Cruzeiro, 18 de Fevereiro de 2017 - Ano 3 - nº 62 - Circulação Cruzeiro e Região R$ 1,00

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Aos 34 anos, o metalúrgico Jorge Luiz Moreira da Costa, o Tebinha, morreu enforcado com cabo de antena de tele-visão no Itagaçaba. Amigos comentam que depressão teria sido a causa. Página 5

Metalúrgico morre

enforcado

Num domingo de tempo seco e de forte calor, Luiz Guilherme Alves, de 24 anos, sofreu infarto jogando futebol no campo da Nova Cruzeiro. Socorrido, fale-ceu pouco antes de chegar ao hospital. Página 5

Jovem morre em campo de

futebol

ONDA DE ARROMBAMENTOS GERA TEMOR NO COMÉRIO

Em duas semanas, ban-didos agiram no centro e na periferia. Portas ar-rombadas ou destruídas, derrame de dinheiro falso e assaltos a mão armada. Enquanto aumenta a sen-sação de impunidade dos bandidos, também cresce o temor de comerciantes. Página 5

CERCA DE NOVE MIL DEVEM SACAR FGTS EM CRUZEIRO

No Vale do Paraíba, são quase 470 mil com direito ao saque do FGTS das contas inativas. Em Cruzei-ro, são cerca de 9 mil. Saiba como checar se seu nome está na lista. Página 4

O IMPACTO HISTÓRIA traz reportagem sobre a trajetória de João Bastos, o último líder político. A reportagem tam-bém destaca outros líderes da política cruzeirense. Página 7

Do viveiro implan-tado há cerca de um ano, a Amsted distribui mudas de árvores aos fun-cionários como forma de incenti-var o refloresta-mento. Página 3

O últimolíder

Amsted distribui mudas

O experiente guia Reinaldo da Luz entra em fase de prepara-ção para seu maior desafio, a escalada do Monte Aconcagua, na Argentina. Página 8

Um cruzeirense no Aconcagua

Na Seleção Brasileira

A convocação para a Seleção Brasilei-ra de Ciclismo re-presenta um salto importante na car-reira do cruzeiren-se Matheus Scan-dian Thomaz. Ago-ra, ele se prepara para temporada na Europa. Página 8 Rebanhão

volta ao Zé da Bola

A ESC-ESEFIC deverá con-cluir nos próximos dias a re-forma do Ginásio Zé da Bola. De cara nova, o ginásio volta a concentrar fiéis durante o Rebanhão. Página 3

PREFEITURA IGNORA ANVISA E RETOMA CAPINA QUÍMICA

Apesar das normas ditadas pela Agência de Vigilância Sanitária, a Prefeitura de Cruzeiro retomou o uso de herbicida no combate ao mato. O produto está proibido em área urbana devido aos riscos à saúde humana e animal. Página 3

18 de Fevereiro de 2017• 2 O IMPACTO da Notícia

• Editor Responsável – Paulo Antônio de Carvalho• Comercial – Silvana Carvalho• Fotos – Daniella Cruz

Empresa Paulo Antônio de CarvalhoCNPJ 20.813.130/0001-50

Rua José Florindo Coelho, 409 - Cruzeiro | SP - Cep.- 7712620 - Telefone – (12) 3145-2709

O IMPACTO, PARA QUEM GOSTA DE LER E DE CONHECER

O Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente, criado pela Lei Municipal 3985\2010, neste ato repre-sentado pelo Sr. Elias Adriano dos Santos, Presidente do COMDEMA, considerando decisão registrada em ata do COMDEMA em 22 de Dezembro de 2016, pelo presente edital faz saber que no dia 14 de Março de 2017 das 9h00 as 11h30, durante a 77º Reunião Ordinária do COMDEMA realizada na Casa dos Conselhos, situada na Rua Dos Metalúrgicos, nº 77, acontecerá a eleição das entidades que irão compor o COMDEMA, e para tanto, convida as entidades habilitadas pela comissão eleitoral para preenchimento de 14 assentos distribuídos entre Poder Publico(7) e Sociedade Civil(7)e escolha da Diretoria Executiva entre seus pares Lei 3985\2010, art.4, com vistas ao Biênio 2017\2019.Considerando que para o COMDEMA a gestão participativa na gestão pública ambiental se constitui no fortalecimento democrático e estratégico para a sua gestão;

Cruzeiro, 10 de janeiro de 2017.

Elias Adriano dos SantosPresidente do COMDEMA

Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente - COMDEMAEDITAL DE CONVOCAÇÃO

Você possui em seus arquivos fotos de familiares, de amigos ou que possam retratar momentos da história de Cruzeiro? Por que não publicá-las aqui no O IMPACTO? Envie seus registros, se possível com datas, locais e nomes para impactonoticia@bol.com.br e teremos imenso prazer em publicá-las.

Saudades Daquele Tempo

Cultive hábitos produtivosJorge Luiz Conde

Jorge Luiz Conde é Professor U n i v e r s i t á r i o e C o n s u l t o r Organizacional

Desenvolver hábitos eficien-tes já é um conceito bastante difundido no mundo corporativo, principalmente a partir do livro “Os sete hábitos das pessoas altamente eficazes” de Stephen Covey, um best seller mundial.

Para qualificar cada vez seu perfil e vitaminar suas compe-tências, estimule e cultive hábitos positivos e eficazes.

Nada sabota mais a sua pro-dutividade do que hábitos ne-gativos. Eles são traiçoeiros e o assombram lentamente, sem que você note o dano que estão causando na sua vida. Esses hábitos negativos deixam sua produção mais lenta, diminuem sua capacidade de atingir metas e derrubam seu desempenho.

Um estudo da Universidade de Minnesota descobriu que pessoas que têm um alto grau de autocontrole tendem a ser muito mais felizes em relação às pessoas que não são assim, tanto momentaneamente quanto no longo prazo.

O segredo é cultivar e de-senvolver hábitos produtivos. Eles serão uma mola propulsora poderosa para que você atinja seus objetivos. Utilize seus aparelhos móveis

para ganhar tempo.

A maioria absoluta da huma-nidade com acesso a telefones celulares e tablets, passa horas desperdiçando o precioso tempo com navegação impulsiva e sem desnecessária. Claro, que a descontração e a interatividade são importantes, entretanto, não transforme isso num processo de escravidão. Crie uma postura diferente, onde estes aparelhos se transformarão em ferramentas úteis para o desenvolvimento do seu networking, por exemplo. Faça uma coisa de cada vez.

Tentar ser o famoso faz tudo, pode comprometer sua capacida-de de focar naquilo que realmen-te importa. Aprenda a priorizar aquilo que é mais importante e cujos resultados imediatos terão consequências positivas para a sua vida. Nosso cérebro não consegue se estruturar para trabalhar em duas frentes simul-tâneas com a mesma qualidade, portanto, foque no principal e deixe os acessórios para depois. Gerenciar o tempo é estratégico e necessário.

Melhore sua comunicação interpessoal.

Num mundo onde o fluxo de informações é gigantesco, é im-prescindível conseguir aperfeiço-ar a capacidade de comunicação

em todas as frentes. Se esta for uma fraqueza, invista em cursos especializados e qualifique-se. O profissional que tem comu-nicação clara nos dias atuais, torna-se um diamante que será buscado por todos os “caçado-res” do mercado.Aprenda a identificar e desen-

volver novos hábitos. Adquirir novas habilidades

preparam você para as mudan-ças radicais pelas quais o mundo ao nosso redor está passando diariamente. Ficar atento a es-tes novos cenários é a questão principal para estar um passo à frente.

Diante de mais uma refor-ma educacional, deparamo--nos com algumas reflexões necessárias. Parece-nos que o conceito essencial da proposta de reformulação desta última etapa da educação básica – o ensino médio – está centrado na palavra “flexibilização”. Uma fle-xibilização curricular que impõe uma reorganização sistêmica. Ao analisarmos a MP 746, de 22 de setembro de 2016, que institui a Política de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Inte-gral, alterando a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e a Lei nº 11.494 de 20 de junho 2007, que regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvi-mento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, recentemente aprovada pelo Senado Federal e encaminhada para a sanção presidencial, percebemos com clareza a intenção da reforma proposta.

