Centro Cultural de Itaberaba

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UNIFACS UNIVERSIDADE SALVADOR DEAR DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA E ARQUITETURA CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO ALAN RODRIGUES DE OLIVEIRA CENTRO CULTURAL Salvador 2011

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Trabalho de conclusão de curso sobre um projeto arquitetônico de um Complexo Cultural na cidade de Itaberaba BA. Estudos de Projetos de Centro Cultural nacionais e internacionais e análise e desenvolvimento do projeto arquitetonico

Transcript of Centro Cultural de Itaberaba

  • UNIFACS UNIVERSIDADE SALVADOR DEAR DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA E ARQUITETURA

    CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

    ALAN RODRIGUES DE OLIVEIRA

    CENTRO CULTURAL

    Salvador

    2011

  • ALAN RODRIGUES DE OLIVEIRA

    CENTRO CULTURAL

    Trabalho de Concluso de Curso apresentada ao

    curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade

    UNIFACS Universidade Salvador, como requisito

    parcial para obteno do ttulo de Arquiteto

    Urbanista.

    Orientadora: Karla Andrade

    Salvador

    2011

  • ALAN RODRIGUES DE OLIVEIRA

    CENTRO CULTURAL

    Trabalho de Concluso de Curso, Arquitetura e Urbanismo da Universidade

    UNIFACS Universidade Salvador, como requisito parcial para obteno do ttulo de

    Arquiteto Urbanista.

    Orientador:

    Titulao:

    Instituio:

    Nota:

    Avaliador 1:

    Titulao:

    Instituio:

    Nota:

    Avaliador 2:

    Titulao:

    Instituio:

    Nota:

    ____, de ________________ de 2011.

  • Dedico este trabalho em memria a Elsia

    Bezerra, pela dedicao maior nos

    primeiros passos de formao da minha

    educao e pelo amor incondicional que

    nos une alm dos tempos.

  • AGRADECIMENTOS

    Agradeo aos meus pais por todo o esforo e dedicao em me ofertar o privilgio

    da educao, quando muitos ainda no a possuem, a minha esposa Karla Virgnia a

    todo incentivo e participao em toda a trajetria da minha vida acadmica.

    Agradeo a participao dos arquitetos que de forma direta ou indireta contriburam

    com minha formao, trabalhando em equipe e buscando, sobretudo o prazer em

    cursar arquitetura, Marcelo Frana, Amarildo Oliveira, Fernanda Mendes, Evanio

    Miranda, John Lennon. Aos professores Erik Frot, Fajer, Nino Padilha e

    especialmente a minha orientadora Karla Andrade por me mostrar o significador de

    ser um arquiteto. Ao eterno amigo Cleon Matos por ser principal fonte inspiradora

    em cursar arquitetura.

  • "Aqueles que olham para as leis da

    Natureza como um apoio para os seus

    novos trabalhos colaboram com o

    Criador."

    Antnio Gaud

  • SUMRIO

    INTRODUO .......................................................................................................... 07

    CAPTULO I ESPAOS CULTURAIS

    1.1 Centro Cultural .................................................................................................. 11

    1.2 Pesquisa de Campo Projetos Similares na Cidade ....................................... 13

    1.3 Anlise de Correlatos ....................................................................................... 16

    1.3.1 Centro Cultural So Paulo .............................................................................. 16

    1.3.2 Georges Pompidou ......................................................................................... 20

    1.3.3 Les Champs Libres ......................................................................................... 21

    1.3.4 Centro Cultural Oscar Niemeyer ..................................................................... 25

    CAPTULO II SUSTENTABILIDADE

    2.1 Conceito............................................................................................................ 30

    2.2 Princpios do Ecoedifcio................................................................................... 31

    2.3 Tcnicas Sustentveis ...................................................................................... 31

    CAPTULO III O LUGAR E O TERRENO

    3.1 A Cidade escolhida Feira de Santana ........................................................... 32

    3.2 O Terreno ......................................................................................................... 33

    3.3 O Entorno ......................................................................................................... 35

    3.4 Mapeamento Legal ........................................................................................... 39

    3.5 Estudo Heliotrmico .......................................................................................... 42

    3.6 Sistema Virio ................................................................................................... 43

    CAPTULO IV CONCEPO PROJETUAL

    4.1 Desenvolvimento do Conceito e Partido do Projeto .......................................... 44

    4.2 Estudo de Massa .............................................................................................. 45

    4.3 Programa Arquitetnico do Centro Cultural ...................................................... 46

    Referncias Bibliogrficas ............................................................................................................ 51

    Anexo - Projetos

  • 7

    INTRODUO

    Com o passar do tempo a arquitetura vem se transformando e transformando no s

    o espao fsico que ela ocupa, como tambm vem atingindo cada vez mais nveis

    que abranjam conceitos educacionais e culturais. Sobretudo, so nestes dois ltimos

    pontos, que a proposta de transformar o espao e oferecer cidade de Feira de

    Santana um palco para resgate das potencialidades culturais do Municpio e criar

    condies para insero desta potencialidade no desenvolvimento das geraes

    vindouras, surge como porto para receber estas idias.

    A cidade de Feira de Santana cresce com as condies favorveis da economia

    nacional, porm o direcionamento deste crescimento ainda no abrangeu aspectos

    sociais como lazer, educao e cultura, fazendo desta cidade uma refm do descaso

    poltico no tocante do campo scio-cultural.

    Com essas constataes e estudos sobre a necessidade do resgate cultural e

    histrico da regio e do homem nordestino, para formao de uma sociedade

    consciente e formadora de idias e valores s suas origens, tem-se como premissa

    a elaborao de um projeto arquitetnico de um Centro Cultural e uma rea de lazer

    que venha oferecer cidade de Feira de Santana e regio do recncavo baiano

    entretenimento e cultura, resgatando todo valor do homem e cultura nordestina.

    Destaca-se ainda dentre a diversidade cultural a que a regio nordeste acolhe

    ressaltar algumas disciplinas das quais o projeto em questo daro nfase, tendo

    em vista o desenvolvimento da cultura e a sua adaptao a contemporaneidade.

    Como Objetivos a cumprir o desenvolvimento de um projeto que disponibilize a

    prtica das idias propostas acima, prope-se a criao dos seguintes elementos:

    Um teatro com capacidade para aproximadamente 1000 pessoas;

    Uma biblioteca de mdio porte que contemple acervos multimeios e

    audiovisuais;

    Museu / Salo de exposies, voltado para trabalhos permanentes de artistas

    consagrados da terra e tambm a trabalhos de exposies temporrias;

    Atelis ou Oficinas voltados para a prtica e disseminao de trabalhos

    artesanais e/ou manuais sobre a cultura da regio;

  • 8

    Sala de cinema, voltado para a exposio de cinema de artes e produes

    independentes da regio;

    Pequena arena (concha acstica) para pequenas apresentaes de

    espetculos;

    Criao de reas de convvio social como parques e praa de alimentao,

    voltado ao pblico mais jovem como ponto de encontro para a nova gerao,

    servindo como meio a introduzir a esse pblico a cultura da regio.

    A elaborao deste projeto transcende muito alm da tcnica e prtica de

    materializar idias em uma folha de papel, aqui ela se ergue em um estudo que

    surge ao longo de anos, percebendo e compartilhando experincias do processo de

    crescimento de uma cidade do porte de Feira de Santana, hbitos e necessidades

    de uma sociedade que cresce frente a novas tecnologias, novas formas de consumo

    e tambm de integrao social.

