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1 CENTRO UNIVERSITÁRIO - UNIFMU CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA RELAÇÃO ENTRE A FORÇA MUSCULAR DE MEMBROS INFERIORES E A POTÊNCIA AERÓBICA EM UNIVERSITÁRIOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA FÁBIO VALEJO N.º 22 4º ANO - TURMA 1424A2 TRABALHO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PROFESSORA ANDRÉA RAMIREZ PROFESSORA VALÉRIA SANTOS DE ALMEIDA PROFESSORA SÍLVIA CORAZZA DA SILVA SÃO PAULO, DEZEMBRO DE 2003

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CENTRO UNIVERSITÁRIO - UNIFMU

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

RELAÇÃO ENTRE A FORÇA MUSCULAR DE MEMBROS INFERIORES E A POTÊNCIA AERÓBICA EM UNIVERSITÁRIOS DE

EDUCAÇÃO FÍSICA

FÁBIO VALEJO N.º 22

4º ANO - TURMA 1424A2

TRABALHO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PROFESSORA ANDRÉA RAMIREZ

PROFESSORA VALÉRIA SANTOS DE ALMEIDA PROFESSORA SÍLVIA CORAZZA DA SILVA

SÃO PAULO, DEZEMBRO DE 2003

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Resumo Objetivo: o objetivo deste estudo foi verificar a relação entre a força muscular de membros inferiores e a potência aeróbica em universitários de educação física. Método: participaram dos testes quinze graduandos em educação física do sexo masculino com idades entre vinte e um e trinta e quatro anos. Todos os voluntários cursavam o quarto e último ano, no período noturno, e a única atividade física sistematizada que praticavam era a desenvolvida durante as aulas. A força muscular de membros inferiores foi medida indiretamente por meio do desempenho em se impulsionar verticalmente com auxílio dos membros superiores. A potência aeróbica foi avaliada pelo teste de bicicleta ergométrica. As medidas foram realizadas no Laboratório de Fisiologia do Exercício do Centro Universitário UniFMU, pela padronização CELAFISCS. O coeficiente de correlação de Pearson foi utilizado para se determinar a correlação entre a impulsão vertical e o VO2 máx. Para descrever sem comparar utilizamos média e desvio padrão. Foi adotado o nível de significância p < 0,05. Resultados: a força muscular de membros inferiores não se correlacionou significativamente com o VO2 máx. em ml/kg/min. nem em l/min. (r = -0,01 e r = -0,07, respectivamente). No entanto, a correlação entre a impulsão vertical dividida pelo peso corporal e o VO2 máx. em l/min. foi significativa para p < 0,05, moderada e negativa (r = -0,53). Estes resultados indicam que a força muscular de membros inferiores desenvolvida por unidade de kg de peso corporal é um índice capaz de influenciar em 27,9% o VO2 máx. em l/min. Conclusões: não há associação entre a força muscular de membros inferiores absoluta e a potência aeróbica, no entanto quando a força foi corrigida pelo peso encontrou-se relação entre estas duas variáveis. Conclui-se indiretamente que provavelmente o peso corporal esteja relacionado ao VO2 máx. e que seja portanto, fator limitante no desenvolvimento de caminhadas e corridas com finalidade de manter a saúde ao invés da força de membros inferiores. Provavelmente indivíduos com pouca força muscular de membros inferiores serão capazes de atingir melhores limiares de VO2 máx uma vez que diminuam o peso.

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Sumário I. Introdução 5 1.1. Definição do Problema 5 1.2. Justificativa 5 1.3. Objetivo 6 II. Revisão da Literatura 7 2.1. Potência Aeróbica 7 2.2. Força Muscular 13 III. Métodos 18 3.1. Amostra 18 3.2. Procedimentos 18 3.2.1. Medida da Força Muscular de Membros Inferiores 18 3.2.2. Determinação da Potência Aeróbica 19 3.3. Análise dos Dados 20 IV. Resultados e Discussão 21 V. Conclusões 22 VI. Referências Bibliográficas 23 VII. Anexos 25 7.1. Coleta de Dados - Folha de Protocolo de Avaliação 25 7.2. Escala RPE de Borg 27

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I. Introdução 1.1. Definição do Problema

Os exercícios de força não são indicados pela mídia não científica para a maioria das pessoas que caminham ou correm. E percebendo muitos casos em que o indivíduo não caminha ou corre por problemas articulares ou falta de força, propusemos este estudo para apresentar a relação entre a força muscular de membros inferiores e a potência aeróbica em universitários de educação física.

Existem diferentes trabalhos de força, potência muscular, resistência muscular, hipertrofia muscular. Neste estudo, observamos a potência muscular para identificar o quanto a força influencia na potência aeróbica. Acreditamos que a comparação da hipótese experimental facilite a programação do treinamento aeróbico. 1.2. Justificativa

A qualidade de vida e atividade física são fundamentais na prevenção da saúde. Os principais efeitos benéficos da atividade física e do exercício descritos na literatura são: efeitos antropométricos e neuromusculares (diminuição da gordura corporal; incremento da massa muscular; incremento da força muscular; incremento da densidade óssea; fortalecimento do tecido conetivo; incremento da flexibilidade), efeitos metabólicos (aumento do volume sistólico; diminuição da freqüência cardíaca em repouso e no trabalho submáximo; aumento da potência aeróbica (VO2 máx.) 10-30%; aumento da ventilação pulmonar; diminuição da pressão arterial; melhora do perfil lipídico; melhora a sensibilidade a insulina) e efeitos psicológicos (melhora do auto-conceito; melhora da auto-estima; melhora da imagem corporal; diminuição do stress e da ansiedade; melhora da tensão muscular e da insônia ; diminuição do consumo de medicamentos; melhora das funções cognitivas e da socialização). Com estes efeitos gerais do exercício tem-se mostrado benefício no controle, tratamento e prevenção de doenças como diabetes, enfermidade cardíaca, hipertensão, arteriosclerose, varizes, enfermidades respiratórias, artrose, artrite, dor crônica e desordens mentais ou psicológicos.

A potência aeróbica é definida como uma das variáveis mais importantes para a manutenção da aptidão física. Para desenvolver a potência aeróbica são necessários exercícios de longa duração e baixa intensidade. A corrida e a caminhada tem sido indicadas como maneira prática de adquirir saúde, que não requerem equipamento nem habilidade. No entanto, muitas vezes o excesso de peso e a diminuição da força limitam as possibilidades da corrida e da caminhada.

Desta forma, acreditamos que muitas vezes a falta de força pode impedir as pessoas de caminharem ou fazerem trabalho aeróbico.

Pessoalmente, o assunto é significativo para minha curiosidade profissional visto que sou praticante de corrida e convivo com outros apaixonados andarilhos e corredores.