Pelo texto da MP, o currículo do ensino médio passa a ser composto pela Base Nacional Comum Curricular - BNCC e por itinerários formativos específicos definidos em cada sistema de en-sino e com ênfase nas áreas de linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e formação técnica e profissional. Para tanto, a carga horária deve ser, progressivamente, ampliada das atuais 800 horas para 1.400 horas/ano.

A ideia é a de que os jovens brasileiros possuem diferentes realidades e necessidades de formação e que, portanto, preci-sam de sistemas de ensino que possam oferecer, na última etapa da educação básica, possibilida-des de atendimento a essas va-riadas demandas. O argumento se sustenta nos resultados obti-dos pelos alunos nas avaliações externas e nos altos índices de evasão que ainda acontecem no

Eduardo Ferreira de Castro.

Eduardo Ferreira de Castro. Especialista em Educação com pós-graduação em Gestão Educacional.

O “Novo” Ensino Médioensino médio e que são demons-trados no indicador oficial da educação brasileira, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - Ideb.

O Ideb de 2015 mostra que o ensino médio é o que está em pior situação, quando compara-do às séries iniciais e finais da educação fundamental: a meta do ano era de 4,3, mas o índice ficou em 3,7. Segundo dados de 2015 do Ministério da Educação (MEC), mais de 6,7 milhões de brasileiros estão matriculados no ensino médio. Enquanto a taxa de abandono do ensino funda-mental foi de 1,9%, a do médio chegou a 6,8%. Já a reprovação do fundamental é de 8,2%, frente a 11,5% do médio.

Estes números reforçam a ideia da necessidade de mu-dança. Segundo a equipe do Ministério da Educação, a maior prova de que o atual modelo não produz resultados está nos indi-cadores oficiais disponibilizados publicamente. Vale lembrar que propostas de reforma deste nível de ensino já existem faz tempo. Apenas para ilustrar, na última campanha presidencial, a então candidata à reeleição Dilma Rousseff, já defendia em sua propaganda eleitoral a redução do número de disciplinas nesta etapa da educação básica. Há de se comprovar a intenção das alterações propostas já desenha-das no Projeto de Lei 6.840/2013, de autoria da Comissão Especial destinada a promover estudos e proposições para a reformulação do ensino médio, apresentado em 27 de novembro de 2013.

Sem dúvida, a maior mudança está na flexibilidade do currícu-lo: 60% da grade curricular será composta de disciplinas obriga-tórias e 40% serão optativas. Ou seja, o estudante complementará sua formação dentro dos três anos, escolhendo uma das cinco áreas do conhecimento para se especializar: linguagem e suas tecnologias; matemática e suas tecnologias; ciências da nature-

za e suas tecnologias; ciências humanas e sociais aplicadas ou formação técnica profissional.

Destaca-se, também, a Políti-ca de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral, para ampliar o número de instituições com aulas no período integral.

A crítica que se faz, no entan-to, é sobre a ausência de maiores debates sobre a matéria, uma vez que as alterações provoca-das afetam a vida dos jovens estudantes e, por consequência, de professores também, já que provocará mudanças na estrutu-ra curricular. Assim, afirmam os contraditores da reforma, estes atores deveriam ter sido ouvi-dos em inúmeros momentos de discussão promovidos em todo o país.

Enfim, considerando argu-mentos contra e a favor, o fato é que o “Novo” Ensino Médio vem aí, pois o Senado Federal aprovou, no último dia 9 de feve-reiro, por 43 votos a 13, a Medida Provisória que institui a reforma e que agora aguarda sanção presidencial.

É importante enfatizar que mesmo após a sanção do Pre-sidente da República, algumas etapas ainda precisam ser con-cluídas como, por exemplo, a definição das disciplinas que irão compor a Base Nacional Comum Curricular – BNCC.

Vamos acompanhar atenta-mente...

Coral Branco, da maestrina Olga Rodrigues Caputo, durante apresentação no palco da USP (Univer-sidade de São Paulo), em 27 de novembro de 1982, no festival de corais do estado de São Paulo. A pedido do público e da organização do evento, o CB voltou ao palco pela segunda vez. Na década de 1960, o Coral Branco foi a maior expressão cultural de Cruzeiro. Nas apresentações nos teatros municipais de São Paulo e do Rio de Janeiro, as vozes sob regência de Olga Caputo recebiam aplausos entusiasmados e avaliações elogiosas da crítica especializada.

Nos bons tempos do futebol amador de Cruzeiro, entre as décadas de 1970 e de 80. Time do Santiago FC. A equipe que batia de primeira. Em pé: Célio, Hélio, Dodô, Avesso, Betinho e Parente. Agachados: Marcão, Benito, Ivani, Renatinho Fidalgo e João Cadela.

Coral Branco, em 1962.

Marcelo de Elias é escritor e palestrante especialista em mudanças e gestão de pessoas.

Marcelo de Elias Palavras que não cicatrizam

“Um jovem seguidor de um grande mestre oriental tinha um difícil e incontrolável ímpeto explosivo. Perguntou ao seu mestre qual era a melhor maneira de alcançar a serenidade e ser menos agressivo.

O sábio aconselhou:- Proponho-lhe um simples

exercício. Mantenha no quintal de sua casa uma grande tábua, diversos pregos e um martelo. Toda vez que seu espírito se cobrir de ira por alguém que lhe ofendeu, magoou, entristeceu ou quando sua mente for tomada por pensamentos ruins, dirija-se ao quintal, pegue o martelo e golpeie pregos contra a madeira. Pare quando perceber que toda raiva foi extravasada.

O jovem resolveu acatar e praticar o conselho.

Depois de muitos dias, e vários pregos, percebeu que aos poucos estava adquirindo o autocontrole. Tempos depois, satisfeito com os resultados, disse ao mestre:

- Agora me sinto melhor. Aos primeiros sinais de descontrole emocional, ponho-me a martelar vários pregos contra a madeira e isso tem me ajudado muito. Qual é o próximo passo?

O mestre respondeu:- Faça o exercício ao contrário.

Toda vez que conseguir controlar seu ímpeto agressivo retire um prego da madeira. Repita esse procedimento como sinal de que a paz interior está voltando e a serenidade está sendo alcan-çada.

E assim o jovem discípulo fez por vários dias até o último prego ser retirado. Feliz, falou ao mestre:

- O senhor tinha razão. Alcan-cei a serenidade e tudo voltou ao normal.

O sábio repreendeu:- Não! Nem tudo voltou a ser

como era antes. Olhe a madei-ra... Está toda perfurada. Ela nunca mais será a mesma...”

Eis o maior problema de quando perdemos o autocontrole e falamos o que vem à cabeça, sem pensar: Cicatrizes que fe-cham jamais.

Quando ofendemos alguém, agredimos e dizemos palavras duras, mesmo reconhecendo o erro e pedindo desculpas, as marcas deixadas são irreversí-veis. No "calor da hora" fenô-menos acontecem: Ou saímos "fora de si", falando muito mais que o necessário ou deixamos a máscara cair e mostramos quem realmente somos.

Existem horas que é melhor se afastar e deixar as coisas esfriarem um pouco. Em alguns momentos, a dor de "engolir um sapo" é bem menor que a dor do arrependimento por dizer pala-vras desmedidas em momentos impróprios. Algumas pessoas dizem: - Enquanto eu não falar "umas verdades" eu não vou dormir tranqüilo! Será?

Isso não quer dizer que de-vamos nos resignar o tempo todo e aceitar a tudo. Devemos sim rever algumas posturas e questionar-se: É preciso real-

mente dizer isso desta forma? É a hora certa? Vai mudar alguma coisa? Estarei comentando sobre algo que não concordo ou estarei aproveitando a situação para ofender também?

Precisamos de todo mundo ao nosso lado. Se alguém lhe machucar, deixe-o errar sozi-nho, não entre neste jogo com o efeito "bola de neve" onde todos perdem. Depois de um tempo, se necessário e ser for possível, mostre onde a pessoa errou. Muitas belas amizades começam desta forma.

