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  • ANLISE E LINGUAGENS DOCUMENTAIS III

    Cincias da Informao e Documentao

    Aluno n 903287 Luis Alberto Gomes Pano

    ANLISE E LINGUAGENS

    DOCUMENTAIS - III

  • ANLISE E LINGUAGENS DOCUMENTAIS III

    INDICE

    Cincias da Informao e Documentao

    Aluno n 903287 Luis Alberto Gomes Pano

    Tema 1.1 A Indexao no Processo de Descrio Documental .... 1

    Tema 1.2 As bibliotecas e a organizao do conhecimento: evoluo e perspectivas .. 7

    Tema 2.1 CDU (Classificao Decimal Universal) . 15

    Tema 2.2 Tesauro EUROVOC . 35

    Tema 3.0 Poltica de Indexao: Definio .. 40

    Tema 3.1 Poltica de Indexao: Manuais de Sistemas de Indexao .. 42

    Tema 3.2 Poltica de Indexao: Na perspectiva do conhecimento organizacional 50

    Tema 3.3 Qualidade da Indexao . 64

    Tema 3.4 Ficheiros de Autoridade . 65

    Tema 3.5 Descritores .. 68

    Tema 4.1 Processo de Indexao: Qualidade da Indexao . 75

    Tema 4.2 Processo de Indexao: Controlo do ficheiro de autoridade de assuntos e a

    qualidade da Indexao 79

    Tema 4.3 Processo de Indexao: Poltica de Indexao .. 85

    Tema 4.4 Processo de Indexao: Manual de Indexao .. 90

  • ANALISE E LIGUAGENS DOCUMENTAIS III

    Tema 1.1 A Indexao no Processo de Descrio Documental

    Cincias da Informao e Documentao

    Aluno n 903287 Luis Alberto Gomes Pano

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    INTRODUO

    A par das operaes formais ou catalogao, propriamente dita, o processo de

    descrio, compreende uma srie de operaes de ordem intelectual a que damos o

    nome de indexao.

    A IMPORTNCIA DA INDEXAO FACE SOCIEDADE DA INFORMAO

    A indexao definida pela NP 3715 (1989) como a aco que consiste em descrever

    ou caracterizar um documento relativamente ao seu contedo, representando esse

    contedo numa linguagem documental.

    INFORMAO PODER

    A informao d-nos o poder de decidir e por isso tornou-se indispensvel, mas como

    humanamente impossvel conhecer toda a informao existente, h que saber

    procur-la. aqui que os servios de informao e os indexadores, em particular,

    desempenham o seu papel. De notar que a informao impressa em papel, no sculo

    XX, foi tanta ou mais do que aquela que foi produzida desde a descoberta da

    imprensa por Gutemberg em 1450, at ao incio daquele sculo, diversificada tanto

    em contedos como no prprio suporte fsico em que apresentada tornando-a de

    caractersticas multidimensionais.

    Responder s necessidades de informao dos utilizadores face ao manancial de

    informao a nossa funo primordial. O indexador o mediador entra as

    necessidades de informao dos utilizadores e a informao contida no fundo

    documental do servio de informao (biblioteca, centro de documentao,

    mediateca, etc.). Para responder a questes temticas elaboraram-se catlogos com

    os pontos de acesso ao contedo do documento (por assunto, alfabticos,

    sistemticos).

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    Tema 1.1 A Indexao no Processo de Descrio Documental

    Cincias da Informao e Documentao

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    OBJECTIVOS DA INDEXAO

    So considerados os seguintes:

    A indexao d a conhecer o contedo dos documentos com o fim de

    informar os utilizadores

    Possibilita a realizao de seleces temticas

    Permite arrumar os documentos por asssuntos

    Permite recuperar os documentos por assuntos

    Permite fazer a difuso selectiva da informao

    ANLISE DO CONTEDO DOCUMENTAL

    Na anlise de contedo temos dois nveis, condensao ou resumos (carcter

    informativo) e a indexao (contedo temtico). Visa a identificao ou a sntese do

    assunto do documento (o seu tipo), assim temos:

    Os documentos impressos devem ser analisados com particular ateno os

    seguintes elementos:

    - Ttulo;

    - Resumo;

    - Sumrio;

    - Introduo;

    - Concluso;

    - Ilustraes, diagramas, quadros e respectivas legendas;

    - Palavras ou grupos de palavras sublinhadas ou realadas por um tipo de

    letra diferente;

    - Incio dos captulos e pargrafos.

    Os documentos no escritos (audiovisuais, visuais ou sonoros) requerem

    procedimentos diferentes, a indexao feita com base no ttulo ou no

    resumo:

    - Equipamento para proceder sua leitura;

    - Treino especfico para identificar o assunto.

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    Tema 1.1 A Indexao no Processo de Descrio Documental

    Cincias da Informao e Documentao

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    Os resumos analticos, segundo a NP 418 (1988), so a representao abreviada e

    precisa do contedo de um documento sem interpretao ou crtica. Tm como

    objectivo destacar, de forma concisa, os pontos essenciais do documento: a

    metodologia, os resultados e as concluses do documento.

    A NP 418 (1988) identifica trs tipos de resumos analticos:

    Informativo, apresenta a informao quantitativa e/ou qualitativa contida no

    documento, numa sequncia de frases interligadas; especialmente til para

    textos que descrevem um trabalho experimental e para documentos

    consagrados a um nico tema.

    Indicativo, apresenta a informao como guia indicativo ou descritivo do tipo

    de documentos, dos principais assuntos focados e da maneira como so

    tratados; especialmente utilizado em textos discursivos ou extensos, como

    reviso de conjunto, crticas e monografias completas.

    Informativo indicativo, apresenta a informao combinando a forma

    informativa e a indicativa, sendo os aspectos essenciais do documento

    abordados de forma informativa e os restantes de forma indicativa; aplica-se

    quando a extenso do resumo ou o tipo e estilo do documento o aconselham.

    FASES DO PROCESSO DE INDEXAO

    O processo de indexao teoricamente dividido em trs fases:

    Anlise e definio do contedo do documento; (ponto anterior)

    Identificao e seleco dos conceitos representativos do contedo; que

    compreende uma identificao sistemtica dos conceitos representativos do

    contedo dos documentos; uma seleco dos conceitos (obedece a um

    esquema lgico e previamente definido por cada servio de informao).

    Traduo dos conceitos escolhidos em termos de linguagem documental,

    utilizando para tal os instrumentos de indexao adequados

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    Tema 1.1 A Indexao no Processo de Descrio Documental

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    No processo de indexao existem duas caractersticas fundamentais para que esta

    seja feita com qualidade, so:

    A exaustividade - associada ao nmero de conceitos que foram considerados

    e que caracterizam o contedo integral do documento; o critrio principal na

    seleco dos conceitos que deve ser sempre o seu valor potencial, na

    expresso do contedo de um documento e na sua recuperao.

    A especificidade - ligada exactido com que determinado conceito

    representado por um termo de indexao. Pode ocorrer perda de

    especificidade quando um conceito representado por um termo que tem

    um significado mais geral.

    Outro aspecto ligado aos conceitos escolhidos na traduo, temos dois aspectos a

    considerar:

    O conceito j est representado por um termo de indexao que deve

    permanecer;

    O conceito novo e por isso temos que seleccionar o termo de indexao que

    o dever representar, respeitando sempre as regras e princpios da linguagem

    documental seleccionada.

    Para uma boa indexao esses termos recorrem Linguagem documental que uma

    linguagem artificial, convencional e controlada, utilizada para descrever o contedo

    dos documentos, tendo em vista o armazenamento da informao. A Classificao de

    Dewey, a Classificao Decimal Universal ou os tesauros so vrios exemplos de

    linguagens documentais.

    A escolha de uma linguagem documental est condicionada tomada de deciso do

    gestor do servio de informao. Este dever definir a poltica de indexao do seu

    servio de informao e decidir qual o sistema a utilizar.

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    Tema 1.1 A Indexao no Processo de Descrio Documental

    Cincias da Informao e Documentao

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    SISTEMAS DE INDEXAO

    Seja qual for a opo do gestor do servio de informao, o objectivo conseguir as

    duas qualidades que a pesquisa de informao deve possuir: a preciso e a

    exaustividade, ou seja que abarque todos os documentos relevantes apenas para

    aquele assunto.

    Assim os servios de informao podem optar por dois tipos de sistemas de

    indexao:

    Sistemas de indexao ps-coordenados - o indexador que combina os

    termos de indexao e cria os cabealhos de assunto ou a notao; a

    coordenao dos termos de indexao feita antes de se iniciar a pesquisa;

    os termos de indexao so coordenados pelo indexador de acordo com um

    conjunto de regras de sintaxe definidas para a construo desses termos. A

    relao entre os termos de indexao gramatical.

    Sistemas de indexao pr-coordenados - o utilizador que constri a

    coordenao, no momento em que combina os termos; os termos de

    indexao so coordenados no momento da pesquisa; do ponto de vista do

    utilizador, a pesquisa implica a coordenao dos termos utilizando uma

    sintaxe boleana. Do ponto de vista do indexador, tem pouca ou nenhuma

    sintaxe (o seu vocabulrio consiste apenas em termos simples). A relao

    entre os termos uma relao lgica.