    Percebe-se que com o passar dos anos a nova gerao da dcada de 90, tem uma

    necessidade diferente de ocupar os espaos de se socializar em uma cidade de

    constante crescimento como Feira de Santana, que vive hoje o pice da construo

    civil, e quase nada se v de intervenes feitas nesta rea em prol do lazer, cultura

    e educao da populao.

    A falta destes equipamentos conduz a populao a ocupar reas como shopping e

    bares, que s conduzem seus usurios a prtica comercial. Os valores sociais ou

    mesmo cultural, ficam em segundo ou terceiro plano nesta tica.

    Neste contexto em que o limite dos espaos sociais so limitados por espaos

    comerciais, a necessidade de um equipamento em escala da cidade, que trabalhe e

    absorva carncia desta sociedade em um espao de uma Centro Cultural, que

    responda, absorva e desperte o prazer e a necessidade da apreciao cultura,

    independente da classe social ou faixa etria que pertena.

    Neste ponto se insere o resgate e valorizao do bem imaterial da cultura como

    ncora para que esta nova sociedade, que se forma, absorva a cultura de uma

    maneira menos formal e ecltica.

    O resgate dos valores regionais do homem nordestino que se v oprimido pela

    crescente tecnologia e valores muitas vezes deturpados, vem fazendo desta nova

    juventude meros consumidores da imagem que o capitalismo e a moda vendem.

  • 9

    Aqui se insere a idia de que um novo centro multidisciplinar e, sobretudo, aberto a

    todos que ali se disponham a acessar, o elemento principal para a prtica e

    resgate da cultura.

    Este elemento se faz necessrio no somente como o bero do resgate e

    centralizao deste patrimnio imaterial, que somente pode ser salvo e estar vivo

    pela mera prtica de se fazer e ser cultura. Contudo esta leitura deve ser implantada

    para alm de paredes de uma edificao, espelhando para seu entorno a finalidade

    a qual foi idealizado, fazer da cultura e relao social entre indivduos um

    mecanismo multiplicador e revitalizador da diversidade cultural que h na sua

    cidade, seu estado, sua regio, seu pas.

    neste cenrio que o Centro Cultural Nordestino, objeto proposto, surge como

    chave para a liberdade cultural da regio a tanto presa e esquecida na memria de

    poucos e aqui resgatada pelo incentivo ao surgimento de espaos em que estas

    manifestaes culturais possam ser semeadas e multiplicadas.

    A Cidade de Feira de Santana, j presenteada com dois espaos culturais: o Centro

    de Cultura e Arte Amlio Amorim e o Centro Universitrio de Cultura e Arte (CUCA);

    elementos mesmo que marcantes na presena cultural da cidade, no atendem a

    necessidade da populao tanto de Feira da Santana, quanto das cidades

    circunvizinhas, que tm em Feira de Santana um grande plo comercial e de

    servios da regio.

    A metodologia do desenvolvimento deste trabalho consiste na realizao das

    seguintes prticas:

    1. Pesquisas e consultas bibliogrficas, onde estaro contemplados os estudos

    dos processos contextuais, polticas de insero, legislaes, processos

    projetuais e estudos de formas;

    2. Visitas e estudos de campo, com levantamentos topogrficos, anlises do

    entorno, estudo das condies geomorfolgicas e pesquisas de acervos

    culturais, literrio e artstico;

    3. Anlise documental, Estudo PDDU (Plano Diretor de Desenvolvimento

    Urbano de Feira de Santana), legislao e normas;

    4. Seleo e anlise do material obtido;

  • 10

    5. Confrontamento com a realidade e necessidades da populao que

    frequentar o espao;

    6. Elaborao e consolidao do programa arquitetnico;

    7. Desenvolvimento de projeto acerca dos levantamentos e estudos

    supracitados.

    Por sua vez este trabalho est organizado em captulos, dos quais correspondem ao

    desenvolvimento do trabalho:

    CAPTULO I Abordagem sobre a o conceito de Centro Cultural, pesquisa de

    projetos existentes na cidade e pesquisa de projetos similares desenvolvidos

    por arquitetos;

    CAPTULO II Este captulo trata o conceito de sustentabilidade aplicado

    concepo de espaos que interajam frente nova realidade urbana em

    busca do equilbrio entre cidade e natureza;

    CAPTULO III Aqui desenvolvido todo o estudo sobre a cidade o terreno e

    o entorno do terreno que ser concebido o projeto;

    CAPTULO IV Neste captulo est contido todas as peas grficas (plantas,

    vistas, perspectivas) desenvolvidas para o projeto do Centro Cultural, assim

    como a conceitualizao do mesmo.

  • 11

    CAPTULO I ESPAOS CULTURAIS

    1.1. CENTRO CULTURAL

    De uma maneira mais concisa, pode-se estabelecer uma definio ao termo, como

    sendo o espao arquitetnico contemporneo sua poca, destinado a abrigar

    manifestaes culturais das mais diversas modalidades. Porm, a definir este

    espao, deve-se aprofundar ao sentido da palavra que revoga a necessidade desta

    edificao - Cultura, que vem do latim colere - significa cultivar, e sobre a definio

    formulada por Edward B. Tylor1, responsvel pela primeira formulao de um

    conceito de cultura (1871), em sua obra Cultura Primitiva, onde o este define que o

    termo est associado a todo o complexo que inclui o conhecimento, as crenas, arte,

    moral, leis, costumes e todos os outros hbitos e aptides adquiridos pelo homem

    como membro da sociedade.

    Hoje temos a definio de cultura associada ao conceito de civilizao, no tocante a

    desenvolvimento, educao, bons costumes, etiqueta e comportamentos de elite, o

    que aqui no refletem o sentido e prtica que o Centro Cultural, objeto proposto,

    sugere.

    Do ponto de vista das cincias sociais, a cultura significa determinada variante da

    herana social, sendo debatido por estudiosos por esta agrupar caractersticas de

    certo nmero de indivduos, onde alguns conceitos definem cultura por um conjunto

    de aspectos e fatores biolgicos (dentre estes a idia) nas sociedades humanas, a

    contrapartida de alguns grupos inclurem a cultura tambm a concepo material (L.

    White)2, registros de criaes materiais da poca, tcnicas e conhecimentos e

    prticas de uma poca, estando dentre este conceito os objetos, seja este a

    produo de um sof ou uma mesa.

    Segundo as abordagens de White2, a cultura deve ser vista no como

    comportamento, mas em si mesma, ou seja, fora do organismo humano. Dentre as

    diversas colocaes divergentes, ao longo do tempo, permitem apreender a cultura

    como um todo.

    1 Edward B. Tylor Antroplogo Britnico, considerado pai do conceito moderno de cultura.

    2 Leslie White, O conceito de cultura (1957) Antroplogo Norte Americano, conhecido por seus estudos a

    cerca de evoluo cultural.

  • 12

    A cultura, portanto, pode ser analisada, ao mesmo tempo, sob vrios enfoques:

    idias (conhecimento e filosofia); crenas (religio e superstio); valores (ideologia

    e moral); normas (costumes e leis); atitudes (preconceito e respeito ao prximo);

    padres de conduta (monogamia, tabu); abstrao do comportamento (smbolos e

    compromissos); instituies (famlia e sistemas econmicos); tcnicas (artes e

    habilidades); e artefatos (machado de pedra e telefone).

    Os artefatos decorrem da tcnica, mas a sua utilizao condicionada pela

    abstrao do comportamento. As instituies ordenam os padres de conduta, que

    decorrem de atitudes condicionadas em normas e baseadas em valores

    determinados tanto pelas crenas quanto pelas idias.