Mas para ser assim precisa-mos nos autoconhecer, mudar certas atitudes e enxergar o mun-do e as pessoas com um olhar menos crítico. Isso é fácil? Claro que não, mas os resultados com-pensam qualquer esforço: Paz, Serenidade, Harmonia e Amor.

18 de Fevereiro de 2017 • 3O IMPACTO da Notícia

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A AmstedMaxion, líder no seg-mento ferroviário e de fundidos ferroviário e industrial, sempre preocupada com as questões ambientais, desenvolve e investe em programas e projetos que beneficiam o meio ambiente nos municípios em que atua. A em-presa está realizando doação de mudas de árvores nativas e frutífe-ras aos funcionários de sua planta industrial de Cruzeiro, interior de São Paulo.

O objetivo deste projeto é estimular o plantio de árvores no município através da conscientiza-ção dos funcionários. As doações devem acontecer mensalmente de acordo com a disponibilidade de mudas. As mudas são cultivadas no viveiro de mudas nativas, im-plantado há quase um ano.

Com mais de 70 anos de atu-ação no segmento ferroviário, a AmstedMaxion é uma das princi-pais referências latino-americanas no desenvolvimento e fabricação de vagões de carga, rodas de aço

Amsted doa mudas para incentivar plantio de árvores

fundido, truques e sistemas de choque e tração, além de prestar serviços de reparação, adaptação e modernização de vagões e seus componentes. Pioneira, fornece para todas as ferrovias e seus usu-ários no Brasil, incluindo empresas de leasing de vagões, e também para o exterior.

Em sua fundição são produzi-das peças de aço para aplicação

em máquinas e equipamentos de construção civil, mineração e ferroviária. Com unidades em Hortolândia e Cruzeiro, no interior de São Paulo, a empresa alcança uma capacidade anual de 40 mil de toneladas de peças fundidas de aço, 92 mil rodas ferroviárias e 10 mil vagões de carga.

Assessoria de imprensaAmstedMaxion

Após cinco anos no Brasil FC, o Rebanhão voltará ao Ginásio Zé da Bola na edição deste ano. O chamado “carnaval do povo de Deus” será aberto no sábado (25) e encerrado na terça-feira (28). Na 37ª edição, o Rebanhão terá pregações, shows musicais e missas, a exemplo dos anos anteriores. São esperadas cerca de 15 mil pessoas nos quatro dias do evento.

Com o tema “Meu Espírito Exulta de Alegria”, o evento con-tará com os pregadores Lucimar, coordenador da Renovação Ca-rismática Católica de São Paulo e Evaldo, de Osasco. Também estão na programação testemu-nhos de fé, de transformação, bandas e cantores.

Primeiro encontro religioso do Brasil realizado no período de carnaval, o Rebanhão foi criado em Cruzeiro em 1980 pelo padre Jonas Abib. Nos primeiros vinte anos na cidade, o encontro reu-nia milhares de pessoas vindas de todas as partes do País e da América do Sul. Consequência da projeção positiva do Reba-nhão, a Renovação Carismática decidiu implantar o mesmo even-to em cidades de outras regiões,

Rebanhão volta ao Ginásio Zé da Bola na 37ª edição

para facilitar o acesso de fiéis.Para os organizadores, o

Rebanhão de Cruzeiro é um dos mais destacados porque simbo-liza a história do surgimento da Renovação Carismática Católica no Brasil, fruto do trabalho do padre Jonas Abib e de seus seguidores.

Para receber os fiéis, a ESC-

-ESEFIC deverá concluir nos próximos dias a pintura do Gi-násio Municipal de Esportes “Zé da Bola”. O serviço inclui ainda a portaria e o muro frontal do Es-tádio Virgílio Antunes. O prefeito Thales Gabriel informou que a obra é necessária para o início do ano letivo da faculdade e para sediar o Rebanhão.

Homens trabalham na reforma do Zé da Bola

Multidão de fiéis no Brasil FC em 2016

Apesar da proibição imposta pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), órgão do Ministério da Saúde, a Prefeitura de Cruzeiro retomou no início do mês a aplicação de herbicida na tentativa de conter o crescimento de vegetação em vias públicas. A chamada “capina química” havia sido descartada pela Prefeitura em medos de 2015 por reco-mendação da Secretaria de Meio Ambiente.

No entendimento da ANVISA, a herbicida é um agrotóxico alta-mente nocivo aos seres humanos e aos animais. Em nota técnica editada em 2010, o órgão as-segura não haver no mercado nenhum produto registrado ou autorizado para ser utilizado como herbicida no controle de ervas daninhas ou de pragas em áreas urbanas. Por tal razão, o uso é proibido.

Em Cruzeiro, a reportagem de O IMPACTO flagrou na manhã de segunda-feira (13), funcionários do setor de limpeza aplicando o produto no centro da cidade. Os aplicadores e o condutor do trator usavam apenas máscaras de respiração e trajavam roupas comuns.

De acordo com a determina-ção da ANVISA, “durante a apli-cação do produto há a necessida-de de equipamentos de proteção individual”. Apenas a máscara não assegura a proteção aos funcionários encarregados. São necessárias roupas impermeá-veis e botas para evitar o contato do agrotóxico com a pele.

Durante a aplicação em vias públicas, os transeuntes e os mo-radores próximos são colocados em situação de risco. O vento

Prefeitura de Cruzeiro ignora proibição e retoma capina química

pode conduzir o agrotóxico ao interior das residências. Revela a nota explicativa da ANVISA que em qualquer área tratada com produto agrotóxico é necessária a interdição por no mínimo 24 horas. Além de isolada, a área precisa ser sinalizada, para evitar que animais e seres humanos en-trem em contato com o produto.

Nas vias pavimentadas ou compactadas, a impermeabili-zação do solo permite que as águas da chuva ou da lavagem de calçadas e quintais formem poças ou escoem atingindo ri-beirões e rios.

Na opinião do gestor de meio ambiente Ronaldo Madureira, o agrotóxico empregado na capina química, acumulado nos ribeirões, mata peixes e sapos, comprometendo o controle natu-ral de mosquitos, inclusive os da dengue. Madureira lembra que os peixes comem as larvas e os sapos os insetos. Ele também salienta que o produto também afeta o lençol freático.

Nas vias públicas, frisa a

determinação da ANVISA, as poças de água servem como fontes para cães de rua, gatos e outros animais. Ao consumir água contaminada, os animais estão sob risco. Se um animal – vaca ou cavalo -, comuns em vias públicas, consumirem o capim após a aplicação da herbicida, podem até morrer.

Nos seres humanos, estudos apontam que os agrotóxicos podem desencadear diversos efeitos colaterais imediatos como alergias, vômitos ou mal es-tar. Com o decorrer do tempo, pessoas expostas aos produtos (principalmente os aplicadores que não usam equipamentos de segurança) correm o risco de contrair doenças crônicas, dentre elas paralisias e até câncer.

A insistência da Secretaria de Governo da Prefeitura na manu-tenção da capina química deverá ser debatida nas próximas reu-niões do CONDEMA (Conselho de Defesa do Meio Ambiente). A denúncia também deverá ser analisada pelo Ministério Público.

Equipes da Secretaria de Obras e do SAAE trabalharam na manutenção de trechos nas ruas da Lagoa Dourada, realizando a Operação Tapa Buracos. Iniciado na quarta-feira (08), o trabalho foi encerrado na segunda-feira (13). Autor do pedido, o vereador Geraldo Luiz de Souza, o Chinho, acompa-nhou, prestando assistência e ouvindo as reivindicações dos moradores.

Foram quatro dias de traba-lhos realizados em trechos das ruas Padre Natal de Rosas, Rua Major Crispim Bastos, Rua Dr. Isaac Cerquinho, Rua Anacleto Coutinho, Rua Manoel Galvão Filho, e em especial na Rua Mário de Menezes Pedro, onde o SAAE havia feito obras no local e a rua ficou com uma abertura no meio do asfalto, ao

Vereador acompanha tapa buracos na Lagoa Dourada

longo de mais da metade da sua extensão, e no último dia 13 a via foi totalmente recuperada.

Segundo Geraldo Luiz, os serviços continuarão em outros pontos da cidade, “Assim como

na Lagoa Dourada, outros bair-ros e ruas também precisam de melhorias. Estarei sempre le-vando as demandas ao prefeito”, afirmou Chinho.

