Chapa ANDES de luta e pela base
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PROGRAMA DA CHAPA 1 – ANDES- DE LUTA E PELA BASE
ELEIÇÕES DIAS 13 e 14 DE MAIO
EM DEFESA DA EDUCAÇÃO PÚLICA
1. Fortalecer as iniciativas em defesa da educação pública, objetivando marcar o biênio com grandes
jornadas de luta em defesa dos 10% do PIB exclusivamente para a educação pública.
Após a aprovação do projeto de PNE pelo Senado (PLC 103/12), em 17 de dezembro de 2013, o financiamento da
educação pública brasileira deixa de considerar o dever do Estado na manutenção e desenvolvimento da educação
pública e, em todas as metas, o adjetivo público foi apagado em prol das parcerias público-privadas, um anseio
vivamente reivindicado pelas corporações que operam no setor de serviços educacionais e, também, pelas coalizões
empresariais imbuídas de um projeto de classe difundido como de salvação da educação brasileira.
A expectativa do governo é aprovar o nefasto PNE ainda no primeiro semestre de 2014 e, por isso, as lutas em defesa
da educação pública em uma perspectiva antimercantil devem congregar um amplo arco de movimentos, sindicatos,
partidos, entidades acadêmicas, movimentos estudantis.
O Andes-SN tem um papel estratégico na construção da unidade de ação em prol da educação pública, movimento
que hoje passa pela construção de um Encontro nacional em Defesa da Educação Pública em agosto de 2014, o qual
deverá colocar a defesa da Educação pública em um novo patamar.
2. Defender intransigentemente a indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa e a
extensão nas universidades e lutar em prol da autonomia universitária como norma auto
aplicável, bastante em si, nos termos do Art. 207 da Constituição Federal e do Projeto Andes-SN para a Universidade
Brasileira (Caderno 2 e suas atualizações).
3. Lutar pela universalização do acesso à educação
superior universitária pública a todos os estudantes que
almejem prosseguir os seus estudos, com proporcional ampliação das
verbas e do quadro docente e de técnicos e administrativos.
4. Lutar por políticas de Ciência e Tecnologia que
garantam a ampliação e democratização da
distribuição de recursos, tendo como base a autonomia
universitária e a produção de conhecimento socialmente referenciado,
combatendo o produtivismo acadêmico e tentativa de ressignificação da
ciência, tecnologia, arte e cultura como inovação tecnológica.
5. Lutar, em conjunto com entidades acadêmicas,
sindicatos e movimentos sociais por novas formas de
apoio e de fomento à pós-graduação que possibilitem
reais condições para a produção de conhecimento
novo, comprometido com os problemas sociais.
Em especial, lutar contra os critérios da CAPES que afetam
negativamente a relevância social da pesquisa e da pós-graduação na
universidade brasileira, ao adotar referências e parâmetros que
convertem a avaliação dos programas de pós-graduação em um
campeonato em que somente poucos programas podem ser melhor
apoiados, e ao impor formas de controle e regulação dos trabalhos
docente e discente incompatíveis com o desenvolvimento crítico da
ciência, da tecnologia, da cultura e da arte na universidade.
6. Lutar pela ampliação das verbas das Instituições de
Ensino Superior públicas, em particular as verbas de
Outros Custeios de Capital e a alocação de recursos
para que as próprias universidades possam financiar projetos
acadêmicos avaliados internamente de modo autônomo, combatendo os
contratos de gestão característicos do Plano Diretor da Reforma do
Estado, como as metas estabelecidas no REUNI, as medidas que
objetivam diversificar as fontes de custeio das instituições por meio de
taxas estudantis e venda de serviços e, também, pela ampliação das
verbas orçamentárias para os órgãos de fomento à pesquisa pública.
7. Defender a manutenção dos hospitais universitários
no âmbito das universidades, com a garantia de recursos
públicos para a sua manutenção e desenvolvimento, combatendo a
cessão dos mesmos para a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares
(EBSERH) com personalidade jurídica de direito privado.
8. Defender a manutenção dos CEFETs na estrutura da
SESu-MEC, entendidos como Instituições Federais de
Ensino Superior autônomas e referenciadas no
princípio da indissociabilidade entre o ensino, a
pesquisa e a extensão; combater qualquer política de
desmembramento dos colégios de aplicação das universidades federais
e lutar pela recomposição e ampliação do quadro docente das IFES, em
especial dos Colégios de Aplicação na carreira EBTT.
9. Lutar pela alteração/criação de instrumentos
legais nas esferas estaduais e municipais que
assegurem percentual orçamentário para garantir recursos adequados
às IEES/IMES públicas.
10. Lutar pela extinção das fundações ditas de apoio
privadas nas universidades públicas, fortalecendo o
pleno exercício da sua autonomia de gestão financeira
e administrativa, removendo legislação que obstaculiza a gestão
pública das universidades nos termos da autonomia constitucional.
11. Democratizar a gestão das IES, em particular
através da escolha dos dirigentes pelo conjunto da
comunidade universitária, sem interferências externas,
fortalecendo e democratizando os conselhos superiores, das unidades e
dos departamentos que devem expressar os anseios compartilhados
entre os docentes, os técnicos e administrativos e os estudantes.
EM DEFESA DA CARREIRA ÚNICA DO ANDES-SN, POR SÁLÁRIOS JUSTOS E PELA PARIDADE ENTRE ATIVOS E APOSENTADOS, LUTAR:
12. Pela implementação da Carreira Única do Andes-
SN– e de sua malha salarial – no setor das Federais,
incluindo, na nova carreira, todos os docentes das atuais carreiras do
PUCRCE (educação básica e superior) no Regime Jurídico Único.
