Centro Cirúrgico LIGAS

55
Paramentação Paramentação Cirúrgica Cirúrgica Rosangela Amaral

description

....

Transcript of Centro Cirúrgico LIGAS

Page 1: Centro Cirúrgico LIGAS

Paramentação Paramentação

CirúrgicaCirúrgica

Rosangela Amaral

Page 2: Centro Cirúrgico LIGAS

Centro Cirúrgico

• O Centro Cirúrgico é uma unidade de alta complexidade;

• É uma unidade especializada, formada por salas destinadas à realização das mais variadas cirurgias;

• Unidades de recuperação pós-anestésica e Central de Material Esterilizado, geralmente fazem parte da composição do bloco cirúrgico.

Page 3: Centro Cirúrgico LIGAS

Centro cirúrgico

Paciente

Tecido livre de colonização

Exposição a microorganismos em suspensão nas salas

ProfissionaisGarantia de ambiente com menor risco de contaminação

• O Centro Cirúrgico é uma unidade hospitalar considerada Crítica;

• Os cuidados profissionais de um setor crítico devem estar respaldados nos princípios da microbiologia.

Segurança biológica

Page 4: Centro Cirúrgico LIGAS

Assepsia

• Assepsia – É o conjunto de técnicas que têm como objetivo evitar a presença de microrganismos em locais que não os contêm;

• Medidas de assepsia abrangem: • Desinfecção da unidade;• Desinfecção dos materiais;• Desinfecção dos mobiliários cirúrgicos e equipamentos;• Desinfecção do piso e áreas externas.

Page 5: Centro Cirúrgico LIGAS

Antissepsia

• Antissepsia: É o conjunto de técnicas que tem como objetivo reduzir a microbiota sobre determinadas estruturas orgânicas geralmente pele e mucosas;

• A antissepsia é obrigatória antes da realização de intervenções cirúrgicas;

• Ela é o preparo prévio da área a ser operada é a pintura ampla e abrangente do campo cirúrgico.

Page 6: Centro Cirúrgico LIGAS

Soluções

• Soluções para antissepsia das mãos, as mais adequadas são: Soluções de PVPI degermante à 10%, e solução de Clorexidina a 4 %.

• Os principais representantes dos antissépticos são:• As soluções à base de PVPI (Polivinil pirrolidona iodo);• Clorerexidina; • Hexaclorofeno.

Page 7: Centro Cirúrgico LIGAS

Esterilização

• O processo de esterilização consiste na destruição de todas as formas de vida de microorganismos, inclusive os patogênicos e esporulados;

• A esterilização pode ser realizada por meios químicos, físicos ou físico-químico.

• OBS: IMPORTANTE: é possível limpar o material sem esterilizá-lo; mas é impossível esterilizar um material sem antes limpá-lo corretamente

Page 8: Centro Cirúrgico LIGAS

Esterilização

Autoclave de óxido de etileno

Page 9: Centro Cirúrgico LIGAS

Manuseio de Instrumentais

• Manuseio de materiais:

Page 10: Centro Cirúrgico LIGAS

Equipe cirúrgica

Uma equipe cirúrgica básica é formada por:

Page 11: Centro Cirúrgico LIGAS

Equipe Cirúrgica

Cirurgião – Cabe a ele a integral responsabilidade do ato operatório.

Auxiliar – Auxiliar o cirurgião nas seguintes tarefas:

1. Providenciar prontuário e exames do paciente;

2. Providenciar cuidados pré-operatórios imediatos;

3. Colaborar com o instrumentador na montagem da mesa;

4. Fazer antissepsia operatória e orientar posição do paciente

5. Apresentar e preservar o campo operatório;

6. Enxugar e cortar fios de sutura;

7. Permanecer em sala após o despertar anestésico até a colocação do

paciente no leito.

Page 12: Centro Cirúrgico LIGAS

Equipe Cirúrgica

• Instrumentador(a) – é um elemento fundamental da equipe, pois exerce suas próprias funções e muitas vezes função do 2º auxiliar, quando o 1º estiver ocupado com o cirurgião.

• Anestesista – cabe a ele a escolha e a execução da melhor anestesia para cada caso.

• Circulante ou profissional de enfermagem de sala – cabe a este o pronto e eficiente atendimento às solicitações da equipe.

Page 13: Centro Cirúrgico LIGAS

Degermação

• A Degermação das mãos e antebraços , denominada como

escovação ou antissepsia cutânea.

