César ladeira a coragem de um homem

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CÉSAR LADEIRA - A CORAGEM DE UM HOMEM Prof. Júlio Rocha Disciplina: Rádio e TV 1 Ano: 2013 3º Período de Publicidade e Propaganda Aulas: 19 e 20

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• Utilizando-se da voz, da coragem e da vontade de César Rocha Brito Lacerda (César Ladeira), jovem speaker vindo de Campinas, a Rádio Record integrou-se definitivamente naquela insurreição, levando São Paulo à guerra civil. Era a Revolução Constitucionalista de 1932.

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• Na noite daquele fatídico 23 de maio, ocorreram choques entre os manifestantes e os membros da Legião Revolucionária (transformada no Partido Popular Progressista, sob a liderança de Miguel Costa).

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• No confronto bem em frente ao prédio onde se situava a Rádio Record, à Praça da República nº 17, morreram, tragicamente metralhados, os estudantes Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo. As iniciais de seus nomes inspiraram a criação da sigla “MMDC”, que passou a ser o estandarte daquele movimento.

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• César Ladeira e seus companheiros de microfone Nicolau Tuma, Renato Macedo e Licínio Neves imortalizaram-se em memoráveis “irradiações”, que avançavam pelas madrugadas, transformando a Rádio Record de São Paulo em “A Voz da Revolução.

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• César Ladeira Foi preso e durante 16 dias ficou trancafiado; de volta às suas funções de speaker, ainda permaneceu mais alguns meses na Rádio Record, de onde, em 1933, se tranferiu para a PRA-9 Rádio Mayrink Veiga do Rio de Janeiro, como diretor geral.

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• Formou o seu próprio elenco, investiu na remodelação da discoteca, ampliou novos horários para o pequeno e o grande radioteatro, explorou suas virtudes de narrador inigualável, criando horários para apresentações diárias.

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• Coube a César Ladeira o crédito da implantação de uma política salarial aos profissionais do rádio, que passaram a receber ganhos mais justos, além de salários fixos, e a ter seus contratos de trabalho registrados nas respectivas carteiras profissionais.

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• A repercussão dessas medidas foi imediatamente sentida no mercado, uma vez que as demais emissoras passaram a adotá-las (para não dizer copiá-las), não só no Rio de Janeiro, como em todo o país.

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• E, em retribuição àquela presença sempre maciça do público nas radioemissoras, principalmente nos horários noturnos, nasceu a tradição do artista de rádio, do cast, enfim, se apresentar em “traje de rigor”, a começar pelo próprio speaker.

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• Em 1937, Getúlio Vargas determinou novas eleições presidenciais no país, apresentando como candidatos os senhores Armando Salles de Oliveira e Oswaldo Aranha.

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• Quando da promulgação da nova constituição, apelidada pelo povo de “Polaca”, um funcionário do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) compareceu à Rádio Mayrink Veiga PRA-9, com a ordem de que aquele documento, que “impunha o Estado Novo”, deveria ser levado ao ar imediatamente.

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• César Ladeira não se perturbou. Colocou aquela papelada toda sobre a mesa do estúdio e, sem pigarrear, com a voz rigorosamente afinada, sem nenhum tropeço ou vacilação, leu tudo aquilo sem nenhum erro.

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• Na década de 50, César Ladeira ainda emprestaria o seu talento e o seu concurso à Rádio Nacional do Rio de Janeiro, onde, a exemplo da Record e da Mayrink Veiga, deixaria sua marca como um dos mais completos e carismáticos profissionais do rádio.

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FONTE:

• Histórias Que o Rádio Não Contou. Reinaldo C. Tavares. Negócio Editora: 1ª Edição, São Paulo, 1997.