    Voltando ao campo arquitetnico, o espao do centro cultural tem uma origem

    recente, tendo em vista que este tipo de edificao destinada a concentrar

    manifestaes de artes das mais diversas possveis, surge aos poucos, primeiro

    com a adaptaes de antigas construes, com a finalidade de promover exposies

    de arte e em meados do sculo XIX que h a necessidade de concentrar em um

    unico espao, manifestaes culturais que venham promover a continuidade e o

    resgate da arte e costumes de uma sociedade.

    Nos dias atuais essa conscincia e manuteno da cultura mais concreta, e o

    surgimento desses espaos demonstram que cada povo com suas crenas e

    costumes tem a necessidade de se expressar independente da regio ou pas em

    que essa comunidade habite, a exemplo dos centros de cultura espanhola, japonesa

    e judaica espalhados pelo mundo.

    1.2. PESQUISA DE CAMPO PROJETOS SIMILARES NA CIDADE

  • 13

    Apesar de Feira de Santana ser uma das cidades do pas que mais se destacam no

    requisito educacional, no campo cultural que a cidade necessita de incentivos,

    valendo-se de poucos locais apropriados para que esse patrimnio imaterial seja

    alimentado e se mantenha vivo. Destes espaos pode-se citar o Centro de Cultura e

    Arte Amlio Amorim e o Centro Universitrio de Cultura e Arte (CUCA), ambos sobre

    os cuidados da Universidade Estadual de Feira de Santana. Embora a cidade

    possua outros espaos destinados prtica cultural, ressalta-se o Centro de Cultura

    e Arte Amlio Amorim3, que dispe de uma sala de espetculos para 500 pessoas,

    um teatro arena, uma galeria de exposies e seis salas de ensaio. O Complexo

    Carro de Boi, nome dado ao Centro ao ser fundado em 1982, por possuir

    caractersticas marcantes da regio que se encontra, funcionou durante seus 30

    anos como um verdadeiro espao cultural em Feira de Santana, abrigando mostras

    de artes, desfiles de moda, feiras de artesanato, alm de shows de artistas regionais

    e nacionais.

    3 Amlio Amorim Arquiteto Feirense responsvel pela criao e administrao do primeiro centro cultural de

    Feira de Santana.

    Figura 1 e 2- Centro de Cultura Amlio Amorim, Fachadas e Discoteca - Fonte: elaborada pelo autor a partir de buscas via web

  • 14

    O Centro Universitrio de Cultura e Arte (CUCA) fundado em 1995 surgiu da

    organizao da comunidade acadmica, com o intuito de incitar a comunidade de

    Feira de Santana a aes culturais que eram desenvolvidas de formas pontuais e

    isoladas. Ocupando um dos antigos casares histricos da cidade, o CUCA

    desenvolve diversos trabalhos e aes culturais nas mais diversas reas e

    linguagens artsticas, a criao deste espao revoga a necessidade que a cidade

    tem em fornecer a seus habitantes realizaes de eventos culturais, adaptando

    antigas construes de modo que venha atender as necessidades que um

    equipamento como este tem com a cidade.

    Figura 4 e 5- Centro de Cultura e Arte - CUCA Vista interna do teatro a cu aberto e vista da Fachada- Fonte: http//google.com

    Localizao dos Centros Culturais

    Figura 3- Centro de Cultura Amlio Amorim, Vista da Av. Presidente Dultra - Fonte: elaborada pelo autor a partir de buscas via web

  • 15

    Figura 6 - Mapa de localizao dos centros culturais de Feira de Santana - Fonte: elaborada pelo autor.

    Com a anlise do mapa acima, percebe-se a localizao dos centros culturais mais

    antigos em reas distintas da cidade, porm estas no caracterizam pontos de

    crescimento ou expanso da mesma. J que o CUCA situa-se no Centro Comercial

    da Cidade, e o Amlio Amorim tem posio mais privilegiada por estar frente a

    avenida mais importante da cidade e estar em um bairro predominantemente

    residencial, isso faz com que a rea escolhida para implantao favorvel ao

    crescimento que vive a cidade com a expanso dos bairros fora do anel virio. Com

    isso, h uma abrangncia maior destes equipamentos no municpio, anulando

    conglomerados de equipamentos similares.

    Por sua vez, a nova localizao consolida o ponto de criao de uma nova

    centralidade a cidade de Feira de Santana, sendo implantada em um ponto onde o

    planejamento urbano se consolida em transformao de um novo plo comercial e

    cultural para a cidade.

    1.3. ANLISE DE CORRELATOS

  • 16

    1.3.1. CENTRO CULTURAL SO PAULO

    Obra: Centro Cultural So Paulo

    Arquiteto: Eurico Prado Lopes e Luiz Telles

    Localizao: Rua Vergueiro, 1000, So Paulo,Brasil

    Ano: 1982

    Popularmente conhecido como Centro Cultural Vergueiro ou apenas Centro Cultural,

    uma instituio pblica, subordinada a Secretaria Municipal de Cultura. Foi

    idealizado na dcada de 70 pelos arquitetos Eurico Prado Lopes e Luiz Telles, que

    venceram uma concorrncia pblica ao desenvolvimento do projeto. Inicialmente

    pensado para abrigar uma biblioteca, teve seu projeto alterado em funo da grande

    dimenso do terreno proposto, sendo ento adaptado para que tivesse um programa

    semelhante ao centro Georges Pompidou. No Centro Cultural So Paulo esto

    reunidos espaos destinados a pinacoteca, discoteca, coleo de pesquisas

    Folclricas de Mrio de Andrade, um conjunto de bibliotecas, espaos expositivos,

    espaos para atelis, teatros e cinema.

    O Projeto foi concebido tendo como partido a acessibilidade na sua forma a

    privilegiar o campo horizontal, meio grande avenida que d acesso ao centro, Rua

    Vergueiro, por este possuir o privilgio de uma fluidez dos amplos espaos e

    diversos acessos. A estrutura do prdio composta por uma soluo de mescla

    entre concreto armado e ao, o que prope ao espao grandes reas e formas

    inusitadas.

    As propiedades do ao so aqui aproveitadas ao mximo, para conseguir grandes

    vos e uma leveza da estrutura que s o ao pode propr. O concreto aparente

    Figura 7 e 8 - Centro Cultural So Paulo, vista da Rua Vergueiro relao pedestre e acessos. Vista Interna das passarelas e espaos amplos bem iluminados naturalmente. Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Centro_Cultural

  • 17

    entra em sequencia fortalecendo a caracterstica de uma arquitetura moderna que

    resurge, trazendo inovao e genialidade nos espaos aqui projetados.

    A forma e as solues escolhidas para compr a cobertura do centro, fornece um

    filtro de luz formado pelo movimento e disposio das peas metlicas que do ao

    centro uma caracterstica prpria. Aqui temos mais do que nunca uma preocupao,

    mesmo que nova, porm mais que necessria, do quesito sustentabilidade que

    neste centro se deixa transparecer pela forma como utiliza a luz natural e a relao

    com a vegetao como agente regulador da temperatura, assim como teto jardim e

    ambientes internos como jardim de inverno.

    Figura 9, 10, 11, 12 - Vista externa do Centro Cultural So Paulo, seguida de vistas internas - Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Centro_Cultural

  • 18

    Plantas

    NVEL - BIBLIOTECA

    5 Jardim Central; 13 Discoteca Oneyde Alvarena; 14 Biblioteca Srgio Milliet; 15 Biblioteca Alfredo Volpi; 16

    Biblioteca Braille; 17 Arquivos Multimeios; 18 Exposio Mrio de Andrade; 19 Sala Adoniran Barbosa; 20

    Sala Paulo Emlio Sales Gomes; 21 Sala Lima Barreto; 22 Sala Jardel Filho; 23 Gibiteca Henfil; 24 Gibiteca e

    curadorias; 25 Diviso de administrao.