Manoel Felipe Martins – assessor

18 de Fevereiro de 2017• 4 O IMPACTO da Notícia

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■ 18/02 - Cervejaria do Gordo - Maria Cecilia e Rodolfo (Lorena) - 23 horas■ 18/02 - Aldeia Country - Mica-reta Sertaneja - Renan Mareso (Cruzeiro) - 23 horas■ 18/02 - Projeto Cultural e Social - Quadra Coberta (Vila Loyelo) Carnasamba - (Cruzeiro) - 16 horas ■ 18/02 - Arena 101 - Fred e Gustavo (Pinda) - 23 horas■ 18/02 - Estância Nativa - An-tony e Gabriel (Caçapava) - 23 horas

■ 24/02 - Estância Nativa – Pré--Carnaval Sertanejo (Caçapava) - 23 horas■ 18/02 - Mutley Music Bar - Red Hot Chili Pépers Cover (Taubaté) - 22horas■ 17/02 a 18/02 - Micareias - Banda Fattus - Praça 9 de Julho (Areias /SP)■ 24/02 - Lavrinhas /SP - Carna-val da Família ■ 18/02 - Ubatuba /SP - Carnaval de Ubatuba ■ 23/02 - Taubaté Folia - Palco de Eventos do Quiririm - Concurso de Marchinhas

DJ Sanndrynho

AGENDA O IMPACTO

Segundo as estimativas, nove mil e cem trabalhadores demi-tidos com justa causa ou que pediram demissão do emprego em Cruzeiro estão na lista dos beneficiados pela medida do governo federal que libera o sa-que do FGTS. A medida beneficia quem deixou o emprego até 31 de dezembro de 2015. Dados oficiais revelam que 472.777 mil moradores da região poderão sacar pagamentos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) inativo. O calendário de recebimento foi divulgado na terça-feira (14) pela Caixa Econômica Federal. Os valores estarão disponíveis entre março e julho.Em todo o país, R$ 43,6 bilhões serão disponibilizados aos bene-ficiários. “É um recurso impor-tante que ajuda na economia. Ao todo são mais de 30 milhões de trabalhadores em todo o Brasil, que podem guardar, aplicar, usar para pagar dívidas”, afirmou o superintendente regional da Cai-xa, Ademar Luis Zanoto Junior.O trabalhador que pediu de-missão ou foi demitido por justa causa até 31 de dezembro de 2015 pode sacar o saldo da conta vinculada, estando ou não fora do regime do FGTS.A Caixa criou em seu site uma página especial e um serviço telefônico para tratar das contas inativas. O banco orienta os tra-balhadores a acessar o endereço www.caixa.gov.br/contasinativas

Cerca de 9 mil poderão sacar o FGTS em Cruzeiro

ou ligar para 0800-726-2017, para que possam, de forma per-sonalizada, saber valor, data e local mais convenientes para os saques. Para acessar os canais eletrônicos da Caixa, os interes-sados deverão ter em mãos os números do PIS, PASEP e CPF.Os saques poderão ser feitos nas agências da Caixa, nos cor-respondentes Caixa Aqui ou nas lotéricas. Para valores acima de R$ 10 mil, serão exigidos o com-provante de extinção do vínculo de trabalho e a Carteira de Traba-

lho. Valores até R$ 3 mil poderão ser sacados nos corresponden-tes Caixa Aqui ou nas lotéricas mediante a identificação, Cartão Cidadão e senha. Nos canais de auto-atendimentos, para valores de até R$ 1.500, o saque poderá ser feito apenas com o Cartão Cidadão. Os valores entre R$ 1.500,01 até R$ 3.000,00, o exige Cartão Cidadão e senha.De acordo com dados divulga-dos durante a semana, 80% dos beneficiados receberão entre R$ 500,00 e R$ 1.700,00

■ O prefeito Thales Gabriel enviará à Câmara o projeto do estatuto dos servidores apenas depois de exaustivas reuniões entre seus técnicos e o sindicato da categoria. Gabriel pôs pé no freio após a correria de início de mandato. Segundo explicou, a transição de CLT para Estatutário deve ser estabelecida com clare-za. Correto.

Afonso Lobato e o caos nasaúde■ Padre Afonso Lobato, deputado estadual, reuniu mais uma vez, na segunda-feira (13), prefeitos, vereadores e secretários de saú-de de onze municípios da região para debater o caos em que se encontra a saúde nos postos médicos e nas santas casas. O encontro é a reedição de muitos realizados por Lobato nos últimos anos. Falatório, promessas e nada de concreto. O deputado precisa ouvir menos, falar menos e agir mais.

■ Por outro lado, cresce a expec-tativa sobre o futuro da Fundação Cruzeirense, administradora da Rádio Mantiqueira. Em março, o Poder Judiciário fará a avaliação da Ação Civil Pública que defen-de a extinção da fundação por ter colocado a emissora em situação próxima da falência. A ação é movida pelo Ministério Público depois da descoberta de rombo milionário nos balanços financei-ros da tradicional Mantiqueira.

■ Por coerência, a Fundação Cruzeirense deveria mesmo ser extinta para que a emissora fosse devolvida à Prefeitura. Afi-nal, foi dos cofres públicos que saiu o dinheiro para a compra em 1984. Dessa forma, o Poder Judiciário poderia definir prazo para a venda do canal e a Pre-feitura recuperar o que gastou. A dívida da Fundação bem poderia ser colocada na conta daqueles que negligenciaram ao longo de vários anos.

■ As portas das repartições municipais se tornaram muros de lamentações. Tem gente que reclama porque ainda não foi chamada para cargo de asses-soria. Tem funcionário efetivo reclamando que assessor tra-balha menos e ganha mais que ele. Tem ainda os que reclamam que os salários de assessores e secretários são baixos. Todo começo de governo é a mesma ladainha. Razão apenas para os servidores efetivos.

■ A RC Vale mu-dará de endereço no início de março. Estúdios, produção e administração se-rão centralizados na Rua Joaquim Amé-lio Ferreira, esqui-na com a Capitão Otávio Ramos, na Vila Regina Célia. O novo endereço compõe o plano de novos investimen-tos do empresário Anderson Babboni. Além de maior fatia nas redes sociais, a RC Vale entra na transição de AM para FM.

O empresário Anderson Babboni

■ O vereador Paulo Vieira tornou-se a grande atração nas sessões de segunda-feira da Câmara de Cruzeiro. Cerca de 80 por cento dos populares presentes aguardam o fim das reuniões para cercar o vereador. Segundo olhares observadores, a “fila dos milagres” é de no mínimo 30 pessoas por sessão. Há quem reivindique troféus para torneios, apoio financeiro para eventos e até cobrança de pro-messas de emprego na Prefeitura. Puxado pela onda de bajuladores nas redes sociais, na Câmara e em alguns meios de comunicação, Paulo Vieira poderá até ser canonizado no futuro. Aguardem. Vieira não esconde o desejo de ser candidato a deputado federal em 2018.

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Charles Fernandes acompa-nhou na quinta-feira (15), na Vila Batista, os trabalhos no campo e na praça do bairro. As obras foram solicitações do vereador e visam melhorias nas condições de utilização deste importante local de lazer.

O líder comunitário Nelson Júnior (Gordo) também acompa-nhou os trabalhos que são anti-gas solicitações dos moradores e demonstrou satisfação pelo inicio das obras no local.

O Presidente da Câmara Municipal de Cruzeiro garantiu todo o apoio do legislativo para a vinda de recursos e projetos que tragam reais melhorias ao bairro e aos moradores da região.

Charles Fernandes acompanha trabalhos na Vila Batista

18 de Fevereiro de 2017 • 5O IMPACTO da Notícia

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POLÍCIA

Tempo seco e sensação térmi-ca próxima de 36 graus. Nesse clima, amigos jogavam futebol no domingo (12), no Campo da Nova Cruzeiro. Perto das 14 horas, período de maior incidência dos raios solares, ninguém atentou para os riscos do esforço físico. Calor e exagerado esforço físico teriam sido as causas do infarto que matou Luiz Guilherme Alves, de 24 anos.

