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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAO TECNOLGICA PAULA SOUZA
Faculdade de Tecnologia de So Sebastio
Curso Superior de Tecnologia em Gesto Empresarial
CLEBER DOS SANTOS MACEDO JULIANA DOS SANTOS
COMUNICAO INSTITUCIONAL: A APLICAO DAS FERRAMENTAS NO SEGMENTO PETSHOP NA REGIO CENTRAL DE SO SEBASTIO.
So Sebastio
2016
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CLEBER DOS SANTOS MACEDO JULIANA DOS SANTOS
COMUNICAO INSTITUCIONAL: A APLICAO DAS FERRAMENTAS NO SEGMENTO PETSHOP NA REGIO CENTRAL DE SO SEBASTIO.
Trabalho de Concluso de Curso apresentado Faculdade de Tecnologia de So Sebastio, como exigncia parcial para obteno do ttulo de Tecnlogo em Gesto Empresarial. Orientador: Prof Me. Soraya Mira Reis
So Sebastio
2016
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CLEBER DOS SANTOS MACEDO JULIANA DOS SANTOS
COMUNICAO INSTITUCIONAL: A APLICAO DAS FERRAMENTAS NO SEGMENTO PETSHOP NA REGIO CENTRAL DE SO SEBASTIO.
Apresentao de Trabalho de Graduao Faculdade de Tecnologia de So Sebastio, como condio parcial para a concluso do curso de Tecnologia em Gesto Empresarial. So Sebastio, 04/07/2016
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________________________
PROF ME. SORAYA MIRA REIS
_________________________________________________________
PROF ME. DIANA MAZO MALHEIRO
_________________________________________________________
PROF ME. RICARDO RIBEIRO
MDIA FINAL: ___________________
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Dedico este trabalho aos meus pais Jair e Sueli, que sempre se preocuparam com a
minha educao e so responsveis pela minha formao como pessoa e minha
noiva Natalia, que sempre esteve ao meu lado me incentivando... Cleber Macedo
Dedico este trabalho a meus exemplos de superao, honestidade e garra.... Aos
meus pais Edvaldo e Petronila e ao meu filho Roger por ser meu motivo de vencer
todos os dias... Juliana Santos
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AGRADECIMENTOS
Agradeo primeiramente a Deus pelo dom da vida e por ser o maior responsvel por
todas as minhas conquistas. Agradeo meus pais, Jair e Sueli, por sempre me
ensinarem o valor da honestidade, do respeito e da simplicidade, assim como minha
irm Suzana, sempre presente em minha vida. Minha noiva Natalia que sempre est
ao meu lado, me apoiando e dando fora em minhas decises. Minha parceira neste
trabalho, Juliana Santos, exemplo de responsabilidade e determinao, a quem
serei eternamente grato. Meus grandes amigos que conquistei durante os ltimos
trs anos, Jssica Marcelo, Patrcia Rangel, Clausius e Elcia Pestana, que assim
como a Juliana me ajudaram muito durante todo o curso. Ao meu grande amigo
Eduardo Reis e Cintia Lima, por todo o apoio para a concluso deste trabalho. A
todos os professores que participaram da minha formao acadmica, em especial a
minha orientadora Soraya Mira Reis, por toda a dedicao, carinho e
profissionalismo com que nos conduziu at a concluso deste trabalho.
Cleber Macedo.
Agradeo a Deus primeiramente por cada oportunidade de vida que Ele me d,
pelos amigos que ganhei e pela dedicao de alguns em estar sempre do meu lado.
A minha amiga Daniela Chaves por ter dado toda o apoio em iniciar esse curso e por
estar sempre me incentivando, a Jssica Marcelo amigona que ganhei desde o dia
da matrcula no curso, a Elcia e Clausius Pestana que me conquistaram pelo jeito
jovial de viver a vida, a Patrcia Rangel e a Letcia Vieira que nos momentos de
desnimo me deram fora pra continuar, ao meu parceiro de TG Cleber Macedo por
todos os momentos de estudos para a finalizao do TG, a Cintia Lima que nos deu
toda a fora e apoio para a concluso desse trabalho, a Taciane que nas horas de
socorro sempre estava disposta a ajudar e a todos os amigos de sala que me
ajudaram nesses trs anos de curso, aos professores que nos mostraram o quanto
gratificante chegar ao final do curso, mesmo com todos os contra tempos do dia a
dia, agradecer imensamente ao meu filho Roger e meu noivo Carlos Tigre por todo
apoio e fora que me deram nessa reta final, aos meus pais Edvaldo e Petronila que
entenderam a minha ausncia. E como no poderia faltar, a minha orientadora
Soraya Mira Reis, por todos os dias de aula e orientao, uma pessoa maravilhosa,
um exemplo de profissional. Obrigada Deus, obrigada a todos, para sempre em meu
corao. Juliana Santos.
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"Que os vossos esforos desafiem as impossibilidades, lembrai-vos de que as grandes coisas do homem foram conquistadas do que parecia impossvel." (Charles Chaplin) Cleber Macedo S digno da liberdade, como da vida, aquele que se empenha em conquist-la. (Johann Goethe) Juliana Santos
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RESUMO
Esta pesquisa teve como intuito apresentar a vertente Comunicao Institucional,
que compe a Comunicao Empresarial Integrada, e sua aplicao nas
microempresas. Existem muitos fatores que interferem na tomada de deciso do
administrador e consequentemente na formao e consolidao de uma
organizao. O objetivo deste trabalho demonstrar os fatores internos e externos
que dificultam a aplicao da vertente em duas microempresas do segmento de
petshop, situadas na regio central de So Sebastio. Por se tratar de um assunto
novo e que vem crescendo no nosso pas, o tema torna-se extremamente relevante
principalmente no mbito acadmico, pois poder auxiliar na formao de novos
gestores. O trabalho desenvolvido pelo mtodo de pesquisa bibliogrfica e de
campo, com amostragem no probabilstica intencional, de natureza qualitativa e
descritiva, busca apresentar os conceitos tericos do tema pesquisado, alm de
relatar a realidade do cenrio vivido pelos dois microempresrios de So Sebastio
entrevistados, descrevendo a percepo destes gestores em relao vertente em
estudo. Feito uma anlise nas respostas das entrevistas percebeu-se as dificuldades
enfrentadas pelos gestores. E aps o levantamento de todas as informaes
necessrias foi possvel constatar que no existe a aplicao da Comunicao
Institucional de forma efetiva por parte dos dois microempresrios.
Palavras-chave: Comunicao Institucional. Vertente. Aplicao. Fatores.
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ABSTRACT
This research was intended to present the Institutional Communication component,
which makes up the Integrated Business Communication, and its application in
micro-enterprises. There are many factors that interfere with the administrator's
decision-making and consequently the formation and consolidation of an
organization. The objective of this study is to demonstrate the internal and external
factors that hinder the implementation of strand two petshop segment of micro-
enterprises, located in central of So Sebastio. Because it is a new subject and that
is growing in our country, the issue becomes extremely relevant mainly in the
academic sphere, as this may assist in training new managers. The work carried out
by the method of literature and field research with non-probability sampling
intentional, qualitative and descriptive nature, seeks to present the theoretical
concepts of the research topic, in addition to reporting the reality of the scenario
experienced by both microentrepreneurs of So Sebastio respondents describing
the perception of managers regarding the present study. Made an analysis of the
responses of the interviews realized the difficulties faced by managers. And after the
lifting of all necessary information it was found that there is no application of
Corporate Communications effectively by the two microentrepreneurs.
Keywords: Corporate Communications. Shed. Application. Factors.
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SUMRIO
1 INTRODUO ................................................................................................... 10
1.1 Justificativa do Tema ........................................................................................... 10
1.2 Problema ............................................................................................................ 10
1.3 Objetivos ............................................................................................................ 11
1.3.1 Objetivo Geral .................................................................................................. 11
1.3.2 Objetivos Especficos ....................................................................................... 11
1.4 Organizaa do Trabalho ................................................................................. 11
2 REFERENCIAL TERICO ................................................................................ 13
2.1 Comunicao ............................................................................................................... 13
2.1.1 Processos de Comunicao ..................................................................................... 14
2.1.2 Redes de Comunicao ............................................................................................ 14
2.1.3 Comunicao e Poder Expressivo ........................................................................... 17
2.2 Comunicao Empresarial ............................................................................................ 18
2.2.1 Comunicao Integrada ............................................................................................. 19
2.2.1.1 Comunicao Interna .............................................................................................. 22
2.2.1.1.1 Comunicao Administrativa .............................................................................. 23
2.2.1.2 Comunicao Mercadolgica ................................................................................ 24
2.2.1.3 Comunicao Institucional ..................................................................................... 25
2.2.1.3.1 Marketing Esportivo ............................................................................................. 29
2.2.1.3.2 Marketing Ecolgico ............................................................................................ 29
3 METODOLOGIA ................................................................................................ 32
3.1 Histrico das Empresas Pesquisadas ........................................................................ 34
4 RESULTADOS E DISCUSSO ......................................................................... 36
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4.1 O Conhecimento da Vertente Institucional ................................................................ 36
4.2 Aes Institucionais e Suas Dificuldades de Aplicao ........................................... 38
4.3 Perfil dos Consumidores ............................................................................................... 40
5 CONSIDERAES FINAIS ............................................................................... 43
REFERNCIAS ................................................................................................. 45
APNDICES - Transcrio ............................................................................... 47
ANEXO Fotos ................................................................................................. 52
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1 INTRODUO
O ambiente empresarial conhecido por ser extremamente dinmico, mudanas
ocorrem com muita frequncia e requerem muita ateno por parte daqueles que
so responsveis por gerir as organizaes.
Um novo instrumento vem crescendo e cada vez mais ganhando espao em nosso
pas. Trata- se da CEI (Comunicao Empresarial Integrada) que hoje j uma
realidade no mbito acadmico e est cada vez mais presente nas instituies. A
CEI dividida em trs vertentes, Comunicao Interna, Comunicao Mercadolgica
e por ltimo a vertente Comunicao Institucional que ser o objeto dessa pesquisa,
de forma mais especfica as dificuldades encontradas pelas microempresas para sua
implementao e utilizao.