    Caractersticas do sistema pr-coordenado:

    Garante a integridade da informao;

    Representa os assuntos complexos como tal e no atravs de vrios conceitos

    sem qualquer relao explcita (tratados como assuntos independentes);

    Representa o assunto em toda a sua especificidade;

    Assegura a recuperao de cada termo no contexto em que pertinente;

    A linguagem utilizada para a representao dos conceitos utiliza vrios termos

    que preciso combinar;

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    Tema 1.1 A Indexao no Processo de Descrio Documental

    Cincias da Informao e Documentao

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    A combinao feita pelo bibliotecrio no momento da indexao, com a

    ajuda de normas precisas;

    O vocabulrio construdo a posteriori;

    Utiliza cabealhos de assunto ou notaes como termos de indexao;

    Adequam-se a bibliotecas gerais e especializadas;

    Utiliza uma linguagem flexvel;

    A linguagem utilizada mais especfica;

    A informatizao potencia as vantagens da linguagem utilizada, pois permite

    flexibilizar a pesquisa;

    Tem custos maiores para os servios; Tem custos menores para os

    utilizadores.

    Caractersticas do sistema ps-coordenado:

    A combinao dos termos faz-se pelo utilizador no momento da pesquisa da

    informao, utilizando os operadores booleanos;

    O vocabulrio utilizado construdo a priori, isto , antes de se proceder a

    qualquer acto de indexao;

    Utiliza descritores como termos de indexao;

    Adequam-se a servios especializados;

    A informao recuperada no especfica, nem coextensiva com o contedo

    da obra;

    O indexador despende um tempo menor no processo de indexao;

    Tem custos menores para o servio;

    Tem custos maiores para o utilizador.

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    Tema 1.2 As bibliotecas e a organizao do conhecimento: evoluo e perspectivas

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    INTRODUO

    Pela sua natureza e misso, a actividade biblioteconmica sempre ocupou um lugar

    de destaque ao lado das diversas cincias relacionadas com a organizao do

    conhecimento e sua expresso, representando o lado intelectual mais interessante e

    o mais difcil para a catividade das bibliotecas. Estas j de certa forma agentes da

    democratizao no acesso ao conhecimento e posteriormente como agentes

    indispensveis sua intermediao, as bibliotecas adoptaram em complementou ou

    substituio fsica das suas coleces, formas de organizao lgica dessas mesmas

    coleces, recorrendo a instrumentos de pesquisa separados, cuja aplicao ao

    universo de recursos de informao disponveis deu origem aos Catlogos de

    Assuntos (organizao do conhecimento em bibliotecas).

    CONHECIMENTO E ORGANIZAO: DUAS NOES FUNDAMENTAIS

    A actividade bibliotecnmana orienta-se para a resoluo das questes que se

    colocam utilizao dos registos do conhecimento humano, fundamental que se

    desenvolva na biblioteca uma relao especfica no acesso organizado ao

    conhecimento e respectivos contedos de informao.

    A primeira funo da biblioteca angariar recursos de informao produzidos

    individualmente e organiz-los para uso colectivo, a partir dos:

    Conhecimento individual possudo por um indivduo ou acessvel atravs

    dele.

    Conhecimento social possudo colectivamente por uma sociedade ou

    sistema de grupo.

    Grande parte do conhecimento humano pertence simultaneamente aos dois nveis

    anteriormente citados, tendo o conhecimento social (registado e disponvel

    publicamente) origem na produo do conhecimento individual.

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    Tema 1.2 As bibliotecas e a organizao do conhecimento: evoluo e perspectivas

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    O conhecimento em si tem uma dimenso essencialmente humana, um sistema

    contnuo e sempre inacabado de organizao da informao, inserido num processo

    dinmico em que a memria se alimenta dessa estrutura relacional (no h

    informao sem estruturas cognitivas), sempre em movimento, a informao

    armazenada na memria humana evolui no tempo e no esttica, a sua utilizao

    gera, continuidade, reinterpretao e modificao, desenvolvendo-se num contexto

    de actos comunicativos com a realidade exterior do indivduo.

    O plano da comunicao indissocivel na formao e utilizao do conhecimento, a

    eficcia dessa comunicao depende no s da paridade das estruturas cognitivas

    entre parceiros, como do domnio das formas e mecanismos da transmisso da

    informao, que pela sua diversidade das estruturas cognitivas dos indivduos,

    produz interpretaes, reprodues e recriaes multifacetadas da informao.

    As linguagens documentais visam ultrapassar os fenmenos que na comunicao

    natural so geradores de disperso, incoerncia e ambiguidade dentro de

    determinados limites de utilizao, assim consideram-se principalmente dois tipos de

    sistemas de organizao e representao controlada do conhecimento em

    bibliotecas:

    Sistemas de classificao de base conceptual hierrquica e com formas de

    representao codificadas (numricas e/ou alfanumricas).

    Sistemas terminolgicos utilizam formas de representao baseadas em

    componentes da linguagem natural.

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    Em qualquer dos casos, esses sistemas de representao so linguagens de

    comunicao artificiais, com:

    Lxico prprio, normalmente composto por unidades de significado ao nvel

    dos conceitos, com uma morfologia e semntica definida.

    Uma estrutura paradigmtica prpria, que estabelece ligaes semnticas

    entre unidades desse lxico, hierrquica e associativamente.

    Uma estrutura sintagmtica prpria, que domina as formas de representao

    complexas, de associao de conceitos, atravs de expedientes sintcticos

    convencionados que combinam duas ou mais unidades do lxico.

    Diferentes contextos produzem sistemas de organizao com qualidades e efeitos

    diferentes, assim:

    A nvel conceptual, destaca-se o grau de adequao e solidez das bases

    tericas do sistema e como afectam o grau de coerncia e durabilidade das

    suas solues.

    Em termos de gesto, o nvel em termos de quantidade/qualidade de

    recursos afectos ao desenho, implementao e manuteno de um sistema, e

    respectivos resultados da sua aplicao.

    Os factores humanos, mais diversos, menos controlveis e que tm

    consequncias mais profundas e efeitos mais alargados, incluem factores

    como a anlise, interpretao, ponderao, seleco e a representao dos

    contedos de informao.

    Factores como a subjectividade podem originar o maior ou menor grau de correco

    e consistncia dos contedos de informao de um sistema, dadas as diferenas em

    matria de educao e treino, literacia e capacidades cognitivas, de quem alimenta o

    sistema.

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    Tema 1.2 As bibliotecas e a organizao do conhecimento: evoluo e perspectivas

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    EVOLUO DOS SISTEMAS DE RECUPERAO POR ASSUNTOS

    Os sistemas mais antigos de recuperao e organizao por assuntos, so ainda hoje

    usados nas bibliotecas, embora j tenham nascido h cerca de 100 anos, derivados

    das classificaes filosficas, universos conceptuais concebidos para encerrar numa

    estrutura abrangente, a organizao do conhecimento humano existente.

    So as classificaes bibliogrficas enciclopdicas:

    Dewey

    CDU (Classificao Decimal Universal)

    So sistemas de base hierrquica e essencialmente enumerativa, que permitem uma

    ordenao sistemtica de conjuntos de objectos de informao, de acordo com

    categorias lgicas e atravs de sistemas notacionais independentes das lnguas.

    Apresentam problemas na sua manuteno quando seja necessria a inscrio de

    novas reas de conhecimento, pode implicar alteraes retrospectivas de base da

    estrutura hierrquica de codificao.

    Recentemente surgiram Sistemas de Classificao, de natureza mais dinmica e com

    uma base intelectualmente slida e mais sofisticada, so disso exemplo:

    Colon Classification

    Bliss Classification

    So sistemas multidimensionais do conhecimento, integrando na sua construo a

    noo de facetas e relaes, embora sem implantao to alargada como as

    classificaes de Dewey e CDU, esta ltima j possuindo cdigos relacionais e

    sintcticos permitiu uma utilizao mais prtica e econmica sem esgotar as suas

    possibilidades de classificao.

    Simultaneamente com as classificaes surgem sistemas alfabticos constitudos por

    ndices fraseolgicos (de carcter classificatrio), estes ndices evoluram para os

    chamados Cabealhos Pr-coordenados.

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    Dado o crescimento exponencial do volume da informao produzida disponvel,

    quer em diversidade quer em complexidade das reas de conhecimento e actividade,

    os Sistemas de Classificao tm dificuldade em responder rapidez de produo e

    facilidade de utilizao dos respectivos instrumentos de pesquisa, dado que os

    ndices alfabticos de cabealhos pr-coordenados existentes no possurem uma

    estrutura de controlo e de orientao semntica, nem permitiam uma recuperao

    no linear de qualquer dos elementos componentes que no o do elemento

    ordenador.

    A partir dos anos 70 as bibliotecas adoptam uma nova abordagem, a da organizao

    de contedos atravs do controlo das suas formas de expresso lingustica, a

    Terminologia, para responder a estas novas necessidades surgiram directrizes

    profissionais internacionais, orientadas para processos de desenvolvimento e

    manuteno de tesauros, construdos a partir de linguagens documentais

    constitudas por vocbulos controlados que incluam estruturas de relaes

    hierrquicas e associativas, recebendo a designao de Sistemas Ps-coordenados.

    Com a introduo da informtica a coordenao de conceitos na fase de anlise e a

    representao da sntese correspondente, atravs de uma sintaxe controlada e

    baseada em vocabulrios-base controlados e estruturados, voltam a dar nova enfse

    Pr-coordenao.

    Os Sistemas informatizados no s proporcionam uma gesto mais eficaz de

    cabealhos complexos, como permitem a sua pesquisa multidireccional, por cada

    elemento componente independentemente da sua posio, existe uma maior

    especificidade na representao, maior coextensividade com os contedos dos

    documentos indexados, permitindo ao mesmo tempo uma maior integridade da

    informao colhida na fase de anlise, expressa atravs da sua sntese, valor

    acrescentado que estes sistemas possuem face indexao ps-coordenada.