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1.3. Objetivo Este estudo teve como objetivo verificar a relação entre a força muscular de membros inferiores e a potência aeróbica em universitários de educação física.

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II. Revisão da Literatura 2.1. Potência Aeróbica A potência aeróbica é a capacidade que um indivíduo tem em realizar uma atividade física com duração superior a quatro minutos, em que a energia requerida pare esta atividade provém primordialmente do metabolismo oxidativo de nutrientes. Assim, como colocado por DUARTE (1998), o consumo de oxigênio VO2 é a medida mais exata de que dispomos para avaliarmos a potência aeróbica de um indivíduo ao realizar um trabalho físico. É definido como sendo a quantidade de oxigênio que um indivíduo consegue captar do ar alveolar, transportar aos tecidos pelo sistema cardio-vascular e utilizar na célula na unidade de tempo. O consumo de oxigênio se comporta de maneira diferente quanto à idade, sexo, constituição corporal, ambiente, etc., sendo relativamente constante em um dado indivíduo, embora também possa diminuir por falta de atividade física aeróbica, como também possa aumentar após um período de treinamento aeróbico. Dentro das diversas variáveis que compõe a aptidão física geral, a potência aeróbica é uma das mais importantes, pois de sua avaliação podemos obter dados sobre o sistema cardio-respiratório de um indivíduo e de que forma várias funções fisiológicas se adaptam às necessidades metabólicas quando da realização um trabalho físico. O consumo de oxigênio é geralmente expresso em: - l/min (litros por minuto); - ml/kg/min (mililitros por kg de peso corporal por minuto); - Met (1 unidade metabólica que corresponde ao consumo de O2, em condições de

repouso e equivale a 3,5 ml/kg/min). As avaliações da potência aeróbica se iniciaram há quase um século e assim hoje existe uma infinidade de testes que ora são simples e altamente aplicáveis, ora são altamente complexos, geralmente traduzindo o grau de desenvolvimento científico e tecnológico da país do pesquisador. Na avaliação da potência aeróbica podemos usar alguns aparelhos denominados ergômetros, dos quais podemos citar: a bicicleta ergométrica (mecânica ou eletromagnética), a esteira rolante, o banco de madeira, o remo-ergômetro (específico para remadores),a “swiming-flume” (específica para nadadores), como também podemos considerar as pistas de atletismo e quadras de esporte. As medidas realizadas nesses ergômetros podem ser feitas de duas formas: a) direta: onde o VO2 do indivíduo é analisado através de métodos químicos e

físicos, com um custa operacional elevado e que em termos de aplicação para grandes populações é pouco viável sendo, no entanto, a medida de maior precisão;

b) indireta: avaliação em geral, baseada na relação linear que existe entra a freqüência cardíaca e o VO2, medido quando as requisições e produção energética tenham chegado a equilíbrio (steady-state). Esse tipo de avaliação é feita utilizando-se nomogramas, fórmulas, análises de regressão, desenvolvidos a partir de medidas diretas e com o objetivo de predizer o VO2 do indivíduo partindo de um teste sub-máximo.

Como exemplo destacamos alguns testes de medida indireta, que podem ser realizados tanto no campo como no laboratório, com baixo custo operacional e com

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possibilidade de avaliação em massa, desde que seguidas todas as normas de aplicação: - teste de corrida de 1000 metros; - teste de banco de Balke; - teste de banco de Astrand; - teste de bicicleta ergométrica; - teste de corrida de 12 minutos (teste de Cooper).

Como muitos outros animais, como colocado por SILVA et al. (1977) o homem tem a habilidade de mover-se em relação ao meio ambiente e realizar vários tipos de trabalho mecânico pela movimentação de diferente partes do corpo. Tal habilidade depende da habilidade dos músculos esqueléticos, que são capazes de transformar energia química em mecânica, durante as suas contrações musculares. O sistema de transporte de oxigênio que no ser humano compreende o sistema cardio respiratório, há muito tempo tem sido estudado. Em termos de atividade física o consumo de oxigênio VO2 é amplamente aceito como um determinante importante da aptidão cardiovascular-respiratória. Existem até o momento muitas evidências sugerindo que o VO2 max. É influenciado por fatores extrínsecos como o treinamento e a altitude , como também por fatores intrínsecos com hereditariedade, sexo e idade. A variabilidade da potência aeróbia máxima é de 93,4% geneticamente determinada. De maneira geral o VO2 é definido como sendo a maior quantidade alveolar, transportar aos tecidos e utilizar em nível celular, na unidade de tempo.

De acordo com DENADAI e BALIKIAN JUNIOR (1995), o consumo máximo de oxigênio (VO2 máx.) que é uma boa medida de caráter geral dos fatores cardiorrespiratórios e metabólicos que afetam a capacidade máxima do organismo em captar, transportar e utilizar o oxigênio, foi durante muito tempo considerado o melhor índice para determinar-se a “performance” em esportes de longa duração.

Diferentes métodos e técnica podem ser utilizadas na determinação do VO2 máx., podendo ser medido de forma direta ou indireta. A medida direta nos fornece dados mais próximos do real, no entanto esta determinação requer materiais e equipamentos sofisticado, tais como esteiras rolantes e/ou bicicletas ergométrica conectadas a analisadores de gás, bolsa de Douglas, válvulas respiratórias especiais, espirômetros, etc.

Tendo em vista a nossa realidade de Terceiro Mundo e conhecendo a importância de que programas de esporte de massa, além de serem desenvolvidos também sejam avaliados no item cardio respiratório, vemos que a utilização de uma metodologia sofisticada, em programas brasileiros é, senão inexeqüível, um contra senso. Este mesmo pensamento consta do programa biológico internacional, que contra indica o uso de esteiras rolantes e de métodos de avaliação direta do VO2, quando o objetivo for o de avaliar a capacidade aeróbia de grandes populações, indicando nesses casos a mensuração através de métodos indiretos.

Em relação ao VO2 os dados evidenciam um aumento dos valores em l/min. com o decorrer da idade e um declínio a partir dos 20 anos.

Os maiores valores de VO2 são encontrados no grupo masculino, na maioria da faixas etárias, com exceção das idades de 11 a 14 anos, quando as meninas, talvez em decorrência de um surto pubertário mais precoce, atingem valores superiores que após essa idade são superados pelos rapazes, em fase de franca puberdade.

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Alguns estudos já foram realizados utilizando a freqüência cardíaca da recuperação. A FCR de 5-15 segundos após esforço pode ser um método válido para predição de VO2.

Ocorre correlação entre FCR e VO2 em ml/Kg/min., mas estes valores são baixos e não permitem que seja indicada a utilização de FCR de 1º; 2º; 3º ou 4º minutos como parâmetros de medida de VO2 (SILVA et al. 1977).

