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Jornal do Commercio - PE 04/05/2016 - 08:17

Chicungunha já matou 20 em Pernambuco EPIDEMIAS Boletim aponta mais 173 mortes suspeitas por arboviroses De 199 óbitos suspeitos de terem sido provocados por arboviroses, no Estado, entre 3 de janeiro e 30 de abril, 20 tiveram resultado positivo para chicungunha e cinco, para dengue. Conforme boletim divulgado, ontem, pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), todos os registros de arboviroses continuam crescendo, mas uma intensificação das avaliações pelos municípios resultou num salto de 360 para 3.732 casos de chicungunha confirmados e de 438 para 4.994 descartados. A gerente de vigilância das arboviroses da SES, Claudenice Pontes, explica que está sendo feita uma investigação aprofundada dos pacientes com resultado laboratorial positivo para chicungunha, para saber se o vírus teve ligação direta com a morte. “A maioria estava acima dos 60 anos e tinha cormobidade (associação de duas ou mais doenças), alguns eram hipertensos, diabé- ticos ou cardíacos”, informa. “Na investigação, descrevemos a linha do tempo do paciente desde que a doença começou, as unidades onde foi atendido, o tratamento indicado, se ele se automedicou. Qualificando o fator que desencadeou o óbito tentaremos minimizá-lo”, esclarece a gestora. Segundo ela, esse estudo pode ajudar também na revisão do protocolo da chicungunha. “Em casos de dengue há um protocolo já bem definido a seguir. Mas a chicugunha, por ser um vírus novo, está tendo o protocolo do Ministé- rio da Saúde revisado, pela necessidade de se intensificar os medicamentos.” Dos 20 óbitos que apresentavam chicungunha, nove foram registrados no Recife, dois em Jaboatão dos Guararapes, dois em Timbaúba e os demais em Camaragibe, Igarassu, João Alfredo, Nazaré da Mata, Paulista, Toritama e Vitória de Santo Antão. Com vírus positivo em cinco mortos (nos municípios de Caruaru, Jaboatão, Olinda, Timbaúba e Venturosa) e uma morte descartada, a dengue também evoluiu. Já são 67.165 notificações, sendo 12.320 confirmadas e 13.285 descartadas. Há risco de surto em 91 municípios e situação de alerta em outros 77. No Arquipélago de Fernando de Noronha, entre uma população de 2.930 pessoas, há 172 prováveis casos. “Uma equipe esteve na ilha, na semana passada e definiu algumas ações, como a colocação de telas protetoras em depósitos de água”, observa Claudenice Pontes. A SES também teve notificados 9.216 casos de zika, sendo 23 confirmados e 171 descartados. Desde que iniciou mutirões para combater o mosquito Aedes aegypti, o Recife já visitou mais de 60 mil residências, inclusive com limpeza de entulhos. MICROCEFALIA De 1º de agosto de 2015 até 30 de abril passado, 1.912 casos de microcefalia foram notificados em Pernambuco. Desses, 339 foram confirmados e 920,

descartados. O Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães/ Fiocruz e o Instituto Evandro Chagas confirmaram 153 casos relacionados ao vírus zika por detecção laboratorial. Outros 87 casos deram negativo e três, inconclusivos, totalizando 243 testes realizados. Também houve registro de 28 bebês natimortos e 26 que morreram logo após nascer, mas nenhum teve microcefalia como causa básica de morte, segundo a SES.


