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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS CEEBJA GUARAPUAVA PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II E MÉDIO GUARAPUAVA 2012

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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS

CEEBJA GUARAPUAVA

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II E MÉDIO

GUARAPUAVA2012

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SUMÁRIO1  APRESENTAÇÃO ….......................................................................................... 05

1.1 Objetivos da Instituição ….......................................................................... 05

2 IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ESCOLAR ….................................... 07

2.1 Dados Históricos da Instituição …............................................................. 07

2.2 Cidade de Guarapuava …........................................................................... 09

3 DIAGNÓSTICO DA INSTITUIÇÃO ESCOLAR …......................................... 15

3.1 Distribuição de Funções …......................................................................... 15

3.1.1 Professores …...................................................................................... 15

3.1.2 Funcionários …................................................................................... 20

3.2  Caracterização da Comunidade Escolar …................................................ 21

3.3 Os espaços escolares e a infraestrutura ….................................................. 37

3.3.1Condições Físicas e Pedagógicas ….................................................... 37

3.3.2 Resultados Educacionais do CEEBJA Guarapuava …....................... 40

3.3.3 Plano de Capacitação Continuada do Corpo Docente e Funcionários 41

4 FUNDAMENTAÇÃO …....................................................................................... 41

4.1 Concepção de Homem …............................................................................ 41

4.2 Concepção de Mundo …............................................................................ 42

4.3 Concepção de Sociedade …....................................................................... 42

4.4 Concepção de Conhecimento …................................................................. 43

4.5 Concepção de Educação …........................................................................ 44

4.6  Concepção de Escola …............................................................................ 45

4.7 Concepção de Cultura …............................................................................ 47

4.8 Concepção de Trabalho …......................................................................... 48

4.9   Concepção   de   Tecnologia   e   Contribuição   no   Processo   Ensino­Aprendizagem …........................................................................................................ 49

4.10 Concepção de Cidadania …...................................................................... 50

4.11 Concepção de Ciência ….......................................................................... 53

4.12  Concepção de Adolescência …................................................................ 54

4.13 Concepção de Ensino e Aprendizagem …................................................ 55

4.14 Concepção de Currículo …....................................................................... 56

4.15 Concepção de Aprendizagem …............................................................... 58

4.16 Concepção de Avaliação …....................................................................... 58

4.17  Concepção de Letramento …................................................................... 59

4.18 Temas Socioeducacionais …..................................................................... 60

4.18.1 História e Cultura Afro­Brasileira e Indígena (Lei n.º 11.645/2008)..       61

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         4.19 Realidade Global da Educação no País …................................................ 62

5 PROPOSIÇÕES DE AÇÕES ….......................................................................... 69

5.1 Atribuições …............................................................................................. 69

5.1.1 Compete ao Diretor …......................................................................... 69

5.1.2 Compete ao Diretor Auxiliar …........................................................... 71

5.1.3 Compete ao Professor Pedagogo ….................................................... 71

5.1.4   Compete   ao(s)   Coordenador(es)   de   Ações   Pedagógicas Descentralizadas …....................................................................................................

74

5.1.5 Compete ao Coordenador Itinerante …............................................... 75

5.1.6 Compete ao Coordenador de Exames …............................................. 75

5.1.7 Compete aos Docentes da EJA …....................................................... 76

5.1.8 Compete ao Secretário(a) …................................................................ 78

5.1.9 Compete ao Agente Educacional I …................................................. 79

5.1.10 Compete ao Agente Educacional II ….............................................. 80

5.1.11 Compete aos  Operadores e/ou Técnicos …...................................... 81

5.2 Plano de Ação do Estabelecimento de Ensino – 2012 …........................... 82

5.3  Plano de Ação ­ Equipe Pedagógica …..................................................... 85

5.3.1 Plano de Ação ­ Equipe Pedagógica – SEDE …................................. 88

5.3.2 Plano de Ação ­ Equipe Pedagógica –  Coordenação Itinerante das APED's ….................................................................................................................. 89

5.4 Plano de Ação ­  Agente Educacional I e II …........................................... 90

5.4.1 Compete aos Agentes Educacionais I …............................................. 91

5.4.2 Compete aos Agentes Educacionais II …........................................... 92

5.5 Plano de Ação– Educação Especial …....................................................... 93

5.6  Plano de Trabalho Docente …................................................................... 99

5.7 O Uso das Tecnologias e Multimeios na Escola ….................................... 101

5.8 Organização do Trabalho Pedagógico ….................................................... 101

5.9 Regime de Funcionamento …..................................................................... 105

5.9.1 Educação de Jovens e Adultos –  do perfil aos eixos articuladores … 105

5.10 Equipe Multidisciplinar e a Articulação na Escola ….............................. 115

5.11 Estágio Profissional não Obrigatório …................................................... 116

5.12 Programa Brigada Escolar....................................................................... 116

5.13 Plano de Avaliação Institucional ….......................................................... 117

5.14 Instâncias Colegiadas …........................................................................... 119

5.14.1 O Conselho Escolar …...................................................................... 119

5.14.2 A APAF …........................................................................................ 119

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6.  MATRIZ CURRICULAR …............................................................................. 120

6.1 Ensino Fundamental – Fase II …................................................................ 120

6.2 Ensino Médio …......................................................................................... 121

6.3 Calendário Escolar 2012 …........................................................................ 122

7  REFERÊNCIAS ….............................................................................................. 123

8 ANEXOS – PPC's …............................................................................................. 127

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1  APRESENTAÇÃO

      Um Projeto Educacional é a articulação das intenções, das prioridades e dos 

caminhos escolhidos para a realização do trabalho escolar. Desta forma, este projeto tem 

por objetivo nortear todas as questões que envolvem o fazer pedagógico da escola e as 

suas muitas relações, fruto do esforço coletivo dos professores,   alunos, funcionários, 

equipe técnica – pedagógica.

Sendo   assim,   o   Projeto   Educacional   é   um   instrumento   de   resistência   à 

fragmentação   do trabalho pedagógico, uma proposta de reorganização e alternativas 

para a melhoria da qualidade de ensino do Centro Estadual de Educação Básica para 

Jovens e Adultos ­ CEEBJA.

A   elaboração   do   Projeto   Político   Pedagógico,   direciona   o   trabalho 

educativo, visando: Ações conjuntas (altruísmo), benefícios coletivos, formação da força 

de   trabalho   profissional,   apropriação   de   conhecimentos   significativos   pelos   alunos, 

mecanismos (alternativas) para o desenvolvimento integral, instrumentos para avaliação 

contínua e diagnóstica, reconhecimento da realidade existencial (processo histórico) de 

cada um para produção final – o cidadão consciente, estruturado em suas articulações 

políticas, sociais e econômicas, capaz de interagir e modificar o seu meio desvinculado 

de opressões.

1.1 Objetivos da Instituição

A educação no CEEBJA tem por objetivos:

­ oferecer ensino gratuito e qualidade aos nossos alunos;

­ concretizar uma prática de gestão administrativa e pedagógica, voltada à 

formação humana direcionada à socialização dos alunos como sujeitos com valores que 

possam favorecer o caráter emancipatório de suas ações;

­ contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos alunos, auxiliando no 

exercício da cidadania democrática, articulando cultura, trabalho e tempo;

­ efetivar o Conselho Escolar como grande articulador do aperfeiçoamento 

da gestão democrática da escola;

­ ampliar a participação de todos os segmentos escolares junto ao Conselho 

Escolar;

­ oferecer ações pedagógicas descentralizadas, efetivadas em situações de 

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evidente necessidade, dirigidas a grupos sociais com perfis e necessidades próprias e 

aonde não haja oferta de escolarização;

− priorizar a emancipação do aluno enquanto sujeito pesquisador capaz de 

buscar recursos  para sua autonomia social;

− preparar para o mundo do trabalho e continuidade dos estudos.

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2 IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ESCOLAR 

Escola/ColégioCEEBJA­ GUARAPUAVA

EndereçoRua Saldanha Marinho, 2131

BairroBatel

MunicípioGuarapuava­ PR

Telefone(42) 3623­7423

[email protected]

Entidade MantenedoraSecretaria de Estado de Educação

NREGuarapuava

Dependência AdministrativaParticular ­ Alugado

Localização(  )Campo                      (X) Cidade

2.1 Dados Históricos da Instituição

São oferecidos  neste  Centro de  Educação Básica  para  Jovens  e  Adultos, 

Ensino Fundamental ­  Fase II e Ensino Médio, tendo autorização de Funcionamento do 

Estabelecimento – Resolução nº 5.126/1986­DOE de 10/12/1986, Reconhecimento do 

Curso  –  Ensino  Fundamental  –  Fase   II    e  Médio   ­  Resolução  nº  14/2009­DOE de 

17/03/2009 e Renovação do Reconhecimento do Curso ­ Resolução nº 1.123/2010­DOE 

de 19/05/2010. 

O   CEEBJA   iniciou   suas   atividades   através   da   resolução   5126/86,   de 

28/11/1986, vinculado ao Núcleo de Ponta Grossa com o nome de NAES ­ Núcleo 

Avançado   de   Estudos   Supletivos   de   Guarapuava.   Atendia   inicialmente,   exames   de 

equivalência, exames especiais, 5.ª a 8.ª séries do 1.º Grau, atendendo Guarapuava e 

municípios vizinhos.

Em   1990,   houve   a   aprovação   do   Projeto   de   Implantação   de   Estudos 

correspondentes às quatro primeiras séries do 1.º Grau e a transformação do NAES em 

Centro  de  Estudos  Supletivos  de  Guarapuava,   através  da  Resolução  3675/90.  Deste 

modo,  passou a ofertar  cursos  de  1.º  e  2.º  Graus  supletivos  – Função Suplência de 

Educação Geral,  vinculado a SEED. No ano seguinte, houve a criação do NAES de 

Pinhão, vinculada ao CES de Guarapuava e o reconhecimento do Curso de 1.º Grau. 

Através  da resolução n.º  1148/92,  houve a descentralização do CES,  nos 

municípios jurisdicionados ao NRE de Guarapuava e a autorização de funcionamento 

dos Programas de Educação Especial (DA) – CES de Guarapuava como um Centro de 

Atendimento especializado na Área de Deficiência Auditiva, bem como a autorização de 

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funcionamento de um Centro de Atendimento especializado na Área de Deficiência 

Visual conforme a resolução n.º 4092/92.

Em   1994,     houve   a   autorização   de   funcionamento   de   um   Programa   de 

Educação Especial Supletivo em nível de Educação Geral na área de Deficiência Mental 

e   a   oficialização   do   atendimento   escola   ao   deficiente   físico,   através   de   Termo   de 

Cooperação   Técnica   entre   Associação   de   Deficientes   Físicos   de   Guarapuava   e 

SEED/CES.

Em 1995,  deu­se a instalação do CES/POLO. 

Em 02/09/98, o CES passou a utilizar a nomenclatura de CEAD – Centro de 

Educação Aberta, Continuada, à Distância.

Em 15 de dezembro de 1999, através da resolução n.º 4.561/99, o CEAD 

passou a denominar­se Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos – 

CEEBJA.

Em 2000, iniciou­se a discussão da Proposta Pedagógica Semi Presencial, 

implantada através da Resolução 2989/2001, DOE 30/01/02, tendo a inclusão do Banco 

Estadual de Itens (avaliação com todos os conteúdos processuais) ao final do curso de 

cada disciplina para validação destas. 

A partir  da   instrução  normativa  03/05  DIE/SEED,  a  proposta   curricular 

passa de semi presencial para presencial, sendo extinto o Banco Estadual de Itens.

No ano de 2006, conforme a instrução normativa 02/06 – DEJA, o Ensino 

Fundamental – Fase II passa a contemplar a disciplina de Ensino Religioso em caráter 

facultativo  para  o  educando,  e  para  o  Ensino Médio  as  disciplinas  de  Sociologia  e 

Filosofia em caráter obrigatório. Em 2009 a disciplina de Língua Espanhola passou a 

ser   ofertada   ao   aluno   em   caráter   facultativo,   conforme   Instrução   nº   11/2009­

SUED/SEED.

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2.2 Cidade de Guarapuava

Dados  Gerais  da Cidade de Guarapuava

­ Altitude 1.120 metros

­ Anafalbetismo 8,70%

­ Área da unidade territorial (Km²) 3115,33

­ Área da unidade territorial (Km²) 3115,33

­ Clima Clima Subtropical Úmido Mesotérmico Cfb

­ Densidade demográfica 56,36 hab./km²

­ Distância da capital 258 km

­ Eleitores 112409

­ Estimativa da População 2009 172.728 habitantes

­ Fuso horário UTC­3

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­ População ativa 71307

­ População Urbana 91,30%

Estudantes:

­ Ensino Infantil ou Pré­Escola 2.870 alunos

­ Ensino Fundamental 30.387 alunos

­ Ensino Médio 7.223 alunosFonte: IBGE/IPARDES

Indicadores  Econômicos da cidade de Guarapuava

­ IDH 0,773 (médio)

 PIB – 2007 R$ 2.637.217 ­ IBGE/2007

­ PIB per capita R$ 16.025 ­ IBGE/2007

Participação no PIB Municipal

­ Agropecuária 18,00%

­ Indústria 35,00%

­ Serviços 47,00%Fonte: IBGE/2007

Dados Históricos do Município

Guarapuava 201 anos

1810 – 2011

Descoberta   em  1770  pelos  portugueses   e   fundada   em  1810,  o  nome  da 

cidade é de origem  Tupi ­ Guara (lobo), Puava (bravo). Sua colonização deu­se início 

entre os Rios Coutinho e o Rio Jordão, na freguesia de Nossa Senhora de Belém em 

1819. 

Este local foi escolhido para início da colonização porque naquela época se 

tinha uma predileção em aproveitar­se dos campos, com horizontes amplos, que através 

desta característica natural, oferecia facilidade de defesa contra os índios.

Os primeiros povoados iniciaram­se nas proximidades de Jaguariaíva, Piraí, 

Furnas, Castro, Pouso do Iapó e Ponta Grossa. Cidades formadas ao longo do extenso 

caminho sul, até chegarem nas proximidades da região em que se situa hoje o Município 

de Guarapuava.

Seu núcleo urbano teve como personagem importante em sua fase inicial o 

Padre Francisco das Chagas Lima, que procurou iniciar a ocupação, baseado em alguns 

critérios de estética, procurando observar as prescrições contidas na carta régia de 1 de 

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abril de 1809, do Conde Linhares, que já determinava os padrões a serem seguidos pelas 

edificações a serem construídas. Como ponto gerador do núcleo cita­se a Catedral de 

Nossa Senhora de Belém, localizada no alto da Bacia do Rio Cascavel,  que era um 

ponto referencial importante para a sociedade da época.

No ano de 1852, no dia de 17 de julho, o povoado Nossa Senhora de Belém, 

foi   elevado   à   categoria   de   Vila.   Em   2   de   maio   de   1859   foi   criada   a   comarca   de 

Guarapuava, sendo José Antônio Araújo de Vasconcelos o seu primeiro juiz de direito. 

A Vila Nossa Senhora de Belém recebeu foros de cidade no dia   12 de abril de 1871, 

pela lei nº 271.  De acordo com os estudos e recortes documentais realizados por uma 

comissão de historiadores de Guarapuava, a Real Expedição Colonizadora, com cerca de 

300 pessoas, comandadas pelo Tenente Diogo Pinto de Azevedo Portugal, chegou aos 

campos de Guarapuava no dia 17 de junho de 1810.

Tenente Diogo Pinto de Azevedo Portugal

Comandadas  pelo  Tenente  Diogo  Pinto  de  Azevedo  Portugal,   após   uma 

longa viagem, em uma manhã muito fria, cerca de 300 pessoas chegaram aos campos de 

Guarapuava no dia 17 de junho de 1810.

Em   reconhecimento   à   colonização   e   ao   comandante   da   expedição,   um 

monumento em homenagem a Diogo Pinto de Azevedo Portugal foi instalado, em uma 

das rotatórias localizada próxima à entrada da cidade.

Localização

A cidade está localizada à 25°23'36" latitude sul e 51°27'19" longitude oeste, 

região   denominada   centro­sul   do   estado   do   Paraná,   no   terceiro   planalto,   também 

chamado de Planalto de Guarapuava. Limita­se ao norte com os municípios de Campina 

do Simão e turvo, ao sul com o município de Pinhão, à leste com Prudentópolis e Inácio 

Martins, e a oeste com Candói, Cantagalo e Goioxim.

­ Superficie: 3.053.83km²; 

­ Altitude: 1.120 metros acima do nível do mar; 

­ Distância da capital Curitiba: 258km; 

­ Distância do porto de Paranaguá: 361km; 

­ Distância da tríplice fronteira em Foz do Iguaçu: 389km; 

Curiosidade: “O município de Guarapuava já foi um dos maiores do Brasil 

em extensão territorial, ocupando mais da metade de todo o estado do Paraná a partir da 

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região central até o oeste do Estado e também todo oeste de Santa Catarina; Fazendo 

fronteira com o Paraguay, pelas barrancas do rio Paraná,  com a Argentina,  pelo rio 

Iguaçu, e divisa com o Rio grande do Sul, pelo território do oeste Catarinense.” 

(http://pt.wikipedia.org/wiki/Guarapuava).

Clima

Guarapuava é uma das cidades mais frias do Paraná. Graças a sua altitude de 

mais de 1000m a média das máximas em Janeiro é apenas 26,9ºC. Já no mês mais frio, 

Julho, a média das mínimas é 8,5ºC. A média anual é aproximadamente 16ºC.

O clima Cfb, mesotérmico sempre úmido, garante chuvas constantes e bem 

distribuídas ao longo do ano, somando quase 2000mm anuais.

Clima Subtropical Úmido Mesotérmico (Cfb), verões frescos (temperatura 

média   inferior   a   22°  C),   invernos   com ocorrências   de  geadas   severas   e   freqüentes 

(temperatura média superior a 3° C e inferior a 18° C), não apresentando estação seca.

População

As primeiras famílias de Guarapuava foram formadas e influenciadas, em 

grande parte, a partir dos tropeiros oriundos de Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande 

do Sul que utilizavam a cidade como rota e chegaram na região já nos primórdios de sua 

colonização.   Estes   eram   na   sua   maioria   descendentes   de   poloneses,   italianos, 

ucranianos e alemães.

Em meados  de  1950 chegaram ao município  uma grande  quantidade  de 

imigrantes  de  origem germânica,  vindos  de  uma região chamada Suábia.  Fundaram 

diversas colônias no local que hoje se encontra o distrito de Entre Rios que conserva até 

hoje a cultura e a tradição alemã.

No   ano   de   2009   a   população   do   município   era   estimada   em  172.728 

habitantes pelo IBGE (dado fornecido pelo IBGE).

A população em Guarapuava se mantém estável desde a década de 90.

População Censo Crescimento

Censo 1991 159.634 #

Censo 1996 155.331 ­2,7%

Censo 2000 155.161 ­0,11%

Censo 2007 164.567 +6,06%Fonte: IBGE/2007

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Composição da PopulaçãoGênero População Porcentagem

Masculino 79.897 48,54%

Feminino 83.421 51,46%

Total 164.567 100%Fonte: IBGE/2007

EtniaEtnia/Raça: Porcentagem:

Branca 79,61%

Parda 18,87%

Negra 1,02%

Índigena 0,36%

Oriental Menor que 0,1%Fonte: IBGE/2000

Analfabetismo Faixa Etária: Analfabetismo:

De 15 a 19 anos 2%

De 20 a 24 anos 3,2%

De 25 a 29 anos 4,3%

De 30 a 39 anos 5,6%

De 40 a 49 anos 9,8%

De 50 ou mais 22,5%

Total 8,7%Fonte: IBGE/2000

Turismo

Guarapuava   tem   como   principais   pontos   turísticos   a   Catedral   de   Nossa 

Senhora de Belém, o Distrito de Distrito de Entre Rios, a Lagoa das Lágrimas, o Museu 

Entomológico   Hipólito   Schneider,   o   Museu   Municipal   Visconde   de   Guarapuava,   o 

Parque do Lago, o Parque Recreativo Jordão, o Parque Municipal das Araucárias,  o 

Parque Municipal São Francisco da Esperança,  o Salto Curucacas,  a Praça da Fé,  a 

Reserva Indígina Marrecas, o Salto Marrecas e o Santuário de Schoenstatt.

Esporte

Guarapuava possui atletas de alto nível, inclusive com destaque nacional em 

modalidade  como   tiro  esportivo,   ciclismo e  kickboxing.  Também tem participações 

notáveis  em campeonatos  estaduais.  No ano de  2006,  o  Ginásio  Municipal  Prefeito 

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Joaquim   Prestes   foi   totalmente   reformado   e   adaptado   aos   padrões   internacionais, 

tornando­se assim um exemplo para outras cidade do Paraná  e do Brasil.  Com esta 

reforma foi possível receber diversos eventos esportivos, que antes ficavam restritos a 

ginásios com menor capacidade de público e menor estrutura para os atletas.

Educação

No ano de  2006  funcionavam em Guarapuava  42 escolas  municipais  de 

ensino fundamental e outras 26 escolas estaduais de ensino médio.  Até  o ano 2000 

apenas uma instituição de ensino superior funcionava na cidade, sendo que, desde então, 

novas faculdades particulares foram inauguradas, totalizando 1 universidade pública e 3 

faculdades particulares em 2007.

­ Universidade Estadual do Centro­Oeste ­ UNICENTRO

­ Faculdades Campo Real

­ Faculdades Guarapuava

­ Faculdades Guairacá 

Bairro Batel

Situado próximo ao anel central, com diversos segmentos comerciais: lojas, 

clínicas,   hospital,   materiais   de   construção,   farmácias,   escolas   profissionalizantes, 

panificadoras, supermercados, escolas Municipal e Estadual de Ensino Fundamental e 

Médio.   O   bairro   tem   acesso   e   infraestrutura   privilegiada,   com   transporte   coletivo, 

comércio e muitas residências. Tornando­o assim um lugar agradável de viver, morar e 

trabalhar.

É  neste  bairro que se  encontra   localizada a   sede  do Centro Estadual  de 

Educação Básica para Jovens e Adultos – CEEBJA Guarapuava, sendo um referencial de 

educação e compromisso social para toda a comunidade guarapuavana e dos municípios 

vizinhos.

 Sendo a Educação um meio pelo qual a sociedade se reproduz e se renova 

cultural e socialmente, O Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos, 

ocupa seu espaço de autonomia, fazendo mais que adotar diretrizes assume sua “marca”, 

sua   identidade  própria,   adquire   personalidade   e   define  o   caminho   a  percorrer   para 

melhoria   da   qualidade   de   ensino   ministrada   em   seu   interior   e   nas   Ações 

Descentralizadas.

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3 DIAGNÓSTICO DA INSTITUIÇÃO ESCOLAR

Número de alunos: 1424

Número de turmas:   SEDE: 46                   APED: 09

Professores: QPM: 36       PSS: 15

Pedagogos: QPM: 03

Agentes Educacionais I: QFEB: 08

Agentes Educacionais II: QFEB: 09

Diretor: QPM: 01

Diretor Auxiliar: QPM: 01

3.1 Distribuição de Funções

3.1.1 Professores

1

Nome: Adriana Cristina BernardimFunção: Professora de Ensino Fundamental ­ Fase II e MédioFormação: Graduação ­ Letras PortuguêsEspecialização: Literatura Brasileira                           Educação de Jovens e Adultos

2

Nome: Alciléia Maria Mussy SchipanskiFunção: Professora  de Ensino Fundamental ­ Fase II e MédioFormação: Graduação ­ HistóriaEspecialização: Teoria e Produção Conhecimento Histórico                             Promoção da Aprendizagem

3Nome: Anézia Cristina de Souza MarcondesFunção: Professora  do Ensino  MédioFormação: Graduação – BiologiaEspecialização: Interdisciplinaridade na Educação

4

Nome: Benhur Alexandre dos SantosFunção: Professor  de Ensino Fundamental ­ Fase II e MédioFormação: Graduação ­ MatemáticaEspecialização: Ensino de Matemática

5

Nome: Bernardina Morgado de AragãoFunção: Professora de Ensino Fundamental ­ Fase II e MédioFormação: Graduação – Letras – Português/Inglês e suas respectivas literaturasEspecialização: Fundamentos  da Educação

6

Nome: Carla Maria de SchipperFunção: Profª de Apoio à Comunicação Alternativa – PACAFormação: Graduação ­ Letras Especialização: Psicopedagogia;Educação para Portadores de Necessidades Educacionais Especiais – Inclusão Escolar;Literatura em Língua  Portuguesa;Mestrado: Em Educação

7Nome: Carlos Eduardo BussFunção: Professora de Ensino Médio

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Formação: Graduação ­ BiologiaEspecialização: Mestre em Ciências Biológicas

8

Nome: Catarina Sirlei LaurentinoFunção: Professora de Ensino Fundamental ­ Fase II e MédioFormação: Graduação ­ GeografiaEspecialização: Análise Ambiental                             Educação de Jovens e Adultos

9

Nome: Celma Maria de Faria DominicoFunção: Professora de Ensino Fundamental ­ Fase II e MédioFormação: Graduação ­ MatemáticaEspecialização: Ensino de Matemática 

10Nome: Daili Terezinha MeiraFunção: Professora de Ensino Fundamental ­ Fase II e MédioFormação: Graduação ­ Português

11Nome: Danielle Vaz CardozoFunção: Professora de Ensino Fundamental ­ Fase II e MédioFormação: Graduação ­ Química

12Nome: Darly Tereza Marcondes PawlinaFunção: Professora de Ensino Fundamental ­ Fase II e MédioFormação: Graduação – GeografiaEspecialização: Educação de Jovens e Adultos

13

Nome: Dirlene Sanson BussFunção: Profª de Apoio Permanente ­ PAPEFormação: Graduação ­ HistóriaEspecialização: Educação Especial

14Nome: Dominique Acirima Schio de OliveiraFunção: Professora de Ensino Fundamental – Fase II Formação: Graduação em História

15Nome: Dorotéia Zai PotulskiFunção: Professora de Ensino Fundamental – Fase II Formação: Graduação – Letras AngloEspecialização: Língua Inglesa

16

Nome: Edson DreviskiFunção: Professor de Ensino Fundamental ­ Fase II e MédioFormação: Graduação – Ciências­Habilitação em BiologiaEspecialização: Educação Ambiental

17

Nome: Elisabete MogalskiFunção: Professor de Ensino Fundamental ­ Fase II e MédioFormação: Graduação – Letras ­ PortuguêsEspecialização: Educação de Jovens e Adultos

18

Nome: Elisabeth GuntzelFunção: Prof.ª de Apoio Permanente ­ PAPEFormação: Graduação ­ PedagogiaEspecialização: Didática                           Educação Especial

19

Nome: Elizete de Fátima Almeida SimãoFunção: Professora de Ensino Fundamental ­ Fase II e MédioFormação: Graduação ­ HistóriaEspecialização: Educação Orientação e Supervisão                           Educação de Jovens e Adultos

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                           Produção e Teoria do Conhecimento Histórico

20

Nome: Fernando Henrique AlonsoFunção: Professor de  Ensino MédioFormação: Graduação – Matemática ­ Habilitação em FísicaEspecialização: Ensino da Matemática                           Educação de Jovens e Adultos

21

Nome: Florivaldo Quinzini JúniorFunção: Professor de Ensino MédioFormação: Graduação ­ FilosofiaEspecialização: Filosofia e Sociologia – Um Diálogo Interdisciplinar                            Educação de Jovens e Adultos

22

Nome: Gilberto Giovani CoutoFunção: Professor de Ensino Fundamental ­ Fase II e MédioFormação: Graduação – LetrasEspecialização: Fundamentos da Educação

23

Nome: Giseli DucatFunção: Professor de Ensino Fundamental ­ Fase II e MédioFormação: Graduação – QuímicaEspecialização: Mestrado Química Aplicada

24

Nome: Helena Sofia Virmond AbdanurFunção: Profª de Apoio em Sala de Aula – PASAFormação: Graduação – Educação FísicaEspecialização: Educação Especial

25

Nome: Jane Aparecida VenturaFunção: Professora de Ensino Fundamental ­ Fase II e MédioFormação: Graduação – Letras ­ EspanholEspecialização:  Educação Especial e Literatura Espanhola

26

Nome: Jeverson DranskiFunção: Professora de Ensino MédioFormação: Graduação – FilosofiaEspecialização: Ensino de História

27

Nome: Jianete Ribeiro Neves de SouzaFunção: Professora de Ensino Fundamental ­ Fase II e MédioFormação: Graduação – HistóriaEspecialização:  Pós­Introdução e Desenvolvimento da América Latina

28

Nome: João Cezar Ribas LustosaFunção: Professora de Ensino Fundamental ­ Fase II e MédioFormação: Graduação – HistóriaEspecialização: Teoria e Produção do Conhecimento Histórico

29Nome: Kelly Furlanetto SoaresFunção: Professora de Ensino Fundamental ­ Fase II e Médio 

30

Nome: Lizmeri Terezinha de Oliveira MercerFunção: Pedagoga ­ SEDEFormação: Graduação – PedagogiaEspecialização: Ensino de Matemática e Ciências de 1.ª a 4ª séries/PDE

31

Nome: Lizandréia PaulukFunção: Pedagoga ­ APEDFormação: Graduação – PedagogiaEspecialização: Supervisão Escolar: Planejamento, Avaliação e Currículo

Nome: Luiz Carlos Camargo

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32Função: Professor de Ensino Fundamental ­ Fase II e MédioFormação: Graduação ­ Letras­AngloEspecialização: Administração, Orientação e Supervisão Educacional

33Nome: Luiz Fernando NunesFunção: Professor de Ensino Fundamental ­ Fase II e MédioFormação: Graduação – Letras ­ Português­ InglêsEspecialização: Educação Especializado                           Educação de Jovens e Adultos

34Nome: Maria Aparecida CheratoFunção: Pedagoga ­ SEDEFormação: Graduação – PedagogiaEspecialização: Supervisão Escolar/PDE

35

Nome: Maria das Graças Martins FerreiraFunção: Professora de Ensino Fundamental ­ Fase II e MédioFormação: Graduação ­ GeografiaEspecialização: Matemática e Ciências das séries iniciais                           Educação de Jovens e Adultos

36Nome: Maria Helena Oliveira Slivak ZanlorenssiFunção: Professora de Ensino Fundamental ­ Fase II e MédioFormação: Graduação – PortuguêsEspecialização: Mestrado Estudos da Linguagem

37Nome: Maricleusa Inglês da Silva Função: Professora de Ensino Fundamental ­ Fase II e MédioFormação: Graduação – MatemáticaEspecialização: Ensino de Matemática                           Educação de Jovens e Adultos

38

Nome: Marisa UltsFunção: Professora de Ensino Fundamental ­ Fase II e MédioFormação: Graduação ­ Arte

39

Nome: Mérci Luzia CosmoFunção: Professora de Ensino Fundamental ­ Fase II e MédioFormação: Graduação ­ Letras­AngloEspecialização: Interdisciplinaridade                           Educação de Jovens e Adultos

40

Nome: Mirela Ramos MoimazFunção: Professora de Ensino Fundamental ­ Fase II e MédioFormação: Graduação – Licenciatura Plena em Ciências BiológicasEspecialização: Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

41

Nome: Oni T. Santos  de souzaFunção: Professora de Ensino Fundamental ­ Fase II e MédioFormação: Graduação – ArteEspecialização: Arte e Educação                            Psicopedagogia

42

Nome: Oscar Kunio IkedaFunção: Professor de Ensino Fundamental ­ Fase II e MédioFormação: Graduação ­ MatemáticaEspecialização: Ensino da Matemática

43

Nome: Osório Pawlina FonsecaFunção: Professor de Ensino Fundamental ­ Fase II e MédioFormação: Graduação ­ MatemáticaEspecialização: Ensino da Matemática/PDE

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44

Nome: Pablo AudaFunção: Professor de Ensino MédioFormação: Graduação – Química Licenciatura e BachareladoEspecialização: Educação Matemática                          Gestão e Educação Ambiental                          Gestão Escolar

45

Nome: Paulo Fernando GavronFunção: Professor de Ensino Fundamental ­ Fase II Formação: Graduação ­ CiênciasEspecialização: Docência Ensino Superior

46

Nome: Poliana Sanson BussFunção: Professor de Ensino Fundamental ­ Fase II e MédioFormação: Graduação – Ciências BiológicasEspecialização: Educação do Campo

47

Nome: Regina Dolores RodigheroFunção: Intérprete de LibrasFormação: Graduação ­ Pedagogia­Orientação EducacionalEspecialização: Gestão da Educação

48

Nome: Sirlei Terezinha Bernardim PapeFunção: Professora de Ensino Fundamental ­ Fase II e Médio ­ DiretoraFormação: Graduação ­ Ciências­Habiltação em BiologiaEspecialização: Em Biologia 

49

Nome: Stela Maris FrizonFunção: Professora de Ensino Fundamental ­ Fase II e MédioFormação: Graduação ­ Educação FísicaEspecialização: Ensino da Educção Física no Ensino Fundamental

50Nome: Suzamara WeberFunção: Professora de Ensino Fundamental ­ Fase II e MédioFormação: Arte educação

51

Nome: Tatiane Bastos AlvesFunção: Professora de Ensino Fundamental ­ Fase II e MédioFormação: Graduação – MatemáticaEspecialização:  Matemática

52

Nome: Tirzá Wilke BernhardFunção: Professora de Ensino MédioFormação: Graduação em Ciências – Habilitação em FísicaEspecialização: Educação de Jovens e Adultos

53

Nome: Valdir SokolovskiFunção: Professora de Ensino Fundamental ­ Fase II e MédioFormação: Graduação em MatemáticaEspecialização: Educação em Matemática                          Didática e Ensino  

54Nome: Victor C. TeixeiraFunção: Profª de Apoio em Sala de Aula – PASA

55

Nome: Wanderléia Risso TomasiFunção: Professora de Ensino Fundamental ­ Fase II e MédioFormação: Graduação ­  HistóriaEspecialização: Didática e Metodologia de Ensino                           O Direito Educacional no processo Ensino­Aprendizagem

Nome: Zilmara Sell Schinemann

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56Função: Profª de Ensino Fundamental ­ Fase II e Médio – Diretora AuxiliarFormação: Graduação ­ Ciências­Habilitação em Matemática.Especialização: Matemática Aplicada na Informática

3.1.2 FuncionáriosAgente Educacional I

Nome: Ângela Maria da SilvaEscolaridade: Ensino Médio Completo

Nome: Geraldina dos Santos SinigaliaEscolaridade: Ensino Médio Completo

Nome: Joci Gomes BatistaEscolaridade: Ensino Médio Completo

Nome: Marcelo Machado dos SantosEscolaridade: Ensino Médio Completo

Nome: Nerci Terezinha BuenoEscolaridade: Ensino Médio Completo

Nome: Neusa Nunes da SilvaEscolaridade: Ensino Médio Completo

Nome: Sirlei Ribeiro dos SantosEscolaridade: Ensino Médio Completo

Nome: Vilma Cristina NevesEscolaridade: Ensino Médio Completo

Agente Educacional IINome: Adenilson Barbosa dos SantosEscolaridade: Ensino Superior Completo – Graduação em Secretariado Executivo

Nome: Ana Cláudia de Fátima BernardiniEscolaridade: Ensino Superior Completo – Graduação em História

Nome: Andréia Cristina de Lima Escolaridade: Ensino Superior Completo – Graduação em Biologia

Nome: Cacilda SchimaskiEscolaridade: Ensino Superior Completo – Graduação em Pedagogia

Nome: Deisi Mary Kruger de Souza JoslinEscolaridade: Ensino Médio Completo

Nome: Lindamara do Belém DiosqueEscolaridade: Ensino Superior Completo – Graduação em Administração

Nome: Marcos Cesar dos Santos ­ SecretárioEscolaridade: Ensino Superior Completo – Graduação em Matemática

Nome: Mary Ângela Andreata dos SantosEscolaridade: Ensino Superior Completo – Graduação em Letras Português/Inglês

Nome: Romildo Rios do NascimentoEscolaridade: Ensino Superior Completo – Graduação em Matemática

3.2  Caracterização da Comunidade Escolar 

A EJA como o próprio nome diz, refere­se a educação de jovens e adultos, 

no   entanto   a   legislação   (Resolução   CNE   n.°   3/2010,   Deliberação   05/10   –   CEE   e 

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Instrução n. 03/10­SUED/SEED) ampara a matrícula de adolescentes nesta modalidade 

de ensino. 