1.1 JUSTIFICATIVA DO TEMA
Por se tratar de um assunto novo, que est ganhando espao no ambiente
acadmico e empresarial, a pesquisa poder servir como material de apoio,
auxiliando na formao de novos gestores em futuras pesquisas.
1.2 PROBLEMA
Existem muitos fatores envolvidos na formao e consolidao de uma instituio. O
ambiente em que est inserida, a relao com seus parceiros, o seu grupo de
colaboradores so alguns deles.
Diante disso apresentamos o seguinte questionamento: Em que medida os fatores
internos e externos interferem na aplicao da Comunicao Institucional, no que diz
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respeito s aes que priorizam promover a imagem das duas microempresas do
ramo de petshop na regio central de So Sebastio?
1.3 OBJETIVOS
1.3.1 Objetivo geral
Demonstrar as dificuldades enfrentadas pelas duas microempresas pesquisadas do
ramo de petshop que impossibilitam a adoo da Comunicao Institucional.
1.3.2 Objetivos especficos
Mostrar os ambientes internos e externos das duas microempresas
pesquisadas;
Verificar se no h utilizao da Comunicao Institucional por parte destas
duas microempresas;
Descrever quais as vertentes comunicacionais so utilizadas nas
microempresas pesquisadas.
1.4 ORGANIZAO DO TRABALHO
Primeiramente foi elaborado um projeto de pesquisa e definidos os objetivos do
trabalho, passou-se ento a realizao do referencial terico, onde foram analisados
os conceitos da CEI, especialmente a vertente Institucional que o foco da
pesquisa. Depois foram elaboradas perguntas para serem aplicados nas duas
microempresas escolhidas como corpus de anlise. O prximo passo foi contatar as
mesmas para conseguir que seus gestores respondessem e assim realizar a anlise
dos dados e as discusses suscitadas. E por fim foram feitas as consideraes finais
desta pesquisa at aqui. Sendo assim, o trabalho segue organizado da seguinte
maneira:
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O primeiro captulo traz a Introduo onde constam todos os elementos do projeto
de pesquisa, tais como a Justificativa, Problema de Pesquisa e Objetivos. No
segundo captulo consta o Referencial Terico, no qual procurou-se definir e explicar
os conceitos fundamentais da Comunicao Institucional, objeto desta pesquisa. O
terceiro captulo traz o Procedimento Metodolgico aplicado para a realizao deste
trabalho. No quarto captulo esto presentes os Resultados e Discusso referentes
s informaes levantadas atravs dos mtodos de pesquisa. E por fim, no quinto
captulo constam as Consideraes Finais, apresentadas diante dos resultados
obtidos na pesquisa.
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2 REFERENCIAL TERICO
A fim de mostrar como funciona a vertente da comunicao institucional em duas
microempresas de So Sebastio, aqui delimitada pelas lojas de petshop
localizadas na regio central da cidade de So Sebastio foi elaborado o presente
trabalho de graduao.
Diante dessa temtica, iremos primeiro transcrever o que comunicao e o que a
comunicao significa para as organizaes, sob a tica de alguns autores.
2.1 COMUNICAO
A comunicao a forma de entendimento e compreenso dos indivduos. Segundo
Chiavenato (2003, p. 128), comunicao a troca de informaes entre pessoas.
Significa tornar comum uma mensagem ou informao. Chiavenato (2003, p. 128)
ressalta que a comunicao a ferramenta fundamental no processo entre
experincias humana e da organizao social. J para Rego (1986, p.15), "a
comunicao um sistema aberto, semelhante empresa". O autor compara a
comunicao com um sistema organizacional.
Apesar dos autores citados definirem comunicao, cada com sua opinio, ambos
ressaltam como a comunicao produzida, traduzida e passada at seu receptor.
Para Rego (1986), do mesmo modo que qualquer sistema tem elementos, a
comunicao tambm tem os seus elementos, so eles: fonte, codificador,
decodificador, mensagem, receptor, etc, que concluem o processo de comunicao.
E para Chiavenato (2003), a comunicao necessita de cdigos que constroem uma
mensagem, assim ela transformada e enviada por sinais (sonoros, letras,
smbolos) e por canais de comunicao (ar, fios, papel) at chegar ao destino final,
onde vai ser compreendida.
Na comunicao falada, ou seja, pessoal direta, Chiavenato (2003, p.128) descreve:
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Na conversao, a linguagem funciona como cdigo e reforada por elementos de comunicao no-verbal (como gestos, sinais, smbolos). A comunicao interpessoal tambm se pode dar a distncia, por meio da escrita, do telefone ou da internet como maio de transmitir as mensagens.
2.1.1 PROCESSO DE COMUNICAO
A comunicao, assim como qualquer atividade, passa por processos at ser
totalmente compreendida. Conforme Rego (1986), comunicao e informao so
duas coisas distintas. Para alguns autores a comunicao engloba todas as formas
e mtodos de transmitir a informao. Rego (1986, p. 59) conclui que "a
comunicao seria, portanto, a transferncia de informao entre duas ou vrias
pessoas..
O autor referenciado classifica a comunicao como uma forma que uma ou mais
pessoas tem de transformar a opinio de uma ou mais pessoas.
Em sua teoria, Rego (1986) explica que a comunicao tem dois caminhos; a
transmisso e a recepo so esses dois caminhos que fazem a mensagem ser
entendida. Para o autor referenciado, os elementos que o processo comunicacional
tem, esto a favor da organizao para que se consiga chegar s suas metas e
objetivos, com as ordens e cumprimentos delas.
Com essa viso sobre comunicao, Rego (1986, p. 16), declara que a "integrao
obtida graas ao processo comunicacional. Aparece assim, a primeira relao entre
comunicao e empresa".
2.1.2 REDES DE COMUNICAO
Para conseguir todo o efeito esperado da comunicao dentro das instituies, so
utilizados algumas redes e canais de comunicao. Sobre a anlise de Chiavenato
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(2003), uma mensagem pode ser enviada por redes de comunicao e com algumas
particularidades em relao a sua agilidade, efetividade, qualidade, etc.
Outra anlise sobre redes e canais de comunicao explicada por Rego (1986) e
acordo com o autor, as informaes organizacionais, possuem dois tipos de canais
de comunicao; o formal e o informal. Para Rego (1986), os canais formais so os
que necessitam de documentos, instrues, relatrios e que passam pelos fluxos
descendentes e ascendentes da organizao; j os canais informais, so
comunicaes paralelas aos objetivos da organizao, esse tipo de canal de
informao, foge do controle da diretoria, um canal que a organizao procura
controlar, ou seja, so todas as manifestaes contrrias as ordens da
administrao.
De acordo com Rego (1986, p. 55):
A rede formal comporta todas as manifestaes oficialmente enquadradas na estrutura da organizao e legitimadas pelo poder burocrtico. A rede informal abriga as manifestaes espontneas da coletividade, incluindo-se a a famosa rede de boatos, estruturada a partir da chamada cadeia sociolgica dos grupinhos. Explica-se a cadeia de grupinhos pela possibilidade de algum, aps uma interlocuo, encontrar trs ou quatro pessoas e passar a informao acolhida num primeiro momento (...). Entre a informao inicial e a final, h um processo de deteriorao, gerando distores.
Segundo Rego (1986), uma caracterstica das redes de informao sua formao,
uma roda com menos nveis hierrquicos, proporciona uma comunicao mais direta
e transparente.
Em relao s caractersticas de informao, Chiavenato (2003) explica que alguns
autores estudaram qual seria a melhor forma de obter uma comunicao mais
objetiva e clara dentro da rede de comunicao ou cadeias de comunicao.
Rego (1986, p. 16) afirma que:
Como, tcnica, a comunicao direciona naturalmente seus estudos para a procura de mensagens adequadas, corretas, oportunas, claras, concisas, precisas, que possam ser assimiladas sem rudos pelos participantes organizacionais. Para atingir tal meta, a comunicao procura ajustar seu discurso, estudando as habilidades e disposies das fontes e receptores, a natureza tcnica dos canais, a complexidade e/ou simplicidade dos
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contedos, a oportunidade e regularidade dos fluxos, o tamanho dos grupos.
O autor considera algumas manifestaes da comunicao, para que a mensagem a ser expressa chegue ao seu receptor e define como e quais so as direes que a comunicao faz:
Os mecanismos de comunicao numa organizao se movimentam, simultaneamente, em trs fluxos e duas direes, e no seu ajustamento reside o equilbrio do sistema comunicacional. So fluxos descendente, ascendente e lateral, nas direes vertical e horizontal. (REGO, 1986, p. 54)
De acordo com Rego (1986), o fluxo de comunicao descendente sai do topo
decisrio at sua base organizacional, no nvel hierrquico, as decises saem do
topo empresarial, para serem desempenhadas por sua base organizacional e
chegarem ao objetivo da organizao. Segundo o autor referenciado, para no
ocorrer falha no fluxo de comunicao, quando o topo empresarial decisrio passa
uma informao para atingir a todos da organizao, a informao passada por
departamentos ou setores, e seus lderes utilizam ainda duas etapas de fluxos, o de
interpretar a informao e a de transferir a mensagem at os outros membros da
organizao.
J no fluxo de comunicao ascendente Rego (1986) explica que o sentido ao
contrrio ao fluxo de comunicao descendente, ela sai da base organizacional e vai
para o topo decisrio, atravs das informaes da base organizacional que os
superiores da organizao controlam e tomam decises para a organizao.
Diante disso, o autor conclui as diferenas entre os fluxos e considera que a
comunicao horizontal cria um lao entre os grupos e setores da organizao, nos
modelos mais autoritrios e hierrquicos, as informaes se tornam propriedade de
cada grupo, assim, eles acabam usando essas informaes para controlar seus
subordinados.
Uma outra definio sobre os fluxos de comunicao feita por Kunsch (2003). A
autora cita que os fluxos comunicativos mais conhecidos so os descendentes ou
verticais, os ascendentes e os horizontais ou laterais.
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Segundo Kunsch (2003, p. 85) o fluxo descendente ou vertical sai da alta
administrao at sua base operacional, ligando o processo de comunicao da
organizao, isto , a informao passada de cima para baixo, caracterizando-se
sobretudo como comunicao administrativa oficial. .
