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Centro Universitário Positivo - UnicenP Núcleo de Ciências Exatas e Tecnológicas – NCET Engenharia da Computação Robson Schmidt Pedígrafo para análise dinâmica (pedigrama) Curitiba 2006

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Centro Universitário Positivo - UnicenP Núcleo de Ciências Exatas e Tecnológicas – NCET

Engenharia da Computação Robson Schmidt

Pedígrafo para análise dinâmica (pedigrama)

Curitiba 2006

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Centro Universitário Positivo - UnicenP Núcleo de Ciências Exatas e Tecnológicas – NCET

Engenharia da Computação Robson Schmidt

Pedígrafo para análise dinâmica (pedigrama)

Curitiba 2006

Monografia apresentada à disciplina deProjeto de Final de Curso, como requisito parcial à conclusão do Curso de Engenharia da Computação. Orientador: Professor José Carlos da Cunha

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TERMO DE APROVAÇÃO

Robson Schmidt

Pedígrafo para análise dinâmica (Pedígrafo)

Monografia aprovada como requisito parcial à conclusão do curso de Engenharia

da Computação do Centro Universitário Positivo, pela seguinte banca examinadora:

Professor José Carlos da Cunha

Professor Valfredo Pilla Junior

Professor Alessandro Zimmer

Curitiba, 22 de outubro de 2006.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente aos meus pais, Manfred e Cleide, que me apoiaram em todos os

momentos.

Ao meu orientador, professor Cunha, que confiou em mim em todos os

momentos e por ter me dado total apoio no projeto.

A todos os professores do curso que com seus conhecimentos, contribuiram, de

forma efetiva para realização desse projeto.

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SUMÁRIO

Lista de Figuras............................................................................................................... vii Lista de Tabelas............................................................................................................. viii Lista de Siglas .................................................................................................................. ix Lista de Símbolos ............................................................................................................. x Resumo ............................................................................................................................. xi Abstract ............................................................................................................................ xii 1. Introdução................................................................................................................1 2. Revisão Bibliográfica..............................................................................................2

2.1. Pressão Plantar ...............................................................................................2 2.1.1. Tipos de Pisadas.........................................................................................3

2.1.1.1. Pisada Normal......................................................................................4 2.1.1.2. Pisada pronada ....................................................................................4 2.1.1.3. Pisada Supinada..................................................................................5

2.1.2. Técnicas existentes para medição da pressão plantar.........................6 2.1.2.1. Esteira de borracha com tinta ............................................................6 2.1.2.2. Sistema Pedar......................................................................................6

2.2. Teoria de Hardware ........................................................................................6 2.2.1. Transdutores e Sensores ..........................................................................7

2.2.1.1. Extensômetros .....................................................................................8 2.2.1.2. Piezoelétricos .......................................................................................9 2.2.1.3. Resistor sensitivo a força (FSR)......................................................10

2.2.2. Microcontrolador........................................................................................12 2.3. Microcontrolador Atmega64 ........................................................................13

2.3.1. Conversor Analógico-Digital....................................................................15 2.3.2. Transmissão de dados .............................................................................15

2.3.2.1. Padrão RS-232...................................................................................15 2.3.2.2. USB (Universal Serial Bus) ..............................................................16

2.4. Teoria de software ........................................................................................16 2.4.1. As bases da orientação a objetos ..........................................................16

2.4.1.1. Conceitos básicos de orientação a objetos ...................................17 2.4.2. Conceito de UML ......................................................................................18

2.4.2.1. Diagramas da UML............................................................................18 3. Projeto ....................................................................................................................21

3.1. Projeto do Hardware .....................................................................................22 3.1.1. Sensores ....................................................................................................23 3.1.2. Microcontrolador........................................................................................23 3.1.3. Transmissão de dados .............................................................................24 3.1.4. Circuito de Alimentação ...........................................................................25

3.2. Projeto do Software ......................................................................................25 3.2.1. Firmware.....................................................................................................25 3.2.2. Software Cliente ........................................................................................28

3.2.2.1. Diagramas de Caso de Uso .............................................................29 3.2.2.2. Diagramas de Sequência .................................................................30 3.2.2.3. Diagrama de Classes........................................................................34 3.2.2.4. Modelo Entidade Relacional (MER)................................................35 3.2.2.5. Prototipos de Tela..............................................................................36

4. Cronograma...........................................................................................................39

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5. Estudo da Viabilidade Econômica .....................................................................40 6. Resultados.............................................................................................................41 7. Conclusão..............................................................................................................42 8. Referência Bibliográfica.......................................................................................43 9. ANEXOS ..............................................................Erro! Indicador não definido.

9.1. Esquemático do Microcontrolador ............Erro! Indicador não definido. 9.2. Circuito de Conversão CMOS – RS232 ..Erro! Indicador não definido. 9.3. Circuito dos Sensores ................................Erro! Indicador não definido. 9.4. Esquemático Conversor USB-Serial........Erro! Indicador não definido. 9.5. Circuito de programação do microcontroladorErro! Indicador não

definido. 9.6. Circuito regulador de tensão - 5V .............Erro! Indicador não definido.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 2.1 - Mapa da pressão plantar durante uma corrida à 4ms-1 .......................2 Figura 2.2 - Mapa de pressão plantar durante uma corrida descalço (a) e

calçado (b)WLEY, 2000) .............................................................................................................3 Figura 2.3 - Pisada Normal............................................................................................4 Figura 2.4 - Pisada Pronada..........................................................................................5 Figura 2.5 - Pisada Supinada. .......................................................................................5 Figura 2.6 - Sistema Pedar ............................................................................................6 Figura 2.7 - Estrutura de um Extensometro ................................................................8 Figura 2.8 - Fenômeno piezoelétrico; a circuito exibindo a corrente em um

material piezoelétrico sofrendo ação de uma força externa; b circuito com o material piezoelétrico sem nenhuma ação externa ..............................................................................10