A importância da aptidão física para homem não é um conceito recente. Desde 800 anos A. C. na Índia podemos verificar que nos manuscritos de Ayur Veda o homem já se preocupava em realizar estudos sobre a constituição física do ser humano e com a criação de exercícios que aprimorassem o desenvolvimento muscular e o melhor funcionamento do organismo, tanto na parte funcional como na parte de adaptação ao trabalho a ser realizado. Com esta idéia, a medicina aliou-se ao esporte e assim começaram a caminhar juntos por todo o mundo, a mais de dois mil anos.

Podemos notar no Brasil, com o decorrer dos anos, um crescente incentivo à pratica da educação física tanto em clubes como em colégios, mas apesar da lenta conscientização popular, o número de elementos participantes em programas de esporte tem aumentado nas mais diversas modalidades em diferentes regiões do País. Geralmente esses indivíduos passam por programas de educação física nos colégios onde normalmente segue-se o plano de trabalho proposto pelo Governo Federal e embora cada professor possua vários métodos de trabalho escolhe aquele que lhe é mais adequado sem fugir da sua realidade.

Muitas vezes o profissional desta área desconhece o resultado que seu trabalho alcança, pois por comodidade ou desconhecimento não avalia o desenvolvimento de seus alunos.

Como já foi enfocado anteriormente, a aptidão física geral é de suma importância para a vida do homem, sendo que esta se compõe de diversas variáveis como: força, velocidade, potência de membros superiores e inferiores e outras que poderão ser avaliadas pelo professor.

Atualmente muitos autores tem dado importância maior a avaliação do consumo de oxigênio, VO2, ou seja, avaliação da quantidade de oxigênio que o indivíduo consegue captar e utilizar em nível celular. Já no início do século passado, se procuravam dar uma concepção de consumo máximo de oxigênio após ter observado um platô nos resultados obtidos em um sujeito , onde eram feitas sucessivas corridas com velocidades crescentes. Examinava-se a validade da mensuração da capacidade máxima de oxigênio, classificando a performance atlética do indivíduo. Esta mensuração foi posicionada em perspectiva científica mais apropriada, dando linhas de orientação e técnicas, tornando-se o VO2 máximo o alvo da aptidão cardio respiratória se considerarmos:

- a duração e a intensidade suficiente de exercício são alcançadas por no mínimo de 50% ou mais do total da massa muscular;

- se elas são independentes da motivação ou habilidade; - um platô de VO2 é alcançado e auxilia o aumento do consumo de oxigênio; - uma propriedade alta de concentração de lactato no sangue é alcançada

para indicar que a demanda de oxigênio está excedendo o fornecimento. Diferentes métodos são apresentados na literatura para a mensuração desta

variável, dividindo-se basicamente em métodos diretos onde geralmente são utilizados esteiras rolantes, bicicletas ergométricas, remos ergométricos, swimming flume, acoplados a analisadores de gases de sistemas de computação especiais, medindo diretamente o VO2 do indivíduo testado; e métodos indiretos onde são

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utilizados, neste caso, bicicletas ergométricas mecânicas, bancos de madeira e pista de atletismo, sendo a determinação do VO2 realizada de forma indireta, onde através de nomogramas, fórmulas e tabelas podendo classificar a performance atlética do sujeito em relação a sua capacidade aeróbia. Em se tratando de avaliação para massa, segundo muitos autores este sem dúvida nenhuma é o método mais indicado a ser utilizado, pois não necessita de materiais tão sofisticado, possibilitando um baixo custo operacional vindo assim de encontro à nossa realidade.

Num teste de pista para avaliação da capacidade máxima de oxigênio, o indivíduo atinge o tempo de corrida a sua potência aeróbia máxima, após percorrer uma distância de 1.000 metros. A validade deste teste foi comprovada pela comparação entre VO2 máx. predito e o VO2 máx. direto e o coeficiente de correlação encontrado foi 0,93 com erro padrão de 1,5.

A superioridade do sexo feminino em relação as características de peso e altura podem ocorrer pelo fato de que a mulher brasileira em geral atinge a puberdade anteriormente ao homem, principalmente nas idades de 11 à 13 anos.

Os valores de potência aeróbia máxima em ambos os grupos aumentam com o decorrer da idade, juntamente com os valores de velocidade. Isto pode ser confirmado por alguns pesquisadores que evidenciam estes melhores resultados da capacidade cardio respiratória, com relação a idade e sexo.

Podemos concluir que o teste de corrida de 1.000 metros torna-se um bom método de avaliação da potência aeróbia máxima, desde que a velocidade de corrida mantenha-se constante, apesar de que a maior dificuldade encontrada na realização do teste de crianças é a de fazer com que estas corram em ritmo constante.

A alta aplicabilidade, o uso de material não sofisticado e a metodologia simples do trabalho, faz com que este teste possa ser utilizado pelos professores de educação física em larga escala, podendo-se ter assim dados sobre potência aeróbia máxima de um grande número de crianças brasileiras (PEREZ et al.1978).

O sistema cardio respiratório tem recebido especial atenção por parte dos indivíduos que trabalham em educação física devido sua importância na aptidão física aeróbia, anaeróbia e mista. Também porque o seu desenvolvimento diminui a incidência de doenças tais como infarto, hipertensão, bronquite, insuficiência respiratória e ainda porque diminui a atuação do ácido lático na musculatura, o que repercute em maior rendimento de indivíduos que realizam provas de velocidade.

Existem várias formas para se medir a capacidade cardio respiratória sendo que o consumo máximo de oxigênio (VO2 máx.) é aceito como melhor índice para essa avaliação.

O VO2 máx. para qualquer indivíduo é um bom critério que nos auxilia a avaliar a que nível as várias funções fisiológicas se adaptam ao aumento metabólico necessário para realizar trabalho físico.

Existem vários métodos e técnicas para se determinar o VO2 máx. podendo ser medido através de método direto e indireto. A medida direta é mais exata mas requer materiais onerosos como esteiras, bicicletas ergométricas, eletrocardiógrafos, sacos de Douglas etc.

Os testes de medida indireta de bicicleta mecânica, pista e banco que são recomendados por muitos peritos da área de avaliação para medir um grande número de pessoas podem ser quase tão precisos quanto os testes de medida direta se forem aplicados conforme padronização. Fazer uma retrospectiva sobre uma dessas formas de medida indireta: a dos testes de banco visando um

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conhecimento mais aprofundado dos mesmos para uma escolha mais racional de acordo com a situação, financeira, tempo para avaliação, idade etc.

