Centro-Sul escolhe conselheiros e prioridades para...

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03 02 O Ciclo do OP se caracteriza por três grandes mo- mentos: as reuniões preparatórias (quando a Prefeitu- ra presta contas do exercício passado e apresenta o Plano de Investimentos e Serviços (PIS) para o ano seguinte); a Rodada Única de Assembléias Regionais e Temáticas e a Assembléia Municipal. O Orçamento Participativo 2006/2007 começou no dia 13 de março com a realização das reuniões preparatórias (de 13 de março a 12 de abril) nas 16 Regiões e seis temáticas. Entenda como funciona a escolha Nesses encontros, além da prestação de contas, da apresentação do PIS, do Regimento Interno e dos Crité- rios Gerais e Técnicos, foi discutida a chapa de conselhei- ros e conselheiras. Nas Assembléias Regionais e Temáticas (de 17 de abril a 20 de maio), houve a eleição das priorida- des regionais e das temáticas (obras estruturais e investi- mentos para a cidade como um todo), eleição dos conse- lheiros e dos delegados, que são escolhidos na propor- ção de um para cada dez participantes das Assembléias. Centro-Sul escolhe conselheiros e prioridades para 2007 A Região Centro-Sul contou com 603 credenciados na assembléia local. Esse número de participantes lhe deu o direito a 60 delegados, que são os representantes diretos da população na continuidade do processo do OP. Neste ano, a plenária (foto) aconteceu no Centro de Comunidade Sul e Centro-Sul (antigo Cecopam), no dia 2 de maio. Lá, diversas instituições estavam pre- sentes, como associações comunitárias, clubes de mães, movimentos sociais, comissões de ruas, creches, esco- las, entidades assistenciais, religiosas e culturais, e ele- geram a habitação como prioridade número um para a realização de investimentos em 2007. As outras priori- dades da Região são assistência social, pavimentação e educação. Foram eleitos para o Conselho do Orçamento Participativo (COP) Maribel Santos Nobre (1ª titular), João Luís Pereira (2º titular), Rosa Labandeira (1º su- plente) e Vicente Fagundes (2º suplente). A função do COP é planejar, propor, fiscalizar e deliberar sobre o conjunto de receitas e despesas do orçamento muni- cipal. E também revisar, anualmente, o Regimento In- terno do OP, seus critérios gerais e técnicos. Conheça a seguir as prioridades escolhidas pela po- pulação da Região Centro-Sul, na opinião dos conse- lheiros eleitos. Nos últimos anos, a habitação vem sendo listada como a prioridade número um da Região Centro-Sul.“No Loteamento Cavalhada, têm pessoas que foram pra lá ainda crianças e hoje são pais de família. É preciso cons- truir novas casas para essas pessoas”, propõe o conse- lheiro eleito Vicente Fagundes (2º titular, foto ao lado), que foi o primeiro presidente da Associação de Morado- res do Loteamento Cavalhada e foi eleito por 17 manda- tos como delegado. Para o próximo exercício, há a expectativa de aumentar os recursos da habitação para efetivar a regularização fundiária das áreas de risco e também das irregulares, como a São Vicente Mártir. Outra demanda é acelerar junto ao Departamento Municipal de Habitação (Demhab) a construção do Conjun- to Habitacional Cristiano Kraemer, que deve contar com uma cozinha comu- nitária para o local, a fim de incrementar a geração de renda dos moradores. Qualificar a assistência social para os idosos é uma ques- tão que mobiliza a comunidade