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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - UERJ CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES FACULDADE DE EDUCAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO CURSO DE DOUTORADO
EDITAL 003/2012
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO - TURMA 2013/1
DOUTORADO INTERINSTITUCIONAL
A Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) faz saber aos interessados que, no período de 19 de novembro a 21 de dezembro de 2012, estarão abertas as inscrições para a seleção dos candidatos ao Programa de Pós-graduação em Educação, Curso de Doutorado em Educação DINTER UERJ/UERN, destinada exclusivamente aos docentes da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), para formação de uma turma com início em 2013/1° semestre nos termos da Deliberação 039/CSEP/UERJ/2004, da autorização de acordo com oficio no. 043-21/2012/MINTER/DINTER/CAAII/CGAA/DAV/CAPES e com as disposições regimentais estabelecidas pelo Colegiado do Programa de Pós-Graduação em Educação (PROPEd), e das instruções normativas constantes no presente Edital.
I - VAGAS E CANDIDATOS:
I.1. Serão oferecidas 17 vagas para o Curso de Doutorado, destinadas a portadores de diploma de Mestrado, obtido em curso credenciado pela CAPES.
I.2. Portadores do diploma de Mestrado obtido no exterior deverão apresentar o título revalidado por instituição brasileira credenciada para este fim.
I.3. As vagas encontram-se distribuídas, de acordo com a disponibilidade de orientação dos professores do Programa indicados abaixo.
Professores Orientadores/Projetos de Pesquisa* Vagas 1. Alice Casimiro Lopes 01 2. Ana Chrystina Venâncio Mignot 01 3. Carmen Lucia Mattos 01 4. Edméa Oliveira dos Santos 01 5. Elizabeth Fernandes Macedo 01 6. Jane Paiva 01 7. José Gonçalves Gondra 01 8. Leila Regina d'Oliveira de Paula Nunes 01 9. Lia Macedo de Ciomar Faria 01 10. Maria M. L. Leão de Aquino 01 11. Luiz Antonio Gomes Senna 01 12. Maria de Lourdes Rangel Tura 01 13. Raquel Goulart Barreto 01 14. Rita de Cássia Prazeres Frangella Gomes 01 15. Siomara Borba 01 16. Vera Maria Ramos de Vasconcellos 01 17. Walter Omar Kohan 01
Total 17
*Os projetos de pesquisa dos orientadores encontram-se no ANEXO 1 deste edital.
I.4. Todos os candidatos serão submetidos a processo seletivo único. I.5. A Coordenação do Programa reserva-se o direito de não preencher o total de vagas oferecido e proceder a remanejamento de candidato aprovado na seleção, desde que haja acordo entre o candidato e os orientadores.
II - INSCRIÇÕES:
II.1. Período e Local das inscrições: a) As inscrições serão realizadas, no período de 19 de novembro a 21 de dezembro
2012 de segunda a sexta-feira, das 10h às 13h e das 14h às 17h.
O local para as inscrições é a Faculdade de Educação (FE) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte/UERN - Campus Central - BR 110 - Km 46 - Rua Prof. Antônio Campos s/n - Bairro Costa e Silva - CEP 59.625-620 Mossoró –RN.
b) A inscrição por correspondência deverá ser encaminhada, via SEDEX, para a Faculdade de Educação (FE) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte/UERN - Campus Central - BR 110 - Km 46 - Rua Prof. Antônio Campos s/n - Bairro Costa e Silva - CEP 59.625-620 Mossoró – RN e postada impreterivelmente até o dia 21 de dezembro de 2012. Inscrições feitas por correspondência postadas após o prazo estipulado não serão aceitas. Além dos documentos listados abaixo, a correspondência deverá incluir um envelope selado para resposta, endereçado ao próprio candidato, para fins de remessa de comprovante de inscrição.
c) Após os procedimentos on line de sua inscrição pelo sítio do PROPED www.proped.pro.br, será gerado um boleto bancário em nome do CEPUERJ para que seja efetuado o pagamento da taxa de inscrição de R$ 100,00 (cem reais).
d) Após o pagamento da taxa, o candidato deverá ir ao local da inscrição munido do comprovante de depósito (neste comprovante deverá constar o nome do candidato) e da ficha de inscrição preenchida on-line impressa e assinada obtida através do sítio www.proped.pro.br, além de apresentar, obrigatoriamente, os documentos listados a seguir:
II.2.Documentos Exigidos: a) Projeto de Tese, impresso em 4 (quatro) vias, acompanhado de 1 (uma) cópia do
mesmo em arquivo doc, rtf ou docx gravado em CD, indicando o projeto de pesquisa no qual pretende estar vinculado;
b) Original e cópia frente e verso do diploma de graduação (a cópia para inscrição por correspondência deverá ser autenticada);
c) Original e cópia frente e verso do diploma de Mestrado ou certidão de conclusão de curso de Mestrado validada pela instituição emissora (a cópia de qualquer um dos documentos enviados para inscrição por correspondência deverá ser autenticada).
d) Original e cópia do Histórico Escolar de conclusão do Mestrado (a cópia para inscrição por correspondência deverá ser autenticada) - não serão aceitos demonstrativos de desempenho escolar ou boletins emitidos pela internet;
e) Declaração com a data de defesa e dados do reconhecimento do curso, caso estas informações não constem do Histórico escolar ou da certidão de conclusão de conclusão do curso de Mestrado.
f) Original e cópia da Carteira de Identidade f.1. não será aceita Carteira Nacional de Habilitação f.2. para inscrição por correspondência a cópia da carteira de identidade deverá ser autenticada f.3. não será aceita carteira de identidade com validade vencida.
g) 02 (duas) fotos 3x4 recentes; h) Original e cópia do CPF, caso esta informação não conste na carteira de
identidade; g.1. para inscrição por correspondência a cópia do CPF deverá ser autenticada
i) Currículo Lattes, versão completa, disponível na Plataforma Lattes do CNPq (http://lattes.cnpq.br/), devidamente comprovado e acompanhado de 1 (uma) cópia do mesmo em arquivo doc, rtf ou docx gravado em CD
j) Memorial Acadêmico, impresso em 4 (quatro) vias e acompanhado de 1 (uma) cópia do mesmo em arquivo doc, rtf ou docx gravado em CD
k) Original e cópia do documento comprobatório para isenção de língua estrangeira, quando o resultado do exame não constar no histórico escolar do curso de mestrado, conforme os termos da alínea d.1.2 do item III deste edital.
l) Além dos documentos listados, a correspondência deverá incluir um envelope selado para resposta, endereçado ao próprio candidato, para fins de remessa de comprovante de inscrição.
II.3. Os documentos citados acima deverão estar inseridos em um envelope. II.3.1 – Os arquivos do projeto, do memorial e do currículo Lattes contidos no CD de cada candidato devem, no mesmo prazo de inscrição, ser encaminhados pela Faculdade de Educação da UERN para o email [email protected] .Não é necessário enviar por email os documentos comprobatórios do currículo.
II.4. No ato da inscrição, o candidato deverá optar por 2 (dois) idiomas de Língua Estrangeira, a saber: Espanhol, Francês ou Inglês, podendo solicitar isenção em um dos dois quando houver documento comprobatório que justifique a isenção, conforme os termos da alínea “k” do item II.2 deste edital. Não serão feitas trocas de opção de língua estrangeira após a entrega da ficha de inscrição, nem serão considerados pedidos de isenção que não estejam devidamente acompanhados do documento comprobatório de aprovação da língua estrangeira no Mestrado. II.5. No ato da inscrição o candidato deverá indicar o Projeto de Pesquisa no qual pretende se vincular, conforme constante do Anexo 1 deste Edital.