A capacidade de trabalho do avaliado como determinada pela habilidade do sistema cardio vascular em suprir de oxigênio o músculo cardíaco é indicada pela extensão a qual o teste pode ser executado sem exceder limitações descritas. Como o teste é padronizado e aumentos da carga de trabalho são em iguais multiplicações da taxa metabólica basal, a extensão do trabalho a qual o avaliado pode seguramente executar, pode ser estimada depois de um estudo cuidadoso da performance.

Um teste simples não somente fornece informações válidas sobre a capacidade de trabalho do avaliado mas também ajuda a estabelecer a carga relativa de trabalho na qual um treinamento ou programa de exercício deve ser iniciado. E também serve como base, por série de testes, para determinar se tem havido algum incremento ou diminuição na habilidade do avaliado em executar trabalho. Testes em série podem ser utilizados em conexão com um programa de exercício para aumentar a capacidade de trabalho ou para taxar o valor de terapias farmacêuticas e/ou dietas no tratamento de moléstias cardiovasculares.

De acordo com afirmações de vários autores os testes que não medem freqüência cardíaca durante o exercício tem os seus valores prejudicados em função dos seguintes fatores:

É sabido que para se avaliar a capacidade cardio respiratória é necessário que o avaliado seja medido em atividade. A freqüência cardíaca é proporcional à carga de trabalho imposta e também ao consumo de oxigênio durante o exercício. Isto é verdade somente durante o steady state, contudo, quando o trabalho é realizado aerobiamente. É evidente que a freqüência cardíaca de recuperação dá somente uma grosseira idéia de freqüência cardíaca atingida durante o exercício. Portanto é realmente necessário medir a freqüência cardíaca durante o teste.

Quando a freqüência cardíaca registrada por um ecocardiograma foi comparada com a freqüência cardíaca medida no pulso carótideo, uma correlação foi obtida. A freqüência cardíaca não deve ser medida no pulso carotídeo devido a grandes alterações de 10 até 75% da medida real. Portanto os testes que medem freqüência cardíaca no pulso carotídeo também tem seu valor alterado.

O teste de banco Uvic não tem seus resultados alterados pela força ou pela estatura dos avaliados, o que reforça a importância dos testes de banco.

Deve ser observado o tempo para aplicação do teste e o número de avaliados para uma escolha mais adequada. Existem testes de banco para se medir a capacidade cardio respiratória e precisam ser observadas com atenção as indicações para cada um, pois eles tem ótima aplicabilidade o que é muito importante para a realidade brasileira (MARTZ et al. 1978).

A aptidão física de um indivíduo pode ser avaliada através da mensuração de diversas variáveis. Parece que a avaliação do sistema cardio respiratório é uma das mais importantes, pois através dela podemos obter informações e valores do consumo de oxigênio do indivíduo. De maneira geral existem muitos testes para avaliar o VO2, mas poucos os existentes para serem utilizados em sedentários.

A aptidão física de um indivíduo é melhor indicada através da mensuração do sistema cardio respiratório e o seu melhor índice é o VO2 máximo, ou seja , a capacidade que o indivíduo tem de captar o oxigênio em nível alveolar e utilizá-lo em nível celular (SALOMÃO e DUARTE 1986).

Os efeitos psicológicos e fisiológicos do fumo tem recebido a atenção de inúmeros pesquisadores. As pesquisas mostram que resultados obtidos, VO2

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máximo de fumantes não apresentou resultados que estatisticamente se diferenciassem dos obtidos por não fumantes, sendo que tal fato se repetiu em todos os grupos etários. Os fumantes não apresentam diferenças significativas quanto ao consumo de oxigênio máximo predito em relação aos não fumantes. Estes resultados podem ser explicados pelos mecanismos compensatórios que ocorrem nos fumantes, como maior freqüência cardíaca, freqüência de repouso, débito cardíaco e maior volume sistólico. (BRANCAGLION et al. 1977).

O ser humano sempre praticou atividade física ou esporte, mas só recentemente surgiu a preocupação de estudar a importância com rigor científico. No terceiro mundo , a ciência do esporte é ainda mais recente. Metabolismo anaeróbio alático ou ATP-CP, metabolismo anaeróbio lático ATP ou ácido lático e metabolismo aeróbio, foram propostos vários testes para mensurar cada uma dessas fases do metabolismo, no entanto, muitos desses testes requerem um material muito caro e pessoal especializado.

De repente se começou a dar mais importância ao esporte, tanto por parte das autoridades como por parte dos estudiosos e a população de modo geral. A pratica de atividade física e esportiva foi-se tornando mais organizada visando lazer daquelas horas de folga, também observou-se que o esporte era um importante meio de promoção da saúde, Surgiu então a ciência do esporte para estudar qual deveria ser atividade física mais importante para o ser humano, aos poucos estas respostas foram sendo dadas, o que se verificou foi que todos poderiam praticar algum tipo de atividade física, tomando cuidados especiais com os cardiopatas, hipertensos, diabéticos etc. (DUARTE 1986).

Desde que Pheidippides, em 490 a.C., percorreu os famosos 42 Km para comunicar aos patrícios gregos a vitória sobre os persas de Dario, a maratona ou, particularmente, a corrida de longa distância tem atraído a atenção de muitos praticantes e de número não muito menor de estudiosos.

Por outro lado, dentre as adaptações fisiológicas da atividade física aeróbia destacaríamos as seguintes:

Redução da freqüência cardíaca e pressão arterial, assim como modificações no músculo cardíaco e esquelético, levando a uma maior eficiência no transporte de oxigênio e nutrientes aos tecidos e uma redução na requisição de O2 pelo miocárdio para o mesmo tipo de trabalho.

Possível aumento das colaterais coronárias da vascularidade miocárdica e do calibre da artéria coronária.

Diminuição da coagulabilidade sangüínea e um aumento transitório na fibrinólise.

