Cf - 2014 Fraternidade e tráfico humano

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CF - 2014 FRATERNIDADE E TRÁFICO HUMANO

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Cf - 2014 Fraternidade e tráfico humano . Campanha da Fraternidade - CF. Instrumento para desenvolver o espírito quaresmal da conversão, interior e ação comunitária. Gestos concretos de fraternidade A partir de problemas específicos, tratados à luz do Projeto de Deus. - PowerPoint PPT Presentation

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CF 2014

Cf - 2014

Fraternidade e trfico humano

Instrumento para desenvolver o esprito quaresmal da converso, interior e ao comunitria. Gestos concretos de fraternidadeA partir de problemas especficos, tratados luz do Projeto de Deus.

Campanha da Fraternidade - CF

Objetivos permanentes1 Despertar o esprito comunitrio e cristo no povo de Deus na busca do bem comum;2 Educar para a vida em fraternidade, a partir da justia e do amor;3 Renovar a conscincia da responsabilidade de todos pela ao evangelizadora da Igreja, na promoo humana, em vista de uma sociedade mais justa e solidria.

Em 1961, trs padres responsveis pela Critas Brasileira idealizaram uma CAMPANHA para arrecadar fundos para as atividades assistenciais e promocionais da instituio e torna-la, assim, autnoma. A atividade foi chamada de CAMPANHA DA FRATERNIDADE e realizada a primeira vez na Quaresma de 1962, em Natal-RN.No ano seguinte 1963 dezesseis dioceses do Nordeste aderiram Campanha.Em mbito Nacional, o projeto foi lanado no dia 26 de Dezembro de 1963, sob o impulso renovador do Conclio Vaticano II.Em 20 de Dezembro de 1964 os bispos aprovaram o projeto inicial da campanha;Em 1965, a CNBB passou a assumir a CF.Em 1970, a CF ganhou o apoio expressivo do papa. A mensagem papal continua enriquecendo a abertura da CF.Temas da CF1964: Igreja em renovao lembre-se: voc tambm Igreja.1966: Fraternidade somos responsveis uns pelos outros.1973: Fraternidade e libertao: o egosmo escraviza, o amor liberta.1981: Sade e Fraternidade: Sade para todos.1982: Educao e Fraternidade: A verdade vos libertar1983: Fraternidade e violncia: Fraternidade sim, violncia no.

1993: Fraternidade e a moradia: onde moras?1994: A fraternidade e a famlia: a famlia, como vai?1996: A fraternidade e a poltica: Justia e paz se abraaro.2000: Ecumnica: dignidade humana e paz Novo Milnio sem excluses.2013: Fraternidade e juventude: eis-me aqui, envia-me.2014: Fraternidade e Trfico Humano: para a liberdade que Cristo nos libertou (Gl 5, 1).

1 Reflete a crueldade do trfico humano. As mos acorrentadas e estendidas simbolizam a situao de dominao e explorao. A mo que sustenta as correntes representa a fora do trfico, que explora e mata. 2 A sombra na parte superior do cartaz expressa as violaes do trfico humano que ferem a fraternidade e a solidariedade, que empobrecem e desumanizam a sociedade.3 - As correntes rompidas e envoltas em luz apontam para a esperana de libertao do trfico humano. Gl 5, 1: para a liberdade que Cristo nos libertou.

A Liberdade um dom de Deus, oferta generosa Humanidade desde sempre e, mais explicitamente, na pessoa do seu Filho, Jesus Cristo. O trfico humano cerceamento dessa liberdade e o desprezo pela obra criacional de Deus; uma ofensa ao prprio Deus, portanto.O que provoca o trfico humano? Segundo o papa Francisco isso se deve e muito aos nossos tempos que vive e anseia por uma cultura do bem-estar que nos leva a pensar unicamente em ns mesmos e nos torna insensveis aos apelos alheios.Indiferena: globalizao da indiferena.O outro no nos interessa; no nos diz respeito, no responsabilidade nossa.Liberdade?

QuaresmaA converso implica recomear a partir de Jesus Cristo.

Trfico Humano segundo o Protocolo de Palermo[...] o recrutamento, o transporte, a transferncia, o alojamento ou o acolhimento de pessoas, recorrendo ameaa ou uso da fora ou a outras formas de coao, ao rapto, fraude, ao engano, ao abuso de autoridade ou situao de vulnerabilidade ou entrega ou aceitao de pagamentos ou benefcios para obter o consentimento de uma pessoa que tenha autoridade sobre outra para fins de explorao. A explorao incluir, no mnimo, a explorao da prostituio de outrem ou outras formas de explorao sexual, o trabalho ou servios forados, escravatura ou prticas similares escravatura, a servido ou a remoo de rgos.