II.6. Candidatos estrangeiros deverão apresentar adicionalmente:
II.6.1. Cópia do diploma de mestrado e histórico escolar do mestrado completo com vistos consulares brasileiros e tradução feita por tradutor público juramentado no Brasil; II.6.2. Cópia do passaporte válido com visto de entrada no Brasil, se cabível. II.6.3. Para o caso de inscrição feita por correspondência do exterior, cópia do passaporte válido autenticado pelo Consulado Brasileiro mais próximo.
II.7. Em caso de inscrição realizada no exterior a documentação do candidato deverá ser autenticada exclusivamente em agência consular brasileira.
II.8. Resultado da Inscrição:
a) A inscrição dos candidatos no processo seletivo para o Programa de Pós-
graduação em Educação só será confirmada após verificação da documentação apresentada.
b) O resultado da inscrição será divulgado no mural externo do PROPEd e no
mural da Faculdade de Educação da UERN, campus de Mossoró, bem como através do sítio www.proped.pro.br, no dia 09/01/2012 após às 14 horas, através de uma listagem constando a menção: inscrição aceita ou inscrição não aceita.
c) Os candidatos que não apresentarem toda a documentação exigida no item II.2
(e II.6, no caso de estrangeiros) terão menção de inscrição não aceita, estando, portanto, eliminados do processo seletivo.
d) Não serão homologadas inscrições com qualquer pendência na documentação.
III - PROCESSO SELETIVO: III.1. O processo seletivo será constituído das seguintes etapas obrigatórias: a) Análise do projeto de tese, Currículo Lattes e Memorial pela Comissão de
Seleção (caráter eliminatório). Os projetos serão avaliados de acordo com (i) sua adequação ao projeto de pesquisa ao qual se candidata, (ii) sua coerência, (iii) seu rigor argumentativo e (iv) sua adequação metodológica.
b) Defesa oral do projeto de tese (caráter eliminatório):
b.1. A entrevista remeterá aos mesmos critérios de avaliação do item a.
b.2. Os docentes indicados como orientadores poderão participar na sessão de defesa de cada projeto.
c) Avaliação, pela Comissão de Seleção, do Currículo Lattes e do memorial acadêmico (caráter classificatório):
c.1. Só serão consideradas para efeitos de pontuação as informações contidas no Currículo Lattes acompanhadas de documentação comprobatória referentes aos últimos 5 anos.
c.2. Na avaliação do Memorial será considerada a qualidade da escrita e a compatibilidade da trajetória do candidato com o projeto de pesquisa escolhido.
d) Provas de Língua Estrangeira.
A prova de língua estrangeira terá por objetivo avaliar a proficiência instrumental em duas línguas estrangeiras. As provas terão duração máxima de 02 (duas) horas e 30 (trinta) minutos, sendo permitida somente a utilização de dicionário trazido pelo próprio candidato. O candidato que necessitar fazer a prova de proficiência em duas línguas estrangeiras terá o prazo máximo de 05 (cinco) horas para a realização em sequencia das duas provas.
d.1. Poderão solicitar isenção em uma das provas de língua estrangeira:
d.1.1. candidato oriundo de país cujo idioma oficial seja o mesmo de uma das provas aplicada na seleção; d.1.2. candidato que tenha comprovante de aprovação em prova de língua estrangeira em concurso feito para curso de Mestrado credenciado pela CAPES. Quando não comprovado em histórico escolar, o documento comprobatório deverá ser apresentado no ato da inscrição, em conformidade com os termos da alínea “k” do item II.2 deste edital. d.1.3. A isenção não será automática e dependerá de parecer da banca
examinadora.
d.2) Candidatos estrangeiros prestarão adicionalmente exame de proficiência em Língua Portuguesa, exceto aqueles oriundos de países lusófonos.
d.2.1) Candidatos estrangeiros que comprovarem, por meio da obtenção do CELP (Certificado de Excelência em Língua Portuguesa), proficiência no uso da língua estarão isentos da prova de proficiência em Língua Portuguesa.
IV - CRITÉRIOS PARA APROVAÇÃO DOS CANDIDATOS:
a) será considerado aprovado para a segunda etapa o candidato que obtiver a
menção apto na etapa de análise do projeto de tese, currículo e memorial, conforme item III 1.a.
b) será considerado aprovado na avaliação de defesa do projeto de tese, na análise de Currículo e memorial o candidato que obtiver nota mínima 7,0 (sete);
c) será atribuída nota de 0,0 (zero) a 10,0 (dez) na análise do Currículo Lattes e do memorial acadêmico;
d) será considerado aprovado na(s) prova(s) de língua estrangeira, o candidato que obtiver em cada uma a menção apto;
d.1. candidatos que obtiverem a menção não apto na(s) prova(s) de língua estrangeira, poderão realizar novo exame dentro do prazo de 12 (doze) meses, a contar da data de início do curso;
d.2. caso obtenha nova reprovação na(s) prova(s) de língua estrangeira, o candidato será desligado do curso;
d.3. o candidato estrangeiro que não obtiver a menção apto no exame de proficiência em Língua Portuguesa será eliminado do processo seletivo.
e) do resultado das etapas b e c será extraída uma média final ponderada com peso 6 (seis) para a defesa do projeto de tese e peso 4 (quatro) para a análise do Currículo Lattes e do memorial acadêmico;
f) a média final mínima para a aprovação no processo seletivo será 7,0 (sete). O candidato poderá ser aprovado, mas não selecionado;
g) a classificação final dos candidatos será divulgada por ordem decrescente da média final obtida pelo candidato, por projeto de pesquisa;
h) em caso de empate entre os candidatos, a classificação será decidida com base nos seguintes critérios; h.1. maior nota na defesa do projeto de tese; h.2. maior nota na análise do Currículo Lattes e do memorial acadêmico.
i) caso não haja candidatos aprovados entre os concorrentes a um mesmo projeto de pesquisa, poderão ser remanejados, a critério da Comissão de Seleção, candidatos aprovados concorrentes a outros projetos de pesquisa, sendo respeitada sua classificação, sob primazia do critério de compatibilidade acadêmico-conceitual e expressa anuência das partes envolvidas.
V - MATRÍCULA:
V.1. Terão direito à matrícula os candidatos aprovados e selecionados, respeitados os limites das vagas estabelecidas por projeto de pesquisa neste Edital.
V.2. Para efetivar sua matrícula o candidato deverá preencher on-line e imprimir o formulário de matrícula na página do Programa www.proped.pro.br e entregá-lo na Faculdade de Educação (FE) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte/UERN - Campus Central - BR 110 - Km 46 - Rua Prof. Antônio Campos s/n - Bairro Costa e Silva - CEP 59.625-620 Mossoró –RN. V.3. A matrícula dos candidatos selecionados para o Programa de Pós-graduação em Educação será realizada nos 07 e 08/03/2013 (on line) e a entrega dos formulários dias 18 e 19/02/2013. Horário: das 10h às 13h e das 14h às 17h na Faculdade de Educação (FE) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte/UERN - Campus Central - BR 110 - Km 46 - Rua Prof. Antônio Campos s/n - Bairro Costa e Silva - CEP 59.625-620 Mossoró –RN.
