Charles Dickens

19
A LEITURA DE ROMANCES E A APRENDIZAGEM DA HISTÓRIA COMTEMPORÂNEA Os Tempos Dificéis – Charles Dickens

Transcript of Charles Dickens

Page 1: Charles Dickens

A LEITURA DE ROMANCES E A APRENDIZAGEM DA HISTÓRIA

COMTEMPORÂNEA

Os Tempos Dificéis – Charles Dickens

Page 2: Charles Dickens

OBJECTIVOS

1 – Proporcionar o acesso a uma

fonte primária

2 – Proceder à caracterização dos

diferentes grupos sociais

3 – Possibilitar a construção de

um quadro da Sociedade Inglesa

Oitecentista

Page 3: Charles Dickens

METODOLOGIA

- Leitura da Obra

- Análise e Comentário Oral

- Redacção de um Ensaio Sobre o

Romance

Page 4: Charles Dickens

ANÁLISE DAS NARRATIVAS DOS ALUNOS

CATEGORIAS TEMÁTICAS EMERGENTES

1. A Obra e as Intenções de Charles

Dickens

2. O Positivismo

3. Espaços de Tempos Dificéis

4. As Personagens: “os dominados”

5. As Personagens: “os

dominadores”

Page 5: Charles Dickens

ANÁLISE DAS NARRATIVAS DOS ALUNOS

A Obra e as Intenções de Charles

DickensA Obra

-Localização temporal da Obra

- Datação e Localização Históricas do Enredo

- Caracterização da Obra como Realista

- Validação da Obra como Fonte Histórica

- Intencionalidade da Obra

Page 6: Charles Dickens

ANÁLISE DAS NARRATIVAS DOS ALUNOS

A Obra e as Intenções de Charles

DickensAs Intenções de Charles

Dickens

-Biografia do Autor/Realismo/Validade do

Testemunho

- Estratégia Literária: caracterização da sociedade

através de personagens estereotipadas

- Intenção Politica: aponta os erros e defende

reformas

-Intenção Social: denúncia a situação e defende os

grupos sociais mais baixos

- Intenção Pedagógica: critica o sistema educativo e

os valores da sociedade inglesa da época

Page 7: Charles Dickens

ANÁLISE DAS NARRATIVAS DOS ALUNOS

O Positivismo

-Objecto das intenções criticas de Dickens

- A corrente filosófica: definição/teóricos/contex-tualização

- A corrente filosófica na educação:

- As ideias positivistas no perfil e no destino de algumas personagens

- As ideias positivistas nas falas e comportamentos de Thomas Gradgrind

- As ideias positivistas nas práticas educativas

- A corrente filosófica na politica e economia: as opções de um País em processo de industrialização

Page 8: Charles Dickens

ANÁLISE DAS NARRATIVAS DOS ALUNOS

Espaços de Tempos Dificéis

A Cidade

- O nome: Coketown

-A imagem arquitectónica:

dictomia

- A imagem humana: classe

operária

- A imagem sensorial: os

cheiros

Page 9: Charles Dickens

ANÁLISE DAS NARRATIVAS DOS ALUNOS

Espaços de Tempos Dificéis

A Fábrica

-Ignorada como espaço-

personagem

- Contextualiza a vida de

Stephen Blackpool

Page 10: Charles Dickens

ANÁLISE DAS NARRATIVAS DOS ALUNOS

Espaços de Tempos Dificéis

O Banco

- “local importante na vida económica”

Page 11: Charles Dickens

ANÁLISE DAS NARRATIVAS DOS ALUNOS

Espaços de Tempos Dificéis

A Escola

-Espaço central das reflexões dos alunos

- Inexistência como espaço físico

- Descrita através dos conteúdos disciplinares

- Descrita através das práticas pedagógicas

Page 12: Charles Dickens

ANÁLISE DAS NARRATIVAS DOS ALUNOS

As Personagens: “os dominados”

A Classe Operária

-Stephen Blackpool

- Idealização dickeniana de operário

- Sério, trabalhador, honesto, dedicado

- Objecto de “todas as injustiças sociais”

- Problemas pessoais versus problemas sociais

- Rachel

- Estereótipo da mulher do povo

- Bondosa, honesta

- Slackbridge

- O líder sindical

Page 13: Charles Dickens

ANÁLISE DAS NARRATIVAS DOS ALUNOS

As Personagens: “os dominados”

As Classes Médias

James Hartehouse

- Estereótipo social do político

- “uma pessoa que se move pelos seus interesses pessoais de ascensão social e política”

Page 14: Charles Dickens

ANÁLISE DAS NARRATIVAS DOS ALUNOS

As Personagens: “os dominados”

Os Marginais

-Sissy

- Personagem equilibrada resultante do

contacto entre dois mundos diferentes

- Sleary

- Proprietário do circo

Page 15: Charles Dickens

ANÁLISE DAS NARRATIVAS DOS ALUNOS

As Personagens: “os

dominadores”Thomas Gradgrind (pai)

-Político e pedagogo burguês- Personificação do positivismo- Realista, pragmático, culto, racional, autoritário- Valoriza o conhecimento científico como forma de resolver os problemas sociais

Thomas Gradgrind (filho) - O burguês degenerado- Personifica o falhanço do sistema educativo positivista- Exemplo da degradação humana- Calculista, esbanjador, fraco, manipulador, egoísta

Josiah Bounderby -O self-made-man- Personificação do industrial, comerciante e banqueiro- Representação do patronato explorador do operariado- Autoritário, sem escrúpulos, mentiroso, ganancioso, cínico, inculto, insensível

Page 16: Charles Dickens

ANÁLISE DAS NARRATIVAS DOS ALUNOS

As Personagens: “os

dominadores”

Louisa Gradgrind

-A mulher burguesa

- Personifica o falhanço do sistema educativo positivista

- Culta, inteligente, triste, fechada, reprimida

- Personifica a falta de autonomia da mulher burguesa submetida à autoridade do pai e/ou marido

- Personifica o papel do casamento por conveniência

Sra. Sparsit

-Aristocrata arruinada

- “orgulhosa do seu passado, mas vivendo um presente negro”

Page 17: Charles Dickens

CONCLUSÃO

Os alunos demonstraram pouca autonomia na procura de outras fontes históricas e ou historiográficas que lhes permitissem autonomamente reflectir sobre o modo como o romance de Dickens aborda alguns temas.

Os alunos adoptaram uma postura, na aprendizagem muito dependente da orientação e do discurso dos professores.

Os alunos de História esperam que os seus professores explorem exaustivamente todos os domínios necessários à compreensão de uma determinada época histórica.

Page 18: Charles Dickens

CONCLUSÃO

Os alunos mostram uma tendência para construir quadros fixos e generalistas de uma determinada época.

Os alunos Universitários ainda tendem a considerar nos seus discursos escritos, juízos e crenças contemporâneas.

Page 19: Charles Dickens

CONCLUSÃO

Enquanto Professores Universitários tem de ser nosso objectivo promover a autonomia dos alunos e uma crescente meta compreensão do seu próprio processo de aprendizagem.