J na comunicao ascendente, a autora explica que o processo, ao contrrio ao
descendente, sai da base operacional e vai at a alta administrao, atravs de
sugestes feitas pelos funcionrios dessa organizao, porm, Kunsch (2003)
ressalta que essa liberdade do fluxo de comunicao ascendente depende da
filosofia e das polticas dessa empresa.
Para o fluxo horizontal ou lateral Kunsch (2003) ressalta que uma comunicao de
mesmo nvel hierrquico, um fluxo de informao entre departamentos, sees e
servios, com pessoas do mesmo poder hierrquico, que quando bem administrada,
cria condies para aprimor-la seus recursos e funcionamento da empresa.
Kunsch (2003) tambm explana a respeito das organizaes orgnicas que esto
com uma grande propenso no que diz respeito ao fluxo de informao. A autora
descreve que essas organizaes por praticarem uma gesto com uma liberdade
participativa, criam situaes que permitem que as pessoas possam intervir em
vrias reas e condies. Kunsch (2003) ressalta essa forma de fluxo de informao
de transversal ou longitudinal, que se faz presente em todas as direes e em todos
os fluxos descendentes, ascendentes e horizontais nas mais variadas posies e
estrutura organizacional, essa comunicao transversal passa por todas as sedes
setoriais.
2.1.3 COMUNICAO COMO PODER EXPRESSIVO
Foi observado que a comunicao tem um grande poder dentro de uma empresa.
Conforme Rego (1986), a comunicao um fator de transferncias de ideias entre
interlocutores, que capaz de criar influncias no ambiente organizacional tanto
quanto, os prprios poderes que uma organizao tem.
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Diante disso, Rego (1986, p. 17) conclui que a comunicao "exerce, em sua
plenitude, um poder que preferimos chamar de poder expressivo, legitimando outros
poderes existentes na organizao, como o poder remunerativo, o poder normativo e
o poder coercitivo".
2.2 COMUNICAO EMPRESARIAL
Para que a empresa conquiste seu espao no mercado e o sucesso esperado, tem
como aliada, a comunicao, pois atravs dela, que ocorrem as trocas de
informaes desejadas pelo topo organizacional. Na concepo de Kunsch (2003), a
comunicao organizacional o estudo do processo de comunicao dentro de uma
organizao, o qual conhecido tambm por seus diversos pblicos no Brasil de
comunicao empresarial e comunicao corporativa.
J para Bueno (2009, p. 112), a Comunicao Empresarial funciona como um
espelho que reflete culturas e tendncias.
Bueno (2009) ressalta ainda que o termo Comunicao Empresarial, para algumas
empresas, limita-se apenas a um termo, e no ao que ela realmente representa que
so todas as funes de uma organizao.
O autor referenciado, explica que com o desenvolvimento da sociedade, esse
conceito de Comunicao Empresarial, com somente 30 anos no Brasil, passou por
vrias etapas, at se consolidar nos dias atuais.
A Comunicao Empresarial responsvel por funes administrativas da
instituio, criando procedimentos, normas e estratgias para se conseguir concluir
um objetivo organizacional. Rego (1986) explica que a comunicao produz
condies para reunies empresariais, com a finalidade de tomar decises e assim
conseguir chegar s metas que a organizao deseja alcanar.
Logo, Rego (1986, p. 16) declara que "integrao obtida graas ao processo
comunicacional. Aparece assim, a primeira relao entre comunicao e empresa".
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Rego (1986, p. 58) cita Abraham Moles que explica:
A comunicao um aspecto universal da atividade da empresa (...), pois tudo que ela produz para o meio interno ou externo ao grupo fechado que ela constitui, est relacionado a um ato comunicativo, a uma troca de sinais de um lugar para outro.
Nas instituies, a comunicao funciona como uma ferramenta direcionadora, que
defini o caminho a ser traado para chegar ao objetivo da empresa. Ao encontro
disso, Kunsch (2003) ressalta que na comunicao empresarial integrada,
encontramos vertentes que direcionam ao grupo de pessoas que ela pretende
atingir, so elas: a comunicao institucional, a comunicao mercadolgica, a
comunicao interna e a comunicao administrativa.
Para Kunsch (2003, p. 150):
O termo comunicao organizacional, que abarca todo o espectro das atividades comunicacionais, apresenta maior amplitude, aplicando-se a qualquer tipo de organizao - pblica, privada, sem fins lucrativos, ONGs, fundaes etc, no se restringindo ao mbito do que se denomina empresa.
Do ponto de vista de Rego (1986), o ato da comunicao definido por criar
modelos sistmicos, e a comunicao organizacional dividida em duas categorias;
a primeira onde abrange o processo de comunicao interna no sistema
organizacional e atinge as pessoas que trabalham na organizao; e a segunda
abrange o processo de comunicao externa, que diz respeito ao pblico externo da
organizao como fornecedores, consumidores, concorrentes e governo.
Ainda referenciando o autor, a comunicao organizacional, causa atitudes
voluntrias no pblico que a organizao deseja atingir, por ser um processo de
grande amplitude.
2.2.1 COMUNICAO INTEGRADA
Para poder ter uma relao harmoniosa, a Comunicao Empresarial Integrada cria
um elo entre todos os departamentos da organizao. Pode-se observar essa
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relao na concepo de Rego (1986), conforme o autor a comunicao uma rea
multidisciplinar, que visa os interesses das organizaes e dos colaboradores. O
autor ainda ressalta que esse diferencial da comunicao o que forma o clima
interno da empresa.
Assim como Kunsch (2003) que em sua teoria afirma que a comunicao integrada,
cria um grupo harmonioso, levando em considerao suas diversidades e as
especificaes de cada rea. As unies dessas atividades, com base na poltica
global e com suas devidas regras e objetivos, possibilitam trabalhar com estratgias
e tticas na comunicao, para conseguir o resultado esperado.
De acordo com Lee Thayer citado por Rego (1986), quando uma empresa est bem
estruturada, o processo de comunicao bem organizado.
Ainda para Rego (1986, p.16) "uma empresa se organiza, se desenvolve, enfim,
sobrevive graas ao sistema de comunicao que ela cria e mantm".
Kunsch (2003) explica que a comunicao integrada, direciona diversas reas a ter
uma sinergia, formando um mix no composto da comunicao organizacional com
as vertentes que a completam, a comunicao institucional, a comunicao
mercadolgica, a comunicao interna e a comunicao administrativa.
A Figura 1 retirada da obra da autora referenciada, mostra como funciona o sistema
de Comunicao Empresarial Integrada.
Conforme Kunsch (2003), a figura 1 mostra que as reas que compem a
comunicao organizacional integrada so a comunicao institucional, a
comunicao mercadolgica, a comunicao interna e a comunicao
administrativa. E so essas vertentes da Comunicao Empresarial Integrada, que
fazem a instituio manter um relacionamento com seu pblico e com a sociedade,
por isso no se deve isolar cada rea da comunicao. Elas tm uma ao conjunta
das atividades de comunicao que formam o mix da Comunicao Empresarial
Integrada.
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FIGURA 1: Comunicao organizacional integrada
Fonte: Margarida Kunsch (2003, p. 151)
Rego (1986) relata que por ser multidisciplinar, a comunicao se integra a diversas
maneiras de interao social, principalmente as que influenciam e que do poder e
liderana.
Depois de conhecer as vertentes que compem o composto da Comunicao
Empresarial Integrada, vamos entender como cada uma funciona, e como cada uma
contribui para a instituio.
2.2.1.1 COMUNICAO INTERNA
A comunicao interna a forma que a organizao tem para conseguir ter um bom
andamento. Kunsch (2003) expressa que essa vertente tem objetivos definidos na
instituio, a comunicao interna tem como finalidade, andar juntamente com a
comunicao normal da organizao e criar um ambiente com pleno funcionamento.
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Em sua obra, a autora compartilha como sendo uma boa conceituao sobre
comunicao interna, a empresa Rhodia, com cerca de duas dcadas, que criou o
Plano de Comunicao Social:
A comunicao interna uma ferramenta estratgica para compatibilizao dos interesses dos empregados e da empresa, atravs do estimulo ao dilogo, a troca de informaes e de experincias e a participao de todos os nveis (RHODIA, 1985 apud KUNSCH 2003, p. 154)
Desse modo, Kunsch (2003) enfatiza que a comunicao interna considerada
como uma rea estratgica, pois, engloba um conjunto de normas, polticas e
objetivos da instituio. E do alto escalo que vm todas as normas a serem
colocadas na organizao. Onde deve conter uma compatibilidade de ideias entre
diretoria e colaboradores envolvidos.
Ainda referenciando a mesma autora, constata-se que a comunicao interna
muito importante na instituio, pois dispe de troca de informaes entre o setor
executivo e o setor operacional, a fim de obter o resultado esperado.
Com isso, Kunsch (2003, p. 160) relata que:
A comunicao interna no pode ser algo isolado do composto da comunicao integrada e dos conjuntos das demais atividades da organizao. Sua eficincia ira depender de um trabalho em equipe entre as reas de comunicao e recursos humanos, a diretoria e de todos os empregados.
Diante das responsabilidades de cada setor em relao ao cumprimento das normas
e objetivos da organizao, Kunsch (2003) aplica a comunicao interna como
qualidade que a diretoria tem que ter com o restante da instituio, em passar
informaes verdadeiras, rpidas e que sejam capazes de beneficiar mudanas em
todos os setores, e que seja uma informao que tenha dois sentidos, o de ir at a
base operacional e de voltar para o alto escalo.
Com isso, a autora apresenta a comunicao como um ato de comunho de ideias
e o estabelecimento de um dilogo. No simplesmente uma transmisso de
informaes. (KUNSCH, 2003, p. 161).
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2.2.1.1.1 COMUNICAO ADMINISTRATIVA
A comunicao tem uma forma de controle dentro de uma empresa que deixa bem
estruturada. Kunsch (2003) explica que a comunicao administrativa um processo
interno da organizao, focando as funes da rea administrativa, atravs dela
que se controla o sistema organizacional e por meio de uma juno de redes e
fluxos.