V.4. Em caso de desistência da matrícula, poderão ser convocados outros candidatos aprovados para o mesmo projeto de pesquisa, a critério da comissão de seleção, segundo a ordem de classificação. A data para a reclassificação de candidatos encontra-se estabelecida no calendário deste edital.
VI - CALENDÁRIO:
a) INSCRIÇÕES: Data: de 19/11/2012 a 21/12/2012. Horário: das 10h às 13h e 14h às 17h Local: Faculdade de Educação (FE) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte/UERN - Campus Central - BR 110 - Km 46 - Rua Prof. Antônio Campos s/n - Bairro Costa e Silva - CEP 59.625-620 Mossoró –RN ou via SEDEX. Os arquivos do projeto, do memorial e do currículo Lattes contidos no CD devem ser encaminhados para o email [email protected] neste mesmo prazo pela Faculdade de Educação da UERN. b) RESULTADO DA INSCRIÇÃO: Data: 09/01/2013 . Horário: após às 14h Local: Mural externo do PROPED e mural da Faculdade de Educação da UERN – campus de Mossoró e através do site www.proped.pro.br c) RESULTADO DA ANÁLISE DO PROJETO DE TESE Data: 16/01/2013 Horário: a partir das 14h Local: Mural externo do PROPED e mural da Faculdade de Educação da UERN – campus de Mossoró e através do site www.proped.pro.br
d) DEFESA ORAL DO PROJETO DE TESE, CURRÍCULO LATTES E MEMORIAL:. Data: 28/01/2013 a 01/02/2013. Horário: a ser comunicado no Mural externo do PROPED e mural da Faculdade de Educação da UERN – campus de Mossoró) e através do site www.proped.pro.br Local: UERN - Campus de Natal situado à Av. Airton Senna, 4241, Neópolis, Natal-RN e) RESULTADO DA DEFESA ORAL DO PROJETO DE TESE, CURRÍCULO LATTES E MEMORIAL: Data: 22/02/2013. Horário: a partir das 10h Local: Mural externo do PROPED e mural da Faculdade de Educação da UERN – campus de Mossoró e através do site www.proped.pro.br f) PROVAS DE LÍNGUA ESTRANGEIRA E DE PROFICIÊNCIA EM LÍNGUA PORTUGUESA:
Data: 25/02/2013 Horário: das 13h às 15:30h
Os candidatos que necessitam fazer o exame de proficiência numa segunda língua farão esta prova no mesmo dia, 25/02/2013, no horário de 16h às 18:30h.
Local: Faculdade de Educação (FE) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte/UERN - Campus Central - BR 110 - Km 46 - Rua Prof. Antônio Campos s/n - Bairro Costa e Silva - CEP 59.625-620 Mossoró –RN g) DIVULGAÇÃO DO RESULTADO FINAL:
Data: 06/03/2013 Horário: a partir das 16 horas
Local: Mural externo do PROPED e mural da Faculdade de Educação da UERN – campus de Mossoró e através do site www.proped.pro.br
h) MATRÍCULA ON LINE: Data: 07 e 08/3/ 2013 – Horário: das 10h às 13h e das 14h às 17h
i) ENTREGA DO FORMULÁRIO DE MATRÍCULA:
Data: 07 e 08/3/ 2013. Horário: das 10h às 13h e das 14h às 17h
Local: Faculdade de Educação (FE) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte/UERN - Campus Central - BR 110 - Km 46 - Rua Prof. Antônio Campos s/n Bairro Costa e Silva - CEP 59.625-620 Mossoró –RN.
j) DIVULGAÇÃO DA 1ª RECLASSIFICAÇÃO DE CANDIDATOS:
Data: 11/03/2013. Horário: a partir das 14h Local: Mural externo do PROPED e mural da Faculdade de Educação da UERN – campus de Mossoró e através do site www.proped.pro.br
k) ENTREGA DO FORMULÁRIO DE MATRÍCULA DOS RECLASSIFICADOS: Data: 12 e 13/03/2013. Horário: das 10h às 13h e das 14h às 17h
Local: Faculdade de Educação (FE) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte/UERN - Campus Central - BR 110 - Km 46 - Rua Prof. Antônio Campos s/n - Bairro Costa e Silva - CEP 59.625-620 Mossoró –RN. l) DIVULGAÇÃO DA 2ª RECLASSIFICAÇÃO DE CANDIDATOS: até um dia antes da data prevista no calendário acadêmico do Proped para alteração da inscrição em disciplinas em 2013.1 – Horário: a partir de 14h – Local: mural externo do ProPEd e mural da Faculdade de Educação da UERN – campus de Mossoró e no sítio www.proped.pro.br.
m) ENTREGA DO FORMULÁRIO DE MATRÍCULA DOS CANDIDATOS CONTEMPLADOS NA 2ª RECLASSIFICAÇÃO: até a data prevista no calendário acadêmico do Proped para alteração da inscrição em disciplinas em 2013.1 – Horário: de 10h às 13h e de 14h às 17h . Local: Faculdade de Educação (FE) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte/UERN - Campus Central - BR 110 - Km 46 - Rua Prof. Antônio Campos s/n - Bairro Costa e Silva - CEP 59.625-620 Mossoró –RN.
VII - DISPOSIÇÕES GERAIS:
VII.1. A inscrição do candidato implicará conhecimento e aceitação das normas e condições estabelecidas neste Edital, não sendo aceita alegação de desconhecimento. VII.2 Os históricos escolares devem ser validados pela instituição expedidora. VII.3. Nenhum candidato poderá ingressar no local da prova de língua estrangeira após 30 minutos do início de sua realização, sendo que esse atraso não implica prorrogação do tempo disponível para realização das mesmas. VII.4. As provas escritas deverão ser entregues ao fiscal da sala sem assinatura ou outra marca qualquer que permita revelar aos avaliadores a identidade do candidato. VII.5. Os últimos três candidatos em cada sala deverão sair juntos. VII.6. O exame de seleção só terá validade para Curso que será iniciado no primeiro semestre de 2013. VII.7. Havendo desistência após o início das atividades didático-pedagógicas, fora do calendário de reclassificação, serão chamados, em ordem de classificação, os candidatos aprovados e não selecionados, até a sexta semana após o início do período letivo. Após esse período, mesmo que haja alguma desistência, os candidatos não serão mais chamados. VII.8. O Programa não se responsabilizará pelo ressarcimento de quaisquer custos arcados pelo candidato cuja inscrição não seja homologada pelo descumprimento do especificado no item II e seus subitens, por falta a uma das provas, desistência durante o processo, ou qualquer outra circunstância. VII. 9. A Comissão de Seleção é composta por 03 (três) docentes, os quais se encarregarão de elaborar, acompanhar e avaliar todo o processo de seleção, bem como decidir por quaisquer questões pertinentes ao mesmo. VII.10. A Comissão de Seleção poderá, a seu critério, convocar outros membros do corpo docente do Programa de Pós-Graduação em Educação da UERJ para participar da correção das provas de língua estrangeira, da análise dos projetos de tese, da análise dos currículos dos candidatos e das entrevistas.