da Região. A principal de- manda é a construção de uma casa especializada. “Na Casa de Convivência para a terceira idade, os idosos receberão cursos e terão acesso a medicamentos. Não precisarão mais ficar em casa quando a família tem que trabalhar”, comemo- ra a conselheira eleita Maribel Santos Nobre (1ª titular, foto ao lado), líder comunitária do Jardim Morro Quente. Maribel afirma que boa parte dos recursos para a obra já está garantida no Plano de Investimentos (PI). Esta será a segunda casa com este perfil na Capital, pois outra já existe no bairro Floresta. A fim de melhorar as condições da Região, a comunidade vem pleiteando o asfaltamento das ruas que são de terra. É uma luta antiga, como diz a conselheira eleita Rosa Labandeira (1ª suplente, foto ao lado), referindo-se às dificuldades para conquistar as obras. “Têm co- munidades pleiteando pavimentação há quatro ou cinco anos”, revela. Ela cita a Estrada das Pedreiras e a Rua Cerritos como exemplos. A prioridade da Região é concluir as obras já aprovadas em anos anteriores e ainda não executadas, assim como algumas que estão inacabadas. Há expectativas para que sejam finalizadas nesta gestão e pensa-se em propor emendas para reforçar os recursos e atender a essas demandas. A educação é um direito essencial para o desenvolvimen- to humano, por isso é sempre prioridade dispor de uma rede pública eficiente e que atenda às demandas da comu- nidade. Na Centro-Sul, uma das expectativas é ampliar a oferta de vagas de creches no bairro Campo Novo, pois a estrutu- ra atual não consegue atender à necessidade. Uma creche comunitária está sendo construída na Região, mas outras são reivindicadas. “Estamos aguardando a conclusão de projetos para creches no Condomínio Cristal, Vila Topázio e Vila Monte Cristo”, informa o conselheiro eleito João Luis Pereira (2º titular, foto ao lado), que já foi conselheiro suplente em outras duas ocasiões e também já presidiu a Associação de Moradores do Condomínio Cristal. 1ª prioridade: Habitação 2ª prioridade: Assistência Social 3ª prioridade: Pavimentação 4ª prioridade: Educação AGENDA LOCAL DO OP Fórum Regional do OP (FROP): 19/07 às 19h30min, na Cecopam (Rua Arroio Grande, 50) Comitê Gestor Local: 4/07, às 14 h, no CAR Centro Sul (Av. Cavalhada, 2886) Foto: Jefferson Pinheiro Foto: Thais M. Santos Nesta Região há 1,82% de área com vilas irregulares, enquanto que a média da cidade é de 3,35%. A Região apresenta 27,2 % dos responsáveis por domicílio com renda até dois salários mínimos, enquanto que esta taxa para a cidade é de 26,9%. Quanto aos bairros da Região, o Campo Novo apresenta a maior taxa que é de 35,8% e Teresópolis, a menor, 21%. A escolaridade média dos responsáveis da Região é de 8,42 anos de estudo, enquanto na cidade a média é de 9,10 anos. Quanto aos bairros, Campo Novo apresenta a menor média, 6,63 anos, e Teresópolis, a maior, 9,98 anos. Foto: Jefferson Pinheiro Foto: Jefferson Pinheiro Atenção! No dia 7 de julho, às 19h, no Centro de Eventos Casa do Gaúcho, no Parque Maurício Sirotsky Sobrinho, ocorrerão a Assembléia Municipal do Orçamento Participativo e a posse dos Conselheiros do OP (COP) gestão 2006/2007. No evento, o Prefeito José Fogaça entrega a previsão de receitas e despesas para 2007 e recebe das Regiões as prioridades eleitas. Ao final, baile comemorativo. Toda população está convidada! 10541_centro_sul.pmd 5/7/2006, 03:46 2-3