De acordo com a autora, administrar uma organizao depende de um conjunto de
fatores; que so eles: planejar, coordenar, dirigir e controlar seus recursos para
poder maximizar seus lucros e obter uma alta produtividade e minimizar o custo e o
desperdcio. A autora ainda afirma que para o objetivo ser alcanado o processo de
comunicao tem quer ser contnuo.
Kunsch (2003) ainda ressalta que o fluxo de informaes o que permite a
organizao a crescer, sobreviver e manter-se dentro de um sistema aberto. Ainda
referenciando a autora, tudo o que desenvolvido na base da teoria de sistemas
leva a crer que a comunicao essencial no processo de entradas (inputs),
transformaes (throughtputs) e sadas (outputs), ou seja, todo processo
organizacional transforma recursos em produto, servios e resultados, sendo assim,
fundamental que o processo de comunicao tenha um contnuo giro de
informaes.
Diante disso, Kunsch (2003, p 153) explica que a administrao que faz convergir
todas essas instncias.
KUNSCH (2003, p. 69) cita Lee O. Thayer que:
a comunicao que ocorre dentro [da organizao] e a comunicao entre ela e seu meio ambiente que [a] definem e determinam as condies da sua existncia e a direo do seu movimento.
A autora ressalta que no composto organizacional, temos a comunicao interna,
que no pode ser confundida com a comunicao administrativa, pois a mesma
relacionada a redes e fluxos existentes na comunicao empresarial.
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2.2.1.2 COMUNICAO MERCADOLGICA
A comunicao mercadolgica a vertente do composto organizacional que
responsvel por divulgar os produtos e servios que a instituio tem. Em sua teoria,
Kunsch (2003) explica que a comunicao mercadolgica a ferramenta da
instituio que divulga seus objetivos mercadolgicos, essa vertente est ligada
diretamente com o marketing de negcios.
Por estar ligada diretamente ao composto de marketing, a autora ressalta que a
comunicao mercadolgica utiliza as ferramentas do mix do marketing para obter
informaes do mercado e dos produtos atravs de pesquisas e questionrios.
Essas informaes so de responsabilidade da rea do marketing das instituies.
A comunicao mercadolgica tem que estar inserida no desenvolvimento do
negcio, a fim de decidir qual das ferramentas do mix de marketing que ser
utilizada. Entre outros autores, Kunsch (2003, p. 163) expe as ferramentas que so
utilizadas nesse processo de mix da comunicao mercadolgica; so elas:
propaganda, promoo de vendas, merchandising, feiras e exposies, marketing
direto, vendas pessoais ou foras de vendas etc..
Em continuidade em sua obra, Kunsch (2003, p. 163) cita Rego que descreve a
comunicao mercadolgica que:
Objetiva promover a troca de produtos e/ou servios entre produtor e consumidor, [procurando] atender aos objetivos traados pelo plano de marketing das organizaes, cujo escopo fundamentalmente se orienta para a venda de mercadorias destinadas aos consumidores, num determinado espao de tempo: apoia-se a publicidade comercial, na promoo de vendas e pode, tambm, utilizar-se, indiretamente, das clssicas atividades da comunicao institucional.
Alm do autor citado acima, Kunsch (2003, p. 163) coloca uma definio de
comunicao mercadolgica do autor Daniel dos Santos Galindo, que contempla o
termo como uma melhor adequao para designar o complexo de mix de
comunicaes de marketing.
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Enfim, sob a perspectiva da autora, a comunicao mercadolgica ou de marketing,
se responsabiliza por todas as manifestaes de um mix integrado de ferramentas
da comunicao, para poder ganhar consumidores e pblico alvo decididos pelo
setor de marketing.
2.2.1.3 COMUNICAO INSTITUCIONAL
Comunicao Institucional a vertente da CEI Comunicao Empresarial
Integrada, que trabalha diretamente com a promoo da boa imagem da empresa,
contribuindo tambm para a formao da identidade da organizao perante a
sociedade.
Para Kunsch (2003), essa vertente responsvel pela edificao da identidade
corporativa de uma organizao, preocupando-se em consolidar uma imagem
positiva da instituio perante seu pblico.
A Comunicao Institucional tem como foco principal a promoo da empresa no
mercado que atua, buscando destaque perante os concorrentes. Conforme Pinho
(1990, p.123) o trabalho institucional visa desenvolver uma verdadeira
personalidade para a organizao, possibilitando a sua divulgao como um todo e
em si mesma.
Os esforos para a promoo da boa imagem da organizao devem sempre levar
em considerao o ambiente em que a empresa est inserida.
Segundo Rego (1986), os profissionais que traam suas estratgias de comunicao
ignorando o macro ambiente, com suas oportunidades e tendncias, riscos e
ameaas, esto cometendo um erro grave. Em outras palavras, o planejamento
deve ser feito assegurando que a empresa esteja sempre pronta para se adequar s
mutaes do cenrio dinmico e competitivo.
Como dito anteriormente, a Comunicao Institucional est fortemente relacionada
imagem da organizao e para Neves (2009), essa imagem na maioria das vezes
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26
no vista com bons olhos em mbito mundial. Certamente, ter uma imagem ruim
pode acarretar em diversos danos para a organizao. O autor ainda salienta que a
falta de credibilidade pode ser mais prejudicial para algumas instituies do que
outras. Segundo Neves (2009, p.14):
As consequncias da m imagem de nenhuma das instituies so to lesivas para o conjunto da sociedade quanto a m imagem das empresas. Por qu? Porque a falta de credibilidade de uma empresa significa perda de competitividade. Perda de competitividade implica menor capacidade de gerar riquezas para o pas, seja atravs da oferta de empregos, seja pela obteno de divisas, seja pela arrecadao de impostos, ou tudo junto. E No menos importante perda de competitividade empresarial acaba resultando em nus para os clientes, consumidores, usurios, acionistas e empregados. Em suma, de uma forma ou de outra, quem paga a conta do insucesso de uma empresa sempre a sociedade. (NEVES, 2009, p.14)
Na organizao identidade e imagem tem os conceitos diferentes, possibilitando
entender e ver o que realmente a instituio apresenta a seu pblico. Segundo Rego
(1986), as palavras identidade e imagem, tm um diferencial do plano real e do
plano de percepo para seu pblico; a identidade escolha de caractersticas para
se identificar junto ao seu pblico; e imagem a percepo de outras pessoas e/ou
empresas a algumas caractersticas da organizao a sua maneira, ou seja,
identidade como a organizao realmente e imagem como ela conhecida.
Nota-se que a Comunicao Institucional cria atividades para que a organizao
construa um carter estratgico para mostrar e passar seus valores, misso,
viso, filosofias e as suas caractersticas para a sociedade.
De acordo com Vaz (1995), a palavra institucional indica atividades que a
organizao usa para fixar sua imagem positiva junto ao seu pblico alvo, buscando
associar seu nome a valores e conceitos consagrados pela opinio pblica.
Estes conceitos demonstram uma nova viso por parte das empresas, que cada vez
mais esto deixando de se preocupar apenas com seus ativos tangveis e passam a
investir em novas estratgias em busca do sucesso. Para Bueno (2009, p. 31), os
ativos intangveis (marca, imagem, reputao, interao com a comunidade, entre
outros) tm sido percebidos, cada vez mais, como diferenciais competitivos para as
organizaes.
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Para uma completa e adequada estruturao, a Comunicao Institucional faz uso
de diversos instrumentos que facilitam o entendimento e a forma com que essa
vertente pode contribuir para o crescimento organizacional. Academia (2009) define
esses instrumentos como:
Relaes Pblicas Responsveis pelo gerenciamento e administrao da
comunicao, utiliza-se de canais para estreitar o relacionamento, de modo a
facilitar o dilogo e ouvir as necessidades e opinies pblicas.
Publicidade/Propaganda Institucional Responsvel por divulgar as aes da
empresa e como ela e pela fixao dos conceitos institucionais.
Jornalismo Empresarial Juntamente com Relaes Pblicas e Publicidade e
Propaganda, organiza os fluxos de informao organizacional.
Assessoria de Imprensa Ferramenta indispensvel para obteno e fornecimento
de informaes, atravs da opinio pblica e da mdia.
Imagem e Identidade Corporativa Esto totalmente interligadas entre si, o que
difere uma da outra que imagem como pblico enxerga e acredita que a
empresa seja, enquanto identidade o que a empresa realmente e faz.
Editorao Multimdia Tratamento especializado em relao aos meios de
comunicao seja eletrnicos, digitais ou impressos.
Marketing Social Diretamente ligado a questes scias, independentemente de ser
lucrativo ou no. D-se atravs de campanhas pblicas, muitas vezes com o intuito
de conscientizar a sociedade.
Marketing Cultural Estratgia organizacional relacionada a produo e incentivo da
cultura.
Ainda sobre o Marketing Cultural, Rego (1986) explica que se trata de uma
ferramenta que destaca o papel de uma organizao como agente sociocultural, o
que pode fazer com que a sociedade crie essa imagem da empresa e passe a
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associ-la e reconhec-la como grande incentivadora da cultura. O autor ainda
afirma que essa estratgia de comunicao corporativa, visa:
promoo, defesa, patrocnio e valorizao dos bens e padres culturais, sejam de cunho literrio, cientfico, artstico, sejam de natureza educacional, esportivo e/ou assistencial. Assume, portanto, uma dimenso poltica, social e econmico/comercial (edio de obras culturais, publicao de livros de natureza histrica, cientfica e artstica, edio de discos, calendrios, promoo de eventos culturais de natureza acadmico-cientfica, eventos artsticos, eventos esportivos, promoo de concursos, incentivo pesquisa cientfica e tecnolgica, campanhas beneficentes etc.). (REGO, 1986, p. 95)
Neves (2009) ressalta a relao entre questes sociais e os negcios, declarando
ser uma relao direta e permanente. O autor afirma que fatores sociais, tais como,
nvel de emprego no pas ou perfil da distribuio de renda, esto diretamente
ligados ao aumento ou reduo do mercado de consumidores. Portanto preciso
estar atento s questes sociais do ambiente em que a organizao est inserida.
