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CICLO DA ÁGUA

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CICLO DA ÁGUA

# A água constitui a substância mais abundante na superfície do planeta.

# Participa da dissolução de materiais e do transporte de partículas – desde

a forma iônica até cascalhos.

# Meio mais eficiente de erosão da superfície terrestre.

# Sob a forma de gelo, acumula-se em grandes volumes

1. Escarifica o terreno

2. Arrasta blocos rochosos

3. Esculpe a paisagem

# A água distribui-se na atmosfera e na parte superficial da crosta até uma

profundidade de aproximadamente 10 km abaixo da crosta.

# A origem da primeira água na história da Terra está relacionada com a

formação da atmosfera

→ fase de resfriamento da Terra

# Neste processo de resfriamento (com a formação de rochas ígneas –

cristalização do magma) foram liberados

1. CO2

2. H2O

# Água juvenil – processo de geração de água a partir de erupções

vulcânicas

# O volume de água que atualmente compõe a hidrosfera foi gerado

gradativamente ao longo do tempo geológico ou surgiu repentinamente

num certo momento dessa história?

# Há evidências que suportam a ideia de que a formação de quase toda a

atmosfera e água hoje disponível naquele momento (primeira fase de

resfriamento da Terra)

# Precipitação meteórica – condensação de gotículas a partir do vapor de

água presente na atmosfera (chuva)

# Gelo e granizo – geração e manutenção de importantes reservatórios

(geleiras – calotas polares – e cume de montanhas)

# Parte da precipitação retorna para a atmosfera por evaporação direta

(durante seu percurso em direção à superfície terrestre).

# Evapotranspiração – conglomerado de vapor d’água formado pelo

precipitado que retorna à atmosfera somado àquele originado sobre o gelo e

o resultante da atividade biológica

• DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA NA TERRA

# Regiões florestais – 70% da precipitação é devolvida à atmosfera em

função do processo de evapotranspiração

# Regiões glaciais – processo de sublimação

# Interceptação – processo de retenção da precipitação sobre folhas e

caules (o processo de evapotranspiração ocorrerá posteriormente)

• O CICLO HIDROLÓGICO

# Uma vez atingindo o solo, dois caminhos podem ser seguidos pela

água:

1. Infiltração – dependente das características do material de cobertura da

superfície

# Por conta da gravidade, a água infiltra-se no solo (vindo a abastecer o

lençol freático)

2. Escoamento superficial – a capacidade de absorção de água pela

superfície é superada (seu excesso é encaminhado para zonas mais baixas)

– redes de drenagem.

Destino final – oceanos

# O escoamento superficial (com raras exceções) termina nos oceanos.

# Parte da água de infiltração retorna à superfície através de nascentes.

# Infiltração – processo de recarga de água no subsolo. Seu volume e

velocidade dependem de diversos fatores.

# Tipo de condição dos materiais terrestres

A infiltração é favorecida pela presença de materiais porosos e permeáveis

(solos e sedimentos arenosos)

Materiais argilosos, rochas (metamórficas e magmáticas) são desfavoráveis

à infiltração

# Cobertura de solo – controlam a infiltração (à qual é liberada lentamente

para a rocha subjacente)

• ÁGUA SUBTERRÂNEA

# Cobertura vegetal – abre caminho para a água descendente no solo.

• Retarda parte da água que atinge o solo (interceptação) sendo, seu

excesso, lentamente liberado para a superfície do solo por gotejamento

• Em florestas, cerca de 1/3 da precipitação sofre evaporação antes de

atingir o solo

• ÁGUA SUBTERRÂNEA

# Topografia – declives acentuados favorecem o escoamento superficial

direto (diminuem a infiltração)

# Superfícies onduladas permitem o escoamento superficial menos veloz

(aumentando a possibilidade de infiltração)

• ÁGUA SUBTERRÂNEA

# Precipitação – o modo como a precipitação distribui-se ao longo de um

ano constitui um fator importante no volume de recarga de água

subterrânea

1. Chuvas distribuídas regularmente ao longo do ano promovem uma

maior infiltração (a velocidade de infiltração acompanha o volume de

precipitação)

2. Chuvas torrenciais favorecem o escoamento superficial direto (a taxa de

infiltração é inferior ao volume de água precipitada)

• ÁGUA SUBTERRÂNEA

# Ocupação do solo – a urbanização e devastação da vegetação

influenciam a quantidade de água infiltrada

1. Impedem a infiltração

2. Aumentam o escoamento superficial

3. Redução de recarga da água subterrânea

Em São Paulo, constatou-se uma significativa recarda da água subterrânea

em função de vazamentos da rede de abastecimento

• ÁGUA SUBTERRÂNEA

# O nível de um lençol freático acompanha as irregularidades da superfície

do terreno

# Sua profundidade relaciona-se à quantidade de recarga e dos materiais

terrestres do subsolo

1. Áreas úmidas (alta pluviosidade) – tende a ser mais raso (fundo de vale)

2. Ambientes áridos – profundos (interflúvios)

# Quando o nível d’água intercepta a superfície do terreno, aflora – gerando

nascentes, córregos ou rios.

