Cetrans Primavera 2013 - Poema coletivo

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Um convite Que acham de enviarem uns aos outros fotos e/ou poesia de suas árvores prediletas: aquela de sua rua, ou de seu jardim, encontrada numa viagem... Abracemo-nos fraternalmente!

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Um Convite:

Um conviteQue acham de enviarem uns aos outrosfotos e/ou poesia de suas rvores prediletas: aquela de sua rua,ou de seu jardim, encontrada numa viagem...

Abracemo-nos fraternalmente!

1Um caminho que se faz ao andar...

Estrelas diurnas e brancas brilham no Universo verde das folhas!

Em meio as brumas, a primavera ao p da letra

Parece uma bela confraternizao da natureza!Seres belos e diferentes, pousando para a "lente".

Humilde, o Sol desce Terra e se confraterniza com os seres!

MULHERES SBIAS

Amanhece, a frondosa e antiga rvore recebe os primeiros raios,suas razes, majestosas, penetram o solo profundamente.Seus frutos, tempo de safra, esto entre o verde e o maduroA idade importa, pois o sabor fica forte e a consistncia suave.

No se inveja a mocidade, apenas se recolhe o prmio do desejo,Saboreado com sobriedade, satisfaz os paladares mais exigentes.O fruto deve ser colhido verde, amadurecido dura pouco,o verdor das rvores antigas rivaliza com a das novas.

Esta a arvore do conhecimento, acessvel a quem tem Vontade.Colha-se o fruto da rvore do bem e do mal, apenas o possvel, erecolha-o dentro da cabea. l que amadurece.

Depois traga-o para o corao, ali deve ser comido,pois sabedoria se tornou. E o amor, que dele vai brotar,Alimenta a mim, a voc e a toda humanidade.

So Paulo 18/09/2001 7:56 AMRodrigo Aras

o feminino ou a afetividade so como as rvores.e, pelos frutos conhecemos as mesmas, no apenas pelas flores...."No h inverno que no finde,...Seremos um riso que se prolonga,E se as vezes choramos de cansao,Seremos no entanto, a imanncia do afeto,

Em nossos passos silenciosos e obstinadosQue assinam esta primavera.

Se no houver frutos,valeu a beleza das flores;se no houver flores,valeu a sombra das folhas;se no houver folhas,valeu a inteno da semente

Henfil

Rosrio de Sonetos Geir Campos

Soneto IINum tempo dplice de abril e outubrocom simultneas floraes e safrasperfumando alamedas, surpreendidoquanto menos indago mais descubro:por exemplo descubro, minha amiga,que nunca tarde ou cedo para amar(esta simples mas alta descobertano me acarreta a mnima fadiga).Misturam-se as idades quando chegaessa estao de fogo bem marcadaque a cadncia dos sangues acelera;

a madrugada se abre em patamaressob as janelas de incendiados vidros fora gozar o outono e a primavera!

"Entre as coisas no designa uma correlao localizvel que vai de uma para outra e reciprocamente, mas uma direo perpendicular, um movimento transversal que as carrega uma e outra, riacho sem incio nem fim, que ri suas duas margens e adquire velocidade no meio."

Gilles Deleuze e Flix Guattari"oh glicinia querida,vem do cho ou do cuvem com delicadezaalegrar meu humor"

A PRIMAVERA NA REDE, TALVEZ

A primavera talvez porqu se as pessoas podem interagir,No mago de umaformao reflexiva e transdisciplinar,Permeada pelo dilogo intergeracional, sereno, transparenteE afetuoso sobre o sentido profundo dos saberes e saberes ser,Teremos a oportunidade de presenciar o nascimentode estruturas cooperativas como as redes de aprendncia,tendo por finalidade nossa evoluo conjunta.

A primavera, no entanto, talvez. Pois existe uma dvidaQuanto a realidade e a efetividade da escolha possvel,E a partir dela, da vontade de trilhar, na sociedade atual,O caminho do dilogo filosfico, da ajuda mtua e umaCooperao atenta e verdadeira,porque existe sempre, calada e no intencional,a tentao de se submeter a hierarquiaE aceitar a escravido.