Seguindo esse pensamento, Neves (2009) afirma que o empresrio que se
preocupa e defende aes que priorizam o aumento do poder aquisitivo da
populao, pode estar, alm de contribuindo para a soluo de um grave problema
social, estar tambm visando a expanso de seu mercado, pois se as condies
sociais melhoram, os negcios tambm melhoram.
J Rego (1986) relaciona o Marketing Social com o Marketing Cultural. Para o autor,
atitude tomada na utilizao de um dos instrumentos acaba levando a empresa a
ajustar-se ao outro, uma vez que, Marketing Social :
O esforo deliberado da Empresa em projetar externamente seu iderio com vistas promoo de campanhas de alto cunho social. Neste sentido, uma das regras do marketing a lei da oportunidade, que aconselha ajustar os programas de carter institucional ao contexto sociopoltico, selecionando-se (lei da seletividade) os pblicos e os contedos. Consequncia dessa postura ser o ajuste nos outros tipos de propostas do composto de marketing institucional, como o marketing cultural (lazer, comportamento, esportes, obras artsticas, educativas etc.). (REGO, 1986, p. 116)
Neves (2009), ainda destaca mais duas ferramentas relacionadas ao Marketing.
Alm do Marketing Cultural e Social, o autor cita o Marketing Esportivo e Marketing
Ecolgico:
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2.2.1.3.1 MARKETING ESPORTIVO
Para Neves (2009), o retorno obtido com essa ferramenta, atravs de um patrocnio
esportivo muito mais significativo do que o alcanado atravs de uma boa
campanha publicitria. Segundo o autor o esporte traz consigo muitas emoes e
sentimentos, alm de estarem fortemente relacionados sade, aspectos que
podem aproximar de maneira simptica a empresa ao consumidor.
2.2.1.3.2 MARKETING ECOLGICO
Neves (2009) tambm afirma que mais que os governos, as empresas so vistas
como as grandes vils quando o assunto a degradao do meio ambiente.
Portanto, para o autor, sustentabilidade a ordem do dia. Mostrar para o pblico que
sua instituio capaz de produzir reduzindo ao mximo os danos ao meio
ambiente, trar muita credibilidade para a empresa e confiabilidade por parte da
sociedade, o que faz do Marketing Ecolgico uma importante ferramenta da
Comunicao Institucional.
Para Torquato (2012), o perfil dos consumidores vem mudando ao longo dos anos, o
que faz com que os critrios para definir qual produto comprarem tambm mude.
Hoje o modelo de aproveitamento mximo do ganho monetrio est ultrapassado,
preciso pensar em longo prazo, o que faz com que seja mais importante consolidar a
confiana do consumidor na marca, ao invs de simplesmente converter no
compradores em compradores. Tal converso pode atender ao retorno imediato,
mas como dito anteriormente, o perfil dos consumidores est mudando e cada vez
maior o nmero de clientes que esto engajados e/ou se preocupam com condies
de sade, responsabilidade ambiental, dentre outras questes sociais. Nesta tica o
Marketing Social tambm se faz muito importante e necessrio, pois fazer com que
os consumidores potenciais enxerguem sua marca ou instituio como uma
empresa que se preocupa com esses aspectos, trar grandes benefcios para a
organizao.
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Diante disso, que Torquato (2012, p.219) recomenda a valorizao do consumidor,
alm de esforos em campanhas de defesa do meio ambiente, que certamente
revigorariam a identidade da empresa como fora til e vital da sociedade.
estratgias que visam promoo da boa imagem da organizao diante do seu
pblico.
Outro instrumento j citado anteriormente e muito importante para a Comunicao
Institucional o departamento de Relaes Pblicas, que est diretamente
relacionado s questes sociais (educao, sade, moradia, emprego, etc.),
principalmente nas instituies pblicas. Quando algum desses campos no vai
bem, quando um pas, estado ou municpio tem problemas na sade pblica ou
educao, por exemplo, os impactos desses problemas podem atingir diretamente a
imagem do atual governo, gerando desconfiana e diminuindo sua credibilidade
diante da sociedade. Para Neves (2009), este um problema enfrentado no mundo
todo e o autor vai alm quando afirma que Governos, Poder Judicirio, Congresso,
dentre outros rgos, no tm uma boa imagem consolidada diante da populao
em um mbito geral.
Nas instituies privadas, essa desconfiana pode surgir atravs de produtos
defeituosos, possveis danos ambientais causados pela empresa, maus resultados
financeiros que podem causar certo desconforto nos acionistas, insatisfao dos
funcionrios, dentre outros problemas que possam trazer prejuzos para a imagem
da empresa. a que entra o profissional de Relaes Pblicas, que far a ponte
entre a organizao e os consumidores. Segundo Neves (2009, p. 59) so esses
profissionais que vo lidar com consumidores zangados, funcionrios indignados,
acionistas furibundos, enfim, segurar a barra.
Para Rego (1986), originalmente as Relaes Pblicas utilizam complexos sistemas
e meios de persuaso organizacional, em sua abordagem com os clientes,
entretanto, com a mudana de comportamento dos consumidores, surge a
necessidade de uma nova postura para as Relaes Pblicas, que seria de se
adaptar a realidade do novo consumidor.
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Esse novo consumidor, resultante do composto cultural e social retratado um pouco acima, , hoje, sobretudo um homem que se guia pelo que podemos chamar de autogesto tcnica. Define parmetros para sua vida, estabelece metas, organiza-se de acordo com os riscos calculados, questiona a qualidade, mais exigente e grita mais do que gritava no passado. (REGO, 1986, p. 156).
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3 PROCEDIMENTOS METODOLGICOS
Esse trabalho foi desenvolvido pelo mtodo de pesquisa bibliogrfica, de campo,
com amostragem no probabilstica intencional, de natureza qualitativa e descritiva,
buscando atravs de uma entrevista com perguntas abertas, informaes sobre a
Comunicao Institucional nas duas microempresas de So Sebastio, delimitadas
nesta pesquisa, no ramo de petshop, localizadas nesta cidade.
Para o desenvolvimento desse trabalho, iniciou-se uma pesquisa sobre o referencial
terico em obras de autores reconhecidos na rea de Comunicao Institucional,
atravs da pesquisa bibliogrfica.
De acordo com Marconi e Lakatos (2012, p. 12):
A pesquisa bibliogrfica um apanhado geral sobre os principais trabalhos j realizados, revestidos de importncia por serem capazes de fornecer dados atuais e relevantes relacionados com o tema. O estudo da literatura pertinente pode ajudar a planificao do trabalho, evitar duplicaes e certos erros, e representa uma fonte indispensvel de informaes podendo at orientar as indagaes.
J Severino (2007) faz uso de outro termo em sua obra, para explicar o significado
de pesquisa bibliogrfica, que a documentao bibliogrfica. O autor ressalta que
esta documentao se trata de um agregado de informaes de livros, artigos,
trabalhos e o que mais se possa ter sobre o tema estudado.
O trabalho buscou coletar dados, atravs de uma pesquisa de campo, para a
elaborao geral da concluso do tema pesquisado. As autoras Markoni e Lakatos
(2012) ainda ressaltam que, antes de iniciar a pesquisa de campo, necessrio
avaliar fontes documentais que proporcionaro bases para a concluso do trabalho.
Conforme Severino (2007, p. 123):
Na pesquisa de campo, o objeto/fonte abordado em seu meio ambiente prprio. A coleta dos dados feita nas condies naturais em que os fenmenos ocorrem, sendo assim diretamente observados, sem interveno e manuseio por parte do pesquisador.
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Marconi e Lakatos (2012), explicam que dependendo do mtodo de pesquisa,
determinam-se quais as tcnicas que sero utilizadas, para a coleta de dados e para
identificar se as amostras sero suficientes para uma anlise futura.
Para esse trabalho foi utilizado como mtodo de pesquisa uma entrevista com
amostragem no probabilista intencional com os dois microempresrios. Pois
escolhemos microempresas com maior tempo de atividade comercial no municpio
de So Sebastio e com um segmento pouco estudado, o ramo somente de
petshop Marcone e Lakatos (2012) definem que entrevista trata-se de um encontro
entre entrevistador e entrevistados, a fim de coletar informaes sobre determinado
assunto. uma forma de colher informaes para poder analisar dados e chegar a
uma concluso. As autoras ainda esclarecem que o objetivo principal a coleta de
dados com o entrevistado sobre determinado assunto ou tema.
Marconi e Lakatos (2012) explicam que na amostragem no probabilstica sua
principal caracterstica a no utilizao de formas estatsticas, por se tratar de
selees aleatrias de amostragem. Assim no podendo ser utilizado como mtodos
estatsticos.
As autoras ainda ressaltam que o tipo de amostragem no probabilstica intencional
a mais comum, pois o entrevistador se interessa por algum elemento da populao
escolhida, ou seja, o entrevistador seleciona um pequeno grupo intencionalmente
para colher dados desejados. Como essa tcnica tem limitaes, os resultados no
podem ser generalizados populao total e sim ao pblico especfico.
Foi feito uma pesquisa de natureza descritiva e qualitativa, pois observamos os
fatores existentes no ambiente das duas microempresas analisadas, descrevendo os
fenmenos encontrados e buscando compreender o porqu eles ocorrem, sem se
preocupar em quantificar os fatos, mas sim, entender suas causas.
Severino (2007, p. 119), conclui que so vrias metodologias de pesquisa que
podem adotar uma abordagem qualitativa, modo de dizer que faz referncia mais a
seus fundamentos epistemolgicos.
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Este trabalho de graduao tem como objeto de estudo, o uso da Comunicao
Institucional em duas microempresas do ramo de petshop na regio central de So
Sebastio, com a elaborao de perguntas abertas direcionada aos dois
microempresrios. Marconi e Lakatos (2012) explicam que perguntas abertas tratam-
se de perguntas abertas ou livres, onde o entrevistado expe sua opinio livremente.
O uso da vertente Comunicao Institucional nas instituies analisadas, foi avaliada
com base no resultado terico adquiridos nesse processo de pesquisa.