Criminosos- exploram pessoas em vrias atividades: 1 construo2 confeco3 entretenimento4 sexo5 servios agrcolas e domsticos6 adoes ilegais7 remoo de rgos8 outros. So altamente lucrativos, silenciosos, de baixssimo custo e de poucos riscos para os traficantes. As pessoas so tratadas e manipuladas como coisas, objeto e mercadorias.O Brasil, aps o tratado de Palermo (2006), lanou a Poltica Nacional de Enfrentamento ao Trfico de Pessoas. A ICAR se une a essas iniciativas no intuito de potencializ-las e suscitar, em suas comunidades, reflexes e aes de combate a esta chaga social. Trfico Humano crime contra a dignidade da Pessoa Humana (limita sua liberdade, despreza sua honra, agride seu amor prprio, ameaa e subtrai sua vida)uma vergonha para as nossas sociedades que se dizem civilizadas Papa FranciscoNo h pas livre do trfico de pessoas, seja como ponto de origem do crime, seja como destino dos traficados (Ministrio da Justia)GS 27: ... so infames... e ofendem grandemente a honra do criador.Ocorre entre classes menos favorecidas e contribui para disseminar o preconceito e o racismo.ModalidadesExplorao no trabalho: trabalho forado, trabalho escravo, explorao do trabalho, semiescravido, trabalho degradante, entre outros. Qualquer trabalho que no rena as mnimas condies necessrias para garantir os direitos do trabalhador...Vai desde o constrangimento fsico e moral at as pssimas condies de trabalho e de remunerao.Alojamentos sem condies de habitao; falta de instalaes sanitrias e de gua potvel, falta de equipamentos de proteo individual, higiene e segurana no trabalho; jornadas exaustivas, remunerao irregular.Nas regies Norte e Centro-Oeste, um em cada dois municpios j foi atingido.Nas demais regies, um em cada dez.Nessa modalidade, a maioria dos traficados so homens: 95,3%.Explorao SexualExplorao da prostituio sexual ou de outras formas de explorao sexual.Faz uso de: pornografia, do turismo, da indstria do entretenimento, da internet. Nessa modalidade, 80% dos traficados so mulheres.Extrao de rgosEnvolve a coleta e a venda de rgos de doadores involuntrios ou doadores que so explorados ao venderem seus rgos em circunstncias questionveis.A internet muito usada nessa modalidade.A cena: um doador, um mdico especializado e uma sala de cirurgias. O caso mais conhecido foi em Pernambuco-frica do Sul no ano de 2000. Em 2004 o ministrio pblico denunciou 28 pessoas. O esquema movimentou em torno de 4,5 milhes na comercializao de cerca de 30 rgos.De Crianas e AdolescentesNa dcada de 80, quase 20 mil crianas brasileiras foram enviadas ao exterior para adoo. A situao de muitas ainda permanece uma incgnita.Para cada 10 crianas brasileiras, uma trabalha;So 866 mil crianas de 7 a 14 anos alistadas como trabalhadoras no Brasil.(trabalho escravo forado, venda e trfico de pessoas, produo e trfico de drogas, corte de cana e fabricao de tijolos e farinha).Milhares de crianas fazem trabalhos domsticos no Brasil.

Caractersticas do Trfico HumanoCrime organizado: ampla estrutura e sofisticado servio. Funcionam de maneira autnoma, dificultando o seu combate.Rotas: Em 2003 foi mapeado 241 rotas nacionais e internacionais. Cidades prximas a rodovias, portos e aeroportos. Trfico interno e internacional. Amaznia (76), nordeste (69), Sudoeste (35), Centro-oeste (33) e Sul (28).Invisibilidade: dificultam o enfrentamento, pois um crime silencioso. Aliciamento e coao: a pessoa abordada com uma oferta de trabalho irrecusvel, que lhe promete melhorar de vida. As redes de aliciamento se camuflam... ... recrutando pessoas para as atividades como de modelos, de talentos para futebol, babs, enfermeiras, garonetes, danarinas ou trabalhar como cortador de cana, pedreiro, peo, carvoeiro.Perfil dos aliciadores: muitas vezes pertencem ao rol de amizades das vtimas ou de familiares. Alguns se apresentam como trabalhadores ou proprietrios de casas de shows, bares, falsas agncias de encontros, de matrimnios ou de modelos.As vtimas: em situao vulnervel social: mulheres, crianas, jovens e homens.

Fenmeno da Migrao um fenmeno constante na humanidade. no perodo que compreende os anos 1846 a 1940, cerca de 55 milhes de pessoas migraram da Europa para as Amricas.Atualmente, com os modernos meios de transportes e comunicao, estima-se que s em 2010 os migrantes chegaram a 214 milhes, cerca de 3% da populao mundial. Destinos preferidos: EUA (20%), Europa (9,4%), Canad (5,7%); outros 64%, outros destinos. Migrao voluntria, econmica ou forada.

Estatstica do Traf. H. no BrasilEntre 2005 e 2011, foram instaurados 514 inquritos pela Polcia Federal. Desses, 344 dizem respeito ao trabalho escravo, 13 ao trfico interno de pessoas e os outros 157 de Traf. Sexual.No mesmo perodo, houve 381 indiciamentos, enquanto as prises chegaram a 158.

