Cidade: Meio, Mídia e Mediação

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Curso de Especialização em Fundamentos da Educação (Práticas Pedagógicas e Interdisciplinares) Módulo: Mídia, Cultura e Imaginário Urbano. Ministrante: Profª Eliete Santos Cidade: meio, mídia e mediação (Lucréciad Alessio Ferrara) (p. 23 a 32).

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Curso de Especialização em Fundamentos da Educação (Práticas Pedagógicas e

Interdisciplinares)Módulo: Mídia, Cultura e Imaginário Urbano.

Ministrante: Profª Eliete Santos

Cidade: meio, mídia e mediação (Lucréciad Alessio Ferrara) (p. 23 a 32).

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A maior torre de mundo, a Tokyo Skytree – 634 metros - 2012

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“Cidade como meio e como mídia: construir para significar; verticalizar para fazer; fazer ver para simbolizar” (p. 24).

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Mas, o que é mesmo essa tal

de mídia?

Mas, o que é mesmo essa tal

de mídia?

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... e a arquitetura, o que tem a ver com isso?

“A arquitetura é o suporte através do qual a cidade se constrói, não só para funcionar mas, sobretudo, para viver e comunicar.” P. 24)

A arquitetura induz, através de materiais, técnicas e formas construtivas, a função, o uso e o valor do espaço e, nesse sentido, constitui o suporte através do qual a cidade se constrói como meio comunicativo que possibilite sociabilidades e interações em constantes transformações.” (p. 24)

 

... e a arquitetura, o que tem a ver com isso?

“A arquitetura é o suporte através do qual a cidade se constrói, não só para funcionar mas, sobretudo, para viver e comunicar.” P. 24)

A arquitetura induz, através de materiais, técnicas e formas construtivas, a função, o uso e o valor do espaço e, nesse sentido, constitui o suporte através do qual a cidade se constrói como meio comunicativo que possibilite sociabilidades e interações em constantes transformações.” (p. 24)

 

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A arquitetura constrói a cidade que se comunica através da mídia, muitas vezes de formas inusitada: meios, imagens etc.

É a imagem midiatizada na cidade que vende, expropria, expulsa, destrói, reconstrói, modela e “alinha” os espaços.

Planos, nem sempre harmônicos, mas sempre coincidentes, que Planos, nem sempre harmônicos, mas sempre coincidentes, que

estruturam as cidades enquanto fenômeno de comunicação:estruturam as cidades enquanto fenômeno de comunicação:

1.Plano construtivo de contínua transformação das cidades.

2.Concretização da cidade enquanto mídia que “agasalha” (oprime?) o cotidiano, a sociabilidade (não seria o contrário?) e as trocas interativas.

A cidade passa a ser a maior experiência comunicativa da humanidade.

 

A arquitetura constrói a cidade que se comunica através da mídia, muitas vezes de formas inusitada: meios, imagens etc.

É a imagem midiatizada na cidade que vende, expropria, expulsa, destrói, reconstrói, modela e “alinha” os espaços.

Planos, nem sempre harmônicos, mas sempre coincidentes, que Planos, nem sempre harmônicos, mas sempre coincidentes, que

estruturam as cidades enquanto fenômeno de comunicação:estruturam as cidades enquanto fenômeno de comunicação:

1.Plano construtivo de contínua transformação das cidades.

2.Concretização da cidade enquanto mídia que “agasalha” (oprime?) o cotidiano, a sociabilidade (não seria o contrário?) e as trocas interativas.

A cidade passa a ser a maior experiência comunicativa da humanidade.

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O Meio é a pele da cidade“São os materiais, formas, volumes e implementações utilizados para a construção do espaço edificado e a sua essência se consolida na constante evolução técnica” P. 26).