Figura 2.9 - Sensor FSR...............................................................................................10 Figura 2.10 - Estrutura do sensor FSR......................................................................11 Figura 2.11 - Gráfico resistência x força ....................................................................11 Figura 2.12 - Resposta do sensor FSR quando utilizado um circuito divisor de

tensão...........................................................................................................................................12 Figura 2.13 - Diagrama em blocos do Microcontrolador Atmega64......................14 Figura 3.1 - Posição dos Sensores na Palmilha .......................................................21 Figura 3.2 - Visão geral do sistema ............................................................................22 Figura 3.3 - Diagrama em blocos do Hardware........................................................23 Figura 3.4 - Diagrama em blocos do firmware..........................................................26 Figura 3.5 - Diagrama de estados do Firmware ........................................................27 Figura 3.6 - Fluxograma do Firmware .........................................................................27 Figura 3.7 - Diagrama em blocos do software ...........................................................28 Figura 3.8 - Pressão plantar mostradas no software ...............................................29 Figura 3.9 - Diagrama de Caso de Uso ......................................................................30 Figura 3.10 - Diagrama de Seqüência – Incluir Paciente .........................................31 Figura 3.11 - Diagrama de Seqüência – Alterar Paciente .......................................31 Figura 3.12 - Diagrama de Seqüência – Excluir Paciente .......................................32 Figura 3.13 - Diagrama de Seqüencia – Incluir Usuário ..........................................32 Figura 3.14 - Diagrama de Seqüencia – Excluir Usuário ........................................33 Figura 3.15 - Diagrama de Seqüencia – Alterar Usuário ........................................33 Figura 3.16 - Diagrama de Seqüência – Carregar Avaliação.................................34 Figura 3.17 - Diagrama de Classe ...............................................................................35 Figura 3.18 - Modelo Entidade Relacional (MER)....................................................36 Figura 3.19- Protótipo de Tela - Cadastro de Usuário..............................................37 Figura 3.20 - Protótipo de Tela - Cadastro de Paciente ...........................................37 Figura 3.21 - Protótipo de Tela - Consulta .................................................................38

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LISTA DE TABELAS

Tabela 4.1 - Descrição das atividades do cronograma ...........................................39 Tabela 5.1 - Tabela de Viabilidade Econômica ........................................................40

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LISTA DE SIGLAS

NCET – Núcleo de Ciências Exatas e Tecnológicas. UNICENP – Centro Universitário Positivo. Conversor A/D – Conversor Analógico para Digital. FSR – Force Sensitive Sensor. PC – Personal Computer. CPU – Central Processing Unit. RAM – Random Access Memory. ROM – Read Only Memory. USB – Universal Serial Bus. SRAM – Static Random Access Memory. CMOS – Complementary metal-oxide-semiconductor.

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LISTA DE SÍMBOLOS

g – Grama. ? - Ohm. V – Volts. k – Kilo(103). M – Mega(106). m – mili. Hz – Hertz. s – segundos.

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RESUMO

Este trabalho descreve o desenvolvimento de um sistema para medir a pressão

plantar de uma pessoa durante uma caminhada. O sistema é separado em dois

módulos, hardware e software.

O hardware é composto basicamente por sensores de pressão e

microcontrolador. Os sensores de pressão são responsáveis por medir os pontos de

pressão da planta do pé de uma pessoa. O microcontrolador realiza a conversão A/D

dos sinais dos sensores e armazena estas informações em memória interna, para que

seja analisado pelo software.

O software é responsável pela comunicação com o microcontrolador e análise

dos dados da pressão plantar. A comunicação do microcontrolador com o

microcomputador será realizada através da interface serial do microcontrolador, onde

os dados serão transmitidos para o microcomputador via porta serial ou USB. Após a

transmissão, o software irá analisar os dados e mostrar imagens da pressão plantar.

Após a realização de inúmeros testes com o protótipo desenvolvido foi possível

verificar que com o número de sensores utilizados conseguiu-se uma boa análise da

pressão plantar, mas para uma análise mais precisa seria necessário um maior número

de sensores.

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ABSTRACT

This work describes the development of a system to measure the plantar

pressure of a person during a walk. The system is separate in two modules, the

hardware and software.

The hardware is composed basically of pressure sensors and microcontroller.

The pressure sensors are responsible for measuring the pressure points of the foot

plant of a person. The microcontroller carries through A/D converter the signals that

comes from the sensors and stores this information in internal memory, so that it is

analyzed by software.

The software is responsible for the communication with the microcontroller and

analysis of the data of the pressure plantar. The communication of the microcontroller

with the microcomputer will be carried through the serial interface of the microcontroller,

where the data will be transmitted for the microcomputer serial port or USB. After the

communication, the software will analyze the data and will show images with the plantar

pressure of the person.

After innumerable tests with the developed system was possible to verify that

with the number of sensors used obtained a good analysis of the plantar pressure, but

for a more necessary analysis a bigger number of sensors would be necessary.

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1. INTRODUÇÃO

O calçado esportivo é o item mais importante durante uma corrida ou caminhada

e pode ser responsável pelo surgimento de lesões se alguns cuidados não forem

tomados. Atualmente, o avanço tecnológico no desenvolvimento dos calcados é muito

grande e existem diferentes tipos de tênis para cada tipo de pisada: supinada, normal e

pronada.

O teste do pedigrafo é um teste que, através da pressão plantar, se tem a

identificação do tipo de pisada. Variações na estrutura do pé irão influenciar na forma

da pressão plantar.

Com esse projeto a pessoa consegue descobrir com mais facilidade qual é o

tênis ideal que ela deve utilizar para que se tenha menor risco de lesões e melhor

rendimento na sua atividade física.

Atualmente no Brasil não existe nenhum sistema parecido. No mercado

internacional existe o sistema F-Scan que possui 960 sensores distribuídos na palmilha

e realiza 500 aquisições por segundo.

Caso o projeto se torne viável, existe a possibilidade de se desenvolver um

sistema com maior número de sensores e maior número de amostras por segundo,

para que se possa obter a identificação do tipo de pisada mais precisa.

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. Pressão Plantar

A pressão plantar exibe um descrição de como as forças são distribuídas sobre

o pé, assim como também traz informações sobre a estrutura do pé do individuo.

(HAWLEY, 2000)

A medição da pressão plantar pode ser utilizada em varias aplicações. Uma

delas é definir o calçado ideal para cada individuo, outra é identificar as áreas

causadoras de úlcera em pacientes diabéticos e reumáticos. (ZATSIORSKY, 2002)

A Figura 2.1 exibe o mapa da pressão plantar de um individuo correndo à 4ms-1.