Trfico Humano na BbliaGn 1, 26: faamos o homem nossa imagem e semelhanaSl 8, 5-6: que o Homem, Senhor, para que deles tu te ocupes tanto assim? [...] Entretanto, vs o fizeste quase igual aos anjos, de glria e honra o coroaste.Gn 37, 12-28: Jos, filho do patriarca Jac, a primeira pessoa vendida na Bblia, foi levado por mercadores a trabalhar como escravo no Egito.Ex 1, 8-14: um rei-fara que desconhecia o trabalho de Jos junto a dinastia passada, torna escravo dos egpcios os descendentes de Jos.Ex 3, 7ss: Deus mesmo, por meio de Moiss, vai libertar o seu povo da escravido.

2 Rs 24,13: Exlio Babilnico: 597 a.C. Rei Nabucodonosor.Sl 137, 1-4: na beira dos rios da babilnia, ns nos sentvamos chorando, com saudades de Sio. [...] Como cantar os cantos do Senhor em terra estrangeira?.Ex 20, 2-17; Dt 6, 6-11: as leis so criadas como desdobramento do declogo para que a essncia da relao com Deus no se perca.

Profetismo na BbliaAm 1,6. 2,6. 4, 1: oprimir o pobre o maior de todos os pecados.Is 59, 3-15: denncia da violncia contra os indefesos.Jr 34, 12-22: Jubileu perdo dos pecados, das dvidas, libertao do oprimido, do escravo.O cdigo da Aliana protege os mais vulnerveis: faz referncia ao vigente, mas aponta caminhos para super-lo, para buscar o querer de Deus; Lv 19, 33-34. Ex 20, 2-17.

No Novo TestamentoLc 4, 18-19: o Esprito do Senhor est sobre mim para libertar os cativos...Mt 5, 1-4; Mc 10, 21-25; Lc 6, 20: felizes os que choram, porque sero consolados...Mc 3, 3: levanta-te, vem para o meio.Lc 13, 12: mulher, ests livre da tua doena.Mc 6, 34: teve compaixo, pois eram como ovelhas sem pastorMt 25, 31-46: Estive preso... e foste me visitar.IdolatriaO Trfico Humano a forma mais nefasta da idolatria: mentira, furto, roubo, assassinato, avareza, luxria, apega s riquezas. I Tm 6, 10: a raiz de todos os males o amor ao dinheiro. Enfrentamento ao Trfico Humano# enquanto cristos e pessoas de boa vontade, temos a misso de agir para que a sociedade se estruture em termos de conscientizao e preveno, de denncia, de reinsero social e de incidncia poltica. # necessrio articular a ao social cumprindo o desafio de a Igreja ser a advogada da justia e a defensora dos pobres [...] milhares de pessoas esto em situao de misria e pobreza, potenciais vtimas de aliciadores para o trfico humano. # grito de protesto como o do cego bartimeu Mc 10, 46ss contra aqueles que no o deixavam chegar at Jesus, grito de reivindicao de sua dignidade roubada por uma sociedade preconceituosa. # cabe Igreja amplificar este grito, ou mesmo emprestar sua voz para quem no consegue gritar. Denunciar.# 3 caminhos de ao: 1) utilizar sua imensa rede de fiis e sua presena em todo territrio brasileiro, para divulgar e conscientizar; 2) a converso dos coraes essencial neste processo, pois apenas as leis nacionais e internacionais no bastam. 3) Lc 16, 20ss (pobre Lzaro).

# Pastorais da Igreja: Pastoral do trabalhador migrante rural, Pastoral do trabalhador migrante So Paulo, Thalita Kum (Rede Internacional de Vida Consagrada contra o trfico de pessoas), Comisso Justia e Paz da CNBB, Pastoral da Mulher, Critas Diocesanas, Pastoral Afro-Brasileira, Pastoral do Menor, Pastoral da Juventude, Pastoral da Criana.# Em 2008, a CNBB criou dois grupos de trabalho (GT): o Grupo de Combate ao Trabalho Escravo e o Grupo de Enfrentamento do Trfico de Pessoas. Em 2011, eles se uniram formando um nico Grupo de Enfretamento contra o Trfico Humano.

Canais de DennciasDisque 100: a cargo da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica. Sua funo encaminhar as denncias unidade da rede de proteo, defesa e responsabilizao mais prxima vitima.Ligue 180: Central de Atendimento Mulher. Receber denncias, orientar e encaminhar para rgos competentes os casos de trfico de pessoas e de crcere privado. Tambm orienta nos casos de violncia contra a mulher.Departamento da Polcia Federal: Diretoria de Investigao e Combate ao Crime Organizado (DICOR) Coordenao Geral de Defesa Institucional (CGDI) Diviso de Direitos Humanos (DDH).

Deus, sempre ouvis o clamor do vosso povo e vos compadeceis dos oprimidos e escravizados. Fazei que experimentem a libertao da cruz e a Ressurreio de Jesus. Ns vos pedimos pelos que sofrem o flagelo do trfico humano. Convertei-nos pela fora do Vosso Esprito, e tornai-nos sensveis s dores desses nossos irmos. Comprometidos na superao deste mal, vivamos como Vossos filhos e filhas, na liberdade e na paz. Por Cristo, nosso Senhor. Amm. Orao da CF-2014Hino da Campanha da Fraternidade

Dicono Claudemar SilvaObrigado!

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