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    Da anlise s capacidades destes dois sistemas conclui-se que:

    Sistemas ps-coordenados aplicam-se com melhores resultados em

    bibliotecas especializadas, onde a indexao por conceitos menos

    susceptvel de produzir recuperaes no pertinentes.

    Sistemas pr-coordenados so essenciais em bibliotecas gerais, em que, do

    ponto de vista da pesquisa h maior necessidade de servir a informao

    especifica em contexto, uma vez que no lhes est subjacente nenhum

    domnio especifico do conhecimento.

    Com uma opo ou outra os Catlogos Alfabticos de Assuntos passaram a suprir

    melhor as necessidades de acesso rpido e directo informao.

    TENDENCIAS E QUESTES ACTUAIS

    A validade universal e temporal de qualquer sistema de organizao do

    conhecimento enquanto estrutura conceptual uma UTOPIA, do mesmo modo que

    no h sistemas de comunicao de informao com validade e eficcia universais

    para todos os contextos, indivduos, espaos e tempos.

    Tendncias e questes:

    Normalizao e compatibilidade nas ltimas dcadas o crescimento

    massivo da informao produzida sob as mais variadas formas, tornou cada

    vez mais indispensvel a funo de intermediao da biblioteca, reforando

    a importncia dos instrumentos de pesquisa ( a anlise e recuperao por

    assuntos continua a ser o menos compreendido dos aspectos do controlo

    bibliogrfico). No mbito das classificaes existe hoje um redobrado

    interesse sobre as suas potencialidades a nvel da compatibilidade e

    transferncia internacional de informao, estando neste momento iniciada

    a elaborao de um formato MARC (UNIMARC) internacional de troca para

    registo electrnico de sistemas de classificao, de modo a facilitar o seu uso

    na gesto automatizada dos acessos por assunto em sistemas de gesto

    bibliogrfica.

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    Fundamentos tericos da interdisciplinaridade nas ltimas dcadas a

    gesto das bibliotecas tm sido sujeita a presses que produziram uma

    maior tendncia para os aspectos operacionais e procedimentais, em

    detrimento da fundamentao dos aspectos estruturais. Para responder

    necessidade de uma base comum de entendimento internacional, surge a

    IFLA, rgo coordenador e de estudo para a produo de normas

    internacionais de catalogao. fundamental que se assumam

    competncias interdisciplinares que facilitem a fundamentao explicita, e

    no vagamente implcita ou decorativa, em reas como as cincias

    cognitivas, da epistemologia, da lingustica e das cincias da comunicao,

    quer nos aspectos tericos quer aplicados nomeadamente computao,

    uma rea de interesse para a biblioteconomia.

    Tecnologias de informao e novas reas de interveno as tecnologias de

    informao vieram valorizar drasticamente os instrumentos de pesquisa de

    informao produzidos pelas bibliotecas, melhorando os seus mtodos e

    processos de explorao, introduzindo facilidades de pesquisa que em

    sistemas manuais eram praticamente impossveis. A rapidez e baixo custo

    de manipulao automtica de grandes volumes de dados, atravs de

    facilidades de pesquisa baseadas em ndices de palavras-chave geradas a

    partir de ttulos, resumos, etc., em confronto com os elevados custos em

    recursos humanos e tempo para produzir a indexao, alimentou durante

    anos a falsa ideia de esta funo poder ser substituda por processos

    puramente automticos. Mesmo que fosse possvel programar um

    computador para efectuar toda a srie de interpretaes e juzos

    discriminatrios que o indexador humano desenvolve ao fazer indexao

    atribuda, e que supem um substrato complexo de conhecimentos, dominio

    da lngua, de recurso a terceiras fontes de informao, etc., bvio que av

    sua utilidade s faria sentido se as bibliotecas dispusessem de verses

    electrnicas de todos os documentos que necessitam de priocessar, o que

    no tem sido aplicvel, e dificilmente vir a ser na totalidade, realidade das

    bibliotecas.

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    No quadro da Internet que alimenta a verdadeira internacionalizao da actividade

    cientfica e cria expectativas mais exigentes que nunca da parte dos utilizadores, a

    intermediao da biblioteca j reconhecida como fundamental, por imperativos

    de:

    Integrao tecnolgica

    Integrao dos diversos tipos de recursos de informao

    Integrao de servios

    Estes imperativos tm por objectivo a satisfao das necessidades efectivas de

    acesso organizado aos recursos de informao externos s Bibliotecas e disponveis

    na Internet, tendo-se assistido recentemente a uma integrao dos vrios catlogos

    das bibliotecas, bem como a sua disponibilizao pblica atravs da Web.

    Esta sbita emergncia trs uma srie de questes:

    Como vo as bibliotecas corresponder a neste novo contexto electrnico

    misso de angariar os recursos electrnicos existentes em rede que sejam

    potencialmente teis para as comunidades?

    Como vo, numa segunda etapa, gerir a diversidade e disperso desses

    recursos electrnicos, oferecendo acessos por assunto de forma estruturada,

    estvel. Abrangente e fivel, como j o fazem para os recursos de informao

    que possuem localmente nas suas coleces?

    As classificaes universais, dada a sua natureza de sistemas gerais de ordenao

    hierrquica, a sua alargada difuso internacional e a sua independncia das lnguas,

    so um instrumento que tem sido considerado adequado e utilizado com sucesso,

    permitindo a elaborao de extensas listas de Sites onde os recursos existentes na

    Internet so indexados com os instrumentos de organizao de conhecimento que

    tradicionalmente so usados em bibliotecas.

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    5

    A Classificao Decimal Universal uma linguagem documental categorial porque

    organiza o universo do conhecimento em categorias ou classes as 10 tabelas

    principais: 0 ao 9. uma linguagem documental hierrquica porque as 10 classes

    principais representam, cada uma delas, uma rea geral do conhecimento que pode

    subdividirse em subclasses, divises e subdivises. A estrutura hierrquica do saber

    reflecte a hierarquia numrica, ou seja, quanto menor o nmero mais geral a rea

    do conhecimento (exemplo: 32 Politica) e quanto maior o nmero mais especfica

    a rea do saber (exemplo: 328.16 Gabinetes de crise). Como refere SIMES (2008:

    2223) dentro da tipologia dos sistemas de classificao, quanto ao seu contedo,

    uma classificao enciclopdica, na medida em que abarca todos os ramos do saber,

    Quanto estrutura, um sistema misto: a sua natureza apresenta caractersticas de

    uma classificao enumerativa, devido ao facto de elencar todas as matrias e as

    suas subdivises de forma sistemtica em classes e subclasses . No entanto, como

    incorpora na sua estrutura tabelas auxiliares, que so constitudas por um conjunto

    de expedientes que lhes proporcionam ir mais alm do que representar apenas o

    aspecto analtico dos assuntos caractersticas dos sistemas enumerativos , estas

    tabelas permitemlhe tambm representar o sinttico caracterstica dos sistemas

    facetados. Esta circunstncia concorre para que se classifique a CDU dentro dos

    sistemas mistos.

    As tabelas mdias impressas apresentam um ndice Alfabtico de Assuntos que

    constitui um precioso auxiliar de trabalho uma vez que indica todas as classes

    possveis para classificar determinado conceito. A utilizao do ndice meramente

    indicativa e o processo de anlise e sntese prevalece para a realizao de uma

    classificao de qualidade.

    A s diferentes tabelas CDU possuem sempre uma Introduo que funciona como o

    corpo doutrinrio do sistema, fazse um breve apresentao da teoria e da histria da

    CDU e definemse as normas de uso das diferentes partes.

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    6

    Seguemse as Tabelas de Auxiliares Comuns Gerais que se subdividem em:

    Tabelas Auxiliares comuns independentes (Tabela Ic. Auxiliares de lngua = ;

    Tabela Id. Auxiliares de forma (0); Tabela Ie. Auxiliares de lugar (1/9); Tabela

    If. Auxiliares de raa, grupo tnico e nacionalidade (=); Tabela Ig. Auxiliar de

    tempo ).

    Tabelas Auxiliares comuns dependentes (Tabelas Ik. Auxiliares Comuns de

    Caractersticas Gerais: 02 Propriedades; 03 Materiais; 05 Pessoas e

    caractersticas pessoais). As primeiras, so designadas de independentes

    porque podem ser utilizadas independentemente de um nmero das tabelas

    principais e podem ser citadas no incio, no meio ou no fim da notao. Estas

    so designadas de dependentes porque s podem ser usadas como sufixos de

    um nmero das tabelas principais.

    As Tabelas de Auxiliares Especiais;

    Smbolos: 1/9 (hfen um barra oblqua hfen nove);

    .01/.09 (ponto zero um barra oblqua ponto zero nove);

    0/9 (apstrofe zero barra oblqua apstrofe nove)

    Deve tomarse ateno a estas subdivises especiais e o classificador deve sempre

    comprovar, voltando ao incio da classe ou da subclasse adequada para verificar se a

    tabela dos auxiliares especiais foi fornecida. muito fcil no notar a sua existncia,

    especialmente se o classificador for directamente para o interior da classe, atravs do

    ndice alfabtico. Na classe 62, por exemplo, existe uma extensa tabela de peas de

    mquinas, etc., introduzida por 1/9 listada no incio da classe (ver pg. 514).

    claramente indicado que podem ser utilizados onde quer que seja adequado entre o

    62/69. Apesar de existir uma chamada de ateno sobre a sua existncia no incio de

    cada subdiviso principal (de dois dgitos), muito fcil para quem no tem

    experincia esquecerse ou desconhecer a sua existncia.

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    7

    As subdivises auxiliares especiais aparecem com outras tabelas auxiliares assim

    como nas tabelas principais, mas no se confundem com o seu normal

    desenvolvimento, pois surgem sempre com a sinaltica prpria: .01/.09 ; 1/9 ; 0/9.