VII.11. O Colegiado do Programa de Pós-Graduação em Educação da UERJ deverá dispor sobre a homologação do resultado final da seleção, sob instrução e relato da Comissão de Seleção. VII.12. A Comissão de Seleção reserva-se o direito de alterar o calendário, diante de circunstâncias que assim o justifiquem, dando ciência aos interessados, coletivamente, no local de inscrição e na página do Programa www.proped.pro.br. VII.13. A documentação dos candidatos não selecionados no processo seletivo ficará à disposição dos respectivos interessados para retirada, na Secretaria da Faculdade de Educação, por um prazo não superior a 90 (noventa) dias, a contar da divulgação do Resultado Final da Seleção. Após esse prazo, os documentos restantes serão encaminhados para reciclagem. VII.14. Os casos omissos no presente edital serão resolvidos pela Comissão de Seleção do Programa de Pós-graduação em Educação da UERJ. VII.15. A Coordenação do Programa é responsável pela gerência administrativa e infraestrutural do processo de seleção.
ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIAS E INFORMAÇÕES: Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação - PROPED Rua São Francisco Xavier, nº 524, Pavilhão João Lyra Filho, 12º andar, Bloco F, Sala 12.037 Bairro Maracanã, CEP: 20550-013, Rio de Janeiro - RJ Telefone(s): (0XX21) 2334-0467 Fax: (0XX21) 2334-0120 Site:www.proped.pro.br E-mail: [email protected] Universidade do Estado do Rio Grande do Norte Faculdade de Educação (FE) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte/UERN - Campus Central - BR 110 - Km 46 - Rua Prof. Antônio Campos s/n - Bairro Costa e Silva - CEP 59.625-620 Mossoró –RN. Telefone: (0XX84)3315-2176 Site: http://www.uern.br E mail: [email protected]
Rio de Janeiro, 09 de novembro de 2012.
José Gonçalves Gondra
Coordenador Geral do ProPEd
ANEXO I PROJETOS DOS PROFESSORES
SELEÇÃO DO DOUTORADO DINTER UERJ/UERN PARA TURMA 2013.1
1. DISCURSO E REPRESENTAÇÃO NAS POLÍTICAS DE CURRÍCULO
Coordenação: Alice Casimiro Lopes
Este projeto visa a investigar o discurso da política de currículo para o ensino médio
durante o período 2003-2010, na vigência do governo Luís Inácio Lula da Silva. Com
base na teoria de Ernesto Laclau, em alguns momentos apoiado por Chantal Mouffe,
procuramos explorar a compreensão da política de currículo como luta discursiva pela
constituição de representações. Se entendemos a negociação nas políticas de currículo
como articulação discursiva, estamos afirmando que alguns grupos sociais particulares
são capazes de se articular entre si, provisória e contingencialmente, na defesa de suas
diferentes demandas curriculares. Dessa maneira, constituem dadas representações para
o currículo. Tornam-se, então, questões gerais de pesquisa neste projeto: como entender
as atuais lutas por representação nas políticas de currículo para o ensino médio? Como
investigar os sentidos que circulam na constituição dessas representações? Que
discursos favorecem determinados sentidos nas políticas? Serão particularmente
investigados os significantes inovação / mudança curricular, qualidade da educação,
melhores práticas, bem como as diferentes adjetivações para o currículo: flexível,
dinâmico, diversificado, criativo, compatível com as exigências da sociedade
contemporânea. Procuraremos entender as disputas no processo de fixação de sentidos
desses significantes, bem como as flutuações de sentido que favorecem um dado
discurso por intermédio da análise das metáforas e metonímias. Para essa análise, serão
focalizados os documentos curriculares difundidos pelo MEC no período citado, com
ênfase nas Orientações Curriculares para o Ensino Médio, na proposta de Ensino Médio
Inovador e no Programa Currículo em Movimento. Com base em Stephen Ball, esses
documentos são entendidos como produção de múltiplos contextos sociais atuantes na
política e como tentativas de representação das políticas. Desenvolveremos nossa
argumentação tendo em vista que, na teoria do discurso, toda representação implica uma
relação de constituição mútua entre representante e representado, na qual é impossível
haver uma pura transparência. No processo democrático, não podemos escapar à
representação, mas podemos inserir sua análise em uma contingência radical. No caso
em questão, trabalharemos com a hipótese de que as representações da política são
construídas pela articulação de elementos discursivos de tradições, na acepção de
Chantal Mouffe, curriculares relativas: ao conhecimento e às disciplinas escolares, à
diversidade cultural, à centralidade dos conteúdos marcados pelo viés crítico-social, mas
também relativas às demandas vinculadas ao discurso científico-tecnológico e às
competências.
2. UM HOMEM DE LETRAS NA CENA ESCOLAR: COELHO NETO (1910-1934)
Coordenação: Ana Chrystina Venancio Mignot
Focalizar a presença de Coelho Neto na Escola Dramática Municipal, entrecruzando sua
história de vida com a história da cidade, com a história do teatro e com a história da
escola, considerando as estratégias de legitimação, consagração e conservação no
campo intelectual adotadas por ele, é o objetivo desta pesquisa que se volta para uma
faceta de sua biografia menos examinada pela historiografia e pela historiografia da
educação. Implica em inventariar os seus escritos referentes à educação e ao teatro,
dispersos em várias instituições de guarda, o que propiciará conhecer melhor o
envolvimento do escritor com a causa da educação nacional; compreender as razões
para a escolha de seu nome para dirigir a escola de formação do ator, bem como
permanecer, por tanto tempo, à frente da mesma, em meio às turbulências políticas,
mudanças de governantes e trocas na direção da Instrução Pública; e, mapear, classificar
e interpretar a documentação referente às iniciativas educacionais, no Distrito Federal,
especialmente sobre teatro nas escolas, entre 1910 e 1934. Dialogando, do ponto de
vista teórico, com os estudos sobre biografia e história, pretende iluminar um aspecto
menos estudado do “príncipe dos prosadores brasileiros”: o teatro em sua vida, sua vida
no teatro, a escola em sua vida e sua vida na escola, a escola de teatro e o seu teatro na
escola. Articula-se aos estudos desenvolvidos no grupo de pesquisa sobre escola,
memória e cultura escrita, que focalizam na perspectiva da história da educação os
educadores, suas instituições, práticas educativas e escritos, como pode ser visto em
www.escolaememoria.com.br.
3. TECNOLOGIA DIGITAL E PESQUISA ETNOGRÁFICA
Coordenação: Carmen Lucia Guimarães de Mattos
Trata-se de uma pesquisa teórica e etnográfica sobre os processos educacionais
desenvolvidos em uma escola pública de ensino básico no Rio de Janeiro sob a ótica da
etnografia digital. O estudo pretende acessar, identificar, selecionar, aplicar, analisar,
descrever e compreender de modo teórico-metodológico-epistemológico a natureza da
etnografia digital e suas aplicações na área da Educação. Os pressupostos teóricos que
dão suporte a pesquisa são, em parte, aqueles que alicerçaram trabalhos anteriores do
grupo Etnografia em Exclusão e Educação, dentre estes incluem-se os autores: Goffman
(1959 a 1981); Bourdieu (1977); Habermas (1984); Foucault (1987); Erikson (2007) e
Castel (2008) e, inclui os estudos de Appadurai (2008) Bauman, (2009); Khan (2009 a
2011) e Grimmett (1997, 2005, 2010). A pesquisa se desenvolve em duas etapas: a
primeira de natureza teórica, indagará a etnografia digital e seu potencial conceitual-
metodológico-epistemológico na área da Educação; a segunda utilizará a etnografia
digital para estudar a cultura digital na escola. Os loci da pesquisa são três: 1) os
espaços digitais interativos disponibilizados por pesquisadores nacionais e
internacionais e usuários de ambientes interativos digitais; 2) a escola pública onde se
dará o trabalho de campo e; 3) o Laboratório de Etnografia Digital na UERJ. A pesquisa
de campo utilizará como instrumentos: observação participante, entrevistas, grupos
focais e registros digitais. Os sujeitos participantes da pesquisa são: alunos, professores,
gestores e especialistas em educação, colaboradores virtuais e a equipe de
pesquisadores. O acesso e seleção bibliográfica será realizado a partir de documentos
acadêmicos publicados por meios digitais na última década. O método de análise será
indutivo, com o auxílio de softwares digitais de análise de conteúdo. Acredita-se que o
resultado desta pesquisa poderá auxiliar na criação e uso de novas tecnologias na
Educação, contribuir para elucidar conceitos e aplicação dos mesmos na pesquisa e no
ensino e auxiliar professores e gestores no desenvolvimento de projetos com tecnologias
digitais, além de prover programas, políticas e processos pedagógicos com indicadores
visando diminuir as desigualdades socioeducacionais.