Segundo relatos, Luiz Guilher-me deixou o campo várias vezes para molhar o rosto e beber água. “Foi numa dessas vezes que ele desmaiou e caiu. Aí todo mundo parou pra ver o que estava acon-tecendo”, contou um jogador.

Socorrido, a vítima deu entra-da no Pronto Socorro da Santa Casa às 14h15, sem vida. De

Jovem morre de infarto em campo de futebol

acordo com as avaliações, infarto fulminante a causa do óbito.

RECOMENDAÇÕESApesar da idade (24 anos),

Luiz Guilherme Alves e os de-mais jogadores se expuseram a condições climáticas de alto ris-co, segundo avaliações médicas.

No período entre 11 horas e 16 horas, ainda mais em seguida ao almoço, qualquer esforço físico em ciclos de intenso calor e de tempo seco é considerado impró-prio. Além dos riscos cardíacos, a incidência dos raios solares pode causar queimaduras na pele se a pessoa não usar protetor.

“Partidas de futebol, trabalho pesado, caminhadas ou qualquer outra exposição ao intenso calor podem acarretar sérios proble-mas à saúde. Claro que cada organismo reage de uma forma, porém em quaisquer cinrcunstân-cias é sempre preventivo evitar”, orientam os médicos.

Morreu enforcado na manhã de segunda-feira (13) o metalúrgico Jorge Luiz Moreira da Costa, o Tebinha, de 34 anos. Funcionário da Maxion, ele compunha o quadro de diretores suplentes do Sindicato dos Metalúrgicos. Segundo parentes e colegas de trabalho, o suicídio teria sido motivado por depressão. Inconformado com a sepa-ração conjugal, “ele aparentava muita tristeza em casa e no trabalho”, disseram amigos.

Segundo o registro policial, o corpo foi encontrado por familiares no início da manhã, na residência onde morava, na Rua Álvaro Lage, no Itagaçaba. A perícia apurou que Tebinha usou um cabo de antena de televisão para se enforcar. No momento da chegada do socorro, Tebinha estava morto. O metalúrgico deixou uma filha de 10 anos. Foi o primeiro homicídio do ano em Cruzeiro.

Metalúrgico morre enforcado no Itagaçaba

Com a morte de um suspeito e a prisão de outros dois, a Polícia Civil concluiu o inquérito da morte de Maria Fernanda Cândido, de 12 anos. O crime ocorreu no dia 28 de janeiro, no Embauzinho, na zona rural de Cachoeira Paulista.

"Os três autores foram identi-ficados e localizados, encontra-mos também a arma do crime, vamos aguardar a perícia e finalizar o reconhecimento, mas tudo foi esclarecido", disse o delegado de Cachoeira Paulista, Mario Celso Ribeiro.

O primeiro suspeito foi loca-

Com prisões e morte, polícia conclui caso Maria Fernanda

Lourenço Lemes, de 34 anos, abriu fogo contra policiais e acabou morto.

lizado em Campos do Jodão, no dia 3 (sexta-feira). Teria sido ele o autor do tiro que matou a adolescente. O segundo en-volvido foi morto durante troca de tiros com a Polícia Militar, no Mavisou, em Lavrinhas. Ao receber voz de prisão, o bandido iniciou o tiroteio e acabou morto. O terceiro acusado foi preso em Lavrinhas.

De acordo com o delegado Mário Celso, os dois foram indiciados por latrocínio (roubo seguido de morte), além de três roubos e uma tentativa de roubo. Os acusados estão com

a prisão decretada pela Justiça e confessaram os crimes.

O CASOMaria Fernanda Cândido es-

tava no banco de trás do carro dirigido pela mãe dela no mo-mento em que um dos bandidos atirou. Por volta das 22 horas do dia 28 (sábado), a família foi surpreendida pelo trio na saída de uma igreja evangélica.

A polícia apurou que os ban-didos queriam tomar o carro para fugir após ter assaltado três comércios no bairro. Como o carro não parou, um deles atirou e matou a adolescente.

Maria Fernanda Cândido

Numa loja de rações, no cen-tro, as câmaras de segurança flagraram o mesmo bandido em quatro arrombamentos num inter-valo de uma semana. Numa joa-lheria, os bandidos arrombaram uma das portas de aço. Numa loja de decorações, o vidro blindex da entrada principal foi quebrado. No Itagaçaba, bandidos a mão armada assaltaram padaria e su-permercado no mesmo instante.

Nas últimas semanas, os casos elevaram as estatísticas da cidade nos quesitos de ar-rombamentos e assaltos. Para os comerciantes, a sensação é de insegurança. “Nós corremos o risco de sermos surpreendidos por bandidos armados a qualquer hora e ou chegar pela manhã para abrir a loja e saber que o ladrão passou antes”, comentou um lojista ao O IMPACTO.

Enquanto aumenta o temor, aumenta também a crença de impunidade dos bandidos. De acordo com a lei, caso a prisão não seja em flagrante, os bandi-dos respondem ao processo em liberdade. Mesmo em flagrante, dependendo das circunstâncias, os acusados podem ser benefi-ciados.

Detido pela Polícia Militar, o acusado de assaltar uma loja de rações foi liberado no Plantão Policial sob a justificativa de que não teria caracterizado o flagran-te. No dia seguinte, o mesmo bandido apareceu nas imagens

Onda de assaltos gera temor no comércio de Cruzeiro

do circuito interno da loja onde já havia entrado três vezes.

Um dos casos de grande re-percussão ocorreu na madrugada de quarta-feira (08), na Joalheria Gold Finger, no centro. Bandidos empregaram macaco hidráulico para arrombar uma das portas de aço. Antes, na mesma madruga-da, também assaltaram joalheria em Itanhandu (MG).

Durante o cerco imposto pela Polícia Militar, cinco bandidos foram abordados na região de Aparecida. Houve troca de tiros. Dois assaltantes resultaram fe-ridos. Outros três foram presos. Apesar do esforço dos policiais e dos riscos a que se submeteram durante a perseguição, os três acusados foram soltos durante a Audiência de Custódia, no Fórum de Aparecida. Eles foram bene-ficiados porque têm endereço e trabalho fixo.

No dia 9 (quinta-feira), três

homens foram presos depois de passarem notas falsas de R$ 20 no comércio da cidade. Vindos de São José dos Campos, os bandidos foram presos porque depois o carro em que viajavam apresentou pane na Rodovia Avelino Júnior.

Depois do golpe na cidade, o trio pretendia chegar ao Sul de Minas. O veículo foi rebocado a uma oficina em Cruzeiro. En-quanto aguardavam o conserto, os três retornaram ao centro da cidade e acabaram sendo reco-nhecidos por uma das vítimas. No carro, a PM encontrou R$ 8 mil em cédulas de R$ 20.

No Itagaçaba, na Rua Bento Soares, por volta das 17h40 de terça-feira (14), quatro homens armados renderam funcionários de padaria e supermercado. O montante roubado não foi revela-do. Na fuga, o bando abandonou o carro nas proximidades do Lixão, na estrada velha Cruzeiro – Dutra.

MÃO DE FERROEm meio ao temor de novos

ataques, comerciante sugerem ao comando da PM a realização de operações nos moldes da Operação Mão de Ferro durante a madrugada. “A investida da polícia tem dado resultados durante o dia. É necessário tam-bém à noite, ainda mais quando as estatísticas mostram que os arrombamentos ocorrem no inter-valo das 2 às 4 horas”, reivindica um comerciante.

Jóias recuperadas pela polícia

Supermercado assaltado no Itagaçaba

Bandidos usam macaco hidráulico em

arrombamento

Após arrombamento, comerciante instala grades de proteção em loja de decorações.

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18 de Fevereiro de 2017• 6 O IMPACTO da Notícia

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Além do efeito imediato junto ao público consumidor, a pro-paganda em jornal impresso também possibilita que a marca seja eternizada.

A Brasileira marcou época no comério Cruzeiro entre as décadas de 1940 e 60. Apesar de famosa em seu tempo, a empresa teria caído no es-quecimento não fosse a pro-

paganda veiculada na Revista Variedades.

