidades contempladas, doze (44,44%) estão na região Sul de Minas, sete (25,92%) no Campo das Vertentes e as demais (29,64%) nas regiões da Zonta da Mata, Central, Jequitinhonha e Norte. Palavras chave: viveiro; arborização; espécie. ABSTRACT

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PRODUÇÃOE DISTRIBUIÇÃO DE MUDAS DE

ESPÉCIES ARBÓREAS PARA ARBORIZAÇÃO URBANA

PELO VIVEIRO FLORESTALDE CAMARGOS,

ITUTINGA MG.

Coelho, SJ (1);Nogueira,AM(2) ; Borges, VL (3); Castro, PM (4)

(1) DrManejo Florestal Universidade Federal de Lavras -UFLA,

[email protected] (2) Dra Fitotecnia- Prefeitura Municipal de Lavras-

PML,[email protected] (3) Gerencia de Gestão do Meio

Ambiente da Distribuição - Regional Sul,

[email protected](4) Engenheiro de Meio Ambiente da Cemig,

[email protected]

RESUMO

O uso de espécies nativas na arborização das cidades brasileiras é

uma prática pouco comum, a despeito da riqueza da flora local. A

CEMIG mantém junto à Usina de Camargos, em Itutinga, MG,

um viveiro para reflorestamento e arborização urbana. Objetivou-

se com esse trabalho, identificar e quantificar espécies doadas

para arborização urbana, e as cidades e regiões de MG que

receberam mudas em 2013. Foram produzidas seis mil

quatrocentos e setenta mudas, correspondendo 64,7% do

potencial produtivo anual do viveiro. Oito espécies arbóreas e

arbustivas foram doadas para vinte e sete cidades de MG, em seis

regiões geográficas. Das espécies produzidas, somente a

Quaresmeira é nativa. Cinco têm porte arbóreo e três, arbustivo.

Das cidades contempladas, doze (44,44%) estão na região Sul de

Minas, sete (25,92%) no Campo das Vertentes e as demais

(29,64%) nas regiões da Zonta da Mata, Central, Jequitinhonha e

Norte.

Palavras chave: viveiro; arborização; espécie.

ABSTRACT

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The use of native species in the urban arborization in the Brazilian cities is

not usual. Cemig has in the city of Itutinga, MG, a nursery for reforestation

and urban arborization. The objective of this work was to identify and

quantify species donated to urban arborization in the cities of Minas Gerais

State, in 2013. It was produced 6.470 seedlings from eight species,

corresponding to 64.7% of the annual potential production of the nursery.

The species were donated to twenty-seven cities of Minas Gerais, in six

geographic regions. Among the species produced only Quaresmeira is

native. Five species are arboreal and three species are shrub. Among the

covered cities, twelve (44.44%) are in the South of Minas; seven cities

(25.92%) are in the region of Campos das Vertentes, and the rest (29.64%)

in the regions of Zona da Mata, Central, Jequitinhonha and Norte de Minas.

Keywords: nursery; arborization; species.

INTRODUÇÃO

O plantio de espécies arbóreas nativas em ruas, avenidas,

parques e praças públicas nas cidades brasileiras é uma prática

pouco corrente, a despeito da riqueza de nossa flora. Isso ocorre

principalmente, pelo pouco conhecimento que se temdas espécies

nativas brasileiras e pela baixa disponibilidade de mudas no

mercado.

Historicamente, desde o início da colonização brasileira,

foram trazidas de outros países espécies para arborizar nossas ruas

e praças. A importância da árvore como elemento de maior porte

na formação de áreas verdes é um fato, pois além de compor a

paisagem e servir de elemento funcional na resolução de inúmeras

questões, ela age, no caso dos núcleos urbanos, como fator de

equilíbrio psicológico e ecológico (Lorenzi, 2009).

Quanto ao uso de espécies nativas na malha urbana, é

primordial que sejam levados em consideração dois fatores; o

primeiro é que o Brasil possui uma das floras mais ricas em

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espécies arbóreas e a introdução de algumas delas na arborização

viária ou de áreas verdes, é uma forma eficiente de preservar esse

patrimônio genético; o segundo fator é dar importância às

espécies naturais da região a ser arborizada (Brandão, M. &

Brandão H., 1992).