A primavera, ainda, talvez, pois apesar de condies sociaisAdversas, a conscincia humana resiste, atua, participa,E se desenvolve no silncio da interioridade,Quando sabemos escutar.A primavera continuando, talvez, pois todos hoje que no se identificamCom as mquinas escolas, tm a possibilidade de atuar em aulas livres,Nas quais as conversas espontneas e o sentido compartilhadoPodem se inscrever no cotidiano.

A primavera talvez pois mergulhando no conhecimentoDas sabedorias vindas das mais vrias tradies culturais,Ns encontraremos a constncia necessriaPara atravessar as estaes do outono a primavera e manterO esforo da reflexo filosfica.

A primavera sem dvida pois a transmisso culturalContinua acontecendo desde os tempos mais remotosDas mais inusitadas e belas formas e que por causaDo pensamento transdisciplinar esta transmisso podese alargar a todas as disciplinas.

E antes que a luz acenda deixe-me lhe dizer,Meu amigo solitrio,Minha parceira de aulas livres,Que uma conscincia azul sempre pode obrar.No h inverno que no finde,As flores de nossos textos renascem em meio as pedras da dor,Seremos uma outra manh,Uma primavera outonal,Receberemos do cu revolto, no qual descansam os mortos,Um esvoaar de plumas e sementes de um futuroMais propcio,E em meio a tempestade da luta para o direito a igualdadeDo pensar,Seremos um riso que se prolonga,E se as vezes choramos de cansao,Seremos no entanto, a imanncia do afeto,Em nossos passos silenciosos e obstinadosQue assinam esta primavera.

Mariana Thieriot Loisel, 24 de Setembro de 2013

Um rizoma no comea nem conclui, ele se encontra sempre nomeio, entre as coisas, inter-ser, intermezzo.

A rvore filiao, mas o rizoma aliana, unicamente aliana. A rvore impe o verbo "ser", mas o rizoma tem como tecido a conjuno "e... e... e..."

H nesta conjuno fora suficiente para sacudir e desenraizar o verbo ser?

Temos aqui "poesia" de todas os jeitos!Somos poetas no conjunto!Podei a roseira no momento certoe viajei muitos dias,aprendendo de vezque se deve esperar biblicamente pela hora das coisas.Quando abri a janela, vi-a,como nunca a vira,constelada,os botes,alguns j com o rosa-plidoespiando entre as ptalas,jias vivas em pencas.

Minha dor nas costas,meu desaponto com os limites do tempo,

o grande esforo para que me entendampulverizaram-sediante do recorrente milagre.

Maravilhosas faziam-seas cclicas perecveis rosas.

Ningum me demover do que de repente soube margem dos edifcios da razo:a misericrdia est intacta,vagalhes de cobia,punhos fechados,altissonantes iras,nada impede ouro de corolase acreditai: perfumes.S porque setembro.Meditao beira de um poema Adlia Prado - "Orculos de Maio" SILNCIO E REVERNCIA!

Na monumental dimenso do gigante Jatob ou na delicada mincia da flor do Pessegueiro a necessria referncia para encontrar nossa verdadeira dimenso de seres humanos ainda em processo!Estamos vivendo juntos o Outono e a Primavera, uma estao potica de dilogoatravessando continentes!

- Difcil de entender, me dizem, a sua poesia, o senhor concorda?- Para entender ns temos dois caminhos: o da sensibilidade que o entendimento do corpo; e o da inteligncia que o entendimento do esprito.

Eu escrevo com o corpoPoesia no para compreender mas para incorporarEntender parede: procure ser uma rvore.Manoel de Barros em Arranjos para assobio

Convite de: Vera Laporta/ Mirian Menezes de OliveiraColaborao: Lali Jurowsky

Comparecimento da Primavera Atravs dos Membros do CETRANS, primavera de 2013

Violo & Voz (improviso): Luiz Eduardo V BerniGravado no celularSimplesmente, porque Primavera...