    NVEL- CAIO GRACO

    1 Acesso; 2 Exposies; 3 Sala Tarsila do Amaral; 4 Jardim de Esculturas; 5 Jardim Central.

    NVEL - MEZANINO

    1 Acessos; 2 Exposies; 5 Jardim Central; 6 Ptio Interno; 7 Exposies; 8 Restaurante; 9

    Sala Adoniran Barbosa; 10 Foyer dos Teatros; 11 Jardim Eurico Prado Lopes; 12 Estao

    Vergueiro do Metr.

    Figura 7, 8, 9 - Plantas baixa do Centro Cultural So Paulo - Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Centro_Cultural

  • 19

    NVEL - SUBSOLO

    25 Entrada da Avenida 23 de maio; 26 Espao Cnico Ademar Guerra.

    Figura 10 - Planta baixa do subsolo - Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Centro_Cultural

    As plantas se configuram no desenvolvimento da fluidez do acesso ao prdio, onde

    o acesso principal pelo Nvel Caio Graco, priorizando a fluidez dos transeuntes ali

    presentes, acessando jardim de esculturas e salo de exposies, fluindo para os

    demais nveis que levou uma complexcidade maior dos espaos nos nveis

    superiores em funo do seu uso, deixando o espao mais livre ao nvel do subsolo.

    Em todas as plantas so integradas pela criao do elemento central do jardim

    interno, que permeia todos os pavimentos e prope uma integrao do verde com a

    edificao, alm de favorecer iluminao e ventilao a espaos mais inclusos.

    Contudo, a mobilidade um elemento marcante no projeto, que se impe no

    somente pelas passarelas comunicantes internas, como escadas e comunicaes

    com o exterior, como o nvel do estacionamento e mezanino que comunicam-se com

    a estao de metr Vergueiro.

    notrio aqui a conscincia do projeto em incluir elementos sustentveis, como o

    uso de teto jardim e jardins internos, minimizando zonas de calor e por consequente,

    eliminando o uso de ar condicionado, ou mesmo da iluminao artificial. Estes

    detalhes mostram uma conscincia projetual a frente das utilizadas na poca, onde

    no projeto do Centro Cultural proposto, esse tipo de conscincia e tcnica sero

    utilizados.

  • 20

    1.3.2. GEORGES POMPIDOU

    Obra: Centre national dart et de culture Georges Pompidou

    Arquiteto: Renzo Piano e Richard Rogers

    Localizao: Paris, Frana

    Ano: 1977

    Nascido frente a uma crise da arquitetura moderna e grande centro de crticas, o

    Centro Georges Pompidou, com sua inovadora concepo arquitetural surge como

    um dos grandes marcos do incio da arquitetura ps-moderna. O Projeto que venceu

    o concurso proposto pelo governo francs, foi desenvolvido pelos arquitetos Italianos

    Renzo Piano e Richard Rogers, que propem neste novo projeto, um conceito de

    arquitetura high-tech, inspirado na arquitetura industrial e novas tecnologias,

    diferindo de toda a arquitetura utilizada na poca e ao mesmo tempo diferindo do

    entorno a que est implantado o centro, no sendo, no entanto, desconexo ou

    absorto dos prdios que compem sua implantao. O prdio tem caractersticas

    marcantes por utilizar da tecnologia do uso do ao em benefcio e vantagem para

    propor ao edifcio grande vos e inovar um conceito de acessibilidade diferenciado,

    onde esses equipamentos encontram-se definidos por cor prpria (vermelho), assim

    como as outras funes do edifcio possuem cores prprias.

    primeira vista o centro assemelha-se com um grande complexo industrial, por

    estarem expostas todas as suas tubulaes de ar-condicionado, gua, eltrica,

    esgoto etc., porm, ao mesmo tempo, os arquitetos fazem uso da grande fachada de

    vidro para que o efeito espelhado faa mimetismo com a arquitetura ao redor, dando

    aluso a uma arquitetura congenial ao seu tempo.

    Figura 13 - Vista externa do Centro Georges Pompidou - Fonte:

  • 21

    1.3.3. LES CHAMPS LIBRES

    Obra: Complexo Cultural Les Champs Libres

    Arquiteto: Chistian de Portzamparc

    Localizao: Rennes, Frana

    Ano: 2006

    Inaugurado em maro de 2006, o grande centro idealizado pelo marroquino Chistian

    de Portzamparc, faz uma aluso histria do homem, tendo a forma de um

    gigantesco dlmen sobre pilotis, conjugado por mais dois edifcios de formas

    distintas, tendo seu conjunto composto de um museu, o Museu da Bretanha, o

    Espao das Cincias e uma Biblioteca.

    Implantado em um novo centro projetado para a cidade, o projeto integra espaos

    voltados cultura e a cincia, chamando ateno no somente pela importncia dos

    instrumentos ali desenvolvidos, mas tambm pela concepo arquitetnica adotada

    para cada um dos espaos.

    Estimulado por desenvolver um projeto que unisse trs plos educativos, unindo

    diferentes pblicos, culturas e saberes, Portzamparc temeu que um nico bloco

    composto por esses plos se assemelhassem a um grande container, tendo ento a

    concepo para estes espaos de forma individualizada. O museu da Bretanha

    formado pela escultura horizontal, assemelhando-se em um grande dlmen que

    possu um revestimento composto por concreto avermelhado, simulando um bloco

    de granito esculpido, por sua vez este est incorporado aos demais espaos

    formando um grande cone e um prisma piramidal.

    Tambm na escolha dos materiais que Portzamparc faz transparecer a identidade

    de cada prdio, apesar de todos formarem uma grande sinergia, para isso ele se fez

    utilizar do concreto armado, com uso de pigmentaes e formas dando uma textura

    diferenciada ao concreto, utilizou tambm do zinco propondo a forma cnica do

    planetrio esfrico e por ltimo do metal e vidro para a biblioteca municipal.

    Os trs programas dispostos neste projeto so facilmente acessados por trs

    acessos diferentes, podendo estes ser facilmente comunicados por passarelas

    internas.

  • 22

    Contudo, alm da maestria em escolher e utilizar materiais que inovassem e

    diferenciassem os trs prdios, o centro mantm um dilogo importante com o stio

    da interveno, por suas cores e materiais assemelharem aos das construes

    brets, como a prpura que remete ao xisto, e o zinco escuro que lembra a ardsia.

    Plantas

  • 23

    Na concepo do projeto, o arquiteto consegue fazer uma grande conexo entre as

    formas, no se abstendo apenas ao padro retangular e montono, sendo quebrado

    por formas elpticas dando movimento ao projeto, no somente no plano horizontal

    da planta baixa, mas tambm nas elevaes do projeto, com a forma cnica da

    biblioteca que se projeta, ganhando espao medida que ganha altura. Isso faz com

    que o projeto tambm valorize o entorno, que pode ser notado pelo uso do vidro.

    Figura 14 e 15 Vista Interna e externa do prdio que compe a Biblioteca do Centro - Fonte: http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/christian-de-portzamparc-complexo-cultural-28-11-2006.html

  • 24

    Figura 16, 17, 18 e 19 Vistas internas e externas do Les Champs Libres - Fonte: http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/christian-de-portzamparc-complexo-cultural-28-11-2006.html

  • 25

    1.3.4. CENTRO CULTURAL OSCAR NIEMEYER

    Obra: Centro Cultural Oscar Niemeyer

    Arquiteto: Oscar Niemeyer

    Localizao: Goinia, Brasil

    Ano: 2006

    Implantado na zona sudoeste da cidade Goinia, o centro cultural inicialmente foi

    idealizado como Monumento aos Direitos Humanos, onde posteriormente a idia

    ganhou fora a se expandir em um centro cultural. Em sua concepo, leva-se a

    idia de que os memoriais deveriam possuir uma estrutura dinmica e chamativa,

    para que possa divulgar trabalhos de artes plsticas, o que leva a escolha do

    trabalho de Niemeyer que conduz seus projetos por uma perspectiva no somente

    arquitetnica, mas que em suas obras carreguem a essncia de uma escultura, uma

    obra de arte.