Os diferentes meios (formas, arquiteturas e moldes físico-arquitetônicos) marcam diferentes peles culturais das cidades, isto é, os meios desenham a história das cidades:

A CIDADE ANTIGA

A CIDADE GREGA

A CIDADE MEDIEVAL

A CIDADE RENASCENTISTA

OS SÉCULOS XVII E XVIII

O SÉCULO XIX

A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

O SÉCULO XX

O SÉCULO XXI

 

 

 

 

O Meio é a pele da cidade“São os materiais, formas, volumes e implementações utilizados para a construção do espaço edificado e a sua essência se consolida na constante evolução técnica” P. 26).

Os diferentes meios (formas, arquiteturas e moldes físico-arquitetônicos) marcam diferentes peles culturais das cidades, isto é, os meios desenham a história das cidades:

A CIDADE ANTIGA

A CIDADE GREGA

A CIDADE MEDIEVAL

A CIDADE RENASCENTISTA

OS SÉCULOS XVII E XVIII

O SÉCULO XIX

A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

O SÉCULO XX

O SÉCULO XXI

 

 

 

 

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... mas a tentativa de mimetizar, parafrasear, reproduzir e homogeneizar é aspecto fundante

da cidade como mídia de si mesmo.A cidade como mídia, por ser autossuficiente, proíbe, veda, impede qualquer mecanismo que permita a descoberta da cidade nas suas diferenças e particularidades: deve ser assim e pronto!! (Lembram-se, na última aula, sobre o conceito de vida cotidiana?)

 

... mas a tentativa de mimetizar, parafrasear, reproduzir e homogeneizar é aspecto fundante

da cidade como mídia de si mesmo.A cidade como mídia, por ser autossuficiente, proíbe, veda, impede qualquer mecanismo que permita a descoberta da cidade nas suas diferenças e particularidades: deve ser assim e pronto!! (Lembram-se, na última aula, sobre o conceito de vida cotidiana?)

 

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Dá uma saudade das velhas malocas!!!.

(Vídeo Saudosa Maloca)

Dá uma saudade das velhas malocas!!!.

(Vídeo Saudosa Maloca)

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“A mimese (imitação) contamina a visualidade da cidade e, ambas, estabelecem as bases estruturais da mídia que se configura como espetáculo e preserva seu caráter de exponibilidade que, a distância, extasia os olhos, mas impede o contato” P. 27).

“A mimese (imitação) contamina a visualidade da cidade e, ambas, estabelecem as bases estruturais da mídia que se configura como espetáculo e preserva seu caráter de exponibilidade que, a distância, extasia os olhos, mas impede o contato” P. 27).

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 A imagem “A imagem passa a ser a mídia da cidade sob o comando do visual que distorce a realidade para se tornar palatável, a uma percepção rápida e inconsequente”. (p. 28).

A imagem passa a ser a primeira forma de comunicação entre a cidade e o usuário através de seus ícones/simbólicos que, justapostos ou não, são a primeira forma inteligível da arquitetura como código cultural” (p. 28)

 A imagem “A imagem passa a ser a mídia da cidade sob o comando do visual que distorce a realidade para se tornar palatável, a uma percepção rápida e inconsequente”. (p. 28).

A imagem passa a ser a primeira forma de comunicação entre a cidade e o usuário através de seus ícones/simbólicos que, justapostos ou não, são a primeira forma inteligível da arquitetura como código cultural” (p. 28)

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Quando você recebe uma visita para onde você a leva para conhecer a

sua cidade?

A imagem está relacionada diretamente à paisagem da cidade (e vice-versa).

“A imagem da cidade como mídia leva, portanto, à instrumentalização de sua paisagem e de sua visualidade” (p. 28).

A mídia ideologicamente disciplina os modos e ver a cidade

Quando você recebe uma visita para onde você a leva para conhecer a

sua cidade?

A imagem está relacionada diretamente à paisagem da cidade (e vice-versa).

“A imagem da cidade como mídia leva, portanto, à instrumentalização de sua paisagem e de sua visualidade” (p. 28).

A mídia ideologicamente disciplina os modos e ver a cidade

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Minhas visitas eu as levo aqui

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1. Uma imagem vale mais que mil palavras

2. Quanto mais impactante a imagem mais recompensado se sente o homem, quando encontra nela seus desejos.

3. Quantas mil vezes foram repetidas, em 11/09/2001, aquela imagem do poder supremo do imperialismo norteamericano ruir abaixo?