    Aqueles que geram maior confuso so os do .01/.09, pois quem no est alertado

    confundeos com o desenvolvimento normal das classes que so construdas de trs

    em trs dgitos separados por . (ponto). Por exemplo:

    625.023

    Aqui o .023 um auxiliar especial. As classes desenvolvemse sempre por .1.. ; ou

    seja nunca se desenvolvem por .0 . Neste caso o desenvolvimento da classe 625.11.

    As Tabelas Principais de 0/9

    0 Generalidades.Cincia e conhecimento. Gesto. Informao. Documentao.

    Biblioteconomia. Organizaes. Documentos e publicaes

    1 Filosofia. Psicologia

    2 Religio. Teologia

    3 Cincias Sociais. Estatstica. Demografia. Sociologia. Poltica. Economia.

    Comrcio. Direito. Administrao Pblica. Assuntos militares. Bemestar

    social. Seguros. Educao. Folclore. Etnologia

    4 (N/A)

    5 Matemtica. Cincias naturais

    6 Cincias aplicadas. Medicina. Tecnologia

    7 Arte. Recreao. Entretenimento. Desporto

    8 Lnguas. Lingustica. Literatura

    9 Geografia. Biografias. Histria

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    8

    As tabelas principais da CDU representam o universo do saber, ou seja, cada tabela

    principal abarca uma das grandes reas do conhecimento.

    Exemplo: A classe 1 representa a Filosofia e Psicologia

    Um dgito - classe principal;

    Dois dgitos - subclasse;

    Trs dgitos diviso

    Quatro dgitos subdiviso

    Exemplo: 6 Cincias Aplicadas. Medicina. Tecnologia

    61 Cincias mdicas

    612 Fisiologia. Fisiologia humana e comparada

    612.1 Sangue. Sistema cardiovascular e circulatrio;

    612.11Propriedades do sangue

    A classe 2 da tabela CDU representa a Religio. Teologia.

    Esta classe foi durante muitos anos alvo de crticas por representar esta rea do

    conhecimento de uma forma discriminatria, uma vez que o sistema religioso cristo

    era tratado em toda a sua especificidade, enquanto os restantes sistemas eram

    abordados de uma forma incipiente. No ano 2000 a CDU foi alvo de inmeras

    alteraes e a de maior peso verificou-se, precisamente, na classe 2 que foi

    totalmente modificada. Na reviso desta tabela optou-se por uma representao

    mais igualitria de todos os sistemas religiosos. Actualmente, possvel desenvolver

    com o mesmo nvel de especificidade, os assuntos sobre qualquer sistema religioso,

    uma vez que os desenvolvimentos dependem de um conjunto de auxiliares especiais

    do tipo -1/-9 que podem ser aplicados sempre que seja pertinente o seu uso.

    Exemplo: O livro sagrado de qualquer sistema religioso representado

    pelo auxiliar especial -23.

    Bblia 27-23

    Tora 26-23

    Alcoro 28-23

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    9

    As grandes reas do conhecimento que sempre foram predominantes na

    Classificao Decimal Universal so aquelas que constituem a classe 5 e 6. Esse

    predomnio visvel na dimenso de cada uma delas no conjunto das tabelas. As

    classes 5 e 6 representam as cincias puras e as cincias aplicadas e ocupam mais de

    metade da Classificao Decimal Universal. Esta diferena existe desde o incio da

    criao da classificao e reflecte o nvel de desenvolvimento das diversas reas do

    saber no sculo XIX e que mais desenvolvimentos sofreram ao longo do sculo XX. As

    cincias sociais eram embrionrias data de criao da tabela CDU.

    As vantagens de utilizao da CDU so vrias:

    Permite utilizar vrios nveis de especificao - nem todos os servios de

    informao tm necessidade de recuperar assuntos de uma forma muito

    especfica. Por exemplo: uma biblioteca escolar ao nvel do ensino bsico, no

    necessita de recuperar os assuntos para alm dos 4 dgitos, enquanto uma

    biblioteca universitria ter necessidade de especificar os assuntos ao nvel

    dos 6 dgitos e utilizando as tabelas auxiliares de uma forma intensiva.

    Notese que cada servio dever definir o nvel de especificidade a aplicar e

    deve seguilo de uma forma consistente. Isto significa que todos os assuntos

    devero ser recuperados com a mesma especificidade.

    Permite organizar e recuperar a informao por assuntos e simultaneamente

    permite arrumar os documentos por reas temticas na estante em livre

    acesso - para que isto seja possvel importante que cada servio estabelea

    em simultneo o seu Plano de Classificao e o Plano de Cotas.

    Permite realizar a difuso selectiva da informao para que isto seja

    possvel o servio de informao dever conhecer o perfil do utilizador.

    uma linguagem universal - j que os tcnicos de qualquer lado do mundo

    podem entender o sistema de cdigos numricos e podem cooperar entre si

    na troca de informao.

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    0

    Compatibiliza as diferentes linguagens de indexao terminolgicas

    independentemente do idioma esta sem sombra de dvidas uma das

    razes principais para a manuteno e desenvolvimento da CDU nos prximos

    anos.

    As desvantagens da utilizao da CDU so vrias:

    A demora na actualizao do sistema em relao aos avanos da cincia o

    que dificulta na representao dos assuntos mais actuais e que por isso

    mesmo so objecto de uma procura mais imediata por parte dos utilizadores.

    ndice alfabtico insuficiente pois no estabelece as relaes de equivalncia

    nem as associativas e exclusivo das tabelas mdias;

    As dificuldades dos utilizadores compreenderem as notaes complexas sem

    o auxlio de um tcnico que faa a mediao.

    A ordem de citao a regra que estabelece a ordem pela qual os vrios elementos

    do sistema so citados para construir a notao que dever representar um assunto

    complexo.

    A ordem de citao tem por finalidade garantir a uniformidade e consistncia no

    catlogo sistemtico, assim, aps a deciso acerca do critrio a aplicar, este deve ser

    rigorosamente cumprido por todos os classificadores de um servio.

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    1

    EXEMPLOS

    CLASSE 0

    1. Metodologia da investigao cientfica. Manual do ensino superior

    001.89(075.8)

    2. Histria dos centros de documentao em Espanha. Tese

    002.6(460)(091)(043)

    3. Excell 50 Programa de computador. Manual do utilizador

    004.42Excell(083.1)

    4. Teoria da gesto

    005.1

    5. Comportamento organizacional

    005.32

    6. Gesto da qualidade total

    005.6

    7. Breve histria da Associao Espanhola para a Normalizao e Certificao

    006.03AENC(460)(091)

    061.1(460)(091)

    8. O estado da cultura no mundo no sculo XXI. Tese

    008(100)20(043)

    9. A ISO (International Standard Organization)

    006.03ISO(100)

    061.1(100)

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    2

    10. Catlogo dos incunbulos da Biblioteca Nacional de Portugal

    093(01);017.1BNP(469) ou

    016:093

    017.1BNP(469)

    11. Bibliografia de biblioteconomia

    02(01) ou 016:02

    12. Bibliografia nacional brasileira

    015(81)

    13. Bibliografia de obras sobre Jos Rgio

    821.134.3Rgio, Jos.09(01)

    929Rgio, Jos(01) ou

    016:821.134.3Rgio, Jos.09

    14. Bibliografia das obras de Jos Saramago

    012Saramago, Jos

    15. A filmoteca de Veneza

    026.06(450Veneza)

    16. Guia da Biblioteca Nacional de Portugal

    027.54BNP(469)(036)

    17. Jornais e revistas espanholas do sculo XX

    070(=1:460)19

    050(=1:460)19

    porque so revista e jornais espanholas e no as que existiam em Espanha no sculo

    XX

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    3

    CLASSE 1

    1. Histria da filosofia alem do sculo XVI

    101(430)15(091) ou 1(430)15(091)

    2. Manual de filosofia do ensino superior

    101(075.8) ou 1(075.8)

    3. A filosofia de Plato

    1Plato

    4. A metafsica de Aristteles

    11Aristteles

    5. Filosofia da natureza

    113/119

    6. O feminismo no mundo

    141.72(100)

    7. O marxismo

    141.82

    8. Histria do atesmo

    141.45(091)

    9. Manual de psicanlise

    159.964(035)

    10. O erro de Descartes: emoo, razo e crebro humano (psicologia fisiolgica)

    159.91

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    4

    CLASSE 2

    1. Escritos e documentos de Santa Teresa

    27236Teresa, Santa(081)

    2. O estado da religio no mundo

    2(100)

    3. A Bblia

    2723

    4. Comentrios da Bblia

    27273

    5. O Esprito Santo

    27144

    6. Quem Jesus Cristo? Publicao infantil

    087.5

    2731(0.053.2)

    7. A figura da mulher na Bblia

    2723055.2

    8. Catecismo da Igreja Catlica

    272/27328

    9. Histria da Igreja Catlica em Portugal. Vdeo

    272/2739(469)(086.8)

    10. Histria dos Franciscanos

    272789.39

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    5

    11. Histria do budismo em banda desenhada

    249(0:741)

    CLASSE 3

    1. Manual de cincias sociais

    30(035)

    2. Utopia de Toms Moro

    304.9Moro, Toms

    3. O modo de vida das cidades no sculo XX

    304.3(121)19

    4. Estudos sobre as mulheres

    305055.2

    5. Situao social na China no sculo XX

    308(510)19

    6. Teoria da estatstica

    311

    7. Organizao das estatsticas do desemprego na Turquia

    311.3:331.56(560) ou 311(560)

    331.56(560)

    8. A poltica demogrfica nos pases socialistas

    314.15(166)