O Manual de Arborização Urbana da Cemig (2011) e

Gonçalves et al. (2004), recomendam que as mudas destinadas a

arborização urbana/viária,devam apresentar os seguintes padrões:

altura mínimaou ponto de emissão de galhos de 2,5 m; 5 cm de

diâmetro de coleto, no mínimo; cultivo em recipientes de 25

litros, com inexistência de raízes expostas na parte superior do

mesmo; boa perpendicularidade, formando ângulo reto em relação

ao nível do solo; ausência de tortuosidade; preparo com podas de

condução e formação; galhos bem distribuídos e com boa inserção

no tronco; inexistência de danos mecânicos, doenças,pragas,

deficiência nutricional e ervas daninhas.

Na produção das mudas, as perdas encontram-se entre 5-

10%.

Devido à necessidade de compatibilização entre árvores e

rede elétrica, a utilização de espécies adequadas a partir de mudas

de alta qualidade é fato defendido pelas concessionárias de

energia elétrica, como a CEMIG, que mantém junto à Usina de

Camargos, um viveiro de produção de mudas para o

reflorestamento e para a arborização urbana.

A CEMIG desenvolve parcerias com prefeituras municipais

e outras instituições, fornecendo mudas produzidas em seus

viveiros florestais. As doações visam a recuperação de áreas

degradadas, recuperação de nascentes, matas ciliares e outros

projetos ambientais especiais. Também são doadas mudas de

espécies arbóreas utilizadas na arborização urbana, para diversas

cidades que possuem bons programas nessa área.

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O Viveiro Florestal de Camargos localizado em Itutinga –

MG,tem uma produção anual média de 180.000 mudas de

espécies nativas e exóticas, estando localizado junto à Estação

Ambiental de Itutinga, no Km 306 da BR 265, município de

Itutinga – MG, que está a uma altitude de 890metros e

coordenadas geográficas 21º16´ S e 44º37’ W. O clima da região

é do tipo Cwb de Köppen, com verões úmidos e invernos secos.

Diante do exposto, objetivou-se com esse trabalho

identificar e quantificar as espécies doadas para a arborização

urbana, bem como as cidades e regiões do estado de Minas

Gerais que receberam essas mudas.

SISTEMA DE PRODUÇÃO DE MUDAS NO VIVEIRO DE

CAMARGOS, ITUTINGA, MG.

O potencial produtivo anual do Viveiro Florestal de

Camargos é de 10.000 mudas para programas de arborização

urbana. A produção de mudas para arborização urbana inicia-se

com a coleta do material reprodutivo (sementes e/ou estacas). A

reprodução via seminal é aplicada às espécies acima citadas, à

exceção do Hibisco (H. rosa-sinensisL.) e Resedá (L. indica (L.)

Pers.) que são propagadas vegetativamente via estaquia. As

sementes de Flamboyant-mirim (C.pulcherrima(L.) Sw.) passam

por um processo de superação de dormência com água quente.

Essa técnica consiste em ferver a água até entrar em ebulição,

após o que, com o desligamento do fogo as sementes são imersas

na água até que a mesma se esfrie. O tempo de imersão em água

para as sementes é de 24 horas.A semeadura é feita em tubetes de

polipropileno de 110 cm³ de volume, preenchidos com substrato,

no qual são abertas pequenas covas suficientes para encobrir as

sementes.Em cada tubete são dispostas três sementes com a

deposição de uma fina camada de substrato sobre as mesmas.

Caso haja a germinação de mais de uma semente por tubete,

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realiza-se o desbaste deixando apenas a plântula mais vigorosa.