Redução do peso, da adiposidade e aumento da massa magra. Alterações lipídicas que incluem uma redução dos triglicérides e um aumento

das lipoproteínas de alta densidade. Assim é tentadora a idéia de que se o aerobismo trouxe benefícios ao ser

humano, o início da sua pratica mais precoce poderia ser ainda mais eficaz. Por isso é grande o número de crianças e adolescentes envolvida em corridas de longa distância. Tal fato se prende à recomendação positiva de médicos e professores educadores que se baseiam na credibilidade de que a atividade física e desportiva contribua para um crescimento adequado e uma saúde mais imune aos problemas físicos e mentais, não só por uma ação do exercício por si, como também pelas alterações de hábitos que o acompanham como o fumo e dietas (MATSUDO 1984). Na fisiologia, a palavra respiração pode ter duas definições, que podem ser divididas em duas subdivisões separadas, porém relacionadas: respiração pulmonar e

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respiração celular. A respiração pulmonar se refere à ventilação (respiração) e à troca de gases O2 e CO2 nos pulmões. A respiração celular se refere à utilização de O2 e à produção de CO2 pelos tecidos. Como o sistema respiratório, ou pulmonar, possui um papel fundamental na homeostasia sangüínea gasosa isto é tensão de O2 e de CO2 durante o exercício, é importante que o estudante de fisiologia do exercício conheça o funcionamento pulmonar durante a atividade (POWERS e HOWLEY 2001). 2.2. Força Muscular A força muscular é, das valências físicas, a mais importante de todas, pois ela é elemento indispensável na realização de qualquer tipo de movimento, do mais elementar ao mais complexo (ROCHA 1997). É a capacidade de usar a energia mecânica, produzindo contrações que levam o segmento ou o corpo a, vencendo resistências, superar oposições criadas pela ação das leis naturais que regem o universo. De acordo com POWERS e HOWLEY (2001), força muscular é a força máxima que pode ser gerada por um músculo ou por um grupo muscular.

A medida da força muscular, em termos de potência, é uma das necessidades prioritárias dentro de um sistema de avaliação de aptidão física em geral. Essa importância, há muito vem sendo considerada e graças a fundamental participação do movimento de impulsão vertical na atividade física esportiva, seu estudo tem merecido a atenção de inúmeros pesquisadores. Assim sendo, já em 1920, Sargent propunha uma forma de avaliar o deslocamento vertical através do sargent jump test, que demostrou sua utilidade com o decorrer do tempo, muito usado por professores de educação física. Pelas condições econômicas ou aplicabilidade e pelos resultados, quando desejamos mensurar a impulsão vertical, o método do avaliador situado sobre a cadeira com a fita fixa à parede é o mais indicado (DUARTE et al. 1977).

A importância do emprego de bateria de testes para avaliação da aptidão física geral inclui nessas mensurações o teste de impulsão vertical e horizontal como forma de determinação da potência explosiva de membros inferiores.

O teste de velocidade de 50 metros é uma forma de mensuração da força e da potência dos membros inferiores, pode também servir como medida de potência anaeróbia.

A força dos membros inferiores e a potência anaeróbia podem ser avaliadas através de metodologia simples e de fácil mensuração. Estas variáveis apresentam resultados progressivamente melhores com o decorrer da idade, sendo de forma mais acentuada no sexo masculino. A variação individual do estágio de desenvolvimento dentro de um mesmo grupo etário torna difícil o estabelecimento de tabelas distinguindo classes quando o intervalo das idades é de um ano (SESSA et al. 1977).

A força explosiva de membros inferiores é um dos fatores fundamentais de aptidão física e assim tem merecido a atenção de inúmeros pesquisadores.

Os testes para determinar a força da musculatura de membros inferiores tem sido constantemente selecionados para baterias de avaliação de habilidade motora. Dentre os testes existentes alguns são considerados mais válidos para este propósito, estando o de impulsão vertical e o de impulsão horizontal. A conclusão que os autores chegaram foi que a força explosiva de membros inferiores avaliada

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pelos testes de impulsão vertical e horizontal, se desenvolve progressivamente com a idade cronológica acelerando sua maturação a partir da puberdade, quando o sexo masculino passa a apresentar resultados progressivamente superiores. Estes dados ainda favorecem a hipótese de que a maturação dessa variável motora ocorre mais precocemente no sexo feminino e em ambos os sexos quando comparamos estes resultados com apresentados para índices americanos e europeus (VÍVOLO et al. 1978).

A importância de atividade física como fator de contribuição da saúde em termos de aptidão física geral vem sendo defendida e incluída em programas de exercícios regulares. Considerando este fator a educação nacional tem como objetivo básico um desempenho das aptidões físicas, objetivos também considerados básicos por entidades que trabalham com crianças e adolescentes.

A força dos membros inferiores em desportistas aumenta com o transcurso da idade, apresentando os desportistas resultados superiores aos não desportistas. Este resultado pode ser atribuído a participação destes primeiros em programas orientados de desporte associados a fatores de crescimento e desenvolvimento e talvez pela seleção artificial feita por técnicos e professores de educação física. (SOARES et al. 1979).

Vários investigadores relatam que a força muscular total varia consideravelmente entre homens e mulheres, mas que quando expressa em relação à área transversal muscular, os valores são aproximadamente idênticos. Existe pequena ou nenhuma diferença em força muscular das extremidades inferiores em meninos e meninas quando a altura é considerada constante. Verificam-se correlações baixas no sexo masculino entre circunferência de coxa e várias medidas de força estática de quadril e joelhos.

Parece razoável suspeitar que entre atletas, outros fatores como coordenação, o equilíbrio e a própria força de membros inferiores poderiam diminuir a magnitude de influência dos fatores antropométricos.

Existe uma baixa correlação entre peso, altura e dobras cutâneas com a performance nos testes de impulsão vertical e horizontal e esta relação parece ficar ainda menos intensa em grupos de esportistas (TARAPANOFF et al. 1980).

A influência do aquecimento nos resultados da impulsão vertical foi constatada em atletas participantes de esportes coletivos, Após o aquecimentos há uma melhora para sexo masculino e para o sexo feminino.

Porém não há diferenças estatisticamente significantes entre resultados com e sem aquecimento, para ambos os sexos. Uma das melhores medidas de potência muscular de membros inferiores é a impulsão vertical. Assim, não podemos evidenciar efeitos altamente positivos do aquecimento (ABLA e DUARTE 1977).

Dentre as variáveis de crescimento biológico, a força estática, medida mediante de dinamometria manual, reflete uma dimensão funcional importante do crescimento em crianças, pois é uma variável que sofre dramáticas mudanças com o avanço da idade principalmente na segunda década de vida. A medida que um indivíduo aumenta sua estatura e peso, aumenta concomitantemente sua força muscular, porém este aumento da força em meninos e meninas não é necessariamente proporcional aos ganhos de peso e altura. Estudos tem revelado que o rápido aumento dos valores de força de adolescentes é proporcionalmente superior ao aumento do peso e altura nessa faixa etária. As características de crescimento e desenvolvimento da variável força de preensão manual parecem seguir um padrão semelhante às características do desenvolvimento da força explosiva de membros inferiores que mostram resultados superiores para o sexo

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masculino a partir da puberdade e valores de correlação baixos ou moderados com peso e altura (MIGUEL et al. 1981).