    9. Sociologia rural nos EUA

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    6

    316.334(73)

    10. Congresso de sociologia

    316

    061.3 ou 316(063)

    CLASSE 5

    1. Teoria da luz

    535.1

    2. Congresso europeu de radioactividade

    539.16(4)(063) ou

    539.16(4)

    061.3

    3. Laboratrios de qumica prtica

    542.1

    4. Reaces qumicas

    542.9

    5. Fotoqumica

    544.52

    6. Metais em geral

    546.3

    7. Qumica analtica. Manual de ensino superior.CDROM

    543(075.8)

    8. Tipos de compostos orgnicos

    547.13

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    7

    9. Mineralogia

    549

    10. Qumica quntica

    544.18

    11. Psicologia animal

    591.51

    CLASSE 6

    1. Dicionrio de medicina

    61(038)

    2. A sade pblica em Veneza

    614.78(450)

    3. Nutrio e diettica

    612.39

    613.2

    4. Patologia do figado

    616.36

    5. Anatomia do fgado

    611.36

    6. Fisiologia do fgado

    612.35

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    8

    7. Histologia

    611.018

    8. Fisiologia do crebro

    612.82

    9. A educao sexual: orientaes e propostas

    613.88(035)

    10. Morfina (medicamento)

    615.21

    11. Silvicultura

    630*2

    12. Impostos florestais nos EUA

    630*95(73)

    13. Poltica florestal em Portugal

    630*9(460)

    14. Guia de beleza corporal

    646.7(035)

    15. A organizao do trabalho e da indstria

    65.012.3

    16. Histria da impresso em Portugal

    655.11(469)

    17. O comrcio do livro em Itlia

    655.42(450)

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    9

    18. As finanas da sua empresa

    658.14/.17

    19. Publicidade e vendas

    659

    658.8

    20. A septicemia nos ces polcia. Tese

    636.74.09(043): 616.94(043)

    21. Bovinos. Problemas no parto

    636.2.09:618.5

    22. Como educar o seu gato em 20 dias

    636.8.01:591.61

    CLASSE 7

    1. Dicionrio de arte portuguesa

    7(=1:469)(038)

    2. A figura da Virgem na arte

    7.046:272312 ou

    7.046

    272312

    3. A arte de Miguel ngelo

    7.034Miguel ngelo

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    0

    4. Artistas italianos

    7.071(=1:450) ou

    7A/Z (450)

    5. Catlogo de Arte Pop

    7.038.5(083.82)

    6. Guia do Museu de Arte Moderna na Austrlia

    7.036:069(94)(036)

    7. Normas municipais de planeamento urbano

    711.4(094.7)

    9. Composio do jardim mediterrnico

    712.2; 581.9(2620)

    10. Requalificao do Jardim Zoolgico de Lisboa

    727.62.025(469.411); 712.2(469):59

    11. Urbanismo na Grcia Antiga

    711.4(38)

    12. Guia de arquitectura alentejana

    72(=1:469.5)(036)

    13. Vida e obra do escultor Francisco Pontes

    730Pontes, Francisco

    929Pontes, Francisco

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    1

    14. Teoria e histria da escultura

    730.01

    730.03 ou 730.01.03

    15. Manual de mtodos fotogrficos. CDROM

    77.02(035)(0.034)

    16. Histria da msica em banda desenhada

    78.03(0:741) e no 78(091)(0:741)

    CLASSE 8

    1. A semitica como teoria lingustica

    8122

    2. Linguagem mdica portuguesa

    811.134.3276:61

    3. Reforma ortogrfica do portugus

    811.1343354

    4. Morfologia do francs

    811.133.1366

    5. Sociolingustica

    8127

    6. Sintaxe latina

    811.124367

  • ANALISE E LIGUAGENS DOCUMENTAIS III

    Tema 2.1 CDU (Classificao Decimal Universal)

    Cincias da Informao e Documentao

    Aluno n 903287 Luis Alberto Gomes Pano

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    ina3

    2

    7. Lingustica generativa de Noam Chomsky

    81116Chomsky, Noam

    8. Dialecto andaluz do espanhol

    811.134.2282

    9. Lingustica computacional

    81322

    10. Gramtica de ingls

    811.11136

    11. Semntica do italiano

    811.131.137

    12. Lexicologia do russo

    811.161.1373

    13. Gria profissional dos farmacuticos

    81276:615.15

    14. Dicionrio de autores ingleses do sculo XV

    821.11114.09(038)

    15. Lngua portuguesa. Manual de ensino superior

    811.134.3(075.8)

    16. Bibliografia de obras sobre Lus de Cames

    821.134.31Cames, lus de.09(01)

  • ANALISE E LIGUAGENS DOCUMENTAIS III

    Tema 2.1 CDU (Classificao Decimal Universal)

    Cincias da Informao e Documentao

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    3

    CLASSE 9

    1. Revista de arqueologia

    902(051)

    2. Paleoltico em Espanha

    903(460)631/634

    3. Artefactos em ouro

    903.2032.4

    904032.4

    4. As pinturas rupestres nas grutas de Altamira (Espanha)

    903.2:7.031.1(460)

    5. Os castros no sul de Portugal

    903.3(46913)

    6. Uma necrpole em Sintra

    903.5(469.411)

    7. Vestgios arqueolgicos romanos em Silves

    904(=1:37)(469.6)

    8. Cermica medieval

    904:73804/14

    9. Monografia da Esccia

    908(410.6)

    10. Geografia de Lisboa

    913(469.411)

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    Tema 2.1 CDU (Classificao Decimal Universal)

    Cincias da Informao e Documentao

    Aluno n 903287 Luis Alberto Gomes Pano

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    4

    11. Viagens entre Espanha e Cuba

    910.4(460+729.1)

    12. Vida e obra de Cames

    929Cames,Lus de

    821.134.31Cames, Lus de.09

    13. Histria da Famlia Moreira

    929.52Moreira, Famlia

    14. Bandeiras e escudos da Provncia do Algarve

    929.6(469.6)

    929.9(469.6)

    15. 25 de Abril de 1974. Cronologia de uma revoluo

    323.2(469)1974

    930.24

  • ANALISE E LIGUAGENS DOCUMENTAIS III

    Tema 2.2 Tesauro EUROVOC

    Cincias da Informao e Documentao

    Aluno n 903287 Luis Alberto Gomes Pano

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    5

    O Tesauro EUROVOC surge com o objectivo de representar assuntos de interesse

    para as actividades das Comunidades Europeias e da Unio e por isso cobre as

    seguintes reas temticas:

    04. Actividade poltica

    08. Relaes internacionais

    10. Comunidades Europeias

    12. Direito

    16. Actividade econmica

    20. Intercmbios econmicos e comerciais

    24. Finanas

    28. Questes sociais

    32. Educao e comunicao

    36. Cincias

    40. Empresas e concorrncia

    44. Emprego e trabalho

    48. Transportes

    52. Meio ambiente

    56. Agricultura, silvicultura e pescas

    60. Agroalimentar

    64. Produo, tecnologia e investigao

    66. Energia

    68. Indstria

    72. Geografia

    76. Organizaes internacionais

  • ANALISE E LIGUAGENS DOCUMENTAIS III

    Tema 2.2 Tesauro EUROVOC

    Cincias da Informao e Documentao

    Aluno n 903287 Luis Alberto Gomes Pano

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    6

    O tesauro EUROVOC encontrase estruturado de modo genrico, segundo uma

    classificao a dois nveis:

    O tesauro encontrase estruturado ao nvel especfico dos descritores e no

    descritores, por relaes semnticas:

    Microtesauros segundo a NP 42854 (2000:13), um tesauro constitudo por uma

    parte de um tesauro, por vezes completado por novos termos.

    A NP 4036 (1992:5) define no-descritor como sinnimo ou quasi-sinnimo de um

    descritor. No pode ser atribudo a documentos, mas serve de entrada num tesauro

    ou num ndice alfabtico sendo, neste caso, remetido, atravs de uma nota (por

    exemplo USE ou VEJA), para o descritor apropriado; por vezes chamado de termo no

    preferencial.

    Segundo SIMES (2008:86), Os no-descritores, no sendo passveis de representar

    o conhecimento, acabam todavia por o veicular na medida em que tornam possvel o

    seu acesso num segundo momento, devido a reenviarem para outro descritor que

    representa no tesauro o mesmo conceito. Neste sentido os no- descritores so

    tambm designados por termos de entrada. Ao proporcionarem pontos de entrada

    adicionais no vocabulrio atravs dos quais se pode aceder ao conhecimento, -lhes

    tambm reconhecido um estatuto cognitivo e so tambm considerados termos de

    indexao.

  • ANALISE E LIGUAGENS DOCUMENTAIS III

    Tema 2.2 Tesauro EUROVOC

    Cincias da Informao e Documentao

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    7

    O procedimento para indexar com recurso ao Tesauro Eurovoc o seguinte:

    das seguintes regras: 1. a selectividade: s escolher os conceitos em relao aos quais

    o documento fornece uma informao susceptvel de interessar aos utilizadores; 2. a

    exaustividade: devem ser escolhidos todos os conceitos teis que figuram no texto,

    quer apaream de forma explcita, quer de forma implcita;

    Representao dos conceitos seleccionados por descritores do tesauro.

    A representao dos conceitos por descritores do tesauro efectuase mediante a

    no mesmo nvel de especificidade do conceito ou, no caso de aquele no existir, no

    conceito composto existe no tesauro um descritor composto, este deve ser utilizado

    em vez de uma combinao de descritores.

    A taxa de recuperao est ligada capacidade de um servio responder a uma

    determinada questo, com todos os documentos pertinentes, ou seja que

    respondem bem necessidade de informao do utilizador. Se o servio conseguir

    fornecer todos os documentos pertinentes, ento a taxa de recuperao de 100%.