4. A CIBERCULTURA NA ERA DAS REDES SOCIAIS E DA MOBILIDADE:
NOVAS POTENCIALIDADES PARA A FORMAÇÃO DE PROFESSORES
Coordenação: Edméa Oliveira dos Santos
O projeto pretende investigar como as redes sociais, estruturadas pelos softwares sociais
da Web 2.0, e a mobilidade dos computadores e dispositivos móveis podem contribuir
para a formação de professores na atual fase da cibercultura. A cibercultura é a cultura
contemporânea estruturada pelo uso das tecnologias digitais nas esferas do ciberespaço
e das cidades. Em sua fase atual vem se caracterizando pela convergência dos
dispositivos e redes móveis, como os laptops, celulares, mídias locativas, e pela
emergência dos softwares sociais que vêm estruturando redes sociais no ciberespaço e
nas cidades. Nesse contexto, interessa-nos compreender como esses potenciais
comunicacionais podem contribuir para a formação de professores em situações de
aprendizagem formais e não formais. O projeto de pesquisa foi estruturado em dois
eixos complementares. O eixo 1, “Uso dos softwares sociais pelos professores uma
abordagem não formal”, pretende investigar como professores em formação utilizam as
interfaces da Web 2.0 e os dispositivos móveis em seu cotidiano de aprendizagem e
comunicação não formal. O eixo 2, “Projeto de pesquisa-formação: articulando
interfaces da Web 2.0 com ambiente virtual de aprendizagem e dispositivos móveis”,
pretende desenvolver um projeto de formação continuada que articule os potenciais da
Web 2.0 com um ambiente virtual de aprendizagem com dispositivos móveis, no
contexto formal de aprendizagem da universidade e da escola básica. Optamos pela
metodologia da pesquisa-formação multirreferencial, por contemplar como campo de
pesquisa os espaços de atuação profissional do professor-pesquisador e de seus
colaboradores. A pesquisa prevê como resultados não só contribuir com a formação dos
sujeitos envolvidos, mas, também, com a produção científica nos campos da formação
de professores na cibercultura, fazendo interfaces com as áreas da Educação,
Comunicação e Tecnologia Educacional.
5. CURRÍCULO, IDENTIDADE E DIFERENÇA: ARTICULAÇÕES EM TORNO
DAS NOVAS DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO
BÁSICA
Coordenação: Elisabeth Fernandes de Macedo
Construo este projeto com a noção de currículo como enunciação da cultura com a qual
venho operando em projetos anteriores, a partir da qual defino a política curricular como
o movimento de articulação hegemônica na direção da fixação de sentidos. Para tanto,
dialogo, preferencialmente, com autores como H.Bhabha, S.Hall, E.Laclau e C.Mouffe,
assim como com a filosofia derridiana — importante referência para todos eles.
Apoiada em conclusões de pesquisas anteriores, meu objetivo, neste estudo, é
compreender os processos de articulação política que têm hegemonizado a percepção do
currículo como projeção de identidades, destacando a centralidade que as discussões
sobre conhecimento científico vêm assumindo em tais projeções. Entendendo que o
estudo das formas de funcionamento de diferentes articulações hegemônicas permite o
aprofundamento teórico sobre políticas curriculares, trabalho com as recentes políticas
nacionais de produção de novas Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a
Educação Básica (DCN), com foco no ensino fundamental. A opção por tratar a
temática da identidade em políticas contemporâneas me obriga a tematizar o fato de que
elas se inserem em um contexto de questionamento das fixações identitárias. Em tal
contexto, as identidades não podem mais ser vistas como expressão de entes positivos e
previamente constituídos, mas como uma relação imaginária entre sujeitos que se
constituem na própria prática de identificação, que nunca será completa. Sendo assim,
busco entender os deslocamentos que a hegemonia da idéia de currículo como formador
de identidades vêm sofrendo tendo em vista a ampliação das demandas da diferença,
evitando a insustentável premissa de que as políticas são imunes ao questionamento da
fixidez.
6. CENTRO DE REFERÊNCIA E MEMÓRIA DA EDUCAÇÃO POPULAR E
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Coordenação: Jane Paiva
O projeto Centro de Referência e Memória da Educação Popular e Educação de Jovens
e Adultos no Rio de Janeiro tem por finalidade o desenvolvimento de ações visando à
consolidação da área da educação de jovens e adultos, por meio da produção,
conservação e disponibilização da memória passada e presente e recriação da história da
educação popular e da educação de jovens e adultos. Suas ações se referem ao
levantamento e à identificação, tratamento técnico (digitalização) e referenciado
(segundo a Norma Brasileira de Descrição Arquivística), e organização de material
didático e de demais documentos produzidos pelas ou sobre experiências brasileiras de
educação popular e de jovens e adultos. O acervo resgatado terá duas destinações: uma
física, sob a responsabilidade da Universidade que o abriga; outra virtual,
disponibilizando online, em página web compartilhada por diversos projetos/programas,
de maneira a permitir atualizações a partir de novos materiais coletados. Ao mesmo
tempo, o acervo online e físico existente, da memória passada subsidiará ações de
pesquisa e de ensino, presentes e futuras no campo, produzindo investigações sobre
materiais, documentos e registros da área, reconstituindo a história de experiências e da
ação de seus protagonistas em programas e projetos que alimentam/aram o campo. O
acervo se oferece à consulta e oferta de subsídios a pesquisadores, professores e alunos
de EJA, bem como de cursos de formação de professores na área. A memória resgatada
e organizada em acervo documental integra-se a outros movimentos na mesma direção
realizados por universidades de diferentes regiões do país e subsidiará pesquisas de
diversas naturezas realizadas por universidades e outros centros de pesquisa no campo
da história da educação popular e de jovens e adultos, especialmente.
7. A ESCRITA DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA: SABERES,
PODERES E SUJEITOS (1822-1889) – FASE II
Coordenação: José Gonçalves Gondra
A pesquisa focaliza a reflexão historiográfica em torno do período da história da
educação brasileira que corresponde ao aparecimento da escola como forma privilegiada
de intervenção no curso da vida, no funcionamento da sociedade, na gestão da
população e na constituição e individualização dos sujeitos. Trata-se, portanto, de
privilegiar o estudo referente ao período que corresponde ao funcionamento do Estado
Imperial e analisar as representações que vêm sendo forjadas a respeito deste período na
historiografia da educação brasileira. Deste modo, pretende-se interrogar a presença dos
sujeitos/instituições e as relações dos mesmos com a configuração de problemas, fontes
e abordagens na escrita da história da educação brasileira, enfatizando, para tanto, o
exame da escrita que recobre o período entre 1822 e 1889. De modo correlato, mas na
direção invertida, trata-se de pensar o modo como as configurações referidas procuram
instaurar determinadas tradições no que se refere às práticas de escrita e de ensino de
história da educação no Brasil e seus efeitos na formação dos profissionais da educação.