(HAWLEY, 2000)

Figura 2.1 - Mapa da pressão plantar durante uma corrida à 4ms-1 (HAWLEY, 2000)

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A medição da pressão plantar também está sendo usada para examinar os

efeitos da velocidade na corrida. A velocidade na corrida aumenta os picos de pressão

plantar. O maior aumento nos picos de pressão ocorre na lateral e na parte central de

trás do pé. Esses dados podem ajudar os treinadores a aumentar a velocidade de um

atleta e também diminuir o risco de lesões. (HAWLEY, 2000)

O calçado realiza um papel importante para diminuir a pressão sobre o pé

conforme mostra a Figura 2.2. A pressão quando o individuo corre descalço (Figura

2.2(a)) é praticamente 50% maior do que quando ele corre com um calçado (Figura

2.2(b)). (HAWLEY, 2000)

Figura 2.2 - Mapa de pressão plantar durante uma corrida descalço (a) e calçado (b)

(HAWLEY, 2000)

2.1.1. Tipos de Pisadas

Os tipos de pisada são definidos conforme a pressão que o pé exerce sobre o

solo. Existem três tipos de pisada: normal, supinada e pronada. (WHITSETT, 1998)

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2.1.1.1. Pisada Normal

Esse tipo de pisada tem um arco de tamanho normal. Quando o pé toca o solo

ele rola pela parte interna para absorver e distribuir a força. Essa pisada faz com que

corredores com peso normal tenham uma melhor estabilidade. (WHITSETT, 1998)

Pés com pisada normal deixam uma impressão que apresentam uma conexão

entre a parte de trás e a parte da frente. O tamanho desta conexão é aproximadamente

um terço ou metade da parte da frente. A impressão deixada por esta pisada pode ser

vista na Figura 2.3. (WHITSETT, 1998)

Figura 2.3 - Pisada Normal (Adaptada de WEBRUN)

2.1.1.2. Pisada pronada

A pisada pronada é caracterizado pelo pequeno arco que causa uma pronação

do pé ao tocar o solo. A pronação elevada pode causar problemas de lesões e

também perda da estabilidade quando utilizado calçado com sola dura. (WHITSETT,

1998)

Pés desse tipo apresentam uma conexão larga entre a parte da frente e a parte

de trás do pé. Essa conexão é aproximadamente da largura da parte da frente do pé. A

impressão deixada por esta pisada pode ser vista na Figura 2.4. (WHITSETT, 1998)

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Figura 2.4 - Pisada Pronada (Adaptada de WEBRUN).

2.1.1.3. Pisada Supinada

O pé com pisada supinada não prona o suficiente quando toca o solo, resultando

em um pobre absorvimento da pressão. O melhor calçado para indivíduos com essa

pisada é um calçado com amortecimento. (WHITSETT, 1998)

Pés com pisada supinada não apresentam uma conexão entre a parte da frente

e a parte de trás do pé. A impressão deixada por esta pisada pode ser vista na Figura

2.5. (WHITSETT, 1998)

Figura 2.5 - Pisada Supinada (Adaptado de WEBRUN).

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2.1.2. Técnicas existentes para medição da pressão plantar

2.1.2.1. Esteira de borracha com tinta

Nessa técnica a borracha é pintada e um papel colocado sobre a borracha. O

individuo anda sobre a borracha. A pressão exercida pelo individuo sobre a borracha é

transferida para o papel, assim obtendo a impressão plantar. Algumas borrachas têm

uma deformação menor, assim obtendo somente os pontos de maior pressão.

(DAWBER, 2002)

2.1.2.2. Sistema Pedar

O Sistema Pedar, que pode ser visualizado na Figura 2.6, é um sistema que

consiste em uma palmilha que pode ser inserida dentro de um calçado e com isso

medir a pressão da sola do pé no calçado. O principal problema deste sistema é a sua

pouca durabilidade por causa dos sensores. (BARTLETT, 1996)

Figura 2.6 - Sistema Pedar (Adaptado de BARTLETT, 1996)

2.2. Teoria de Hardware

O hardware do sistema é composto de três módulos. O primeiro módulo é

composto por sensores que irão medir a pressão plantar. O segundo é um

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sistema de tratamento do sinal que enviará os sinais para o terceiro módulo, o qual é

composto por um microcontrolador que irá converter o sinal de analógico para digital e

armazenar os dados numa memória interna.

2.2.1. Transdutores e Sensores

A maior parte dos sistemas usados na instrumentação biomédica dos esportes

são baseados em transdutores capacitivos, condutivos e piezoelétricos.(BARTLETT,

1996)

Um transdutor é um sistema que transforma duas formas de energia para fins de

medida. Ele mede uma forma de energia que está relacionada à outra através de uma

relação conhecida. Assim, por exemplo, medimos pressão utilizando um transdutor que

transforma a força exercida pela pressão em uma tensão elétrica proporcional a

pressão. O transdutor é um sistema completo que produz um sinal elétrico de saída

proporcional à grandeza sendo medida. O sensor, por outro lado, é apenas a parte

sensitiva do transdutor. No caso do transdutor de pressão, o sensor seria um diafragma

capacitivo. (WERNECK, 1996)

Existem dois tipos de sensores em relação ao sinal gerado, podendo ser

analógico ou digital. Sensores analógicos geralmente produzem uma tensão

proporcional a quantidade medida. O sinal pode ser convertido para digital utilizando

um conversor A/D antes do processamento. Sensores digitais são utilizados para

comunicação serial e a informação pode ser lida diretamente de um computador.

(WERNECK, 1996)

Os tipos de sensores mais importantes são os que alteram a resistência (strain

gauge, piezoresistivo e potenciômetro), capacitância, indutância e polarização

(piezoelétrico). (GAUTSCHI, 2006)

O sensor utilizado neste sistema foi um sensor de pressão. Existem diversos

tipos de sensores de pressão, como extensômetros, piezoelétrico e resistor sensitivo a

força (FSR).

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2.2.1.1. Extensômetros

Em 1856, Lord Kelvin descobriu que a resistência de um condutor altera quando

ele sofre extensão. Mas somente em 1930 que este princípio começou a ser usado.

(WINDOW, 1992)

Extensômetros são dispositivos que são colocados na superfície de um objeto e

a resistência varia em função da extensão que o objeto sofreu. O extensômetro pode

ser usado para medir extensão, força, torque e pressão. A Figura 2.7 exibe a sua

estrutura. (RIZZONI, 2003)

Figura 2.7 - Estrutura de um Extensometro (Adaptado de Sensorland)

A alteração na resistência de um extensômetro é proporcional à extensão que

ele sofre, conforme Fórmula 2.1, onde l é a extensão do strain gauge, R? é a

alteração da resistência, R é a resistência do material e G é a constante chamada de

gauge factor. Para metais a constante gauge factor é aproximadamente 2 e para

semicondutores é aproximadamente 100. Geralmente a alteração da resistência do

extensômetro é convertida em um sinal elétrico utilizando uma ponte de Wheatstone.

Um problema de utilizar um extensômetro é que este altera sua resistência conforme a

temperatura é alterada (BOLTON, 2003)

lGRR

???

