Choque 31 MARÇO/ 1 ABRIL ICBAS. CHOQUE Estado de compromisso da produção de energia pela...
-
Upload
david-avila -
Category
Documents
-
view
223 -
download
1
Transcript of Choque 31 MARÇO/ 1 ABRIL ICBAS. CHOQUE Estado de compromisso da produção de energia pela...
CHOQUE
CHOQUEEstado de compromisso da produção de
energia pela mitocondria que nas formas descompensadas se traduz por falência cardio-circulatória.
O estado de choque diagnostica-se reconhecendo alterações e perturbações na utilização celular de O2.
Se as condições de anaerobiose duram mais tempo do que aquele a que a célula consegue resistir, esta entra em disfunção, tornando-se incapaz de utilizar O2, mesmo depois de retomado o aporte, o que se traduz pela subida do lactato.
O denominador comum dos estados de choque é a incapacidade de utilização de O2 (VO2).
CHOQUE
Se o organismo tem reserva fisiológica, na primeira fase consegue compensar á custa de um esforço acrescido, como por exemplo taquipneia, uso de músculos acessórios, taquicardia…
Se a reserva se esgota ou é insuficiente, o sistema cardio-circulatório entra em falência.
CHOQUE
O estado de choque é provocado por uma ou pelas duas situações seguintes:
1.O organismo está tão doente que as suas células são incapazes de utilizar o O2
2.O fornecimento de O2 é inadequado ou insuficiente e está desajustado ás necessidades celulares.
Estratégia comum para a correcção dos estados de choque: optimizar o fornecimento de O2, o mais precocemente possível e controlar e reverter a causa do choque.
CHOQUE
Mecanismos de choque1.Choque hipovolémico – défice de volume
intravascular.
Causas Hemorragia secundária a politraumatismos,
hemorragia digestiva, fracturas, etc… Hipovolémia por perda de fluídos como
diarreia, vómitos, queimaduras e para o terceiro espaço (oclusão intestinal, cirrose…)
CRISTALÓIDECRISTALÓIDESANGUESANGUE
CRISTALÓIDECRISTALÓIDESANGUESANGUE
CRISTALÓIDECRISTALÓIDECRISTALÓIDECRISTALÓIDEFLUIDOTERAPIAFLUIDOTERAPIAREGRA 3/1REGRA 3/1
CONFUSOCONFUSOLETÁRGICOLETÁRGICO
ANSIOSO ANSIOSO CONFUSO CONFUSO
MODERADA.MODERADA.ANSIOSOANSIOSO
LIGEIRA.LIGEIRA.ANSIOSOANSIOSO
ESTADO MENTALESTADO MENTAL
AUSENTEAUSENTE5 - 155 - 1520 - 3020 - 3030 OU +30 OU +DÉBITO URINÁRIO DÉBITO URINÁRIO ml /horaml /hora
> 35> 3530 - 4030 - 4020 - 3020 - 3014 - 2014 - 20F. RESPIRATÓRIAF. RESPIRATÓRIADIMINUIDODIMINUIDODIMINUIDODIMINUIDODIMINUIDODIMINUIDONORMALNORMALPRE. CAPILARPRE. CAPILARDIMINUIDADIMINUIDADIMINUIDADIMINUIDANORMALNORMALNORMALNORMALTENSÃO ARTERIALTENSÃO ARTERIAL> 140> 140> 120> 120> 100> 100< 100< 100FREQ. CARDIACAFREQ. CARDIACA
> 40> 4030 - 4030 - 4015 - 3015 - 30DIMINUIDADIMINUIDAPERDA SANGUE %PERDA SANGUE %
> 2000> 20001500-20001500-2000750-1500750-1500ATÉ 750ATÉ 750PERDA SANGUE mlPERDA SANGUE ml
CLASSE 1CLASSE 1 CLASSE 2CLASSE 2 CLASSE 3CLASSE 3 CLASSE 4CLASSE 4
CHOQUE HIPOVOLÉMICO
CHOQUE
Mecanismos de choque2. Choque cardiogénico– compromisso da
eficácia de bomba do coração.
DC=VExFC
Causas Cardiomiopatias (isquémica, dilatada) Alterações mecânicas do endocárdio
(estenose aórtica, insuficiencia mitral aguda). Arritmias
CHOQUE
Mecanismos de choque3. Choque Obstrutivo– restrição ao
preenchimento ventricular com interferencia no débito.
Causas TEP maciço Pneumotórax hipertensivo Hiperinsuflação pulmonar (sindrome
obstrutivo grave) Pericardite constritiva e tamponamento
cardíaco
CHOQUE
Mecanismos de choque4. Choque Distributivo– caracterizado na fase
de descompensação por libertação massiva de mediadores da inflamação que provocam vasodilatação venosa e arterial e aumento da permeabilidade capilar.
Causas SIRS(pancreatite)/Sépsis Anafilaxia Choque neurogénico pós-TVM
Tratamento
1.Controlo da causa
2. Optimização do fornecimento de O2, que por sua vez depende do DC e conteúdo arterial em oxigénio.
CHOQUE
Estado da oxigenação
Avaliação do débito cardíaco
Estado do metabolismo celular
Estado dos orgãos nobres
SaO2/PaO2Hgb/HctSDR
PAECGFCPVCTPC
LactatopHSvcO2
Nível de conscienciaPele marmoreaMucosas pálidasExtremidades friasDiurese
CHOQUE
TratamentoSeguir a metodologia ABCDEA.Permeabilizar a via aérea1. O2 alto débito Sta.O2>90%2. Se a vítima não responde considerar a possibilidade
de obstrução da via aérea.3. Doentes sem reflexo faríngeo fazer IOT para
prottecção da via aérea.4. Colocar SNG5. Inspeccionar pescoço
CHOQUE
B. Ventilar e Oxigenar1. Sat.O2+GSA2. Confirmar posição TOT3. Confirmar parametros de ventilação4. No traumatizado avaliar obstrução da via aérea,
pneumotórax hipertensivo, tamponamento cardíaco, ferida tórax aberta, hemotórax maciço, retalho costal móvel.
CHOQUE
C. Circulação, com controlo de hemorragia
1. Monitorização contínua2. Dois acessos vasculares periféricos G14 ou G163. Ponderar acesso venoso central4. Colher sangue para H, BQ, tipagem e grupo5. Colher para rastreio séptico6. Fluidoterapia, de preferencia aquecidos7. Transfusão8. Procurar locais ocultos de hemorragia
CHOQUE
D. Disfunção Neurológica e sinais focais
1. Nível de consciência2. Tamanho, simetria e reactividade pupilar3. Sinais focais
CHOQUE
E. Expor área corporal
1. A pele é altamente informativa no estadiamento do choque e pode conter informações de valor diagnóstico relevante.
2. Retirar a roupa e quando indicado expor a totalidade da superfície corporal, sem esquecer a dignidade do doente.
3. Pode ser necessário cortar as roupas dos do doente, informando-o e justificando os procedimentos (se estiver acordado).
4. O doente sem roupa perde calor e a hipotermia pode agravar o prognóstico.
HemorragiaTecidos e órgãosinadequadamente
perfundidos
Hemorragia causa: aumento da frequência
cardíaca e pulso fraco
Vasoconstrição nas extremidades
provoca: Hipotermia e pele suada,
pálida/cianosada
Baixos níveis de O2 causam:
Ventilação rápida e superficial
Vasoconstrição falha e a
Pressão Arterialbaixa
O organismo tentacompensar a falta de
sangue e plasma indicando
Sede
Inconsciêncialevando àMORTE