    Podemos tambm afirmar que no houve silncio, ou seja, nenhum documento til

    para aquela questo ficou por disponibilizar.

  • ANALISE E LIGUAGENS DOCUMENTAIS III

    Tema 2.2 Tesauro EUROVOC

    Cincias da Informao e Documentao

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    8

    A taxa de preciso est ligada capacidade de um servio de informao conseguir

    fornecer apenas os documentos que so efectivamente pertinentes para a questo

    colocada. Quando a taxa de 100% podemos tambm dizer que no houve rudo, ou

    seja, o leitor no recebeu documentos cujo assunto no era relevante para a sua

    necessidade de informao.

    Vantagens de utilizao do Tesauros EUROVOC na indexao por assuntos:

    introduzir numa base de dados documentais, e de formulao das questes aquando

    da interrogao dessa mesma base, permitindo uma grande eficcia da pesquisa

    documental;

    procurlos na lngua do utilizador;

    ooperao entre servios documentais que

    utilizam o EUROVOC, evitando, assim, a repetio de trabalho.

    Desvantagens:

    documentais gerais no que se refere s actividades comunitrias, no sendo

    adequado para documentos especializados [nem para bibliotecas generalistas, uma

    vez que os fundos documentais abarcam todas as reas do conhecimento];

    necessidades dos utilizadores no pertencentes s instituies comunitrias, o

    EUROVOC no pode ter a pretenso de abranger as diferentes realidades nacionais

    com suficiente especificidade.

  • ANALISE E LIGUAGENS DOCUMENTAIS III

    Tema 2.2 Tesauro EUROVOC

    Cincias da Informao e Documentao

    Aluno n 903287 Luis Alberto Gomes Pano

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    9

    EXEMPLO

    1. No EUROVOC a rea temtica que melhor representa os assuntos abordados na

    nossa U.C. a 32 Educao e comunicao.

    2. Os microtesauros dessa rea so:

    3206 educao

    3211 ensino

    3216 organizao do ensino

    3226 comunicao

    3231 informao e tratamento da informao

    3236 informtica e processamento de dados

    3. O descritor indexao de documentos pertence ao microtesauro 3221

    documentao.

    Os nodescritores do termo indexao de documentos so: Descritor e no

    descritor.

    4. Os termos genricos do descritor indexao de documentos so:

    Anlise da informao

    Documentao.

  • ANALISE E LIGUAGENS DOCUMENTAIS III

    Tema 3.0 Poltica de Indexao: Definio

    Cincias da Informao e Documentao

    Aluno n 903287 Luis Alberto Gomes Pano

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    0

    Poltica de indexao o conjunto de directrizes que explicam e justificam as opes

    tcnicas que a biblioteca/servio de informao faz e s quais os profissionais

    devero responder tecnicamente, ou seja, as suas rotinas de trabalho submetem-se

    a essas orientaes que so estabelecidas considerando, fundamentalmente, duas

    variveis: o seu acervo e o seu utilizador.

    Os requisitos imprescindveis para o estabelecimento de uma poltica de indexao

    de um servio de informao so:

    Identificao da organizao o conhecimento da misso, dos objectivos e

    actividades da organizao fundamental para a determinao do tipo de

    servio a ser implementado. Esse conhecimento permitir identificar as reas

    de assunto a privilegiar e o tipo de documentos a seleccionar e que

    respondero melhor quela temtica. Este requisito contribui tambm para o

    estabelecimento de uma poltica de seleco e de aquisio de documentos.

    O tipo de organizao determina tambm o sistema de indexao (pr ou

    ps-coordenado) a adoptar, bem como os nveis de exaustividade e

    especificidade a exigir.

    Identificao da clientela identificar os potenciais utilizadores e conhecer as

    suas necessidades um pr-requisito para o planeamento de qualquer

    sistema de informao. Os estudos de perfil do utilizador so essenciais para

    a correcta definio das polticas de indexao, pois atravs deles obteremos:

    1. Conhecimento acerca dos assuntos a privilegiar e quais os nveis de

    tratamento exigidos;

    2. Seleco do vocabulrio e tipo de linguagem documental;

    3. Tipo de resposta exigida (nvel de revocao, de preciso e de

    exaustividade);

    4. Forma de apresentao dos resultados de pesquisa.

    Determinao dos recursos financeiros, materiais e humanos - o

    conhecimento acerca da limitao de qualquer um destes factores

    determinante para o planeamento de qualquer sistema de recuperao da

    informao.

  • ANALISE E LIGUAGENS DOCUMENTAIS III

    Tema 3.0 Poltica de Indexao: Definio

    Cincias da Informao e Documentao

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    1

    Os elementos a considerar no processo de elaborao de uma poltica de indexao

    so:

    Cobertura dos assuntos

    Seleco e aquisio dos documentos-fonte

    O processo de indexao

    Nvel de exaustividade

    Nvel de especificidade

    Escolha da linguagem

    Capacidade de revocao e preciso do sistema

    Estratgias de busca/pesquisa

    Tempo de resposta do sistema

    Formato de sada dos resultados da pesquisa

    Avaliao do sistema.

    O documento onde deve ser formalizada a poltica de indexao de um servio de

    informao designa-se por Manual de Procedimentos de Indexao.

    Este documento deve enunciar a poltica de indexao e os vrios elementos que a

    corporizam, deve dispor acerca do tratamento a dar s diferentes reas temticas do

    acervo e justificar, dever seleccionar a ou as linguagens documentais que vai utilizar

    e justificar as opes, definir como se proceder para actualizar a linguagem

    documental adoptada e justificar, dever registar as opes tomadas no dia-a-dia no

    processo de indexao e justificar, dever estabelecer a periodicidade do processo

    de avaliao do sistema.

    O Manual de Procedimentos deve ser elaborado de forma colaborativa por todos os

    tcnicos/bibliotecrios/documentalistas do servio e submetido considerao

    superior de forma a ser homologado pela direco do servio que ficar, desta

    forma, comprometida com a sua execuo.

  • ANALISE E LIGUAGENS DOCUMENTAIS III

    Tema 3.1 Poltica de Indexao: Manuais de Sistemas de Indexao

    Cincias da Informao e Documentao

    Aluno n 903287 Luis Alberto Gomes Pano

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    2

    A poltica de indexao em sistema de informao imprescindvel porque

    condiciona os resultados da estratgia de busca.

    Conclui que dois elementos so imprescindveis: exaustividade e especificidade, pois

    esto vinculados leitura documentria e poltica de indexao adoptada pelo

    sistema.

    INTRODUO

    A indexao deve proporcionar a identificao de conceitos mais pertinentes ao

    contedo do documento produzindo uma correspondncia precisa com o assunto

    pesquisado em ndices. Dessa maneira, pode-se considerar a indexao como a parte

    mais importante dentro de um sistema de recuperao da informao. a partir da

    realizao desse processo que os resultados da questo de busca do usurio estaro

    condicionados.

    A poltica de indexao uma deciso administrativa indispensvel a um sistema de

    recuperao de informao pois, somente depois de seu estabelecimento, que o

    sistema em questo poder definir suas caractersticas principais.

    A POLITICA DE INDEXAO EM SISTEMAS DE INFORMAO

    Uma poltica de indexao:

    deve servir como um guia para tomada de decises, deve levar em conta

    os seguintes fatores: caractersticas e objetivos da organizao,

    determinantes do tipo de servio a ser oferecido; identificao dos

    usurios, para atendimento de suas necessidades de informao e recursos

    humanos, materiais e financeiros, que delimitam o funcionamento de um

    sistema de recuperao de informaes.

  • ANALISE E LIGUAGENS DOCUMENTAIS III

    Tema 3.1 Poltica de Indexao: Manuais de Sistemas de Indexao

    Cincias da Informao e Documentao

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    3

    Uma poltica de indexao s pode ser estabelecida depois de observados alguns

    aspectos:

    Os seguintes elementos devem ser considerados na elaborao de uma poltica de

    indexao:

    Cobertura de assuntos: assuntos cobertos pelo sistema (centrais e

    perifricos);

    Seleo e aquisio dos documentos-fonte: extenso da cobertura do sistema

    em reas de assunto de seu interesse e a qualidade dos documentos, nessas

    reas de assunto, includos no sistema;

    Processo de indexao:

    - Nvel de exaustividade: uma medida de extenso em que todos os assuntos

    discutidos em um certo documento so reconhecidos na operao de

    indexao e traduzidos na linguagem do sistema (Lancaster, 1968 apud

    Carneiro,1985, p.232);

    - Nvel de especificidade: a extenso em que o sistema nos permite ser

    precisos ao especificarmos o assunto de um documento que estejamos

    processando (Foskett, 1973, apud Carneiro, 1985, p.232);

    - Escolha da linguagem: a linguagem de indexao afeta o desempenho de um

    sistema de recuperao de informao tanto na estratgia de busca

    (estabelece a preciso com que o tcnico de busca pode descrever os

    interesses do usurio) quanto na indexao (estabelece a preciso com que o

    indexador pode descrever o assunto do documento). Portanto, a partir de

    identificao das caractersticas do usurio (reas de interesse,

    nvel, experincia, atividades que exercem);

    volume e caractersticas da literatura a ser integrada ao sistema;

    volume e caractersticas das questes propostas pelo usurio;

    nmero e qualidade dos recursos humanos envolvidos;

    determinao dos recursos financeiros disponveis para criao e

    manuteno do sistema;

    determinao dos equipamentos disponveis.