Fórmula 2.1 - Alteração da resistência do extensômetro

Existem vários tipos de extensômetros: os resistivos (convencionais), os

semicondutores, os integrados (difundidos) e os de arame vibrante, cuja concepção de

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funcionamento difere inteiramente dos demais. (Werneck, 1996)

Os extensômetros resistivos de filme são elementos cuja resistência elétrica

varia com a tração ou a compressão. (Werneck, 1996)

Extensômetros semicondutores são utilizados da mesma maneira que seus

pares metálicos, com a diferença de que apresentam uma elevada sensibilidade com a

extensão e com a temperatura. O principio de funcionamento, entretanto, baseia-se no

efeito piezoelétrico. (Werneck, 1996)

Os extensômetros integrados não são utilizados diretamente para medir

extensão, mas para medir pressão. Essa técnica também permite a construção do

extensômetro e do circuito associado, tudo no mesmo processo. (Werneck, 1996).

O extensômetro de arame vibrante utiliza o principio da ressonância mecânica

de um arame esticado entre dois pontos fixos, como uma corda de violão. (Werneck,

1996)

2.2.1.2. Piezoelétricos

A palavra Piezoelectricity veio do grego que significa “eletricidade da pressão”. O

efeito piezoelétrico é complexo e engloba varias áreas da física clássica: mecânica,

elasticidade e força de materiais, termodinâmica, acústica, propagação de ondas,

óptica, eletrostática, fluidos, teoria de circuitos, estudo dos cristais, etc. Provavelmente,

somente poucas disciplinas de engenharia e ciência precisam ser familiares a tantos

campos da física. (VIVES, 2004)

A Figura 2.8a mostra um material piezoelétrico sofrendo uma força externa.

Quando uma pressão é exercida no material piezoelétrico, uma carga aparece na

superfície do cristal. Essa polarização gera um fluxo de cargas livres no condutor. A

Figura 2.8b mostra o material piezoelétrico sem sofrer qualquer ação externa. Neste

caso a polarização que existe quando o material sofre pressão desaparece. (VIVES,

2004)

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Figura 2.8 - Fenômeno piezoelétrico; a circuito exibindo a corrente em um material

piezoelétrico sofrendo ação de uma força externa; b circuito com o material piezoelétrico

sem nenhuma ação externa (VIVES, 2004)

2.2.1.3. Resistor sensitivo a força (FSR)

O sensor FSR (Figura 2.9) é uma película de polímero que ao incrementar a

força aplicada a resistência diminui.

Figura 2.9 - Sensor FSR

O funcionamento do sensor FSR é muito similar ao de um extensômetro, mas a

estrutura é totalmente diferente. A estrutura do sensor FSR pode ser vista na Figura

2.10.

O gráfico da Figura 2.11 exibe a curva de resistencia pela força exercida sobre o

sensor FSR.

A principal vantagem na utilização de um sensor FSR está no fato deste sensor

ter uma resposta praticamente linear quando utilizado com um um circuito divisor de

tensão. O gráfico da Figura 2.12 exibe a curva de resposta de tensão(V) em relação a

força aplicada(g). É possível otar que a partir de 100g a resposta do sensor fica

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praticamente linear.

Figura 2.10 - Estrutura do sensor FSR

Figura 2.11 - Gráfico resistência x força

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Figura 2.12 - Resposta do sensor FSR quando utilizado um circuito divisor de tensão

O sensor FSR utilizado foi o FSR 400 da Interlink Electronics, que possui as

seguintes características:

?? Diâmetro de 0,5cm

?? Altura de 0,2mm a 1,25mm

?? Variação de peso de 100g até 10 kg

?? Tempo de vida estimado de mais de 10 milhões de utilizações

?? Tempo de resposta de 1 a 2 msec

?? Resistência em repouso 1M?

2.2.2. Microcontrolador

Um microcontrolador é um circuito integrado que executa um programa do

usuário, normalmente utilizado para controlar algum dispositivo. (STEINER, 2005)

Microcontroladores são encontrados em uma infinidade de equipamentos, como

forno de microondas, automóveis, teclados, tocadores de CD, telefones celulares,

sistemas de segurança etc. Sistemas baseados em microcontrolador são

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geralmente fisicamente menor, mais confiável e barato que um sistema baseado em

PC. (STEINER, 2005)

O microcontrolador possui uma unidade de processamento central (CPU),

memória RAM, memória ROM, entrada/saida, porta serial e paralela, temporizadores e

outros periféricos como conversor analógico/digital (A/D). (IOVINE, 2000)

A habilidade de um microcontrolador de armazenar e executar programas faz

dele bastante versátil. Um microcontrolador pode ser programado para realizar

decisões e executar funções baseadas em determinadas situações pré-determinadas e

seleções. Essa habilidade de realizar funções matemáticas e lógicas permite a ele

imitar circuitos eletrônicos. (IOVINE, 2000)

A partir do advento dos circuitos integrados TTL, pode-se delinear três gerações

no que diz respeito à implementação de controladores. (DENYS, 2003)

Na primeira geração estão os projetos envolvendo curcuitos integrados TTl, na

sua maioria. O alto consumo de energia, a grande quantidade de chips envolvidos e a

dificuldade em se realizar reengenharia tornou a segunda geração atraente aos

projetistas. (DENYS, 2003)

O advento dos microprocessadores tornou versátil o projeto de circuitos

destinados ao controle: é a segunda geração de controladores. Boa parte das funções,

antes implementadas por hardware, passou a ser implementadas por software.

(DENYS, 2003)

A terceira geração veio para integrar em um único chip boa parte dessa

estrutura. Microcontroladores integram as funções de um microprocessador, memória

de dados e de intruções e ainda, dependendo da complexidade, portas seriais e

paralelas bidirecionais, conversores A/D, timers, watchdog e outros. (DENYS, 2003)

2.3. Microcontrolador Atmega64

O microcontrolador utilizado no projeto foi o Atmega64 da Atmel que já contém

um conversor analógico-digital interno. Ele possui algumas vantagens, pois possui 8

entradas analógicas e a velocidade de conversão A/D pode chegar até a 15000

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14

conversões por segundo, com um precisão de 10 bits.

As principais caracteristicas do microcontrolador Atmega64 utilizado para

adquirir os sinais dos sensores, converte-los e armazena-los são:

?? Arquitetura AVR de 8bits

?? Memória flash de 64kB para programa

?? Memória EEPROM de 2kB

?? Memória SRAM de 4kB

?? 8 Entradas A/D com 10 bits de resolução

Figura 2.13 - Diagrama em blocos do Microcontrolador Atmega64

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15

2.3.1. Conversor Analógico-Digital

O conversor analógico/digital converte um sinal analógico para um sinal digital

para ser processado por um circuito digital. O dispositivo mais familiar que realiza essa

conversão é o modem (modulador-desmodulador), que converte sinais digitais do

computador para um sinal analógico e vise versa. (GRIGONIS, 2000)

A conversão analógico digita será explicada a partir do exemplo a seguir, um

conversor A/D de 8 bits, preparado para um sinal de entrada analógica de tensão

variável de 0V a 5V pode gerar números binários de 0 (00000000) a 255 (11111111),

dependendo do sinal de entrada. Se o sinal de entrada do suposto conversor A/D

estiver em 2,5V, o valor binário gerado será 128.