    O centro cultural ainda em fase de acabamento, j recebeu sua inaugurao, sendo

    posteriormente aps dois eventos, fechado para concluso final de suas obras. Este

    abriga espaos como teatro, museu, biblioteca e galeria de exposies, assim como

    um monumento aos direitos humanos.

    Apesar de levar referncia ao arquiteto idealizador, o centro cultural uma

    homenagem aos artistas goianos e figuras importantes histria do pas, assim

    como Juscelino Kubitschek.

    O projeto conserva as caractersticas dos demais projetos do arquiteto, sendo o

    concreto armado o destaque principal do elemento a dar forma e acabamentos aos

    prdios que compem o centro, sendo o Palcio da Msica, prdio que leva uma

    forma esfrica uma demonstrao dessa paixo e domnio sobre a utilizao deste

    elemento.

    O complexo formado por quatro formas geomtricas distintas, um semicrculo, um

    tringulo, um cilindro e um paraleleppedo que servem de espaos respectivamente

    para teatro, memorial, museu e biblioteca, dispostos de maneira independentes,

    tendo funcionamentos isolados, contudo articulam-se de maneira a formarem uma

    exposio artstica ao ar livre, tanto por sua escala, quanto pela forma e ousadia em

    trabalh-las com um nico elemento, o concreto armado.

  • 26

    O prdio de forma piramidal, o Monumento aos Direitos Humanos, destaca-se dos

    demais, tanto pela forma que se ergue, quanto a cor que leva, contrastando com a

    cor branca das demais edificaes.

    Plantas

    Essa estrutura se divide em quatro nveis, sendo um voltado a uma parte mais

    comercial e com programa extrovertido, por possibilitar ao usurio um maior contato

    com o ambiente externo, enquanto os demais possuem uma concepo mais

    introspectiva, formado por grandes pavilhes voltados para os estudos e pesquisas

    do acervo da biblioteca.

  • 27

    Mesmo trabalhando no rigor das formas planas e duras, Niemeyer quebra esse ritmo

    internamente ao propor a escada em curva, sendo este smbolo marcante nos

    pavimentos da estrutura bibliotecria.

  • 28

    Se o volume anterior era regido pela formalidade da forma reta, o prdio que abriga

    o museu transborda a sensualidade das formas curvas que tanto o Niemeyer adora.

    As curvas so colocadas de vrias formas tanto pela totalidade da forma do prdio,

    quanto pelo elemento da escada, que se curva sobre s mesma, ao nvel das

    mostras temporrias que se limita com o grande espao vazio formado, que tambm

    transmite uma forma intangvel e sinuosa, ao propor um p direito duplo.

  • 29

    Fotos

    Figura 20 e 21 Vistas externas do Complexo Centro Cultural Oscar Niemeyer - Fonte: http://www.destinosdeviagem.com/wp-content/gallery/centro-cultural-internacional-oscar-niemeyer/cultural-oscar-niemeyer.jpg

  • 30

    CAPTULO II SUSTENTABILIDADE

    2.1. CONCEITO

    Ainda que o conceito sobre sustentabilidade tenha se fundado no princpio do qual o

    uso dos recursos naturais devero satisfazer as necessidades das geraes atuais,

    sem comprometimento das necessidades das geraes futuras, esta ideologia foi ao

    longo do tempo a melhor orientao em resposta as aes do homem ao planeta.

    Com o passar dos anos, o conceito de sustentabilidade vem se tornando uma marca

    a ser seguida, longe disso o significado da palavra est alm de um conjunto de

    aes, sendo intrnseca a racionalidade como o homem modifica e ocupa o seu

    habitat, fazendo para isso de forma racional a suas aes de maneira que este se

    sustente ao longo dos tempos.

    Provindo do latim sustentare, seu significado a prpria definio do seu nome:

    defender, favorecer, apoiar, conservar, cuidar, agindo de forma tal que as

    necessidades das geraes presentes sejam supridas sem que afetem as

    necessidades das geraes futuras, agindo em equilbrio com o meio em que ocupa.

    Ao longo dos tempos, o homem vem modificando o meio em que vive desde os

    primrdios a manuteno da espcie baseava-se em prticas de simples extrao

    dos recursos e migrao para outras localidades onde essas prticas pudessem ser

    mantidas. A fixao do homem ao lugar trouxe outra conscincia de vida em

    coletividade e atuao sobre o meio em que ele ocupa, inicialmente adaptvel as

    condies que a natureza proporcionava ao homem e ao longo do tempo portando

    como mecanismo condicionador das mudanas que a natureza tem que oferecer,

    alterando a topografia, mudando orientaes de rios, desmatando florestas,

    densificando regies. Contudo essas prticas de ocupao do homem sobre o

    globo, tem demonstrado o quo nociva tem sido feita a maneira com que o homem

    traou essa ocupao, e esse reflexo tem se agravado nas ultimas dcadas,

    refletindo diretamente nas condies climticas e at mesmo nas condies de vida

    da sociedade em si.

    A conscincia dessa aes do homem sobre a natureza um aspecto fundamental

    de discusses e aes do urbanismo e arquitetura sobre as prximas geraes,

    fazendo de tal forma que essa realidade seja abordada e estudada de tal forma que

  • 31

    a disparidade entre homem e natureza seja cada vez menor e essas aes so

    representadas em projetos e arquiteturas que utilizem de recursos renovveis em

    respeito a regio e local que est inserido gerando o maior conforto a populao e

    sendo a esta, objeto exemplo de como a sociedade pode viver em equilbrio com o

    meio.

    2.2. PRINCPIOS DO ECOEDIFCIO

    Com a pauta do estudo e aplicao da sustentabilidade, o ecoedifcio vem ressaltar

    a importncia da humanizao dos espaos construdos e no construdos nas

    cidades de hoje e como esses espaos integram-se com o meio ambiente.

    O ecoedifcio tem a perspectiva de conciliar ecossistemas naturais e edifcio, de

    forma dinmica e progressiva, permitindo a assimilao harmnica entre o homem,

    espao construdo e meio ambiente. O objetivo, contudo tem em atuar essa

    conscincia desde o projeto, agindo sobre os ciclos de recursos e energias nos

    edifcios com o propsito de minimizar a ao do homem ao meio, seja na fase da

    construo, consumo, reformas, ampliaes ou demolies.

    2.3. TCNICAS SUSTENTVEIS

    No projeto proposto, as solues adotadas tratando-se em conscincia sustentvel,

    so levadas em primeira instncia o meio em que o projeto ser implantado, como o

    clima, bitipo da vegetao correlacionada ao clima e recursos renovveis. Com

    essas premissas e tomando pelos fatores ambientais da regio, so favorveis a

    manuteno do projeto solues como aproveitamento da energia solar, pelo maior

    favorecimento deste elemento na regio, reuso de guas cinza pela implantao de

    um projeto de um bio-filtro, composto por plantas, assim como utilizao das guas

    da chuva. Insero de reas verdes com espcies da regio e espcies adaptadas,

    utilizando deste como elemento minimizador das intempries, reduzindo o efeito ilha

    de calor pela ao da cobertura vegetal proposta. Avaliao de condicionantes para

    implantao, favorecendo as aberturas das fachadas a posio de menor incidncia

    de raios solares, como tambm o favorecimento do sentido das correntes de vento,

    minimizao da ocupao da rea do terreno, favorecendo a permeabilidade do solo

    e captura dessas guas para reuso. A reutilizao das guas processadas pelo

  • 32

    centro, deve tambm abastecer um lago artificial que dever servir como elemento

    equacionador da temperatura do ambiente.