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    Tema 3.1 Poltica de Indexao: Manuais de Sistemas de Indexao

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    4

    estudos do sistema, deve-se optar entre linguagem livre ou linguagem

    controlada e linguagem prcoordenada ou ps-coordenada;

    - Capacidade de revocao e preciso do sistema: exaustividade, revocao e

    preciso esto relacionadas. Quanto mais exaustivamente um sistema indexa

    seus documentos, maior ser a revocao (nmero de documentos

    recuperados) na busca e, inversamente proporcional, a preciso ser menor;

    Estratgia de busca: deve-se decidir entre a busca delegada ou no;

    Tempo de resposta do sistema;

    Forma de sada: o formato em que os resultados da busca so apresentados.

    Tem grande influncia sobre a tolerncia do usurio quanto preciso dos

    resultados. Deve-se verificar qual a preferncia do usurio quanto

    apresentao dos resultados;

    Avaliao do sistema: determinar at que ponto o sistema satisfaz as

    necessidades dos usurios.

    A indexao comporta quatro operaes distintas, a saber:

    conhecimento do contedo do documento;

    escolha dos conceitos a serem representados, baseando-se na aplicao da

    regra da seletividade e exaustividade;

    traduo dos conceitos selecionados da forma em que aparecem impressos

    no documento, para os descritores do thesaurus aplicando a regra da

    especificidade;

    incorporao dos elementos sintticos.

    a indexao a parte mais importante da anlise documentria.

    Consequentemente, ela que condiciona o valor de um sistema

    documentrio (Chaumier. 1998,p.63)

  • ANALISE E LIGUAGENS DOCUMENTAIS III

    Tema 3.1 Poltica de Indexao: Manuais de Sistemas de Indexao

    Cincias da Informao e Documentao

    Aluno n 903287 Luis Alberto Gomes Pano

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    5

    De acordo com a Norma ISO 5963, a indexao consiste em trs fases:

    exame do documento e estabelecimento do assunto de seu contedo;

    identificao dos conceitos presentes no assunto;

    traduo desses conceitos nos termos de uma linguagem de indexao.

    Independentemente do nmero de etapas, a indexao ser realizada, basicamente,

    com a identificao dos conceitos e sua posterior traduo na linguagem do sistema.

    Lancaster (1993), a principal deciso poltica diz respeito exaustividade da

    indexao, definindo-a como sendo o emprego de termos em nmero suficiente

    para abranger o contedo temtico do documento de modo bastante completo

    (p.23), a especificidade um princpio que, isoladamente, o mais importante da

    indexao de assunto sendo aquele segundo o qual um tpico deve ser indexado

    sob o termo mais especfico que o abranja completamente (p. 14).

    A partir das afirmaes desses dois autores, fica claro que tanto a exaustividade

    como a especificidade so elementos que devem estar claramente definidos na

    poltica do sistema de informao, pois exercero influncia directa sobre a

    indexao realizada.

    A observao da exaustividade e da especificidade, alm dos outros elementos

    considerados, tambm, como decises polticas, pode ser feita, principalmente, por

    meio da documentao oficial do sistema de informao.

    O manual de indexao um exemplo dessa documentao pois, alm de ser

    produzido dentro dos sistemas de informao em questo, pressupe-se que a

    maioria dos elementos constituintes de uma poltica esteja nele descrita.

  • ANALISE E LIGUAGENS DOCUMENTAIS III

    Tema 3.1 Poltica de Indexao: Manuais de Sistemas de Indexao

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    Um sistema de informao formado por um conjunto de centros referenciais de

    informao especializada interdependentes, com objectivos comuns, apresentando,

    entre outras, as seguintes caractersticas: mbito informacional definido; informao

    concentrada e especializada; fornecimento de produtos informacionais.

    Esses sistemas permitem o acesso informao mundial produzida pela rea porque

    se apoiam na cooperao entre os centros da rea de assunto coberta por eles.

    ANALISE DOS MANUAIS DE INDEXAO: METODOLOGIA

    A poltica de indexao de um sistema de informao pode ser observada tanto por

    meio de diagnsticos de infra-estrutura fsica, de servios e de recursos humanos,

    quanto por meio de sua documentao oficial, como o manual de indexao.

    A anlise comparativa dos manuais de indexao constituiu-se em trs etapas:

    Anlise do contedo: a fim de se verificar o contedo de cada captulo dos

    manuais;

    Anlise da estrutura: com o objetivo de verificar qual a seqncia de

    apresentao dos contedos dos manuais;

    Identificao dos elementos de poltica de indexao presentes nos manuais

    de indexao para verificar em que medida eles influenciam a leitura do

    indexador

    O manuais podero possuir caractersticas como por exemplo, apesar de no

    apresentar um dos elementos de poltica de indexao, pode ser considerado

    didtico e completo:

    Didtico, porque estruturado de maneira lgica, comeando com introduo

    aos sistemas de informao, passando pela indexao, sua importncia para a

    recuperao da informao, linguagens de indexao, etapas de anlise de

    assunto, entre outros, at a exemplificao, com vrios exerccios de

    indexao, como deve ser feita a entrada de dados no sistema e bibliografia;

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    7

    Completo, porque, apesar de no conter apenas um dos elemento de poltica

    de indexao, foi o nico a apresentar um roteiro lgico a ser seguido para a

    identificao de conceitos do documento pertinentes indexao, sugerindo

    uma srie de questes para tal sendo que nem mesmo a Norma ISO menciona

    algo parecido.

    Analisando manuais quanto exaustividade, poderemos encontrar chamadas de

    ateno quanto a:

    Recomendaes para que o nmero de descritores seleccionados varie entre

    l0 e 12, dependendo do tipo e do assunto do documento, e que no se deve

    determinar um descritor e um de seus termos genricos para o mesmo

    documento.

    Recomendaes para a identificao de todos os conceitos que compem o

    tema do documento, e a seleco de tantos quantos forem necessrios para

    uma descrio exaustiva (entre 2 e 20 conceitos).

    Quanto especificidade:

    explicar que o indexador tem o compromisso de atingir o maior grau de

    especificidade possvel;

    recomendar o uso do descritor apropriado mais especfico;

    esclarecer que a indexao deve refletir o nvel exato de especificidade do

    documento.

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    Tema 3.1 Poltica de Indexao: Manuais de Sistemas de Indexao

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    8

    CONSIDERAES FINAIS

    No existindo um nmero fixo de descritores que representaro exaustivamente um

    documento, pois este nmero depender do sistema de informao e do tipo de

    material por ele adquirido, de uma maneira geral, os sistemas de informao

    apresentam um nmero mdio de termos a serem selecionados, seja ele

    restritamente varivel entre l0 e 12, ou amplamente flexvel entre 2 e 20.

    O manual para o programa de orientao formao e capacitao do indexador em

    leitura documentria deve:

    Ser didctico: conter o propsito do sistema, a indexao e suas linguagens,

    classificao, anlise de assunto (apresentar os procedimentos para

    identificao de conceitos, fazer ligao com o processo de leitura e incluir

    questionamentos para esta finalidade), procedimentos para resumos e

    fornecer exemplos de indexao e resumos.

    Conter, de maneira clara e objectiva, os elementos constituintes da poltica de

    indexao do sistema: cobertura de assunto, critrios de seleco e aquisio

    dos documentos-fonte, nvel de exaustividade, nvel de especificidade e a

    escolha da linguagem pelo sistema de informao.

    Como concluso final existem dois elementos que se podem considerar

    imprescindveis ao processo de indexao, so eles,

    a EXAUSTIVIDADE e a ESPECIFICIDADE.

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    Tema 3.1 Poltica de Indexao: Manuais de Sistemas de Indexao

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    No caso da exaustividade, o indexador, no momento da leitura, dever estar ciente

    do nmero de descritores que poder extrair de cada documento, seleccionando

    aqueles que atendam ao critrio da exaustividade.

    No caso da especificidade, caso seja recomendao do sistema de informao que o

    indexador seja o mais especfico possvel, necessrio que se leia o documento,

    tendo em mente o nvel de especificidade exigida.

    Finalmente, conclui-se que estes dois elementos esto directamente ligados poltica

    de indexao adoptada pelo sistema e leitura documentria e que influenciaro no

    desempenho da indexao realizada pelo sistema de informao, o que reflectir na

    recuperao da informao.

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    A poltica de indexao deve ser constituda de estratgias que permitam o alcance

    dos objectivos de recuperao do sistema de informao.

    O indexador tem a funo primordial de compreender o documento ao realizar uma

    anlise conceitual que represente adequadamente seu contedo.

    INTRODUO

    A poltica de indexao dentro de um sistema de informao deve ser entendida

    como uma filosofia pertinente aos objectivos de recuperao da informao e no

    somente como uma lista de procedimentos a serem seguidos durante a realizao da

    indexao.

    Inserindo a indexao no contexto administrativo da biblioteca e no a relegando a

    um contexto meramente de cunho tcnico, dessa maneira, valorizando-a.

    Os sistemas de informao so compostos por partes interligadas (insero de

    documentos, classificao, catalogao, indexao etc.) com objectivo comum de

    disponibilizar a informao da melhor maneira possvel.

    Sob o ponto de vista do sistema de recuperao da informao, a indexao

    reconhecida com sua parte mais importante dentro dos procedimentos realizados

    para o tratamento da informao, pois condiciona os resultados das estratgias de

    busca. Nesse contexto, o indexador tem como funo compreender o documento ao

    realizar uma anlise conceitual que represente adequadamente seu contedo, de

    modo que ocorra correspondncia entre o ndice e o assunto pesquisado pelo

    usurio. Para isso, existem os manuais de indexao que devem reflectir a poltica de

    indexao do sistema de informao e a realidade de trabalho do indexador.