Esta exigência proveniente da Resolução 03/10 do CNE/CEB obrigam os 

sistemas a cumprirem a determinação, no entanto o Conselheiro Edmilson Lenardão na 

sua Declaração de voto junto à Deliberação 05/10 – CEE expõe sua preocupação:

A Educação Escolar, efetivada em estabelecimentos próprios, deve  promover o ensino e a aprendizagem; não deve se constituir e   local  em que ocorra apenas a aglutinação inconsequente de adolescentes, jovens e adultos que, por conta da situação adversa, para lá são encaminhados pretendendo­se de modo “aparente”   demonstrar   que   tais   sujeitos   estão   socialmente   cobertos   pela Educação Formal.

Tivemos neste ano também vários adolescentes com quinze anos completos, 

encaminhados   pelo   Juiz   da   Vara   da   Infância   e   Juventude,   para   cumprir   medida 

socioeducativa ou com liberdade assistida.

Um dos  maiores  desafios   em  relação   aos  adolescentes  é   a   frequência  e 

permanência  na   escola,   ou   seja   sua  presença   efetiva   em  sala   de   aula,   estudando   e 

cumprindo   a   carga   horária   diária.   O   que   constata­se   através   de   minucioso 

acompanhamento   feito  pela   equipe  pedagógica,   com  raras   exceções,  é   via  de   regra 

frequências esporádicas, irregulares sem nenhuma periodicidade.

Quando os pais são avisados da situação, os mesmos se surpreendem, pois, 

os filhos saem religiosamente todos os dias  para ir à escola. Esta situação é preocupante 

pois, estes adolescentes ficando na rua e estão se colocando em situação de risco e 

vulnerabilidade.    A EJA desta   forma acaba assumindo um problema,  que  o  regular 

aparentemente resolveu, mas que na realidade o problema   agravou­se, pois dá a falsa 

impressão que estes alunos estão socialmente cobertos pela educação formal.

Constatamos em meados do ano de 2012 a presença de aproximadamente 

230 alunos adolescentes matriculados tanto na modalidade individual como  no coletivo.

Este quadro vem descaracterizando o perfil do nosso alunado. Nas palavras 

ainda   do   conselheiro   acima   citado   a   ausência   temporal   de   políticas   públicas   mais 

eficientes   no   tratamento  de   situações  pontuais   não  deve   servir   como   subterfúgio   a 

medidas   amplas   que,   ao   invés   de   colaborar   para   a   resolução   das   especificidades 

demandadas,   amplia   o   número   de   pessoas   que   farão   parte   do   grupo   focal. 

(LENARDÃO, 2010)

Diante de um quadro de alunado de diferenciada faixa etária, o CEEBJA tem 

dentro de suas possibilidades procurado alcançar o seu objetivo maior. 

Um dos objetivos primordiais da Educação é elevar a qualidade de vida e a 

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realização humana. Não seria audacioso dizer que o alunado desta instituição vislumbra 

na   Educação   uma   mudança   de   condição   de   suas   vidas,   buscando   na   formação 

educacional   uma  oportunidade  para  melhoria   da   condição   técnica   como  meio  para 

atingir a dimensão político­social.

Embora, haja desafios oriundos tanto dos aspectos citados como dos tempos 

de mudança, a escola deve se preparar para enfrentar de forma articulada e integrada 

uma  nova   sociedade  que   se   apresenta,   onde  o   emprego   já   não   existe  mais,  mas  o 

trabalho é garantia de dignidade. Nesse contexto é importante considerar os dados sobre 

empregabilidade, renda, garantias trabalhistas e acesso à escola de nossos alunos.

Através de pesquisa realizada no ano de 2010, por amostragem, foi possível 

conhecer melhor o perfil econômico e profissional dos alunos do CEEBJA, no Ensino 

Fundamental – Fase II e Médio.

O gráfico abaixo demonstra o número de alunos matriculados.

É   importante destacar que no CEEBJA Guarapuava em anos passados as 

matriculas giravam em torno de 3.000 alunos matriculados. Ano a ano observa­se uma 

queda significativa nesse número. Não se pode afirmar que isso seja devido ao sucesso e 

permanência dos alunos na idade própria, ou ainda devido à desmotivação em relação às 

expectativas de melhor formação com vistas à competitividade profissional.

Neste ano, temos 1.464 matriculados, dos quais aproximadamente 634 são 

do Ensino Fundamental  –  Fase  II  e  599 do Ensino médio  no CEEBJA Sede e  nas 

APED's são 155 alunos matriculados no Ensino Fundamental – Fase II e 76 no Ensino 

Médio.

No Ensino Fundamental – Fase II, na SEDE, temos 26% do alunado do sexo 

masculino e 74% do sexo feminino, nas APED's, 58% do sexo masculino e 42% do sexo 

CEEBJA SEDE APED TOTAL TOTAL GERAL

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

634

155

789

1464

599

76

675

ALUNOS MATRICULADOSALUNOS MATRICULADOS

Ensino Fundamental ­ Fase II e Médio

Ensino Fund.Ensino Médio

Alunos Matriculados

Núm

ero 

de a

luno

s

Page 23: CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA ......Educação Especial Supletivo em nível de Educação Geral na área de Deficiência Mental e a oficialização do atendimento escola

feminino.

Para o Ensino Médio, na SEDE, observamos: 44% do sexo masculino e 56% 

do sexo feminino, nas APED's, 38% do sexo masculino e 62% do sexo feminino. Desta 

forma, é significativa a presença da mulher nas turmas de EJA.

Conforme gráfico abaixo:

SEDE

APED's

Masculino Feminino

0%

20%

40%

60%

80%

100%

26%

74%

SEXOSEXO

Ensino Fundamental ­ Fase II

Sexo

%

Masculino Feminino

0%

20%

40%

60%

80%

100%

44%

56%

SEXOSEXO

Ensino Médio

Sexo

%

Page 24: CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA ......Educação Especial Supletivo em nível de Educação Geral na área de Deficiência Mental e a oficialização do atendimento escola

No gráfico abaixo, podemos visualizar a faixa etária e o percentual relativo a 

cada faixa dos alunos matriculados SEDE e APED, no Ensino Fundamental – Fase II e 

Médio.

SEDE

Masculino Feminino

0

20

40

60

80

100

0%7%10%

14%

40%31%30%

41%

10% 7%10%0%

IDADE DOS ALUNOSIDADE DOS ALUNOS

Ensino Fundamental ­ Fase IIMenos de 18 anos18 a 20 anos21 a 30 anos31 a 40 anos41 a 50 anos51 a 60 anos61 a 70 anos

Sexo

%

Masculino Feminino

0%

20%

40%

60%

80%

100%

58%

42%

SEXOSEXO

Ensino Fundamental ­ Fase II ­ APED

Sexo

%

Masculino Feminino

0%

20%

40%

60%

80%

100%

38%

62%

SEXOSEXO

Ensino Médio ­ APED

Sexo

%

Page 25: CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA ......Educação Especial Supletivo em nível de Educação Geral na área de Deficiência Mental e a oficialização do atendimento escola

APED

Por   muito   tempo   o   CEEBJA   Guarapuava   possuía   como   maior   público, 

Masculino Feminino

0

20

40

60

80

100

5%0%

14% 13%

45%38%

18%25%

18% 19%

0% 0%6%

IDADE DOS ALUNOSIDADE DOS ALUNOS

Menos de 18 anos18 a 20 anos21 a 30 anos31 a 40 anos41 a 50 anos51 a 60 anos61 a 70 anos

Sexo

%

Ensino Fundamental ­ Fase II ­ APED

Masculino Feminino

0

20

40

60

80

100

0% 0%5%

21%

48% 47%

38%

21%

5% 6%5% 6%0% 0%

IDADE DOS ALUNOSIDADE DOS ALUNOS

Ensino Médio ­ APED

Menos de 18 anos18 a 20 anos21 a 30 anos31 a 40 anos41 a 50 anos51 a 60 anos61 a 70 anos

Sexo

%

Masculino Feminino

0

20

40

60

80

100

0% 0%0%4%

35%

59%

41%

23%18%

0%6%

14%

0% 0%

IDADE DOS ALUNOSIDADE DOS ALUNOS

Ensino MédioMenos de 18 anos18 a 20 anos21 a 30 anos31 a 40 anos41 a 50 anos51 a 60 anos61 a 70 anos

Sexo

%

Page 26: CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA ......Educação Especial Supletivo em nível de Educação Geral na área de Deficiência Mental e a oficialização do atendimento escola

adultos na faixa etária de 40 a 50 anos, atualmente a presença de homens e mulheres de 

20 a 40 anos é mais intensa e significativa.

Uma realidade que se apresenta no perfil profissional dos alunos é a taxa de 

empregabilidade.   O   gráfico   mostra   que   os   homens   possuem   uma   taxa   maior   de 

empregabilidade em relação às mulheres:

SEDE

APED'S

Masculino Feminino

0

20

40

60

80

100

80%

52%

20%

48%

ALUNOS EMPREGADOSALUNOS EMPREGADOS

Ensino Fundamental ­ Fase II

EmpregadoDesempregado

Sexo

%

Masculino Feminino

0

20

40

60

80

100 90%

53%

10%

47%

ALUNOS EMPREGADOSALUNOS EMPREGADOS

Ensino Médio ­ APED

EmpregadoDesempregado

Sexo

%

Masculino Feminino

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

77%

50%

23%

50%

Ensino Fundamental ­ Fase II ­ APED

EmpregadoDesempregado

Sexo

%

ALUNOS EMPREGADOSALUNOS EMPREGADOS

Masculino Feminino

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

82%

68%

18%

32%

Ensino Médio

EmpregadoDesempregado

Sexo

%

ALUNOS EMPREGADOSALUNOS EMPREGADOS

Page 27: CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA ......Educação Especial Supletivo em nível de Educação Geral na área de Deficiência Mental e a oficialização do atendimento escola

Dos alunos empregados somente os que cursam o Ensino Fundamental – 

Fase II, na SEDE, em torno de 60%, e nas APED's 88% do sexo masculino e 63% do 

sexo feminino, possuem registro em carteira de trabalho.

Já para os alunos que cursam o Ensino Médio, a pesquisa por amostragem 

revelou que em torno de  85% dos  homens  na  SEDE e 79% nas  APED's,  possuem 

registro   em   carteira,   para   somente   40%  na   SEDE   e   33%   nas   APED's,   das   alunas 

trabalhadoras.

SEDE

Masculino Feminino

0%

20%

40%

60%

80%

100%

62% 60%

REGISTRO EM CARTEIRAREGISTRO EM CARTEIRA

Ensino Fundamental ­ Fase II

Sexo

%

Masculino Feminino

0%

20%

40%

60%

80%

100%85%

40%

REGISTRO EM CARTEIRAREGISTRO EM CARTEIRA

Ensino Médio

Sexo

%

Page 28: CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA ......Educação Especial Supletivo em nível de Educação Geral na área de Deficiência Mental e a oficialização do atendimento escola

APED

Um dado importante demonstrado na pesquisa é a remuneração média:

­ para os alunos trabalhadores do sexo masculino, cerca de 50% dos que 

cursam o  Ensino Fundamental  –  Fase  II,   tem renda média  em torno de um salário 

mínimo, para as mulheres, o percentual é de 62% na SEDE e 44% nas APED's.

− para os alunos do Ensino Médio, observa­se que a renda média para os 

homens   gira   em   torno   de   dois   salários   mínimos,   no   entanto,   mesmo   tendo   mais 

qualificação, para as mulheres a renda média ainda é de um salário mínimo.

Masculino Feminino

0%

20%

40%

60%

80%

100%

79%

33%

REGISTRO EM CARTEIRAREGISTRO EM CARTEIRA

Ensino Médio ­ APED

Sexo

%

Masculino Feminino

0%

20%

40%

60%

80%

100%88%

63%

REGISTRO EM CARTEIRAREGISTRO EM CARTEIRA

Ensino Fundamental ­ Fase II ­ APED

Sexo

%

Page 29: CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA ......Educação Especial Supletivo em nível de Educação Geral na área de Deficiência Mental e a oficialização do atendimento escola

SEDE

APED

Masculino Feminino

0

20

40

60

80

100

9%

38%

50%44%

27%19%

14%

0%

RENDA PESSOALRENDA PESSOAL

Ensino Fundamental ­ Fase II ­ APED

Sem RendaAté 1 SalárioAté 2 Salários3 a 5 Salários5 a 10 Salários

Sexo

%

Masculino Feminino

0

20

40

60

80

100

10%

31%

50%

62%

40%

7%

RENDA PESSOALRENDA PESSOAL

Ensino Fundamental ­ Fase II

Sem RendaAté 1 SalárioAté 2 Salários3 a 5 Salários5 a 10 Salários

Sexo

%

Masculino Feminino

0

20

40

60

80

100

0% 0%

23%

64%

53%

28%23%

8%

RENDA PESSOALRENDA PESSOAL

Ensino Médio

Sem RendaAté 1 SalárioAté 2 Salários3 a 5 Salários5 a 10 Salários

Sexo

%

Page 30: CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA ......Educação Especial Supletivo em nível de Educação Geral na área de Deficiência Mental e a oficialização do atendimento escola

A renda familiar média dos alunos pode ser observada no gráfico a seguir:

SEDE

APED

Masculino Feminino

0

20

40

60

80

100

0%

24%24%

61%

62%

9%14%

6%

RENDA PESSOALRENDA PESSOAL

Ensino Médio ­ APED

Sem RendaAté 1 SalárioAté 2 Salários3 a 5 Salários5 a 10 Salários

Sexo

%

Masculino Feminino

0

20

40

60

80

100

20%

34%

70%

41%

10%

21%

4%

RENDA FAMILIARRENDA FAMILIAR

Ensino Fundamental ­ Fase II

Até 1 SalárioAté 2 Salários3 a 5 Salários5 a 10 SaláriosMais que 10 Salários

sexo

%

Masculino Feminino

0

20

40

60

80

100

6%

18%24%

32%

59%

41%

12% 9%

RENDA FAMILIARRENDA FAMILIAR

Ensino Médio

Até 1 SalárioAté 2 Salários3 a 5 Salários5 a 10 SaláriosMais que 10 Salários

sexo

%

Page 31: CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA ......Educação Especial Supletivo em nível de Educação Geral na área de Deficiência Mental e a oficialização do atendimento escola

Atuação profissional

A   atividade   profissional   dos   educandos   proporciona   uma   significativa 

reflexão   sobre   as   diferentes   necessidades,   oportunidades   e   ações   pedagógicas 

necessárias   à   condução   do   trabalho   educacional   com   intencionalidade,   visando   a 

formação de um cidadão crítico e capaz de interagir na sociedade e transformar a sua 

história.  

Os alunos desempenham diversas funções no mercado de trabalho. A seguir 

estão relacionadas às profissões que mais se destacam entre os alunos do CEEBJA:

Homens Mulheres

Autônomo Assistente Administrativa

Borracheiro Atendente

Caldeirista Autônoma

Comerciante Babá

Desenhista Balconista

Masculino Feminino

0

20

40

60

80

100

10%

29%

51%

35%29%

24%

10% 12%

RENDA FAMILIARRENDA FAMILIAR

Ensino Médio ­ APED

Até 1 SalárioAté 2 Salários3 a 5 Salários5 a 10 SaláriosMais que 10 Salários

sexo

%

Masculino Feminino

0

20

40

60

80

100

18%

31%

55%50%

23%

13%5% 6%

RENDA FAMILIARRENDA FAMILIAR

Ensino Fundamental ­ Fase II ­ APED

Até 1 SalárioAté 2 Salários3 a 5 Salários5 a 10 SaláriosMais que 10 Salários

sexo

%

Page 32: CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA ......Educação Especial Supletivo em nível de Educação Geral na área de Deficiência Mental e a oficialização do atendimento escola

Eletricista Cabeleireira

Empresário Comerciante

Gerente de Fábrica Costureira

Gerente de loja Cozinheira

Lavrador Do lar

Mecânico Doméstica

Motorista Empacotadeira

Operador de máquina/trator Empresária

Operador de Trator Estudante

Operário Manicuro/pedicuro

Pedreiro Operadora de caixa

Pintor Promotoras de vendas

Porteiro Recepcionista

Repositor Secretária

Representante comercial Vendedora

Segurança Zeladora

Supervisor de Produção

Técnico em eletrônica

Trabalhadores da construção civil

Vendedor

Vigia

Importante destacar o estado civil do nosso alunado e consequentemente as 

demandas exigidas à uma educação voltada aos jovens e adultos.

SEDE

Page 33: CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA ......Educação Especial Supletivo em nível de Educação Geral na área de Deficiência Mental e a oficialização do atendimento escola

APED

Masculino Feminino

0

20

40

60

80

100

50%

42%40%50%

10% 8%

ESTADO CIVILESTADO CIVILEnsino Fundamental ­ Fase II

SolteiroCasadoSeparado/DivorciadoViúvo

Sexo

%

Masculino Feminino

0

20

40

60

80

100

50%

19%

41%

63%

9%

19%

ESTADO CIVILESTADO CIVILEnsino Fundamental ­ Fase II ­ APED

SolteiroCasadoSeparado/DivorciadoViúvo

Sexo

%

Masculino Feminino

0

20

40

60

80

100

18%

41%

76%

50%

6% 9%

ESTADO CIVILESTADO CIVILEnsino Médio

SolteiroCasadoSeparado/DivorciadoViúvo

Sexo

%

Page 34: CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA ......Educação Especial Supletivo em nível de Educação Geral na área de Deficiência Mental e a oficialização do atendimento escola

Os alunos do CEEBJA sede são oriundos de diversos bairros e distritos, tais 

como:

BAIRROS DISTRITOS E LOCALIDADES

Aeroporto Primavera Guairacá

Bonsucesso Santana Palmeirinha

Boqueirão Santa Cruz Guará

Concórdia São Cristóvão Entre Rios

Cristo Rei São Francisco Pr 170

Guaratú Trianon Faxinal da Boa Vista ­ Turvo

Industrial Vila Bela Reserva Indígena Marrecas

Jardim das Américas Vila Carli MUNICÍPIO

Morro Alto Vila Lara Turvo Residencial 2000

A forma de deslocamento que os alunos utilizam para chegarem até a escola 

e para retornar para as suas casas, pode ser observada nos dados do gráfico, obtidos em 

pesquisa por amostragem.

SEDE

Masculino Feminino

0

20

40

60

80

100

38%32%

52% 53%

10%3%

12%

ESTADO CIVILESTADO CIVILEnsino Médio ­ APED

SolteiroCasadoSeparado/DivorciadoViúvo

Sexo

%

Page 35: CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA ......Educação Especial Supletivo em nível de Educação Geral na área de Deficiência Mental e a oficialização do atendimento escola

APED

Masculino Feminino

0

20

40

60

80

100

20%

45%50%

10%

30%21%17%

7%

FORMA DE DESLOCAMENTO DOS ALUNOSFORMA DE DESLOCAMENTO DOS ALUNOS

Ensino Fundamental ­ Fase II

Transporte ColetivoVeículo PróprioTransporte EscolarA péOutros

Sexo

%

Masculino Feminino

0

20

40

60

80

100

10%

42%72%

22%

9%

19%

9% 9%9%

FORMA DE DESLOCAMENTO DOS ALUNOSFORMA DE DESLOCAMENTO DOS ALUNOS

Ensino Médio

Transporte ColetivoVeículo PróprioTransporte EscolarA péOutros

Sexo

%

Masculino Feminino

0

20

40

60

80

100

5% 6%14%

6%

32%

6%

41%

69%

9%13%

FORMA DE DESLOCAMENTO DOS ALUNOSFORMA DE DESLOCAMENTO DOS ALUNOS

Ensino Fundamental ­ Fase II ­ APED

Transporte ColetivoVeículo PróprioTransporte EscolarA péOutros

Sexo

%

Page 36: CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA ......Educação Especial Supletivo em nível de Educação Geral na área de Deficiência Mental e a oficialização do atendimento escola

3.3 Os espaços escolares e a infraestrutura

3.3.1Condições Físicas e Pedagógicas

1 – Número de ambientes pedagógicos- Salas de aula: 23- Coordenação: 01- Auditório: 01- Sala informatizada p/ professores e alunos: 01- Laboratório de Ciências e Biologia: 01- Biblioteca: 01

2   –   Área   destinada   a   ambientes pedagógicos (m²)

1.378,2 m2

3 – Número de ambientes administrativos- Direção: 01- Vice­direção: 01- Secretaria: 01- Outros: 06

4   –   Área   destinada   a   ambientes administrativos (m²)               324,46 m2

5 – Relação dos ambientes administrativos

Ambiente Área (m²)

Almoxarifado 19,52 m2

Arquivo morto 37,28 m2

Banheiros 8,97 m2

Equipe Pedagógica 23,34 m2

Gráfica 42,45m2

Sala da Direção 12,53m2

Sala da Vice­direção 8,79m2

Sala de Reuniões 16,26m2

Sala dos Educadores 22,29m2

Secretaria 133,56 m2

6 – Área destinada à biblioteca (m²)100m2

7 ­ Área destinada ao laboratório46, 00m2

Masculino Feminino

0

20

40

60

80

100

0%6%

24%

3%10%

18%

57%

71%

10%3%

FORMA DE DESLOCAMENTO DOS ALUNOSFORMA DE DESLOCAMENTO DOS ALUNOS

Ensino Médio ­ APED

Transporte ColetivoVeículo PróprioTransporte EscolarA péOutros

Sexo

%

Page 37: CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA ......Educação Especial Supletivo em nível de Educação Geral na área de Deficiência Mental e a oficialização do atendimento escola

8 – Complexo higiênico­sanitário

Banheiros Sexo ao qual se destina

Nº Pias Nº Mictórios Nº Vasos Sanitários

Banheiro nº 01 [ x ] Masculino [    ] Feminino

02 03 

Banheiro nº 02 [    ] Masculino [ x ] Feminino

01 03

Banheiro nº 03 [ x ] Masculino [    ] Feminino

01 01

Banheiro nº 04 [    ] Masculino [ x ] Feminino

01 01

9 – Utilização compartilhada de recursos físicos, quando for o caso:

10 – Observações:1 banheiro para deficientes com 1 vaso e uma pia.1 banheiro para funcionários com 1 vaso e uma pia.1 banheiro para funcionários com 02 vasos e 1 pia.

O  acervo  bibliográfico  da   escola   conta   com   1209   livros   literários,   725 

técnicos e formativos,  77 enciclopédias,  268 didáticos,  além de periódicos ­  Revista 

Veja, Educação, e os jornais Gazeta do Povo e Diário de Guarapuava. No mesmo espaço 

físico existe uma videoteca com 57 fitas de entretenimento e 501 didáticas.  

Equipamentos de LaboratórioEspecificação Quantidade

Anéis  metálicos,   adaptáveis   ao   suporte  universal   sendo 3  anéis  com diâmetro de 7 cm, 3 de 9 cm, 3 de 12 cm.

09

Balança digital  01

Balança mecânica de braços iguais 01

Balão  04

Becker  20

Bico de bunsen 02

Bisturi  01

Bússola de bolso 01

Conta gotas  10

Enlenmeyr   05

Espátula em aço inox, de aproximadamente 20 cm de comprimento com lâminas metálicas de aproximadamente 7 cm x 2 cm.

03

Esqueleto 1,70 m 01

Estante   metálica,   com   revestimento   plástico   para   quarenta   tubos   de ensaio de 25, x 20 cm. 03

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Funil  04

Garra universal, com mufa adaptável ao suporte para bureta. 05

Kit de jardim osmótico 01

Kit para eletricidade, eletromagnetismo. 01

Kit para mecânica 01

Kit para ótica e ondas 01

Lamparina, a álcool com pavios e abafador, com capacidade de 20ml. 03

Lente convergente, de vidro, com ao menos 8 cm de diâmetro com cabo, capacidade de aumento de 2,5. 02

Microscópio binocular 02

Microscópio monocular 02

Microscópio triocular 01

Mola   metálica,   de   aproximadamente   2   cm   de   diâmetro   e   2   m   de comprimento. 01

Moléculas em três dimensões 01

Pinça  metálica  aço   inox,  para  manipular  vidraria   (tipo   tesoura)  com aproximadamente 20 cm de comprimento. 03

Pinças ponta finas, com 160 mm. 05

Pipetas  10

Provetas  10

Suporte para tubos de ensaio 07

Suporte universal, com haste vertical e base metálica retangular de 70 cm. 02

Tela de amianto, de 14 cm por 14 cm. 05

Telescópio 01

Termômetro de mercúrio, para temperaturas de –10º C a +110º C. 08

Torso humano 01

Tripé metálico com 12 cm de diâmetro e 20 cm de altura 05

Tubo de ensaio 25

Usina hidrelétrica 01

Recursos Audiovisuais e TecnológicosEspecificação Quantidade

Aparelho de som 03

Aparelho multimídia (Data Show) 01

Computador 08

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Globo  03

Computador (Paraná Digital) 20

Impressora  15

Lâminas para spinlight 01

Planetário  01

Retroprojetor  06

Telas de PVC 01

Televisor (comum) 19

Televisor (multimídia ) 18

Maquina Fotográfica  01

Scaner  01

Fotocopiadora 01

Copiadora 01

Filmadora 01

Notebook 01

Projetor 01

3.3.2 Resultados Educacionais do CEEBJA Guarapuava

ENEM 2010:

Participantes da prova objetiva: 30 – taxa de participação de 12%

Média Linguagem e suas tecnologias: 487,71

Média em Matemática: 468,64

Média em Ciências Humanas: 565,44

Média em Ciências da Natureza: 565,44

Média das Objetivas: 502,31

Participação na Redação: 29 – média redação – 561,21

Média total( redação mais objetivas): 531,26

3.3.3 Plano de Capacitação Continuada do Corpo Docente e Funcionários

No contexto que hoje estamos vivendo, na era tecnológica, onde tudo está 

acontecendo tão rapidamente, faz­se necessário revermos até que ponto temos bagagem 

para   competir   com   essas   transformações   e   desafios   que   nos   são   impostos   a   cada 

instante.

O educador, concebido como profissional reflexivo e autor de sua prática 

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escolar,   deve   ter   a   competência   de   identificar   e   selecionar   que   materiais   podem 

contribuir para a reflexão sobre o assunto a ser desenvolvido com os seus educandos, 

deve   também   saber   planejar   com   que   objetivo   e   de   que   modo   serão   usados, 

considerando sempre a variedade de linguagens, de abordagens e de pontos de vista.

A seleção e uso de materiais didáticos entre os educadores das diferentes 

áreas   do   conhecimento,   também   é   um   momento   de   formação.   Essa   seleção   após 

discussão é contextualizada no âmbito da organização de situações didáticas e eficazes 

para o aprendizado.

O   trabalho   em  equipe   é   considerado,   atualmente,   como   um  dos   fatores 

fundamentais   para   impulsionar   não   só   a  melhoria   da  qualidade   de   ensino   como   o 

desenvolvimento profissional dos professores. A tarefa comum dos profissionais da EJA 

tem, portanto, dois aspectos inseparáveis: a elaboração e o desenvolvimento constante 

da proposta pedagógica e a formação permanente dos profissionais. Haverá participação 

em cursos  de capacitação específica por  área de  conhecimento;  capacitação via TV 

Escola; capacitação sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais, com debate, 

reuniões,   Seminários   e   Simpósios;   Cursos   Intensivos;   leitura   e   pesquisa   em   http; 

reuniões pedagógicas mensais com temas pedagógicos por profissionais da área dentro 

das   necessidades;   oportunizar   a   participação   em   cursos   promovidos   por   entidades 

educacionais da região.

4 FUNDAMENTAÇÃO

A  fim de   resguardar   uma educação  para   “sujeitos­homens”  que  buscam 

conhecimento, vivendo no “mundo” e em “sociedade” ressaltam­se as concepções:

4.1 Concepção de Homem

O   homem   é   um   ser   em   permanente   processo   de   desenvolvimento, 

transforma e é transformado. É um sujeito que interage com o mundo, por isso é capaz 

de refletir sobre seu ambiente,   comprometendo a intervir na realidade com o objetivo 

de mudá­la.  Homem consciente que como um ser de direitos pode agir  sobre a sua 

realidade e  situação social para transformá­la de forma crítica.

Um ser capaz de promover posicionamentos contra as opressões do poder 

político,  econômico atuando nas relações sociais  cercados por princípios éticos e de 

solidariedade. Isto é, um sujeito tanto físico como social e que tenha a consciência e o 

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sentimento   de   pertencer   à   Terra,   compreendendo   a   interdependência   entre   ele   e   o 

mundo,   sendo  capaz  de   interagir  de  maneira   crítica,   criativa  e   consciente   com seu 

mundo natural e social, sendo que para isso o grande desafio a ser vencido é formar 

sujeitos que possam enfrentar realidades cada vez mais complexas.

4.2 Concepção de Mundo

A Educação de Jovens e Adultos busca uma concepção de homem voltada 

para a expectativa de cidadão em constante formação, o mundo concreto, real, percebido 

pelos sentidos é  uma reprodução do mundo das ideias,  nas quais o homem está  em 

contato   permanente.   Numa   visão   de   macro   mundo,   o   homem     desta   forma   pode 

contemplar e conhecer, para ir além das suas fronteiras individuais e assim atuar no seu 

micro mundo como um cidadão crítico e reflexivo.