Para o processo de estaquia são utilizados tubetes com o volume

de 250 cm³. As estacas utilizadas têm de 20 a 30 cm de

comprimento e 1,5 cm de diâmetro, aproximadamente, e são

estaqueadas no substrato a uma profundidade de

aproximadamente 10 cm. O substrato utilizado para o enchimento

dos tubetes apresenta uma formulação desenvolvida

especialmente para a empresa com os constituintes básicos:

vermiculita, hidrogel, casca de pinus e fibra de coco. As bandejas

com os tubetes semeados são levadas para a estufa onde ocorrerá

a germinação e as mudas ficam nesse local até atingirem em torno

de cinco cm de altura. Na estufa utiliza-se tela de sombreamento

50%. Os tubetes com estacas são levados para a casa de vegetação

para que ocorra o enraizamento. As estacas já enraizadas são

levadas para a estufa onde passarão por uma aclimatação antes de

serem deixadas a pleno sol.

Completado o período de sombreamento, as mudas são

levadas para a área de pleno sol e aquelas oriundas de sementes

crescerão até atingir no mínimo 25 cm de altura e três milímetros

de diâmetro de coleto. As mudas provenientes de estacas

completam esse estágio quando apresentam no mínimo 10 pares

de folhas. Após o estágio de pleno sol as mudas são

transplantadas para sacolas plásticas com diâmetro de oito

centímetros e capacidade para cinco litros. O enchimento das

sacolas é feito manualmente com o auxílio de uma concha, sendo

que o substrato passa por uma compactação por meio do qual a

sacola é erguida a aproximadamente 30 cm do piso, deixando a

mesma cair sobre este. A operação mencionada é repetida por, no

mínimo duas vezes, completando com substrato, caso necessário.

As sacolas plásticas são completadas com uma mistura de

substrato com composto orgânico, numa proporção de 3:1. A

composição do substrato é desenvolvida especialmente para a

empresa sendo à base de casca de pinus, carvão vegetal,

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vermiculita, nitrato de amônia e nitrato de potássio. O composto

orgânico é composto de uma mistura de borra de café, carvão

vegetal, palha de café, torta de filtro de usina de cana de açúcar,

rocha calcária, bagaço de cana e esterco de cama de equinos. As

sacolas com as mudas são encanteiradas em área a pleno sol e as

mudas são tutoradas quando atingem 1 (um) metro de altura, por

meio de um bambu fincado verticalmente na sacola junto ao caule

das mudas, atando-os com fitas aaproximadamente 20 cm abaixo

da copa, no meio e próximo ao colo da muda. As mudas

permanecem em sacolas até atingirem a altura de 1,5 m e

diâmetro de 2 a 5 cm. Para promover o crescimento adequado

dessas mudas, as mesmas são transferidas para vasos de

polipropileno com a capacidade de 25 litros e diâmetro de 34,5

cm. O substrato utilizado para o enchimento dos vasos é o mesmo

para o enchimento das sacolas.Nesse período as mudas também

são tutoradas com bambu. No viveiro de Camargos também são

adotadas a poda de condução e formação, com o objetivo de

formar um tronco único com ramos básicos bem distribuídos,

orientando seu crescimento e promovendo uma boa forma da

copa.A irrigação é feita cinco vezes ao dia, com o tempo de três

minutos cada. A adubação de cobertura é realizada de maneira

diferenciada para os estágios em tubetes, sacolas e vasos. Quando

em tubetes, quinzenalmente, as mudas recebem a aplicação de

solução nutritiva, formulada com 920 g de superfosfato simples,

400 g de cloreto depotássio, 450 g de sulfato de amônia, 40 g de

micronutrientes (FTEBR 12) em 100 L de água, sendo essa

quantidade aplicada em 20 (vinte) mil mudas com o auxílio de um

regador. A adubação em sacolas é feita com a aplicação de dez

gramas do formulado NPK (20-05-20) em cada uma, sendo

realizada somente quando percebida sua necessidade. A adubação

em vasos é feita quinzenalmente com a aplicação de dez gramas

do formulado NPK (20-05-20) por vaso. Outras práticas

silviculturais adotadas no viveiro são a retirada de ervas daninhas

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e a desbrota, com a qual se retiram manualmente todos os brotos

que estejam abaixo da copadas mudas e a retirada das raízes que

saem das sacolas, usando a tesoura de poda. Para o combate a

pragas e doenças faz-se semanalmente uma inspeção nas mudas

observando-se o sistema foliar e a coloração das folhas, e caso

haja alguma anormalidade solicita-se a assessoria de um

profissional qualificado para identificar a doença ou praga,

prescrevendo as medidas necessárias. A seleção das mudas é um

procedimento muito importante na disponibilização das mesmas,

com um alto padrão para a arborização urbana. Com esse

objetivo, promove-se a retirada das mudas consideradas “refugo”,

que são aquelas com defeito diversos, no caule ou sistema foliar.

