Ciclones tropicais, extratropicais e subtropicais Luiz Felippe Gozzo Instituto de Astronomia,...

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Ciclones tropicais, extratropicais e subtropicais Luiz Felippe Gozzo Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas Departamento de Meteorologia Disciplina Laboratório de Meteorologia Sinótica – ACA0433 Docente: Rita Ynoue

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Ciclones tropicais,extratropicais e subtropicais

Luiz Felippe Gozzo

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências AtmosféricasDepartamento de Meteorologia

Disciplina Laboratório de Meteorologia Sinótica – ACA0433Docente: Rita Ynoue

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Ciclogênese extratropical

- Instabilidade baroclínica

- Formação:

Pressão ao nível do mar Altura geopotencial em 500 hPa Corrente de jato em 250 hPa

(NCEP, 19/09/2012, 00Z)

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- Intensificação:

Ciclogênese extratropical

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Ciclogênese extratropical

(19/09/2012 – 21Z)

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Ciclogênese extratropical

- Dissipação (oclusão)

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Ciclogênese extratropical

Gan e Rao (1991) → análise de cartas de superfície; duas regiões ciclogenéticas na AS

Sinclair (1996); Reboita et al. (2009); etc → três regiões ciclogenéticas

Climatologia de ciclones extratropicais

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Ciclogênese tropical

1. Pequena perturbação próxima à superfície;

O ciclo se repete até que se suprima a principal fonte de energia do sistema:Landfalling/translação para TSM mais baixa

5. Intensificação dos ventos intensificação dos fluxos

2. Ventos fluxo de umidade oceano-atmosfera convecção

3. Liberação de calor latente abaixamento de pressão

4 .Abaixamento de pressão intensificação dos ventos

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Ciclogênese tropical

Condições necessárias (mas não suficientes!!) para a ciclogênese tropical:(Gray, 1968)

- Perturbação ciclônica na baixa troposfera (precursora);

- Alta energia térmica do oceano (TSM > 26oC numa camada superior a 60 m);

- Alta umidade relativa na baixa troposfera (instabilidade convectiva!)

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- Força de Coriolis;

- Fraco cisalhamento vertical do vento.

Ciclogênese tropical

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Ciclogênese tropical

Ao mover-se sobre o continente, a redução dos fluxos de superfície e a rugosidade do terreno não conseguem manter o vórtice contra a dissipação friccional -> dissipação OU transição extratropical.

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- Milhares de km de diâmetro;

- Assimétrico, frontal;

- Formação em regiões baroclínicas;

- Forte cisalhamento vertical do vento;

- Intensificado (principalmente) pela advecção de temperatura;

- Núcleo frio (em toda a troposfera) e inclinado para oeste

- Centenas de km de diâmetro;

- Simétrico, não-frontal;

- Formação em regiões barotrópicas;

- Fraco cisalhamento vertical do vento;

- Intensificado pela atividade convectiva;

- Núcleo quente (em toda a troposfera) e verticalmente alinhado

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Ciclones subtropicais

WMO: “Sistema de baixa pressão não-frontal com características intermediáriasentre tropical e extratropical.”

Ciclones híbridos, com núcleo frio em altos níveis e quente em baixos níveis. Possuem estruturas e/ou origem ambíguas (Evans e Guishard, 2009). Efeitos de tempo similares aos de um ciclone tropical.

Beven (1997), Pezza e Simmons (2008)

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CYCLONE PHASE SPACE – CPS (Hart, 2003)

- Descrição da estrutura térmica dos ciclones a partir do campo de geopotencial;

- Simetria térmica (B)

- Parâmetros:

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- Vento térmico em duas camadas ( , )

600

900

minmax

ln p

ZZV LT

300

600

minmax

ln p

ZZV UT

minmax ZZZ

- Núcleo quente → -|VT| > 0- Núcleo frio → -|VT| < 0

Tipo de ciclone (metros)

Tropical -10 < B < 10 >> 0 >> 0

SubtropicalVaria, mas não adquire

valores grandes> -10 < 10

Extratropical >20 < 0 << 0

LTV U

TVB

LTV U

TV

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CPS de um ciclone extratropical

-VT

L

B

-VT

L

-VT

U

B

LTV L

TV

UTV

(Hart,2003)

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CPS de um ciclone tropical

-VT

L

B

-VTL

-VTU

B

LTV L

TV

UTV

(Hart,2003)

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Formação de ciclones subtropicais:

- Ciclone subtropical puro;

- Transição tropical/extratropical (estágio intermediário)

- Seclusão quente;

Ciclone subtropical “Anita” (2010)

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Ciclone subtropical “puro”:

(Evans e Guishard, 2009)

Núcleo frio e de vorticidade ciclônica em médios níveis → Movimento ascendentee diminuição do cisalhamento vertical do vento.

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Anomalia de vorticidade potencial em altos níveis:MAIS movimento ascendente.

(Evans e Guishard, 2009)

Ciclone subtropical “puro”:

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Enquanto isso, no Atlântico Sul……

- “PV cradle” → menos vorticidade potencial no centro do sistema, menor probabilidade de transição tropical

- Importância da advecção de vorticidade potencial (forte cisalhamento do vento)

(Braun, 2009)

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A instabilização da atmosfera via advecçãoquente contrabalança a menor TSM!(Evans e Braun, 2012)

E o papel da advecção de umidade?Como é a climatologia deste processo?Experimentos de sensibilidade?

(Eu, lá por 2014)

Enquanto isso, no Atlântico Sul……

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- Transição subtropical

(Guishard, 2006)

(Posselt e Martin, 2004)

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CPS de uma transição subtropical

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Sob condições favoráveis……..

Transição tropical!!

Ciclone Catarina (mar/04)

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- Transição extratropical

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- Seclusão quente

- Ciclones extratropical Shapiro-Keyser

(Neiman e Shapiro, 1993)

e e ventos em 925 hPa 31/05/1997

r (sombreado) e divergência do vento (contornos)em 925 hPa 31/05/1997

(Gozzo e da Rocha, 2012)

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- Hulme e Martin (2009): ciclogênese subtropical a partir de seclusões.

CPS de uma seclusão quente

(Dias Pinto, 2010)

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Ciclone de 25/05/2011

http://moe.met.fsu.edu/cyclonephase/

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25/05/2011: Ciclogênese extratropical sobre o continente

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Anita (março de 2010)

(Dutra, 2010)

- Enfraquecimento do cisalhamento- Instabilidade termodinâmica da baixa troposfera

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Anita – Canal infravermelho

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OBRIGADO!!