Homem e mundo estão entrelaçados através da compreensão do mundo em 

que ele vive, pois para que possa ser considerado sujeito histórico há a necessidade de se 

levar   em   consideração   o   seu   “mundo   vivido”,   os   conflitos   entre   diferentes   classes 

sociais que determinam a leitura crítica da realidade social em que está inserido.

4.3 Concepção de Sociedade

A sociedade é o espaço de interação humana, onde reflete a maneira de ser, 

agir e pensar de um grupo social, onde se deve primar pela solidariedade, igualdade e 

liberdade.  Sociedade em que o homem é  “sujeito histórico”,  produto e produtor das 

relações econômicas sociais, culturais e políticas que o transformam e são transformadas 

pelos conflitos estabelecidos entre as diferentes classes sociais. 

Pelo processo educativo queremos formar um cidadão participante de um 

mundo real, como catalisador de transformações, não sendo simplesmente um reflexo 

do pensamento da sociedade dominante.

Sociedade democrática engajada em um processo de conscientização dos 

mecanismos   de   opressão   do   sistema   político,   econômico   e   social   que   configura   a 

sociedade atual.

4.4 Concepção de Conhecimento

O conhecimento é  uma atividade humana que busca explicar as relações 

entre os homens e a natureza. Desta forma, o conhecimento é produzido nas relações 

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sociais mediadas pelo trabalho. Na sociedade capitalista, o homem não se apropria da 

produção material do seu trabalho e nem dos conhecimentos produzidos nestas relações 

porque   o   trabalhador   não   domina   as   formas   de   produção   e   sistematização   do 

conhecimento.

Segundo MARX e ENGELS (in FRIGOTTO, Gaudêncio, 1994) “a classe 

que tem à disposição os modos de produção material controla concomitante os meios 

de produção intelectual, de sorte que, por essa razão geralmente as idéias daqueles que 

carecem desses meios ficam subordinadas a ela”. 

Ainda neste sentido,  ANDREY, 1988, p.15 faz a colocação de que nesse 

processo do desenvolvimento humano multideterminado e que envolve inter­ relações e 

interferências   recíprocas  entre   ideias   e   condições  materiais,   a  base  econômica  será 

determinante fundamental. Assim sendo, o conhecimento humano adquire diferentes 

formas:   senso   comum,   o   científico,   teológico,   filosófico   e   estético,   pressupondo 

diferentes concepções, muitas vezes antagônicas que o homem tem sobre si, sobre o 

mundo, sobre o conhecimento. 

O   conhecimento   pressupõe   as   concepções   de   homem,   de   mundo   e   das 

condições sociais que o geram configurando as dinâmicas históricas que representam as 

necessidades do homem a cada momento, implicando necessariamente nova forma de 

ver  a   realidade,  novo modo de atuação,  para obtenção do conhecimento,  mudando, 

portanto, a forma de interferir na realidade. Essa interferência traz consequências para a 

escola, cabendo a ela garantir a socialização do conhecimento que foi expropriado do 

trabalhador nas suas relações. Conforme VEIGA (Veiga, Ilma Passos, Projeto Político 

da Escola: uma construção coletiva, 1995, p.27). “O conhecimento escolar é dinâmico  

e não uma mera simplificação do conhecimento científico, que se adequaria à faixa  

etária e aos interesses dos alunos.” Dessa forma, o conhecimento escolar é resultado 

de fatos conceitos e generalizações, sendo, portanto, o objeto de trabalho do professor. 

Para Boff (Boff, Leonardo, Projetos Políticos e Modelos de Cidadania – 2000, p.82). 

“Conhecer implica, pois, fazer uma experiência e a partir dela ganhar consciência e 

capacidade de conceptualização. O ato de conhecer, portanto, representa um caminho 

privilegiado para a compreensão da realidade, o conhecimento sozinho não transforma 

a realidade, transforma a realidade somente a conversão do conhecimento em ação. O 

conhecimento não ocorre individualmente. Ele acontece no social gerando mudança 

interna e externa no cidadão e nas relações sociais, tendo sempre uma intencionalidade.

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4.5 Concepção de Educação

O aluno da EJA é  desafiado constantemente  pela   realidade em que está 

inserido e  as   respostas,  a  esses  desafios,  serão adquiridas  através  do conhecimento 

cientifico adquirido e compreendido como instrumento de transformação.

A Educação contém ingredientes polêmicos, difusos e penetrantes das mais 

diversas áreas do conhecimento, o que dificulta estabelecer com clareza os limites de 

abrangência   e   suas   especificidades.   Porém,   é   na   Escola   que   o   conhecimento 

sistematizado é colocado para os alunos como forma de crescimento  pessoal e social.

Com as novas diretrizes espera­se da Escola uma transformação, ressaltando 

a razão crítica e os pensamentos dialéticos que instigam à permanente discussão sobre a 

influência do poder ou do conhecimento nos processos sociais e educacionais, bem 

como de suas possibilidades com vistas ao enfrentamento   dos desafios educacionais 

contemporâneos   onde   se   prevê     uma   reflexão   que   leve   o   aluno   à   superação   de 

angústias, doenças, infelicidades, injustiças; uma nova cosmovisão; a preservação de 

valores   (solidariedade,   cooperação,   segurança,   respeito,   ética...)   e   o   acesso   a 

conhecimentos científicos significativos e importantes para: 

­ produção qualificada (prestação e valorização de serviços);

­ eliminação de medos e ameaças (justiça e equidade);

­ espírito de equipe (cooperação e participação);

­ ênfase no processo educativo (pedagógico);

­ crescimento pessoal/ organizacional e auto­conhecimento;

­ desenvolvimento de potencialidades gerais e individuais (autonomia);

­ a prática frequente e generalizada da autogestão (democratização).

A escola tem o compromisso social de ir além da simples transmissão do 

conhecimento sistematizado, preocupando­se em dotar o aluno da capacidade de buscar 

informações, segundo as exigências de seu campo profissional ou de acordo com as 

necessidades de desenvolvimento individual e social.

Cabe a escola formar cidadãos críticos, reflexivos, autônomos, conscientes 

de seus direitos e deveres, garantindo a aprendizagem de conhecimentos, habilidades e 

valores necessários à socialização do indivíduo.

Processos e instrumentos de participação e de parceria levam a mudanças 

eficazes,  garantindo a melhoria  da qualidade de ensino e a  construção progressiva, 

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estruturada e organizada de uma sociedade.  

Há   a   consciência  por   parte   dos  que  o  produziram este  Projeto,   de  que 

representa apenas um germe de projeto político pedagógico e se encontra aberto a todo 

e qualquer tipo de sugestões e encaminhamentos. Sabemos que nenhum Projeto Político 

Pedagógico pode ser dado como pronto e acabado sob pena de se cristalizar e deixar de 

acompanhar os movimentos da história.

Nossa   reflexão,   portanto   continua   baseada   principalmente   na   prática 

pedagógica cotidiana e na discussão dos referenciais teóricos que nos encaminhem para 

uma “práxis” responsável e compromissada com uma escola pública de qualidade.

Finalizando,  deve­se  dizer  que  a   construção  de  uma  escola   competente, 

democrática   e   de   qualidade   é   uma   exigência   social,   porque   sozinha   ela   não   pode 

cumprir com sua tarefa social, até porque ela não existe isolada do contexto histórico e 

sociológico.

4.6  Concepção de Escola

O ensino fundamental compõe a educação básica, com duração de 9 anos. 

Segundo a LDB/96, este nível de ensino tem por objetivo:

1. O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos 

o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; 

2.   a   compreensão   do   ambiente   natural   e   social   do   sistema   político,   da 

tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamentam a sociedade;

3.  o  desenvolvimento  da  capacidade  de  aprendizagem,   tendo  em vista   a 

aquisição de conhecimentos e habilidades, e a formação de atitudes e valores; 

4. o fortalecimento de vínculos da família, os laços e solidariedade humana 

e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social. 

Infelizmente este objetivo não está sendo alcançado em sua plenitude. Em 

pleno século XXI, nossa sociedade brasileira se depara com índices de analfabetismo e 

abandono, embora, melhorias importantes na área educacional diz respeito ao índice de 

analfabetismo. Recente pesquisa do PNAD ­ IBGE mostra uma   queda no  índice de 

analfabetismo em nosso país nos últimos dez anos (1992 a 2002). Em 1992, o número 

de analfabetos correspondia a 16,4% da população. Esse índice caiu para 10,9% em 

2002 e para 10% em 2008. No ano de 2009 verificou­se uma nova queda para 9,7%. Ou 

seja,  um grande avanço, embora ainda haja muito a ser feito para a erradicação do 

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analfabetismo   no   Brasil.   Outro   dado   importante   mostra   que,   em   2006,   97%   das 

crianças de sete a quatorze anos frequentavam a escola. 

Outros dados da educação brasileira: 

Taxa de abandono (2008): 4,8% 

Taxa de reprovação (2008): 12,1% 

Taxa de aprovação (2008): 83,1% 

Matrículas na Educação Básica (2009): 52.580.452Fonte: MEC/Inep 2010.      

Diante destes dados tenham, pode­se observar que apesar de ser direito de 

todos, ainda nem todos têm acesso e permanência à escola, quer por fatores externos à 

escola (condições econômicas, sociais e culturais), quer porque a escola ainda exclui os 

que nela não se adaptam. 

Para   entender  melhor   a   situação  da   educação  básica  do  país,   é   preciso 

remeter­se, para sua história. A escola, enquanto espaço educativo, não foi projetada 

para acolher a todos. 

Quando surgiu, era para uma pequena parcela da população. As condições 

ofertadas   supriram   à   necessidade  de  uma  clientela   pequena   (elite),   com   interesses 

comuns. 

No século XX, com a democratização do ensino público, a mesma escola 

(espaço físico) se abre para acolher uma população numerosa, para a qual precisa se 

adaptar. Sua organização permanece a mesma (fila, disciplina, programas curriculares).

A função da escola, para o capitalismo é a formação do sujeito “cidadão” 

aquele   que   vive   na   cidade,   desconsiderando   a   concepção   de   homem  onilateral.   A 

função de escola que priorizamos é a da escola democrática, inclusiva e com objetivos 

coesos voltados para a aprendizagem com qualidade. Considerando que a função da 

escola pública é a democratização do conhecimento científico, histórico e social. 

A   escola   pública   é   considerada   por   todos,   como   um   espaço   e   lugar 

privilegiado de ensino­aprendizagem das camadas populares,  sendo  talvez para esta 

demanda a única fonte de acesso ao conhecimento e transformação da realidade social. 

Assim   a   escola   é   concebida   como   espaço   de   divulgação,   socialização, 

criadora   e   também   reprodutora   de   saberes   sistematizados   ao   longo   da   história. 

Devemos   considerar   que   a   escola   tem   papel   social   expressivo   na   construção   e 

reconstrução daqueles que passam parte de suas vidas sendo orientados e preparados 

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por ela. 

4.7 Concepção de Cultura

A cultura é resultado de toda a produção humana segundo “Saviani, 1992, 

p.19 para sobreviver o homem necessita extrair da natureza, ativa é intencionalmente, 

os meios de sua subsistência. Ao fazer isso ele inicia o processo de transformação da 

natureza, criando um mundo humano (o mundo da cultura).” 

Podemos considerar que,  “de um ponto de vista  antropológico,  cultura é 

tudo o que elabora, e elaborou o ser humano, desde a mais sublime música ou obra 

literária  até  as   formas de destruir­se a si  mesmo e as  técnicas de tortura,  a  arte,  a 

ciência,   a   linguagem,   os   costumes,   os   hábitos   de   vida,   os   sistemas   morais,   as 

instituições sociais, as crenças, as religiões, as formas de trabalhar”. (Sacristan, 2000, 

p.105).

Todo   conhecimento,   na   medida   em   que   se   constitui   num   sistema   de 

significação, é cultura. Além disso, como sistema de significação, todo conhecimento 

está estreitamente vinculado com relações de poder. (Silva Thomaz Tadeu, 2003) 

É necessário considerar, portanto a importância do texto de Silva, “tornou­

se lugar comum destacar a diversidade das formas culturais do mundo contemporâneo”. 

É um fato paradoxal, entretanto, que essa suposta diversidade conviva com fenômenos 

igualmente surpreendentes de homogeniação cultural. 

Ao mesmo  tempo em que   se   tornam visíveis  manifestações  e   expressos 

culturais   de   grupos   dominados,   observa­se   o   predomínio   de   formas   culturais 

produzidas e vinculadas pelos meios de comunicação de massa, mas quais aparecem de 

forma destacada às produções culturais em sua dimensão material e não­material. 

Toda a  organização curricular,  por   sua  natureza  e  especificidade precisa 

completar várias dimensões da ação humana, entre elas a concepção de cultura. Na 

escola, em sua prática há a necessidade da consciência de tais diversidades culturais, 

especialmente da sua função de trabalhar as culturas populares de forma a levá­las à 

produção   de   uma   cultura   erudita,   como   afirma   Saviane   “a   mediação   da   escola, 

instituição   especializada   para   operar   a   passagem   do   saber   espontâneo   ao   saber 

sistematizado,   da   cultura   popular   à   cultura   erudita,   assume   um   papel   político 

fundamental”. (Saviani, Apud Frigotto, 1994 p. 189). 

Respeitando a diversidade cultural e valorizando a cultura popular e erudita 

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cabe   a   escola   aproveitar   essa   diversidade,   existente,   para   fazer   dela   um   espaço 

motivador, aberto e democrático. 

4.8 Concepção de Trabalho

      “ O trabalho é uma atividade que está na base de todas as relações humanas, condicionando e determinando a vida. É (...) uma atividade humana interacional que envolve: forma de organização objetivando a produção de bens necessários à vida.”  (Andrey, 1988, p13). 

Nesta perspectiva é preciso entender o trabalho como ação internacional e o 

homem em  suas   relações   sociais,   dentro  da   sociedade   capitalista   que  produz  bens. 

Porém, é preciso compreender que o trabalho não acontece de forma tranquila, estando 

sobrecarregado pelas relações de poder.

Quando produz bens, estes são classificados em materiais ou não materiais. 

Os bens materiais são produzidos para posterior consumo, gerando o comércio. Já nos 

bens não materiais a produção e consumo acontecem simultaneamente.

No  trabalho educativo o fazer  e  o  pensar  entrelaçam­se dialeticamente  e 

nesta dimensão que esta posto a formação do homem. 

Ao   considerarmos   o   trabalho   uma   práxis   humana,   é   importante   o 

entendimento de que o processo educativo é um trabalho não material uma atividade 

intencional   que   envolve   formas   de   organização   necessária   para   a   formação   do   ser 

humano. 

O   conhecimento   como   construção   histórica   é   matéria­prima   (objeto   de 

estudo)  do professor  e  do  aluno,  que  indagando sobre o  mesmo  irá  produzir  novos 

conhecimentos,  dando eles  condições  de entender  o viver,  propagando modificações 

para a sociedade em que vive permitindo “ao cidadão – produtor chegar ao domínio 

intelectual do técnico e das formas de organização social sendo, portanto capaz de criar 

soluções originais para problemas novos, que exigem     criatividade,   a     partir    do 

domínio.

4.9   Concepção   de   Tecnologia   e   Contribuição   no   Processo   Ensino­

Aprendizagem

As crescentes evoluções socioculturais e tecnológicas do mundo atual geram 

contínuas   mudanças  na   organização   e   no   pensamento   humano,   revelando   um  novo 

universo no cotidiano das pessoas. Isso exige criatividade, independência e autocritica 

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na obtenção e seleção de informações.

Vemos que o termo incorporação de novas tecnologias e suas linguagens na 

Educação  deixou  de   ser   polêmico.  Afinal,  não   explorar  na   escola  um potencial   de 

recursos   tão   rico   seria   o   mesmo   que   hospitais   rejeitarem   aparelhos   de   tomografia 

computadorizada ou as pessoas se recusarem a usar, por exemplo, os caixas eletrônicos 

dos bancos. Embora, as propostas de modernização da educação, na maioria das vezes, 

não tem alcançado o sucesso esperado, ao enfrentar essas questões.

Seguindo   essa   linha   de   pensamento,   Dowbor   (1994:22)   acrescenta   que: 

“frente a existência paralela deste atraso e da modernização, é que temos que trabalhar 

em “dois tempos”, fazendo o melhor possível no universo preterido que constitui a nossa 

educação, mas criando rapidamente as condições para uma utilização “nossa” dos novos 

potenciais que surgem”.

É   importante   salientar   que   a   verdadeira   função   do   aparato   tecnológico­

educacional não deve ser o de ensinar, mas sim a de criar condições de aprendizagem. 

Para Valente (1993); “O professor, precisa ser, o criador de ambientes de aprendizagem 

e  o  facilitador  do  processo  de  desenvolvimento   intelectual  do aluno.  A partir  dessa 

perspectiva,   a   formação  do  professor   reflexivo   é   uma  questão   fundamental   em um 

processo de formação.

Na   visão   de   Drucker   (1993:153)   “a   tecnologia   será   importante,   mas 

principalmente  porque   irá   nos   forçar   a   fazer   coisas,   e   não  porque   irá   permitir   que 

façamos melhor as coisas velhas”.

Nos dias atuais, a tecnologia está mais presente na vida de todos nós. Apesar 

desse avanço, a escola sente­se impotente para acompanhar essas novidades e dar um 

suporte à  sua clientela de modo que a mesma esteja integrada à  realidade buscando 

informações para construir o conhecimento. Uma grande dificuldade também está  na 

falta   de   profissionais   que   deem   suporte   e   auxiliem   os   alunos   no   manuseio   dessas 

tecnologias que estão a cada dia mais sofisticadas.

A escola, sendo o espaço social mais frequentado pelos alunos, deve estar 

preparada para prepará­los para o futuro, ofertando meios possíveis de tecnologias para 

não deixá­los   fora  dos  avanços,  mas  acompanhá­los  para que não se comprometa a 

confiabilidade das informações buscadas.

As   tecnologias   se   incorporam   no   dia­a­dia   das   escolas   levando   os 

professores a repensarem suas praticas pedagógicas, criando assim a flexibilidade dos 

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mesmos quanto ao seu uso, não permitindo  aulas rotineiras, mas numa diversidade de 

fontes de informação.

4.10 Concepção de Cidadania

Historicamente, o Brasil foi construído de cima para baixo e de fora para 

dentro – poderes coloniais, elites proprietárias, Estado realimentando as desigualdades e 

agravando   as   inclusões.   Neste   momento,   sequer   construir   uma   outra   base   social, 

construída por aqueles excluídos da história brasileira que, organizando­se na sociedade 

civil  e  nos  diferentes  movimentos  sociais,  que  conseguem expressar­se,   tomando as 

rédeas do seu destino, criando uma nação soberana e aberta ao diálogo e a participação.

De acordo com Boff (2000, p.51) “cidadania é um processo histórico­social 

que capacita a massa humana a forjar condições de consciência, de organização e de 

elaboração de um projeto e de práticas no sentido de deixar de ser massa e de passar a 

ser povo, como sujeito histórico, plasmador de seu próprio destino”.

Reafirmando a citação de Boff, (Martins, 2000, p.53) diz: “A construção da 

cidadania, envolve um processo ideológico, de formação de consciência pessoal e social, 

e de reconhecimento desse processo em termos de direitos e deveres. A realização se faz 

através de lutas contra as discriminações,  da abolição de barreiras segregativas, entre 

indivíduos e contra as opressões e os tratamentos desiguais. ou seja, pela extensão das 

mesmas condições  de acesso às  políticas  públicas  e  pela  participação de  todos,  nas 

tomadas de decisões. É condição essencial da cidadania, reconhecer que a emancipação 

depende   fundamentalmente   do   interessado,   uma  vez   que,   quando   a   desigualdade   é 

somente   confrontada   na   arena   pública,   reina   a   tutela   sobre   a   sociedade,   fazendo­a 

dependente dos serviços públicos. No entanto, ser/estar interessado, não dispensa apoio, 

pois os serviços públicos, são sempre necessários e instrumentais.

O grande desafio histórico é dar condições ao povo brasileiro de se tornar 

cidadãos   conscientes;   sujeitos   de   direitos   e   deveres;   que   respeitem   e   aceitem   a 

diversidade  e que participem do processo de construção político­social e cultural.

Angel Pino in (Boff SEVERINO A J., ZALUARA e outros 1992, p. 15­25), 

consideram que   “o  conceito  de   cidadania   traduz  ao  mesmo   tempo,  um direito   e  o 

exercício desse direito. sem este, aquele é apenas uma fórmula. ”Portanto, a educação 

como um dos principais  instrumentos de formação da cidadania,  deve ser entendida 

como   a   concretização   dos   direitos   que   permitem   ao   indivíduo,   sua   inserção   na 

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sociedade.

“A   realidade   social   e   educacional   atual   de   nosso   país,   requer   o 

enfrentamento e a superação da contradição da estrutura que existe entre a declaração 

constitucional dos direitos sociais (dentre eles, a educação) e a negação da prática desses 

direitos; da ideologia que associa a pobreza material à cultural; de  colocar o problema 

da escola pública em termos de direito de todos, de acesso ao conhecimento elaborado; 

recolocar   a   questão   do   trabalho   como   atividade   de   produção/apropriação   de 

conhecimento   não   apenas   como   mera   operação   mecânica,   em   repensar   a   relação 

escola/trabalho”.

Segundo Martins   (200,  p.54),  pode­se  afirmar  que “aquela   relação entre 

cidadania e democracia explicita­se no fato de que ambas são processos; o processo não 

se dá num vazio, a cidadania exige instituições, mediações e comportamentos próprios, 

constituindo­se   na   criação   de   espaços   sociais   de   luta   na   definição   de   instituições 

permanentes   para   expressão  política.  Nesse   sentido,   a   autora   distingue   a   cidadania 

passiva, aquela que é outorgada pelo Estado, com a idéia moral da tutela e do favor. 

Cidadania Ativa – aquela que institui o cidadão como portador de direitos e deveres, 

mas essencialmente criador de direitos, de abrir espaços de participação. A  cidadania 

requer a consciência clara sobre o papel da educação e as novas exigências colocadas 

para a escola que, como instituição para o ensino – a educação formal – pode ser um 

locus excelente para a construção da cidadania.

As dimensões da cidadania, segundo Boff, são cinco:

A   dimensão   econômica­produtiva:   a   massa   é   mantida   intencionalmente, 

como massa e a pobreza é empobrecimento, portanto a pobreza material e política é 

produzida e cultivada, por isso é profundamente injusta.

A dimensão político­participativa: as pessoas interessadas lutam em prol de 

sua autonomia e participação social, tornando­se cidadãos plenos.

A dimensão popular: inclui somente as que têm acesso ao sistema produtivo 

e exclui os demais, sendo esta a dimensão vigente.

A dimensão de concidadania: os cidadãos devem reivindicar e não pedir ao 

Estado, precisam organizar­se não para substituir, mas para fazê­lo funcionar.

Define também o cidadão mediante a solidariedade e a cooperação.

A cidadania Terrenal:  apresenta a dimensão planetária  na consciência de 

causas comuns, com a responsabilidade coletiva de garantir um futuro para a terra e a 

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humanidade.

Tipos de Cidadania segundo Boff 

Cidadania   seletiva  –   se   a   construção  da  cidadania  envolve  um processo 

ideológico de formação de consciência pessoal, coletiva e social,  de reconhecimento 

desse   processo   em   termos   de   direitos   e   deveres,   no   projeto   neoliberal   vigente   a 

cidadania passa a ser seletiva porque a reduz, Boff afirma (2OOO, p. 57). “Ele debilita e 

reduz   a   cidadania  nacional,   quer   dizer,   a   autonomia   do  próprio  país.   Internamente 

reforça   a   cidadania   seletiva”.   Alguns   setores   são   beneficiados   pela   modernização, 

outros, os setores populares só cabe uma cidadania menor. Outros, os excluídos, servem 

como massa  de manobra,   sem qualquer  cidadania,   tirando o seu  poder  de   rebelião, 

compensado, fazendo assistencialismo fácil e promessas.

Cidadania Menor – No projeto do capitalismo nacionalista não se leva em 

conta o capitalismo e sua  lógica que explora e  exclui.  Ele é  visto  como criador  de 

oportunidades  e  de progresso.  Dá­se ênfase à  autoestima de um Brasil  grande,  uma 

potência   emergente   com   seus   recursos   naturais   riquíssimos   e   potencialidades 

populacionais. Aqui também a cidadania é restrita para setores beneficiários. (Boff, p. 

66)   “Será   uma   cidadania   político­participativa   para   os   segmentos   incorporados   na 

produção. Mas não será econômico­produtiva.   Pois trabalhadores continuarão sendo, 

duramente explorados. Portanto, terão uma cidadania de 2ª classe, esporádica, às vezes, 

expressa   em   grandes   manifestações   públicas,   mas   sem   consequências   reais...   As 

políticas estatais continuarão assistencialistas mantendo a população pobre, dependente 

e desmobilizada com controle aos movimentos sociais.

Cidadania maior e plena – concidadania – O projeto de Democracia racial e 

popular é totalmente diferente dos autores muito distante do que vivemos. Está sendo 

construído  por   todos  os   excluídos  da  história   brasileira,   se   organizando  dentro  dos 

movimentos raciais. Com força foram se infiltrando em condutos­políticos partidários, 

já agora em condições de disputar a conquista e o controle do poder com muita luta, 

resistência argumentos e organização. Esse projeto visa construir uma Nação autônoma, 

capaz   de   democratizar   a   cidadania,   mobilizar   a   sociedade   inteira   para   a   mudança, 

primando por uma sociedade sustentável que se desenvolva com a natureza e não contra 

ela, que produza o suficiente para todos e que não permita a acumulação para poucos. 

BOFF (2000,  p.  73)  diz:  “Nele  fica clara a  vontade  de  soberania  nacional  e  o   tipo 

diferente de cidadania política, econômica, participativa, solidária e popular. Será uma 

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cidadania cotidiana, plantada no funcionamento dos movimentos raciais e, por isso, em 

contínuo exercício”.

Construir   a   cidadania   e   concidadania  popular   é   a   forma   concreta   de   se 

construir o Projeto­Brasil que buscamos.

4.11 Concepção de Ciência

A ciência nasce da necessidade de explicar os fatos observados de forma 

sistematizada utilizando métodos.

Para   Andery   919800   “A   ciência   é   uma   das   formas   do   conhecimento 

produzido   pelo   homem   no   decorrer   de   sua   história.   Portanto,   a   ciência   também   é 

determinada pelas necessidades materiais do homem em cada momento histórico, ao 

mesmo tempo que nela interfere”.

Dependendo de como se concebe o mundo, o homem e o conhecimento, 

será a concepção da ciência.

No decorrer da história, a ciência está sempre presente para reproduzir ou 

transformar.

Na sociedade capitalista, o conhecimento científico é  produzido de forma 

desigual, estando a serviço de interesses políticos, econômicos e sociais do processo 

histórico, não atingindo a totalidade da população.

A escola   tem a  função social  de garantir  o  acesso  de   todos aos  saberes 

científicos produzidos pela humanidade. Nereide Saviani afirma que “a ciência merece 

lugar destacado no ensino como meio de cognição e enquanto objeto de conhecimento”, 

ou seja, ao mesmo tempo em que eleva o nível de pensamento dos estudantes, permite­

lhes o conhecimento da realidade, o que é indispensável para que não apenas conheçam 

e   saibam   interpretar   o   mundo   em   que   vivem,   mas   com   isto   saibam   nele   atuar   e 

transformá­lo.

4.12  Concepção de Adolescência

A palavra “adolescência” vem da palavra latina “adolesco”,  que significa 

crescer. É uma fase cheia de questionamentos e instabilidade, que se caracteriza por uma 

intensa  busca  de  “si  mesmo” e da  própria   identidade,  os  padrões  estabelecidos  são 

questionados, bem como criticadas todas as escolhas de vida feita pelos pais, buscando 

assim a liberdade e auto­afirmação. 

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Os teóricos da adolescência há  muito tem concordado que a transição da 

segunda infância para a idade adulta é acompanhada pelo desenvolvimento de uma nova 

qualidade de mente, caracterizada pela forma de pensar sistemática, lógica e hipotética. 

Grande parte da diferença existente entre o comportamento diário da criança 

e do adolescente pode ser expressa da seguinte maneira: o adolescente, como a criança 

vive no presente, mas ao contrário da criança também vive muito na dimensão ausente, 

isto  é  no futuro e  o no reino do hipotético.  Seu mundo conceitual  está  povoado de 

teorias informais sobre si mesmo e sobre a vida, cheio de planos para o seu futuro e o da 

sociedade, em resumo, cheio de ideias que transcendem a situação imediata, as relações 

interpessoais atuais, etc. 

Compreendendo o adolescente como capaz de produzir, refletir, mesmo que 

no  nível  do  hipotético  é   importante   explorar   esta   habilidade   em sala   de  aula   e  na 

transformação do conhecimento, ou seja, explorar o futuro as pretensões estimulando a 

progressão, o nível do desenvolvimento. 

Vemos   assim   a   urgência   de   se   qualificar   as   reflexões   teóricas   sobre   a 

questão, para que se possam também transformar as intervenções na área. Conhecer o 

jovem, para além da aparência, dos discursos ideológicos, das análises naturalizantes, 

revela­se um objetivo importante. O que surpreende no adolescente é o seu interesse por 

problemas inabituais, sem relação com as realidades vividas 

4.13 Concepção de Ensino e Aprendizagem

“O aprender a ler, escrever e contar” não é incompatível com o aprender a 

pensar, com o aprender a pensar, com o aprender a ser, nem com o aprender a aprender 

com os outros”. (José Augusto Pacheco).

Por muito tempo a pedagogia valorizou o que deveria ser ensinado, supondo 

que, como decorrência, estava valorizando o conhecimento. O ensino, então, ganhou 

autonomia em relação à aprendizagem, criou seus próprios métodos e o processo de 

aprendizagem ficou relegado a segundo plano.

Os   fracassos   escolares   decorrentes   da   aprendizagem,   indicam   que   é 

necessário   significar   à   unidade   entre   aprendizagem   e   ensino,   uma   vez   que,   sem 

aprendizagem não há ensino.

A   organização   de   atividades   de   ensino   e   aprendizagem,   a   relação 

cooperativa  entre  professor  e  aluno e  aluno/aluno,  os  questionamentos,  a  dúvida,  as 

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controvérsias de conceitos,  influenciam o processo de construção de significado e o 

sentido   que   os   alunos   atribuem   aos   conteúdos   escolares.   Portanto,   ao   ensinar 

procedimentos   também se  ensina  um certo  modo  de  agir,  de  pensar   e  de  produzir 

conhecimento. Como escola do Campo deve incluir em seu debate político e pedagógico 

a questão de que saberes são mais necessários aos sujeitos do campo e podem contribuir 

na preservação e na transformação de processos culturais, de relações de trabalho, de 

gênero e de relações entre gerações do campo; o que seria para Ausubel: a teoria da 

aprendizagem verbal significativa.

Segundo Santo Agostinho: “Não se aprende pelas palavras, que repercutem 

exteriormente, mas pela verdade, que ensina interiormente”.

4.14 Concepção de Currículo

Mais   que   um  documento   impresso,   uma  orientação   pedagógica   sobre  o 

conhecimento  a   ser   desenvolvido  na  escola  o  currículo   é   um discurso  político  que 

pressupõe um projeto de futuro para a sociedade que o produz”. (Silva,2001). Isso quer 

dizer  que  por   trás  da   seleção  de  conteúdos,  das  práticas  de  ensino  e   avaliação,  da 

organização curricular  há   sempre uma  intenção.  Daí  a   importância de refletir   sobre 

quais questões, a proposta curricular dispõe­se a responder. 

O que eles ou elas devem saber? Qual conhecimento ou saber é considerado 

importante ou válido ou essencial para merecer ser considerado parte do currículo? Por 

que esse conhecimento e não outro? Quais interesses fazem com que esse conhecimento 

e não outro esteja no currículo? Por que privilegiar um determinado tipo de identidade 

ou subjetividade e não outro? Fica vidente, a importância que nossos educadores tem, na 

definição do currículo para seus alunos da escola pública. Esta situação nunca é   neutra, 

há sempre interesse de grupos dominante em manter a classe dominada, numa situação 

inferior na questão cultural, para que a sociedade não se desestruture.      

A consciência política do professor é  um elemento imprescindível para a 

melhora da qualidade da educação em especial dos nossos alunos marginalizados. O 

fazer pedagógico é de responsabilidade do professor, o qual tem em suas mãos o poder 

de instigar seu aluno a ver além dos conteúdos, ou seja, os determinantes políticos e 

sociais que agem na suas vidas. Mesmo o professor que diz realizar uma prática neutra, 

não a faz, pois todo ato educativo está carregado de ideologia. 