Parcerias para acompanhar os bebês com microcefalia A visita da comitiva da Organização Panamericana de Saúde (Opas) ao Recife, iniciada ontem e que termina hoje, pode resultar em parcerias para o tratamento de arboviroses e de bebês com microcefalia em Pernambuco. Cinco integrantes da Opas estiveram, ontem, no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), na área central da cidade, para conhecer o trabalho da instituição no atendimento às crianças com a malformação. Depois, na sede da prefeitura, assistiram a uma apresentação sobre o quadro das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. “Somos uma agência técnica, mas temos mecanismos para ajudar o poder público a criar parcerias com órgãos financiadores, como o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)”, diz o diretor de vigilância em saúde da Opas, o dominicano Marcos Espinal. O secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia, aprovou a ideia. “Estamos sempre abertos à possibilidade de captar recursos, e a presença da delegação da Opas no Recife já nos coloca no caminho de conseguir financiamentos.” Um dos alvos da parceria é o atendimento aos bebês com microcefalia. Na visita ao Imip, na manhã de ontem, os integrantes da comitiva se surpreenderam positivamente com a estrutura da unidade, mas demonstraram preocupação com o atendimento às mães das crianças. “É uma condição que traz consequências para toda a vida, então é importante haver proteção para essas pessoas”, diz Espinal. Hoje, a comitiva vai acompanhar equipes de Vigilância Ambiental da prefeitura numa ação de controle vetorial no bairro da Iputinga, Zona Oeste da cidade. Logo após, acontece uma visita ao Hospital Barão de Lucena, no mesmo bairro, e que é referência no atendimento às crianças com microcefalia no Estado.


Brasil registra 1.571 casos de H1N1 com 290 mortes Até 23 de abril, foram registrados 1.880 casos de influenza de todos os tipos no Brasil este ano, de acordo com o Ministério da Saúde. Deste total, 1.571 foram ocasionados pelo subtipo H1N1, que provocou 290 mortes. Com 1.106 registros de infectados, a Região Sudeste concentra o maior número de pessoas com H1N1, sendo 988 apenas em São Paulo. O Estado registrou ainda o maior número de mortes pelo vírus, 149.

O ministério também informou ontem que, faltando mais de duas semanas para o fim da campanha de vacinação contra a gripe, quase 43% do público-alvo foi imunizado. A meta do governo é vacinar, até o dia 20 de maio, pelo menos 80% das 49,8 milhões de pessoas com maior risco por complicações decorrentes da influenza. Ao todo, 21,3 milhões de pessoas receberam a vacina até agora. O grupo prioritário que mais procurou os postos foi o de profissionais de saúde, seguido pelo de crianças entre 6 meses e 5 anos incompletos. Gestantes, indígenas, pessoas com doenças crônicas e as privadas de liberdade também fazem parte do público-alvo. A escolha dos grupos segue recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e também é respaldada por estudos epidemiológicos. Têm prioridade os mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias. Oficialmente, a campanha nacional começou no último sábado (30), porém, o Ministério da Saúde adiantou o envio das doses a 22 Estados que optaram por antecipar a vacinação devido ao aumento do número de caso de gripe pelo vírus influenza A H1N1. A vacina distribuída na rede pública, além de proteger contra o H1N1, imuniza contra os vírus influenza A H3N2 e influenza B. Segundo o Ministério da Saúde, até a próxima sexta-feira (6), mais de 49 milhões de doses da vacina já terão sido enviadas às Secretarias Estaduais de Saúde. A previsão é de que até o dia 13, todas as doses sejam entregues.

Diario de Pernambuco - PE 04/05/2016 - 08:05

Chikungunya: a epidemia revelada Força-tarefa organizada para confirmar casos em municípios aponta salto de 389 para 3,7 mil pacientes no estado, onde doença já causou 20 mortes Alice de Souza Depois de meses de especulação, a real situação da epidemia de chikungunya começou a ser descortinada em Pernambuco. Em uma semana, após a ação de uma força-tarefa junto aos municípios para fechamento de casos notificados nos quatro primeiros meses do ano, as confirmações da doença saltaram 860%, de 389 para 3,7 mil até o 30 de abril. Em paralelo, cresceram também os óbitos, de 12 para 20. Equipes do Ministério da Saúde permanecem no estado para investigar o padrão das mortes. A chikungunya chegou a todos os municípios de Pernambuco e ao distrito de Fernando de Noronha. São 18,6 mil notificações, um acréscimo de 5% em uma semana, das quais 4,9 mil foram descartadas. A doença começou a se espalhar pela região Agreste, onde hoje os casos estão se reduzindo, assim como na Mata Norte. Por outro lado, a febre avança no Sertão. Os 20 óbitos pela febre foram registrados no Recife (9), Jaboatão (2), Timbaúba (2), Camaragibe (1), Igarassu (1), João Alfredo (1), Nazaré da Mata (1), Paulista (1), Toritama (1) e Vitória de Santo Antão (1). A maioria das vítimas tinha acima de 60 anos e doenças associadas, sobretudo a hipertensão. “Precisamos agora ter uma definição melhor se o vírus contribui para agravar as comorbidades ou se foi somente ele que causou as mortes. Dessa forma poderemos intervir para evitá-los”, disse a coordenadora

