Ciclo de debates upp 30 junho 2014

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Nos dois debates realizados na UPP sobre a nacionalização da banca e dos seguros de 1975, emergiu a necessidade de se continuar a análise do setor financeiro em Portugal e das suas relações com a economia e com o poder político, no quadro da atual situação de crise e de austeridade. Nesse sentido, a UPP e três sindicatos do setor, o SINAPSA, dos seguros, o STEC, das empresas do grupo CGD, e o SINTAF, da banca, vão promover esse debate. Enquanto intermediário dos agentes económicos na captação de recursos e no investimento, o setor financeiro tem um papel crucial na economia e na sociedade. O progresso social e o bem- estar do povo dependem muito das decisões dos bancos e das seguradoras. Em Portugal, estando no essencial e com exceção da CGD, nas mãos de grandes grupos económicos, de capital maioritariamente estrangeiro, e tendo, por isso, objetivos globais e de internacionalização, que economia e que sociedade estão os bancos e as seguradoras a desenvolver? O imenso poder económico dos donos dos bancos e das seguradoras condiciona o poder político. No quadro político global, pode o país contar com decisões dos bancos e das seguradoras favoráveis ao desenvolvimento da economia nacional? O papel de supervisão do Banco de Portugal e do Instituto de Seguros de Portugal e também das instituições internacionais de supervisão tem-se mostrado uma falácia. Essas instituições têm- se também evidenciado como serventuárias dos grandes grupos económicos. Como pode o povo controlar as alavancas do desenvolvimento económico? Como pode um Estado realmente ao serviço do povo controlar o setor financeiro e colocar os bancos e as seguradoras ao serviço de Portugal e dos portugueses?

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DEBATE: OS BANCOS E OS SEGUROS NA SITUAÇÃO ACTUAL DE CRISE | 30 DE JUNHO - 17H30 | SEDE DO SINAPSA - PORTO

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O SETOR FINANCEIRO E O SEU CONTROLEAO SERVIÇO DA ECONOMIA NACIONAL

Nos dois debates realizados na UPP sobre a nacionalização da

banca e dos seguros de 1975, emergiu a necessidade de se

continuar a análise do setor financeiro em Portugal e das suas

relações com a economia e com o poder político, no quadro da

atual situação de crise e de austeridade. Nesse sentido, a UPP e

três sindicatos do setor, o SINAPSA, dos seguros, o STEC, das

empresas do grupo CGD, e o SINTAF, da banca, vão promover esse

debate.

Enquanto intermediário dos agentes económicos na captação de

recursos e no investimento, o setor financeiro tem um papel

crucial na economia e na sociedade. O progresso social e o bem-

estar do povo dependem muito das decisões dos bancos e das

seguradoras.

Em Portugal, estando no essencial e com exceção da CGD, nas

mãos de grandes grupos económicos, de capital maioritariamente

estrangeiro, e tendo, por isso, objetivos globais e de

internacionalização, que economia e que sociedade estão os

bancos e as seguradoras a desenvolver?

O imenso poder económico dos donos dos bancos e das

seguradoras condiciona o poder político. No quadro político

global, pode o país contar com decisões dos bancos e das

seguradoras favoráveis ao desenvolvimento da economia

nacional?

O papel de supervisão do Banco de Portugal e do Instituto de

Seguros de Portugal e também das instituições internacionais de

supervisão tem-se mostrado uma falácia. Essas instituições têm-

se também evidenciado como serventuárias dos grandes grupos

económicos. Como pode o povo controlar as alavancas do

desenvolvimento económico? Como pode um Estado realmente

ao serviço do povo controlar o setor financeiro e colocar os bancos

e as seguradoras ao serviço de Portugal e dos portugueses?