Dentro   desta   perspectiva   o   currículo   precisa   ser   elaborado   de   forma 

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democrática com a participação de todos os envolvidos, analisando com criticidade sua 

finalidade.

Na tentativa de implantar um Currículo que fosse democrático o Estado do 

Paraná.   Iniciou   a   elaboração   coletiva   das   Diretrizes   Curriculares   Estaduais   por 

disciplina no ano de 2003; documento que tem como objetivo orientar, o currículo na 

rede pública estadual. Assim, através de estudos pesquisas de profissionais das escolas, 

Equipe Pedagógica, Direção, Núcleos Regionais orientados por técnicos pedagógicos da 

Secretaria de Estado de Educação, passou­ se a elaboração coletiva, do Documento, o 

qual   teve   diversas   versões   preliminares,   sendo   objetivo   de   estudos   em   cursos   de 

formação continuada pelos docentes, tendo sua versão definitiva em 2007. Neste mesmo 

ano o documento   foi   revisado por  equipe  especializada  da Universidade Federal  do 

Paraná, sendo em 2008 apresentada nova versão do documento. 

Atualmente   (2011)   cada   disciplina   conta   uma   versão   definitiva   do 

documento   o   qual   norteou   a   elaboração   dos   documentos   Proposta   Pedagógica 

Curricular e Plano de Trabalho Docente desde os conteúdos Estruturantes e Básicos, os 

objetivo,   contexto   histórico   da   disciplina,   metodologia   de   ensino   e   avaliação   da 

aprendizagem. 

É importante destacar que as disciplinas devem apresentar uma metodologia 

condizente   com os  programas   socioeducacionais   que   se   inserem na   sociedade  pós­

moderna. Desta forma o conteúdo ganha contexto com a realidade social, dentre estas 

abordagens podemos citar o Enfrentamento à violência, Prevenção ao uso indevido de 

drogas, Sexualidade, incluindo gênero e diversidade sexual, sendo que estas abordagens 

são   trabalhadas   em   todas   as   disciplinas   conforme   os   conteúdos   específicos   são 

propostos. 

Ainda   nesta   direção   e   dentre   a   legislação   podemos   citar   a   Educação 

Ambiental,   História   de   Cultura   Afrobrasileira   e   Indígena,   Direito   da   Criança   e   do 

Adolescente, Direito dos Idosos, Educação para o trânsito, História do Paraná e Música. 

A   intenção   é   que  os  professores   fiquem  atentos   a   estudos   sobre   estas   abordagens, 

percebam sua  especificidade  e  possam articulá­los   em sala  de  aula   a  partir  de  um 

conteúdo especifico de sua disciplina. 

Atendendo   as   leis   o   currículo   disciplinar   torna­se   um   veículo   de 

conhecimento crítico, elaborado a partir de fundamentos históricos, teóricos e que visam 

a realidade social. Acredita­se que de posse a estes conhecimentos é que se poderá não 

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somente  valorizar  o   legado cultural   e  histórico,  como  também a  transformação  das 

necessidades. 

A que se destacar a importância do incentivo de formação continuada no 

sentido   de   atender   a   perspectiva   dos   temas   socioeducativos,   atendimento   as   lei 

10.369/05. É imprescindível que o professor trabalhe de forma contextualizada, crítica e 

com   embasamento   teórico   e   metodológico.   Os   cursos   de   formação   continuada   e 

participação em grupos de pesquisas e participação na Equipe Multidisciplinar devem 

ser valorizados na escola. 

4.15 Concepção de Aprendizagem

“O aprender a ler, escrever e contar” não é incompatível com o aprender a 

pensar, com o aprender a pensar, com o aprender a ser, nem com o aprender a aprender 

com os outros”. (José Augusto Pacheco).

Por muito tempo a pedagogia valorizou o que deveria ser ensinado, supondo 

que, como decorrência, estava valorizando o conhecimento. O ensino, então, ganhou 

autonomia em relação à aprendizagem, criou seus próprios métodos e o processo de 

aprendizagem ficou relegado a segundo plano.

Os   fracassos   escolares   decorrentes   da   aprendizagem,   indicam   que   é 

necessário   significar   à   unidade   entre   aprendizagem   e   ensino,   uma   vez   que,   sem 

aprendizagem não há ensino.

A   organização   de   atividades   de   ensino   e   aprendizagem,   a   relação 

cooperativa  entre  professor  e  aluno e  aluno/aluno,  os  questionamentos,  a  dúvida,  as 

controvérsias de conceitos,  influenciam o processo de construção de significado e o 

sentido   que   os   alunos   atribuem   aos   conteúdos   escolares.   Portanto,   ao   ensinar 

procedimentos   também se  ensina  um certo  modo  de  agir,  de  pensar   e  de  produzir 

conhecimento. Como escola do Campo deve incluir em seu debate político e pedagógico 

a questão de que saberes são mais necessários aos sujeitos do campo e podem contribuir 

na preservação e na transformação de processos culturais, de relações de trabalho, de 

gênero e de relações entre gerações do campo; o que seria para Ausubel: a teoria da 

aprendizagem verbal significativa.

Segundo Santo Agostinho: “Não se aprende pelas palavras, que repercutem 

exteriormente, mas pela verdade, que ensina interiormente”.   

  

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4.16 Concepção de Avaliação 

“Avaliação é  ponto de referência. É  um processo constante de repensar a 

prática educacional, em todos os segmentos”.

A   avaliação   deve   ser   um   processo   contínuo   que   sirva   à   permanente 

orientação da prática docente... processo ... mas deve levar ao aprendizado. “Ensinar, 

aprender e avaliar não são momentos separados. Formam um continuo em interação 

permanente”. (Juan M.A. Méndez).

O processo de avaliação requer  instrumentos e estratégias que: Ofereçam 

desafios,   situações  problemas  a   serem resolvidos;  Sejam contextualizadas,  coerentes 

com   as   expectativas   de   ensino   e   aprendizagem;   Possibilitem   a   identificação   de 

conhecimentos do aluno e as estratégias por ele empregada; Possibilitem que o aluno 

reflita, elabore hipóteses, expresse seu pensamento; Permitam que o aluno aprenda com 

o erro; Exponham, com clareza, o que se pretende; Revelem, claramente, o que e como 

se pretende avaliar.

Mudar   a   forma   de   avaliar   pressupõe   mudar   também   a   relação   ensino­

aprendizagem. É  necessário  Ver a  aprendizagem como um processo e as disciplinas 

curriculares como um meio para se chegar a ser um cidadão. Segundo, Serafi Antúnez: 

“O professor que adota métodos didáticos ultrapassados está  enganando seus alunos. 

Deveria  ser  punido pelos  órgãos de defesa do consumidor por  oferecer  um produto 

obsoleto”.

4.17  Concepção de Letramento

As   atividades   desenvolvidas   em   sala   de   aula   pelos   professores   estão 

diretamente  ligadas  a  concepção que os mesmos  têm de  letramento,  neste sentido é 

importante parafrasear a frase de Magda soares que diz: “Do ponto de vista social, o 

letramento é um fenômeno cultural relativo às atividades que envolvem a língua escrita. 

A ênfase recai nos “usos, funções e propósitos da língua escrita no contexto social” 

(SOARES, 2001). 

Compreendendo que o aluno deve ser levado ao letramento nos primeiros 

anos do ensino fundamental, o discurso enquanto prática social deve ser o imperativo 

das aulas, independente da disciplina. A capacidade de leitura crítica da realidade, da 

interpretação,   deve   ser   não   somente   exigida   mais   principalmente   estimulada   e 

desenvolvida   nas   diferentes   séries   nos   diferentes   contextos   estimulando   o 

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desenvolvimento   “...entendido   como   o   desenvolvimento   de   comportamentos   e 

habilidades de uso competente da leitura e da escrita em práticas sociais” (SOARES, 

2001). 

A capacidade de refletir, interpretar, leitura e compreensão de textos, leitura 

de   mundo,   práticas   sociais   que   utilizam   a   escrita,   relacionado   a   Competência 

comunicativa: é a capacidade de transitar em diferentes domínios sociais, é adquirida na 

escola, o papel da escola é  trabalhar a competência comunicativa sem desvalorizar a 

cultura do aluno, aquilo que traz de seu meio social. Mostrar as diferentes formas de 

falar, sendo que a escola é o ambiente de letramento e o professor é o principal agente, 

considerando os diferentes dialetos e expressões culturais,tendo a norma padrão como 

objetivo. Neste contexto é importante compreender que quanto à fala não existe certo ou 

errado, existe o adequado ou inadequado a determinadas situações. Para cada contexto 

social temos uma forma de falar. No processo de educação acontece a transposição da 

cultura familiar, para a escolarizada, elas se somam na escola. 

Neste   sentido,   o   letramento   é   basicamente   utilizar   a   língua   escrita   nas 

situações em que esta é necessária, lendo e compreendendo, e produzindo textos”.

Assim, é importante levar para a sala de aula, e trabalhar, com diferentes 

gêneros   textuais,  confrontando­os,  diferenciando os níveis  de  língua empregados em 

cada especificidade, fazendo, como exercício, a transposição de um nível para outro, de 

um gênero para o outro, atentando­se para os efeitos de sentido que a pertinência, ou 

não, do nível de língua usado pode provocar, observando que é o contexto que convoca 

este ou aquele tipo e gênero de texto, bem como o nível de língua mais apropriado.

 

4.18 Temas Socioeducacionais

Os chamados “Temas Socioeducacionais” devem passar pelo currículo como 

condições   de   compreensão   do   conteúdo   nesta   totalidade,   fazendo   parte   da 

intencionalidade do recorte do conhecimento na disciplina, isto significa compreendê­

los como parte  da realidade concreta e  explicitá­la  nas múltiplas  determinações  que 

produzem e  explicam os   fatos   sociais,   tais   como:  história   e   cultura  Afro­brasileira, 

Africana   e   Indígena(   Lei   n.º   11,645/08);   Prevenção   ao   Uso   Indevido   de   Drogas; 

Sexualidade   Humana;   Enfrentamento   à   Violência   contra   a   Criança   e   do 

Adolescente( Lei Federal n.º 11,525/07); Educação Fiscal, Educação Tributária( Decreto 

n.º 1143/99 – Portaria n.º 413/02); Educação Ambiental ( Lei Federal n.º  9795/99 – 

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Decreto n.º 4281/02); História do Paraná. ( Lei n.º 13,181/01); Música( Leinº11769/08); 

Direito dos Idosos( Lei 10.741/03) e Educação para o Trânsito( Lei 9.503/97.

Estas  demandas possuem historicidade,  em sua grande maioria   fruto das 

contradições   da   sociedade   capitalista,   outras   vezes   oriundas   dos   anseios   dos 

movimentos sociais e por isto, prementes na sociedade contemporânea. São aspectos 

considerados de grande relevância para comunidade escolar, pois estão presentes nas 

experiências, práticas, representações e identidades dos educandos e educadores.

Os   “Temas   Socioeducacionais”     correspondem   a   questão   importantes, 

urgentes  e  presentes   sob várias   formas na  vida  cotidiana,  um conjunto  articulado e 

aberto a novos temas, buscando um trabalho didático que compreende sua complexidade 

e sua dinâmica, dando­lhes a mesma importância das áreas convencionais, é necessário 

que a escola trate de questões que interferem na vida dos educandos e com os quais se 

veem confrontados no seu dia a dia. Todos os temas fazem parte da Proposta Pedagógica 

Curricular das disciplinas e contemplados nos Planos de Trabalho docente de acordo 

com a proximidade do conteúdo trabalhado. No mês de novembro todas as áreas darão 

conclusão aos trabalhos do ano com apresentação das temáticas em forma de painéis, 

oficinas e apresentações.

4.18.1 História e Cultura Afro­Brasileira e Indígena (Lei n.º 11.645/2008)

Vivemos   um     momento   ímpar   e   histórico   na   educação,   passando   pela 

democratização dos saberes, ou ainda melhor dizendo, buscando o fortalecimento e a 

aproximação dos educandos, no sentido de pertencimento e de participação em ações 

visando o enriquecimento de valores e de qualidade nas relações humanas.

Com esse propósito, respeitamos a Diversidade   existente dentro de nosso 

ambiente escolar, assegurando o direito à  igualdade com equidade de oportunidades, 

mas isto não significa um modo igual de educar a todos, mas uma forma de respeito as 

diferenças individuais, priorizando em nossas ações a participação e à aprendizagem de 

todos, independentemente de quaisquer que sejam suas singularidades.

Destacamos   aqui   as   populações   do   campo,   faxinalenses,   agricultores 

familiares, trabalhadores rurais temporários, acampados, assentados, negras e negros, 

povos   indígenas,   jovens,   adultos   e   idosos  não   alfabetizados,   pessoas   lésbicas,   gays, 

travestis e transexuais. Bem como daremos continuidade às discussões etnicorraciais.

Para isso,  nossa escola  tem buscado respaldo, orientações,  e em especial 

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atitudes coletivas, as quais devem ser constantes, pois é de grande significado para todos 

os profissionais da educação, o reconhecimento dos diferentes sujeitos (educandos e 

educadores)   e   os   condicionantes   sociais   que   determinam   o   sucesso   ou   o   fracasso 

escolar, de forma que possamos criar mecanismos para o enfrentamento dos diversos 

preconceitos existentes e garantir o direito ao acesso e a permanência com qualidade no 

processo educacional.

Ressaltamos   também,   nossas   atividades   relacionadas   à   Educação   das 

Relações Etnicorraciais, e ao ensino da temática da História da Cultura Afro­Brasileira, 

Africana e Indígena, essas ações são resultantes que nós educadores desta instituição de 

ensino   assumimos   na   perspectiva   de   uma   escola   pública,   necessária   para   o 

desenvolvimento de uma sociedade democrática, pluriétnica e multicultural.

4.19 Realidade Global da Educação no País

A situação educacional  no Brasil  é  organizada de  acordo com diretrizes 

gerais, estabelecidas para orientar a formação básica comum a ser assegurada a toda a 

população do País.

Essas diretrizes envolvem os níveis, estadual e municipal , onde políticas de 

atendimento   e   de   funcionamento   do   sistema   escolar,   atendem   as     possibilidades   e 

realidades de cada região.

Cabe a cada escola dentro dessas diretrizes ( LDBN,  Diretrizes Nacionais e 

Estaduais, Proposta Curricular da EJA) definir  o perfil,  adequando essas orientações  à 

sua comunidade escolar, ao contexto sócio­econômico­cultural, à disposição física de 

seu estabelecimento, aos seus recursos humanos, as orientações legais, ao Regimento 

Escolar e ao Regulamento Interno, procurando a melhor forma  de concretizar e delinear 

o caminho  para promover de maneira competente o ensino.

A realidade brasileira em relação à educação é consequência da realidade 

capitalista e consumista pela qual toda sociedade perpassa, uma estrutura piramidal e 

linear que se caracteriza  pelo poder concentrado, pela divisão do trabalho, pelo controle 

e por uma gestão autocrática.

Urge a necessidade   de modificar tal situação. Não se concebe mais uma 

instituição   autoritária     com   poder   centralizado,   onde   algumas   pessoas   detêm 

conhecimentos, informações e tomam decisões.

A   escola   atual   prioriza   o   processo   pedagógico   ao   administrativo,   a 

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participação efetiva de todos os envolvidos neste processo para  a unidade e integração 

do  todo,  facilitando a comunicação,  o  aprendizado,  a   transparência,  a abertura   e  o 

aproveitamento dos “saberes” e habilidades descentralizando o poder.

A solidificação dos novos paradigmas educacionais está emergindo, fala­se 

em   um   novo   cidadão,   uma   nova   sociedade   e   uma   nova   escola.   A   valorização   do 

indivíduo e do coletivo ao mesmo tempo com igualdade, justiça, equidade; um cidadão­

sujeito   que   age   vencendo   obstáculos   e   superando   dificuldades   pelo   “poder”   do 

conhecimento; e uma escola democrática , autônoma e de qualidade.

A necessidade  da   reorganização  da  Escola   faz  com que  se  construa  um 

projeto educacional próprio que atenda  está nova concepção, considerando a realidade 

contextual, os limites, os recursos e as possibilidades  para a organização e definição do 

trabalho educativo, o qual  possibilitará intervenções  na modificação da sociedade. 

Até a 2ª Guerra Mundial, a Educação de Adultos no Brasil era integrada à 

Educação Popular, ou seja, uma educação para o povo, difusão do ensino elementar. 

Somente depois da 2ª  Guerra Mundial  é  que a  Educação de Adultos  foi 

concebida como independente do ensino elementar. 

De acordo com Paiva (apud Gadotti, 1995, p. 31), a Educação de Adultos, 

em âmbito histórico, pode ser dividida em três períodos:

1º   ­   de  1946   a  1958,   quando   foram   realizadas   campanhas  nacionais   de 

iniciativa oficial para erradicar­se o analfabetismo;

2º ­ de 1958 a 1964. Em 1958 foi realizado o 2º Congresso Nacional de 

Educação de Adultos, tendo a participação marcante de Paulo Freire. Esse congresso 

abriu as portas para o problema da alfabetização que desencadeou o Plano Nacional de 

Alfabetização de Adultos, dirigido por Paulo Freire e extinto pelo Golpe de Estado de 

1964.

3º   ­   O   MOBRAL,   que   foi   concebido   como   um   sistema   que   visava   ao 

controle da alfabetização da população, principalmente a rural. Com a redemocratização 

(1985), a "Nova República" extinguiu o MOBRAL e criou a Fundação Educar. Assim 

sendo, a Educação de Adultos foi enterrada pela "Nova República".

Em  1989,   em  comemoração   ao  Ano   Internacional   da   Alfabetização,   foi 

criada, no Brasil, a Comissão Nacional de Alfabetização, coordenada inicialmente por 

Paulo Freire e depois por José Eustáquio Romão.

Com   o   fechamento   da   Fundação   Educar,   em   1990,   o   Governo   Federal 

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ausenta­se   desse   cenário   educacional,   havendo   um   esvaziamento   constatado   pela 

inexistência de um órgão ou setor do Ministério da Educação voltado para esse tipo de 

modalidade de ensino.

A  falta   de   recursos   financeiros,   aliada   à   escassa  produção  de   estudos  e 

pesquisas sobre essa modalidade, tem contribuído para que essa educação se torne uma 

mera reprodução do ensino para jovens e adultos. 

Isso explica o histórico distanciamento entre sociedade civil e Estado no que 

diz respeito aos problemas educacionais brasileiros.

Muito se tem falado de educação de qualidade para todos, direito previsto na 

Declaração Mundial sobre Educação para Todos e da  LDBN nº 9.394/96.

Na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96, constam no 

Título V, Capítulo II, Seção V, dois Artigos relacionados, especificamente, à Educação 

de Jovens e Adultos: 

Art.  37 ­  A educação de  jovens e adultos será  destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria.§   1º   Os   sistemas   de   ensino   assegurarão   gratuitamente   aos   jovens   e   aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais  apropriadas,  consideradas  as  características  do  alunado,   seus interesses, condições de vida e trabalho, mediante cursos e exames. 

§ 2º O Poder Público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência do trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares entre si. 

Art. 38 ­ Os sistemas de ensino manterão cursos e exames supletivos, que compreenderão   a   base   nacional   comum   do   currículo,   habilitando   ao prosseguimento de estudos em caráter regular.§ 1º Os exames a que se refere este artigo realizar­se­ão: I. no nível de conclusão do ensino fundamental, para os maiores de quinze anos; II. no nível de conclusão do ensino médio, para os maiores de dezoito anos. § 2º Os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos educandos por meios informais serão aferidos e reconhecidos mediante exames.

No   Plano   Nacional   de   Educação,   temos   como   um   dos   objetivos   e 

prioridades: 

Garantia de ensino fundamental a todos os que não tiveram acesso na idade própria ou que não o concluíram. A erradicação do analfabetismo faz parte dessa prioridade, considerando­se a alfabetização de jovens e adultos como ponto de partida e intrínseca desse nível de ensino. A alfabetização dessa população é entendida no sentido amplo de domínio dos instrumentos básico da   cultura   letrada,   das   operações   matemáticas   elementares,   da   evolução histórica da sociedade humana,  da diversidade do espaço físico e político mundial  da constituição brasileira.  Envolve, ainda,  a  formação do cidadão responsável  e  consciente  de  seus direitos.   (Plano Nacional  de Educação ­ introdução: objetivos e prioridades dois) 

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Apesar   de   todas   essas   propostas,   Freire   (apud   Gadotti,   1979,   p.   72), 

esclarece “ a  UNESCO   mostra,  através de dados,  que o número de analfabetos  no 

mundo tem aumentado e o Brasil engrossa cada vez mais essas estatísticas”.

Esse fracasso, de acordo com Freire (apud Gadotti, 1979, p. 72), “ pode ser 

explicado por vários problemas,   tais  como: a  concepção pedagógica e os problemas 

metodológicos, entre outros”. A Educação de Jovens e Adultos deve ser sempre uma 

educação multicultural, uma educação que desenvolva o conhecimento e a integração na 

diversidade cultural, como afirma Gadotti (1979), “uma educação para a compreensão 

mútua,   contra   a   exclusão   por   motivos   de   raça,   sexo,   cultura   ou   outras   formas   de 

discriminação e, para isso, o educador deve conhecer bem o próprio meio do educando, 

pois   somente   conhecendo   a   realidade   desses   jovens   e   adultos   é   que   haverá   uma 

educação de qualidade”.

O Brasil é um país extenso e populoso, que possui uma organização político 

administrativa descentralizada em 26 estados e 5.561 municípios bastante heterogêneos 

quanto   à   população,   aos   recursos   econômicos   e   ambientais.   A   economia   brasileira 

encontra­se entre as 15 maiores do globo. 

Apesar do dinamismo econômico, é  um dos países do mundo com maior 

desigualdade   social,   com   elevadas   parcelas   da   população   excluídas   dos   benefícios 

econômicos e sociais. A escolaridade média dos brasileiros com mais de dez anos de 

idade, conforme INEP (2003) foi de 6,1 anos de estudos em 2001; no Nordeste, essa 

média era de 4,7 anos de estudos, enquanto no Sudeste a escolaridade média alcançava 

6,8   anos.   O   cenário   econômico   desfavorável   incidiu   sobre   as   demandas   por 

escolarização, fator determinante na competição por ocupações e salários no mercado de 

trabalho. Os novos postos de trabalho passaram a exigir maior escolaridade, enquanto 

isso as pessoas tiveram menos possibilidade de acesso à escola.

É neste contexto que encontramos a educação de jovens, adultos e idosos 

trabalhadores,     segundo dados da  Revista  Nova Escola   (nov.  2003)  são mais  de  65 

milhões os jovens, adultos e idosos que não concluíram o ensino básico. Muitos destes 

milhões, já estão frequentando a escola, são mais de 4,2 milhões de alunos em escolas 

de EJA. Contudo é  preciso garantir  que alunos não abandonem o estudo, através de 

metodologias que usem a realidade do aluno como eixo condutor das aprendizagens,  os 

horários de aulas conforme a rotina do trabalho e conteúdos significativos.

Assim sendo,   todas  as   ações  voltadas  à   superação  do analfabetismo e  a 

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constante   busca   de   conhecimento   formal,   impõe   aos   Governos   federal,   estadual   e 

municipal uma soma de responsabilidade e esforços sociais para mudar esta realidade.

A   educação   de   adultos   exige   uma   inclusão   que   tome   por   base   o reconhecimento do jovem e adulto como sujeito.  Coloca­nos o desafio de pautar o processo educativo pela compreensão e pelo respeito do diferente e da diversidade: ter o direito a ser igual quando a diferença nos inferioriza e o de ser diferente quando a igualdade nos descaracteriza. Ao pensar no desafio de construirmos princípios que regem a educação de adultos, há de buscar­se uma educação  qualitativamente  diferente,   que   tem como perspectiva  uma sociedade  tolerante e  igualitária,  que a  reconhece ao  longo da vida como direito inalienável de todos. (SANTOS, 2004).

A Educação de Jovens e Adultos – EJA, enquanto modalidade educacional 

que atende a educandos­trabalhadores, tem como finalidade e objetivos o compromisso 

com a formação humana e com o acesso ao conhecimento científico, de modo a que os 

educandos  venham a  participar  política   e  produtivamente  das   relações   sociais,   com 

comportamento ético e compromisso político, através do desenvolvimento da autonomia 

intelectual e moral.

Tendo em vista este papel, a educação deve voltar­se para uma formação na qual os educandos­trabalhadores possam: aprender permanentemente, refletir criticamente; agir com responsabilidade individual e coletiva; participar do trabalho e da vida coletiva; comportar­se de forma solidária; acompanhar a dinamicidade das mudanças sociais; enfrentar problemas novos construindo soluções   originais   com   agilidade   e   rapidez,   a   partir   da   utilização metodologicamente adequada de conhecimentos científicos,   tecnológicos e sócio­históricos. (KUENZER, 2000, p. 40).

Sendo   assim,   para   a   concretização   de   uma   prática   administrativa   e 

pedagógica verdadeiramente voltada à formação humana, é necessário que o processo 

ensino­aprendizagem, na Educação de Jovens e Adultos seja coerente com:

a) o seu papel na socialização dos sujeitos, agregando elementos e valores 

que os levem à emancipação e à afirmação de sua identidade cultural;

b)   o   exercício   de   uma   cidadania   democrática,   reflexo   de   um   processo 

cognitivo,   crítico   e   emancipatório,   com   base   em   valores   como   respeito   mútuo, 

solidariedade e justiça;

c) os três eixos articuladores do trabalho pedagógico com jovens, adultos e 

idosos – cultura, trabalho e tempo;

Segundo   as   Diretrizes   Curriculares   Estaduais   de   EJA,   as   relações   entre 

cultura,  conhecimento e  currículo,  oportunizam uma proposta pedagógica pensada e 

estabelecida a partir de reflexões sobre a diversidade cultural, tornando­a mais próxima 

da   realidade   e   garantindo   sua   função   socializadora   –   promotora   do   acesso   ao 

conhecimento   capaz   de   ampliar   o   universo   cultural   do   educando   –   e,   sua   função 

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antropológica ­ que considera e valoriza a produção humana ao longo da história.

A compreensão de que o educando da EJA relaciona­se com o mundo do 

trabalho e que através deste busca melhorar a sua qualidade de vida e ter acesso aos 

bens   produzidos   pelo   homem,   significa   contemplar,   na   organização   curricular,   as 

reflexões sobre a função do trabalho na vida humana.

É inerente a organização pedagógico­curricular da EJA, a valorização dos 

diferentes tempos necessários à aprendizagem dos educandos de EJA, considerando os 

saberes adquiridos na informalidade das suas vivências e do mundo do trabalho, face à 

diversidade de suas características.  Para tanto, é  necessário a cada momento fazer o 

aluno   pensar,   analisar,   sistematizar,   criticar,   criar,   classificar,   tirar   conclusões, 

estabelecer   relações,  argumentar,  avaliar,  etc.  Para   isso é  preciso que os  professores 

trabalhem,     com   metodologias   participativas,   desafiadoras,   problematizando   os 

conteúdos  e  estimulando o  aluno  a  pensar,   formar  hipóteses,  a  descobrir,  a   falar,  a 

questionar, a colocar suas opiniões, com o grupo classe, defendendo e argumentado seus 

pontos de vista. É função da escola propiciar no aluno a formação dessas habilidades.

E   ainda,   conforme   as  Diretrizes  Curriculares  Estaduais   de  Educação  de 

Jovens e Adultos no Estado do Paraná:

I ­ a EJA deve constituir­se de uma estrutura flexível, pois há um tempo 

diferenciado de aprendizagem e não um tempo único para todos os educandos,  bem 

como  os  mesmos  possuem  diferentes   possibilidades   e   condições  de   reinserção  nos 

processos educativos formais;

II ­ o tempo que o educando jovem, adulto e idoso permanecerá no processo 

educativo   tem valor  próprio  e   significativo,   assim  sendo   à   escola   cabe   superar  um 

ensino de caráter enciclopédico, centrado mais na quantidade de informações do que na 

relação qualitativa com o conhecimento;

III ­ os conteúdos específicos de cada disciplina, deverão estar articulados à 

realidade, considerando sua dimensão sócio­histórica, vinculada ao mundo do trabalho, 

à ciência, às novas tecnologias, dentre outros;

IV   ­   a   escola   é   um   dos   espaços   em   que   os   educandos   desenvolvem   a 

capacidade de pensar, ler, interpretar e reinventar o seu mundo, por meio da atividade 

reflexiva. A ação da escola será de mediação entre o educando e os saberes, de forma a 

que o mesmo assimile estes conhecimentos como instrumentos de transformação de sua 

realidade social;

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V   ­   o   currículo   na   EJA   não   deve   ser   entendido,   como   na   pedagogia 

tradicional,  que fragmenta o processo de conhecimento e o hierarquiza nas matérias 

escolares, mas sim, como uma forma de organização abrangente, na qual os conteúdos 

culturais   relevantes   estão   articulados   à   realidade   na   qual   o   educando   se   encontra, 

viabilizando um processo integrador dos diferentes saberes, a partir da contribuição das 

diferentes áreas/disciplinas do conhecimento.

Por   isso,   a   presente   proposta   e   o   currículo   dela   constante   incluirá   o 

desenvolvimento   de   conteúdos   e   formas   de   tratamento   metodológico   que   busquem 

chegar às finalidades da educação de jovens e adultos, a saber:

I ­ traduzir a compreensão de que jovens e adultos não são atrasados em seu 

processo de formação, mas são sujeitos sócio­histórico­culturais, com conhecimentos e 

experiências acumuladas, com tempo próprio de formação e aprendizagem;

II ­ contribuir para a re­significação da concepção de mundo e dos próprios 

educandos;

III ­ o processo educativo deve trabalhar no sentido de ser síntese entre a 

objetividade das relações sociais e a subjetividade, de modo que as diferentes linguagens 

desenvolvam o raciocínio lógico e a capacidade de utilizar conhecimentos científicos, 

tecnológicos e sócio­históricos;

IV   ­   possibilitar   trajetórias   de   aprendizado   individuais   com   base   na 

referência,  nos   interesses  do  educando  e  nos  conteúdos  necessários   ao  exercício  da 

cidadania e do trabalho.

V ­ fornecer subsídios para que os educandos tornem­se ativos, criativos, 

críticos e democráticos.

Em síntese, o atendimento a escolarização de jovens, adultos e idosos, não 

refere­se exclusivamente a uma característica etária, mas a articulação desta modalidade 

com   a   diversidade   sócio­cultural   de   seu   público,   composta,   dentre   outros,   por 

populações do campo, em privação de liberdade, com necessidades educativas especiais, 

indígenas,   que   demandam   uma   proposta   pedagógico­curricular   que   considere   o 

tempo/espaço e a cultura desses grupos.

5 PROPOSIÇÕES DE AÇÕES

5.1 Atribuições

Ao diretor  cabe  administrar  o  Centro de Educação Básica para  Jovens e 

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Adultos,   junto com os  órgãos colegiados,  coordenando a  execução de um plano de 

trabalho,  construído coletivamente,  no sentido de elevar os padrões de qualidade do 

estabelecimento escolar.

Em linhas gerais, o diretor trabalha com uma equipe constituída por diretor 

auxiliar,   pedagogos,   professores   e   agentes   educacionais   I   e   II.   É   responsável   por 

gerenciar   todas   as   atividades   pedagógicas   e   administrativas   realizadas   no   Centro 

Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos.

O   principal   papel   deste   líder   é   agir   como   motivador,   responsável   pela 

integração e articulação das diversas atividades internas e externas, para viabilização de 

uma política institucional em educação na forma presencial, assim como pela definição 

de operações e tomada de decisões, para que os objetivos fundamentais do curso sejam 

alcançados.

Cumpre ao diretor ser um articulador dos diferentes segmentos escolares em 

torno   da   Proposta   Pedagógica   que   se   quer   desenvolver.   Quanto   maior   for   essa 

articulação, melhor poderão ser desempenhadas suas próprias tarefas, seja no aspecto 

organizacional ou da comunidade em que a escola está inserida. 

Com as atuais diretrizes, de uma gestão democrática a escola passa a ser um 

espaço com autonomia administrativa e pedagógica, o que exige, consequentemente, um 

colegiado capacitado a gerir, com competência, os recursos financeiros que estão sendo 

descentralizados   e   gestar   todos   os   aspectos   pedagógicos,   desde   o   currículo   até   as 

atividades de aperfeiçoamento dos professores, que passam a ser competência da escola. 

Operando   a   partir   dos   dados   da   realidade   e   das   condições   concretas 

existentes nas escolas, espera­se que o gestor incentive o trabalho em equipe, de modo a 

mobilizar a comunidade escolar em torno do compromisso com a qualidade do ensino 

público.