2.3.2. Transmissão de dados

A transmissão de dados do microcontrolador para o microcomputador poderá ser

feita via porta serial RS-232 ou via porta USB.

2.3.2.1. Padrão RS-232

Praticamente todos os computadores têm ao menos uma porta serial RS-232. O

cabo para porta paralela segundo a IEEE-1284 deve ter de no máximo 3,05 a 4,57

metros. Enquanto um cabo para porta serial RS-232 pode ter até 24,38 metros ou mais,

com limite para as especificações do cabo e a velocidade de transmissão dos dados.

(AXELSON, 1997)

No protocolo de comunicação RS-232, caracteres são enviados um a um como

um conjunto de bits. A codificação mais comumente usada é o "start-stop assíncrono"

que usa um bit de inicio, seguido por sete ou oito bits de dados, possivelmente um bit

de paridade, e um ou dois bits de parada sendo, então, necessários 10 bits para enviar

um único caractere. Tal fato acarreta a necessidade em dividir por um fator de dez a

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taxa de transmissão para obter a velocidade de transmissão. A alternativa mais comum

ao "start-stop assíncrono" é o HDLC. O padrão define os níveis elétricos

correspondentes aos níveis lógicos um e zero, a velocidade de transmissão padrão e

os tipos de conectores. (www.tiosam.com, acessado em 2006)

2.3.2.2. USB (Universal Serial Bus)

O padrão USB foi desenvolvido em 1995 por um consorcio de empresas. A

principal vantagem de se utilizar uma porta USB é que ela é plug and play, ou seja, é

possível conectar um periférico sem a necessidade de reiniciar o computador. Outra

vantagem do USB é que ele suporta até 127 dispositivos conectados na mesma porta

utilizando um HUB externo. Atualmente as portas USB tem uma velocidade máxima de

12Mbps.

2.4. Teoria de software

Essa seção do capítulo apresentará o conhecimento teórico básico de

orientação a objetos e modelagem UML, necessário para o desenvolvimento do

software de interface gráfica.

2.4.1. As bases da orientação a objetos

Diretamente derivado dos conceitos de programação e do projeto orientado a

objetos, a análise e o desenho orientado a objetos são certamente uma das mais novas

abordagens de desenvolvimento de sistemas. A tecnologia de objetos apresenta

componentes chaves que fundamentam a mudança de enfoque no processo de

modelagem e desenvolvimento de aplicações, trazendo benefícios intrínsecos à

filosofia. (FURLAN, 1998)

O sucesso no desenvolvimento de software depende em grande parte do

conhecimento que não só envolve programação e habilidades de gerenciamento, mas

também conhecimento e compreensão das mais recentes industrias de software.

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17

(FURLAN, 1998)

A tecnologia de objetos oferece modularidade de seus elementos, podendo-se

tomar um subconjunto existente e integrá-lo de uma maneira difetente em outra parte

do sistema – uma aplicação no universo de objetos consiste de um conjunto de blocos

de construção autocontidos e pré-definidos que podem ser localizados, reparados ou

substituidos. A construção de código autocontido propicia o teste completo antes de ser

utilizado dentro da lógica do sistema de informação. (FURLAN, 1998)

2.4.1.1. Conceitos básicos de orientação a objetos

O primeiro conceito básico é o do próprio objeto. Um objeto é uma ocorrência

específica (uma instancia) de uma classe e é similar a uma entidade/tabela no modelo

relacional somente até o ponto onde representa uma coleção de dados relacionados

com um tema em comum. (FURLAN, 1998)

Um objeto possui tudo que é necessário para conhecer a si próprio – há o

encapsulamento e de operações e atributos atribuindo-lhe vida própria. (FURLAN,

1998)

Em seguida temos o conceito de mensagem. Objetos se comunicam através de

mensagens, isto é, um sinal enviado de um objeto a outro requisitando um serviço

através da execução de uma operação (FURLAN, 1998)

Adjacente ao conceito de mensagem, temos o conceito de polimorfismo, cuja

palavra é originária do grego “muitas formas”. Tais formas se referem a vários

comportamentos que uma mesma operação pode assumir, assim como a capacidade

de uma variável referir-se a objetos diferentes que preenchem responsabilidades

dependendo da mensagem que lhes é passada. (FURLAN, 1998)

Outro conceito importante é o de classe. A classe é uma coleção de objetos que

podem ser escritos com os mesmos atributos e as mesmas operações. Representa

uma idéia ou um conceito simples e categoriza objetos que possuem propriedades

similares, configurando-se em um modelo para a criação de novas instâncias

(FURLAN, 1998)

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18

Na criação de classes, há a possibilidade de ocorrer uma conexão semântica de

elementos do modelo entre pai e filho na qual uma classe filha (subclasse) herda as

propriedades de seu pai (superclasse) direta ou indiretamente. Cada classe pode ter

suas propriedades particulares herdadas diretamente da classe pai ou

substituídas/mascaradas nessa transição, assim somente propriedades diferentes

serão declaradas na classe filha. Esse mecanismo que acabou de ser descrito é

chamado de herança. (FURLAN, 1998)

2.4.2. Conceito de UML

A UML é a linguagem padrão para especificar, visualizar, documentar e construir

artefatos de um sistema e pode ser utilizada com todos os processos ao longo do ciclo

de desenvolvimento através de diferentes tecnologias de implementação. (FURLAN,

1998)

A UML é um passo natural na escala de evolução de objetos com o objetivo de:

1. Fornecer aos usuários uma linguagem visual expressiva e pronta para uso visando

o desenvolvimento de modelos de negócio;

2. Fornecer mecanismos de extensibilidade e de especialização para apoiar conceitos

essenciais;

3. Ser independente de linguagens de programação e processos de desenvolvimento;

4. Prover uma base formal para entender a linguagem de modelagem;

5. Encorajar o crescimento no número de ferramentas orientadas a objeto no mercado;

6. Suportar conceitos de desenvolvimento de nivel mais elevado tais como

colaboração, estrutura de trabalho, padrões e componentes;

7. Integrar as melhores práticas.

2.4.2.1. Diagramas da UML

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O diagrama de classe é um gráfico que mostra a estrutura do sistema : classes ,

tipos e seus conteúdos e relações.