• Para efeitos de antissepsia a mão e o antebraço são divididos em dois

territórios:

• 1º território: mão e punho (área mais nobre devido ao contato

direto com os órgão);

• 2º território: é a parte do antebraço até o cotovelo.

Duração do Procedimento: de 3 a 5 minutos para a primeira cirurgia, e

de 2 a 3 minutos para as cirurgias subseqüentes.

Page 14: Centro Cirúrgico LIGAS

Degermação

Page 15: Centro Cirúrgico LIGAS

Degermação

Page 16: Centro Cirúrgico LIGAS

Degermação

Page 17: Centro Cirúrgico LIGAS

Paramentação Cirúrgica

A Paramentação cirúrgica é um processo específico e padronizado, que envolve as técnicas de degermar as mãos, vestir avental ou opa esterilizados e calçar luvas.

Após o término da escovação a equipe deverá encaminhar-se para a sala de cirurgia com os antebraços fletidos, elevados e afastados do corpo.

Na sala de cirurgia já estará aberto o LAP (pacote contendo campos e aventais estéreis), cada avental possui no seu interior uma compressa.

Page 18: Centro Cirúrgico LIGAS

Etapas da Paramentação

1. Usa-se a primeira compressa para secar as mãos, iniciando-se pelos

dedos, palma, dorso da mão e antebraço. Vira-se a compressa para o

lado oposto e inicia-se a secagem da outra mão. Despreza-se a

compressa no hamper. Iniciar a colocação do avental cirúrgico.

2. Segurar o avental pela parte superior, com os dedos indicador e polegar

de cada mão;

3. Balançar suavemente para que se abra;

4. Vestí-lo cuidadosamente sem tocar na parte externa do mesmo;

5. Solicitar que a circulante da sala ajuste e amarre o avental;

6. Calçar luvas cirúrgicas;

Page 19: Centro Cirúrgico LIGAS

Paramentação

Page 20: Centro Cirúrgico LIGAS

Equipe Cirúrgica

Page 21: Centro Cirúrgico LIGAS

Instrumental Cirúrgico

Instrumental é todo material utilizado na realização de intervenções cirúrgicas, retirada de pontos, exames, tratamentos, e curativos.

Classificam-se em especiais e comuns:• Os especiais são os instrumentos utilizados apenas em

determinadas cirurgias e em tempos específicos;• Os comuns são os instrumentais básicos utilizados em

qualquer tipo de intervenção cirúrgica nos tempos fundamentais como diérese (corte), hemostasia (pinçamento dos vasos sangrantes) e síntese (sutura).

Page 22: Centro Cirúrgico LIGAS

Instrumental Cirúrgico

• Antissepsia: utilizadas para realização da antissepsia do local a ser operado.• Pinça Pean• Pinça Foester

Page 23: Centro Cirúrgico LIGAS

Instrumental Cirúrgico

• Diérese: fase de abertura – serve para cortar e dissecar os tecidos.• Bisturi - Instrumento cirúrgico em forma de pequena

faca, reta ou curva, para praticar incisões.• Tesoura de Metzembaum – usada para corte de tecidos.

• Tesoura de Mayo – usada para cortar fios de sutura, gaze ou outros materiais.

Page 24: Centro Cirúrgico LIGAS

Instrumental Cirúrgico

•Hemostasia: conter sangramento – serve para pinçamento de vasos sangrantes.

•Pinças Kelly •Pinças Kocher•Pinças Halstead mosquito

Page 25: Centro Cirúrgico LIGAS

Instrumental Cirúrgico

• Preensão: servem para segurar e suspender vísceras e órgãos.• Allis • Collin• Duval (triangular)

Page 26: Centro Cirúrgico LIGAS

Instrumental Cirúrgico

• Síntese: união dos tecidos – serve para suturar.• Porta-agulhas• Agulhas

Page 27: Centro Cirúrgico LIGAS

Instrumental cirúrgico

• Pinças de campo: serve para fixação de campos que delimitam a área operatória.

• Backaus;• Pinças que servem como auxiliares:

• Pinça dissecção (anatômica)• Pinça dissecção com dente (dente de rato)

Page 28: Centro Cirúrgico LIGAS

Instrumental cirúrgico

• Afastadores: servem para afastar os tecidos abertos. Podem ser ortostáticos:• Gosset• Balfour• Finochietto

Page 29: Centro Cirúrgico LIGAS

Instrumental Cirúrgico

• Manuais• Farabeuf• Doyen• Deaver• Suprapúbica

Obs.: Válvula de Doyen e Suprapúbica constituem parte do afastador

autoestático de Balfour, porém são utilizados separadamente.