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    POLITICA DE INDEXAO

    Cubillo (2000) que trata sobre as mudanas e continuidades das organizaes de

    gesto do conhecimento. O referido autor ressalta que na sociedade da informao o

    tratamento documentrio assume uma dimenso estratgica, uma vez que o

    documento o representante ou substituto das ideias, e por isso a importncia e

    urgncia da implantao de poltica de indexao.

    Uma poltica de indexao

    requisitos imprescindveis ao planeamento de um sistema de recuperao de

    informao ao se estabelecer uma poltica de indexao:

    a identificao da organizao qual estar vinculada ao sistema de

    indexao (contexto);

    a identificao da clientela a que se destina o sistema (destinatrio);

    os recursos humanos, materiais e financeiros (infra-estrutura), a poltica de

    indexao est inserida em dois contextos complementares:

    a ) contexto sociocognitivo do indexador: a poltica de indexao, as regras e

    procedimentos do manual de indexao, a linguagem documentria para

    representao e mediao da linguagem do usurio e os interesses de busca

    dos usurios;

    b) Contexto fsico de trabalho do indexador e dos gerentes o sistema de

    informao. (FUJITA, 2003).

    [...] deve servir como um guia para tomada de decises, deve levar em conta

    os seguintes factores: caractersticas e objectivos da organizao,

    determinantes do tipo de servio a ser oferecido; identificao dos usurios,

    para atendimento de suas necessidades de informao e recursos humanos,

    materiais e financeiros, que delimitam o funcionamento de um sistema de

    recuperao de informaes. (Carneiro. 1985, p.221)

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    A poltica de tratamento e recuperao da informao est condicionada a

    caractersticas dos sistemas documentrios:

    necessidades do usurio;

    instituio onde se desenvolve

    domnio tratado;

    recursos humanos, fsicos e financeiros disponveis;

    produtos e servios;

    relao custo/desempenho.

    A poltica de indexao no deve ser vista como uma lista de procedimentos a serem

    seguidos, mas sim como uma filosofia a ser adoptada pelo sistema de recuperao da

    informao. No entanto, segundo Carneiro (1985), os seguintes elementos devem ser

    considerados na elaborao de uma poltica de indexao:

    Cobertura de assuntos: assuntos centrais e perifricos cobertos pelo sistema;

    Seleo e aquisio dos documentos-fonte: extenso da cobertura do sistema

    em reas de assunto de seu interesse e a qualidade dos documentos,

    includos no sistema;

    Processo de indexao:

    c.1 Nvel de exaustividade: todos os assuntos apresentados no documento

    so identificados durante a indexao e traduzidos em uma linguagem

    documentria;

    c.2 Nvel de especificidade: somente os assuntos realmente tratados no

    documento so identificados, de maneira especfica;

    c.3 Escolha da linguagem: a linguagem de indexao afeta o desempenho de

    um sistema de recuperao de informao tanto na estratgia de busca

    (estabelece a preciso com que o tcnico de busca pode descrever os

    interesses do usurio) quanto na indexao (estabelece a preciso com que

    o indexador pode descrever o assunto do documento). Portanto, a partir de

    estudos do sistema, deve-se optar entre linguagem livre ou linguagem

    controlada e linguagem pr-coordenada ou ps-coordenada;

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    c.4 Capacidade de revocao e preciso do sistema: exaustividade,

    revocao e preciso esto relacionadas. Quanto mais exaustivamente um

    sistema indexa seus documentos, maior ser a revocao (nmero de

    documentos recuperados) na busca e, inversamente proporcional, a

    preciso ser menor;

    Estratgia de busca: deve-se decidir entre a busca delegada ou no;

    Tempo de resposta do sistema;

    Forma de sada: o formato em que os resultados da busca so apresentados.

    Tem grande influncia sobre a tolerncia do usurio quanto preciso dos

    resultados. Deve-se verificar qual a preferncia do usurio quanto

    apresentao dos resultados;

    Avaliao do sistema: determinar at que ponto o sistema satisfaz as

    necessidades dos usurios.

    Aspectos apresentados como complementares ao estudo sobre poltica de

    indexao:

    Capacidade de consulta a esmo (browsing): torna-se necessrio pensar a

    respeito da interface dos sistemas de busca, revelando, de maneira fcil e

    direta, a estrutura temtica que os organiza;

    Garantia literria (literary warrant): diz respeito a linguagem de indexao,

    suas representaes de conceitos realmente utilizados pela comunidade

    usuria em questo;

    Formao do indexador: em termos de conhecimento das reas de assunto

    dos documentos; da metodologia de indexao; das caractersticas da

    linguagem documentria e de suas habilidades lingusticas.

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    Alguns dados referentes realidade actual dos sistemas de informao quanto :

    Cobertura de assuntos: aspectos como a converso retrospectiva de dados e a

    compatibilidade de linguagem de indexao entre integrantes de um mesmo

    sistema cooperativo;

    Seleco e aquisio de documentos-fonte: aliar procedncia (especialmente

    no que diz respeito a sites), ao custo, lngua etc.

    Em razo disso, consideramos que a poltica de indexao de um sistema de

    informao pode ser observada por meio de diagnsticos de infra-estrutura fsica, de

    servios e de recursos humanos como tambm por meio de sua documentao

    oficial, como o manual de indexao.

    Notamos que os problemas enfrentados pelos bibliotecrios destas instituies so

    os mesmos, independente do tamanho e da rea de assunto coberta pela instituio.

    Eles dizem respeito principalmente aos procedimentos de indexao; ao manual de

    indexao, muitas vezes inexistente; falta de poltica de indexao; actualizao

    da linguagem documentria; utilizao eficiente de software; capacitao dos

    usurios e falta de um grupo de estudos sobre indexao. Devido a essas

    dificuldades, escassa literatura sobre poltica de indexao e importncia da

    indexao sob o ponto administrativo e gesto da biblioteca, procuramos novos

    caminhos atravs da cultura e do conhecimento organizacional, uma vez que um

    sistema de informao no deixa de ser uma organizao, e pretendemos transpor

    essa realidade administrativa para os servios de recuperao dos sistemas de

    informao.

    [...] uma poltica s poder ter continuidade e aperfeioamento no

    decorrer dos anos se devidamente registada em documentos, de modo

    a que se possa ter clareza (independentemente dos elementos

    humanos) do conjunto de decises tomadas, suas razes e seu

    contexto. (Guimares. 2000, p. 55-56)

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    O CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL PARA POLTICA DE INDEXAO EM SISTEMAS

    DE RECUPERAO DA INFORMAO

    Um sistema de informao pode ser considerado um tipo de empresa que,

    geralmente, no visa lucro directo, mas agrega valor informao ao adquiri-la e

    process-la tecnicamente de forma a torn-la disponvel.

    podemos considerar o sistema de informao como uma organizao

    Elementos de poltica de indexao so os valores peculiares de cada sistema de

    informao que esto expressos oficialmente em manuais de indexao e expressam

    a viso do dirigente sobre como deve proceder todos os centros subordinados ao

    sistema de informao.

    Objectos de estudos da gesto do conhecimento

    Tipos de conhecimento:

    O conhecimento tcito pessoal, especfico ao contexto e, assim difcil de ser

    formulado e comunicado.

    O conhecimento explcito refere-se ao conhecimento transmissvel em

    linguagem formal e sistemtica.

    A criao do conhecimento organizacional deve ser entendida como um

    processo que amplia organizacionalmente o conhecimento criado pelos

    indivduos, cristalizando-o como parte da rede de conhecimento da

    organizao. (NONAKA; TAKEUCHI, 1997, p. 65, grifo dos autores)

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    O conhecimento criado por meio da interaco entre o conhecimento tcito e o

    conhecimento explcito. Por isso, estabelecem quatro modos diferentes de converso

    do conhecimento:

    socializao: de conhecimento tcito em conhecimento tcito;

    externalizao: de conhecimento tcito em conhecimento explcito;

    combinao: de conhecimento explcito em conhecimento explcito;

    internalizao: de conhecimento explcito para conhecimento tcito.

    O conhecimento explcito dentro do sistema de informao composto por sua

    documentao oficial e que, especificamente no caso do servio de indexao, por

    seu manual de indexao.

    O conhecimento tcito aquele inerente a cada indivduo que actua no sistema de

    informao, como o gerente e o prprio indexador.

    A socializao

    [...] um processo de compartilhamento de experincias e, a partir da, da

    criao do conhecimento tcito como modelos mentais ou habilidades

    compartilhadas.

    A internalizao

    o processo de incorporao do conhecimento explcito no conhecimento

    tcito. Est relacionada ao aprender fazendo.

    A funo da organizao no processo de criao do conhecimento

    fornecer contexto apropriado para facilitao das actividades em grupo e

    para a criao e acmulo de conhecimento em nvel individual.

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    esse conhecimento que nos interessa observar, por meio da leitura como evento

    social/protocolo verbal em grupo, pois nem sempre o que est descrito nos

    documentos oficiais (manual de indexao) praticado pelos funcionrios

    (indexadores). Alm disso, a utilizao da metodologia propiciar, de acordo com os

    autores citados, um contexto apropriado para a reunio de indexadores e gerentes

    para o desenvolvimento de uma actividade em grupo.

    Os manuais de indexao dos sistemas de informao tm como finalidade

    uniformizar os procedimentos de indexao realizados pelos indexadores, um manual

    de indexao em um sistema de informao importante devido:

    grande amplitude do sistema, uma vez que sua filosofia reunir em uma

    base de dados toda a literatura sobre determinado assunto produzida pelos

    pases cooperantes;

    complexidade da tarefa de indexao e necessidade de uniformizao de

    seus procedimentos por parte de todo