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Corpo, Sexualidade, Corpo, Sexualidade, Transtornos Alimentares Transtornos Alimentares e Obesidade e Obesidade Daniel Franco

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Corpo, Sexualidade, Corpo, Sexualidade, Transtornos AlimentaresTranstornos Alimentares

e Obesidadee Obesidade

Daniel Franco

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Primeiras ReferênciasPrimeiras Referências

• Narciso cativo pela própria imagem:Não existe visualização mais fascinante do que a nossa própria imagem. Somos atraídos por ela de forma excitante e envolvente.

• Adão e Eva expulsos do paraíso:A mulher com seus atributos de beleza atrai e corrompe o homem para o pecado simbolizado pela maçã.

• A prática da dieta santa:A mulher deve jejuar de modo a ser pura e alcançar a Deus.

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Primeiras ReferênciasPrimeiras Referências

• O alimento é um condutor de afeto. Em nossa cultura, diversas práticas centralizam e legitimam a comida como importante aspecto de nosso processo de subjetivação;

• Desde cedo, muitas histórias infantis concedem tal lugar à comida, representando com seus personagens os conflitos e valores aí implicados.

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Imagem CorporalImagem Corporal

• É o retrato mental e emocional que fazemos de nosso próprio corpo. É uma categoria dinâmica, modulada por esses sentimentos;

• O sentimento de amizade, por exemplo, provoca uma expansão de nosso corpo, enquanto que a raiva provoca uma contração e a tristeza, uma retração;

• Nossa imagem também revela o nosso sexo, raça, idade, status social e econômico, podendo gerar com isso simpatia ou antipatia, atração ou rejeição;

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Imagem CorporalImagem Corporal

• Funciona por isso como fator de segurança social e êxito, sendo responsável por atributos de poder e atração sexual e também interferindo no processo de colocação profissional;

• Nesse sentido, possui uma função adaptativa, já enfatizada por Darwin, em termos da importância crucial das diferenças físicas mais óbvias e visíveis entre os sexos, tanto no reino humano quanto animal;

• Considera-se, por exemplo, que o belo está para o bom, assim como o feio está para o mal. É o que se observa nas histórias de príncipes e princesas, heróis e heroínas, bruxas e bandidos.

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Imagem CorporalImagem Corporal

• É um conceito bastante relativo. Dizer que uma coisa é bela é um juízo; a coisa não é bela em si, mas no juízo que a define como tal;

• Paradoxalmente, nossa imagem funciona como uma armadilha, pois o belo só pode ser admirado, não pode ser vivido.

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Fatores CulturaisFatores Culturais

• Haveria profissões ou grupos de risco?: Atletas, ginastas, jóqueis, modelos, atrizes, bailarinas e donas-de-casa;

• A publicidade retrata a mulher ora como objeto sexual, seduzindo e conquistando o homem, ora ocupando um papel materno, não mais competitiva nem ameaçadora, relaxando de sua posição anterior e por isso saindo do mercado.

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Sites Pró-ANA e Pró-MIASites Pró-ANA e Pró-MIA

• 180 sites pesquisados nos Estados Unidos evidenciaram que:

- 91% têm de acesso liberado; - 79% têm características interativas como

calculadoras de IMC e tabelas de contagem de calorias;

- 16% oferecem credo ou juramento ANA ou MIA;- 85% oferecem recursos de inspiração para a

magreza, como fotos de modelos e atrizes;- 43% oferecem conselhos para esconder os

transtornos alimentares.

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Sites Pró-ANA e Pró-MIASites Pró-ANA e Pró-MIA

• Conselhos para evitar a ingestão de alimentos:Contar até 1000, colocar fotos de modelos na porta da geladeira, dormir mais, sair para a rua sem dinheiro, escovar os dentes etc.;

• Conselhos para esconder os transtornos alimentares:

Usar roupas folgadas, usar pesos dentro das roupas no momento da pesagem, esconder comida na bolsa ou oferecer ao animal de estimação, fingir passar na cozinha para comer algo, ingerir isotônicos antes de realizar exames de sangue etc.

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Moda InclusivaModa Inclusiva

• Na Argentina, é sancionada lei que obriga os fabricantes de roupas a oferecerem manequins do 36 ao 50;

• No Uruguai, uma entidade denominada Laboratório Tecnológico do Uruguai (LATU) fiscaliza lojas, com o mesmo propósito argentino;

• No México, além de se aplicarem multas às lojas que comercializarem o tamanho “zero”, serão multados aqueles que contratarem modelos abaixo do peso considerado mínimo;

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Moda InclusivaModa Inclusiva

• No Chile, também foi apresentado projeto de lei que busca homologar os tamanhos das roupas, buscando a inclusão de todos os números ou manequins;

• Na Espanha, foi fixado um piso mínimo para o índice de massa corporal de modelos contratadas para desfiles;

• Na Inglaterra e Itália, além de se seguir o exemplo espanhol, fixaram a idade mínima de 16 anos para a contratação de modelos;

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Moda InclusivaModa Inclusiva

• Na França, é produzida em conjunto com representantes da moda, publicidade, meios de comunicação e Ministério da Saúde, uma “Carta de compromisso com a imagem corporal e contra a anorexia”;

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Sugestões de LeituraSugestões de Leitura

BIDAUD, Éric. Anorexia mental, ascese, mística: Uma abordagem psicanalítica. Rio de Janeiro: Companhia de Freud.

BRITO, Maria João Sousa e. Quem não arisca não petisca: Uma interpretação psicanalítica da anorexia nervosa. Lisboa: Almedina.

CORDÁS, Táki Athanássios. Fome de cão: Quando o medo de engordar vira doença: Anorexia, bulimia, obesidade. São Paulo: Maltese.

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Sugestões de LeituraSugestões de Leitura

DEUTSCH, Helene. Anorexia e Bulimia. São Paulo: Escuta.

FENDRIK, Silvia. El país de Nuncacomer: Historia ilustrada de la anorexia. Buenos Aires: Libros del Zorzal.

______. Santa Anorexia. Buenos Aires: Corregidor.

HEKIER, Marcelo; MILLER, Celina. Anorexia-Bulimia: Deseo de nada. Buenos Aires: Paidós.

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Sugestões de LeituraSugestões de Leitura

POULISIS, Juana. Los nuevos transtornos alimentarios: Alcohorexia, vigorexia, diabulimia, pregorexia, orthorexia. Buenos Aires: Paidós.

ROBELL, Suzanne. A mulher escondida: A anorexia nervosa em nossa cultura. São Paulo: Summus.