O modo de descrever os vários tipos de modelagem pela UML é através da

notação definida pelos seus vários tipos de diagramas. Um diagrama é uma

apresentação gráfica de uma coleção de elementos de modelo, freqüentemente

mostrando como um gráfico conectado de arcos (relacionados) e vértices (outros

elementos do modelo). (FURLAN, 1998)

Existem vários diagramas propostos pela UML. Serão apresentados apenas os

modelos que serão implementados dentro do escopo desse projeto.

2.4.2.1.1. Diagrama de classe

Gráfico bidimensional de elementos de modelagem que denota a estrutura

estática de um sistema e as classes representam coisas que são manipuladas por esse

sistema. O diagrama de classes é conseiderado estático porque a estrutura descrita é

sempre válida em qualquer ponto no ciclo de vida do sistema. (FURLAN, 1998)

Existem quatro tipos principais de relacionamentos no diagrama de classe.

(FURLAN, 1998)

1. Generalização/especialização: Indica basicamente, o relacionamento entre um

elemento mais geral e um elemento mais específico.

2. Agregação: Usando para denotar relacionamentos todo/parte (por exemplo um ítem

de compra é parte de um pedido).

3. Associação: Utilizado para denotar relacionamentos entre duas classes não

correlatas (por exemplo, um cliente pode alugar várias fitas de vídeo).

4. Dependência: É um relacionamento entre elementos, um independente e outro

dependente, onde uma mudança no elemento independente afetará o elemento

dependente.

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2.4.2.1.2. Diagrama de caso de uso

Os casos de uso descrevem a funcionalidade do sistema percebida por atores

externos. Um ator interage com o sistema podendo ser um usuário, dispositivo ou outro

sistema. (FURLAN, 1998)

2.4.2.1.3. Diagrama de seqüencia

Apresenta a interação de seqüencia de tempo dos objetos que participam da

interação. As duas dimensões de um diagrama de seqüencia consistem basicamente,

na dimensão vertical (tempo) e na dimensão horizontal (objetos diferentes). (FURLAN,

1998)

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3. PROJETO

O sistema desenvolvido é composto basicamente por oito sensores de pressão,

um microcontrolador com conversor analógico/digital interno e um software para

visualização das pressões plantares.

Os sensores de pressão utilizados são sensores FSR (Force Sensing Resistor),

pois estes apresentam diversas vantagens, como a relação da pressão pela resistência

que é praticamente linear, pequeno tamanho e não ser necessário um circuito para

realizar o tratamento. Estes sensores foram distribuídos em uma palmilha em pontos

específicos, conforme a Figura 3.1.

Figura 3.1 - Posição dos Sensores na Palmilha

O sinal proveniente dos sensores segue para o microcontrolador Atmega64 da

Atmel que converte e armazena as informações. Após o término da aquisição dos

sinais o sistema é ligado a um microcomputador e um software mostra a pressão

plantar da pessoa durante a análise. Na Figura 3.2 é mostrada uma visão geral do

sistema.

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Pessoa com a palmilha com os sensores FSR Conversão A/D e

armazenamento das informações

Software com as imagens das pressões

plantares

Figura 3.2 - Visão geral do sistema

3.1. Projeto do Hardware

O hardware envolvido neste sistema realiza a aquisição da pressão realizada

pela pisada de uma pessoa, atravez de sensores FSR, realiza a conversão A/D,

armazena os dados em memória e transmissão de dados vai Serial RS-232 ou USB. O

diagrama na Figura 3.3 exibe um diagrama em blocos do hardware envolvido no

sistema.

Para entender melhor todas as funções desta parte do projeto, o hardware foi

dividido em partes: sensores, microcontrolador e transmissão de dados. Os diagramas

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esquemáticos completos de cada parte estão no anexo (Erro! A origem da referência

não foi encontrada., Erro! A origem da referência não foi encontrada., Erro! A

origem da referência não foi encontrada., Erro! A origem da referência não foi

encontrada., Erro! A origem da referência não foi encontrada. e Erro! A origem da

referência não foi encontrada.).

Sensores Conversor A/D

Microcontrolador Atmega64

Sinal Analógico

Memória RAM

Sinal Digital

Conversor CMOS/RS232

Sinal Serial CMOS

Sinal Serial RS232

Figura 3.3 - Diagrama em blocos do Hardware

3.1.1. Sensores

No projeto foram utilizados 8 sensores FSR, dispostos na palmilha conforme

mostra Figura 3.1. O sinais dos sensores passam por um buffer e são enviados para o

microcontrolador. O buffer utilizado foi o amplificador operacional LM358 da National

Instruments.

3.1.2. Microcontrolador

O microcontrolador é o elemento responsável pela aquisição e tratamento do

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sinal proveniente dos sensores, assim como realizar a comunicação com o computador

através de uma interface serial.

O sinal proveniente dos sensores chegam ao microcontrolador na faixa de 0 à

4,7 V. Para isso foi utilizado um diodo zener de 4,7V na entrada referencial do

conversor A/D do microcontrolador.

Pelo pouco espaço disponível em memória RAM no atmega64 é possível

realizar apenas 7 segundos de aquisição, num total de 400 aquisições dos 8 sensores

na palmilha. As aquisições pelos 8 sensores da palmilha foram realizadas de 20ms em

20ms.

Para gravar o firmware no microcontrolador foi necessário desenvolver uma

interface de comunicação. O atmega64 dispoe de três interfaces diferentes:

programação paralela, programação serial e programação SPI. A escolhida foi a SPI.

Esta interface grava via porta paralela do computador mas envia os dados em modo

serial. Foi necessário tambem desenvolver um hardware que pode ser visto em anexo.

3.1.3. Transmissão de dados

A transmissão de dados do hardware para o microcomputador poderá ser feita

via interface serial ou USB.

Para que seja possível realizar a transmissão de dados do microcontrolador para

o computador foi necessário desenvolver uma interface para a comunicação entre o

microcontrolador e o computador, pois o sinal serial do Atmega64 é do tipo CMOS, ou

seja, varia de 0 a 5V, e a porta serial do computador o padrão é o RS-232, que varia de

-8V e +8V.

Para a transmissão pela porta USB foi usado o dispositivo TUSB3410 fabricado

pela Texas Instruments que faz a conversão de uma transmissão serial para USB. O

fabricante fornece junto um driver para ser instalado no computador. Este driver

permite que a porta USB, à qual está ligado o TUSB3410 seja tratada como uma porta

serial.

Com o uso deste driver, é possível disponibilizar uma interface USB para o

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usuário, sem as complicações de um tratamento especial por software e hardware da

interface USB.