3.1 HISTRICOS DAS MICROEMPRESAS PESQUISADAS
Como fonte de pesquisa o presente trabalho analisou as microempresas Pet Casa
dos Canrios e a Casa do Stio, duas microempresas do ramo de petshop situadas
na cidade de So Sebastio, para levantarmos as informaes necessrias e assim
ter um parmetro enquanto a utilizao da ferramenta estratgica em estudo.
Primeiramente apresentada a microempresa Pet Casa do Canrio. De acordo com
o proprietrio, o senhor Alex Sandro, sua primeira loja foi inaugurada em 2002 (dois
mil e dois) no bairro da Topolndia em So Sebastio. Inicialmente a microempresa
era administrada por ele, sua irm e seu cunhado, porm a sociedade durou pouco
tempo, pois os outros dois scios no tinham o tino comercial, segundo o senhor
Alex Sandro. Aps dois anos de funcionamento, sua esposa Cntia saiu de seu
emprego para ajud-lo na administrao da loja.
No ano de 2008 (dois mil e oito) surgiu uma oportunidade de expanso do negcio,
uma segunda unidade, estabelecida no centro da cidade, um ponto melhor
localizado e com um fluxo maior de clientes. Aps trs anos no mesmo local e com
um crescimento constante, a loja precisava de um espao maior, o que fez com que
o casal de microempresrios iniciasse uma busca por um novo ponto comercial.
Encontraram um ponto maior, dentro das caractersticas almejadas pelo casal. Aps
longas conversas compraram o prdio, onde j esto instalados h cinco anos,
totalizando oito anos no centro da cidade e j com 14 (quatorze) anos no ramo de
petshop, desde sua primeira loja. Com a expanso do empreendimento, surgiu a
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necessidade da contratao de alguns funcionrios, hoje o senhor Alex Sandro
trabalha juntamente com seu filho na loja situada no bairro Topolndia, enquanto
sua esposa administra a loja do centro da cidade e conta com mais trs funcionrios.
O empresrio ressalta que apesar de ser a mesma loja, os pblicos so bem
distintos. O pblico da primeira loja so pessoas que moram perto e no se
importam em ir vrias vezes ao estabelecimento, comprando sempre em poucas
quantidades, j na loja do centro da cidade, o pblico segue a teoria do tempo
escasso, ento a compra feita em grandes quantidades, reduzindo o nmero de
visitas loja.
A outra microempresa pesquisa a Casa do Stio que atua no mesmo segmento de
mercado da microempresa citada anteriormente e administrada pelo
microempresrio senhor Miguel Ruiz e sua esposa dona Marta Ruiz. A
microempresa fica localizada no bairro Topolndia, no mesmo local desde sua
inaugurao. O casal de microempresrios atua no ramo de petshop h 16
(dezesseis) anos.
O empreendimento trata-se tambm de uma empresa familiar, porm, inicialmente
contava com um funcionrio, mas devidos a alguns fatores, tais como: carga horria,
custos de manuteno de um funcionrio e outros no especificados pelo
microempresrio, optaram por administrar somente ele e sua esposa. A
microempresa j est sem funcionrios h alguns anos.
O senhor Miguel Ruiz relata que sua loja est muito bem localizada, o que justifica a
permanncia no mesmo local h 16 (dezesseis) anos. Seu pblico composto por
pessoas que frequentemente transitam pelas proximidades da loja e j fazem suas
compras.
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4 RESULTADOS E DISCUSSO
4.1 O CONHECIMENTO DA VERTENTE INSTITUCIONAL
De acordo com as informaes levantadas atravs das entrevistas feitas com os
dois microempresrios de So Sebastio, foi possvel ter uma posio de como est
a relao destes gestores com a ferramenta estratgica em estudo, a Comunicao
Institucional.
O primeiro microempresrio entrevistado foi o senhor Alex Sandro Vilela da Silva,
proprietrio da empresa Pet Casa do Canrio. Inicialmente perguntamos se o
microempresrio conhecia os conceitos da Comunicao Institucional. O senhor
Alex Sandro mostrou ter certa noo sobre o que se trata a vertente Comunicao
Institucional. Segundo o microempresrio, a noo bsica sobre essa vertente vem
de sua esposa, a senhora Cntia Lima, aluna do curso de Gesto Empresarial da
Fatec So Sebastio.
Ao ser questionado se conhecia um dos principais objetivos da Comunicao
Institucional, o senhor Alex Sandro respondeu que acreditava se tratar de um meio
para vender a imagem da empresa, sua identidade, o que nos remete definio
feita por Kunsch (2003) e j citada anteriormente, na qual a autora afirma que essa
a vertente responsvel pela edificao da identidade corporativa de uma
organizao, preocupando-se em consolidar uma imagem positiva da instituio
perante seu pblico.
Outro objetivo sobre a Comunicao Institucional citado por Pinho (1990, p. 123)
onde ele afirma que o trabalho institucional visa desenvolver uma verdadeira
personalidade da organizao, possibilitando a sua divulgao como um todo e em
si mesma. Teoria que vai ao encontro resposta do senhor Alex Sandro que aponta
ser importante estar ligado as questes sociais, se preocupando com a forma que a
empresa deve se comportar e com isso agregando valor a empresa.
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O mesmo questionamento foi feito ao senhor Miguel Acien Ruiz, o mesmo afirmou
desconhecer o assunto, o que tornou necessrio uma breve explicao sobre a
vertente Comunicao Institucional, seus conceitos e formas de aplicao. A partir
das respostas obtidas do microempresrio entrevistado, foi percebido que o mesmo
no possui estratgias para sua instituio, por no conhecer o assunto.
Aps a explanao sobre o assunto, foi perguntado ao senhor Miguel Ruiz se ele
considerava importante a utilizao dessa ferramenta em seu segmento de mercado
e o microempresrio prontamente respondeu que sim, o que mostra que a viso
empresarial apresentada pelo senhor Miguel Ruiz creditada ao no conhecimento
de ferramentas estratgicas e no por resistncia ao uso delas. O que nos remete a
observao de Rego (1986), que segundo o autor os profissionais que traam suas
estratgias de comunicao ignorando o macro ambiente, com suas oportunidades e
tendncias, riscos e ameaas, esto cometendo um erro grave.
Buscando uma comparao entre vises empresarias de certa forma distintas, o
mesmo questionamento foi feito ao senhor Alex Sandro que tambm respondeu
positivamente, afirmando ser importante que a empresa mantenha as pessoas
informadas, o microempresrio acredita que o cliente ao procurar aes
institucionais em sua loja, vai fazer com que a empresa se aproxime da comunidade,
evidenciando a importncia de estreitar o relacionamento com os clientes, conceito
citado por Bueno (2009), alm de falar do valor que ele acredita agregar empresa.
Foi perguntando tambm aos dois microempresrios qual o retorno eles acreditavam
que a aplicao dessa ferramenta estratgica proporcionaria a suas empresas. O
senhor Alex Sandro ressaltou o valor que essa ferramenta agrega empresa e
proximidade maior que teria com o cliente, alm de acreditar que quanto mais aes
a empresa fizer, maior vai ser a procura por sua empresa por parte dos clientes, pois
assim iriam associar a imagem da empresa a essas aes. Resposta que nos leva a
teoria sobre imagem citada por Rego (1986), onde explica que identidade e imagem,
tem um diferencial do plano real e do plano de percepo para seu pblico, o autor
explana que identidade como a organizao realmente e imagem como ela
conhecida.
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J o senhor Miguel Ruiz acredita que teria pouco retorno em sua empresa com a
aplicao dessa ferramenta institucional, ao contrrio da resposta do senhor Alex
Sandro. Observou se ento que mesmo com a explicao dada inicialmente ao
senhor Miguel Ruiz, foi possvel perceber que a falta de conhecimento profundo
sobre essa vertente institucional por parte dele, um dos fatores que faz com que
ele acredite ter pouco retorno aplicao dessa vertente em sua empresa, mesmo
acreditando que com a implantao dessa ferramenta em sua loja seria muito
importante para seu segmento de negcio, como citado em sua resposta anterior.
Essa resposta do senhor Miguel Ruiz vai de encontro s teorias dos autores
referenciados nesse trabalho. Para Kunsch (2009) a aplicao desta ferramenta
institucional edifica a identidade corporativa da organizao e para Pinho (1990) a
ao institucional desenvolve uma personalidade para a organizao em
consonncia Rego (1986) adverte que os profissionais precisam traar suas
estratgias de comunicao para no cometerem um erro grave. E como a
Comunicao Institucional est totalmente ligada imagem da empresa, Neves
(2009) ressalta que a falta de credibilidade pode ser prejudicial para algumas
empresas do que para outras.
4.2 AES INSTITUCIONAIS E SUAS DIFICULDADES DE APLICAO
Considerando a teoria de Vaz (1995) que relaciona a expresso institucional com
aes praticadas pela organizao, com o intuito de promover uma imagem positiva
da empresa junto ao seu pblico, procurou saber dos entrevistados se em algum
momento eles j praticaram, mesmo que de forma intuitiva, alguma ao com essa
finalidade.
A resposta do senhor Alex Sandro para esta questo, foi que as aes feitas por sua
empresa e que ele acredita promover a boa imagem da instituio so na verdade,
ideias vindas de fornecedores ao qual eles buscam adaptar e introduzir nas
atividades dirias da empresa. O microempresrio citou, como exemplo, a utilizao
de sacolinhas biodegradveis e de materiais que agridam menos a natureza.
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Tal iniciativa vai ao encontro dos conceitos apresentados pela ferramenta de
Marketing Ecolgico, mencionada na teoria de Neves (2009), que enfatiza a
importncia de reduzir ao mximo os danos ao meio ambiente em seus processos
de comercializao ou prestao de servios, as chamadas Empresas Verdes,
conceito que a cada dia est mais presente no mercado, muito em funo do que
tambm conhecido como Ordem do Discurso, ou seja, qual a preocupao do
momento, qual o assunto ao qual todos esto voltados e dedicando maior ateno,
neste caso, a preocupao com o meio ambiente e seus recursos escassos, o que
pede das empresas um desenvolvimento sustentvel. No entanto, vale ressaltar que
no caso do senhor Alex Sandro, essa uma iniciativa vinda dos fornecedores e no
de sua prpria empresa.