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0302

O Ciclo do OP se caracteriza por três grandes mo-

mentos: as reuniões preparatórias (quando a Prefeitu-

ra presta contas do exercício passado e apresenta o

Plano de Investimentos e Serviços (PIS) para o ano

seguinte); a Rodada Única de Assembléias Regionais e

Temáticas e a Assembléia Municipal. O Orçamento

Participativo 2006/2007 começou no dia 13 de março

com a realização das reuniões preparatórias (de 13 de

março a 12 de abril) nas 16 Regiões e seis temáticas.

Entenda como funciona a escolha

Nesses encontros, além da prestação de contas, da

apresentação do PIS, do Regimento Interno e dos Crité-

rios Gerais e Técnicos, foi discutida a chapa de conselhei-

ros e conselheiras. Nas Assembléias Regionais e Temáticas

(de 17 de abril a 20 de maio), houve a eleição das priorida-

des regionais e das temáticas (obras estruturais e investi-

mentos para a cidade como um todo), eleição dos conse-

lheiros e dos delegados, que são escolhidos na propor-

ção de um para cada dez participantes das Assembléias.

Centro-Sul escolhe conselheiros e prioridades para 2007

A Região Centro-Sul contou com 603 credenciados

na assembléia local. Esse número de participantes lhe

deu o direito a 60 delegados, que são os representantes

diretos da população na continuidade do processo do OP.

Neste ano, a plenária (foto) aconteceu no Centro de

Comunidade Sul e Centro-Sul (antigo Cecopam), no

dia 2 de maio. Lá, diversas instituições estavam pre-

sentes, como associações comunitárias, clubes de mães,

movimentos sociais, comissões de ruas, creches, esco-

las, entidades assistenciais, religiosas e culturais, e ele-

geram a habitação como prioridade número um para a

realização de investimentos em 2007. As outras priori-

dades da Região são assistência social, pavimentação e

educação.

Foram eleitos para o Conselho do Orçamento

Participativo (COP) Maribel Santos Nobre (1ª titular),

João Luís Pereira (2º titular), Rosa Labandeira (1º su-

plente) e Vicente Fagundes (2º suplente). A função do

COP é planejar, propor, fiscalizar e deliberar sobre o

conjunto de receitas e despesas do orçamento muni-

cipal. E também revisar, anualmente, o Regimento In-

terno do OP, seus critérios gerais e técnicos.

Conheça a seguir as prioridades escolhidas pela po-

pulação da Região Centro-Sul, na opinião dos conse-

lheiros eleitos.

Nos últimos anos, a habitação vem sendo listada como

a prioridade número um da Região Centro-Sul.“No

Loteamento Cavalhada, têm pessoas que foram pra lá

ainda crianças e hoje são pais de família. É preciso cons-

truir novas casas para essas pessoas”, propõe o conse-

lheiro eleito Vicente Fagundes (2º titular, foto ao lado),

que foi o primeiro presidente da Associação de Morado-

res do Loteamento Cavalhada e foi eleito por 17 manda-

tos como delegado.

Para o próximo exercício, há a expectativa de aumentar os recursos da

habitação para efetivar a regularização fundiária das áreas de risco e também

das irregulares, como a São Vicente Mártir. Outra demanda é acelerar junto

ao Departamento Municipal de Habitação (Demhab) a construção do Conjun-

to Habitacional Cristiano Kraemer, que deve contar com uma cozinha comu-

nitária para o local, a fim de incrementar a geração de renda dos moradores.

Qualificar a assistência social para os idosos é uma ques-

tão que mobiliza a comunidade da Região. A principal de-

manda é a construção de uma casa especializada. “Na Casa

de Convivência para a terceira idade, os idosos receberão

cursos e terão acesso a medicamentos. Não precisarão mais

ficar em casa quando a família tem que trabalhar”, comemo-

ra a conselheira eleita Maribel Santos Nobre (1ª titular, foto ao

lado), líder comunitária do Jardim Morro Quente.

Maribel afirma que boa parte dos recursos para a obra já está garantida no

Plano de Investimentos (PI). Esta será a segunda casa com este perfil na Capital,

pois outra já existe no bairro Floresta.

A fim de melhorar as condições da Região, a comunidade vem pleiteando o asfaltamento

das ruas que são de terra. É uma luta antiga, como diz a conselheira eleita Rosa Labandeira

(1ª suplente, foto ao lado), referindo-se às dificuldades para conquistar as obras. “Têm co-

munidades pleiteando pavimentação há quatro ou cinco anos”, revela. Ela cita a Estrada das

Pedreiras e a Rua Cerritos como exemplos.

A prioridade da Região é concluir as obras já aprovadas em anos anteriores e ainda não

executadas, assim como algumas que estão inacabadas. Há expectativas para que sejam

finalizadas nesta gestão e pensa-se em propor emendas para reforçar os recursos e atender

a essas demandas.

A educação é um direito essencial para o desenvolvimen-

to humano, por isso é sempre prioridade dispor de uma

rede pública eficiente e que atenda às demandas da comu-

nidade.

Na Centro-Sul, uma das expectativas é ampliar a oferta

de vagas de creches no bairro Campo Novo, pois a estrutu-

ra atual não consegue atender à necessidade. Uma creche

comunitária está sendo construída na Região, mas outras

são reivindicadas. “Estamos aguardando a conclusão de projetos para creches

no Condomínio Cristal, Vila Topázio e Vila Monte Cristo”, informa o conselheiro

eleito João Luis Pereira (2º titular, foto ao lado), que já foi conselheiro suplente

em outras duas ocasiões e também já presidiu a Associação de Moradores do

Condomínio Cristal.