5.1.1 Compete ao Diretor

­   convocar   integrantes   da   comunidade  escolar   para   elaboração  do  Plano 

Anual   e   do   Regulamento   Interno   do   Estabelecimento   de   Ensino,   submetendo­o   à 

apreciação e aprovação do Conselho Escolar;

­ elaborar os planos de aplicação financeira, a respectiva prestação de conta 

e submeter à apreciação e aprovação do Conselho Escolar;

­   elaborar   e   submeter   à   aprovação   do   Conselho   Escolar   às   diretrizes 

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específicas de administração deste estabelecimento, em consonância com as normas e 

orientações gerais da Secretaria de Estado da Educação;

­ coordenar a implementação das Diretrizes Pedagógicas,  aplicar normas, 

procedimentos e medidas administrativas de acordo com instruções da Secretaria de 

Estado da Educação;

­   supervisionar   as   atividades   dos   órgãos   de   apoio,   administrativo   e 

pedagógico do estabelecimento;

­ coordenar e supervisionar os serviços da secretaria escolar.

­ abrir espaço para discussão, avaliação e intercâmbio, interno e externo das 

experiências de sucesso;

­ implementar uma gestão participativa, estimulando o desenvolvimento das 

responsabilidades individuais e promovendo o trabalho coletivo no CEEBJA;

­ gerenciar toda equipe escolar, tendo em vista a racionalização e eficácia 

dos resultados;

­ coordenar a equipe pedagógica (vice­diretor, coordenadores e professores) 

para a coleta e análise dos indicadores educacionais, para a elaboração e implementação 

do plano de trabalho;

­   administrar   os   serviços   de   apoio   às   atividades   escolares,   de   modo   a 

estimular a participação desses serviços nos processos decisórios da escola;

− negociar,   com   competência,   para   harmonizar   interesses   divergentes   e 

estabelecer relacionamentos nutrientes, levando em conta as necessidades de todos os 

envolvidos direta ou indiretamente;

− cumprir  e fazer cumprir  o Decreto 4837 de 04 de junho de 2012 e o 

regulamento que dispõe sobre a implantação do Programa Brigada Escolar – Defesa 

Civil da Escola;

− coordenar a elaboração da Brigada Escolar, participar, atuar, subsidiar a 

equipe pedagógica, professores, funcionários e alunos, conforme treinamento;

­ deferir as matrículas, no prazo estipulado pela legislação.

Ao diretor compete também

­ Executar a Avaliação Institucional conforme orientação da mantenedora.

Portanto, o Diretor exerce sempre a função de liderança na escola, mas uma 

liderança como modelo participativo, capaz de dividir o poder de decisão dos assuntos 

escolares  com toda a sua equipe,  criando e estimulando a participação de  todos.  A 

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liderança, como modelo participativo, requer um profissional que possua:

­ comunicação;

­ ética;

­ empreendedorismo;

­ capacidade de reunir, analisar e socializar Informações;

­ acessibilidade;

­ capacidade de construção de cadeias de relacionamentos;

­ motivação;

­ compromisso;

­ agilidade;

­ Capacidade de administração de conflitos

­ Capacidade de desenvolvimento de trabalho coletivo.

Deve agregar as competências de saber

­ agir;

­ mobilizar;

­ transferir;

­ aprender;

­ se engajar;

­ ter visão estratégica;

­ assumir responsabilidades.

5.1.2 Compete ao Diretor Auxiliar

­ assessorar o diretor em todas as suas atribuições;

­ substituir o diretor em suas faltas e impedimentos.

5.1.3 Compete ao Professor Pedagogo

O Professor Pedagogo deve buscar a efetivação do currículo escolar, num 

processo   dinâmico,   contínuo,   sistemático   e   integrado   aos   demais   profissionais 

envolvidos,   o   desenvolvimento   de   um   trabalho   coletivo,   envolvendo   toda   a   equipe 

pedagógica   (pedagogos,   coordenadores   de   ações   pedagógicas),   para   planejar, 

implementar e avaliar programa de Educação Continuada para os docentes, a partir das 

necessidades pedagógicas apresentadas.

Deve ser um incansável pesquisador, oferecendo metodologias adequadas e 

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adaptadas à realidade da escola, pois sociedade e empresa exigem novas habilidades e 

competências do aluno trabalhador. Deve oferecer aos demais profissionais um trabalho 

pautado em subsídios teóricos de relevante importância, possibilitando aos professores 

segurança   e   modificações   em   suas   práticas   pedagógicas   de   forma   a   beneficiar   a 

aprendizagem dos alunos.

O   entendimento   das   diversas   concepções   existentes   sobre   o   homem, 

possibilitará   a   ele   realizar   uma   leitura   de   currículo   que   venha   ao   encontro   da 

necessidade   para   formar   cidadãos   responsáveis   e   conscientes   de   seus   deveres   e, 

principalmente,  conhecedores de seus  direitos,  envolvendo nas discussões os demais 

profissionais da instituição.

O professor pedagogo comprometido com seu trabalho, bem como com os 

resultados apresentados pelos educandos, deve planejar suas ações e encaminhamentos a 

partir   das   avaliações   realizadas   coletivamente   com   os   profissionais   envolvidos   no 

processo ensino e aprendizagem e proporcionar aos mesmos, reflexão sobre a realidade 

social na qual estão inseridos, de tal forma que compreendam os limites e possibilidades 

existentes, favorecendo­lhes assim, o pleno desenvolvimento. 

A ele cabendo também:

­ discutir com toda equipe pedagógica alternativas de trabalho, que motivem 

os educandos durante o seu processo escolar;

­   planejar   alternativas   de   trabalho   a   partir   de   indicadores   educacionais 

(evasão, repetência, transferências expedidas e recebidas e outros);

­   subsidiar   na   elaboração   de   plano   de   trabalho   e   ensino,   a   partir   de 

diagnóstico estabelecido;

­ acompanhar e avaliar a implementação das ações estabelecidas nos planos 

de trabalho;

­   buscar   aprimoramento   profissional   constante   seja   nas   oportunidades 

oferecidas pela mantenedora, pelo Estabelecimento ou por iniciativa própria;

­ coordenar estudos para definição de apoio aos educandos que apresentem 

dificuldade de aprendizagem, para que a escola ofereça todas as alternativas possíveis de 

atendimento;

­   coordenar   e   supervisionar   as   atividades   administrativas   referentes   à 

matrícula,   transferência,  classificação  e   reclassificação,   aproveitamento  de  estudos  e 

conclusão de cursos;

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­   participar   de   análise   e   discussão   dos   critérios   de   avaliação   e   suas 

consequências no desempenho dos educandos;

­   promover   a   participação  do  Estabelecimento  de  Ensino  nas   atividades 

comunitárias;

­  pesquisar  e   investigar  a   realidade concreta  do educando historicamente 

situado, oferecendo suporte ao trabalho permanente do currículo escolar;

­   integrar   a   presidência   do   Conselho   Escolar,   em   caso   da   ausência   do 

Diretor, se não houver Diretor Auxiliar.

­ coordenar reuniões sistemáticas de estudos junto à equipe;

­   orientar   e   acompanhar   a   elaboração   dos   guias   de   estudos   para   cada 

disciplina;

­ subsidiar a Direção, com critérios, para definição do Calendário Escolar, 

de acordo com as orientações do NRE;

­ analisar e emitir  parecer sobre aproveitamento de estudos, em casos de 

recebimento de transferências, de acordo com a legislação vigente;

­   participar,   sempre   que   convocado,   de   cursos,   seminários,   encontros   e 

grupos de estudos;

­ coordenar a elaboração e execução da Proposta Pedagógica da escola;

­   acompanhar   o   processo   de   ensino,   atuando   junto   aos   professores   e 

educandos,  no sentido de analisar os  resultados da aprendizagem e  traçar  planos de 

recuperação;

O professor pedagogo tem funções no contexto pedagógico e também no 

administrativo, tais como:

­   orientar   e   acompanhar   a   elaboração   dos   guias   de   estudos   de   cada 

disciplina;

­   coordenar   e   acompanhar   ações  pedagógicas  descentralizadas   e   exames 

supletivos   quando,   no   estabelecimento,   não   houver   coordenação   (ões)   específica(s) 

dessa(s) ação (ões).

− executar a Avaliação Institucional conforme orientação da mantenedora;

− atuar e participar na equipe do programa Brigadas Escolares e subsidiar 

professores, funcionários e alunos, conforme treinamento.

As Coordenações de Ações Pedagógicas Descentralizadas – Coordenação Geral 

e Coordenação Itinerante, bem como a Coordenação de Exames Supletivos, têm como 

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finalidade à execução dessas ações pelo Estabelecimento Escolar, quando autorizadas e 

regulamentadas pela mantenedora.

5.1.4   Compete   ao(s)   Coordenador(es)   de   Ações   Pedagógicas 

Descentralizadas

­ receber e organizar as solicitações de Ações Pedagógicas Descentralizadas.

­ organizar os processos dessas Ações para análise pelo respectivo NRE.

­ elaborar os cronogramas de funcionamento de cada turma da Ação.

­ digitar os processos no Sistema e encaminhar para justificativa da direção 

do Estabelecimento.

­   acompanhar   o   funcionamento   de   todas   turmas   de   Ações   Pedagógicas 

Descentralizadas vinculados ao Estabelecimento.

­   acompanhar   a   matrícula   dos   educandos   e   a   inserção   das   mesmas   no 

Sistema.

­ organizar a documentação dos educandos para a matrícula.

­ organizar as listas de frequência e de notas dos educandos.

­ enviar material de apoio didático para as turmas das Ações Pedagógicas 

Descentralizadas.

­ responder ao NRE sobre todas as situações dessas turmas.

­ organizar o rodízio dos professores nas diversas disciplinas, garantindo o 

atendimento aos educandos de todas as turmas.

­ orientar e acompanhar o cumprimento das atividades a serem executadas 

durante as horas­atividade dos professores.

­   realizar   reuniões  periódicas  de estudo que promovam o  intercâmbio de 

experiências pedagógicas e a avaliação do processo ensino­aprendizagem.

­   elaborar   materiais   de   divulgação   e   chamamento   de   matrículas   em 

comunidades que necessitam de escolarização.

­ acompanhar a ação dos Coordenadores Itinerantes.

­ tomar ciência e fazer cumprir a legislação vigente.

­ prestar à  Direção, à  Equipe Pedagógica do Estabelecimento e ao NRE, 

quando solicitado, quaisquer esclarecimentos sobre a execução da escolarização pelas 

Ações Pedagógicas Descentralizadas sob sua coordenação.

­ executar a Avaliação Institucional conforme orientação da mantenedora.

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5.1.5 Compete ao Coordenador Itinerante

­   acompanhar   o   funcionamento  in   loco  das   Ações   Pedagógicas 

Descentralizadas.

­ atender e/ou encaminhar as demandas dos professores e dos educandos.

­ verificar o cumprimento do horário de funcionamento das turmas.

­ observar e registrar a presença dos professores.

­ atender à comunidade nas solicitações de matrícula.

­ solicitar e distribuir o material de apoio pedagógico.

­ solicitar e distribuir as listas de frequência e de nota dos educandos.

­ encaminhar as notas e frequências dos educandos para digitação.

­ acompanhar o rodízio de professores, comunicando à Coordenação Geral 

qualquer problema neste procedimento.

­ solicitar e organizar a documentação dos educandos para a matrícula.

­   acompanhar  o   funcionamento  pedagógico  e   administrativo  de   todas  as 

turmas das Ações Pedagógicas Descentralizadas sob sua responsabilidade.

­ participar das reuniões pedagógicas e da hora atividade, juntamente com 

os professores.

­ executar a Avaliação Institucional conforme orientação da mantenedora.

5.1.6 Compete ao Coordenador de Exames

­ tomar conhecimento do edital de exames.

­ fazer as inscrições dos candidatos, conforme datas determinadas no edital.

­ verificar o número mínimo de candidatos inscritos para que os exames 

possam ser executados.

­ digitar, no sistema, a inscrição dos candidatos.

­ conferir a inserção das inscrições dos candidatos no Sistema por meio da 

emissão de Relatório de Inscritos.

­ solicitar credenciamento de outros espaços escolares, quando necessário, 

para execução dos exames.

­ solicitar, por e­mail ou ofício, com o conhecimento do NRE, as provas em 

Braille e as ampliadas, das etapas a serem realizadas, quando for o caso.

­   solicitar,   por   e­mail   ou   ofício,   com   o   conhecimento   do   NRE,   para   o 

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DEJA/SEED, autorização para a realização de quaisquer bancas especiais.

­ comunicar ao NRE todos os procedimentos tomados para realização dos 

Exames.

­ receber os materiais dos Exames Supletivos nos NREs.

­ capacitar a(s) equipe(s) de trabalho do Estabelecimento para a realização 

dos  Exames  Supletivos,   quanto   ao   cumprimento  dos   procedimentos,   em   especial   a 

organização e o preenchimento dos cartões­resposta.

­ acompanhar a aplicação das provas, para que transcorram com segurança e 

tranquilidade, em conformidade com os procedimentos inerentes aos Exames.

­ divulgar as atas de resultado.

5.1.7 Compete aos Docentes da EJA

­ compromisso com a Proposta Pedagógica da EJA;

­ visão global do currículo e dos princípios de sua organização;

­ postura interdisciplinar e contextualizada;

­ planejamento de estratégias pedagógicas;

­ conhecimento da função social da EJA;

­   busca   de   aprimoramento   profissional   constante,   seja   por   meio   de 

oportunidades  oferecidas  pela  mantenedora,  pelo  Estabelecimento  de  Ensino  ou por 

iniciativa própria.

­ espírito de coletividade;

­   compromisso   com   as   ações   desenvolvidas   regularmente   e   extra 

curriculares pelo Estabelecimento de Ensino;

­ disponibilidade de horário de acordo com sua carga horária docente;

­ disposição para o trabalho coletivo.

Aos docentes cabe também

­  definir  e  desenvolver  o  seu plano de ensino,  conforme orientações  das 

Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais de EJA e da proposta pedagógica deste 

Estabelecimento Escolar.

­ conhecer o perfil de seus educandos jovens, adultos e idosos.

­   utilizar   adequadamente   os   espaços   e   materiais   didático­pedagógicos 

disponíveis,   tornando­os   meios   para   implementar   uma   metodologia   de   ensino   que 

respeite o processo de aquisição do conhecimento de cada educando jovem, adulto e 

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idoso deste Estabelecimento.

− executar a Avaliação Institucional conforme orientação da mantenedora;

− participar ativamente nos treinamentos da equipe do programa Brigadas 

escolares, zelando e assegurando a participação dos alunos.

O docente suprido neste Estabelecimento de Ensino deverá atuar na sede e 

nas ações pedagógicas descentralizadas, bem como nos exames supletivos. Deverá atuar 

em todas as formas de organização do curso: aulas presenciais coletivas e individuais.

O processo educativo precisa estar compromissado com a mudança social, 

buscando garantir a formação de identidade dos cidadãos. Pensar na formação do jovem 

e   adulto   trabalhador   que   responda   as   novas   exigências   desta   sociedade,   requer   um 

educador  que  garanta   a   inter­relação  personalizada   e   contínua  do   educando   com  o 

sistema de ensino, propondo coletivamente as ações de intervenção, acompanhando e 

avaliando sistematicamente o trabalho a ser realizado.

Por  esse motivo,  o  docente deste  estabelecimento de ensino  deverá  estar 

consciente de que a escolarização de jovens e adultos trabalhadores precisa de ações 

educativas   inovadoras,   que   respondam   às   novas   exigências   de   uma   sociedade   em 

transformação.

O Corpo Docente será composto por profissionais qualificados, admitidos 

para atuarem na rede pública estadual de ensino segundo critérios estabelecidos pela 

entidade mantenedora, responsáveis por disciplinas constantes na matriz curricular.

Uma vez suprido neste Estabelecimento de Ensino deverá atuar na sede, nas 

ações   descentralizadas   e   em   todas   as   formas   de   organização   do   curso   (presencial 

coletiva  e   individual),  como também participar  da  aplicação dos  exames  supletivos, 

podendo compensar as horas trabalhadas durante esse processo em horários e dias que 

melhor atendam as demandas da escola.

5.1.8 Compete ao Secretário(a)

A secretaria é o setor que tem em seu encargo, todo registro de escrituração 

escolar e correspondência do Estabelecimento de Ensino. Este serviço é coordenado e 

supervisionado pela Direção, ficando a ela subordinado.

O   cargo   de   Secretário   (a)   é   exercido   por   um   profissional   devidamente 

qualificado   para   o   exercício   desta   função.   Portanto,   a   organização,   a   minúcia,   a 

seriedade daqueles que ocupam este ambiente têm, obrigatoriamente, que fazer parte de 

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todas as suas ações.

­   distribuir   as   tarefas   decorrentes   dos   encargos   da   Secretaria   aos   seus 

auxiliares;

­ organizar e manter em dia a coletânea de leis, regulamentos, diretrizes, 

ordens de serviço, circulares, resoluções e demais documentos;

­ rever todo o expediente a ser submetido a despacho do diretor;

­ apresentar ao diretor, em tempo hábil, todos os documentos que devam ser 

assinados;

­   executar   os   registros   na   documentação   escolar   referentes   à   matrícula, 

transferência, classificação, reclassificação, aproveitamento de estudos e conclusão de 

cursos;

­ manter organizado o arquivo ativo e inativo da vida escolar do educando;

­ comunicar à Direção toda a irregularidade que venha ocorrer na Secretaria;

­   manter   atualizados   os   registros   escolares   dos   educandos   no   sistema 

informatizado;

− manter   atualizado   o   sistema   de   acompanhamento   do 

educando,considerando a organização da EJA prevista nesta proposta;

− participar quando convocado na equipe do programa Brigada escolares, 

auxiliando sempre que necessário.

5.1.9 Compete ao Agente Educacional I

­ conhecer a proposta pedagógica, regimento escolar e a legislação que rege 

o registro de documentação escolar do educando;

­ participar de reuniões, encontros e/ou cursos, sempre que convocados e por 

iniciativa própria, com o intuito de aprimoramento profissional;

­ auxiliar em todas as atividades desenvolvidas pela escola;

­ atender às solicitações do Diretor;

­ efetuar a limpeza periódica para garantir a segurança e o funcionamento 

dos equipamentos existentes na escola;

­   racionalizar   os   serviços   sob   sua   responsabilidade   para   uma   melhor 

produtividade;

­ não permitir o uso de material e/ou máquinas por pessoas estranhas a esse 

setor;

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­   receber,   estocar   e   controlar   o   material   de   consumo,   de   limpeza   e 

equipamento;

­ solicitar à direção a reposição de material de consumo e de equipamentos;

­ zelar pela segurança das pessoas e do patrimônio, atentando para eventuais 

anormalidades;

­ acompanhar os alunos em atividades extraclasse e extracurricular quando 

solicitado;

­ agir como educador na construção de hábitos de preservação e manutenção 

do ambiente físico, do meio ambiente e do patrimônio escolar.

− solicitar  à  direção a reposição de material  de consumo e de peças  de 

equipamentos;

­ zelar pela segurança das pessoas e do patrimônio, atentando para eventuais 

anormalidades;

­ acompanhar os alunos em atividades extraclasse e extracurricular quando 

solicitado;

− agir   como   educador   na   construção   de   hábitos   de   preservação   e 

manutenção do ambiente físico, do meio ambiente e do patrimônio escolar;

     _ participar quando convocado na equipe do programa Brigada escolares, auxiliando 

sempre que necessário.

5.1.10 Compete ao Agente Educacional II

­ conhecer a proposta pedagógica, regimento escolar e a legislação que rege 

o registro de documentação escolar do educando;

­ participar de reuniões, encontros e/ou cursos, sempre que convocados e por 

iniciativa própria, com o intuito de aprimoramento profissional;

­ auxiliar em todas as atividades desenvolvidas pela escola;

­ atender às solicitações do Diretor;

­ atender os educandos, professores e o público em geral informando sobre o 

processo educativo, veiculado pelo Estabelecimento de Ensino;

­   utilizar   somente   as   matrizes   curriculares   autorizadas   pelo   órgão 

competente;

­   utilizar   somente   as   matrizes   curriculares   autorizadas   pelo   órgão 

competente;

­ efetuar os registros sobre o processo escolar e arquivar a documentação em 

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pastas individualizadas, expedindo toda a documentação: declarações; fichas de controle 

de   notas   e   frequência   individual   e   coletivo;   certificados;   históricos   escolares; 

transferências;   relatórios   finais;   estatísticas;   e   outros   documentos,   sempre   que 

necessário;

­  providenciar o material  utilizado nos recursos materiais  (computadores, 

impressoras, fotocopiadora, entre outros), bem como zelar pelo bom uso e manutenção 

dos equipamentos e materiais;

­ não permitir o uso de material e/ou máquinas por pessoas estranhas a esse 

setor;

­ providenciar, quando necessário, serviços de artes gráficas, impressão e 

reprodução de materiais, com a devida autorização da Direção;

­ solicitar à direção a reposição de material de consumo e de equipamentos;

­ atuar como educador e gestor dos espaços e ambientes de comunicação e 

tecnologia;

­   acompanhar   os   alunos  quando   solicitado   em  atividades   extraclasse  ou 

extracurriculares;

­ catalogar e registrar livros, fitas, DVDs, fotos, textos, CD;

­ registrar todo material didático existente na biblioteca;

­ restaurar e conservar livros e outros materiais de leitura;

­ atender aos alunos e professores, administrando o acervo e a manutenção 

do banco de dados;

­   zelar   pelo  controle   e   conservação  dos  documentos  e   equipamentos  da 

biblioteca;

­  quando solicitado,  participar  das  capacitações  propostas  pela SEED ou 

outras de interesse da unidade escolar;

­ decodificar e mediar o uso dos recursos pedagógicos e tecnológicos na 

pratica escolar;

­ executar outras atividades correlatas às ora descritas;

­   manusear   e   operar   os   equipamentos   e   materiais   da   sala   de   Recursos 

Audiovisuais;

−atender   aos   educandos   e   interessados   que   ali   se   dirigem   para   receber 

orientações;

    _ participar quando convocado na equipe do programa Brigada escolares, auxiliando 

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sempre que necessário.

5.1.11 Compete aos  Operadores e/ou Técnicos

­  registrar, tombar, codificar e classificar os equipamentos e materiais do 

setor;

­   manusear   e   operar   os   equipamentos   e   materiais   da   sala   de   Recursos 

Audiovisuais;

­   atender   aos   educandos   e   interessados  que   ali   se   dirigem  para   receber 

orientações;

­ zelar pelo bom uso e manutenção dos equipamentos e materiais;

­ controlar a produtividade do setor, frequência, tempo e material;

­ fazer previsão de estoque de peças de reposição;

­ sugerir aquisição de outros equipamentos e de novos audiovisuais, bem 

como, montar slides, executar gravações e outros;

­ fornecer aos diversos setores do estabelecimento de ensino a relação dos 

Recursos Audiovisuais existentes;

­   manter   intercâmbio,   por   meio   da   Direção,   com   entidades   públicas   e 

particulares envolvidas com audiovisuais;

­ elaborar relatório sobre as atividades do setor;

− operar os equipamentos da sala de projeção;

                         _   participar quando convocado na equipe do programa Brigada 

escolares, auxiliando sempre que necessário.

5.2 Plano de Ação do Estabelecimento de Ensino ­ 2012

Objetivos Gerais

Promover   a   autonomia   pedagógico­administrativa,   garantindo   a 

continuidade aos educandos e educandas no processo de construção do conhecimento da 

EJA, gerindo os recursos financeiros oriundos da SEED e gerenciando todos os aspectos 

pedagógicos, desde o currículo até as atividades de aperfeiçoamento dos professores.

Ações

­ elaborar os planos de aplicação financeira, junto a APAF (Associação de 

Professores, Alunos e Funcionários) e a proceder à prestação de contas à comunidade 

escolar, submetendo­os à apreciação e aprovação do Conselho Escolar. 

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­   submeter   à   aprovação   do   Conselho   Escolar   às   diretrizes   específicas 

elaboradas pela administração deste estabelecimento, em consonância com as normas e 

orientações gerais da Secretaria de Estado da Educação.

­   coordenar   os   estudos   e   implementação  das  Diretrizes  Pedagógicas,   de 

acordo com  instruções  da  Secretaria  de  Estado  da  Educação e  Núcleo  Regional  de 

Ensino.

­   supervisionar   as   atividades   dos   órgãos   de   apoio,   administrativo   e 

pedagógico do estabelecimento, de forma colegiada. 

­ gerenciar o Plano de Capacitação dos profissionais de educação que atuam 

neste estabelecimento de ensino, em consonância com a EJA.

­ implementar uma gestão participativa, estimulando o desenvolvimento das 

responsabilidades individuais e promovendo o trabalho coletivo no CEEBJA.

­ gerenciar toda equipe escolar, tendo em vista a qualidade e eficácia dos 

resultados.

­ estimular o desenvolvimento de Projetos de Arte e Lazer, deslocando o 

jovem e o adulto da perspectiva de sala de aula, com o objetivo de dar vez e voz a 

diversidade cultural, partilhando os seus valores individuais adquiridos em sua prática 

social. 

­ coordenar a equipe pedagógica (vice­diretor, coordenadores e professores) 

para  a  coleta  e  análise  dos   indicadores  educacionais  que   levem  todo o  colegiado   à 

retomada das ações visando à qualidade do trabalho pedagógico.

­ buscar parcerias junto às entidades educacionais da região com o objetivo 

de implementar a prática pedagógica dos educadores (palestras, grupos de estudos e 

outros).

­   solicitar  à   comunidade  acadêmica  o  desenvolvimento  de  atividades  de 

enriquecimento extracurricular,  a exemplo,  mini­cursos,  oficinas,  palestras de acordo 

com os interesses evidenciados pelos educandos. 

­   administrar   de   acordo   com   as   possibilidades   do   Estabelecimento,   os 

recursos   financeiros,   materiais   e   humanos,   para   o   desenvolvimento   das   atividades 

pedagógicas escolares, estimulando a participação e a interdisciplinaridade.  

CRONOGRAMAAÇÕES 1º SEMESTRE

20122º SEMESTRE 

2012

Organizar cronograma das matriculas do CEEBJA de acordo com o calendário estabelecido pela Secretaria de Estado da Educação.

X X

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Gerenciar o trabalho da Equipe Técnico Administrativo de maneira a atender com eficiência as solicitações da comunidade escolar de acordo   com   as   orientações   da   EJA   e   NRE   no   que   concerne   a documentação do CEEBJA.

X X

Acompanhar o desenvolvimento do trabalho da Equipe de Apoio, proporcionando   recursos   materiais,   bem   como   ressaltar   a importância do trabalho junto à comunidade escolar.

X X

Estabelecer  contato   com a  Secretaria  de  Educação do  Município para   a   implantação   das   Ações   Pedagógicas   Descentralizadas   – APED, atendendo a solicitação da comunidade e aprovação do NRE.

X

Acompanhar as atividades pedagógicas desenvolvidas nas APED. X X

Organizar a Semana Pedagógica de acordo com as orientações da Secretaria de Educação e Núcleo Regional de Ensino. 

X X

Supervisionar   o   andamento   da   Proposta   Pedagógica   da   EJA, subsidiando o trabalho docente.

X X

Promover   reuniões   de   informação,   em   grupo   e   individualmente, sobre a Proposta Pedagógica para os educandos e educandas no que concerne ao seu cronograma de estudos.

X X

Elaborar os planos de aplicação financeira, junto a APAF.  X X

Prestar   contas   à   comunidade   escolar   da   receita   da   APAF   e   das despesas  subsidiadas  pela mesma,  bem como as  subsidiadas  pela SEED – Fundo Rotativo e Merenda. 

X X

Supervisionar as atividades dos órgãos de apoio, administrativo e pedagógico do estabelecimento de forma colegiada. 

X X

Gerenciar o Plano de Capacitação dos profissionais de educação que atuam neste estabelecimento de ensino, em consonância com a EJA.

X X

Implementar a gestão participativa, estimulando o desenvolvimento das responsabilidades individuais e promovendo o trabalho coletivo no CEEBJA.

X X

Coordenar a equipe pedagógica (vice­diretor, coordenadores   e   professores)   para   a   coleta   e   análise   dos   indicadores educacionais   que   levem   todo   o   colegiado   à   retomada   das   ações visando  à   qualidade  do   trabalho  pedagógico  ao   término de   cada semestre.

X

Buscar parcerias junto às entidades educacionais da região com o objetivo   de   implementar   a   prática   pedagógica   dos   educadores (palestras, grupos de estudos e outros).

X

Solicitar à comunidade acadêmica o desenvolvimento de atividades de enriquecimento extracurricular, a exemplo, mini­cursos, oficinas, palestras de acordo com os interesses evidenciados pelos educandos. 

X X

Dar suporte para a execução das atividades extracurriculares. X X

Promover   encontros   de   confraternização   e   integração   entre   os diversos segmentos da comunidade escolar.

X X

Avaliação do Plano de Ação

A gestão democrática se fundamenta em processos de decisão coletiva, na 

socialização   do   conhecimento   e   na   construção   da   cidadania,   promovendo   a   efetiva 

participação e envolvimento de todos os segmentos escolares: educandos e educandas 

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(sujeitos   do   processo),   professores,   equipe   administrativo­pedagógica,   de   apoio   e 

comunidade.  

Nessa perspectiva, no CEEBJA de Guarapuava, o Conselho Escolar será o 

articulador  do  processo  de  avaliação do Plano de  Ação da  Direção,  que  acontecerá 

anualmente, com o objetivo de acompanhar e monitorar a execução das ações efetivadas 

e   em   andamento,   bem   como   a   divulgação   dos   resultados   a   comunidade   escolar 

(Universidade,  EJA, NRE e outros) e a APAF (Associação de Professores, Alunos e 

Funcionários).

Diante   dos   resultados   obtidos,   serão   retomadas   as   ações   desenvolvidas, 

valorizando   as   experiências   positivas,   implementando   outras   alternativas   que 

contribuam com a melhoria da qualidade do processo educacional.

5.3  Plano de Ação ­ Equipe Pedagógica

Apresentação

A   gestão     democrática     passa     a       ser         vista     sob o       ponto     da  

organização coletiva da   escola em função dos seus sujeitos. Organizar­se coletivamente 

exige   rigor   teórico­prático     de   quem   organiza,   decide,   dirige,   debate,   discute   a 

organização  escolar.  Significa       permitir   o   trabalho  específico   e   ao  mesmo   tempo, 

orgânico dos sujeitos em função das   necessidades histórico­sociais dos seus alunos. 

Tomaremos aqui, em  especial, a possibilidade de trabalho do pedagogo, na tentativa de 

entender seu papel   como mediador da intencionalidade educativa da escola, pela via 

dos diferentes  segmentos que a compõe.

Assim, se a pedagogia estuda as práticas educativas tendo em vista explicitar 

finalidades,   objetivos   sociopolíticos   e   formas   de   intervenção   pedagógica   para   a 

educação,     o   pedagógico   se   expressa,   justamente,   na   intencionalidade   e   no 

direcionamento   dessa     ação.   Esse   posicionamento   é   necessário,   porque   as   práticas 

educativas  não   se  dão  de     forma  isolada  das   relações   sociais,  políticas,   culturais   e 

econômicas da sociedade.

De   acordo   com   Pimenta   (2001,   p.   13),   as   profissões   são   históricas   e 

respondem a determinadas  necessidades  sociais.  Nesse contexto,  uma das  principais 

bandeiras a ser implementada pela  escola  hoje,  consequentemente  pelo  pedagogo,  é 

a participação através da gestão democrática. 

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O pedagogo atuará como mediador e articulador favorecendo a criação de 

mecanismos   de   participação   coletiva   com   pais,   alunos,   professores,   direção   e 

funcionários.  