Sendo assim, retomado o questionamento junto ao senhor Alex, enfatizando sobre a
realizao de aes de iniciativa prpria por parte da empresa, para a promoo de
sua imagem perante o pblico. O microempresrio respondeu que aes especficas
e estruturadas no so realizadas por sua empresa e atribui grande parte dessa
baixa, falta de um conhecimento mais aprofundado das ferramentas e conceitos
estratgicos e a falta de apoio por parte de possveis parceiros. O segundo ponto
indicado pelo microempresrio chamou muito a ateno, visto que aes
institucionais, desta magnitude, necessitam de diversos recursos para sua
implantao e realizao, recursos estes, que para uma microempresa
extremamente difcil garanti-los e disponibiliz-los sozinha sem a colaborao de
parceiros pontuais.
Com essa viso obtida por parte do senhor Alex Sandro, foi perguntado se ele
atribua um peso maior na dificuldade de lanar aes institucionais prprias falta
de apoio dos fornecedores, e ele prontamente respondeu que sim e acrescentou que
ficam engessados a pequenas aes vindas dos prprios fornecedores. Disse ainda,
que por apenas comprar e vender os produtos, no pode agregar nenhuma etiqueta
de conscientizao nas embalagens, algo que ele acredita ser importante.
Isso nos mostra que realmente o microempresrio no conhece a vertente
Comunicao Institucional em seu mbito total, pois a mesma abrange diversas
outras ferramentas que podem ser utilizadas por diversas empresas,
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independentemente do seu ramo de negcio, ou o seu envolvimento na manipulao
do produto. Tais ferramentas so apresentadas por Academia (2009), como
instrumentos que facilitam o entendimento e uso da vertente por parte das
organizaes. A autora cita as ferramentas: Marketing Cultural, Marketing Social,
Relaes Pblicas dentre outras, que exploram diversas outras maneiras de
promover a boa imagem da empresa, como estreitar o relacionamento da
organizao com o cliente e assim conquistar sua simpatia, consolidar a identidade
da instituio como uma empresa preocupada e inserida em causas sociais e
diversas outras formas de utilizao da vertente Comunicao Institucional pelo
gestor.
J o senhor Miguel Ruiz, diante do mesmo questionamento, afirmou ter feito uso de
aes, mesmo sem saber o nome. Porm percebeu-se que o microempresrio no
havia assimilado corretamente do que se tratava o termo promoo neste contexto.
Para o senhor Miguel, o termo estava relacionado a vertente Mercadolgica, de
forma mais especfica, a ferramenta Promoo de Vendas e no promoo,
divulgao e consolidao da boa imagem da empresa. Isso mais uma vez
evidencia a falta de conhecimento de fundamentos tericos e ferramentas
estratgicas por parte de alguns microempresrios da regio.
4.3 COMPORTAMENTO DOS CONSUMIDORES
Outro fator externo que pode influenciar a tomada de deciso de um administrador e
que foi percebido nas empresas entrevistadas o comportamento de seus clientes.
Como j foi mencionado anteriormente, Torquato (2012) afirma que o perfil dos
consumidores vem mudando com o passar dos anos, tornando-os mais criteriosos
na hora de decidir em comprar ou no comprar algum produto ou solicitar algum
servio.
Perguntou-se aos empresrios se seus clientes, ou parte deles se encaixam nesse
novo perfil de consumidor. Para o senhor Alex Sandro, boa parte de seus clientes se
encaixam nesse novo perfil de consumidor, pois como ele mesmo afirma, muitos de
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seus clientes sempre procuram marcas que obedeam s normas e condutas
sustentveis.
Hoje, o preo deixou de ser unanimidade para a deciso de adquirir ou no
determinada mercadoria ou servio, os novos consumidores levam em considerao
diversos outros fatores, como procedncia, processo de fabricao, dentre outros.
Tal comportamento corresponde ao perfil traado pelo autor citado cima. Sendo
assim, Torquato (2012) salienta que preciso pensar a longo prazo, as estratgias
no devem ser organizadas apenas com o intuito de transformar no compradores
em compradores, mas sim, estruturadas visando conquistar a confiana do
consumidor e consequentemente sua fidelidade.
O mesmo perfil de consumidor tambm foi identificado pelo senhor Miguel Ruiz,
porm em uma intensidade menor. O microempresrio cita como exemplo o
reaproveitamento de embalagens por parte de seus clientes, visando uma menor
degradao do meio ambiente. Porm ele acredita ainda ser pouco, diante das
necessidades atuais.
Em sequencia, foi feito um questionamento ao senhor Alex Sandro sobre o nvel de
rigorosidade do consumidor para definir suas compras. Questionado se seus clientes
seriam capazes de desistir de uma compra, caso o produto escolhido no atendesse
aos requisitos especficos. Como resposta, o senhor Alex Sandro apontou que em
uma escala de 0 a 10, apenas dois clientes chegariam ao ponto de desistir de uma
compra, caso os produtos no atendessem a tais critrios. J o senhor Miguel Ruiz
afirmou que no, o microempresrio acredita que seus clientes no tomariam tal
deciso.
Pelo fato do senhor Alex Sandro possuir duas lojas e em bairros diferentes,
perguntamos se de acordo com sua percepo, havia alguma diferena de perfil
entre os consumidores de uma loja para outra. E de acordo com o senhor Alex
Sandro existe sim essa diferenciao. Para ele, os consumidores que frequentam a
loja de bairro at apresentam certa preocupao com os aspectos ambientais,
porm em uma proporo e intensidade menor.
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Considerando este cenrio criado pelo comportamentol de seus consumidores,
percebemos uma grande oportunidade para a aplicao de ferramentas ligadas a
preservao do meio ambiente, visando valorizao e satisfao dos
consumidores, estratgia defendida por Torquato (2012), que segundo o autor
elevam a boa imagem da organizao diante seu pblico. Entretanto, tal
oportunidade ainda no explorada dessa forma pelo microempresrio.
Ao final da pesquisa, percebeu-se que os microempresrios, o senhor Alex Sandro e
o senhor Miguel Ruiz no aproveitam em suas empresas os benefcios que o uso da
vertente Comunicao Institucional pode proporcionar por falta de conhecimento do
assunto.
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5 CONSIDERAES FINAIS.
Analisando as informaes obtidas nas entrevistas feitas com os dois
microempresrios de So Sebastio do ramo de petshop e passando a conhecer
melhor o ambiente empresarial dos entrevistados, foi notado que os mesmos no
fazem uso da vertente Comunicao Institucional. Passou-se a observar ento os
fatores internos e externos que impedem a aplicao da vertente em estudo em
suas microempresas.
Referindo-se aos fatores internos observou-se a falta de conhecimento, por parte
dos administradores das empresas, de ferramentas estratgicas que podem auxiliar
nos resultados obtidos em seus negcios.
Outro fator interno observado foi a comodidade apresentada por um dos
microempresrios entrevistados, no que diz respeito a disposio em acompanhar
as mudanas que vm ocorrendo no mercado. Notou-se que para o senhor Miguel
Ruiz, o seu maior trunfo creditado localizao de seu estabelecimento, talvez
essa seja sua maior estratgia. Entretanto essa apenas uma estratgia de
sobrevivncia, pois seu estabelecimento j funciona h 16 anos no mesmo local sem
passar por muitas alteraes, ou seja, sem perspectiva de crescimento.
Comportamento diferente percebido no senhor Alex Sandro, que embora
desconhea tcnicas e teorias estratgicas de negcios, sempre buscou ao longo de
sua carreira como microempresrio, estar atento, na medida do possvel, bem
informado em relao dinmica do ambiente em que est inserido. Exemplo disso
foi iniciativa de sua esposa de ingressar em um curso superior de Gesto
Empresarial, a fim de obter o conhecimento necessrio para uma boa administrao
de suas empresas. O resultado desse comportamento percebido no fato de que
em 14 anos de atividade comercial, o microempresrio conta com duas unidades de
sua loja no municpio.
Assim como os fatores internos, os fatores externos tambm influenciam na tomada
de deciso dos gestores.
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Dito isso, observou-se como fator externo que impossibilita aplicao e utilizao
da vertente em estudo a falta de apoio por parte de fornecedores citada pelos
prprios microempresrios. Obviamente, investir em aes de cunho institucional
requer um grande empenho financeiro e para um microempresrio, se aventurar em
tais aes sem a colaborao de um parceiro torna-se quase que impossvel.
Outro fator percebido o comportamento dos consumidores, que segundo os
microempresrios at se adequam, em parte, ao novo perfil de consumidor relatado
por Torquato (2012). Porm, no em um nvel considervel que justifique esforos
financeiros em programas que visam atender as necessidades desses
consumidores, por parte das instituies.
Vale lembrar que essas so vises apresentadas pelos dois microempresrios
entrevistados que no possuem um conhecimento profundo da vertente em estudo.
Alm dos estabelecimentos que participaram dessa pesquisa, respondendo nossa
entrevista, foram procuradas mais duas empresas, cujo os gestores se recusaram
em participar desse trabalho. Foi possvel perceber a falta de conhecimento sobre o
tema estudado por parte dos microempresrios, talvez pelo fato de se tratar de algo
novo no Brasil. Esse desconhecimento dos microempresrios pode ter sido o motivo
pela recusa em participar dessa pesquisa.
Conhecendo bem os benefcios e resultados alcanados com a utilizao da
Comunicao Institucional como ferramenta estratgica, consideramos de extrema
importncia sua aplicao mesmo nas microempresas. Porm, infelizmente a falta
de conhecimento dos microempresrios em relao vertente Institucional ainda
grande, logo, no sabem como utiliz-la efetivamente. O fato de se tratar de algo
novo no ambiente empresarial brasileiro contribui para est realidade. Talvez seja
necessrio repensar sua forma de utilizao nas microempresas, devido falta de
apoio, porm, com um cenrio dinmico e mutvel a perseverana por parte dos
microempresrios em utilizar tal ferramenta pode alterar o comportamento e atrair
possveis parceiros.
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REFERNCIAS
ACADEMIA, V. Instrumentos da Comunicao Institucional. 2009. Disponvel em http://acompasso.blogspot.com.br/2009/05/instrumentos-da-comunicacao.html, acesso em
11/03/2016.