1ª prioridade: Habitação

2ª prioridade: Assistência Social

3ª prioridade: Pavimentação

4ª prioridade: Educação

AGENDA LOCAL DO OP

Fórum Regional do OP (FROP): 19/07 às 19h30min, na Cecopam (Rua Arroio Grande, 50)

Comitê Gestor Local: 4/07, às 14 h, no CAR Centro Sul (Av. Cavalhada, 2886)

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Nesta Região há 1,82% de área

com vilas irregulares, enquanto

que a média da cidade é de 3,35%.

A Região apresenta 27,2 % dos responsáveis por domicílio com renda até dois

salários mínimos, enquanto que esta taxa para a cidade é de 26,9%. Quanto aos

bairros da Região, o Campo Novo apresenta a maior taxa que é de 35,8% e

Teresópolis, a menor, 21%.

A escolaridade média dos responsáveis da Região é de 8,42 anos de estudo,

enquanto na cidade a média é de 9,10 anos. Quanto aos bairros, Campo Novo

apresenta a menor média, 6,63 anos, e Teresópolis, a maior, 9,98 anos.

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Atenção!

No dia 7 de julho, às 19h, no Centro de Eventos Casa do Gaúcho, no Parque Maurício Sirotsky Sobrinho,

ocorrerão a Assembléia Municipal do Orçamento Participativo e a posse dos Conselheiros do OP (COP)

gestão 2006/2007. No evento, o Prefeito José Fogaça entrega a previsão de receitas e despesas para 2007 e

recebe das Regiões as prioridades eleitas. Ao final, baile comemorativo. Toda população está convidada!

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Colaboração, ajuda, compartilhamento. Atuação

conjunta de pessoas ou de organizações com

interesses ou idéias comuns e que visam aos mesmos

objetivos.

COOPERAÇÃO É...

Arte e cultura: instrumentos para

educar e transformar

Um rapaz que é chefe de segu-

rança de um grande supermer-

cado e uma garota que é auxiliar de

enfermagem têm em comum o fato

de terem passado pelas oficinas de

hip-hop de Jorge Cristiano Oliveirade Oliveira, o Juquinha, que inicioua sua trajetória de oficineiro em abri-gos municipais.

“Há muitos exemplos de criançasproblemáticas que se organizaramatravés do contato com o hip-hop.Aprendem regras de convivência,respeito, auto-estima, lêem mais edespertam para os estudos”, asse-gura o educador, que utiliza os ca-sos que abrem essa matéria comoreferência.

Hoje, Juquinha utiliza a mesmafórmula, que mescla atividadeslúdicas com linguagens culturais di-nâmicas, mas voltadas para o ensi-no, no Serviço de Apoio Sócio-Educativo (SASE), desenvolvidopela Fundação de Assistência Sociale Cidadania (FASC). Atualmente,cem crianças e pré-adolescentes (7a 14 anos) do Centro Regional deAssistência Social Sul/Centro-Sulparticipam das oficinas de dança,grafite e rap ministradas porJuquinha. Além das oficinas, a ga-rotada ainda conta com outras ati-vidades esportivas, pedagógicas e

culturais, como informática e teatro.Além do SASE (que acontece

no turno inverso ao da escola), 40adolescentes (14 a 17 anos) parti-cipam do programa TrabalhoEducativo, também da FASC, noCecopam. Lá, os jovens aprendema reciclar papéis.

Juquinha comemora o fato das

instituições apostarem cada vezmais na arte, aliada a outras inicia-tivas, como um eficiente recursopara a transformação social. “Jun-to com a música e o desenho, ascrianças vão aprendendo da poe-sia às matérias do currículo esco-lar, como matemática e ciências”,explica o oficineiro. Mas, se estimu-lados a ajudar os colegas mais no-vos e a passar adiante os conheci-mentos adquiridos nos encontros,também vão exercitando a respon-sabilidade social, como Tiago Silvados Santos, vulgo TJ, 13 anos, queestá aproveitando as aulas para a-perfeiçoar suas letras de rap:

TJ tá na área

Comandando a gurizada

Abrindo um esquema

Que é da pesada

Quero dar um toque

Pra todos chegar

Que não entrem nessa vida

Uma vida de drogado

Não fume, não cheire

Não entre em contradição

Siga a sua cabeça

Olha pra frente, meu irmão

Grafite: alunos aprendem a utilizar a técnica para desenhar

Integração: pais são convidados a conhecer o trabalho da oficina de hip-hop

Fotos: arquivo do Centro Regional de Assistência Social Sul e Centro-Sul

CAR CENTRO SUL - Endereço: Av. Cavalhada, 2886 - Cavalhada / Telefones: 3241-9277 / 3242-8504 - www.governancalocal.com.br

Junho 2006 - Nº 2

Bola no pé é o que a

gurizada quer. Cor-

rer, driblar, chutar. Quem

sabe um gol bonito?

Numa escolinha de fu-

tebol imagina-se que to-

das as crianças queiram

ser um Ronaldinho Gaú-

cho, certo? Então, per-

gunta pro Jonatan da Sil-

va: “Quando eu crescer,

quero fazer faculdade de

Direito para ter profissão,

ser alguém na vida e sus-

tentar a família.”

É claro que quase todo garoto que

joga futebol sonha em um dia estar

num clube e ganhar dinheiro numa

extensão do que agora é uma brinca-

deira de criança. Mas respostas como

a do menino de 11 anos, na Escolinha

Condomínio Cristal, fazem todo o sen-

tido. “Nosso objetivo não é formar

craques, mas cidadãos”, conta João

Luis, que junto com Antônio (Nego) e

Ari (Bola), todos moradores do con-domínio e voluntários no trabalho, sãoresponsáveis por ensinar à gurizadade fundamentos do futebol a preven-ção contra as drogas.

Antes de irem pra quadra de es-portes da Escola Municipal Camposdo Cristal, aos sábados à tarde, cercade 30 meninos passam pela sala deaula, onde aprendem a “não dar pau

nos colegas”, respondem, entre ou-tras condutas que os preparam paraum melhor convívio social.

O projeto é um exemplo de coo-peração entre moradores da comu-nidade e a Prefeitura, que cede olocal para o esporte da meninada.“Minha mãe disse que é melhor euestar jogando futebol do que ficarna rua”, completa Jonatan, lem-brando o que é direito de toda crian-ça: crescer num ambiente saudávele com proteção da sociedade.

Sexta à noite, 20h. Ao som doviolão, em frente ao altar, muitasvezes de mãos dadas, cerca de 20pessoas entre 12 e 35 anos cantame celebram. São palavras de amor,de afeto e de acolhida. Um trabalhodo Grupo de Oração Morada doSenhor, que, ao mesmo tempo emque confraterniza, distribui carinho,compreensão e incentiva os partici-pantes a superarem dificuldades.

O grupo, que reúne pessoas queencontraram na fé um dos cami-nhos para dar uma virada em suasvidas, existe há 18 anos na IgrejaNossa Senhora da Saúde. Por ele,já passaram alcoólatras, dependen-tes químicos e ex-presidiários.“Estamos abertos a receber todasas pessoas, inclusive de religiõesdiferentes, sem distinções ou pre-conceitos”, convoca o coordenador

das atividades Luciano AgnesBesestil, ele próprio um dos quebuscou ajuda.

Na época, Besestil misturava re-

médios com álcool, era viciado emcocaína, arrumava confusões narua ou em festas e chegou a fre-qüentar bêbado os encontros daparóquia.

Segundo ele, lembrar o passadodesperta um sentimento de grati-dão, mas também serve como umexemplo para que outros procuremajuda. “O grupo foi tudo de bomque aconteceu na minha vida. Fezeu gostar mais das pessoas. Me re-conciliei com a família e hoje me doubem com todos.”

No dia 29 de julho, acontecerámais uma edição do projeto Reaviva-me, no Salão Paroquial da IgrejaNossa Senhora da Saúde, com cin-co ministérios (bandas) de músicatocando ao vivo. O ingresso custaR$ 5,00 mais a doação de umagasalho.Informações: 3336.4975.

Carinho que cura e reconcilia

Cooperação: escola e

voluntários oferecem

esporte como opção

Escolinha contribui para formar cidadãos

Grupo incentiva espírito de união

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