MATERIAL E MÉTODOS

Foram utilizadas planilhas de controle de fornecimento de mudas

do próprio viveiro.

As espécies selecionadas foram àquelas constantes nas planilhas e

de acordo com pedidos das prefeituras municipais.

Foram computados os dados relativos a doações de cada espécie,

bem como as cidades que as receberam,para um total de mudas

fornecidas durante o ano de 2013.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Espécies produzidas e disponibilizadas para a arborização

urbana.

Durante o ano de 2013, foram produzidas 6470 (seis mil

quatrocentos e setenta) mudas de oito espécies arbóreas/arbustivas

destinadas à arborização urbana pelo viveiro de Camargos.

Dessas, oito têm como destinação principal a arborização urbana.

Dessas oito espécies, uma é nativa e sete são exóticas. Ainda, do

total, cinco pertencem ao grupo arbóreo e três ao grupo arbustivo.

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Essas últimas são cultivadas como arvoretas, por meio de podas

de formação e condução, para serem usadas na arborização

urbana viária, sob fiação.

Tabela 1: Relação de mudas para arborização urbana produzidas

em 2013 pela Companhia Energética de Minas Gerais, no Viveiro

Florestal de Camargos, MG.

Espécies

Quantidade

Mudas

produzidas

(unidades)

Origem

Grupo

Porte

(m) Calicarpa

(CallicarpareeversiiWall.

Ex Walp.)

154

China Arbóreo

8 – 16

Calistemo

(Callistemonviminalis(Sol.

ExGaertn.) G. Don

exLoud.)

352

Austrália Arbóreo

5 – 7

Escumilha africana

(LagerstroemiaspeciosaPer

s.)

1165

Índia Arbóreo

7 – 10

Flamboyant-mirim

(Caesalpiniapulcherrima(L

.) Sw.)

345

Antilhas Arbustivo

3 - 4

Hibisco

(Hibiscus rosa-sinensisL.)

2839

Ásia

Tropical

Arbustivo

3 - 5

Marinheiro

(TrichiliacatharticaMart.)

160

África. Árboreo

4 -6

Quaresmeira

(Tibouchina granulosa

Desr. Cogn.)

558

Brasil Arbóreo

8 -12

Resedá

(Lagerstroemia indica (L.)

Pers.)

897

Índia Arbustivo

3 – 5

TOTAL

6470

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Vinte e sete cidades do estado de Minas Gerais receberam mudas

destinadas a arborização urbana durante o ano de 2013, sendo que

Belo Horizonte, Conselheiro Lafaiete e Três Corações receberam

maiores quantidades. Barbacena, Sete Lagoas e Ilicínea

receberam as menores quantidades.

Dessa distribuição, depreende-se que não há uma relação entre o

porte da cidade e a quantidade de mudas doadas, uma vez que a

doação depende de demandas das prefeituras municipais.

Tabela 2 . Cidades contempladas com mudas para arborização

urbana produzidas pela Cemig, no Viveiro Florestal de Camargos,

MG, em 2013.