Page 30: Centro Cirúrgico LIGAS

Instrumentais cirúrgicos

• Instrumentos especiais: exerese (retirada) – utilizados somente no tempo principal da cirurgia, diferenciando-se para cada especialidade cirúrgica.• Sacafibroma• Fórceps• Pinça de Goiva

Page 31: Centro Cirúrgico LIGAS

Instrumentais cirúrgicos

• Acessórios: usados também na mesa cirúrgica:• Cuba rim• Cuba redonda• Caneta de bisturi - aparelho cirúrgico para secção ou

coagulação dos tecidos, pela utilização de correntes de alta freqüência, aplicadas por eletrodos de formas diversas.

• Gazes;• Compressas;• Fios de sutura;• Seringa.

Page 32: Centro Cirúrgico LIGAS

Cirurgia Cardíaca

A equipe da cirurgia cardíaca possui mais um componente importante:

O Perfusionista

Geralmente um técnico (pode ser um médico ou outro profissional de nível superior). Responsável pela realização da circulação extra-corpórea.

Page 33: Centro Cirúrgico LIGAS

Cirurgia Cardíaca

As vias de acesso usadas convencionalmente

para as cirurgias de coração são:

As Esternotomias;

Toracotomias.

Page 34: Centro Cirúrgico LIGAS

Cirurgia Cardíaca

Page 35: Centro Cirúrgico LIGAS

Cirurgia Cardíaca

Cirurgia cardíaca minimamente invasiva: Toracoscópio com diâmetro de 5 ou 10 mm, conforme a

necessidade de campo visual; Afastadores de átrio; Tesouras; Empurradores de nós; Porta-agulha e contra porta-agulha; Pinças, clamps, eletrocautério e grampeadores; Câmara de vídeo e fonte de luz. Kits de canulação femoral

Page 36: Centro Cirúrgico LIGAS

Minitoracotomia Lateral Direita

.

Page 37: Centro Cirúrgico LIGAS

Videocirurgia cardíaca

Page 38: Centro Cirúrgico LIGAS

Montagem da Mesa Cirúrgica

• O instrumentador e o auxiliar já paramentados iniciam esse ritual

com a ajuda dos circulantes, selecionando um espaço da sala de

menor circulação.

• Sobre a mesa, deverá ser colocado um campo impermeável (oleado),

estéril, pois amortece o choque dos instrumentos e impermeabiliza a

cobertura da mesa.

• O instrumental deverá ser montada da seguinte forma: Próximo da

mesa operatória deverão estar os instrumentos usados com mais

freqüência na cirurgia;

Page 39: Centro Cirúrgico LIGAS

Montagem da Mesa

Dividi-se a mesa em 12 áreas:

• Área 1: coloca-se o bisturi com a lâmina para baixo e o

corte para a esquerda;

• Área 2: tesouras curvas, delicadas (Metzembaum) e forte

(Mayo) com as pontas viradas para o instrumentador e a

curvatura para baixo;

• Área 3: pinças hemostáticas (Kelly curvas e retas).

Page 40: Centro Cirúrgico LIGAS

Montagem da Mesa

• Área 4: Instrumentais versáteis do tipo Mixter e outros hemostáticos;

• Área 5: Kocher reta;• Área 6: Pinças dissecção com e sem dente;• Área 7: Porta-agulhas com anéis voltados para baixo;• Área 8: Pinças de preensão Babcock, Allis e Duval e outros

instrumentos complementares;• Área 9: Backaus;• Área 10: Pinças, tesouras e porta-agulhas longos;• Área 11: Compressa dobrada, fios pré-cortados, e fios de

sutura;• Área 12: Uso versátil (cuba rim, cuba redonda, afastadores,

seringa, gazes).

Page 41: Centro Cirúrgico LIGAS

Divisão da Mesa

Page 42: Centro Cirúrgico LIGAS

Colocação dos Campos

Após antissepsia iniciar a colocação dos campos operatórios: O instrumentador entrega ao cirurgião um dos campo maiores, este campo é desdobrado nas duas extremidades sendo uma segurada pelo cirurgião e outra pelo auxiliar, e é colocado sobre as pernas do paciente.

O segundo campo será colocado na parte superior do abdome da mesma forma do primeiro, sendo que suas extremidades deverão ser entregues ao anestesista ou ao circulante que constituirá uma forma de barraca isolando a equipe cirúrgica do anestesista.