O IMPACTO é um jornal elaborado a partir de textos próprios, de reportagens e pesquisas. Além de resgatar o passado de Cruzeiro através da coluna O IMPACTO – HISTÓ-RIA, o jornal também trata as notícias de agora com fidelida-de, sabendo que suas páginas

embasarão as pesquisas de futuros historiadores.

Faça parte desse contexto. O IMPACTO é o mais procurado nas bancas e em outros pon-tos de distribuição por ser um jornal de fácil leitura e de forte conteúdo. A publicidade no O IMPACTO é vista por milhares de pessoas no presente e será lembrada também no futuro.

Por Wander Carvalho Bastos

WANDER BASTOS – Presidente do Sindicato Rural de Cruzeiro e Lavrinhas.

Campanha “Be Brasil” será lançada mundialmente em março, nos EUA

Para mostrar que o Brasil é um ambiente ideal para se fazer negócios, investir e confiar como parceiro efetivo em transações internacionais, a Apex-Brasil (Brasília/DF) lançará, em março no Texas (EUA), a campanha “Be Brasil” (Seja Brasil, na tra-dução ao português). O objetivo da ação em inglês é passar a imagem de um País pronto para negócios internacionais, recepti-vo a investimentos estrangeiros, com produtos de qualidade para introduzir ao mercado externo.De acordo com o presidente da Apex-Brasil, Roberto Jaguaribe, a ação se dará também por meio das redes sociais, caminho de baixo custo para divulgação e ampla efetividade. “O importan-te é focar em experiências de terceiros, atores de mercados reais, empresários e demais que investem em produtos brasilei-ros, relatando suas experiências e focando nessas características positivas do Brasil que também são úteis para o ambiente de negócios, como receptividade, diversidade, facilidade de enten-dimento, capacidade de persua-

são a ausência de interesse em conflitos”, elenca o executivo.A indústria agro alimentícia bra-sileira, ainda na opinião de Ja-guaribe, se destaca em compe-titividade, modernidade e capa-cidade de penetração em muitos mercados. “Investidores externos estão no Brasil há anos, alguns com resultados continuamente positivos. Isso acontece em vários setores porque o Brasil é um país com solidez e reconheci-mento no mercado internacional, sendo grande pela sua dimensão geográfica, demográfica e eco-nômica, além da multiplicidade de questões que oferece junto a um mercado interno fortalecido”, pontua ressaltando que o Brasil não passa desapercebido mes-mo em momentos de volatilidade, seja política ou econômica. “Em 2015 fomos o sétimo destino de investimentos do mundo. Está-vamos habituados a estar entre os cinco primeiros mas estamos prontos para recuperar este pa-tamar”, complementa.A imagem brasileira no mercado externo vem sendo alvo de crí-ticas, na opinião do presidente

da Apex-Brasil, distorcidas. Ele conta que o alvo de críticas seria a vasta expansão de produção agropecuária, que teria se dado pela devastação da cobertura vegetal nativa. “Não há duvida de que houve devastação, mas essa situação vem sendo contornada com políticas públicas estabe-lecidas há muito tempo e que tem funcionado bem. O Brasil é o País que singularmente mais contribuiu para a redução de emissões no mundo, em função das campanhas de redução do desmatamento”, ponta Jaguari-be, ressaltando que o êxito da agricultura brasileira se dá por diversos fatores, entre eles, a pesquisa tecnológica voltada para a tropicalização de muitos cultivos importantes.Para saber mais sobre a cam-panha, clique aqui. Ouça o pre-sidente da Apex-Brasil falando sobre a campanha no áudio a seguir.

Focada no público externo, objetivo é divulgar potencial brasileiro

Fonte: Apex-Brasil,

Histórias hilariantes de um chaveiro(histórias verídicas)

No sufoco da “biqueira”Prestador de serviços para

seguradoras de autos ou de imóveis não tem expediente definido. A qualquer momento – não importam hora, local e dia – pode ser acionado para emergências. Quando se trata de cliente especial, a dedicação é redobrada. Afinal, a compa-nhia faz de tudo para preservar o segurado sabendo que o resultado satisfatório depende do prestador de serviços.

Perto do início da madru-gada, o Chaveiro é acionado para atender a um cliente em Guaratinguetá. “O mais rápido possível, pois se trata de um segurado de boa conta na em-presa. Capricha lá”, aconselha o funcionário da seguradora. E vai o Chaveiro, tarde da noite, para mais uma missão: destra-var o veículo importado de um cliente de boas posses.

O GPS ainda não está dis-ponível. Sem saber da exata localização, o Chaveiro para na Rodoviária de Guará. Um taxista ensina a rota ao mes-mo tempo em que adverte:

“cuidado, o lugar é de intenso tráfico de drogas e de bandidos”. Precavido, o Chaveiro solicita da seguradora escolta policial.

A viatura não demora. Tranqui-lo, o Chaveiro chega ao endere-ço. Começa então a confusão. Percebendo a viatura policial, o cliente se nega a abrir o portão. “Não precisa. O problema está resolvido. Pode voltar”, diz o homem. Viagem perdida, o Cha-veiro decide retornar a Cruzeiro.

No entanto, ao passar sob o viaduto da Presidente Dutra, na saída de Guará, o Chaveiro volta a ser acionado pela seguradora. Para atender ao telefone, ele es-taciona o carro sem atentar para um detalhe: o local é ponto de travestis. Claro, logo uma delas se oferece para um programa. “Não, apenas parei aqui para atender ao telefone”, responde o Chaveiro. “Você não sabe o que está perdendo, bofe”, diz a travesti. O Chaveiro dispensa o programa.

No mesmo instante em que tenta se livrar do “programa”, o Chaveiro é recomendado a re-

tornar à residência do cliente. “O homem está irritado porque você apareceu lá com a polícia. Ele disse que você na precisa temer nada e que a sua segu-rança está garantida”, informa o funcionário da seguradora.

Apreensivo, o Chaveiro chega ao endereço novamen-te. Executado o trabalho, o cliente oferece sua própria escolta. “Meus homens vão acompanhar você até a saída da cidade”. Pouco antes de acessar a Presidente Dutra, o telefone volta a tocar. É o funcionário da seguradora indagando se estava tudo bem. Na conversa, o Chaveiro confirma a desconfiança. “Você estava na residência de um dos maiores traficantes da região”, diz o funcionário. “Devia ter me avisado antes. Passei o maior sufoco”, reclama o Chaveiro.

Detalhe para fechar essa história. Para atender ao te-lefone, o Chaveiro estacionou justamente no mesmo local de antes, no ponto das travestis. “E aí, lindão, vamos agora?”.

Enxotado de casa pela mulher, que não tava a fim de dormir cheirando bafo de pinga, vai a um beco,acaba dormindo no chão e tem o relógio roubado. No dia seguinte, já curado da manguaça, ao andar pela rua, vê um cara usando o seu relógio, e se aproxima dele dizendo : - Hei, cara, esse relógio é meu! - Que seu que nada. Esse re-lógio eu peguei de um bêbado que eu comi ontem lá no beco. -Tem razão, não é meu mesmo. Mas que parece, parece!!!!

Joãozinho sempre foi um garoto muito levado e por isso a profes-sora sempre pegava no seu pé. Certo dia, a professora perguntava os alunos: - Mariazinha, do que você mais gosta? - Chocolate - respondeu a gor-dinha. - E você Zequinha? - De videogame, professora! Aí ela virou pro Joãozinho: - E você menino... De que que você mais gosta? Com a cara mais limpa do mundo ele respondeu: - De Tu professora! A professora emocionada, inter-rompeu a aula e levou Joãozinho pra cantina querendo lhe oferecer alguma coisa: - O que você vai querer, Joãozi-nho? Ele disse: - ToTa-Tola professora!

Ele:– Oi, minha linda! Já escolheu seu presente?– Já sim! Você podia me dar um telefone novo…– Ué… Mas e o outro?– O outro disse que vai me dar uma blusa.