A força muscular tem sido investigada sobre vários aspectos, no entanto, a complexidade que envolve o fenômeno do comportamento da variável força muscular de membros superiores e inferiores, merece maiores investigações, pois, tal variável resulta de mecanismos de coordenação, de biomecânica, de funções nervosas e endócrinas. Algumas controvérsias ainda permanecem, particularmente, na área de avaliação dessa variável através dos testes de performance. Na avaliação da aptidão física geral as medidas de força têm sido incluídas com freqüência e os testes de barra e impulsão, número de repetições para o sexo masculino e tempo máximo de sustentação para sexo feminino, aparece em pelo menos cinco das principais baterias de avaliação de aptidão física geral no mundo (FRANÇA et al. 1984).

Os atletas de força incluem aqueles indivíduos que treinam com cargas musculares de alta resistência, como os levantadores de peso e outros que treinam com predominância de alta tensão muscular, com o acréscimo de um elemento de treinamento em resistência, como os esquiadores de resistência e alguns ginastas. As adaptações cardiovasculares a estas formas de treinamento físico ocorrem com exercício isométrico repetitivo crônico, com exercício isotônico de alta resistência ou, mais comumente, com uma combinação de ambos. Esta forma de atividade é mais precisamente denominada exercício estático , porque, freqüentemente, há um ligeiro alongamento dos tendões e encurtamento dos músculos, ainda que haja contração contra um objeto fixo. Em realidade, o treinamento com exercício estático ocorre durante formas de estresse de alta resistência. Conforme notado, as atividades comuns dessa categoria incluem levantamento de peso, luta romana, arremesso do martelo, fisiculturismo, ginástica, alpinismo, balé e remo. Além disso, alguns atletas profissionais, como os jogadores de futebol e de basquetebol, empregam o levantamento de peso para aumentar a força. Todas essas atividades envolvem componentes de exercício estático e dinâmico, de modo que as adaptações cardiovasculares específicas a ambas as formas de exercício ocorrem com a repetição crônica. No entanto, observou-se que as atividades que requerem primariamente treinamento em exercício de alta resistência desencadeiam adaptações distintas daquelas evocadas por exercício de natureza primariamente dinâmica. Uma explicação para as diferenças observadas em adaptação cardiovascular ao treinamento físico com exercício estático ou dinâmico relaciona-se provavelmente, com a duração de cada período de treinamento. Enquanto em treinamento, geralmente é possível executar exercício dinâmico por períodos mais longos do que o exercício estático, porque a fadiga ocorre mais rapidamente com a última forma de atividade. Para compreender melhor por que o exercício estático resulta em fadiga mais precoce, é necessário examinar as respostas cardiovasculares agudas a estas formas de estresse e compará-las e contrastá-las com as respostas ao exercício dinâmico (GUEDES e GUEDES 1995).

Para desenvolver volume, força e resistência musculares, um programa mínimo de exercícios de musculação deverá ter duas sessões por semana, nas quais serão realizados 8-10 exercícios diferentes que trabalham os principais grupos musculares. Os benefícios da saúde associados com os exercícios de musculação incluem aumento da densidade óssea, do volume e da força muscular e da força do tecido conjuntivo, bem como a redução do risco de lombalgia, osteoporose e definhamento da velhice. Não foi estabelecida uma relação compatível entre o desenvolvimento da força e da resistência muscular e a diminuição do risco de

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doença cardíaca, câncer, diabetes ou outras doenças crônicas e um não aumento apreciável da aptidão aeróbia.

Força muscular é a força máxima de um esforço que uma pessoa pode produzir contra uma resistência, enquanto que resistência muscular é a capacidade dos músculos de repetirem em esforço submáximo indefinidamente.

Foram desenvolvidos vários testes para medir a força e a resistência muscular alguns deles utilizam equipamentos muito sofisticados, mas podem ser obtidos bons resultados com a utilização de testes comuns como flexões de braços no solo, flexões de braços na barra, abdominais e o teste de preensão manual e o teste de supino com a repetição. Como ponto de referência, ele é considerado "bom" para homens adultos que realizam 25 ou mais flexões de braços e para mulheres adultas que realizam 20 ou mais (NIEMAN 1999).

Uma definição precisa de força levando em conta seus aspectos físicos e psíquicos representa uma grande dificuldade, uma vez que o tipo de força, o trabalho muscular, os diferentes caracteres da tensão muscular são influenciados por muitos fatores. Deve-se considerar que a força e suas diversas manifestações podem ser sempre consideradas sob os aspectos de força geral e força específica. Sob o termo força geral entende-se a força de todos os grupos musculares independente de um esporte. Sob o termo força específica entende-se a força empregada em uma determinada modalidade esportiva, isto é, a força desenvolvida por um determinado grupo de músculos para desenvolver um determinado movimento em uma modalidade esportiva.

A força não faz parte de uma modalidade esportiva de uma forma abstrata, mas sempre em combinação com outros fatores determinantes do desempenho.

Em exercícios de força, que permitem um grande número de repetições, não se deve prender a respiração. No treinamento dinâmico, como por exemplo no desenvolvimento com peso, é recomendável que haja inspiração quando o peso concentrar-se sobre o peito e expiração quando completar o movimento. No treinamento isométrico é recomendável uma respiração freqüente. No treinamento com alta intensidade de cargas é inevitável que haja uma vez ou outra momentos de sobrecarga (sobrecarga momentânea), pois aí se exercita o aumento da caixa torácica. Neste caso - e sob utilização simultânea da força máxima - a pressão respiratória permite um aumento de 10% no desenvolvimento da força. Para jovens e adultos saudáveis a pressão respiratória não representa risco algum. Isto pode, entretanto, mudar de acordo com a idade. Como a arteriosclerose é a epidemia de mais larga distribuição no mundo - 1:2 dentre as pessoas na faixa dos 50 anos apresenta pelo menos uma deficiência vascular, que poderia evoluir para algo mais sério. É recomendável que os cuidados com tais pessoas sejam ainda maiores. Sobretudo com pessoas que estejam começando um treinamento não se deve utilizar um treinamento de força máxima. Pode haver deficiências do ritmo cardíaco e lesões vasculares não previsíveis em conseqüência do esforço respiratório. Caso a pessoa insista em um treinamento de força intensivo, deve-se proceder os exames médicos necessários quanto à tolerância (WEINECK 1999).

A força muscular pode se manifestar de duas formas básicas: dinâmica e estática.

A força é dinâmica quando existe um encurtamento das fibras musculares, provocando uma aproximação e afastamento de seguimentos. Dessa forma, o movimento está sempre presente.

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A força dinâmica é realizada de duas maneiras; a primeira, quando ela é maior do que a sobrecarga do movimento, nesse caso chamada de força concêntrica ou força dinâmica positiva.

A Segunda, quando ela é menor do que a resistência oferecida, então por um pequeno momento há um alongamento do músculo quando ele se contrai. Quase todos os movimentos "de volta" à posição inicial, quando se faz resistindo, tem essa característica. Nesse caso a força se denomina força excêntrica ou força negativa.