3.1.4. Circuito de Alimentação

A alimentação de todo o hardware é feita através de uma fonte estabilizada que

forneça tensões continuas entre 7V e 15V. Esta tensão é limitada em 5V pelo regulador

de tensão UA7805C da Texas Instruments. Este regulador foi escolhido porque

apresenta uma regulagem de alta precisão.

3.2. Projeto do Software

O software deste projeto foi dividido em duas partes: Firmware e Software

Cliente. O Firmware é o responsável por todo o controle do módulo de hardware,

percorrendo os 8 sensores, realizando a conversão A/D do sinal do sensor

,armazenando os dados em memória e trasmitindo os dados via porta serial ou USB. O

software recebe os dados do módulo de hardware, analisa os dados e exibe as

imagens da pressão plantar em interface gráfica.

3.2.1. Firmware

O firmware ficou responsável pela configuração do microcontrolador, operação

do conversor A/D, armazenamento das informações convertidas e transmissão dos

dados do microcontrolador para o computador, conforme pode ser visto na Figura 3.5.

O programa foi desenvolvido em linguagem C usando o software AVR Studio® 4 da

Atmel. Para gravar o programa no microcontrolador foi utilizado o software PonyProg

2000.

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Microcontrolador Atmega64

FirmwareConversor A/D

Memória RAM

Figura 3.5 - Diagrama em blocos do firmware

O firmware inicia seu funcionamento configurando todos os perfiféricos que

serão utilizados. Primeiramente, é feita a configuração da porta serial para uma

velocidade de transmissão e recepção de 19200 bps. Após a configuração da porta

serial, é realizado a configuração do conversor analógico digital, para que utilize a

tensão externa de referência. Após esta configuração a interrupção zero é a habilitada.

Depois disso o software aguarda a chegada de uma interrupção, a qual é

chamada quando o botão de inicio de conversão é precionado. Quando o botão é

precionado ele inicia a conversão percorrendo os oitos sensores em serie num total de

400 vezes. Ao termino do processo de conversão ele habilita a interrupção da porta

serial e fica em modo de espera. Ao chegar a interrupção da porta serial, avisando que

o Software Cliente está aguardando os dados, o programa percorre a memória e envia

os dados vai serial para o computador, ao termino o firmware envia uma instrução

avisando do termino. Ao final o programa volta a aguardar que o botão de inicio de

conversão seja precionado.

A Figura 3.7 exibe o fluxograda do processo descrito acima e a Figura 3.5 exite o

digrama de estados.

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Modo espera 1

Início

Conversão A/DPrecionado botão

Modo espera 2

Termino

Transmissão serial Interrupção Serial

Termino

Figura 3.5 - Diagrama de estados do Firmware

Início

Configura A/D, Serial e

interrupção

Precionado Botão?

Converte os dados vindo dos

sensores

Sim

Não

Recebeu a instrução serial?

Não

Transmite os dados via serial

Figura 3.7 - Fluxograma do Firmware

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3.2.2. Software Cliente

O Software Cliente recebe as informações vindas do hardware via porta Serial

ou USB e armazena em uma banco de dados. Após a transmissão dos dados o

software realiza uma análise e exibe a pressão plantar da pessoa na tela do

computador. A Figura 3.7 exibe o diagrama em blocos do software.

Análise dos dados

Exibição da impressão plantar em interface

gráfica

Computador

Software Armazenamento em Banco de Dados

Hardware

Figura 3.7 - Diagrama em blocos do software

O Software Cliente foi desenvolvido em linguagem Java, utlizando a ferramenta

Eclipse. O banco de dados utilizado foi o PostgreSQL.

A Figura 3.8 exibe a pressão plantar exibidas no software.

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Figura 3.8 - Pressão plantar mostradas no software

3.2.2.1. Diagramas de Caso de Uso

A Figura 3.9 ilustra os casos de uso observados no sistema.

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Sistema

Usuário

Manutenção dePaciente

Carregar Avaliação

VisualizarAvaliação

Manutenção deUsuário

Figura 3.9 - Diagrama de Caso de Uso

Segue uma breve descrição dos casos de uso ilustrados na Figura 3.9.

?? Manutenção de Paciente: realiza o cadastro(inclusão, alteração e

exclusão) de uma pessoa;

?? Manutenção de Usuário: realiza o cadastro(inclusão, alteração e

exclusão) de um usuário;

?? Carregar Avaliação: adquire os dados da avaliação via porta serial;

?? Visualizar Avaliação: mostra a impressão platar da pessoa.

3.2.2.2. Diagramas de Sequência

Os diagramas de sequência abaixo ilustram a ordem das interações dos atores

externos com o sistema e os eventos que eles geram.

As Figuras: Figura 3.10, Figura 3.11 e Figura 3.12 mostram os diagramas de

seqüencia do cadastro de paciente. As Figuras: Figura 3.13, Figura 3.14 e

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Figura 3.15 mostram os diagramas de seqüencia do cadastro de usuário. A Figura 3.16

mostra o diagrama de seqüencia que carrega a avaliação e grava no banco de dados.

Usuário CtrlPaciente Paciente

IncluirPaciente()

Incluir()

Gravar()

Figura 3.10 - Diagrama de Seqüência – Incluir Paciente

Usuário CtrlPaciente Paciente

AlterarPaciente()

Alterar()

Gravar()

Figura 3.11 - Diagrama de Seqüência – Alterar Paciente

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Usuário CtrlPaciente Paciente

ExcluirPaciente()

Excluir ()

Avaliacao

Excluir ()

PontosPressao

Excluir( )

Figura 3.12 - Diagrama de Seqüência – Excluir Paciente

Usuário CtrlUsuario Usuario

IncluirUsuario()

Incluir()

Gravar()

Figura 3.13 - Diagrama de Seqüencia – Incluir Usuário

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Usuário CtrUsuario Usuario

ExcluirUsuario()

Excluir ()

Figura 3.14 - Diagrama de Seqüencia – Excluir Usuário

Usuário CtrlUsuario Usuario

AlterarUsuario()

Alterar()

Gravar()

Figura 3.15 - Diagrama de Seqüencia – Alterar Usuário

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Usuário CtrlPessoa

BaixarSerial()

Serial

baixarDados:=baixarDados()

Pontos

Pessoa

IncluirAvaliacao (Data, Pontos)

Avaliação Pontos de Pressão

Gravar()

Gravar()

New(Pontos)

New(Ponto)

Figura 3.16 - Diagrama de Seqüência – Carregar Avaliação

3.2.2.3. Diagrama de Classes

O diagrama de classe da Figura 3.17 exibe a estrutura das classes do software.