Reivindicamos a abertura de negociações com o governo Federal
objetivando restabelecer os princípios estruturantes da Carreira Única
do Andes-SN, severamente comprometidos com a aprovação da Lei
12.772/12, desprovida de legitimidade e que não expressa as
reivindicações deliberadas democraticamente pelos docentes em uma
das maiores greves da história do Sindicato Nacional.
Simultaneamente, trabalhar para que os demais setores convirjam na
defesa da carreira do Sindicato Nacional, de modo que a carreira seja o
elemento de polarização do movimento docente frente aos governos
Federal e estaduais e, no caso das particulares, aos patrões.
13. Pela unificação dos planos de carreira dos
docentes das IEES/IMES, bem como de suas campanhas
salariais.
14. Por política salarial que assegure salários dignos
para todos os docentes, ativos e aposentados,
estendendo os reajustes aos pensionistas, tendo como referência a
malha salarial, articulada à proposta de carreira única do Andes-SN do
setor das federais.
15. Contra o FUNPRESP, pela garantia de aposentadoria
integral, no regime próprio de previdência, para todos os docentes das
IFE e das IEES e IMES, assegurando a paridade entre ativos,
aposentados e pensionistas.
16. Pela isonomia salarial entre cargos públicos com
funções, titulação e regime de trabalho equivalentes.
EM DEFESA DAS CONDIÇÕES DE
TRABALHO COMPATÍVEIS COM O
TRABALHO ACADÊMICO, LUTAR:
17. Por condições de trabalho que possibilitem a autonomia
universitária e a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e
extensão, exigindo a conclusão das obras de infraestrutura compatível com
expansão recente, em especial nos novos campi e nas novas instituições.
18. Por recursos orçamentários que possibilitem um plano
diretor nacional de expansão e revitalização dos campi
universitários, atualmente em grave estado de degradação, em particular
laboratórios, bibliotecas, alojamentos estudantis, restaurantes universitários,
instalações para aulas, gabinetes de trabalho e para a administração
universitária.
19. Pela redução na atual relação professor/ estudante
de modo a assegurar condições efetivas para a
docência, a pesquisa e a extensão, por meio da abertura de novos
concursos públicos para docentes.
20. Por melhores condições de trabalho no sentido de prevenir
as doenças relacionadas ao trabalho e pelo estabelecimento de ações de saúde
do trabalhador nas IES.
EM DEFESA DO SINDICALISMO AUTÔNOMO,
DEMOCRÁTICO E CLASSISTA.
21. Promover o fortalecimento do ANDES-SN, intensificando o trabalho de base e a
sindicalização dos novos docentes, defendendo, intransigentemente, o ANDES-SN como legítimo
representante dos docentes das Instituições de Ensino Superior, fortalecendo e expandido sua inserção nas
instituições de ensino superior.
22. Lutar pelo registro sindical do Andes-SN, nos termos
de seu Estatuto, como parte do fortalecimento do pleno exercício sindical
dos trabalhadores do serviço público.
23. Fortalecer os Grupos de Trabalho do Sindicato Nacional,
difundindo seus estudos, objetivando aprofundar os debates correspondentes
com a base e com os demais movimentos sociais na sociedade.
24. Lutar pelo direito de organização sindical nas
Instituições Privadas de Ensino, defesa intransigente dos dirigentes
dessas seções sindicais e luta pela expansão do Sindicato Nacional nessas
instituições.
25. Buscar a unidade de todos os setores que lutam pela
educação pública e por uma sociedade livre da barbárie
imposta pelo capital, fortalecendo a CSP-Conlutas e as iniciativas que
objetivam consolidar um polo de lutas unitário, democrático e comprometido
com a emancipação dos que vivem do próprio trabalho e são explorados, lutas
que, após as Jornadas de Junho de 2013, podem assumir caráter massivo em
2014.
26. Intensificar a criação de espaços comuns de luta dos
sindicatos latino-americanos vinculados à educação pública,
em particular, das instituições de ensino superior, objetivando o fortalecimento
da desmercantilização da educação.
EM DEFESA DE UMA SOCIEDADE ALÉM DA BÁRBARIE DO
CAPITAL
27. Fortalecer a Comissão da Verdade do Andes-SN, participar
dos atos de repúdio ao Golpe de 1964, e lutar pela revisão da Lei da Anistia e
pela responsabilização dos autores dos crimes de assassinatos, torturas e
outros crimes de lesa humanidade.
28. Lutar contra todas as formas de exploração e opressão
homofóbicas e sexistas, racistas e contra as expropriações de
territórios dos povos indígenas e quilombolas.
29. Lutar, em conjunto com os movimentos sociais,
partidos, sindicatos e estudantes, em defesa da reforma
agrária referenciada na agroecologia e sob controle dos trabalhadores do
campo.
30. Fortalecer os espaços comuns de lutas contra a
acumulação capitalista, em especial os articulados com os movimentos
socioambientais anticapitalistas, em defesa das/os trabalhadoras/es e de seu
bem-viver.
31. Lutar pela democracia política e pela a livre
manifestação dos trabalhadores, contra as medidas que
criminalizam as lutas sociais, a exemplo do PL 499/13 que configura o
protesto e a luta social como iniciativas de inimigos internos, análogas ao
terrorismo.