• LENÇOL FREÁTICO

# O nível freático possui uma relação íntima com os rios

1. Rios efluentes – são alimentados pela água subterrânea (regiões úmidas)

2. Rios influentes – a vazão diminui a jusante (recarga da água

subterrânea pelo escoamento superficial)

# Em áreas áridas (evaporação maior que a precipitação) parte da água

subterrânea ascende (por capilaridade) para alimentar a evaporação na

superfície do solo

• LENÇOL FREÁTICO

# Porosidade – relação entre volume de poros e volume total de um certo

material

1. Primária – espaços existentes entre sedimentos (tamanho, forma e

presença de cimento influenciam a porosidade)

2. Secundária – fraturas existentes em rochas ígneas, sedimentares e

metamórficas

3. Porosidade cárstica – criação de vazios por dissolução (mármores e

calcários)

• ÁGUA SUBTERRÂNEA

# Permeabilidade – capacidade que a rocha possui de permitir o fluxo de

água através de seus poros

# Aquíferos – unidades rochosas (ou de sedimentos), porosas e permeáveis,

que armazenam e transmitem volumes significativos de água subterrânea

passível de ser explorada.

• ÁGUA SUBTERRÂNEA

# Aquíferos livres – são aqueles cujo topo vê-se demarcado pelo nível

freático

1. Estão em contato com a atmosfera

2. Ocorrem em pequenas profundidades

• AQUÍFEROS

# Aquíferos suspensos – constituem acumulações de água sobre unidades

rochosas

1. Situa-se acima do nível freático principal

• AQUÍFEROS

# Aquíferos confinados – ocorrem quando um aquífero está situado entre

duas unidades rochosas pouco permeáveis

1. Situam-se a centenas de metros de profundidade

• O CICLO HIDROLÓGICO

# Principal meio de reações do intemperismo químico

→ infiltra e percola a rocha

• AÇÃO GEOLÓGICA DA ÁGUA SUBTERRÂNEA

# Escorregamento de encostas

• A movimentação de coberturas (solo ou sedimento inconsolidados) em

encostas de morros tem velocidades variáveis.

1. Movimentos rápidos – deslizamentos (ocorrem em épocas de fortes

chuvas/regiões de relevo acidentado)

→ movidos pela força gravitacional e presença de água subterrânea

2. Movimentos lentos – rastejamentos (movido unicamente pela força

gravitacional)

• AÇÃO GEOLÓGICA DA ÁGUA SUBTERRÂNEA

# Escorregamento de encostas

• No momento em que o atrito interno é vencido pela força gravitacional, a

massa de solo entra em movimento (encosta abaixo)

• Solifluxão – movimentação de solo em função da maioria de suas

partículas apresentarem-se envoltas por um filme de água (diminuição

do atrito)

• AÇÃO GEOLÓGICA DA ÁGUA SUBTERRÂNEA

# Tanto o rastejamento como o deslizamento de encostas são processos

naturais que contribuem para a evolução da paisagem.

# Podem ser induzidos (ou acelerados) pela retirada artificial da cobertura

vegetal

→ aumento da infiltração das chuvas

→ lubrificação das partículas

→ movimento vertente abaixo

• AÇÃO GEOLÓGICA DA ÁGUA SUBTERRÂNEA

# Cortes no perfil do solo caracterizados por feições erosivas (altamente

destrutivas) que rapidamente se ampliam.

→ amaçam campos, solos cultivados e zonas povoadas

• BOÇOROCAS – A EROSÃO QUE AMEAÇA CIDADES

# Instalam-se em vertentes sobre o manto intempérico, sedimentos ou

rochas sedimentares pouco consolidadas

→ podem ter profundidades variando de decímetros a dezenas de metros

→ seu fundo mostra-se constituído por material desagregado (onde aflora

água)

• BOÇOROCAS – A EROSÃO QUE AMEAÇA CIDADES

# A erosão provocada pelo afloramento do fluxo de água subterrânea tende

a solapar a base das paredes

→ carrreamento de material

→ formação de vazios no interior do solo

• BOÇOROCAS – A EROSÃO QUE AMEAÇA CIDADES

# Sua evolução está associada a alterações das condições ambientais locais

(retirada da cobertura vegetal)

• BOÇOROCAS – A EROSÃO QUE AMEAÇA CIDADES

# CARSTE – sistema constituído por rios subterrâneos, cavernas e

superfícies acidentadas dominadas por depressões, paredões rochosos e

torres de pedra.

• PAISAGENS SUBTERRÂNEAS

# CARSTE – sistema constituído por rios subterrâneos, cavernas e

superfícies acidentadas dominadas por depressões, paredões rochosos e

torres de pedra.

1. Sistema de cavernas (acessíveis à exploração)

2. Aquíferos de condutos (formas condutoras de água subterrânea)

3. Relevo cárstico (formas superficiais)

• PAISAGENS SUBTERRÂNEAS

# Sistemas cársticos são formados pela dissolução de certos tipos de

rochas pela água subterrânea (calcário, mármore e dolomitos)

• PAISAGENS SUBTERRÂNEAS

# Requisitos para o desenvolvimento de sistemas cársticos:

1. Rocha solúvel

2. Relevo (gradientes hidráulicos moderados a altos)

3. Clima (disponibilidade de água)

4. Vegetação (aumento do teor ácido na água de infiltração)

• PAISAGENS SUBTERRÂNEAS