do Programa de Controle de Dengue, Chikungunya e Zika de Pernambuco, Claudenice Pontes. Pernambuco era, até a semana passada, o estado brasileiro com mais óbitos por chikungunya. Uma equipe do Ministério da Saúde está aqui, desde o mês passado, investigando as circunstâncias das mortes. Eles já concluíram a parte hospitalar, com visita a todas as unidades de saúde onde os pacientes passsaram, e seguem com a coleta de dados domicilares. Até o dia 15 deste mês deverão ser apresentados dados preliminares. Um protocolo de investigação de óbitos por chikungunya está sendo criado depois de uma reunião realizada na semana passada em Brasília, para replicar a investigação feita aqui em outros estados. O documento será finalizado na próxima segunda-feira, quando será iniciada a definição dos municípios e estados prioritários. O consenso dos especialistas era de que, até então, não era uma característica da chikungunya um número elevado de óbitos. Acredita-se que há uma subnotificação, hipótese não descartada pela Secretaria de Saúde, mas também em uma mudança de característica do vírus. “É esperada uma taxa de ataque do chikungunya de 30%. Isso daria mais de 1,8 milhão de casos no estado. Mas há uma dificuldade de enxergar isso do ponto de vista de notificação porque ela é passiva. Os óbitos podem ser explicados por uma maior percepção, como por uma mudança no padrão que deixou o vírus mais agressivo”, afirmou o professor da UFPE e membro do Comitê Técnico de Arboviroses do Ministério da Saúde, Carlos Brito. Também foi registrado um crescimento dos óbitos por dengue, doença predominante nas notificações de arboviroses, de um para cinco. Nas cidades de Caruaru, Jaboatão, Olinda, Timbaúba e Venturosa. Outras 173 mortes seguem em investigação. No mesmo período do ano passado eram 25 óbitos suspeitos de dengue, dos quais oito positivos.


Recife quer se tornar laboratório contra o Aedes Recife poderá se transformar em uma cidade laboratório para teste de novas tecnologias no combate ao Aedes aegypti. Esse foi um dos assuntos debatidos ontem por representantes das secretarias estadual e municipal de Sáude com a delegação da Organização Pan-Americana da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS). O grupo veio conhecer as ações de assistência às famílias de bebês com microcefalia e o enfrentamento ao mosquito. Hoje eles participam de uma visita a campo, com agentes de endemias, no Hospital Barão de Lucena. Participam da comitiva o gerente da Área de Vigilância, Controle e Prevenção de Doenças da Opas, Marcos Espinal, o coordenador da Unidade Técnica de Doenças Transmissíveis e Análise da Situação de Saúde da Opas Brasil, Enrique Vazquez, e o diretor de Estratégias do Escritório da Diretora Geral da OMS, Christopher Dye. Eles visitaram ainda o ambulatório pediátrico e a reabilitação do Imip, onde tiveram contato com algumas mães e bebês. Em seguida, participaram de reunião na Prefeitura

do Recife. “Estamos impressionados com o que vimos. Esta é uma visita para aprender”, explicou Espinal. Além de apresentar as estratégias já implementadas, o secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia, sinalizou a intenção de investir em novas tecnologias. Para isso, reforçou a necessidade de recursos. “A nossa resposta ao problema já resultou em redução da densidade do mosquito na cidade. O trabalho de campo tem sido feito ao longo deste período, mas precisamos de novas ferramentas para apoiá-lo. A presença de altos dirigentes da Opas aqui nos coloca no caminho de chegar mais perto dos recursos necessários”, explicou. A organização afirmou estar disposta a contribuir no papel de articulação junto aos agentes financeiros para implementação dessas tecnologias.