Para Pimenta, 

Pedagogo é o profissional, que atua em várias instâncias da prática educativa, direta ou indiretamente ligadas à organização e aos processos de transmissão e assimilação ativa de saberes e modos de ação, tendo em vista objetivos de formação humana, definidos em uma contextualização histórica. (1996, p.116­117)

Com relação ao pedagogo e a gestão escolar o edital n.º 10/2007 de seleção 

para o concurso público da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, indica como 

sua atribuição com relação à gestão a coordenação e acompanhamento da efetivação do 

Projeto Político Pedagógico   de   forma   coletiva,   tendo   em   vista   a concepção de 

sociedade, de homem que se pretende enquanto instituição pública.   Ainda estipula as 

seguintes atribuições:

­   coordenar   a   elaboração  coletiva  e   acompanhar   a   efetivação  do  Projeto 

Político­  Pedagógico e do Plano de Ação da Escola;

­   promover   e   coordenar   reuniões   pedagógicas   e   grupos   de   estudo   para 

reflexão   e     aprofundamento   de   temas   relativos   ao   trabalho   pedagógico   e   para   a 

elaboração de  propostas de intervenção na realidade da escola;

­   participar   e   intervir,   junto   à   direção,   da   organização   do   trabalho 

pedagógico   escolar   no     sentido   de   realizar   a   função   social   e   a   especificidade   da 

educação escolar;

­ sistematizar, junto à comunidade escolar, atividades que levem à efetivação 

do processo  ensino e aprendizagem, de modo a garantir o atendimento às necessidades 

do educando;

­ participar da elaboração do projeto de formação continuada de todos os 

profissionais da  escola e promover ações para a sua efetivação, tendo como finalidade a 

realização e o  aprimoramento do trabalho pedagógico escolar;

­   analisar   as   propostas   de   natureza   pedagógica   a   serem   implantadas   na 

escola,  observando a  legislação educacional  em vigor  e o  Estatuto da Criança e  do 

Adolescente, como  fundamentos da prática educativa;

­   coordenar   a   organização   do   espaço­tempo   escolar   a   partir   do   Projeto 

Político­Pedagógico e da Proposta Pedagógica Curricular da Escola;

­ orientar a comunidade escolar na proposição e construção de um projeto 

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pedagógico numa perspectiva transformadora.   

Ademais, o papel do pedagogo legitima­se não tão somente   na  mediação 

da  gestão escolar mas no movimento de organização do currículo pela via da gestão.

É   dentro  destas   contradições   que  se   analisa  o    papel do   currículo.

Entendendo o Plano de Trabalho Docente como expressão do currículo em 

sala de  aula e que este, na sua natureza não é neutro, pois os conteúdos “selecionados” 

também  não são neutros, uma vez que expressam e legitimam uma intencionalidade e 

estão  voltados  para  as   finalidades  da  educação  e  para  quem se  destina,  é  papel  do 

pedagogo     articular   os   conteúdos   à   concepção   de   homem,   sociedade   e   educação 

pensados     coletivamente   no   Projeto   Político­Pedagógico   da   escola   e,   a   partir   daí, 

direcionar  explicitamente a prática educativa. Sob esta perspectiva, o Plano de Trabalho 

Docente é  político e pedagógico, pois permite a dimensão transformadora do conteúdo.

O Plano de  Trabalho  Docente   é  um documento  que antecipa  a  ação  do 

professor,  organizando o processo de ensino e aprendizagem. Nele se pensa o que fazer, 

como  fazer, quando fazer, com que fazer e para quem fazer, e é papel do pedagogo fazer 

a  articulação entre a teoria e a metodologia, dentro das condições concretas de ensino e 

aprendizagem, uma vez que, como responsável pela organização do trabalho pedagógico 

da escola como um todo, deve conhecer as possibilidades e as relações dos diversos 

contextos que a constituem, sendo­lhe possível prever e prover, de forma sistemática, os 

recursos e a distribuição do tempo e espaço escolares, para que as atividades planejadas 

sejam   realizadas,   além   de   analisá­las   quanto   à   sua   efetividade   para   promoção   da 

aprendizagem.

Com esse enfoque,   o   Edital   do   concurso   para   pedagogos   n.10/2007, 

especifica,  dentre outras, as funções atribuídas ao pedagogo na articulação do Plano de 

Trabalho  Docente, sendo elas:

­   apresentar   propostas,   alternativas,   sugestões   que   promovam   o 

desenvolvimento e  o aprimoramento do  trabalho pedagógico escolar,  conforme PPP, 

PPC, Pano de ação e  políticas educacionais da SEED;

­ orientar o processo de elaboração dos PTD junto ao coletivo de professores 

na  escola;

- organizar a hora atividade do coletivo de professores da escola, de maneira 

a   garantir   que   esse   espaço/tempo   seja   usado   em   função   do   processo   pedagógico 

desenvolvido em sala  de aula.

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Sendo assim, cabe ao pedagogo em sua prática pedagógica junto à equipe 

docente:   mediar   a   concepção   posta   no   Projeto   Político­Pedagógico   e   na   Proposta 

Pedagógica   Curricular,   garantindo   a   sua   intencionalidade   no   Plano   de   Trabalho 

Docente.

A educação, numa concepção transformadora, pressupõe tomar o aluno na 

sua     totalidade,   não   em   um   momento   reduzido   como   “aluno”,   e   isso   implica   em 

entendê­lo     dentro  de  uma  dinâmica   social,   onde   as   ações   são  determinadas.  Essa 

compreensão    remete  à   ideia  de atividade humana como práxis  que,  segundo Marx 

(apud Martins, 2004, p. 58), “... encerra uma tríplice orientação: o que fazer, para que 

fazer e como fazer,  efetivando­se apenas em condições sociais coletivas.”

É    dessa     ideia    de     práxis, sempre     intencional,    que   a   ação   do 

pedagogo    junto   ao     professor,  permite realizar  o   trabalho educativo,  descrito  por 

Saviani   como  “(...)   ato  de     produzir,   direta   e   intencionalmente,   em cada   indivíduo 

singular, a humanidade que é   produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos 

homens”, já que “(...) o indivíduo da   espécie humana não nasce homem; ele se torna 

homem, se forma homem (...) precisa   ser educado.” (Saviani apud Martins, 2004, p. 

46).

Fragmento   do   texto   O   PAPEL   DO   PEDAGOGO   NA   GESTÃO: 

POSSIBILIDADES DE MEDIAÇÃO DO CURRÍCULO. SEED/PR 

5.3.1 Plano de Ação ­ Equipe Pedagógica – SEDEPROBLEMÁTICA AÇÃO DURAÇÃO

Abandono/Desistências   dos educandos(as) de EJA.

Alternativas de trabalho a   partir de indicadores educacionais (evasão, repetência, transferências e outros).

Durante o ano.

Dificuldades   encontradas   pelos professores   na   condução   da proposta da EJA.

Subsidiar na elaboração de Plano de Trabalho e Ensino, acompanhar e implementar as ações. Durante o ano.

Ingresso   de   todos   os   alunos   do CEEBJA.

Reunião   de   informação   com   detalhes   e explanação   de   toda   a   organização, funcionamento da escola e proposta pedagógica da EJA.

Quinzenal.

Dificuldade   de   aprendizagem apresentadas   pelos   educandos(as) da EJA.

Coordenar estudos para definição de apoio aos educandos,  para  que  a   escola  ofereça   todas   as alternativas possíveis de atendimento.

Sempre que houver 

necessidade.

Dificuldades   apresentadas   pelos educandos(as)   no   cotidiano   da escola.

Atendimento   imediato   coletivo   ou   individual para resolução do problema.

Sempre que houver 

necessidade.

Agendamento. Visitas:   museus,   cinemas,   universidades, parques, viagens, teatro etc.

Quando solicitado pelos 

professores.

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Hora Atividade. Acompanhar   as   atividades   desenvolvidas   pelos professores.

Semanalmente.

Reunião Pedagógica. Realizar   com  os  professores   reuniões   técnicas, estudos pedagógicos e de formação.

Semanalmente/Se­mensalmente.

Avaliação, recuperação paralela e e retomada de conteúdos. 

Promover reflexões sobre a avaliação como meio de verificação do ensino e aprendizagem.Recuperação   dos   conteúdos   e   não   apenas   de notas.

Durante o período escolar.

Matrícula. Atender   a   comunidade   nas   solicitações   de matrícula.

No decorrer do ano.

Documentação dos alunos. Solicitar aos alunos a documentação necessária à matrícula. No decorrer do 

ano.

Orientação sobre documentos/leis. Coordenar   e   supervisionar   as   atividades administrativas   referentes   a   matrícula, transferência,   classificação,   reclassificação, aproveitamento de estudos e conclusão de cursos.

No decorrer do ano.

Significação dos conteúdos. Pesquisar   e   investigar   a   realidade   concreta   do educando   historicamente   situado,   oferecendo suporte   ao   trabalho   permanentemente   do currículo escolar.

Durante o ano.

Organização de calendário. Subsidiar a direção, com critérios, para definição do   calendário   escolar   de   acordo   com   as orientações do NRE.

Final/Início do ano letivo.

Organização   das   aulas   e   dos horários.

Elaboração   de   cronograma   de   disciplinas   e organização de individuais e coletivos Semestralmente.

Organização de formatura. Realização da solenidade   da formatura, com o apoio da equipe técnico­administrativa.

No final do ano.

 5.3.2 Plano de Ação ­ Equipe Pedagógica –   Coordenação Itinerante das 

APED'sPROBLEMÁTICA AÇÃO DURAÇÃO

Estrutura   física   e   condições   de ensino nas APED'S.

Acompanhar “in  loco” o  trabalho desenvolvido em sala de aula e o funcionamento da APED'S.

Decorrer do ano letivo

Organização   das   atividades; cumprimento   dos   horários   de entrada e saída.

Estabelecer um contrato pedagógico a partir das normas do CEEBJA, atendendo os interesses da coletividade.

Início do ano, renovando a cada 

início de disciplina.

Excesso   de   alunos   faltosos   e desistentes

­ Valorizar os esforços individuais dos alunos em estudar após jornada de trabalho;­   Conscientizar   os   alunos   da   necessidade   de formação educacional;­ incentivar a frequência diária;­ acompanhar a frequência /ausência dos alunos.

No decorrer da disciplina

Significação   dos   conteúdos escolares,  contextualizando­os no cotidiano.

Desenvolver   atividades   curriculares   e   extras curriculares  adequadas às  necessidades e perfil dos alunos da EJA

No decorrer da disciplina

Hora atividade ­ Realizar com os professores reuniões técnicas, estudos   pedagógicos   e   formação   através   de oficinas por disciplinas e áreas de interesse;­ Vivência e motivação grupal;­ Avaliação em processo.

Semanalmente

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­ Acompanhar as atividades desenvolvidas pelos professores.

Avaliação, recuperação paralela e retomada de conteúdos.

­   promover   reflexões   sobre   a   avaliação   como meio de verificação do ensino e aprendizagem;­ recuperação da aprendizagem dos conteúdos e não apenas de notas, visando uma aprendizagem efetiva.

Ao longo do período escolar

Sala   de   aula:   Ambiente cooperativo e democrático.

Levar   os   alunos   à   compreensão   de   que   o ambiente sala de aula é um microcosmo social.

No decorrer dos cursos

Matrícula Atender   à   comunidade   nas   solicitações   de matrícula.

Início de cada disciplina

Documentação dos alunos. Solicitar aos alunos a documentação necessária à matrícula, visando a organização da vida escolar junto a Secretaria.

No início e decorrer do curso

Rodízio de professores Acompanhar o rodízio de professores, atendendo às   necessidades   da   instituição   e   dentro   do possível   a   dos   professores,   objetivando   uma melhor organização das APED'S.

No decorrer do período letivo

5.4 Plano de Ação ­  Agente Educacional I e II

O homem constrói sua especificidade e se constrói enquanto ser histórico à medida que transcende o mundo natural pelo trabalho. Ao transcender a mera natureza (tudo aquilo que não depende de sua vontade de sua ação), o homem ultrapassa   o   nível   da  necessidade  e   transita   no   âmbito   da  liberdade.   A liberdade é, pois, o oposto do espontaneísmo, da necessidade natural; é algo construído   pelo   homem   à   medida   que   constrói   sua   própria   humanidade. (PARO, 2004 – p. 107) 

PROBLEMÁTICA AÇÃO PERÍODO

Atendimento ao Público(Agente Educacional I e II)

Viabilizar   um   atendimento   eficiente   à comunidade escolar

No decorrer do ano

Matrícula(Agente Educacional II)

Atender   a   comunidade   nas   solicitações   de matrícula

No decorrer do ano

Documentação dos alunos(Agente Educacional II)

Solicitar aos alunos a documentação necessária à matrícula

No decorrer do ano

Documentação da Secretaria (Agente Educacional II)

Organizar os documentos de modo que sempre estejam em dia

No decorrer do ano

Limpeza e organização do ambiente escolar

(Agente Educacional I )

Efetuar   a   limpeza   e   manter   em   ordem   as instalações escolares.

No decorrer do ano

Orientações aos professores(Agente Educacional II)

Dar   suporte   aos   professores   nas   questões relacionadas à secretaria

No decorrer do ano

Sistema SEJA(Agente Educacional II)

Lançamento   de   notas,   matrículas, abertura/encerramento de turmas

No decorrer do ano

Compete ao Secretário (a)

­  distribuir   as   tarefas   decorrentes   dos   encargos   da   Secretaria   aos   seus 

auxiliares;

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­ organizar e manter em dia a coletânea de leis, regulamentos, diretrizes, 

ordens de serviço, circulares, resoluções e demais documentos;

­ rever todo o expediente a ser submetido a despacho do diretor;

­ apresentar ao diretor, em tempo hábil, todos os documentos que devam ser 

assinados;

­   executar   os   registros   na   documentação   escolar   referentes   à   matrícula, 

transferência, classificação, reclassificação, aproveitamento de estudos e conclusão de 

cursos;

­ manter organizado o arquivo ativo e inativo da vida escolar do educando;

­ comunicar à Direção toda a irregularidade que venha ocorrer na Secretaria;

­   manter   atualizados   os   registros   escolares   dos   educandos   no   sistema 

informatizado;

− manter   atualizado   o   sistema   de   acompanhamento   do   educando, 

considerando a organização da EJA prevista nesta proposta.

5.4.1 Compete aos Agentes Educacionais I

­ conhecer a proposta pedagógica, regimento escolar e a legislação que rege 

o registro de documentação escolar do educando;

­ participar de reuniões, encontros e/ou cursos, sempre que convocados e por 

iniciativa própria, com o intuito de aprimoramento profissional;

­ auxiliar em todas as atividades desenvolvidas pela escola;

­ atender às solicitações do Diretor;

­ efetuar a limpeza periódica para garantir a segurança e o funcionamento 

dos equipamentos existentes na escola;

­   racionalizar   os   serviços   sob   sua   responsabilidade   para   uma   melhor 

produtividade;

­ não permitir o uso de material e/ou máquinas por pessoas estranhas a esse 

setor;

­   receber,   estocar   e   controlar   o   material   de   consumo,   de   limpeza   e 

equipamento;

­ solicitar à direção a reposição de material de consumo e de equipamentos;

­ zelar pela segurança das pessoas e do patrimônio, atentando para eventuais 

anormalidades;

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­ acompanhar os alunos em atividades extraclasse e extracurricular quando 

solicitado;

­ agir como educador na construção de hábitos de preservação e manutenção 

do ambiente físico, do meio ambiente e do patrimônio escolar.

5.4.2 Compete aos Agentes Educacionais II

­ conhecer a proposta pedagógica, regimento escolar e a legislação que rege 

o registro de documentação escolar do educando;

­ participar de reuniões, encontros e/ou cursos, sempre que convocados e por 

iniciativa própria, com o intuito de aprimoramento profissional;

­ auxiliar em todas as atividades desenvolvidas pela escola;

­ atender às solicitações do Diretor;

­ atender os educandos, professores e o público em geral informando sobre o 

processo educativo, veiculado pelo Estabelecimento de Ensino;

­ utilizar somente as matrizes curriculares autorizadas pelo órgão competen­

te;

­ efetuar os registros sobre o processo escolar e arquivar a documentação em 

pastas individualizadas, expedindo toda a documentação: declarações; fichas de controle 

de notas e frequência individual e coletivo; certificados; históricos escolares; transferên­

cias; relatórios finais; estatísticas; e outros documentos, sempre que necessário;

­  providenciar o material  utilizado nos recursos materiais  (computadores, 

impressoras, fotocopiadora, entre outros), bem como zelar pelo bom uso e manutenção 

dos equipamentos e materiais;

­ não permitir o uso de material e/ou máquinas por pessoas estranhas a esse 

setor;

­ providenciar, quando necessário, serviços de artes gráficas, impressão e re­

produção de materiais, com a devida autorização da Direção;

­ solicitar à direção a reposição de material de consumo e de equipamentos;

­ atuar como educador e gestor dos espaços e ambientes de comunicação e 

tecnologia;

­ acompanhar os alunos quando solicitado em atividades extraclasse ou ex­

tracurriculares;

­ catalogar e registrar livros, fitas, DVDs, fotos, textos, CD;

­ registrar todo material didático existente na biblioteca;

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­ restaurar e conservar livros e outros materiais de leitura;

­ atender aos alunos e professores, administrando o acervo e a manutenção 

do banco de dados;

­ zelar pelo controle e conservação dos documentos e equipamentos da bi­

blioteca;

­ quando solicitado, participar das capacitações propostas pela SEED ou ou­

tras de interesse da unidade escolar;

­ decodificar e mediar o uso dos recursos pedagógicos e tecnológicos na 

pratica escolar;

­ executar outras atividades correlatas às ora descritas;

­ manusear e operar os equipamentos e materiais da sala de Recursos Audio­

visuais;

­ atender aos educandos e interessados que ali se dirigem para receber orien­

tações.

5.5 Plano de Ação– Educação Especial

Inclusão Escolar

Todo ser humano tem o direito fundamental a educação, pois todos possuem 

características, interesses, habilidades e necessidades de aprendizagem que são únicas. 

Aqueles  com necessidades  educacionais   têm direito  ao acesso à   escola  regular  com 

metodologia que atenda essas necessidades. A escola deve olhar mais o potencial de tais 

pessoas,  que  os   impedimentos,  pois   segundo a Constituição Federal  de  1988,  a  Lei 

9394/96   LDB,   o   Parecer   CNE/CEB   n.º   17/2001,   a   Resolução   CNE/CEB   n.º   02/01 

garantem a  educação e o atendimento especializado, na rede regular de ensino a alunos 

com necessidades especiais.

O principio fundamental da escola inclusiva é garantir que todos aprendam 

juntos, sempre que possível, independentemente de qualquer dificuldade ou diferença 

que possam ter. A escola deve reconhecer e responder as necessidades diversas de seus 

alunos,  assegurando uma educação de qualidade a  todos,  por meio de um currículo 

apropriado, arranjos organizacionais, estratégias de ensino e uso de recursos diversos.

A aprendizagem deve ser adaptada às necessidades dos educandos, ao invés 

de  se exigir  a  adaptação dos  mesmos  às  condições  preconcebidas  e  aos  regimentos 

internos, respeitando o ritmo e a natureza do processo de aprendizagem de cada um.

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Deficiência Visual

O aluno cego ou com baixa visão depende do professor especialista e dos 

professores que desempenham um importante papel no processo de integração do aluno 

nas classes de EJA.

Apesar   do   avanço  no   atendimento   educacional   oferecido   aos  deficientes 

visuais, ainda precisam dos serviços educacionais como o apoio em braile, em material 

ampliado ou outras adaptações de materiais, para promover com qualidade e equidade, 

assegurando as reais condições de igualdade para o acesso, permanência e o êxito do 

aluno.

O   professor   especialista   tem   como   função   a   formação   pedagógica   e 

humanista,   despertando   no   aluno   qualidades   e   capacidade   colaborando   com   a   sua 

socialização.

Função do especialista:

- produzir em braile o conteúdo solicitado pelo professor;

- transcrever material para o professor avaliar;

-  ampliação do material seguindo as necessidades do aluno em tamanho e 

tonalidade;

- uso de lentes especiais para facilitar a visão de detalhes;

- participar da elaboração da proposta pedagógica da escola;

-  orientar   a   equipe   escolar   quanto   aos   procedimentos   e   estratégias   de 

inclusão dos alunos com D.V.;

- fornecer orientações e prestar atendimento aos responsáveis pelos alunos.

Surdos

A   inclusão  de   surdos   nas   escolas   regulares   pressupõe   a   necessidade   de 

transformação nos sistemas educacionais para tornar relevante a aprendizagem destes 

educandos.

Atualmente, tem crescido o interesse de educadores, linguistas, psicólogos e 

outros, pela pesquisa na área da surdez, tendo em vista a escrita atípica dos surdos em 

contextos escolares pela interação dos mesmos no plano visuogestual.

A escrita do educando surdo, não segue a mesma construção dos ouvintes, 

que se apoiam na linguagem oral para produzir sua escrita.

As Línguas de Sinais não possuem registro escrito, por isso, o texto criado 

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por um surdo contém alternâncias entre língua oral e de sinais. Mas, para os surdos é 

importante a apropriação da língua escrita, para melhor interagir com os ouvintes.

Portanto, educadores que são contemplados com surdos inclusos em suas 

salas de aula, devem ter claro que a Língua de Sinais é a Língua natural dos mesmos e 

que servirá como medidora e apoio na aprendizagem do Português, que para eles será 

uma segunda língua.

E   para   isso   o   professor   deverá   abordar   os   conteúdos   respeitando   essa 

singularidade e na avaliação aceitar a individualidade e a especificidade dos surdos sem 

compara­los   aos   ouvintes,   mas   preservar   uma   educação   de   qualidade   também   aos 

surdos.

Função do interprete de LIBRAS:

- atuar junto aos professores em sala de aula sendo um mediador e não um 

auxiliar;

- interpretar da melhor maneira possível o locutor falante ou as solicitações 

dos surdos;

-  traduzir para o surdo em LIBRAS o conteúdo e as discussões em sala de 

aula e para o Português as solicitações dos surdos;

- interpretar fielmente o locutor;

- usar os vários recursos necessários para traduzir adequadamente o assunto 

explicitado, facilitando a compreensão para o surdo;

- conhecer cada educando surdo, respeitando suas particularidades;

- ser ético quando as particularidades de cada educando;

- orientar os professores quanto aos procedimentos e estratégias de inclusão 

dos alunos surdos em turmas de EJA.

Procedimentos e estratégias de inclusão:

Professores

A   presença   do   interprete   em   sala   de   aula   não   garante   acesso   ao 

conhecimento para a pessoa surda. É preciso fazer ajustes curriculares, complementando 

peculiaridades e aspectos culturais da comunidade surda.

A relação professor/interprete não pode resumir­se a um “estar juntos numa 

sala de aula”, mas precisa ser o resultado de uma construção conjunta e harmoniosa 

visando o êxito dos educandos surdos.

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Algumas considerações aos professores:

­ fazer adaptações metodológicas;

­ os conteúdos devem ser escritos;

­ as correções precisam ser escritas e não orais;

­ evitar falar e escrever ao mesmo tempo;

­ ilustrar o máximo possível as aulas, usando apoio audiovisual;

­ falar discretamente com o surdo e trata­lo com naturalidade;

− usar linguagem clara e objetiva.

Deficiência Mental

O Nosso compromisso com o deficiente intelectual ou a todos aqueles que 

têm suas funções intelectuais comprometidas é o mesmo que temos com os alunos que 

estão   dentro   dos   padrões   da   normalidade.   É   interessante   saber,   que   as   deficientes 

intelectuais, apresentam dificuldades não só no seu desenvolvimento, mas também, no 

seu comportamento, principalmente no aspecto da adequação ao contexto a que pertence 

nas   mais   diversas   esferas:   comunicação,   saúde,   na   segurança,   no   desempenho 

acadêmico,   no   lazer   e   no   campo   profissional.   É   bom   enfatizar   que   a   deficiência 

intelectual se caracteriza pelos transtornos no desenvolvimento, não por degenerações 

cognitivas. A pessoa com deficiência intelectual mantém a percepção de si mesmo e da 

realidade que a cerca, é capaz de tomar decisões importantes sobre a vida enquanto que 

o doente mental  tem seu discernimento comprometido,  caracterizando um estado da 

mente diferente do deficiente intelectual, é importante destacar, para nós professores que 

uma porcentagem elevada dos deficientes intelectuais, manifesta algum tipo de ligação 

com qualquer espécie de doença mental, tais como: a Síndrome do Pânico, depressão, 

esquizofrenia,  epilepsia  e outras.  As doenças mentais  atingem o comportamento das 

pessoas,   pois   lesam   outras   áreas   cerebrais,   não   a   inteligência,   mas   o   poder   de 

concentração e o humor.

A   partir   do   acima   exposto   o   nosso   objetivo   maior   no   atendimento 

educacional especializado ao deficiente intelectual é proporcionar a eles condições de 

liberdade para que construam a sua inteligência, dentro dos recursos intelectuais que 

possui, tornando­se agente capaz de produzir significado/conhecimento. É importante 

neste   processo,   intervir   no   sentido   de   fazer   que   esses   alunos   percebam   que   têm 

capacidade de pensar, de realizar ações em pensamentos, de tomar consciência, que são 

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capazes   de   usa   a   inteligência   que   dispõem   e   de   ampliá­la   pelo   seu   esforço   de 

compreensão.

Nós   professores   devemos   possibilitar   ao   aluno   que   aja   com   autonomia 

escolhendo o caminho da solução e a sua maneira de atua inteligentemente.

Destacamos também que a socialização, tida com único objetivo de entrada 

desses alunos na escola comum, principalmente os casos mais graves, não significam 

que   está   havendo   inclusão   escolar,   pois   a   verdadeira   inclusão   exige   construções 

cognitivas e compreensão em relação ao conhecimento e adaptações às necessidades 

doa alunos. O que muitas vezes ocorre em nome de uma suposta socialização, é uma 

tolerância   da   presença   do   aluno   em   sala   de   aula.   O   resultado   dessa   situação   é   a 

perpetuação   da   segregação,   mesmo   que   o   aluno   esteja   frequentando   um   ambiente 

escolar comum.

O atendimento educacional especializado na escola comum deverá acontecer 

conforme a necessidade de cada caso, sem ter como intenção apenas o bom desempenho 

escolar, mas sim, para que os professores se empenhem em entender como cada aluno 

na sua forma ímpar de ser, lida com o conhecimento no seu processo construtivo.

Função do Professor de apoio Itinerante do D.M. ou D.F:

1­ Contribuir para a ocorrência de reflexões sobre o aluno com deficiência 

mental, na busca de caminhos para concretização do seu aprendizado;

2­   Ampliar   junto   com   o   professor   da   disciplina,   as   possibilidades   de 

explicação e de realização das atividades propostas;

3­ Apoiar e acompanhar os alunos e professores com relação as dúvidas e 

inseguranças que possam ter;

4­ Articular ações que valorizem a convivência entre os alunos do ensino 

comum X do ensino especializado;

5­ Assegurar matricula e atendimento compatível com a necessidade de cada 

um;

6­   Desenvolver   mecanismos   que   realmente   contribuam   para   o 

desenvolvimento e aprimoramento do seu desempenho escolar;

7­   Disponibilizar   textos   que   com   certeza   contribuirão   para   um   maior 

esclarecimento  e   conhecimento  das  dificuldades  que  acometem nossos  alunos,   para 

juntos buscarmos uma educação que seja de qualidade.

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Deficiência Física/Neuromotora

Deficiência   física   é   todo   comprometimento  da  mobilidade,   coordenação 

motora geral ou da fala, causado por lesões neurológicas, neuromusculares e ortopédicas 

ou ainda por má formação congênita ou adquirida.

O último censo realizado pelo IBGE, revelou que o Brasil tem 26,5 milhões 

de   pessoas   portadoras   de   necessidades   especiais.   Desse   total,   cerca   de   14%   são 

exclusivamente deficientes físicos.

Na Lei nº. 10.098, de 19 de dezembro de 2000 estabelece normas gerais e 

critérios básicos para promoção da acessibilidade mediante a supressão de barreiras e de 

obstáculos nas vias e espaços públicos, no mobiliário urbano, na construção e reforma 

de edifícios e nos meios de transportes e de comunicação. Nesta mesma lei física, todas 

as   escolas   devem   eliminar   suas   barreiras   arquitetônicas   tendo   ou   não   alunos   com 

deficiência matriculados no momento.

Dentro   deste   contexto   o   atendimento   ao   deficiente   físico   no   CEEBJA, 

acontece   com   o   apoio   de   um   profissional   especializado,   o   Professor   de   Apoio 

Permanente.

O PACA (Professor de Apoio, Comunicação Alternativa), é um profissional 

de apoio especializado, que atua no contexto da sala de aula, nos estabelecimentos do 

Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos, para alunos com 

deficiência física/neuromotora acentuada, com limitação na fala e na escrita. 

Será   assegurado   o   PACA   aos   alunos   que   apresentam   dificuldades   ao 

expressarem­se pela linguagem oral e escrita, sendo necessário para a sua interação o 

uso de uma comunicação alternativa e suplementar, utilizados como meio facilitados do 

processo ensino e aprendizagem.

Procedimentos e estratégias de inclusão:

Cabe ao PACA:

­   ter   conhecimento   prévio   e   domínio   dos   conteúdos   e   temas   a   serem 

trabalhados pelo professor da classe comum;

­   participar   do   planejamento,   junto   ao   professor   da   classe   comum, 

orientando quanto as adaptações que permitem ao aluno o acesso ao currículo, desde as 

barreiras arquitetônicas até modificações mais significativas na organização de sala de 

aula, dos materiais e recursos pedagógicos utilizados pelos alunos e pelo professor;

­   orientar   o   professor   da   classe   comum   no   trabalho   pedagógico   a   ser 

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desenvolvido com o aluno;

­ promover a interação entre os alunos com deficiência física/neuromotora e 

os demais alunos da escola;

­ participar das atividades pedagógicas que envolvem o coletivo da escola;

­   viabilizar   a   participação   efetiva   do   aluno   nas   diferentes   situações   de 

aprendizagem e interação no contexto escolar e em atividades extraclasse;

­ buscar diferentes formas de comunicação alternativa e suplementar que 

facilitem ao aluno interagir no processo ensino e aprendizagem;

­ apoiar o professor da elaboração de estratégia avaliativas para atender as 

necessidades especificas dos alunos.

 Ao Professor da Classe comum:

- fazer quando necessário adaptações metodológicas;

- viabilizar a participação do aluno nas atividades pedagógicas.

5.6  Plano de Trabalho Docente 

Apresentação

O Plano de Trabalho Docente do Ensino Fundamental  Fase I   tem como 

referência a Proposta Pedagógica Curricular da EJA do Estado do Paraná e a Proposta 

Pedagógica do Ensino Fundamental – Fase I do MEC, onde encontram­se elencados os 

conteúdos que serão apresentados neste plano.

Sabemos que os motivos que levam os jovens e adultos à escola referem­se 

predominantemente às suas expectativas de conseguir um emprego melhor. Mas suas 

motivações não se limitam a este aspecto. Muitos referem­se também à vontade mais 

ampla de “entender melhor as coisas”, “se expressar melhor”, de “ser gente”, de “não 

depender sempre dos outros”. Referem­se muitas vezes também ao desejo de ajudar os 

filhos com os deveres escolares ou, simplesmente, de lhes dar um bom exemplo. 

Todos os adultos, quando se integram a programas de educação básica, têm 

uma ideia do que seja a escola,  muitas vezes construída baseada na escola que eles 

frequentaram brevemente  quando  crianças.  Quase   sempre,   apesar   de   se   referirem  à 

precariedade dessas escolas, lembram delas com carinho e sentem com pesar o fato de 

terem tido de abandoná­la ou de nunca terem tido chance de frequentá­la. É provável 

que esperem encontrar um modelo bem tradicional de escola, com recitação em coro do 

alfabeto,   pontos  copiados  do  quadro  negro,   disciplina   rígida,   correspondendo  a  um 

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modelo   que   conheceram   anteriormente.   Com   relação   aos   educandos   com   essas 

expectativas,   devemos   ampliar   seus   interesses,   mostrando   que   uma   verdadeira 

aprendizagem   depende   de   muito   mais   que   atenção   às   exposições   do   professor   e 

atividades mecânicas de memorização. 

Com   relação   aos   mais   jovens,   essa   situação   tende   a   ser   diferente. 

Especialmente nos centros urbanos, eles estão normalmente retornando depois de um 

período recente de sucessivos fracassos na escola regular. Têm, portanto, uma relação 

mais conflituosa com as rotinas escolares. Com relação a eles, o grande desafio é  a 

reconstrução de um vínculo positivo com a escola e, para tanto, devemos considerar as 

expectativas, gostos e modos de ser característicos dos jovens.

A imagem que os educandos têm da escola tem muito a ver com a imagem 

que   têm   de   si   mesmos   dentro   dela.   Experiências   passadas   de   fracasso   e   exclusão 

normalmente  produzem nos   jovens  e   adultos  uma auto­imagem negativa.  Nos  mais 

velhos, essa baixa auto­estima se traduz em timidez, insegurança, bloqueios. Nos mais 

jovens, é comum que a baixa auto­estima se expresse pela indisciplina e auto­afirmação 

negativa (“se não posso ser reconhecido por minhas qualidades, serei reconhecido por 

meus defeitos”). Em qualquer dos casos, é fundamental que ajudemos os educandos a 

reconstruir sua imagem da escola, das aprendizagens escolares e de si próprios.