Page 43: Centro Cirúrgico LIGAS

Colocação dos Campos

• A seguir serão colocados dois campos menores cobrindo as laterais do paciente.

• Após a colocação dos campos estes serão fixados com as pinças Backaus.

• O passo seguinte será fixar a caneta do bisturi elétrico e a borracha do aspirador nos campos do paciente, feitas com pinças Backaus.

• Para pequenas operações, usa-se campos menores de tamanhos variáveis com um orifício no centro através do qual se realiza o procedimento; são chamados campos fenestrados.

Page 44: Centro Cirúrgico LIGAS

Colocação dos Campos

Page 45: Centro Cirúrgico LIGAS

Colocação dos Campos

Page 46: Centro Cirúrgico LIGAS

Fios de sutura

• Hoje existe uma grande variedade de fios, porém em urgência e emergência devemos conhecer os principais:

• Os Absorvíveis são fios de sutura digeridos pelas enzimas do organismo durante o processo de cicatrização da ferida. Podem ser de origem animal:

Page 47: Centro Cirúrgico LIGAS

Fios de Sutura

• Os fios não absorvíveis (inabsorvíveis), são feitos de diversos materiais que não são afetados pelas enzimas. Podem ser de origem: animal, vegetal, sintética ou mineral;

Page 48: Centro Cirúrgico LIGAS

Fios de sutura

• É importante saber que os fios de sutura possuem tamanhos e curvaturas diferentes nos padrões de agulhas, estas podem ser: circulares, cortantes, retas ou curvas;

• Os fios possuem numeração de identificação que vão desde o 0 ao 10-0, quanto maior o nº, menor a espessura, portanto mais fino.

Page 49: Centro Cirúrgico LIGAS

Fios de Sutura em cirurgia Cardíaca

Polipropileno: É um polímero do propileno, um derivado do gás propano. Disponível na cor azul e natural.

Vantagens: Grande segurança nos nós;Retém sua tensão de estiramento após a implantação nos

tecidos; não é enfraquecido pelas enzimas teciduais e é por isso

usado em sutura cardiovascular. Possui também grande resistência à infecção bacteriana.

Desvantagens: o fio torna-se escorregadio.

Page 50: Centro Cirúrgico LIGAS

O que a Equipe cirúrgica deve saber?

• Não usar adornos como anéis, brincos e relógios.

• Utilizar óculos de proteção e máscara cirúrgica durante todo o procedimento.

• Não esquecer de perguntar quais os fios que serão usados no procedimento.

Page 51: Centro Cirúrgico LIGAS

O que a Equipe cirúrgica deve saber?

• Não falar alto, dar gargalhadas ou fazer comentários desagradáveis diante do paciente;

• Não encostar em qualquer local estéril depois de paramentado;

• Não elevar as mãos próximo ao rosto ou abaixo da cintura;

Page 52: Centro Cirúrgico LIGAS

O que a Equipe cirúrgica deve fazer?

• Não dar as costas para os campos do paciente ou para

mesa e pacotes estéreis abertos.

• Manter os instrumentais limpos, organizados nos seus

devidos lugares.

Page 53: Centro Cirúrgico LIGAS

O que a Equipe cirúrgica deve fazer?

• A pinça de antissepsia não deverá voltar para a

mesa do instrumental.

• Retirar sempre o material deixado em cima do

paciente e separar todo material perfurocortante

utilizado ao final da cirurgia.

• Quando for utilizar álcool ou tintura de benjoim

solicitar a circulante para desligar o bisturi elétrico.

Page 54: Centro Cirúrgico LIGAS

Referências Bibliográficas

• MASCHAK-CAREY, B. J Cuidados de Enfermagem com o Paciente Cirúrgico In: SMELTZER, S.C; BARE, B.G. Brunner e Suddarth. Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005, v. 2.

• ROSA, M. T. L. Manual de Instrumentação Cirúrcica. São Paulo: Rideel, 2009.

• ANVISA. Manual de Higienização das Mãos em Serviço de Saúde.•

Disponível<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/higienizacao_maos.pdf>. Acessado em: 25 de março de 2012 às 17:35.

• MEEKER, M.H.; ROTHROCK, J. C. Cuidados de Enfermagem ao Paciente Cirúrgico. Alexander. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1997, 10ª edição.

• Disponível em:• http://www.ufsm.br/tielletcab/HVfwork/apoptcv/cap5.htm

Page 55: Centro Cirúrgico LIGAS

Boa noite à todos