Diario urbano Longe de mim As prefeituras pernambucanas deveriam aproveitar o Maio Amarelo para repensar as ações voltadas às motos. A cor indica o desenvolvimento de programas educativos e de fiscalização do trânsito. E repensar, diga-se, cabe somente para algumas prefeituras, pois a maioria deve partir do zero. Raro são os municípios, segundo o Comitê Estadual de Prevenção aos Acidentes de Moto (Cepam), a colocar agentes de trânsito para checar a situação das motos. A tarefa tem recaído sobre os órgãos estaduais. Na Região Metropolitana, a participação das prefeituras junto à Operação Lei Seca, por exemplo, é quase nula. Desde o município de maior população, o Recife, ao de menor, Araçoiaba. O coordenador executivo do Cepam, João Veiga, indica os cifrões como motivo maior

para o pouco envolvimentos das prefeituras. Os gastos com os acidentados de moto são assumidos pelo estado, gestor das emergências voltadas ao problema. Dois exemplos do Nordeste, Salvador (Bahia) e João Pessoa (Paraíba), comprovam a tese, segundo Veiga. Nos dois, funcionam emergências arcadas pelas prefeituras. O dinheiro continua dando as cartas onde também se deveria considerar a força da parceria dos entes públicos. Exemplos do interior O crescimento da frota de motos é um fenômeno estadual, mas o Cepam destaca apenas três municípios com ações sistemáticas de fiscalização. Caruaru e Garanhuns, no Agreste. No Sertão, Arcoverde. Conta de quatro anos R$ 900 milhões foram gastos no tratamento de acidentados de moto, em 2015, em Pernambuco. A quantia, contaliza João Veiga, corresponde ao orçamento geral do Hospital da Restauração (HR) por quatro anos.

Folha de Pernambuco - PE 04/05/2016 - 07:32

Arboviroses: óbitos aumentam 92% Estado já tem 25 mortes. Foram 13 a mais em uma semana, sendo 12 por chikungunya Doze mortes a mais em uma semana por arboviroses no Estado. Eram 13, agora são 25, um aumento de 92%. O maior número de vítimas continua sendo pela febre chikungunya - eram 12 óbitos, agora são 20. Já as causadas por dengue passaram de um para cinco. Os dados divulgados ontem pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) reforçam a matéria veiculada pela Folha de Pernambuco no dia 27 do mês passado sobre a possível subnotificação dos casos. Cartórios de três cidades do Agreste do Estado atingidas pela epidemia de arboviroses - Belo Jardim, Santa Cruz do Capibaribe e Brejo da Madre de Deus -, apontavam alta de até 100%nas emissões de óbitos entre dezembro de 2015 e janeiro deste ano. A maioria idosos que foram acometidos por viroses, mas que não tiveram a causa da morte esclarecida. Para o clínico geral e membro do Comitê Técnico do Ministério da Saúde, Carlos Brito,mesmo sem registros contundentes, é possível que a chikungunya tenha circulado de forma mais intensa no ano passado e, inclusive, feito mais vítimas. "A falta de experiência e de conhecimento dos profissionais de saúde em relação a ela e à zika pode ter levado o Estado a um registro equivocado. Casos de dengue, por exemplo, podem ter sido, na verdade de chikungunya, que é a arbovirose mais forte das três", comentou. De acordo com o novo boletim, há 199 óbitos notificados. Já em relação às doenças, são 62.744 casos de dengue e 17.764 de chikungunya. Os primeiros casos foram confirmados somente em setembro do ano passado, quando 32.580 pessoas já haviam contraído a dengue em Pernambuco. Era um aumento de 528% em relação aos mesmos nove meses de 2014, o que fortifica a teoria de Carlos Brito. Microcefalia Os casos de microcefalia também tiveram aumento de acordo com o boletim emitido pela SES.