Desta forma, a educação de jovens, adultos e idosos   através da proposta 

aqui apresentada e conforme o que é determinado na legislação vigente, devolve aos 

seus educandos a restauração do direito negado – o direito de uma escola de qualidade e 

o reconhecimento da igualdade de qualquer cidadão, a possibilidade de reinserção no 

sistema educacional e na sociedade; e da atualização permanente de conhecimentos com 

base em valores como respeito mútuo, solidariedade e justiça.

Entendemos que é preciso ultrapassar a ideia e a prática de se deter apenas 

nos conteúdos disciplinares e inserir ao longo do trabalho docente, temas que venham 

ao encontro das reais necessidades dos educandos.

Para isso, propõe­se um trabalho em conjunto com outros profissionais que 

venham contribuir com palestras e esclarecimentos sobre assuntos de questões sociais, 

ambientais   e   econômicas   que   se   expressam   na   violência,   na   drogadição   e   na 

sexualidade, entre outras.

É  importante ressaltar que cabe ao educador, a partir da investigação dos 

conhecimentos  informais que os  educandos  têm sobre as disciplinas,  sistematizar  as 

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estratégias  metodológicas,  planejando o que será   trabalhado dentro de cada um dos 

conteúdos abordados, qual a intensidade de aprofundamento, bem como a articulação 

entre os  mesmos ou entre  os   tópicos  de  cada um através  de  um plano do  trabalho 

docente elaborado com vistas à superação de uma escola apenas transmissora do saber e 

sim para uma escola transformadora da prática social.

Todos   os   planos   de   trabalho   docente   desta   Instituição,   encontram­se 

encadernados   em   volume   único,   anualmente   e   cada   semestre,   bem   como   estão 

disponibilizados no Portal do dia dia Educação, página do CEEBJA Guarapuava para 

consulta.

5.7 O Uso das Tecnologias e Multimeios na Escola

As   tecnologias   aliadas   a   construção   do   conhecimento,   possibilitam   aos 

professores,  educando e  funcionários,   formas diversas  para  ampliação dos  saberes  e 

conhecimentos.

È importante que o uso das ferramentas tecnológicas estejam aliadas a um 

processo   crítico,   reflexivo   do   fazer   educacional,   para   que   exista   uma   evolução   no 

processo   de   ensino   e   aprendizagem.   Vale   salientar,   que   esses   recursos   devem   ser 

adequados para cada momento dentro da escola.

O CEEBJA conta hoje com televisores multimídia em todas as salas de aula, 

também   possui   projetor   e   laptop,   para   diversificar   as   estratégias   de   trabalho   dos 

educadores e laboratório de informática, recebido pelo Programa Paraná Digital.

Este laboratório pode ser usado pelos professores, alunos e funcionários da 

instituição, conforme regulamento.

5.8 Organização do Trabalho Pedagógico

Este  Estabelecimento Escolar   funciona,  no período vespertino  e noturno, 

nos turnos manhã, tarde e noite, de acordo com a demanda de alunos e com expressa 

autorização do Departamento de Educação de Jovens e Adultos, da Secretaria de Estado 

da Educação.

A vida escolar do aluno encontra­se registrada na pasta de matrícula, nos 

livros de registro de classe, nas fichas de acompanhamento do Individual, bem como, as 

informações pertinentes ao rendimento escolar, carga horária e conclusão das disciplinas 

encontram­se registradas no Sistema SEJA e no histórico escolar.

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O   Relatório   Final   para   registro   de   conclusão   do   Curso,   é   emitido   pelo 

estabelecimento de ensino a partir  da conclusão das disciplinas constantes na matriz 

curricular.

Este   Estabelecimento   Escolar,   também   executa   ações   pedagógicas 

descentralizadas APEDs para atendimento de demandas específicas ­ autorizado pelo 

Departamento de Educação de Jovens e Adultos, da Secretaria de Estado da Educação – 

na Fase II do Ensino Fundamental e Ensino Médio para moradores de difícil acesso a 

este estabelecimento de ensino. 

Os  conteúdos  escolares   estão  organizados  por  disciplinas.  As  disciplinas 

referentes ao Ensino Fundamental Fase II estão dispostas nas Matrizes Curriculares, de 

acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais.

As disciplinas são ofertadas de forma presencial, na organização coletiva e 

individual, dependendo da condição e disponibilidade de tempo do educando.

Para   a   matrícula   no   Estabelecimento   Escolar   de   Educação   de   Jovens   e 

Adultos, há que se considerar:

a) a idade para ingresso respeitará a legislação vigente;

b) aos educandos será exigida comprovação de escolaridade anterior;

c) será respeitada instrução própria de matrícula expedida pela mantenedora;

d) o educando do Ensino Fundamental – Fase II e do Ensino Médio, poderá 

matricular­se de uma a quatro disciplinas simultaneamente;

e) poderão ser aproveitadas integralmente disciplinas concluídas com êxito 

por meio de cursos organizados por disciplina ou de exames supletivos, apresentando 

comprovação de conclusão da mesma;

f) o educando, oriundo de formas de organização de ensino diferentes da 

ofertada neste Estabelecimento, que não comprovar conclusão de disciplina(s), poderá: 

ser matriculado para cursar 100% (cem por cento) da carga horária total da disciplina ou 

participar do processo de classificação ou ainda, de reclassificação após ter cumprido 

25% (vinte e cinco por cento) da carga horária total da disciplina;

g) os conhecimentos adquiridos por meios informais pelos jovens, adultos e 

idosos, que não participaram do processo de escolarização formal/escolar; que estão a 

muitos anos sem participar dos processos de escolarização formal/escolar, ou que não 

possuírem comprovante  de  escolaridade,  poderão  ser  aferidos  por  procedimentos  de 

classificação, definidos no regimento escolar;

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h)   os   educandos   inseridos   no   processo   de   escolarização   formal/escolar, 

recebidos por transferência, deverão realizar matrícula inicial em até quatro disciplinas, 

podendo participar dos processos de reclassificação – depois de cursado 25% da carga 

horária total de cada disciplina;

i) será considerado desistente na organização individual, o educando que se 

ausentar  por  02 (dois)  meses  ou mais,  devendo,  para continuidade de seus  estudos, 

efetuar nova matrícula.

No   ato   da   matrícula,   conforme   instrução   própria   da   mantenedora,   o 

educando será  orientado por equipe de professor­pedagogo sobre:  a organização dos 

cursos, o funcionamento do estabelecimento: horários, calendário, regimento escolar, a 

duração e a carga horária das disciplinas.

O educando será orientado pelos professores das diferentes disciplinas, que 

os   receberá   individualmente   ou   em   grupos   agendados,   efetuando   as   orientações 

metodológicas, bem como as devidas explicações sobre os seguintes Itens que compõem 

o Guia de Estudos:

­ a organização dos cursos;

­   o   funcionamento   do   estabelecimento:   horários,   calendário,   regimento 

escolar;

­ a dinâmica de atendimento ao educando;

­ a duração e a carga horária das disciplinas;

­ os conteúdos e os encaminhamentos metodológicos;

­ o material de apoio didático;

­ as sugestões bibliográficas para consulta;

­ a avaliação;

­ outras informações necessárias.

O material didático, indicado pela mantenedora, constitui­se como um dos 

recursos pedagógicos do Estabelecimento Escolar da Rede Pública do Estado do Paraná 

de Educação de Jovens e Adultos.

A   avaliação   será   diagnóstica,   contínua,   sistemática,   abrangente, 

permanente;  utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, sempre com finalidade 

educativa;

Para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02 (duas) a 06 (seis) 

notas  por  disciplina,  que  corresponderão  às  provas   individuais   escritas   e   também a 

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outros   instrumentos   avaliativos   adotados,   durante   o   processo   de   ensino,   a   que, 

obrigatoriamente, o educando se submeterá na presença do professor, conforme descrito 

no regimento escolar.

A   avaliação   será   realizada   no   processo   de   ensino   e   aprendizagem, 

sendo  os   resultados  expressos  em uma  escala  de  0   (zero)   a  10,0   (dez  v írgula 

zero) e para fins de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é 6,0 (seis 

vírgula   zero),   de   acordo   com   a   Resolução   n.   º   3794/04   –   SEED.   O  educando 

deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro da avaliação 

processual. 

No decorrer do processo avaliativo o aluno terá  direito à   recuperação de 

estudos,   sempre   que   necessário   para   acréscimo   ao   processo   de   apropriação   dos 

conhecimentos.

Os   resultados   das   avaliações   dos   educandos   deverão   ser   registrados   em 

documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade da 

vida escolar do educando.

O educando com necessidades  educativas especiais, será avaliado não 

por seus limites, mas pelos avanços que demonstrar de acordo com os critérios 

estabelecidos   pelos   professores   para   cada   disciplina,   uma   vez   que   a 

aprendizagem não é algo estanque e sim, um processo.

A oferta da recuperação de estudos significa encarar o erro como hipótese 

de construção do conhecimento, de aceitá­lo como parte integrante da aprendizagem, 

possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará concomitantemente ao processo 

ensino­aprendizagem,  considerando a  apropriação dos  conhecimentos  básicos,   sendo 

direito de todos os educandos, independentemente do nível de apropriação dos mesmos.

A   recuperação   será   também   individualizada,   organizada   com   atividades 

significativas, com indicação de roteiro de estudos, entrevista para melhor diagnosticar o 

nível de aprendizagem de cada educando.

Assim,   principalmente   para   os   educandos   que   não   se   apropriarem   dos 

conteúdos básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de exposição 

dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos instrumentos de 

avaliação, conforme o descrito no Regimento Escolar.

Os   procedimentos   de   aproveitamento   de   estudos,   classificação   e 

reclassificação estão regulamentados no Regimento Escolar e atenderão o disposto na 

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legislação vigente.

As ações desenvolvidas pelo Estabelecimento Escolar Estadual que oferta a 

Educação de Jovens e Adultos, limitam­se à jurisdição do Estado do Paraná, do Núcleo 

Regional de Educação, podendo estabelecer ações pedagógicas descentralizadas, desde 

que autorizadas pela mantenedora.

De todos os profissionais que atuam na gestão, ensino e apoio pedagógico 

neste Estabelecimento Escolar na modalidade Educação de Jovens e Adultos, exigir­se­á 

o  profundo conhecimento e  estudo constante da fundamentação  teórica e  da função 

social  da EJA, do perfil  de seus  educandos  jovens,  adultos  e   idosos;  das  Diretrizes 

Curriculares   Nacionais   e   Estaduais   de   EJA;   bem   como   as   legislações   e   suas 

regulamentações inerentes à Educação e, em especial, à Educação de Jovens e Adultos.

5.9 Regime de Funcionamento

5.9.1 Educação de Jovens e Adultos –  do perfil aos eixos articuladores

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional ­ LDBEN nº 9394/96, em 

seu artigo 37, prescreve que “a educação de jovens e adultos será destinada àqueles que 

não tiveram acesso ou continuidade de estudos  no ensino fundamental e médio na idade 

própria”.   É   característica   dessa   modalidade   de   ensino   a   diversidade   do   perfil   dos 

educandos,  com relação à   idade,  ao nível  de  escolarização em que se encontram, à 

situação sócio­econômica e cultural, às ocupações e a motivação pela qual procuram a 

escola.

Conforme o artigo 1.º “A educação abrange os processos formativos que se 

desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de 

ensino e pesquisa,  nos movimentos sociais   e organizações da sociedade civil  e nas 

manifestações culturais. A educação escolar deverá vincular­se ao mundo do trabalho e 

da  prática social”.

Diante   disso   o   educando   de   EJA   torna­se   sujeito   na   construção   do 

conhecimento   mediante   a   compreensão   dos   processos   de   trabalho,   de   criação,   de 

produção e de cultura cabendo ao processo educacional da EJA evidenciar possíveis 

mudanças  que apontem para uma nova relação entre ciência,   trabalho e cultura,  por 

meio de uma base sólida de formação científica e histórica, que ajude os educandos a 

desenvolverem todas as suas dimensões enquanto seres humanos.

Essas  mudanças  são norteadas,   sobretudo,  pelos  valores   apresentados  na 

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Conferência   Internacional   de   Hamburgo,   na   Lei   9394/96   e   no  Parecer   011/00,  do 

Conselho Nacional de Educação, que estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais 

para Educação de Jovens e Adultos. 

A prática  educativa  aqui  proposta  situa­se  no   interior  desse  processo  de 

mudanças. Respondendo aos desafios apresentados para a educação de jovens e adultos, 

elege­se três eixos articuladores da ação pedagógico­curricular sobre os quais edificar­

se­á a ação:

­   o   primeiro   constitui­se   como   cultura,   elemento   de   mediação   entre   o 

indivíduo e a sociedade, e nesse sentido, possui um duplo caráter: remete o indivíduo à 

sociedade e é, também, o intermediário entre a sociedade e a formação do indivíduo. 

Deste   modo,   torna­se   objeto   da   educação   que   se   traduz,   na   escola,   em   atividade 

curricular.

­   o   segundo   eixo,   o   trabalho,   representa   a   dimensão   histórica   da 

transformação do homem pelo processo de ir e vir, na ação de mudança da natureza, que 

resulta em mudança no próprio ser. Neste sentido,  observa­se a função da educação 

como emancipatória, numa perspectiva que constitui os instrumentos da transformação 

da realidade social, referenciados na moral, na criticidade, na liberdade individual, na 

participação coletiva e na autonomia do pensar.

 ­ o terceiro eixo abordado, o tempo, de cada educando na dimensão escolar 

compreende um tempo definido pelo período de escolarização e um tempo singular de 

aprendizagem, que no caso dos educandos da EJA é bem diversificado, tendo em vista a 

especificidade dessa modalidade de ensino que busca atender, ainda, o tempo de que o 

educando dispõe para se dedicar aos estudos.

Considerando os três eixos articuladores que fundamentam a organização 

das diretrizes curriculares para a EJA no estado do Paraná, as orientações metodológicas 

estão direcionadas para um currículo do tipo disciplinar, que não deve ser entendido 

como   na   pedagogia   tradicional,   que   fragmenta   o   processo   do   conhecimento   e   o 

hierarquiza   nas   matérias   escolares.   Cabendo   ao   professor   participar   ativamente   da 

constante construção curricular e se fundamentar para organizar o trabalho pedagógico a 

partir dos conteúdos estruturantes de sua disciplina, como uma forma de organização 

abrangente,   na  qual   se   encontra,   viabilizado  um processo   integrador  dos  diferentes 

saberes a partir da contribuição das diferentes áreas do conhecimento. 

Quanto ao trabalho pedagógico escolar, deverá atender as necessidades de 

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ensino e aprendizagem no interior do espaço escolar e discutir a função desse espaço, o 

qual sofre alterações conforme o período histórico e as necessidades sócias decorrentes 

no nível de desenvolvimento da sociedade.

O trabalho docente  deverá   ser   repensado constantemente para  atender  as 

aspirações da comunidade escolar.

O Projeto Político Pedagógico ­ PPP, a Proposta Pedagógica Curricular ­ 

PPC, o Plano de Trabalho Docente ­ PTD e o Regimento Escolar devem ser elaborados, 

revisados   e   reavaliados   periodicamente,   visando   atender   as   necessidades   atuais   da 

escola.

O trabalho coletivo deve ser priorizado para que haja interação, de modo a 

possibilitar   a   construção   de   uma   prática   pedagógica   coerente,   envolvendo   direção, 

professores,   equipe   pedagógica   e   agentes   educacionais,   vidando   um   ensino   de 

qualidade.

A equipe pedagógica deverá dar suporte teórico metodológico ao trabalho 

docente,   respondendo pela mediação,  organização,   interação e articulação de  todo o 

trabalho pedagógico da escola.

Quanto   aos   conteúdos   específicos   de   cada   disciplina,   deverão   estar 

articulados à realidade, considerando sua dimensão sócio­histórica, articulada ao mundo 

do trabalho, à ciência, às novas tecnologias, entre outros. Com relação às perspectivas 

dos educandos e seus projetos de vida, a EJA poderá colaborar para que os mesmos 

ampliem seus conhecimentos de forma crítica, viabilizando a busca pelos direitos de 

melhoria de sua qualidade de vida e construção da sua autonomia intelectual e moral, 

que o levará a emancipação e ao exercício de uma cidadania democrática. Mediados 

pelos   conteúdos,   os   desafios   educacionais   contemporâneos,   colaboram   também   no 

desenvolvimento dessa criticidade nos alunos. Os desafios fazem com que os alunos 

percebam que estão  inseridos  numa sociedade onde há  uma diversidade,  sem que o 

professor precise parar com o conteúdo da disciplina para abordá­los. Trazer os desafios 

educacionais   contemporâneos   depende   muito   da   sensibilidade   e   metodologia   do 

professor.

Desta forma, a educação de jovens, adultos e idosos através da proposta aqui 

apresentada e conforme o que é determinado na legislação vigente, devolve aos seus 

educandos a restauração do direito negado – o direito de uma escola de qualidade e o 

reconhecimento  da   igualdade de  qualquer  cidadão,  a  possibilidade de   reinserção  no 

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sistema   educacional   e   da   atualização   permanente   de   conhecimentos   com   base   em 

valores como respeito mútuo, solidariedade e justiça.

O educando do Centro Estadual de Educação Básica Para Jovens e Adultos 

de  Guarapuava   é   um  sujeito   com diferentes   experiências   de  vida   e   que   em algum 

momento   afastou­se   da   escola   devido   a   fatores   sociais,   econômicos,   políticos   e/ou 

culturais. Entre esses fatores, destaca­se o ingresso prematuro no mundo do trabalho, a 

evasão ou a repetência escolar.

Portanto, na EJA as matrículas seguem o previsto na Instrução Normativa nº 

05/2010, que instrui:

MATRÍCULA PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Na   organização   das   ofertas,   deve­se   considerar   a   Proposta   Pedagógico­

Curricular de EJA e Regimento Escolar, vigentes e o contido nas Deliberações n.º 05/10 

e 009/01 do Conselho Estadual de Educaçãoe Instrução 032/10 da SUED/SEED. 

a) MATRÍCULA

Matrícula de Ingresso na Educação de Jovens e Adultos para alunos da sede 

do estabelecimento escolar ou das ações pedagógicas descentralizadas:

­ Ensino Fundamental – Fase II ­ a  idade mínima é  de 15 (quinze) anos 

completos.

­ Ensino Médio: a idade mínima é de 18 anos completos.

­  A matrícula para os níveis Fundamental  e  Médio na EJA, dar­se­á  em 

qualquer   época   do   ano   letivo,   conforme   prevê   a   proposta   pedagógica,   desde   que 

atendido o cronograma de oferta de disciplinas estabelecido pela escola.

­   Não   haverá   matrícula   para   o   Ensino   Fundamental   Fase   I   nos 

Estabelecimentos de Ensino da Rede Estadual de Ensino que ofertam EJA, exceto para 

aqueles que funcionam nas Unidades Penais e para as APEDs especiais.

­ Poderão ser aproveitadas integralmente disciplinas concluídas com êxito 

por  meio  de cursos  organizados  por  disciplina,  por  exames supletivos,  série(s)  e  de 

período(s)/etapa(s)/semestre(s) equivalente(s) à conclusão de série(s) do ensino regular, 

mediante   apresentação   de   comprovante   de   conclusão,   conforme   regulamentado   no 

Regimento Escolar.

− Para os educandos que não participaram do processo de escolarização 

formal/escolar;   bem   como   o   educando   desistente   do   processo   de   escolarização 

formal/escolar, em anos letivos anteriores, poderão ter seus conhecimentos aferidos por 

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processo de classificação, definidos no Regimento Escolar.

b) REMATRÍCULA

É a renovação da matrícula do aluno no mesmo estabelecimento de ensino, 

quer para a sede quer para a ação pedagógica descentralizada:

­ nos estabelecimentos estaduais de EJA a rematrícula será realizada quando 

o aluno desistente retornar, após (2) dois anos, a contar da data da matrícula inicial na 

disciplina.

c) TRANSFERÊNCIA

1) A transferência de EJA presencial para outro estabelecimento que oferta 

EJA presencial, ambos da rede estadual de ensino, para os níveis Fundamental e Médio, 

dar­se­á   em qualquer   época  do   ano   letivo,   conforme  prevê   a   proposta   pedagógico­

curricular, obedecendo aos seguintes procedimentos:

­ averiguar a disponibilidade de vaga, tanto na organização coletiva como na 

organização   individual,  no  estabelecimento  de  ensino  de  destino,  na(s)  disciplina(s) 

pretendida(s).

­ em caso afirmativo, o estabelecimento de ensino de destino deverá expedir 

uma   declaração  de   vaga  na(s)   disciplina(s),   de   acordo   com  o   estabelecido   em   seu 

cronograma de oferta;

­ dentro do prazo determinado, apresentar no estabelecimento de ensino de 

destino, os documentos necessários para matrícula: Declaração de vaga, Declaração de 

transferência e Histórico Escolar.

Na   transferência   por   disciplina   em   curso,   na   organização   individual,   é 

exigido de fotocópia com “confere com o original” da Ficha de Registro de Avaliação, 

Frequência e  Conteúdo,  com o registro das  horas  ­  aula frequentadas,  registro(s)  de 

nota(s), notas parciais e conteúdos desenvolvidos.

Na   organização   coletiva,   fotocópia   dos   conteúdos   desenvolvidos   e 

registrados no Livro Registro de Classe e a Ficha Individual (ou Declaração) com o 

registro da carga horária ministrada e o número de faltas do aluno, o(s) registro(s) de 

nota(s) e as notas parciais obtidas.

2) O aluno inserido no processo de escolarização formal/escolar, recebido 

por transferência, oriundo de organização de ensino por série/ período/ etapa/semestre, 

concluído(s)   com   êxito   e   equivalente(s)   à   conclusão   de   série(s)   do   ensino   regular, 

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poderão requerer aproveitamento de estudos, mediante apresentação de comprovante de 

conclusão da série/ período/ etapa/ semestre a ser aproveitado.

IMPORTANTE:

Para fins de transferência, a Declaração de Vaga para matrícula nas Ações 

Pedagógicas Descentralizadas ­ APEDs deve ser emitida pelos Estabelecimentos Sede 

das APEDs.

d) APROVEITAMENTO DE ESTUDOS

Na EJA, o aluno oriundo de organização de ensino por disciplina/  série/ 

período/etapa/ semestre concluída com êxito, poderá  requerer na matrícula inicial da 

disciplina,   aproveitamento   de   estudos,   mediante   apresentação   de   comprovante   de 

conclusão da série/período/etapa/semestre a ser aproveitada.

Os   jovens   e   adultos   que  procuram este  CEEBJA,   têm a  necessidade  da 

escolarização formal; seja pelas necessidades pessoais, seja pelas exigências do mundo 

do   trabalho.   A   dinâmica   desenvolvida   nesta   modalidade   de   ensino   possibilita   a 

flexibilização   de   horários   e   a   organização   do   tempo   escolar   destes   educandos, 

viabilizando a conclusão dos seus estudos. Muitos dos adolescentes, jovens, adultos e 

idosos aqui ingressos, trazem modelos internalizados durante suas vivências escolares 

ou   por   outras   experiências.   O   modelo   predominante   é   o   de   uma   escola   com 

características   tradicionais,   onde   o   educador   exerce   o   papel   de   detentor   do 

conhecimento, e o educando de receptor passivo deste conhecimento. 

Com base nesses modelos, muitos depositam na escola a responsabilidade 

pela sua aprendizagem, havendo  necessidade de romper com esses modelos e motivar a 

autonomia intelectual, a fim de que se tornem sujeitos ativos do processo educacional. 

Esses   educandos   possuem   uma   bagagem   de   conhecimentos   adquiridos   em   outras 

instâncias sociais, visto que, a escola não é o único espaço de produção e socialização 

dos saberes. 

Uma outra  demanda a  ser  atendida  pela  EJA  é   a  de  pessoas   idosas  que 

buscam a escola para desenvolvimento ou ampliação de seus conhecimentos, bem como 

outras  oportunidades  de convivência.  Inclui­se aqui  o  convívio social  e  a  realização 

pessoal.   São   pessoas   que   possuem   uma   temporalidade   específica   no   processo   de 

aprendizagem. Assim sendo, a EJA é uma promessa de qualificação de vida para todos, 

inclusive  para  os   idosos  que   tem muito  a   ensinar.  Ora   isto   requer   algo  mais  desta 

modalidade que tem diante si pessoas maduras e talhadas por experiências mais longas 

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de vida e de trabalho. Para tanto, deve­se dispensar atenção especial no atendimento 

educacional a essa população. 

Há na Educação de Jovens e Adultos (EJA) uma grande presença da mulher, 

que durante anos sofreu,  e por  diversas vezes ainda sofre as  consequências  de uma 

sociedade desigual com predomínio da tradição patriarcal, que a impediu das práticas 

educativas em algum momento de sua história de vida. 

Esta escola oferece também o atendimento a educandos com necessidades 

educacionais especiais. Considerando a situação em que se encontram individualmente 

estes educandos,  deve­se priorizar ações educacionais específicas que oportunizem o 

acesso, a permanência e o êxito destes no espaço escolar.

Uma vez que essa terminologia pode ser atribuída a diferentes grupos de 

educandos, desde aqueles que apresentam deficiências permanentes até aqueles que, por 

razões   diversas,   fracassam   em   seu   processo   de   aprendizagem   escolar,   a   legislação 

assegura   a   oferta   de   atendimento   educacional   especializado   aos   educandos   que 

apresentam necessidades educacionais especiais decorrentes de:

­ deficiência intelectual, física/neuromotora, visual e auditiva;

­  TGD's – Transtornos Geral  do Desenvolvimento,    síndromes e quadros 

psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos; 

­ superdotação/altas habilidades.

No ano de  2011 são atendidos  neste  Centro,  10 alunos surdos,  03 cegos 

totais e 05 alunos com visão subnormal, 03 alunos com deficiência física­neuromotora e 

18 com deficiência intelectual e 04 com transtorno global de desenvolvimento. Todos 

esses alunos dispõem de atendimento especializado, sendo uma intérprete de libras, uma 

professora de apoio à comunicação alternativa, uma professora de apoio na área visual, 

uma   uma   professora   de   apoio   na   área   de   deficiência   intelectual   e   professora   de 

atendimento em sala de aula para aluno T.G.D.

O atendimento a esses alunos se efetiva no coletivo da sala de aula. Desse 

modo, desloca­se o enfoque do especial ligado ao educando para o enfoque do especial 

atribuído à educação. Mesmo que os educandos apresentem características diferenciadas 

decorrentes   não   apenas   de   deficiências,   mas   também,   de   condições   sócio­culturais 

diversas e econômicas, os alunos têm  direito a receber apoio diferenciado, visão uma 

educação que privilegie as suas capacidades e não as suas limitações, fundamentado em 

uma   concepção   de   inclusão   embasada   nos   princípios   da   heterogeneidade   e   da 

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diversidade,  ou seja,  educação como direito de todos e o atendimento a diversidade 

cultural.

A inclusão, é um processo de diálogo e aprendizagem para todos, onde se 

constrói  novas formas de trabalhar,  cooperativamente a partir  das singularidades dos 

sujeitos. Implica em um processo contínuo de melhorias com o fim de utilizar todos os 

recursos disponíveis, especialmente os recursos humanos, para promover a participação 

e aprendizagem de todos os alunos.

Sabendo­se que “o campo” retrata uma diversidade sócio­cultural, que se dá 

a partir dos sujeitos que nele habitam e que afirmação do campo enquanto espaço de 

vida contribui  para  a  auto­afirmação da  identidade destes   indivíduos,  no sentido da 

valorização do seu trabalho, da sua história, da sua cultura e dos seus conhecimentos 

este centro procura atender os trabalhadores rurais temporários e agricultores familiares, 

tendo em vista a sua identidade construída a partir dos sujeitos sociais, que estabelecem 

vínculos com um modo de organização e trabalho, com os saberes e culturas que se 

produzem   no   campo,   contudo   sem   perder   de   vista   os   conhecimentos   e   a   cultura 

historicamente acumulada na sociedade de um modo geral.

Em síntese, o atendimento à escolarização de jovens, adultos e idosos no 

CEEBJA de Guarapuava, não se refere exclusivamente a uma característica etária, mas a 

articulação   desta   modalidade   com   a   diversidade   sócio­cultural   de   seu   público, 

composta, dentre outros, por populações do campo; trabalhadores urbanos; alunos com 

necessidades   educativas   especiais;   menores   de   idade   cumprindo   medidas   sócio­

educativas;   comunidades   indígenas;   assentados   e   quilombolas   que   demandam   uma 

educação que considere o tempo/espaço e a cultura desses grupos.

Considerando esse perfil diferenciado dos educandos que aqui frequentam e 

suas necessidades, assim como, as características próprias desta modalidade de ensino, 

deve­se garantir o retorno e permanência destes educandos à escolarização formal, pela 

manutenção da oferta da Educação de Jovens e Adultos no Estado do Paraná, através de 

políticas   públicas   direcionadas   especificamente   a   este   atendimento,   de   forma 

permanente   e   contínua,   enquanto   houver   demanda.   Diante   disso,   atendendo   a   este 

princípio  a   Instrução  conjunta  nº  02/2010­SEED/SUED/DAE,  prevê  o  uso  do  nome 

social nos registros escolares, exceto histórico escolar, para travestis e transsexuais para 

que nesse espaço a diversidade se consolide e seja respeitada.

Este estabelecimento de ensino tem como uma das finalidades, a oferta de 

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escolarização de jovens, adultos e idosos que buscam dar continuidade a seus estudos no 

Ensino   Fundamental   ou   Médio,   assegurando­lhes   oportunidades   apropriadas, 

consideradas suas características, interesses, condições de vida e de trabalho, mediante 

ações didático­pedagógicas coletivas e/ou individuais.

Portanto, este Estabelecimento Escolar oferta Educação de Jovens e Adultos 

– Presencial, que contempla o total de carga horária estabelecida na legislação vigente 

nos níveis do Ensino Fundamental e Médio, com avaliação no processo.

Os cursos são caracterizados por estudos presenciais desenvolvidos de modo 

a viabilizar processos pedagógicos, tais como:

­ pesquisa e problematização na produção do conhecimento;

­ desenvolvimento da capacidade de ouvir, refletir e argumentar;

­ registros, utilizando recursos variados (esquemas, anotações, fotografias, 

ilustrações, textos individuais e coletivos), permitindo a sistematização e socialização 

dos conhecimentos;

­ vivências culturais diversificadas que expressem a cultura dos educandos, 

bem como a reflexão sobre outras formas de expressão cultural.

Para que o processo seja executado a contento, serão estabelecidos plano de 

estudos e atividades. Tanto no atendimento individual como no coletivo, os educandos 

recebem um Guia de Estudos da disciplina em curso.

Nesse sentido, a escolarização, em todas as disciplinas, será organizada de 

forma coletiva  e   individual,   ficando a critério  do  educando escolher  a  maneira  que 

melhor se adapte às suas condições e necessidades, ou mesmo mesclar essas formas, ou 

seja,  cursar  algumas disciplinas  organizadas  coletivamente  e  outras   individualmente, 

porém não simultaneamente.

A organização coletiva é programada pela escola e oferecida aos educandos 

por meio de um cronograma pré­estabelecido,  com  início e término de cada disciplina, 

dias e horário das aulas. Oportunizando ao educando a integralização do currículo.  A 

mediação pedagógica ocorrerá priorizando o encaminhamento dos conteúdos de forma 

coletiva,   na   relação   professor­educandos   e   considerando   os   saberes   adquiridos   na 

história de vida de cada educando.

A   organização   individual   é   programada   pela   escola   e   oferecida   aos 

educandos   por   meio   de   um   cronograma   que   estipula     dias   e   horário   das   aulas, 

contemplando mais intensamente a relação pedagógica personalizada e o ritmo próprio 

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do   educando,   nas   suas   condições   de   vinculação   à   escolarização   e   nos   saberes   já 

apropriados.

O CEEBJA Guarapuava, oferece à comunidade o Ensino Fundamental Fase 

II e Ensino Médio e também desenvolve ações pedagógicas descentralizadas (APEDs), 

localizadas em comunidades periféricas da cidade e municípios próximos, dirigidas a 

grupos sociais  onde não haja ofertas de escolarização para jovens,  adultos e  idosos, 

respeitada  a  proposta  pedagógica  e  o   regimento  escolar,  desde  que  autorizado  pela 

SEED/PR, segundo critérios estabelecidos pela mesma secretaria em instrução própria.

Ao se ofertar estudos referentes ao Ensino Fundamental e ao Ensino Médio 

esta   escola   tem   como   referência   as   Diretrizes   Curriculares   Nacionais   e   Estaduais 

específicas de EJA, as Diretrizes Curriculares Da Educação Básica do Estado do Paraná 

e a Proposta Pedagógica Curricular de EJA.