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+baixarDados() : int

TransmissaoSerial

+New( in Ponto : int)+Excluir ()+Gravar()

-numPonto : int-Pressao : float

PontosPressao

+Incluir ()+Alterar()+Excluir()+Gravar()+IncluirAvaliacao (in Data : char, in Pontos : int)+SetObsAvaliacao(in Observacao : char )

-CodPessoa : int-Nome : char-DataNascimento : char-Altura : float-Peso : float-Avaliacao : Avaliacao

Pessoa

+New(in Pontos : int)+Excluir()+Gravar()

-CodPessoa : int-Data : string-Observacao : char-PontosPressao : PontosPressao

Avaliacao

1

0..*

0..*

1

+BaixarSerial()+IncluirPessoa()+AlterarPessoa()+ExcluirPessoa()+PegarAvaliacao(in Data : string) : int+SetObsAvaliacao(in Observacao : char)

-Pessoa : PessoaCtrlPessoa

1 11

1

+Incluir()+Excluir ()+Gravar()+Alterar( )

-CodUsuario : int-dataCad : object-Nome : string-Endereco : string-Bairro : string-Cidade : string-Estado : string-Pais : string-CEP : int-CPF : float-RG : string-Telefone : string-Celular : string-DataNasc : object-Senha : string-Apelido : string

Usuario

+IncluirUsuario()+AlterarUsuario()+ExcluirUsuario()

-Usuario : UsuarioCtrlUsuario

1

1

Figura 3.17 - Diagrama de Classe

3.2.2.4. Modelo Entidade Relacional (MER)

A Figura 3.18 mostra o modelo entidade relacional da base de dados.

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Pessoa

CodPessoa (IE1)

Nome (O) DataNascimento (O) Altura (O) Peso (O)

Avaliacao

CodPessoa (FK)Data

Observacao (O)

PressaoPontos

CodPessoa (FK)Data (FK)NumPonto

Pressao (O)

Usuario

CodUsuario

dataCad Nome Endereco (O) Bairro (O) Cidade (O) Estado (O) Pais (O) CEP (O) CPF (O) RG (O) Telefone (O) Celular (O) DataNasc (O) Senha Apelido

Figura 3.18 - Modelo Entidade Relacional (MER)

3.2.2.5. Prototipos de Tela

As figuras abaixo exibem os prototipos de tela do software.

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Figura 3.19- Protótipo de Tela - Cadastro de Usuário

Figura 3.20 - Protótipo de Tela - Cadastro de Paciente

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Figura 3.21 - Protótipo de Tela - Consulta

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4. CRONOGRAMA

Tabela 4.1 - Descrição das atividades do cronograma

ID Nome da Tarefa Início Final 1 Estudos Gerais Mon 02/01/06 Mon 03/04/06 2 Pesquisa sobre pressão plantar Mon 02/01/06 Mon 03/04/06 3 Documentação Mon 02/01/06 Mon 06/11/06 4 Elaborar proposta Mon 02/01/06 Mon 06/03/06 5 Elaborar especificação tecnica Mon 06/03/06 Mon 03/04/06 6 Elaborar monografia Mon 03/04/06 Mon 12/06/06 7 Elaborar manual do usuário Thu 20/07/06 Mon 06/11/06 8 Projetar hardware Mon 02/01/06 Mon 17/07/06 9 Levantamento dos componentes eletronicos Mon 02/01/06 Mon 03/04/06 10 Estudo dos componentes eletrônicos definidos Mon 06/03/06 Mon 17/04/06 11 Testes com sensores Mon 17/04/06 Mon 01/05/06 12 Montagem do circuito do microcontrolador Mon 17/04/06 Mon 01/05/06 13 Montagem do circuito comunicação microcontrolador/PC Tue 18/04/06 Mon 12/06/06 14 Integração dos modulos de hardware Tue 13/06/06 Mon 17/07/06 15 Implementar Software Thu 01/06/06 Fri 18/08/06 16 Desenvolvimento do código do firmware Thu 01/06/06 Mon 12/06/06 17 Teste algoritmo firmware Tue 13/06/06 Thu 13/07/06 18 Desenvolvimento do protocolo de comunicação do

microcontrolador e o microcomputador Wed 12/07/06 Fri 18/08/06

19 Desenvolvimento do software para exibição da pressão plantar

Mon 12/06/06 Mon 10/07/06

20 Integração SW e HW Mon 21/08/06 Thu 14/09/06 21 Testes Fri 15/09/06 Thu 12/10/06 22 Revisão de toda documentação Fri 13/10/06 Tue 07/11/06

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5. ESTUDO DA VIABILIDADE ECONÔMICA

Tabela 5.1 - Tabela de Viabilidade Econômica

Componentes Quantidade Preço Total (R$)

Sensor FSR 8 U$$ 3,50 61,60

Microcontrolador Atmega64 1 R$ 5,00 5,00

Cabo Serial 1 R$ 10,00 10,00

Cabo Paralelo 1 R$ 10,00 10,00

Palmilha 1 R$ 40,00 40,00

Componentes eletrônicos (cabos,

amplificadores operacionais, resistores,

capacitores, etc.).

30,00

Total em Reais 156,60

O valor por horas não está mencionado na tabela acima.

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6. RESULTADOS

O sensores utilizaram se mostraram muito eficiente mas por estes saturararem

quando se chegava aos 10Kg foi necessário colocar uma palmilha para realizar o

amortecimento.

O baixo número de sensores fez com que os resultados não fossem muito

precisos, pois não foi possível obter a impressão plantar de todo o pé.

O processador apresentou um funcionamento bom tanto na conversão como na

transmissão de dados. Mas, por este somente possuir 4Kbytes de memória para

efetuar a gravação fez com que a velocidade de aquisição do sinal fosse diminuida e

com isso, em velocidades maiores não foi possível realizar uma análise da impressão

plantar.

O software conseguiu exibir com clareza as imagens da impressão plantar,

demonstrando as informações vindas do hardware com perfeição.

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7. CONCLUSÃO

De acordo com a proposta de funcionamento apresentada, o sistema obteve um

desempenho satisfatório. Apesar do número de sensores utilizados ser menor que o

necessário, foi possível realizar uma análise da estrutra do pé quando a pessoa

realizava caminhadas lentas. Umas das melhorias para um novo desenvolvimento

deste sistema é um maior número de sensores para que se possa obter uma maior

precisão na análise da pressão plantar.

O microcontrolador se mostrou eficaz mas pela pouca memória disponível, não

foi possível realizar grandes aquisições nem com a velocidade maior. Outra melhoria

poderia ser a utilização de uma memória externa.

O software se mostrou bastante eficiente e não foram detectados problemas.

Algumas funções extras poderiam ser implementadas, como relatórios, gráficos e

outras formas de auxílio para a análise.

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8. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

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