Assim, a força tanto concêntrica como excêntrica, seria a capacidade de exercer grande grau de tensão em um movimento.

Na força estática não existe encurtamento das fibras musculares (contração isométrica) não havendo, assim, movimento. Quando ao realizar um exercício, paramos na metade da trajetória e mantemos a posição, a musculatura está em trabalho estático (GUISELINI 2001).

Força muscular máxima é a capacidade de exercer força máxima na musculatura para dado movimento corporal, contudo os músculos podem exercer força máxima nas seguintes formas: contrações isométricas, concêntricas e excêntricas. É visto que o aumento da força segue um certo curso temporal, no qual, inicialmente, uma parcela maior de contribuição vem às custas da adaptação neural (melhora da coordenação e eficiência do exercício), porém, com o passar do tempo, a contribuição do aumento da massa muscular se faz muito importante.

Potência muscular é a combinação entre a velocidade e a força; quanto maior a força ou a velocidade de execução, maior será a potência gerada. Por consenso, caso o praticante realize outro treinamento, o de potência deve ser colocado no início da sessão. Isso permite que o atleta possa empregar a potência máxima antes de entrar em fadiga, mas não significa que essa seja a única forma correta. A potência muscular pode ser determinada com um único movimento, ou com uma série de movimentos, em exercício aeróbios, com um grande número de movimentos repetitivos.

Resistência muscular é o tempo máximo em que um indivíduo é capaz de manter a força isométrica ou dinâmica em um determinado exercício. A resistência muscular pode também ser definida como a capacidade de manter a atividade contrátil do músculo (UCHIDA 2003).

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III. Métodos 3.1. Amostra Quinze graduandos em educação física do sexo masculino, com idades entre vinte e um e trinta e quatro anos participaram deste estudo. Todos os voluntários cursavam o quarto e último ano, no período noturno, e a única atividade física sistematizada que praticavam era a desenvolvida durante as aulas. Foram avaliados em dois momentos e compõe a amostra dependente e aleatória. A TABELA 1 mostra as características gerais dos universitários. TABELA 1 - Características gerais dos universitários.

Sujeito n Idade (anos) Peso (kg) Altura (cm)

1 24 89,5 178,0 2 23 73,7 183,4 3 22 73,7 179,5 4 20 77,1 191,3 5 25 77,7 180,8 6 24 79,5 179,1 7 33 81,1 177,1 8 25 83,4 176,2 9 34 55,2 172,0 10 21 68,3 171,5 11 26 59,2 175,7 12 21 53,4 161,8 13 22 73,9 187,6 14 23 68,6 179,9 15 21 77,4 184,0

Média 24,3 72,8 178,5

Desvio padrão

4,1 10,3 7,0

3.2. Procedimentos 3.2.1. Medida da Força Muscular de Membros Inferiores A força muscular de membros inferiores foi medida indiretamente por meio do desempenho em se impulsionar verticalmente com auxílio dos membros superiores, seguindo-se o protocolo proposto por SOARES e SESSA (1998). Os sujeitos colocaram-se em pé, calcanhares no solo, pés paralelos, corpo lateralmente à parede com somente o braço dominante elevado verticalmente. Considerou-se como ponto de referência a extremidade mais distal das polpas digitais da mão dominante comparada a fita métrica. Após a determinação do ponto de referência os avaliados afastaram-se, no sentido lateral, ligeiramente da parede, para poder realizar a série de três saltos, sendo-lhes permitido a movimentação de braços e tronco.

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Obedecendo a voz de comando “Atenção!!! Já!!!” eles executaram o salto tendo como objetivo tocar as polpas digitais, da mão dominante, que estavam marcadas com pó de giz, no ponto mais alto da fita métrica. Foram registrados, além do ponto de referência, as marcas atingidas pelos avaliados a cada série de saltos. O deslocamento vertical foi dado em centímetros, pela diferença da melhor marca atingida e do ponto de referência. As medidas foram realizadas no Laboratório de Fisiologia do Exercício do Centro Universitário UniFMU em 24/03/2003 às 17 horas. Os materiais utilizados foram: uma fita métrica de tecido fixada verticalmente na parede, pó de giz, uma cadeira de 45 cm para o avaliador e folha de anotação.

Após a execução do teste o resultado foi corrigido pelo peso. 3.2.2. Determinação da Potência Aeróbica

A potência aeróbica foi avaliada indiretamente pelo teste de bicicleta ergométrica, conforme a padronização proposta por DUARTE (1998). As medidas foram realizadas no Laboratório de Fisiologia do Exercício do Centro Universitário UniFMU.

A altura do selim era regulada. Os indivíduos pedalaram em um ritmo de 50 rotações por minuto (rpm) na bicicleta mecânica. O teste foi realizado em 8 minutos. Desse total de 8 minutos os avaliados pedalaram em uma carga inicial (carga 1) durante 4 minutos e mais 4 minutos na carga 2. Essas cargas foram dadas segundo os seguintes critérios: carga 1 = 0,5 kg; carga 2 = kg equivalente a 4% do peso corporal. Depois de calculada a carga 2 o teste foi iniciado após ter-se medido a freqüência cardíaca de repouso e a pressão arterial. Os avaliados iniciaram o teste na rotação apropriada para o cicloergometro, medindo-se a freqüência cardíaca e a pressão arterial a todo minuto. Passados os primeiros 4 minutos, os avaliados pedalaram na carga 2; se no segundo minuto desta carga a freqüência cardíaca, apesar de ter aumentado com o esforço não tivesse atingido a 120 bpm, a carga 2 era aumentada em mais 25 watts ou 0,5 kg e prosseguia-se por mais 4 minutos nesta nova carga. Na carga 2 a freqüência cardíaca se estabilizou em torno do 3º e 4º minuto, com valores entre 140 e 170 bpm. Esse equilíbrio (steady-state) pode ser definido por convenção como uma diferença não superior a 4 bpm entre a freqüência cardíaca do penúltimo e último minuto da carga 2. Quando esse equilíbrio não aconteceu no decorrer desse tempo, os avaliados pedalaram por mais um ou dois minutos, quando então esse fato ocorria. Para o cálculo do consumo de oxigênio utilizamos o Nomograma de Astrand. Partindo-se então da freqüência cardíaca do último minuto da carga 2 e a correspondente carga de trabalho, unimos esses dois pontos por uma reta e obtivemos o consumo de oxigênio (VO2 máx.) em litros/min.; o fator de correção por idade foi calculado.