Houve aumento de 29 notificações em relação à semana passada no Estado. São 1.912 bebês com suspeita de microcefalia desde agosto de 2015. Cinco casos foram confirmados desde a última terça-feira. Agora, já são 339. Cento e cinquenta certificadamente associados ao zika. Em compensação, 920 suspeitas foram descartadas após outros exames. Recife continua sendo a cidade pernambucana com mais bebês acometidos. São 329. FOLHA RESUME Pernambuco já tem25 óbitos confirmados por arboviroses neste ano. Vinte deles por febre chikungunya e cinco por dengue. De acordo com especialista, é possível que casos registrados como dengue no ano passado tenham sido, na verdade, da febre. Houve também aumento nas confirmações de bebês com microcefalia. , totalizando 339.


Opas: parceria no combate Uma resposta sustentável e forte. Essa foi a receita sugerida pelo gerente da Área de Vigilância, Controle e Prevenção de Doenças da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS), Marcos Espinal, que está no Recife. O gestor faz parte de uma comitiva internacional que está visitando espaços de referência para tratamento da microcefalia e monitoramento das arboviroses a fim de criar alianças entre o Estado e agências financiadoras. Espinal elogiou o trabalho que vem sendo feito no Brasil, principalmente em Pernambuco e no Recife, mas destacou que os esforços não devem diminuir, já que a guerra contra o mosquito Aedes aegypti está longe de uma trégua. "Meu conselho é continuar e reforçar o que já está sendo feito. Não é uma campanha de um dia ou de fim de semana", afirmou. Ele reforçou que o risco do zika envolve não só as mães e bebês, mas a população de uma forma geral. Por isso o enfrentamento a doença deve ser priorizado. "O apoio às crianças deve ser constante, porque devemos continuar a ver casos de zika. O importante é oferecer serviços hospitalares à população". A primeira parada da comitiva foi no Imip onde o grupo foi recebido pelo staff da instituição e conheceu um pouco dos atendimentos realizados lá. O ambulatório do Imip já atende 193 crianças com microcefalia e há outras 63 agendadas. Hoje, a delegação fará o acompanhamento de ação de campo, a partir das 8h, para controle do mosquito, no bairro da Iputinga, e visita ao Hospital Barão de Lucena.


Uma final solidária O clima de solidariedade tomará conta das finais do Campeonato Pernambucano, que acontecem hoje no Arruda, às 21h45 e no próximo domingo, na Ilha do Retiro, às 16h. Em prol de uma campanha beneficente para arrecadar fraldas e leite para cerca de 300

crianças com microcefalia, as torcidas do Santa Cruz e Sport deixarão a rivalidade de lado. Organizada pela União das Mães de Anjos, associação de mães de bebês com microcefalia, a ação solidária estará nas entradas dos estádios do Arruda e da Ilha do Retiro para receber as doações das torcidas. Celebração Em comemoração ao Dia das Mães, uma missa, organizada pela Prefeitura do Recife, será realizada hoje às 9h, no edifício-sede da PCR, arrecadará doações para essas famílias.


Editorial Maio Amarelo alerta sobre o perigo no trânsito Acidentes no trânsito são a terceira causa de morte no mundo, ficando atrás apenas das doenças cardíacas e câncer. Com base nas estatísticas, a Organização Mundial da Saúde iniciou, em 2011, a década das ações contra acidentes no trânsito. Portando, é importante 'ligar o alerta' para as regras do trânsito. Pensando na prevenção, durante todo este mês, várias ações educativas acontecem no Recife, através do Movimento Educativo Maio Amarelo. O foco este ano é, além de combater a embriaguez ao volante, também vão ser trabalhadas medidas voltadas para a segurança de ciclistas e motociclistas. O Brasil é o quinto país do mundo em morte por acidentes de trânsito. A cada ano cerca de 50 mil pessoas perdem suas vidas em acidentes automobilísticos, principalmente, envolvendo motociclistas que está se tornando uma epidemia no País. Um estudo encomendado pelo Centro de Pesquisa e Economia do Seguro (CPES), da Escola Nacional de Seguros, aponta que a 'guerra' no trânsito brasileiro já provoca perdas anuais da ordem de R$ 197 bilhões. Em Pernambuco não é diferente. Seja na Região Metropolitana do Recife ou nas cidades do Interior, a violência no trânsito já é considerada um problema de saúde pública. Segundo dados da Secretaria de Saúde do primeiro trimestre de 2014, 42% das pessoas mortas no trânsito no Estado estavam envolvidas em acidentes de motocicletas, outros 20%das vítimas eram pedestres e 15% estavam em carros. O Comitê Estadual de Prevenção de Acidentes (Cepam) contabilizou mais de R$ 1 bilhão gastos nas três principais emergências do Estado com vítimas de acidentes em 2014. A Operação Lei Seca de Pernambuco, em vigência desde dezembro de 2011, é uma das mais bem sucedidas ações de prevenção de acidentes de trânsito por embriaguez. No período entre janeiro a abril de 2016, os números de crime de trânsito por alcoolemia caíram 51%. Este é o resultado do trabalho das nove equipes que atuam de forma permanente em todo o Estado, sendo seis na Região Metropolitana do Recife, e três, no Interior de Pernambuco. A 'guerra' no trânsito só pode ser vencida com ações de prevenção. O poder público precisa realizar campanhas contínuas e impactantes.