    CAPTULO III O LUGAR E O TERRENO

    3.1. A CIDADE ESCOLHIDA FEIRA DE SANTANA

    Feira de Santana, encontra-se a 108Km da sede da Capital baiana, estando sua

    localizao caracterizada como Zona de plancie entre o Recncavo e os tabuleiros

    semi-ridos do nordeste baiano, sendo a segunda maior cidade do estado da Bahia.

    Possuindo uma extenso territorial de 1.344Km o municpio abriga cerca de

    556.756 habitantes, tendo como limites as cidades de Santa Brbara e Santanpolis

    ao Norte, Antnio Cardoso e So Gonalo dos Campos ao Sul, Corao de Maria ao

    Leste, Anguera e Serra Preta ao Oeste.

    Alm de sua vasta extenso territorial, o municpio de Feira de Santana,

    compreende os distritos de Bonfim de Feira, Governador Joo Durval Carneiro,

    Humildes, Jaguara, Jaba, Maria Quitria, Matinha e Tiquaruu, sendo estas, reas

    de predominncia rural.

    A cidade tambm um dos maiores entroncamentos rodovirios do pas e ponto de

    ligao do centro-sul ao nordeste, condio que junto historicidade e posio

    geogrfica que concebe a cidade os ttulos Princesa do Serto e Portal do Serto.

    Esse papel de ligar regies do pas confere cidade um formato circular, que a BR

    116 concede a cidade em abra-la com um anel virio de 360, sendo ento a

    cidade subdividida em bairros que ficam limitados por avenidas que cortam a cidade,

    sendo a Av. Presidente Dutra a principal avenida que divide a cidade em dois eixos,

    norte e sul.

    Clima

    A distncia do litoral e altitude de 234 metros acima do nvel do mar, proporciona a

    cidade de Feira De Santana um clima quente e mido, tendo uma temperatura

    mdia anual em torno de 24 com precipitao mdia anual de 848 mm. Dentre

    estes dados a grande variao de temperatura entre a noite e o dia, uma das

  • 33

    caractersticas marcantes da cidade, preferencialmente nos meses de junho a

    agosto.

    Vegetao

    A Vegetao caracterstica de predominncia da caatinga, possuindo uma

    diversidade de vegetao de transio que vai de mata ao cerrado conforme a

    relao com as chuvas de outono e inverno, dando cidade uma paisagem bastante

    tpica a depender da estao do ano que se encontra. O centro da cidade possui

    uma vegetao basicamente de cerrado, tendo ao norte e oeste uma vegetao

    xenfila, com arbustos espinhosos e gramneas ralas.

    Populao

    A populao de Feira de Santana, que hoje atinge 556.756 pessoas, sendo desta,

    292.725 mulheres, possui predominncia urbana. Segundo dados do IBGE, a rea

    rural ocupada por 46.020 pessoas. Tendo uma formao bastante miscigenada,

    desde sua origem formada por negros, ndios e brancos, hoje esta miscigenao

    est mais que solidificada, frente ao grande nmero de novos moradores que

    chegam a este grande entroncamento rodovirio de todas as regies do pas, o que

    d cidade outra caracterstica por possuir uma populao de transio, que

    formada por pessoas que habitam a cidade um curto perodo, devido as relaes

    comerciais que a cidade exerce entre nordeste e sul do pas.

    3.2. O TERRENO

    A escolha do terreno para implantao do centro cultural teve como elemento

    definidor a localizao privilegiada por estar entre um conjunto de obras propostas

    pela Prefeitura de Feira de Santana, compreendidas pelo Museu Parque do Saber e

    o novo projeto do Centro de Convenes, fazendo um conjunto com Shopping

    Boulevard, desta regio da cidade, seu novo centro, em vista que o PDDU da cidade

    direciona esta rea para tais elementos estruturantes, visando o mesmo como

    centro de expanso centralizador da cidade. A proposta do Centro Cultural vem

    formar com as edificaes ali existentes e propostas, um complexo Comercial-

    Cultural, promovendo para a cidade um grande centro de comrcio e artes, que

    venham ressaltar todo o potencial econmico e artstico da regio, convergindo

    como centro mantenedor da cultura Feirense e Nordestina.

  • 34

    Figura 19 Figura 20

    Figura 19 Figura 20

    Figura 19, 20, 21 e 22 Vistas do terreno, onde se nota a amplitude do mesmo e enexistncia de construes ou algum tipo de massa vegetal significante a ser conservada Fonte: Acervo prprio (2011).

    Figura 18 Vista area do terreno Fonte: Elaborado pelo autor a partir de imagem do Googleearth;

  • 35

    O terreno ocupa uma grande rea de aproximadamente 56.000m, que outrora fora

    um grande abatedouro de gado, que vem a dar o nome do bairro Campo do Gado

    Novo e que foi para a cidade e para a regio, concentrao do desenvolvimento

    econmico da regio, centrado no comrcio de gado.

    H muito destitudo da funo, que deu a origem ao nome do bairro, o terreno

    encontra-se completamente sem uso, servindo como ponto de instalao de trupes

    circenses e parques que desfrutam da extensa rea.

    No se encontra no terreno nenhuma vegetao de significncia ambiental, onde

    aqui sugerida a proposta de criao de um jardim que exalte a exuberncia de

    espcies vegetais da regio e vegetao adaptada.

    Em outros aspectos pautam-se alguns critrios que favorecem a escolha do terreno,

    como:

    Apresentar fcil acessibilidade provida por extensa rede de transporte pblico

    coletivo e encontra-se prximo a Av. Governador Joo Durval Carneiro, uma

    das principais avenidas de constituio da cidade, Via arterial 1;

    Ter privilgio da abundncia dos recursos naturais, como ventilao e

    iluminao.

    A amplitude topogrfica plana possibilita a utilizao livre de toda a sua

    extenso

    A sua localizao possibilita a interveno do entorno como alargamento de

    vias de acesso e criao de uma nova via, contribuindo com o melhor fluxo da

    malha viria.

    3.3. O ENTORNO

    Por estar localizado em uma rea de crescente desenvolvimento urbano da cidade,

    o entorno do terreno composto de uma diversidade de edificaes com usos e

    tipologias variadas, tendo a implantao de novos equipamentos urbanos como

    Centro de Convenes (ainda em construo), e o Museu Parque do Saber, bem

    como diversas edificaes residncias e comerciais, sendo estas de pequeno porte

    configuradas em residncias unifamiliar de 1 pavimento, um hospital, um centro

    gastronmico e um shopping que se encontra em expanso em resposta ao

  • 36

    crescimento econmico e populacional da cidade. Este ltimo empreendimento

    contempla uma nova torre empresarial que ficar frente a fachada sul do terreno.

    Espao gastronmico Ville Gourmet,

    composta de um conjunto de

    edificaes que contemplam

    variados restaurantes, boate e

    espao para pequenos shows.

    Figura 23 Vista de Elementos marcantes do entorno a partir da Av. Governador Joo Durval Carneiro - Fonte: Acervo prprio (2011).

  • 37

    Outro ponto marcante do entorno da

    rea do terreno, a presena de um

    hospital da rede Unimed, que j

    caracteriza um elemento referencial

    da regio.