O pai judeu falou:– Isaac já fez?– Sim, babai.– Jacob já fez?– Sim, babai.– Sarah já fez?– Sim, babai.– Raquel já fez?– Sim, babai.– Então bode dar a descarga

O garoto vai roubar jabuticaba na casa do vizinho. E lá está ele todo contente, enchendo sua sacola e colocando algumas no bolso, apressado. Quando de repente ele ouve um barulho, e vê o dono olhando pra ele furioso dizendo:- Seu moleque sem vergonha, vou contar pro seu pai.E o garoto tranquilamente responde:- Aproveite e conte agora, porque ele está ali no outro pé!

A loira chega gritando em casa...- Mãe, mãe, mãe, mãe!!!- O que foi filha?- Um cara me deu 50 reais pra subir numa árvore!- Sua besta, ele só queria ver sua calcinha!- Pensas que sou burra??? Antes de subir, eu tirei a calcinha pra ele não ver!!!

18 de Fevereiro de 2017 • 7O IMPACTO da Notícia

O IMPACTO – HISTÓRIA Paulo Antônio de Carvalho

15 de março de 1977. Aos 31 anos de idade, João Bastos Soares assume a Prefeitura de Cruzeiro cercado de intensa expectativa popular. Na meta de governo as construções do Pronto Socorro Municipal e da Cozinha Piloto, a expansão da pavimentação de vias e a adoção de projetos sociais. Exaustivamente debatida nos palanques eleitorais de 76, a expulsão da Sabesp é o maior dos desafios.

Em quase seis anos de gover-no, João Bastos cumpre todas as promessas de campanha, alcan-

João Bastos, o último grande líderça notoriedade regional, torna-se deputado federal em 1982, esta-dual em 86, secretário de Estado em 87, entra em decadência em 1990, mas ressurge em 92 num momento em que seus adversá-rios o apontam como “um político morto”. Carismático e dono de discurso com marcante capaci-dade de persuasão, Bastos res-surge das cinzas para encerrar carreira como prefeito.

Desde 1871, ano de sua fundação, Cruzeiro destacou importantes lideranças popu-lares. O primeiro foi o Coronel José Joaquim Ferreira. Depois,

o Coronel José de Castro. Diogo Bastos consagrou-se como o líder com maior tempo de atu-ação. Avelino Júnior ainda hoje figura como o de maior influên-cia popular e João Bastos o de maior projeção.

Desde 1997, findado o segun-do mandato de prefeito de João Bastos, nenhum outro nome surgiu na política local com a mesma força popular. Antes, o trono nem chegava a esfriar. O legado passava de um para outro instantaneamente. Agora, faz duas décadas que o trono permanece vago.

1 Natural de Lavrinhas, em 9 de setembro de 1946, João Bastos Soares mostrou ainda na adolescência mostrou-se um reacionário com evidente vocação para a vida pública. Aos 15 anos, no primeiro emprego numa fábrica de gesso, pouco ficou. Bastou o pri-

meiro mês para subir numa bancada para liderar greve por aumento de salário. Acabou demitido. Na Escola Oswaldo Cruz, exerceu liderança estudantil. Em 1967, atuou na or-ganização da manifestação de jovens pela instalação de faculdades em Cruzeiro.

Em 1968, João Bastos elegeu-se verea-dor com 465 votos. Quatro anos depois, em 1972, ele conquistou a reeleição com 1.442. Nos dois mandatos, Bastos manteve a tônica das contundentes críticas aos prefeitos e à ditadura militar. As frequentes aparições nas manifestações populares e o tom pesado do discurso contra o militarismo o levaram a ser “convidado” a prestar depoimentos no Quartel de Lorena.

Criado no berço político de Avelino Júnior, contra o líder a primeira investida eleitoral. Em 1974, disposto a uma vaga de deputado estadual, João Bastos se viu obrigado a registrar candidatura em Bananal devido ao boicote de Avelino. Temendo que o discípulo superasse sua projeção, Avelino Júnior o impediu em Cruzeiro e também tratou de apoiar um candidato de Guaratinguetá. A estratégia do cacique político funcionou.

Em 21 de março de1975, com a morte de Avelino Júnior, a ascensão de Bastos ao trono de líder dos avelinistas foi consequência natural. Se Avelino consagrou-se como o maior líder popular da história, a sucessão ofertou a João o posto de líder de maior projeção de todos os tempos, fruto dos cargos que ocupou nas esferas estadual e federal.

De líder estudantil a deputado federal, a carreira meteórica

2 Em 1976, ano de eleição municipal, a Sabesp ainda estava em fase embrionária em Cruzeiro. Repetindo as frases de efeito adotadas pelos avelinistas ao longo de três décadas, de que “a água o povo trouxe e por ela não precisa pagar”, João Bastos fez do tema a alavanca para vencer com extrema facilidade a disputa pela

Prefeitura. Num tempo em que os eleitores beirava os 20 mil, ele obteve 12.923 votos, cerca de cinco mil a mais que a totalização dos votos dados aos três candidatos de oposição.

Empossado em 15 de março de 1977, João deu início ao dinâmico governo, dobrou os salários dos servidores, expandiu a pavimentação de vias públicas, construiu a Cozinha Piloto, o Pronto Socorro Municipal, instalou o Corpo de Bombeiros e o 23º Batalhão da PM. Além das obras e dos projetos so-ciais, a prometida expulsão da Sabesp seguida da implantação do SAAE figurou como de alta e positiva repercussão popular em Cruzeiro e na região.

João Bastos acumulou mais dividendos políticos em fins de 1981, com a expulsão do 23º Batalhão da Polícia Militar. Pivô da decisão, o show da cantora Rosana na festa da exposição da cidade em setembro.

No auge da carreira, a cantora atraiu milhares de pessoas ao show com entrada franca no Parque de Exposições. Enquanto Rosana cantava, o prefeito reunia amigos numa barraca de bebidas e de petiscos ao lado do palanque. Alertado de que Rosana fazia dublagem, João Bastos foi ao palco, tomou o microfone da artista e desabafou: “O povo de Cruzeiro não é palhaço. A senhora foi contratada para cantar e não para dublar”.

O discurso inflamou a multidão e Rosana teve que deixar o Parque de Exposições protegida numa viatura da PM. No dia seguinte, ao comentar o entrevero, o Capitão Ivo, comandante do policiamento, atribui toda culpa ao prefeito, alegando que ele “estava ligeiramente embriagado” naquela noite.

Como o 23º Batalhão ocupava um prédio da Prefeitura (atual Creche Dom Bosco), João Bastou determinou a desocupação do imóvel e a transferência do quartel para outra cidade. “O prazo é de um mês. Caso contrário, mando colocar os móveis do Batalhão num caminhão e descarregar na beira da Dutra”, advertiu o prefei-to. Pouco antes do prazo, o BPMI foi transferido para Lorena.

Expulsão da Sabesp, do Ba-talhão e obras de forte conteúdo popular lançaram João Bastos no cenário regional como político co-rajoso e de grandes realizações. Estava pronto o trampolim para a escalada política nas esferas federal e estadual a partir de 1982.

Expulsão da Sabesp e do Batalhão da PM, os trampolins para a escalada

3 Em 1982, enquanto João Bastos despontava como forte liderança na região de Cruzeiro, Geraldo Alckmin, prefeito de Pindamonhangaba, também acumulava dividendos políticos. “Cruzeiro e Pinda, unidas pelo Vale do Paraíba” emplacou a campanha de Bastos a deputado federal e de Alckmin a estadual.

Na Câmara Federal, a partir de 83, João participou de um dos momentos mais importantes da história brasileira, a retomada do regime democrático após duas

décadas de ditadura militar.Em 1986, a inversão da dobradinha com Alckmin levou João Bastos a uma cadeira na Assembléia

Legislativa. No início do ano seguinte, Bastos assumiu as secretarias estaduais do Trabalho e posterior-mente de Indústria e Comércio. Nas duas, permaneceu menos de um ano. Rompido com o governador Orestes Quércia, o ex-prefeito passou a atuar na formação do PSDB.

A histórica dobrinha João/Geraldo

4 Apesar da acumulada experiência, João Bastos não soube cultivar as bases políticas nos municípios durante os quatro anos de mandato de deputado esta-dual. O distanciamento dos chamados “currais eleitorais” possibilitou que outros ocupassem os espaços. Erro fatal com fortes reflexos nas eleições de 1990.