Cidade Quantidade Cidade Quantidade

Alfenas 120 Ilicínea 40

Almenara 200 Itamonte 200

Balo Horizonte 1499 Lavras 328

Barbacena 6 Liberdade 50

Barroso 445 Montes Claros 202

Boa Esperança 45 Ouro Fino 200

Borda da Mata 200 Paraisópolis 150

Campo Belo 150 São Gonçalo Sapucaí 120

Carandaí 80 São João del Rei 120

Carrancas 267 Sete Lagoas 20

Carvalhópolis 150 Tiradentes 100

Carvalhos 100 Três Corações 858

Conselheiro Lafaiete 600 Turvolândia 120

Divisa Nova 100

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As vinte e sete cidades do estado de Minas Gerais que receberam

mudas doadas pelo Viveiro Florestal de Camargos, MG, em 2013,

estão inseridas em seis regiões geográficas. O Sul de Minas, foi a

região mais contemplada, totalizando 12 cidades, seguida do

Campo das Vertentes, totalizando sete cidades e isso se deve a

proximidade dessas cidades com a unidade produtora de mudas.

As regiões Norte e Jequitinhonha, computaram menores números

de cidades receptoras de mudas, devido à distância dessas cidades

em relação ao viveiro.

Tabela 3: Relação das cidades com as regiões geográficas do

estado de Minas Gerais, onde se inserem.

REGIÕES GEOGRÁFICAS DE MINAS GERAIS SUL DE

MINAS

ZONA

DA

MATA

CAMPO DAS

VERTENTES

CENTRAL JEQUITI-

NHONHA

NORTE

Alfenas Barbacena Carvalhos Belo

Horizonte

Almenara Montes

Claros

Boa Esperança Barroso Carandai Sete Lagoas Borda da Mata Conselheiro

Lafaiete

Campo Belo Lavras Carrancas Liberdade Carvalhópolis São João Del

Rei

Divisa Nova Tiradentes Ilicínea Itamonte Ouro Fino Paraisópolis São Gonçalo

Sapucaí

Durante o ano de 2013, foram produzidas 6470 (seis mil

quatrocentos e setenta)mudas de oito espécies arbóreas/arbustivas

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destinadas àarborização urbana: calicarpa

(CallicarpareevesiiWall. ExWalp.), Calistemo

(Callistemonviminalis(Sol. ExGaertn.) G. Don exLoud.),

Escumilha africana (LagerstroemiaspeciosaPers.), Flamboyant-

mirim (Caesalpiniapulcherrima(L.) Sw.), Hibisco (Hibiscus rosa-

sinensisL.), Marinheiro (TrichiliacatharticaMart.), Quaresmeira

(Tibouchina granulosa Desr. Cogn.)e Resedá (Lagerstroemia

indica (L.) Pers.).

CONCLUSÕES

A produção de mudas de espécies arbóreas para a arborização

urbana, por viveiros vinculados a órgãos e empresas públicas se

constitui em importante fonte de fornecimento de mudas para as

prefeituras municipais.

Do potencial produtivo anual do Viveiro Florestal de Camargos,

de 10.000 mudas para programas de arborização urbana, em 2013

foram distribuídas 6470 mudas, correspondendo a 64,7 %.

Das cidades que receberam mudas do viveiro de Itutinga, doze

(44,44%) estão na região Sul de Minas, sete (25,92%) no Campo

das Vertentes e as demais (29,64%) nas regiões da Zonta da Mata,

Central, Jequitinhonha e Norte.

Das espécies produzidas somente uma, Quaresmeira (Tibouchina

granulosa) é nativa, o que evidencia a necessidade de estudos

sobre espécies nativas para a arborização urbana.

Quanto ao porte das espécies produzidas, cinco têm porte arbóreo

e três, arbustivo, sendo que este último demanda mais trabalho

humano nas fases de condução da copa em fuste único, para

transformar a espécie em arvoreta, a exemplo do flamboyant

mirim, hibisco e resedá.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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COMPANHIA ENERGÉTICA DE MINAS GERAIS – CEMIG.

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Biodiversitas, 2011. 40p.

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de Minas Gerais. Revista Árvore, v.28, n.4,p.479-486, 2004.

LORENZI, H. Árvores Brasileiras. Manual de Identificação e

cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil.Vol3, p.14, 1ª

edição, 2009.

LORENZI, H etall. Árvores Exóticas no Brasil – madeireiras,

ornamentais e aromáticas. Nova Odessa, SP, 2003.