    No conjunto de obras propostas pela

    prefeitura da cidade, temos o Museu

    Parque do Saber, que forma junto ao

    projeto proposto uma rede educao

    e cultura de fcil acesso a sociedade

    de Feira de Santana.

    Em continuidade ao programa

    proposto pela Prefeitura de Feira da

    Santana, temos em fase de

    construo o edifcio que ser o

    Centro de Convenes da cidade,

    implementando e fortalecendo o

    potencial comercial da regio.

    Figura 24 Vista de Elementos marcantes do entorno a partir da Av. Governador Joo Durval Carneiro - Fonte: Acervo prprio (2011).

    Figura 25 Vista de Elementos marcantes do entorno a partir da Rua dos Tupinambs - Fonte: Acervo prprio (2011).

    Figura 25 Vista de Elementos marcantes do entorno a partir da Rua Intendente Abdon - Fonte: Acervo prprio (2011).

  • 38

    Vista do shopping Boulevard da torre

    empresarial.

    Vista do Shopping Boulevard,

    fachada principal com acesso a Via

    Arterial I, a Av. Governador Joo

    Durval Carneiro.

    Figura 26 Vista de Elementos marcantes do entorno a partir da Rua Newton Vieira Rique - Fonte: Acervo prprio (2011).

    Figura 27 Vista de Elementos marcantes do entorno a partir da Av. Governador Joo Durval Carneiro - Fonte: Acervo prprio (2011).

  • 39

    As edificaes que completam o entorno do terreno proposto so formada em sua

    maioria por 87% de construes residenciais de classe mdia baixa, todas por sua

    vez so habitaes simples, mescladas pelas poucas edificaes comerciais que

    suprem o comrcio local, como pequenos bares, mercearias e farmcias. As

    edificaes que compem o entorno formada por construes de 1 (um) nico

    pavimento, totalizando cerca de 96% destas, o que confere uma rea no adensada

    verticalmente, proporcionando uma vista favorvel a volumetria proposta ao Centro

    Cultural.

    3.4. MAPEAMENTO LEGAL

    O Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Feira de Santana, Captulo II, Artigo

    13, prope um conjunto de medidas implementadas na estratgia de resgate da

    potencialidade do municpio, inserindo planos como: Feira Cidad, que foca o

    resgate da auto-estima da populao, Feira Competitiva, reforando o papel

    comercial da cidade e Feira Saudvel, reordenando os espaos urbanos e

    melhorando o processo de urbanizao. Destes planos previstos no PDDU, dois

  • 40

    deles enquadram-se na proposta de insero do equipamento, Centro Cultural, para

    a regio ZT, Zona Comercial e de Servios, onde se encontra o terreno.

    ATIVIDADES CATEGORIAS E SUBCATEGORIAS

    EMPREENDIMENTOS DE EDIFICAO GRUPO E SUBGRUPO DE USO SUBCATEGORIAS PORTE (m)

    Atividades de biblioteca e arquivos

    Loja, escritrio, biblioteca Qualquer In-1

    Gesto de museus, cinemateca, discoteca pblica, pinacoteca, planetrio, aqurio

    Museu, loja, escritrio, salo de exposio (galeria),

    cinema, planetrio, aqurio Qualquer In-2

    Tabela 1 Uso do Solo Fonte: LOUOS de Feira de Santana

    Desta zona, definido os Grupos In-1 e In-2 conforme tabela, fica previsto na LOUOS,

    o uso para as atividades como biblioteca, cinemateca, discoteca pblica, pinacoteca,

    planetrio e aqurio, tendo como subcategorias de uso para ocupao salo de

    exposies e galerias, todas estas se enquadram na proposta de implantao do

    Centro Cultural, salvo o Planetrio que j compes o conjunto de obras desenvolvido

    pela Prefeitura Municipal e o Aqurio que aqui no surge como objeto de interesse

    para o projeto.

    Quanto ao gabarito de altura das edificaes, fica estabelecido no PDDU, que as

    reas internas ao Anel de Contorno, usaro a seguinte frmula: H=1,2 L, onde H a

    altura total da edificao e L a distncia entre os alinhamentos dos recuos.

    LOCALIZAO

    USOS PERMITIDOS

    RESTRIOES DE OCUPAO

    Iu Ip Io RECUOS MNIMOS LOTE MNIMO

    FRONTAL

    LATERAL FUNDO REA (m)

    TESTADA

    ZT

    rea Intra Anel (Zona

    de usos Comerciais e

    Servios - ZT)

    In (1;2;3;4;5;6;7;8;9;10)

    2,5 0,2 0,6 4 1,5 1,5 250 10

  • 41

    Mapa do Zoneamento

    Figura 29 Mapa de Zoneamento da Cidade Fonte: Elaborado pelo autor.

    Siglas:

    AOR : rea de Ocupao Restringida

    AOP: rea de Ocupao Preferencial reas destinadas a empreendimento de

    Urbanizao da cidade

    ZT: rea Intra Anel (Zona de usos Comerciais e Servios - ZT

  • 42

    3.5. ESTUDO HELIOTRMICO

    O terreno privilegiado nas coordenadas leste e sudeste por ser favorecida pela

    baixa incidncia de sol e por ter ndices de vento que variam entre 20% e 50%,

    permitindo que esta orientao seja favorvel a abertura de esquadrias e utilizao

    de aberturas para captao destes ventos, o que tambm nos faz levar a ateno

    para as orientaes sul e oeste que apesar de estarem voltadas para uma das vias

    principais de acesso e comunicao com o shopping Boulevard, requer cuidados

    pela incidncia da chuva e do sol no perodo vespertino, requerendo cuidados como

    proteo vegetal de alto porte e uso de elementos construtivos fachada oeste e

    sudoeste que sofrer maior incidncia de intempries.

    Figura 30 Estudo Heliotrmico do terreno Fonte: Elaborado pelo autor.

  • 43

    3.6. SISTEMA VIRIO

    O terreno proposto para a interveno favorecido pela malha viria que d acesso

    ao terreno, seja este pela Via Coletora I, a Rua dos Tupinambs, que o principal

    acesso dos moradores do bairro Feira V, pela Via arterial I a Av. Governador Joo

    Durval Carneiro, uma das mais importantes avenidas da cidade, ou mesmo por ruas

    secundrias que servem da prpria comunicao do bairro em que est inserido.

    Fortalecendo a proposta do Centro Cultural, sugerido a criao de uma via local

    que faa ligao entre as ruas Newton Vieira e a rua Intendente Abdon, passando

    pelo limite leste do terreno.

    Esta alternativa proporciona o desmembramento de grandes lotes que faziam limite

    ao terreno e das alternativas de ocupao a empreendimentos residenciais, ou

    mesmo comerciais rea. Porm, a este segundo fica o alerta de ter grandes reas

    sem uso em determinados perodos do dia.

    Figura 31 Mapa do sistema virio, entorno do terreno Fonte: Elaborado pelo autor.

  • 44

    CAPTULO IV CONCEPAO PROJETUAL

    4.1. DESENVOLVIMENTO DO CONCEITO E PARTIDO DO PROJETO

    O projeto trata-se de um Centro Cultural e espao de lazer na cidade de Feira de

    Santana - Bahia, que tem como principal meta ser um polo de atrao de

    manifestaes artsticas, sociais, culturais, de conhecimento e lazer, beneficiando a

    populao e a cidade. Para tal, o Centro constitui-se de um conjunto de duas

    edificaes Biblioteca que assume sua parte central da praa, ostentando forma

    de uma grande caixa decomposta de maneira sinuosa a dar a edificao movimento

    e um ar orgnico.