Na segunda fase dar-se-á sequência ao estudo de algumas experiências nacionais de
escrita da história da educação procurando, contudo, observar suas articulações com
práticas internacionais, sobretudo com a de alguns países da Europa e das Américas.
8. DE CONVERSA EM CONVERSA: DE CONVERSA EM CONVERSA:
BATENDO PAPO COM ALUNOS SEM FALA
Coordenação: Leila Regina d'Oliveira de Paula Nunes
O projeto foi delineado considerando-se as dificuldades de comunicação de alunos com
paralisia cerebral sem fala articulada cuja presença é crescente nas escolas regulares, a
falta de preparação de interlocutores que favoreçam trocas comunicativas com esta
população e a necessidade de formar professores com habilidades de interagir com
qualquer educando a despeito de suas dificuldades comunicativas. Os objetivos do
estudo são: proceder a uma caracterização psicolinguística dos enunciados produzidos
por alunos não oralizados, usuários de sistemas de Comunicação Alternativa, ao
interagir com graduandos de Pedagogia; descrever e analisar as estratégias empregadas
pelos graduandos para interagir com os alunos não oralizados; verificar junto aos
futuros pedagogos os efeitos da observação do próprio desempenho nessas interações e
do feedback fornecido por seus pares sobre sua performance, e proceder a uma análise
da conversação dos graduandos com os usuários de Comunicação Alternativa.
Participarão do estudo dez alunos de Pedagogia da Uerj e cinco alunos com paralisia
cerebral, com idade variando entre 7 e 20 anos, que apresentem dificuldades severas de
comunicação oral e sejam usuários ou potenciais usuários dos sistemas de Comunicação
Alternativa. O estudo, a ser conduzido no Laboratório de Tecnologia Assistiva e
Comunicação Alternativa do Programa de Pós-Graduação em Educação da Uerj,
envolverá seis fases nas quais os alunos não oralizados serão avaliados e se engajarão
em conversas com os graduandos, fazendo narrativas sobre fotos e pequenos trechos de
vídeo, assim como narrativas livres sobre eventos de sua vida passada e/ou de seus
sonhos para um futuro próximo. Todas as sessões serão filmadas e utilizadas não apenas
para coletar os dados, mas também para integrar um programa de formação visando
preparar os graduandos a estabelecer conversação efetiva e significativa com os alunos
sem fala.
9. IDEÁRIO REPUBLICANO E EDUCAÇÃO FLUMINENSE: DISCURSOS
OFICIAIS PÓS-FUSÃO (1975-1987).
Coordenação: Lia Macedo de Ciomar Faria
O objetivo deste projeto é identificar o discurso fundador que acompanha o ato da
Fusão dos antigos estados da Guanabara e do Rio de Janeiro e analisar o pensamento
educacional produzido pelas políticas efetuadas pelos governos fluminenses no período
situado entre 1975 e 1987. Para tanto, usaremos como metodologia um programa de
História Oral, que se propõe a reconstruir o inventário de registros de relatos e através
deles, as vidas e linhas de pensamentos daqueles que participaram da Fusão. Esperamos
através desta pesquisa viabilizar a organização de um banco de memória acerca das
políticas educacionais implementadas no período em questão desvelando o ideário
republicano presente nos discursos oficiais.
10. INFÂNCIA E DIVERSIDADE NA PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO NAS
UNIDADES UNIVERSITÁRIAS DE EDUCAÇÃO INFANTIL
Coordenação: Ligia Maria M. L. Leão de Aquino
O presente projeto dá continuidade à pesquisa iniciada em 2010 com o objetivo de
compreender o papel das Unidades de Educação Infantil Universitárias na produção de
conhecimento sobre a infância e como o conhecimento produzido a partir dessas
unidades está relacionado às funções indissociáveis de ensino, pesquisa e extensão.
Considerando as intensas mudanças ocorridas na educação destinada à criança pequena
e a especial importância das instituições educacionais na vida das crianças, identifica-se
o tema infância como um campo de investigação que vem se constituindo em objeto de
estudos de diversas áreas e, dentre os estudos, como os analisados na primeira fase da
pesquisa, observa-se o tensionamento do tema infância e diversidade. A partir dos
estudos de Faria Filho, Silva e Luz (2008), Abramowicz (2011), Faria e Finco (2011) e
outros, pretende-se compreender o lugar das crianças e infâncias nas pesquisas
realizadas a partir das Unidades de Educação Infantil Universitárias.
11. FUNDAMENTOS GERAIS DA LINGUÍSTICA APLICADA AO LETRAMENTO
E À ALFABETIZAÇÃO
Coordenação: Luiz Antonio Gomes Senna
Campo permanente de estudos do Grupo de Pesquisa Linguagem, Cognição Humana e
Processos Educacionais, reunindo abordagens interdisciplinares do fenômeno escolar
que envolve o desenvolvimento e o uso dos diferentes códigos de escrita da sociedade
contemporânea. Em virtude de sua vocação prdeominantemente escolar, o grupo abraça,
ainda, aspectos específicos da formação de agentes de letramento, diretos, como os
professores, e indiretos, como profissionais que atuam na fixação de políticas públicas
de Educação e Saúde, ou outros, que atuem subsidiariamente assessorando os
professores. Predominantemente, o grupo parte da investigação das propriedades
teórico-conceituais que concorrem para explicar os fatores que levam à condição de
custo ou fracasso no processo de letramento na educação básica – fundamental e média.
Neste sentido, são os seguintes os objetos integrados em suas práticas de pesquisa e
formação pós-graduada:a) propriedades cognitivas que se apliquem à explicação dos
estados de escrita apresentados pelos sujeitos em processo de alfabetização, tendo em
conta, sobretudo, teorias relacionadas aos modos de funcionamento da mente humana e
à representação de sistemas simbólicos de base metafórica;
b) propriedades de modelos teóricos de gramática que forneçam alternativas de
explicação dos fatos linguísticos verificados na produção escrita de sujeitos em processo
de alfabetização, ordinariamente denoniminados “erros produtivos”;
c) propriedades socioculturais subjacentes à natureza institucional dos sistemas de
escrita alfabética e, também, aos aspectos sociolinguísticos associados ao uso e à
apropriação dos sistemas de escrita empregados na sociedade contemporânea;
d) aspectos epistemológicos relacionados à pesquisa em linguística aplicada ao
letramento e à alfabetização, assim como ao processo de construção de conhecimentos
aplicável à formação de professores e outros agentes de letramento.
A produção bibliográfica do grupo de pesquisa encontra-se disponível para consulta em
http://www.senna.pro.br e na seção “teses e dissertações” do ProPEd/UERJ. Outras
informações sobre o grupo de pesquisa, suas linhas de investigação, membros e projetos
em desenvolvimento, são disponíveis em http://www.senna.pro.br/grupo.