Naquele ano, o distanciamento das

bases também fez sucumbir a dobradinha com Geraldo Alckmin. Longe dos 63 mil votos de 1982 e dos 52 mil obtidos em 1982, João alcançou pouco mais de 10 mil no pleito de 90. Em Cruzeiro, foram apenas 3.500 aproximadamente.

Consequência do baixo desempenho, Bastos passou a ser rotulado pelos oposi-tores como “morto politicamente”. “Ele não se elege nem para vereador em Lavrinhas”, imaginavam os adversários.

O vexame eleitoral fez João Bastos trabalhar na retomada de suas bases em Cruzeiro a partir de 1991. De cada em casa, empregando seu destacado carisma, ele conseguiu ressurgir das cinzas, como o pássaro Fênix, da mitologia grega. Os 19.522 votos no pleito de 1992 lhe garan-tiram o retorno à Prefeitura.

A decadência de 90 e o efeito Fênix

5 Aonde foi parar a multidão arrastada por João Bastos. E os amigos, por que desapareceram?

Ao deixar a Prefeitura, em dezembro de 1996, Bastos já acumulava problemas coronários. Depois, a síndrome do pânico seguida pelo Mal de Parkinson. Aliada a tudo isso, a crise financeira.

Após recusar aposentadoria especial como deputado e um emprego no governo do Estado, ele passou a viver de ajuda de poucos amigos até conseguir aposentadoria pelo INSS. O benefício previdenciário apenas possível porque os mesmos poucos amigos pagaram a conta das contribuições atrasadas havia déca-das, desde que deixou a carreira de professor de filosofia, pedagogia e educação física ainda em meados da década de 1970.

O poder do discurso para multidões e o cerco de muitos amigos perderam intensidade enquanto avançavam os problemas de saúde. No dia 9 de setembro de 2007, quando João Bastos faleceu, a multidão ressurgiu na despedida.

O final melancólico de um grande líder

■ Coronel José Joaquim Ferreira, líder do mo-vimento que fundou o município em 6 de março de 1871, foi o primeiro prefeito (intendente) em-possado 1872, aos 35 anos de idade. O Coronel Ferreira também foi o primeiro grande líder político de Cruzeiro, responsável pela desapropriação de terras da Fazenda Boa Vista para a abertura das primeiras ruas da nova cidade de Cruzeiro. Ele faleceu em 1931, aos 94 anos.

■ Coronel José Francisco de Oliveira Castro, aos 34 anos, assumiu a Prefeitura pela primeira fez em 1904. Totalizando os quatro mandatos, governou o município por quase 10 anos. A instalação da primeira adutora de água, da iluminação por ener-gia elétrica, a expansão urbana e a instalação do frigorífico o fizeram o maior líder político no começo do século XX. Coronel José de Castro faleceu em 1961, aos 91 anos.

■ José Diogo Bastos consagrou-se como líder popular entre as décadas de 1930 e de 1970. Prefeito por duas durante a Ditadura Vargas, tam-bém foi deputado por duas vezes, presidente da Caixa Econômica Estadual e Ministro do Tribunal de Contas do Estado. Diogo Bastos faleceu em 1993, aos 95 anos.

■ Tranquelino Avelino de Freitas Júnior (Avelino Júnior), o maior líder popular da história. Por conta do forte poder de mobilização popular, empreendeu o mutirão da água que resultou na instalação da adutora do Rio do Braço em meados da década de 1950. Foi prefeito por duas vezes, deputado estadual e manteve supremacia na política local até 1975, ano de sua morte aos 69 anos.

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QUE DELÍCIACOM A TRADIÇÃO DE QUALIDADE

E OS MENORES PREÇOS

A convocação da Matheus Scandian Thomaz pela Confe-deração Brasileira de Ciclismo Juvenil e Júnior coloca mais um cruzeirense na seleta relação de atletas com o orgulho de vestir o uniforme da seleção nacional. Matheus Scandian, da equipe de ciclismo de São José dos Campos, compõem a relação de da CBC para competições na América do Sul. Matheus é filho dos comerciantes Valquimar e Cristina.

Aos 11 anos de idade, Ma-theus começou a pedalar por esporte, na companhia do pai. Aos 14 anos, foi integrado ao Clube de Ciclismo São José dos Campos. Com apenas cinco me-ses de preparação, conquistou o

Matheus Scandian ganha ascensão na Seleção Brasileira de Ciclismo

primeiro troféu.Em poucos anos, Matheus co-

leciona vários troféus no cenário nacional. Venceu três Copas Rio, dois desafios do Tour Cidade do Rio de Janeiro, quatro etapas do Campeonato Valeparaibano, uma Copa Máster, Campeão Paulista 2016 e vice no Brasileiro do Ranking 2016.

Na Volta Internacional do ABCD, na Grande São Paulo, Matheus Scandian, segundo colocado, despertou o interesse de empresários internacionais. Contudo, decidiu continuar na

equipe joseense. O atleta tam-bém está cotado para estágios na Itália e na França nos meses de junho e julho, com grandes chances de disputar o mundial de sua categoria.

Na Fanpage você pode acom-panhar a meteórica carreira de Matheus Thomaz. Em Cruzeiro, o atleta conta com o apoio pu-blicitário da RM Training, Escola Dinâmico, Sim Service, Facic, CDL, Epeech Engel, Etecon, TT Bike, Costa & Souza, Maqvale, Farmácia 3 Irmãos, Ventureli Imóveis e Varandão.

O experiente guia Reinaldo da Luz, da Equipe de Montanhistas 9 de Julho, começa agora a pre-paração para alcançar o topo do Monte Aconcagua, na Argentina. Da Luz foi convidado a compor um grupo de montanhistas bra-sileiros. O evento está previsto para dezembro. “É a realização de um sonho”, revela Reinaldo da Luz. Ele explica que, devi-do às condições do clima e da acentuada topografia, a fase de preparação “é fundamental para vencer o desafio”.

O Aconcagua – o topo da América - se eleva a 6.962 me-tros de altitude, compõe o com-

Um cruzeirense no Aconcagua

como um dos melhores guias da região. Com mais de dez anos de experiência, ele conheça todas as trilhas da Mantiqueira e da Bocaina. Em janeiro, Reinaldo compôs expedição ao topo do Pico da Bandeira, entre o Espírito Santo e Minas. O pico é terceiro mais elevado do País, com 2.891 metros de altitude, bem abaixo do desafio que esperado pelo guia no Aconcagua.

“Por isso, nos próximos me-ses, vamos nos dedicar à prepa-ração física e mental. Se é um sonho, vamos realizá-lo”, afirma Reinaldo da Luz.

plexo de montanhas da Cordilheira dos An-des, fica na Província de Mendoza, junto ao Vulcão Tupungato e a Laguna Del Diamante. A temporada oficial de visitas começa em no-vembro e termina em março. O clima rigoro-so se deve à elevação do ecossistema e as baixas precipitações. O desafio que a mon-tanha apresenta é um teste de resistência física. O montanhista tem que superar temperaturas congelantes e o ar rarefeito das grandes altitudes.

Reinaldo da Luz é apontado

Com a ascensão de Ma-theus no ciclismo brasileiro, Cruzeiro passa a contar com ao menos quatro atletas con-vocados em suas respectivas modalidades esportivas para competições internacionais.

A maratonista Adriana Silva, da equipe Pinheiros (SP) lidera o ranking dos cruzeirenses. Já esteve em diversas competi-ções internacionais, vencedora de dois Panamericanos e atuou em duas olimpíadas. Adriana é a primeira no ranking brasileiro de maratonistas.

Em 2008, o zagueiro Bre-no (São Paulo FC) atuou na Seleção Brasileira nas Olimpí-

Os cruzeirenses nas cores verde e amarela

adas de Pequim. Depois de fase conturbada na Alemanha, Breno retornou a Tricolor e sofreu grave contusão. Agora, retornando ao gramados, Breno mantém a esperança de vestir a camisa principal da seleção.

O mesatenista Edimilson Pi-

nheiro também é outro nome de destaque. Integrante da seleção brasileira, participou de várias competições na América do Sul e na Europa. Ano passa-do, Edimilson integrou o Comitê Olímpico da Paraolimpíada no Rio de Janeiro.