    A segunda edificao - o Pavilho de Artes - incorpora os edifcios de escolas de

    artes, teatro, galeria de artes, praa de esculturas, cinema e restaurante voltado

    comida regional. As duas edificaes possuem volumetrias e funes distintas, mas

    elas se mantm conexas atravs da grande praa que destinada para centro de

    encontro de manifestaes artsticas e culturais que junto ao formato circular do

    pavilho de artes, percorre um grande espiral de caminhos que formam a grande

    praa em que o Centro Cultural est inserido.

    Com esse contexto de centralidade que as duas edificaes formam, a praa

    representa de modo figurativo a centralidade de energia e conhecimento, que

    apoiado sobre a guarda do grande prdio da biblioteca e juntos por intermdio das

    prticas artsticas e culturais expressas pela movimentao e irregularidade de

    volumes do pavilho de artes, transmite por caminhos que so percorridos pela

    populao que ir desfrutar desse conhecimento.

    Fortalecendo essa centralidade do Centro Cultural, concebida uma nova rua em

    sua extremidade leste, desconectando o grande terreno do grande quarteiro

    outrora existente e dando ao Centro Cultural a possibilidade de ser experimentado

    em sua totalidade por todos os lados.

  • 45

    4.2. ESTUDO DE MASSA

  • 46

    4.3. PROGRAMA ARQUITETNICO DO CENTRO CULTURAL

    BIBLIOTECA

    Hall de entrada;

    Informaes / Guarda volumes;

    Praa de Alimentao;

    Peridicos;

    Livraria;

    Apoio servio / DML;

    Sanitrios.

    Biblioteca 1 Mezanino

    Arquivo Peridico;

    Estoque (livraria);

    Sala de Mquinas (livraria);

    Direo (livraria);

    Copa (livraria);

    Ponto (livraria);

    Embalador (livraria).

    Biblioteca 1 Pavimento

    Leitura;

    Acervo Biblioteca;

    Acervo de Valor;

    Apoio servio / DML;

    Sanitrios.

    Biblioteca 2 Pavimento

    Estudos / Pesquisas Digitais;

    Estudos em Grupo;

    Recepo (ADM.);

    Arquivo (ADM.);

    Copa (ADM.);

  • 47

    Recepo de Livros / Restauros (ADM.);

    Apoio servio / DML;

    Sanitrios.

    Biblioteca 2 Mezanino

    CDP (ADM.);

    Sala 1, 2 e 3 (ADM.);

    Direo (ADM.).

    PAVILHO DE ARTES

    Escola de Artes Pav. Trreo

    Hall de entrada;

    Guarita;

    Recepo;

    Lavabo;

    DML;

    Copa;

    Direo;

    Camarim coletivo;

    Camarim 1 e 2;

    Camarim PNE;

    Ensaio;

    Aquecimento.

    Escola de Artes Pav. Superior

    Mezanino;

    Diretoria;

    ADM;

    Recepo;

    Salas de aula 1, 2, 3, 4 e 5;

    Sanitrios;

  • 48

    Teatro Pav. Trreo

    Foyer;

    Tcnico luz / som;

    Platia;

    Palco;

    Apoio tcnico;

    Depsitos;

    Oficina / marcenaria;

    Sanitrios.

    Teatro Pav. Superior

    Mezanino / Foyer;

    Balco;

    Sanitrios.

    Galeria de Artes Pav. Trreo

    Hall;

    Galeria.

    Galeria de Artes Pav. Superior

    Galeria / Mezanino;

    Copa;

    Sala 1 e 2;

    Sanitrios.

    RESTAURANTE

    Pav. Trreo

    Restaurante;

    Lavabos;

    Despensa;

    Depsito de descartveis;

    Higiene de louas;

    Cmara frigorfica;

  • 49

    Preparo de sucos e sobremesas;

    Preparo de legumes;

    Preparo de carnes;

    Coco;

    Higiene de panelas;

    Lavanderia;

    Vestirio feminino;

    Vestirio masculino;

    Pr lavagem;

    Acesso de servio;

    Lixo;

    Abrigo de gs.

    Pav. Superior

    Mezanino;

    Administrao;

    Apoio cozinha;

    Ar condicionado;

    Compressor.

    CAF / BILHETERIA

    Cozinha;

    Caf;

    Hall;

    Bilheteria;

    Sala de cofre / apoio;

    Adm. Bilheteria.

    CINEMA

    Pav. Trreo

    Lobby;

  • 50

    Depsito;

    Bomboniere 1;

    Bomboniere 2;

    Funcionrios;

    Despensa;

    DML;

    Sanitrio masculino;

    Sanitrio feminino;

    Sanitrio PNE;

    Gerncia;

    Administrao;

    Cinema.

    Pav. Superior

    Anti sala;

    Projeo;

    Ar condicionado.

  • 51

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    NOVAIS, Adriana Mascarenhas, Centro Cultural: Espao Arte e Saber Eurico Alves

    Boaventura, Salvador, 2008. 68 f. Monografia (Graduao em Arquitetura e Urbanismo).

    Curso de Arquitetura e Urbanismo. Universidade Salvador UNIFACS, Salvador, 2008.

    MENDONA, Gismlia Marcelino, Manual de Normalizao para Apresentao de

    Trabalhos Acadmicos / Gismlia Marcelino Mendona Salvador: Editora Unifacs, 2011.

    80.p

    ADAM, Roberto Sabatella. Princpios do ecoedifcio: interao entre ecologia, conscincia

    e edifcio. So Paulo: Aquariana, 2001.

    LESLIE WHITE, O conceito de cultura. Disponvel em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura.

    Acesso em: 27 de fev. 2011.

    MUSEU PARQUE DO SABER, Disponvel em:

    http://www.museuparquedosaber.ba.gov.br/index.asp. Acesso em: 27 de fev. 2011.

    FEIRA DE SANTANA, Disponvel em: http://www.feiradesantana.ba.gov.br. Acesso em: 27

    de fev. 2011.

    CLIMA DE FEIRA DE SANTANA, Disponvel em:

    http://www.uefs.br/estacaoclimatologica/climafeira.html. Acesso em: 06 de mar. 2011.

    VEGETAO DE FEIRA DE SANTANA, Disponvel em:

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Feira_de_Santana. Acesso em: 06 de mar. 2011.

    IBGE, Disponvel em: http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1. Acesso em: 06

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    AMLIO AMORIM, Disponvel em: http://amelioamorim.blogspot.com/p/historico.html.

    Acesso em 06 de mar. 2011.

  • 52

    CENTRO CULTURAL SO PAULO, Disponvel em:

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Centro_Cultural_S%C3%A3o_Paulo#Hist.C3.B3ria. Acesso em 09

    de mar. 2011

    LESLIE WHITE, Disponvel em: http://serpensar.vilabol.uol.com.br/cultura.htm. Acesso em:

    13 de mar. 2011

    CENTRO GEORGES POMPIDOU, Disponvel em:

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Centro_Georges_Pompidou. Acesso em: 22 de mar. 2011

    CENTRO DE CONVENES, Disponvel em:

    http://www.centrodeconvencoes.al.gov.br/downloads/plantas/plantas-coreldraw/. Acesso em:

    03 de abr. 2011.

    COMPLEXO CULTURAL LES CHAMPS LIBRES, Disponvel em:

    http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/christian-de-portzamparc-complexo-cultural-28-11-

    2006.html. Acesso em: 03 de abr. 2011.

    CENTRO CULTURAL OSCAR NIEMEYER, Disponvel em:

    http://wikimapia.org/276224/pt/Centro-Cultural-Oscar-Niemeyer. Acesso em 06 de abr. 2011

    CENTRO CULTURAL OSCAR NIEMEYER, Disponvel em:

    http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/arquitetura763.asp. Acesso em: 06 de abr. 2011.