12. POLÍTICAS EDUCACIONAIS E O COTIDIANO ESCOLAR
Coordenação : Maria de Lourdes Rangel Tura
Esse projeto intenta investigar as formas como as novas políticas educacionais estão
sendo recontextualizadas e ressignificadas no cotidiano de uma escola do município do
Rio de Janeiro. Ou seja, ele se desenha como uma busca dos sentidos que envolvem as
mudanças atuais no sistema educacional do município do Rio de Janeiro, assim como a
observação dos movimentos de acolhida dessas novas políticas e/ou de contestações,
negociações e reinterpretações, que têm sido realizadas pelos sujeitos ativos da vida
escolar e que se refletem nos modos como elas se concretizam nas atividades
pedagógicas e nas maneiras como isso é expresso no discurso docente e dos gestores
escolares sobre o currículo e a organização da escola. O estudo terá por base um
trabalho de campo de feição etnográfica e por foco as práticas pedagógicas
desenvolvidas nos 6º, 7º, 8º e 9º anos do Ensino Fundamental, centrando o olhar para os
modos – particulares – de realização da ação educativa e de efetivação do currículo
escolar. A investigação oportunizará, também, observar os efeitos/ resultados das
mudanças propostas pelas recentes políticas educacionais, tendo em vista as tradicionais
demandas relacionadas à igualdade de oportunidades e à busca do sucesso escolar. A
análise desse encadeamento de ações, que caracterizam a continuidade das reformas,
terá como suporte teórico os trabalhos de Stephen Ball, que destaca o ciclo contínuo das
políticas educacionais que se interrelacionam em contextos políticos, que se constituem
em arenas de ação tanto públicas quanto privadas. São objetivos dessa investigação:
verificar como os professores e professoras da escola, que será o campo de investigação,
interpretam/ recontextualizam as novas políticas educacionais e propostas curriculares;
examinar as relações estabelecidas entre as professoras e professores e os diversos
níveis da administração da educação escolar, assim como as relações entre esses/as e o
contexto de produção dos textos das políticas educacionais e o de influência; focalizar
os mecanismos utilizados pelos professores e professoras para articular as suas tradições
e culturas locais com o que é proposto pelas novas políticas educacionais e as formas de
tradução e recontextualização dessas no currículo escolar; analisar os efeitos/ resultados
das novas políticas educacionais e propostas curriculares na prática pedagógica. O
campo de investigação, como se pode intuir, é vasto. A escola é um desses espaços. A
administração da educação escolar outro. Há, ainda, um espaço macro do contexto de
influência e de produção de textos que se entende, articula e dialoga com o fazer
pedagógico, através da supervisão e do controle do trabalho docente pelos órgãos
regionais e centrais da Secretaria Municipal de Educação (SME), do que está sendo
veiculado pela mídia, pela SME, pelos diferentes textos que os professores/as têm
acesso nas diversas oportunidades de formação continuada – promovidas pela SME, por
exemplo, e por uma série de outras interlocuções em ambientes acadêmicos,
comunitários, sindicais etc. Enfim, o trabalho investigativo será organizado de forma a
se poder observar o impacto das novas determinações e regulamentações - que são
oriundas das atuais políticas educacionais - na prática pedagógica e os processos de
ressignificação e tradução, empreendidos nesse ambiente cultural. Esse parece ser um
foco importante de tensões, que põem em xeque antigas formas de realizar a atividade
docente e se imiscui em crenças, valores e habitus profissionais internalizados.
13. A RECONTEXTUALIZAÇÃO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E
COMUNICAÇÃO NAS POLÍTICAS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM
CURSO NO BRASIL
Coordenação: Raquel Goulart Barreto
O presente projeto objetiva as tecnologias da informação e da comunicação (TIC) no
contexto da formação e do trabalho docente, assumindo, como hipótese de trabalho, que
os modos da sua incorporação tendem a um movimento metonímico quando não
dimensionados em relação à totalidade do processo de trabalho: finalidade, matéria a ser
trabalhada e instrumental/meios para tanto. Considerando que o modo ora hegemônico
de incorporação das TIC tende a assumir a sua fetichização, a sofisticação tecnológica
tem propiciado a retomada do tecnicismo educacional, remetendo a modelos que,
supostamente aplicáveis às mais diversas situações, as assumem meramente como
instrumental e, ao mesmo tempo, como fator determinante da superação dos mais
variados problemas. Esta distorção, na maioria das vezes, tem sustentado a manutenção
de velhas práticas, a despeito dos novos meios disponíveis. A utilização intensiva das
TIC tem sido a proposta de preenchimento mais recorrente no discurso do que falta aos
professores, na perspectiva da substituição tecnológica. Justamente em função da
importância da sua presença para os processos de ensinar e aprender, este projeto
propõe o cruzamento dos discursos sobre as TIC na educação e dos discursos que
constituem as interações dos sujeitos envolvidos, professores e alunos, em situações
concretas de ensino-aprendizagem, com aportes tecnológicos diferenciados. No sentido
de superar a tendência neotecnicista apontada, o objetivo central é fornecer subsídios
para a recontextualização das TIC nos processos de ensinar e aprender, tendo em vista a
sua real apropriação.
14. MÚLTIPLOS CONTEXTOS DE PRODUÇÃO CURRICULAR EM SUAS
CONEXÕES, CONFLITOS E AÇÕES: EM FOCO AS INSTÂNCIAS DE
MEDIAÇÃO DA REDE MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO
Coordenação: Rita de Cássia Prazeres Frangella Gomes
Esse estudo, desdobramento/deslizamento da pesquisa Múltiplos contextos de produção
curricular: conexões, conflitos e ações da Multieducação no cotidiano escolar (CNPQ
2010), objetiva analisar, no processo de produção cíclica da política curricular (Ball,
1992), a micropolítica da escola na tensão/negociação com as instâncias de mediação
propostas pela SME/RJ – as coordenações (no caso da escola, na figura do coordenador
pedagógico e no caso da rede, as coordenadorias regionais). Assenta-se na compreensão
do currículo como articulação/produção de significados, destacando sua dimensão
discursiva. Analisar as forças que engendram as disputas de sentidos e as estratégias
criadas para manutenção de um dado sentido se configura como mote para essa
pesquisa. Assim, assume-se como conceito de partida para análise da política curricular
a noção dessa política como texto e discurso e a não polarização entre política e prática.
Ao privilegiar as instâncias de mediação – as coordenações – se discute, com base em
Ball (1992, 1998), os ajustes secundários nas tentativas de fixação de sentidos das
políticas e os movimentos incitados pela disputa desses. Esse projeto apóia-sena
perspectiva de Ernesto Laclau (1998) quando esse defende que as políticas são
produções político-discursivas, cuja matriz é a contingência. A discussão sobre ciclo
contínuo de políticas de Stephen Ball se sustenta do ponto de vista metodológico pela
preocupação central do autor com a recontextualização e a produção de novos sentidos
nas políticas que ocorre nas escolas. O entendimento de políticas de currículo como
produção político-discursiva reforça o argumento de que são a partir das negociações e
disputas que os sentidos e interesses se hibridizam na formulação curricular,
evidenciando sua condição de processo político inacabado. É no ato de negociar que
significados são construídos dialogicamente, muitas vezes construídos com base em
consensos conflituosos, uma vez que os sentidos são instáveis, fluidos e permeados por
demandas e interesses distintos e nesse caso, a ênfase dada às instâncias de mediação se
dá porque dessas, em sua origem (criação/atribuição de funções), se definirem como
sujeito/local da negociação. Para tanto, a pesquisa vale-se também dos estudos de
Bhabha (2003) para articulação da noção de hibridização e negociação com que
argüimos as políticas/práticas curriculares analisadas: que negociações e hibridizações
se produzem nos conflitos, conexões e ações da política curricular do município do Rio
de Janeiro? Assim, com base na articulação dos estudos de Laclau, Bhabha e Ball
objetiva-se entender a micropolítica desse processo, nas enunciações curriculares
entre/das coordenadorias, coordenadores pedagógicos com professores/ escolas da rede
municipal de Educação. Este estudo desenvolvido no âmbito do GRPESQ “Currículo,
Formação e Educação em direitos humanos (Proped/FEBF – UERJ)” se articula, pela
partilha de referenciais teórico-metodológicos, com as ações desenvolvidas no
GRPESQ “Currículo, Cultura e Diferença” (Proped – UERJ), focalizando na análise das
articulações, negociações dos múltiplos contextos de produção curricular no município
do Rio de Janeiro, possibilidades onde podemos tecer coletivamente experiências
curriculares inspiradas numa democracia agonística.