Os condutores devem passar por um processo de reciclagem, principalmente, os motociclistas. Além disso, uma fiscalização forte, multas altas, e reclusão por morte podem ajudar a baixar os índices. Maio Amarelo é apenas um mês, quando os acidentes acontecem durante todo o ano, principalmente nos feriados e finais de semana. A população também precisa se conscientizar da sua parcela de contribuição.


Preconceito até na prostituição Mesmo em um grupo em que todas vivem em situação de risco, as mulheres negras são preteridas e sofrem mais agressões que as brancas Do alto de um salto, o olhar amedrontado via um velho Chevrolet verde chegar para oferecer mais do que era esperado. Para amenina de 16 anos que havia fugido de casa, R$ 50 podia representar a solução de seus problemas. A adolescente sentou no banco do passageiro do carro e seguiu para seu primeiro programa. Foi inesquecível, da maneira mais negativa possível. "Íamos por um caminho esquisito. De repente, ele puxou uma arma e apontou para mim. Urinei na roupa de tanto medo e minha única reação foi destrancar a porta e me jogar na pista", lembrou. De acordo com pesquisa da UFPE, as prostitutas negras como Renata*, hoje com 21 anos, são agredidas com mais frequência que as brancas. As negras são preteridas mesmo num grupo em que todas vivem em situação de risco. Precisam trabalhar mais e permanecem por mais tempo no meio do que as brancas. É o que afirma a doutoranda em Sociologia, Alyne Nunes, responsável pelo estudo. "A rua muitas vezes não é uma opção, mas um destino. Muitas tentam trabalhar em outros lugares. Mas, enquanto negras, sofrem discriminação e não têm outra forma de se sustentar", revelou Nunes. No Recife, acrescenta, há duas grandes áreas de prostituição: o Centro da Cidade, com clientes que pagam a partir de R$ 20 por programa, e a Zona Sul, onde as meninas cobram até R$ 150. Segundo Alyne, o perfil das prostitutas varia de acordo com seus locais de trabalho. "A cor da pele importa mais que o tipo físico para os brasileiros, principal público desse tipo de serviço. Quem pode pagar mais, como o cliente de Boa Viagem, escolhe as brancas." Ainda de acordo com ela, as negras acabam migrando de ponto com o passar do tempo. "As poucas que trabalham nos bairros nobres são jovens. O problema é que a prostituição é uma atividade que degrada muito e, quando envelhecem, não são mais procuradas. Para se manter, vão onde há um público menos exigente." Inserção Presidente da Associação Pernambucana das Profissionais do Sexo (APPS), Nancy Feijó, constata que são vários os motivos para a inserção na prostituição. "Muitas são pobres, tem a família desestruturada e sofrem violências durante a juventude. Algumas vêm do Interior tentar uma vida melhor e usam a prostituição para pagar a faculdade. Outras são de classe média ou alta, mas entram no mercado, após uma desilusão amorosa, como no meu caso". Nancy tem 58 anos e atua como acompanhante há 40 anos. De acordo com ela, as negras têm mesmo mais dificuldades. "As mulheres negras apanham mais e têm menos chances de fazer cirurgias plásticas e frequentar academias de ginástica", comenta. Para o psicólogo, Sylvio Ferreira, muitos fatores podem levar as mulheres à prostituição, mas