BUENO, W. C. Comunicao Empresarial: Polticas e estratgias - So Paulo: Saraiva, 2009.
CHIAVENATO, I. Introduo a teoria geral da administrao: uma viso abrangente da moderna administrao das organizaes. 7. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. 11. Reimpresso.
KUNSCH, M. M. K. Planejamento de relaes pblicas na Comunicao Integrada. So Paulo: Summus, 2003.
MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Tcnicas de pesquisa: planejamento e execuo de pesquisas, amostragem e tcnicas de pesquisa, elaborao, anlise e interpretao de dados. 7. ed. 6. reimpr. So Paulo: Atlas, 2012.
NEVES, R.C. Comunicao Empresarial Integrada: como gerenciar: imagem, questes pblicas, comunicao simblica, crises empresariais. 3. ed. Rio de Janeiro: Mauad, 2009.
PINHO, J. B. Propaganda Institucional: uso e funes da propaganda em relaes pblicas. So Paulo: Summus, 1990.
REGO, F. G. T. do Comunicao Empresarial, Comunicao Institucional; conceitos, estratgias, sistemas, estrutura, planejamento e tcnicas. So Paulo: Summus, 1986.
SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho cientfico. 23. ed. rev. e atual. So Paulo: Cortez, 2007.
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TORQUATO, G. - Cultura poder, comunicao, crise e imagem: fundamentos das organizaes do sculo XXI. 2. ed.- So Paulo: Cengage Learning, 2012.
VAZ, G. N. Marketing Institucional: o mercado de ideias e imagens. So Paulo: Pioneira, 1995.
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APNDICES
Transcrio da entrevista feita com o empresrio Alex Sandro Vilela da Silva,
proprietrio de empresa Casa do Canrio.
Entrevistador: Voc J Conhecia os conceitos da vertente Comunicao
Institucional?
Proprietria: Um Pouco, j ouvi falar, pois a faculdade que minha esposa cursa tem
uma disciplina relacionada a esse assunto. O pouco que sei foi ela que me explicou.
Eu diria que tenho uma noo bsica do assunto.
E: Voc sabe qual o principal objetivo da Comunicao Institucional?
P: Acredito que atravs da Comunicao Institucional que podemos vender a
imagem da empresa, sua identidade, como que a empresa deve se comportar diante
de questes sociais, se ela tem esse comportamento, se ela se preocupa com isso e
tudo isso agrega valor empresa.
E: Continuando, o quanto voc considera importante a aplicao da Comunicao
Institucional para o seu segmento de mercado e especificamente para sua empresa?
P: Bom, para a minha empresa, importante que a gente mantenha as pessoas
informadas, porque as empresas dispem de diversas aes nessas questes
sociais e ns temos que passar para nossos clientes, ento importante porque
agrega valor, o cliente vai procurar sua loja para participar dessas aes e vai fazer
com que a empresa se aproxime da comunidade e especificamente no meu caso
que trabalho com ces, animais de estimao, vai estimular s pessoas a cuidarem
melhor dos seus bichinhos.
E: Ento qual o retorno voc acredita que o uso dessa ferramenta estratgica pode
proporcionar para sua empresa?
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P: Ento, como eu j disse, eu acredito que agrega muito valor a empresa, por voc
estar sempre aproximando mais o cliente a sua empresa, quanto mais aes voc
fizer mais o cliente vai te procurar, pois ele sabe que comprando seus produtos de
alguma forma isso vai ser revertido, e assim ele vai ajudar nos programas de
proteo aos animais, como os de animais abandonados onde atravs da compra de
uma rao, parte do valor revertido para esses programas e isso chama muito a
ateno dos clientes e eles associam a imagem da minha empresa a esses
cuidados.
E: Bom, ns percebemos que voc tem certa noo dos conceitos da Comunicao
Institucional, muito em funo de sua esposa estar cursando Gesto Empresarial.
Voc utiliza na sua empresa, mesmo de forma intuitiva, a vertente Comunicao
Institucional? Voc trabalha isso na sua empresa?
P: Bom, como as empresas com quem eu trabalho (fornecedores) utilizam-se dessa
ferramenta, ns tentamos introduzir essas aes na medida que vem dos
fornecedores. Partindo de ns mesmo fica um pouco complicado, ns tentamos
fazer algumas aes visando a proteo do meio ambiente, as sacolinhas
biodegradveis, a utilizao de materiais que agridam menos a natureza, na medida
do possvel ns vamos introduzindo no nosso comrcio, mas as demais aes so a
partir da iniciativa dos fornecedores mesmo.
E: Mas Voc J fez alguma ao especfica, de iniciativa prpria, utilizando alguma
ferramenta da Comunicao Institucional?
P: Com relao s aes Institucionais na empresa eu ainda no adotei nenhuma,
visto que eu no conheo profundamente as ferramentas e os procedimentos para
realiz-las. Mesmo com minha esposa cursando a faculdade, ns ainda no
paramos para analisar essas possibilidades, mas o principal motivo eu citaria a falta
de apoio de fornecedores, parceiros.... Ou at mesmo a falta de parceiros para
essas aes. Mas eu pretendo sentar com minha esposa e analisarmos o que
melhor para empresa.
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E: cada vez maior o nmero de consumidores ligados em problemas sociais,
culturais e ambientais. Este perfil de consumidor geralmente considera estes
aspectos na hora de definir qual produto comprar. Voc considera que seus clientes,
ou boa parte deles se encaixam nesse novo perfil de consumidor?
P: Sim, com certeza! Ultimamente tem se falado muito sobre os produtos
transgnicos na rao. Foi constatado que os transgnicos podem causar alguns
problemas de sade nos ces, pesquisas comprovam isso. Os clientes sempre
procuram as marcas de rao que esto atentas a isso, ento precisamos ter essas
informaes para passar aos clientes. Outro ponto, como eu j falei so as
embalagens, eu procuro trabalhar com embalagens biodegradveis para contribuir
com a preservao.
E: Ento voc acha que esses clientes seriam capazes at de desistir de uma
compra, caso algum produto no atendesse esses requisitos especficos? Os seus
clientes poderiam chegar a esse ponto?
P: Ento, isso muito recente. Numa escala de 0 a 10 eu diria que apenas 2
desistiriam da compra pelo fato do produto no a tender s especificaes de
preservao do meio ambiente.
E: Bom, voc tem duas lojas, uma no Centro da cidade e no bairro Topolndia. Voc
acha que tem diferena no perfil desses consumidores de uma loja para outra?
P: Tem sim! Justamente os clientes que procuram produtos no transgnicos,
embalagens biodegradveis, produtos que no agridem a natureza, so os
pertencentes s classes A e B, que frequentam mais a loja do Centro da cidade. Os
outros clientes tambm apresentam certa preocupao com essas questes, porm
dificilmente desistiriam de uma compra caso o produto no atendesse aos requisitos
de preservao, por exemplo. Diferente do pblico A e B.
E: Portanto voc atribui uma dificuldade maior para lanar aes prprias devido
falta de apoio dos fornecedores?
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P: Com certeza! Ns ficamos limitados a descarte de embalagens, pois tem algumas
embalagens que no podem ser descartadas de qualquer forma. Por no receber
apoio dos fornecedores ns ficamos engessados enquanto a aes de iniciativa
prpria, ao descarte de embalagens. Por apenas comprar e vender os produtos eu
no posso agregar nenhuma etiqueta de conscientizao s embalagens, ou algo do
tipo e por no receber apoio fica complicado investir em outras aes.
E: Bom, ns conversamos com o empresrio Alex Sandro Vilela da Silva,
proprietrio da empresa Casa do Canrio, situada na cidade de So Sebastio/SP.
Muito obrigado pela ateno Sr. Alex.
P: Por nada! At a prxima.
Transcrio da entrevista feita com o empresrio Sr Miguel, proprietrio da
empresa Casa do Stio.
Entrevistador: Voc j conhecia (j ouviu falar) os conceitos de vertentes de
Comunicao Institucional?
Proprietrio: No.
E: Agora que voc sabe do que se trata a vertente Comunicao Institucional, voc
acredita ser importante a aplicao da Comunicao Institucional no seu segmento
de mercado e especificamente para a sua empresa?
P: Com certeza.
E: Voc acredita que essa ferramenta estratgica pode proporcionar algum retorno
para sua empresa?
P: Muito pouco.
E: Depois de conhecer a vertente Comunicao Institucional, voc percebeu se ela
usada mesmo que de forma intuitiva na sua empresa?
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P: Sempre tentei fazer, mesmo sem conhecer o nome.
E: Voc acredita que receberia apoio de fornecedores/parceiros para aes de
Comunicao Institucional?
P: No.
E: Com a grande preocupao dos consumidores em problemas sociais, esse novo
perfil de consumidor geralmente considera estes aspectos na hora de definir aonde
e qual produto comprar. Voc considera que seus clientes ou boa parte deles se
encaixam nesse novo perfil de consumidor?
P: Acho que sim, pois os sacos vazios de rao, alguns clientes reutilizam para
outros fins, apesar de achar que a populao ainda no est evoluda no sentido de
separao de sucatas e orgnicos, a cada 100 pessoas 2 devem se preocupar com
esse tema.
E: Ento voc acha que esses clientes seriam capazes at de desistir de uma
compra, caso algum produto no atendesse esses requisitos especficos? Os seus
clientes poderiam chegar a esse ponto?
P: Eu acredito que no, eles no chegariam a isso.
E: Visando os cuidados e a preservao do meio ambiente e a valorizao dos
clientes, sua empresa promove alguma campanha em defesa do meio ambiente
para conseguir uma boa imagem de sua instituio?
P: Campanhas para a empresa no, s para vender raes (risos)
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ANEXO
LOJA 1 CASA DO CANRIO
Primeira loja do microempresrio Topolndia
Senhor Alex Sandro em suas atividades administrativas
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LOJA 2 PET CASA DO CANRIO
Segunda loja do senhor Alex Sandro Centro de So Sebastio
Senhora Cntia Lima em suas atividades dirias
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CASA DO STIO
Empresa do senhor Miguel Ruiz Filho - Topolndia
Senhor Miguel Ruiz em suas atividades dirias