15. PESQUISA EM EDUCAÇÃO: A PRÁTICA COMO OBJETO DE
CONHECIMENTO
Coordenação: Siomara Borba
O processo de investigação em educação é a temática central das pesquisas que temos
desenvolvido, procurando entender o significado e o lugar que a prática da pesquisa em
educação tem atribuído aos elementos do processo investigativo: o método, a teoria, o
sujeito e o objeto do conhecimento. Esses aspectos têm sido analisados identificando e
examinando o material bibliográfico sobre pesquisa em educação, a partir dos trabalhos
de Miriam Limoeiro Cardoso que, no desenvolvimento de suas pesquisas no campo
teórico do marxismo, na área da Sociologia, discutiu a questão da produção de
conhecimento científico. O tema do atual projeto são as análises já produzidas sobre
essa prática; o objetivo central dessa pesquisa é identificar e discutir as diferentes
análises sobre a prática da pesquisa em educação, considerando como referência o
argumento da construção teórica do objeto de conhecimento. As questões a serem
investigadas são: como a prática da pesquisa em educação tem sido analisada? Quais os
fundamentos teóricos-conceituais dessas análises? Qual a forma de “reconhecer” a
pesquisa em educação que essas análises construíram? O debate objeto científico
“dado” e objeto científico “construído” aparece nessas análises? Essas questões serão
investigadas nos artigos publicados no periódico Cadernos de Pesquisa, da Fundação
Carlos Chagas, desde o seu primeiro número até o último número de 2011. Trata-se de
uma pesquisa teórica. A metodologia de investigação é a análise da bibliografia, a partir
dos fundamentos teóricos-conceituais da ideia de objeto teoricamente construído.
16. POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO INFANTIL! COMO SE CONSTRÓI PEDAGOGIA
PARA A INFÂNCIA BRASILEIRA ?
Coordenação: Vera Maria Ramos de Vasconcellos
O projeto é parte das discussões e reflexões realizadas no Núcleo de Estudos da
Infância: Pesquisa & Extensão (NEI:P&E), que se insere na Linha de Pesquisa Infância,
Juventude e Educação do Programa de Pós-Graduação em Educação, da Universidade
do Estado do Rio de Janeiro (ProPEd/UERJ) e tem por foco as Políticas Públicas de
Educação Infantil propostas pelas Secretarias Municipais de Educação de diferentes
cidades da estado brasileiro. A Lei 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (art. 89), definiu como responsabilidade da Secretaria Municipal de Educação
a oferta de propostas pedagógicas para a Educação Infantil. Nossa pesquisa pretende
ampliar aquela que vimos desenvolvendo desde 2009 (Agente Auxiliar de Creche:
Educadores da Infância Carioca/FAPERJ - E-26/102.961/2008 e O Percurso de Agentes
Auxiliares e Professores na Creche: da nomeação à construção de uma Pedagogia para a
Infância Carioca/FAPERJ – E-26/110.407/2012), quando nos concentramos nas
políticas educacionais para a infância carioca. A pesquisa atual vai privilegiar a
interlocução adequada, com educadores/pesquisadores de outros municípios. Nosso
foco de análise parte das políticas públicas de Educação Infantil e modalidades de
formação de professor e educador da infância, oferecidas pelos municípios. Enfatizamos
temas como: (i) a inserção de crianças e famílias na creche; (ii) relação família-
educadores de crianças pequenas; (iii) organização espaço-temporal na proposta
pedagógica; (iv) as múltiplas linguagens da arte e da literatura na educação infantil; (v)
brinquedos e brincadeiras. A investigação articula análise documental e escuta das
narrativas dos professores/educadores, das crianças e de suas famílias, todos
compreendidos como interlocutores competentes. Privilegiamos a abordagem sócio-
histórico-cultural do Desenvolvimento Humano (Vygoski e Wallon) em interlocução
com a Sociologia da infância, para embasar nossas discussões sobre as questões de
desenvolvimento e formação de subjetividade de crianças (6 meses a 5 anos) e adultos
(professores/educadores da infância e familiares), num ambiente educacional para a
infância. Objetivamos analisar as mudanças nas políticas educacionais e nas concepções
(sentidos e significados) dos profissionais da educação infantil, observando a
consequência dessas mudanças nas propostas de ações pedagógicas para as diferentes
infâncias brasileiras.
17. DIZER VERDADEIRO E CUIDADO NA EDUCAÇÃO DO PENSAMENTO:
ATUALIDADE DE SÓCRATES E O CINISMO
Coordenação: Walter Omar Kohan
A temática do presente projeto faz interlocução com os últimos cursos de M. Foucault
no Collège de France, desde A hermenêutica do sujeito, de 1981, até o último curso, A
coragem da verdade, de 1984. Trata-se do fim de um percurso de vários anos pela
cultura greco-romana. O estudo da noção de parresía (falar franco, dizer verdadeiro)
permite Foucault relacionar e analisar em sua complexidade um campo problemático
que lhe resulta muito próximo: a maneira em que se relacionam os modos de dizer
verdade (saberes), as técnicas de governo (relações de poder) e as práticas de si
(constituição do sujeito). Interessa-nos problematizar o que essa relação ajuda a pensar a
respeito da relação entre quem ocupa o lugar de ensinar e aquele que ocupa o lugar de
aprender, em particular quando o que se afirma como objetivo dessa relação é a
educação do pensamento. Isto muitas vezes se faz em nome da “filosofia”, mas não
sempre. Em qualquer caso, o que queremos colocar no centro de nossa pesquisa não é
uma disciplina, mas a maneira em que determinada forma de dizer a verdade, de
governar os outros e de praticar uma relação consigo mesmo constituem o exercício
docente, certa forma de praticar a arte de ensinar. Partiremos de dois exemplos do
mundo antigo vindos da própria leitura de Foucault: Sócrates e o cinismo.
Consideraremos, a partir deles, em que medida as figuras do parresiasta que, num caso,
diz a verdade e até prefere morrer antes que deixar de dizer a verdade e, noutro, erige
essa prática como forma de denuncia dos excessos das formas de vida sociais, podem
servir de medida para pensar a dimensão política e filosófica do exercício
contemporâneo da função docente. Dito em outras palavras, de que modo a parresía
socrática e cínica ajudam a compreender os entraves políticos e filosóficos dos que
educam o pensamento da infância contemporânea.