um em especial chama atenção. "Toda menina espera que o pai derrame sobre ela um olhar de valorização e afeto. Quando isso não acontece, numa situação de violência doméstica, por exemplo, a menina pode buscar fora de casa esse afeto que lhe falta e recorrer à prostituição", analisa. Para ele, o fator racial ainda é uma realidade no Brasil. No meio há menos de um ano, a travesti negra, Samantha Close, que fica na avenida Domingos Ferreira em Boa Viagem falou sobre a região onde trabalha. "Aqui, tem muito empresário rico que procura o serviço, mas a maioria das mulheres é branca", afirma. Vulnerabilidade Toda discriminação pode aumentar o grau de vulnerabilidade de uma classe. De acordo com coordenador de DST/Aids da Secretaria Estadual de Saúde, François Figueiroa, é importante zelar pelos direitos humanos a fim de diminuir o preconceito e os estigmas na sociedade. Quanto mais preconceito, mais excluídos e mais chances de adquirir problemas provenientes de falta de informação. "Temos um convênio com a APPS. Há dois anos, ela recebeu R$ 50 mil reais para ações conscientizadoras", explicou. Em 2015, o Ministério da Saúde destinou à mesma associação outros R$ 50 mil para testes rápidos de diágnostico de DSTs nas ruas da RMR. Direitos no limite Encarar a prostituição como uma profissão é uma das principais reivindicações de ativistas do assunto. Vice-Presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos, Edna Jatobá é enfática. "Como qualquer outra, precisamos tratar o trabalho com a devida seriedade. Devem-se garantir todos os direitos, inclusive salário adequado", afirmou. A militante fala sobre a linha que divide o serviço do assédio sexual. "É preciso normatizar a profissão, mas repudiar a exploração. Não existe prostituição para menores de idade. Nesses casos, o que acontece é crime", explicou. "Em relação à prostituição de adultos o que difere é o consentimento. Para elas é sempre necessária a permissão do ato. Os cafetões também não devem existir". Edna citou ainda alguns dos direitos que são garantidos às profissionais do sexo. "Elas podem participar de associações e é preciso destacar que casas de prostituição são ilegais. Além disso, a atividade do cafetão é considerada crime de rufianismo, previsto no Código Penal Brasileiro. Ninguém pode ganhar dinheiro em cima da prostituição de outras pessoas", finaliza.


Maio Amarelo nas escolas O Detran está levando às escolas do estado ações da campanha Maio Amarelo. A turma do Fom Fom também integra a ação. A cor amarela foi escolhida por simbolizar atenção, em referência à sinalização de advertência no trânsito. Já o mês foi escolhido

por ter uma ligação com a história de segurança no trânsito, uma vez que foi em maio de 2011 que a ONU decretou a “Década de Ações para a Segurança no Trânsito”. A meta é reduzir acidentes de trânsito em todo o mundo. A primeira escola a receber a visita foi o Colégio Fazer Crescer. O diretor-presidente do Detran, Charles Ribeiro, e o gerente da Escola Pública de Trânsito, Ivson Correia participaram da ação. Até o dia 31 de maio a Coordenação de Educação de Trânsito do órgão estará promovendo ações para estimular o cidadão a refletir sobre as responsabilidades e os riscos ao transitar seja como motorista, pedestre, ciclista ou motociclista.



Persona Homenagem O Hospital da Mulher, entregue pelo prefeito Geraldo Júlio, segunda, recebe o nome da Dra. Mercês Pontes Cunha, já falecida e que foi dos grandes nomes da UFPE. A primeira-dama Cristina Mello, que é médica e vai todos os dias ao Imip, ficou muito emocionada. O hospital já está "nas mãos" do Hospital de Câncer de Pernambuco, que vai realizar o gerenciamento, operacionalização e a execução das ações e serviços de saúde. Inauguração pública do espaço será segunda, às 16h.

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