Foram utilizados duas bicicletas ergométricas mecânicas Monark, um estetoscópio Becton Dickinson, um esfigmomanômetro Becton Dickinson Duo Sonic, uma balança para medida de peso corporal, um cronômetro Technos Modelo 694, uma folha para anotação e uma escala de Borg - Percepção Subjetiva de Esforço. O teste teve início às 16 horas do dia 25/03/2003, com uma temperatura ambiente de 23°C, a umidade relativa do ar de 83% e a pressão atm. de 1021 mb.

Os resultados foram observados em l/min e em ml/kg/min.

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3.3. Análise dos Dados O coeficiente de correlação de Pearson foi utilizado para determinar-se a correlação entre a impulsão vertical e o VO2 máx. Para descrever sem comparar utilizamos média e desvio padrão. Foi adotado o nível de significância menor que 5% (p<0,05).

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IV. Resultados e Discussão A impulsão vertical foi dividida pelo peso corporal. Quanto menor o VO2 máx. em l/min, maior a força de membros inferiores corrigida. TABELA 2 - Valores de média e desvio padrão da impulsão vertical, quociente entre impulsão vertical e peso, VO2 máx. corrigido em l/min. e em ml/kg/min.

Média Desvio padrão

Impulsão vertical (cm) 53,73 7,31Impulsão vertical (cm) / Peso (kg) 0,75 0,16VO2 máx. corrigido (l/min.) 2,88 0,45VO2 máx. corrigido (ml/kg/min.) 39,83 4,68 Não houve correlação significativa entre impulsão vertical e VO2 máx. em ml/kg/min. nem em l/min. Portanto, aceitamos a hipótese nula com 99% de certeza afirmando que não há relação entre força de membros inferiores e VO2 máx. No entanto a carga utilizada para medir o VO2 máx. na bicicleta é 4% do peso corporal, desta forma pensamos em corrigir a distância do salto com o peso corporal dividindo a impulsão vertical com auxílio pelo peso em kg. Quanto maior a força relativa, menor o VO2 máx. em l/min. TABELA 3 - Coeficientes de correlação de Pearson (r) entre a impulsão vertical e o quociente entre impulsão vertical e peso e VO2 máx. corrigido em l/min. e em ml/kg/min.

Impulsão vertical (cm) Impulsão vertical (cm) / Peso (kg)

VO2 máx. corrigido (l/min.)

-0,07 -0,53 *

VO2 máx. corrigido (ml/kg/min.)

-0,01 0,24

* p < 0,05 A correlação entre o índice obtido e o VO2 em l/min. foi significativa para p<0,05, moderada e negativa. Ou seja, quanto maior o VO2, menor o índice corrigido. Acreditamos que a força desenvolvida por unidade de Kg de peso corporal é proporcional ao VO2 máx. em l/min, assim a força de membros inferiores influencia em R=r²=27,9% no VO2 máx. TABELA 4 - Coeficientes de explicação (R) entre a impulsão vertical e o quociente entre impulsão vertical e peso e VO2 máx. corrigido em l/min. e em ml/kg/min.

Impulsão vertical (cm) Impulsão vertical (cm) / Peso (kg)

VO2 máx. corrigido (l/min.)

0,52% 27,97%

VO2 máx. corrigido (ml/kg/min.)

0,01% 5,54%

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A observação de pessoas que não caminham ou correm por lesão conseqüente de falta de força é citada por vários autores, como FERNANDES (1979). Devido à grande solicitação dos músculos das pernas durante a corrida, são bastante freqüentes as dores musculares. As lesões podem ocorrer por rupturas musculares, que comumente afetam os músculos da coxa ou da parte posterior da perna. A potência aeróbia é variável fundamental para aptidão física. De acordo com POWERS e HOWLEY (2001) a capacidade máxima de transporte e de utilização de oxigênio durante o exercício (VO2 máx.) é considerada por muitos cientistas do exercício como a medida mais válida do condicionamento cardiovascular. Desta forma a observação dos resultados encontrados leva à discussão dos seguintes pontos: - o coeficiente de explicação indica que há relação recíproca entre força de membros inferiores e VO2 em l/min. Em porcentagem esta influência de aproximadamente 30% entre as duas variáveis sugere que quanto maior a força de membros inferiores menor a potência aeróbia. - como neste estudo foi utilizado um teste de potência muscular, houve uma correlação negativa, dados que corroboram com trabalho publicado por WEINECK (1999).

O homem possui dois tipos de fibras musculares, a fibra de contração lenta (fibra ST ou do tipo I) e fibra de contração rápida (fibra FT ou do tipo II). Estas fibras ocorrem num percentual geralmente de 50% cada uma, determinado geneticamente. Há uma estreita correlação entre a distribuição do tipo de fibras (no caso fibras ST) e a absorção máxima de oxigênio, usada como critério para a avaliação da resistência.

Estima-se que a hereditariedade seja responsável por 25 a 50 por cento da variação observada no VO2 máx. entre as pessoas (NIEMAN 1999). FLECK e KRAEMER (1999) verificam a relação entre circunferência muscular e potência aeróbia. Maior circunferência muscular de coxa tem relação com elevada potência aeróbia, o que sugere que a utilização de um teste de resistência de força e do somatotipo, e as medidas de circunferência muscular talvez apresentem relação maior com o VO2 máximo.

A amostra utilizada foi composta por não atletas, o que indica que talvez não haja o mesmo somatotipo de atletas em não atletas.

O aumento da resistência muscular e da massa muscular favorece a potência aeróbia. Segundo WEINECK (1999), os estímulos provocam primariamente uma resposta a nível celular, sendo o sistema circulatório apenas um mecanismo auxiliar no transporte de metabólicos necessários às células. O consumo máximo de oxigênio (VO2 máx.), como critério bruto da capacidade de resistência descreve o funcionamento dos sistemas pulmonar, cardíaco, sangue e leito capilar como um todo.

Finalmente, continuaremos acreditando na hipótese experimental da relação entre as duas variáveis. A limitação do teste escolhido nos levou a novos achados científicos que comprovaram a hipótese nula. Se o teste utilizado fosse a medida da circunferência muscular somado a resistência muscular provavelmente a hipótese experimental seria verdadeira.

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V. Conclusões Não há associação entre a força muscular de membros inferiores absoluta e a potência aeróbica, no entanto quando a força foi corrigida pelo peso encontrou-se relação entre estas duas variáveis. Conclui-se indiretamente que provavelmente o peso corporal esteja relacionado ao VO2 máx. e que seja portanto, fator limitante no desenvolvimento de caminhadas e corridas com finalidade de manter a saúde ao invés da força de membros inferiores. Provavelmente indivíduos com pouca força muscular de membros inferiores serão capazes de atingir melhores limiares de VO2 máx uma vez que diminuam o peso.

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