A carga  horária   no  Ensino  Fundamental   –  Fase   II   e   no  Ensino  Médio, 

prevista tanto para   organizações individual e/ou coletiva é de 100% (cem por cento) 

presencial,  sendo que a frequência mínima na organização coletiva é de 75% (setenta e 

cinco por cento) e na organização individual é de 100% ( cem por cento) em sala de 

aula.

Este   Estabelecimento   Escolar   oferta   Exames   Supletivos,   atendendo   ao 

disposto  na  Lei  nº  9394/96,  desde  que autorizado  e   credenciado  pela  Secretaria  de 

Estado   da   Educação,   por   meio   de   Edital   próprio   emitido   pelo   Departamento   de 

Educação de Jovens e Adultos.

5.10 Equipe Multidisciplinar e a Articulação na Escola

Abordar os Temas Socioeducacionais no cotidiano escolar da Educação de 

Jovens e Adultos é a proposta de trabalho da Equipe Multidisciplinar. A diversidade de 

público desta instituição colabora para que as reflexões e atividades tenham sempre, o 

sujeito e não a sociedade, o ponto de partida para a inclusão de todos e todas. 

No decorrer do ano, a Equipe Multidisciplinar realiza encontros em grupos 

de  estudos  com o  objetivo  de   formar  multiplicadores  para  a   articulação  dos   temas 

socioeducacionais na escola e fora dela.

A Equipe traz na sua constrição a diversidade de público do coletivo escolar, 

enriquecendo desta forma as contribuições e reflexões.

Componentes da Equipe:

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1. Ana Cláudia de Fátima Bernardini Agente Educacional II

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2. Angela Maria da Silva Agente Educacional I

3. Deisi Mary Kruger de Souza Joslim Agente Educacional II

4. Geraldina dos Santos Sinigalia Agente Educacional I

5. Gilberto Giovane Couto Professor

6. João Cezar Ribas Lustosa Professor

7. Joci Gomes Batista Agente Educacional I

8. Lindamara do Belém Diosque Agente Educacional II

9. Lizandréia Pauluk Pedagoga

10. Lizméri Terezinha de Oliveira Mercer Pedagoga

11. Marcelo Machado Santos Agente Educacional I

12. Marcos Cesar dos Santos Agente Educacional II

13. Maria Aparecida Cherato Pedagoga

14. Maria das Graças M. Ferreira Professora

15. Mary Angela Andreata dos Santos Agente Educacional II

16. Nerci Terezinha Bueno Agente Educacional I

17. Poliana Sanson Buss Professora

18. Romildo Rios Nascimento Agente Educacional II

19. Sirlei Ribeiro dos Santos Agente Educacional I

20. Tirzá Wilke Bernhard Professora

21. Vilma Cristina Neves Agente Educacional I

5.11 Estágio Profissional não Obrigatório

Estágio é o ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente 

de trabalho, cujas atividades devem estar adequadas às exigências pedagógicas relativas 

ao desenvolvimento cognitivo, pessoal e social do educando, de modo a prevalecer sobre 

o aspecto produtivo.

Poderão ser estagiários alunos com idade superior a 16 anos.

O Estabelecimento de Ensino possui um Plano de Estágio onde são previstas 

todas as suas particularidades e exigências legais.

O professor orientador  do estágio não obrigatório  deverá  aferir  mediante 

relatório, as condições para a realização do estágio firmadas no Plano de Estágio e no 

Termo de Convênio.

5.12 Programa Brigada Escolar

OBJETIVOS DO PROGRAMA

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OBJETIVO GERAL

Promover a  conscientização e  capacitação da Comunidade Escolar    para 

ações mitigadoras e de enfrentamento de eventos danosos, naturais ou antropogênicos, 

bem como o enfrentamento de situações emergenciais no interior da escola para garantir 

a segurança dessa população e possibilitar, em um segundo momento, que tais temas 

cheguem a um grande contingente da população civil do Estado do Paraná.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

a) levar os a comunidade escolar   a construir uma cultura de prevenção a 

partir do ambiente escolar;

b)   proporcionar   aos   alunos   condições   mínimas   para   enfrentamento   de 

situações   emergenciais   no   interior   da   escola;   assim   como   conhecimentos   para   se 

conduzirem frente a desastres;

c)  promover  o levantamento das necessidades  de adequação do ambiente 

escolar, com vistas a atender às recomendações legais consubstanciadas  nas vistorias do 

Corpo de Bombeiros;

d) preparar os profissionais da escola para a execução de ações de Defesa 

Civil, a fim de promover ações concretas no ambiente escolar com vistas a prevenção de 

riscos de desastres e preparação para o socorro, destacando­se ações voltadas ao suporte 

básico de vida e combate a princípios de incêndio;

e) articular os trabalhos entre os integrantes da Defesa Civil Estadual, do 

Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar (Patrulha Escolar Comunitária) e dos Núcleos 

de Educação;

f) adequar a edificação escolar  às normas mais recentes de prevenção contra 

incêndio e pânico do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Paraná, acompanhando 

os avanços legais e tecnológicos para preservação da vida dos ocupantes desses locais.

5.13 Plano de Avaliação Institucional 

A concepção de avaliação institucional explicitada pela SEED/PR, afirma 

que esta “deve ser construída de forma coletiva, sendo capaz de identificar as qualidades 

e as fragilidades das instituições e do sistema, subsidiando as políticas educacionais 

comprometidas com a transformação social e o aperfeiçoamento da gestão escolar e da 

educação pública ofertada na Rede Estadual”.(SEED, 2004, p.11).

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Neste sentido, a avaliação não se restringe às escolas, mas inclui também os 

gestores da SEED e dos Núcleos Regionais de Educação, ou seja, possibilita a todos a 

identificação dos fatores que facilitam e aqueles que dificultam a oferta, o acesso e a 

permanência dos educandos numa educação pública de qualidade.

Aliado   a   identificação   destes   fatores   deve   estar,   obrigatoriamente,   o 

compromisso e a efetiva implementação das mudanças necessárias.

Assim,   a   avaliação   das   políticas   e   das   práticas   educacionais,   enquanto 

responsabilidade coletiva, pressupõe a clareza das finalidades essenciais da educação, 

dos seus impactos sociais, econômicos, culturais e políticos, bem como a re­elaboração 

e a implementação de novos rumos que garantam suas finalidades e impactos positivos à 

população que demanda escolarização.

A avaliação institucional, vinculada a esta proposta pedagógico­curricular, 

abrange todas as escolas que ofertam a modalidade Educação de Jovens e Adultos, ou 

seja,   tanto   a   construção   dos   instrumentos   de   avaliação   quanto   os   indicadores   dele 

resultantes envolverão, obrigatoriamente, porém de formas distintas, todos os sujeitos 

que fazem a educação na Rede Pública Estadual. Na escola – professores, educandos, 

direção, equipe pedagógica e administrativa, de serviços gerais e demais membros da 

comunidade escolar. Na SEED, de forma mais direta,  a equipe do Departamento de 

Educação de Jovens e Adultos e dos respectivos NRE’s.

A   mantenedora   se   apropriará   dos   resultados   da   implementação   destes 

instrumentos para avaliar e reavaliar as políticas desenvolvidas, principalmente aquelas 

relacionadas   à   formação   continuada   dos   profissionais   da   educação,   bem   como 

estabelecer  o  diálogo  com as  escolas  no  sentido  de  contribuir  para  a   reflexão  e  as 

mudanças necessárias na prática pedagógica.

Considerando o que se afirma no Documento das Diretrizes Curriculares 

Estaduais de EJA que “... o processo avaliativo é parte integrante da práxis pedagógica e 

deve estar voltado para atender as necessidades dos educandos, considerando seu perfil 

e a função social da EJA, isto é, o seu papel na formação da cidadania e na construção 

da autonomia”.(SEED, 2005, p.44), esta avaliação institucional da proposta pedagógico­

curricular   implementada,   deverá   servir   para   a   reflexão   permanente   sobre   a   prática 

pedagógica e administrativa das escolas.

Os instrumentos da avaliação institucional serão produzidos em regime de 

colaboração   com   as   escolas   de   Educação   de   Jovens   e   Adultos,   considerando   as 

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diferenças entre as diversas áreas de conteúdo que integram o currículo, bem como as 

especificidades   regionais   vinculadas   basicamente   ao   perfil   dos   educandos   da 

modalidade.   Os   instrumentos   avaliativos   a   serem   produzidos   guardam   alguma 

semelhança com a experiência acumulada pela EJA na produção e aplicação do Banco 

de Itens, porém sem o caráter de composição da nota do aluno para fins de conclusão. A 

normatização   desta   Avaliação   Institucional   da   proposta   pedagógico­curricular   será 

efetuada por meio de instrução própria da SEED.

Como se afirma no Caderno Temático Avaliação Institucional (SEED, 2005, 

p.17).

Cada escola deve ser vista e tratada como uma totalidade, ainda que relativa, 

mas dinâmica, única, interdependente e inserida num sistema maior de educação. Todo 

o esforço de melhoria da qualidade da educação empreendido por cada escola deve estar 

conectado com o esforço empreendido pelo sistema ao qual pertence. 

Em síntese, repensar a práxis educativa da escola e da rede como um todo, 

especificamente na modalidade EJA, pressupõe responder à função social da Educação 

de Jovens e Adultos na oferta qualitativa da escolarização de jovens, adultos e idosos.

5.14 Instâncias Colegiadas

5.14.1 O Conselho Escolar

O Centro Estadual de Educação Básica para jovens, adultos e idosos possui 

um   Conselho   Escolar   constituído   pelo   Diretor,   representantes   dos   Professores,   dos 

Pedagogos, dos funcionários administrativos, dos funcionários de agente de apoio, dos 

Educandos   e   de   Representantes   dos   movimentos   sociais   organizados   e   ou   da 

comunidade.  É um órgão colegiado, representativo da Comunidade Escolar, de natureza 

consultiva,  deliberativa e  fiscalizadora,  sobre a  organização e realização do  trabalho 

pedagógico e administrativo da instituição escolar em conformidades com as políticas e 

Diretrizes   Educacionais   da   SEED,   observando   a   Constituição,   a   LDB,   a   Proposta 

Pedagógico­Curricular e o Regimento da escola, para o cumprimento da função social e 

específica deste Centro de Educação.

5.14.2 A APAF

A Associação de Professores,  Alunos e Funcionários do CEEBJA, órgão de 

natureza   consultiva   e   representativa,   registrada   no   Cartório   Oficial   de   Registros   e 

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Títulos e Documentos de Pessoa Jurídica.

A   APAF   do  CEEBJA,   com   sua   diretoria   vem  trabalhando  para  perfeita 

integração   escola/comunidade.   Possui   Estatuto   próprio   o   qual   normatiza   sua 

funcionalidade.

6.  MATRIZ CURRICULAR

6.1 Ensino Fundamental – Fase II

MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARAEDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II

ESTABELECIMENTO: Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos ­ CEEBJA GUARAPUAVA

ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná

MUNICÍPIO: Guarapuava NRE: Guarapuava

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2011             FORMA: Simultânea

CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1600/1610 HORAS ou 1920/1932 H/A

DISCIPLINAS Total deHoras

Total dehoras/aula

LÍNGUA PORTUGUESA 280 336

ARTE 94 112

LEM ­ INGLÊS 213 256

EDUCAÇÃO FÍSICA 94 112

MATEMÁTICA 280 336

CIÊNCIAS NATURAIS 213 256

HISTÓRIA 213 256

GEOGRAFIA 213 256

ENSINO RELIGIOSO* 10 12

TOTAL

Total de Carga Horária do Curso 1600/1610 horas ou 1920/1932 h/a*disciplina de oferta obrigatória pelo estabelecimento de ensino e de matrícula facultativa para o  

educando.

A carga horária das disciplinas, constante na Matriz Curricular, a partir de 

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2011,  deverá   ser   cumprida  pelo   educando  que   iniciar   o   curso  ou   iniciar  uma  nova 

disciplina do Ensino Fundamental ­ Fase II – EJA. Educando com disciplina do Ensino 

Fundamental ­ Fase II, iniciada em 2010, com terminalidade prevista para o ano de 2011, 

deverá concluir essa disciplina com a carga horária de acordo com a Matriz Curricular 

vigente  no  ano de  2010.  Educando do Ensino  Fundamental   ­  Fase   II,  desistente  de 

disciplina, no seu retorno dentro do prazo estabelecido, deverá cumprir a carga horária e 

o   número  de   registro   de  notas   da     disciplina,   de   acordo   com   a   Matriz  Curricular 

implantada em 2011.

No Ensino Fundamental ­  Fase II,  o aluno pode matricular­se em até  04 

(quatro) disciplinas para cursar concomitantemente na forma de organização coletiva 

individual,de acordo com o seu perfil.

6.2 Ensino Médio

MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARAEDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

ENSINO MÉDIO

ESTABELECIMENTO: Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos ­ CEEBJA GUARAPUAVA

ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná

MUNICÍPIO: Guarapuava NRE: Guarapuava

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2006 FORMA: Simultânea

CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440 H/A ou 1200 HORAS

DISCIPLINAS Total deHoras

Total dehoras/aula

L. PORTUGUESA E LITERATURA 174 208

LEM – INGLÊS 106 128

ARTE 54 64

EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64

MATEMÁTICA 174 208

QUÍMICA 106 128

FÍSICA 106 128

BIOLOGIA 106 128

HISTÓRIA 106 128

GEOGRAFIA 106 128

SOCIOLOGIA 54 64

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FILOSOFIA 54 64

LEM – ESPANHOL* 106 128

TOTAL 1200/1306 1440/1568

Total de Carga Horária do Curso 1200 horas ou 1440 h/a* disciplina de oferta obrigatória pelo estabelecimento de ensino e de matrícula facultativa para o 

educando.

6.3 Calendário Escolar 2012

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7  REFERÊNCIAS

CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS CEEBJA GUARAPUAVA

Anexo da Resolução N º 4901/2011- GS/SEED

Considerados como dias letivos: semana pedagógica (06 dias); formação continuada (02 dias); replanejamento (01 dia);

reunião pedagógica (01 dias) – Delib. 02/02-CEE

Janeiro Fevereiro MarçoD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 4 1 2 31 2 3 4 5 6 7 5 6 7 8 9 10 11 16 4 5 6 7 8 9 10 21

8 9 10 11 12 13 14 12 13 14 15 16 17 18 dias 11 12 13 14 15 16 17 dias

15 16 17 18 19 20 21 19 20 21 22 23 24 25 18 19 20 21 22 23 2422 23 24 25 26 27 28 26 27 28 29 25 26 27 28 29 30 3129 30 31

Abril Maio JunhoD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 1 28 9 10 11 12 13 14 19 6 7 8 9 10 11 12 22 3 4 5 6 7 8 9 19

15 16 17 18 19 20 21 dias 13 14 15 16 17 18 19 dias 10 11 12 13 14 15 16 dias

22 23 24 25 26 27 28 20 21 22 23 24 25 26 17 18 19 20 21 22 2329 30 27 28 29 30 31 24 25 26 27 28 29 30

Julho Agosto SetembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S1 2 3 4 5 6 7 3 1 2 3 4 18 9 10 11 12 13 14 dias 5 6 7 8 9 10 11 22 2 3 4 5 6 7 8 19

15 16 17 18 19 20 21 12 13 14 15 16 17 18 dias 9 10 11 12 13 14 15 dias

22 23 24 25 26 27 28 9 19 20 21 22 23 24 25 16 17 18 19 20 21 2229 30 31 dias 26 27 28 29 30 31 23 24 25 26 27 28 29

30

Outubro Novembro DezembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 4 5 6 1 2 3 17 8 9 10 11 12 13 21 4 5 6 7 8 9 10 18 2 3 4 5 6 7 8 13

14 15 16 17 18 19 20 dias 11 12 13 14 15 16 17 dias 9 10 11 12 13 14 15 dias

21 22 23 24 25 26 27 18 19 20 21 22 23 24 16 17 18 19 20 21 2228 29 30 31 25 26 27 28 29 30 23 24 25 26 27 28 29

30 31

dias letivos 202 Férias Discentes Férias/Recesso/Docentesferiado municipal 1 dia Janeiro 31 janeiro/férias 30reunião pedagógica 1 dia fevereiro 7 janeiro/julho/recesso 15replanejamento 1 dia julho 18 dez/recesso 12semana pedagógica 6 dias dezembro 12 outros recessos 3formação continuada 2 dias Total 68 Total 60

Início/Término

Planejamento / replanejamentoFériasRecesso

Semana Pedagógica Formação Continuada para o NREReunião PedagógicaFeriado MunicipalFormação continuada para os professores da Rede

CALENDÁRIO ESCOLAR – 2012

1 Dia Mundial da Paz 20 a 22 Carnaval 21 replanejamento

6 Paixão 1 Dia do Trabalho 7 Corpus Christi

21 Tiradentes 30 Reunião pedagógica

07 Dia do Funcionário de Escola 7 Independência

12 N. S. Aparecida 2 Finados 19 Emancipação Política do PR

15 Dia do Professor 15 Proclamação da República 25 Natal

20 Dia Nacional da Consciência Negra

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ALMEIDA, Maria  Conceição Pereira  de.  Centro  Estadual  de  Educação Básica  para Jovens e Adultos, a Grande Conquista, Arte & Cultura, 1999, 1ª Edição.

BRZEZINSKI,   Iria.  LDBEN   Interpretada:   diversos   olhares   se   entrecruzam.  São Paulo: Cortez, 1997.

CARNEIRO, Moacir Alves. LDBEN fácil. Petrópolis, RJ : Vozes, 1998.

Conferência Internacional sobre Educação de Adultos (V CONFINTEA).acesso em 16 de   maio   de   2011   no   site www.cefetop.edu.br/...educacao...educacao...educacao...adultos/VConfintea.../file ­ 

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_________. Subsídios para Elaboração do Estatuto do Conselho Escolar / Secretaria de   Estado   da   Educação.   Superintendência   da   Educação   ­   Diretoria   de   Políticas   e Programas Educacionais. Coordenação de Gestão Escolar. – 2 Ed. ­ Curitiba:SEED – PR, 2009.

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__________.Subsídios para Elaboração do Regimento Escolar, Superintendência da Educação ­ Diretoria de Políticas e Programas Educacionais. Coordenação de Gestão Escolar. – 2 Ed. ­ Curitiba: SEED – PR, 2008.

__________Instrução Normativa 05/2010­DAE. Acesso em 16 de maio de 2011 no site www.nre.seed.pr.gov.br/cascavel/.../File/.../cronograma_matriculas_2011.pdf

_________  Instrução n.º 028/10 – Orienta procedimentos estágios.

__________ O papel do Pedagogo na Gestão: Possibilidade de Mediação do Currículo.  

SEED,2009. 

SOUZA,  Paulo  Nathanael  Pereira   de;  SILVA,  Eurides  Brito  da.  Como entender   e Aplicar a Nova LDBEN. SP, Pioneira Educ., 1997. 1ª Edição.

ANUÊNCIA DO CONSELHO ESCOLAR 

O Conselho Escolar do Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e 

Adultos   –   CEEBJA   Guarapuava,   após   fazer   a   leitura   do   PPP   ­   “Projeto   Político 

Pedagógico” e tomar ciência, é de parecer favorável a sua homologação.

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_________________________________Zilmara Sell Schinemann ­ Diretora

Presidente

_______________________________Lizmeri T. de O.Mercer

Representante da Equipe Pedagógica

_______________________________Stela Maris Frizon

Representante dos ProfessoresEnsino Fundamental – Fase II

_______________________________Florivaldo Quizini Junior

Representante dos ProfessoresEnsino Médio

_______________________________Marcelo Machado dos Santos

Representante dos Func. Agente Educ. I

_______________________________Andréia Cristina de Lima Silvestri

Representante dos Func. Agente Educ. II

_______________________________André Eider da Roza

Representante dos Alunos do Ens. Fund. II

_______________________________Levingstone Molotto Riquelme

Representante dos Alunos do Ens. Médio

_______________________________Tirzá Wilke Bernhard

Representante da APAF

_______________________________Julio Cezar Sauer

Representante dos Pais de alunos

Guarapuava, 30 de maio de 2012.

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ANEXOS

CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS ­ CEEBJA 

GUARAPUAVA 

Rua Saldanha Marinho, 2131 – Bairro Batel ­ CEP 85.010.290 

 Telefone/Fax: (42) 3623­7423 ­ Guarapuava – Paraná

PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

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ANO 2012

EDUCANDO PARA AS RELAÇÕES ÉTNICO­RACIAIS E DIVERSIDADE

UMA PEDAGOGIA POSSÍVEL

1 IDENTIFICAÇÃO

• CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E 

ADULTOS – CEEBJA GUARAPUAVA

• NRE: GUARAPUAVA

• Composição da Equipe Multidisciplinar 

­ Marcos Cesar dos Santos 

­ Marcelo Machado Santos

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­ Sirlei Ribeiro dos Santos

­ Romildo Rios Nascimento

­ Maria Aparecida Cherato 

­ Lizmeri Terezinha de Oliveira Mercer

­ Lizandreia Pauluk

­ João Cezar Ribas Lustosa

­ Poliana Sanson Buss

­ Gilberto Giovane Couto

­ Maria das Graças M. Ferreira

­ Tirzá Wilke Bernhard

­ Joci Gomes Batista

­ Angela Maria da Silva

­ Geraldina dos Santos Sinigalia

2 OBJETIVOS

2.1 GERAL

Implementar   a   Lei   n.°   10.639/03   e   a   Lei   11.645/08,   para   uma   efetiva 

inclusão no currículo escolar da temática História e Cultura Afro­Brasileira e Indígena e 

também a Diversidade.

2.2 ESPECÍFICOS

­  Incluir   diversos   aspectos   da   história   e   da   cultura   que   caracterizam   a 

formação da população brasileira no trabalho pedagógico.

­   Contribuir   na   formação   continuada   dos   educadores   do   CEEBJA 

Guarapuava para a diversidade étnico racial e diversidade sexual.

­   Problematizar   os   conhecimentos   universalmente   cristalizados   que 

determinam a manutenção e naturalização da exclusão de determinados grupos sociais.

­ Promover oportunidades de discussões e reflexões sobre a cultura negra e 

indígena e sobre a diversidade sexual.

­ Explorar as dimensões sociais, culturais, políticas, geográficas e literárias 

numa relação dialógica, afro­brasileira e africana.

­ Ressignificar valores e crenças acerca do Continente Africano.

­ Promover a elevação da identidade e pertencimento dos alunos negros, por 

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meio da compreensão e valorização da cultura Afro­Brasileira.

­ Criar espaços na escola para discussões das diferenças sociais e étnico­

raciais que constituem a diversidade brasileira e para a sensibilidade para as questões da 

diversidade sexual.

3 JUSTIFICATIVA

O Brasil é visto misticamente como o paraíso, por excelência, da harmonia 

racial e da diversidade cultural. Todavia, o preconceito e racismo não só estão  presentes 

na sociedade como as consequências destas práticas.

A   proposta   de   uma   educação   para   a   diversidade   está   no   cerne   da   Lei 

10,639/03   e   a   Lei   11.645/08   que   traz   para   o   currículo   a   discussão   sobre   o   trato 

democrático   das   diferenças.   Exige   mudança   da   postura   pedagógica,   o   desafio   do 

diálogo intercultural , a superação de preconceitos e estereótipos e uma postura aberta e 

democrática frente ao diverso. Implica também o diálogo da escola com os movimentos 

sociais, grupos culturais e organizações populares, não mais para conhecer a realidade 

do aluno, mas para compreender que é na vivência de sua realidade que esse aluno se 

constrói   como   sujeito   e   produz   saberes,   os   quais   devem   ser   vistos,   considerados, 

respeitados e compreendidos pelo universo escolar. Frente a trocas e partilhas, sendo 

esta a grande pretensão da Equipe Multidisciplinar, através de ações afirmativas, que 

promovam a harmonia de se viver num país de muitas cores.

4 AÇÕES A SEREM DESENVOLVIDAS: 

­ Formação continuada para educadores( grupos de estudo e oficinas). 

­ Inserção das temáticas propostas pela ERER ­  Educação para Relações 

Étnico­Raciais, viabilizados pelos conteúdos escolares previstos nos Planos de Trabalho 

Docente. 

­ Reuniões técnicas periódicas para planejamento, organização e avaliação 

do resultado.

­ Grupos de estudo visando a formação continuada das instâncias colegiadas.

­ Agência permanente da Consciência Negra.

­ Oficinas da diversidade abordando várias temáticas.

­ Mesa redonda com participação de grupos sociais e movimentos organizados.

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­Aulas de todas as disciplinas, trabalhando com a ERER.

­ Seminário abordando a ERER e a diversidade.

­ Biblioteca Escola, contemplando leituras, imagens, objetos iconográficos, filmes, 

músicas e outros materiais voltados ao conhecimento e valorização da História e 

Cultura Africana, Afro­brasileira e indígena.

5 CRONOGRAMA

ATIVIDADEANO 2012

COMO QUANDO QUEM PERÍODO C/H

Reunião técnica dos   trabalhos inerentes   à   Equipe Multidisciplinar

Um   sábado   por mês já previamente agendado   pela SEED

Equipe Multidisciplinar

junho

Readequação   dos Planos   de   trabalho docente   e   conteúdos da   Proposta Pedagógica Curricular

Inserção   no currículo escolar da temática da história da   cultura   afro   e afro­brasileira   e diversidade sexual

Equipe Multidisciplinar

junho

Inserção e adequações no   Projeto   Político Pedagógico   referente ao   previsto   nas   leis 10.639/03 e 11.645/08

Ajustes necessários no PPP, afim de contemplar o previsto na Lei.

Primeiro trimestre Equipe Multidisciplinar

junho

Grupos   de   Estudo   “ História   da   cultura afro­brasileira”.

Formação continuada   para educadores   do CEEBJA,   com   a colaboração   dos professores   das disciplinas   de Língua Portuguesa, Arte,   História   e outros.

Equipe Multidisciplinar

eProfessores das 

disciplinas afins.

02/06/1230/06/12

10h

Oficinas:   a diversidade   no ambiente escolar

Será   viabilizada   a oferta   de   oficinas sobre   as   diversas temáticas   que permeiam   o universo   do   aluno do   CEEBJA   de Guarapuava. Contemplando temas   relacionados com: ERER,Gênero   e Diversidade   – LGVT – Indígena – Educação Fiscal.

Uma vez  por  mês, em dias da semana diferentes, favorecendo   assim a   inscrição   do maior   número   de participantes.

Equipe Multidisciplinar, 

movimentos organizados, 

grupos sociais, educadores e 

alunos.28/0725/08

40h

Agenda da Semana da Consciência Negra

Trabalhando com a ERER   através   de 

Em   cada   curso   de todas   as 

Professores de todas as 

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plano de aula  com sugestões   da Equipe Multidisdiplinar.

disciplinas. disciplinas, alunos, equipe 

multisdisciplinar

29/09 10h

Mesa Redonda Educadores, alunos, Equipe 

Multisdiciplinar, palestrantes convidados

27/10

TOTAL DA CARGA HORÁRIA 60h

6 AVALIAÇÃO DAS AÇÕES REALIZADAS

6.1 Equipe Multidisciplinar

Com   o   objetivo   de   avaliar   o   trabalho   realizado,   corrigir   o   percurso   e 

redimensionar o caminho a equipe multidisciplinar elaborará instrumentos adequados, 

podendo ser quadro avaliativo ou similar, que servirá como referencial para determinar 

se as ações do plano estão sendo alcançadas, após certo período de tempo.

Será   elaborado   instrumento  próprio  de  modo  a  conduzir   a   avaliação  de 

forma mais participativa possível,  envolvendo os educadores e alunos.  Avaliando os 

erros e acertos, buscando através do registro manter a memória do processo.

6.2 Comunidade Escolar

Num   processo   de   descortinamento   dos   sujeitos   da   educação,   a   voz   da 

comunidade escolar será o melhor referencial de avaliação dos trabalhos realizados pela 

equipe multidisciplinar, pois permitirá  saber se as ações propostas estarão afirmando 

respeitosamente,   a   valorização   da   diversidade   e   consequentemente   a   qualidade   das 

relações   étnico­raciais   na   escola,   portanto   buscar­se­á   ouvir   estas   vozes   através   de 

instrumento próprio de avaliação.

A avaliação sistemática será útil para retroalimentar a tomada de decisões da 

equipe multidisciplinar em relação ao plano de ação.

7 REFERÊNCIAS 

AMÂNCIO, Iris Maria da Costa ( Org.)  Literaturas Africanas e afro­brasileiras na prática pedagógica. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.

BRASIL. Gênero e diversidade na escola: formação de professores(as) em Gênero, 

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Orientação   Sexual   e   Relações   Étnico­raciais.  Rio   de   Janeiro:   CEPESC;   Brasília, 2009.

BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações  étnico­raciais e  para o ensino de história e cultura afro­brasileira e africana. Brasília: MEC, 2004.

CHAVES, Rita( org.). Marcas da diferença. São Paulo: Alameda Casa Editorial, 2006.

FERREIRA,  Manuel.  Literaturas  africanas  de   expressão  portuguesa.   São  Paulo: Ática, 1987.

FREITAS, Fidêncio Maciel  de.  Mãe África.   Ilustrações de Osvaldo Medeiros.  Belo Horizonte: Memória Gráfica, 2002.

GOMES,  Nilma  Lino  (Org.)  Um olhar além das   fronteiras:  educação  e  relações raciais. Belo Horizonte: Autêntico, 2007.

HERNANDEZ,   Leila   M.   G.   L.  A   África   na   sala   de   aula:   visita   à   história contemporânea. São Paulo: Selo Negro, 2005.

LEÃO, Angela Vaz ( Org.) Contatos e ressonâncias: literaturas africanas da língua portuguesa. Belo Horizonte: PUC – Minas, 2003.

MELLO E SOUZA, Marina de.  África e Brasil  africana.  2.ª ed.  São Paulo: Ática, 2007.

MUNANGA, Kabengele  (  Org.)  Superando o Racismo na escola.  2.ª  ed.  Brasília: Ministério   da   Educação,   Secretaria   de   Educação   Continuada,   Alfabetização   e Diversidade, 2005.

MUNANGA,   Kabengele.  Negritude Usos e Sentidos.  2.ª  ed.  Série  Princípios.  São Paulo: Ática, 1988.

PARANÁ.  Secretaria de Estado da Educação.  Educando para as Relações Étnico­raciais   II.   Coordenação   de   Desafios   Educacionais.   Curitiba.   SEED­PR,   2008 ( Cadernos Temáticos Desafios Educacionais).

PARANÁ.  Secretaria de Estado da Educação.  Educando para as Relações Étnico­raciais I. Coordenação de Desafios Educacionais. Curitiba. SEED­PR, 2008 ( Cadernos Temáticos Desafios Educacionais).

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Educação escolar quilombola: pilões, peneiras e conhecimento escolar.  Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Curitiba: SEED – 2009 ( Cadernos Temáticos de Diversidade).

PARANÁ.  Secretaria de Estado da Educação.  História e Cultura Afro­Brasileira e Africana:   Educando   para   as   relações   étnico­raciais.  Departamento   de   Ensino 

Page 132: CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA ......Educação Especial Supletivo em nível de Educação Geral na área de Deficiência Mental e a oficialização do atendimento escola

Fundamental. Curitiba: SEED – PR, 2006 ( Cadernos Temáticos).

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. História  e   cultura  afro­brasileira  e  africana:  educando  para  as  relações  étnico raciais/  Paraná.  Secretaria  de  Estado  da  Educação.  Superintendência  da  Educação. Departamento do Ensino Fundamental. Curitiba: SEED – PR, 2006.

ROCHA,   Rosa   Margarida   de   Carvalho.  Educação   das   Relações   Étnico­raciais: pensando  referenciais  para  organização  da  prática  pedagógica.  Belo  Horizonte: Mazza Edições, 2007.

ROMÃO, Jeruse (Org.) História da Educação do Negro e outras histórias. Brasília: Ministério   da   Educação,   Secretaria   de   Educação   Continuada,   Alfabetização   e Diversidade, 2005.

SANTOS, Gislene aparecida dos ( Coord.).  Moreninho, Negrinho, Pretinho. 1.ª ed. São Paulo: Ministério da Educação, 2007. coleção Percepções da Diferença. Negros e Brancos na Escola.

SANTOS, Gislene aparecida dos ( Coord.). Percepções da diferença. 1.ª ed. São Paulo: Ministério da Educação, 2007. Coleção Percepções da Diferença. Negros e Brancos na Escola.

SILVA, Alberto da Costa e. Um rio chamado Atlântico: a África no Brasil e o Brasil na África. Rio de Janeiro: Nova Fronteira/ Ed. UFRJ, 2003.

SILVA,   Silvio   José   de   Albuquerque   e.   Combate   e   racismo.   Brasília:   Fundação Alexandre de Gusmão, 2008.

Guarapuava, 09 de outubro de 2012.