4. “Através de torres de concreto, aço ou vidro, comunica-se comunica-se a lideran,a de uma nação e dá-se ao homem da cidade a ilusão de ser o emissor daquele poder que deve contaminar o planeta” (p. 29)

5. Na mimese e na repetição, a cidade se caracteriza como mídia, mas se perde como mediação.

1. Uma imagem vale mais que mil palavras

2. Quanto mais impactante a imagem mais recompensado se sente o homem, quando encontra nela seus desejos.

3. Quantas mil vezes foram repetidas, em 11/09/2001, aquela imagem do poder supremo do imperialismo norteamericano ruir abaixo?

4. “Através de torres de concreto, aço ou vidro, comunica-se comunica-se a lideran,a de uma nação e dá-se ao homem da cidade a ilusão de ser o emissor daquele poder que deve contaminar o planeta” (p. 29)

5. Na mimese e na repetição, a cidade se caracteriza como mídia, mas se perde como mediação.

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Desafios a serem vencidos pela cidade

1. Superar a lógica da mão avassaladora mão única da mimese (repetição) da força da mídia e questionar sua unicidade.

2. Resgatar o relacionamento do homem com o mundo e com a cidade, através da mediação dele com o seu meio (p.29).

Desafios a serem vencidos pela cidade

1. Superar a lógica da mão avassaladora mão única da mimese (repetição) da força da mídia e questionar sua unicidade.

2. Resgatar o relacionamento do homem com o mundo e com a cidade, através da mediação dele com o seu meio (p.29).

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Afinal, buscar ser uma só cidade não é padronizar prédios, formas cores, mas sim atitudes de inclusão.

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... isso porque a cidade é uma

só...(Vídeo A cidade é uma Só)

... isso porque a cidade é uma

só...(Vídeo A cidade é uma Só)

Page 34: Cidade: Meio, Mídia e Mediação

A Verdadeira Cidade Vivida Resiste à Mídia da Cidade: é o que se chama grau zero de mídia.

1. Não pode haver grau zero de mídia sem mediação: é o velho princípio do cotidiano da cidade.

2. Mediação x mídia se conflituam sempre. A força da mídia expropriou a cadeira na cadeira na calçada.

3. Os arranha-céus arranharam a mediação, o face-a-face.

4. “Enquanto mediação, a cidade supera a imagem e é processo” (p. 29)

 

A Verdadeira Cidade Vivida Resiste à Mídia da Cidade: é o que se chama grau zero de mídia.

1. Não pode haver grau zero de mídia sem mediação: é o velho princípio do cotidiano da cidade.

2. Mediação x mídia se conflituam sempre. A força da mídia expropriou a cadeira na cadeira na calçada.

3. Os arranha-céus arranharam a mediação, o face-a-face.

4. “Enquanto mediação, a cidade supera a imagem e é processo” (p. 29)

 

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“A mediação decorre da mídia, mas ao contrário dela, substitui as características miméticas por uma cognição do sistema mediático e, com isso, acaba por negar a própria eficiência comunicativa da mídia ou dar-lhe outro desempenho mais crítico e consequente” (p. 30)

Que tal um exemplo? As reformas das escolas públicas (estaduais e municipais espalhadas pelo Brasil inteiro) geram muito mais impacto visual e raramente arquitetônico (quando geram). O mais importantes, à maioria dos gestores públicos, é a imagem midiática (bônus político-eleitoreiro) que o “novo efeito de arquitetura” pode trazer. 

“A mediação decorre da mídia, mas ao contrário dela, substitui as características miméticas por uma cognição do sistema mediático e, com isso, acaba por negar a própria eficiência comunicativa da mídia ou dar-lhe outro desempenho mais crítico e consequente” (p. 30)

Que tal um exemplo? As reformas das escolas públicas (estaduais e municipais espalhadas pelo Brasil inteiro) geram muito mais impacto visual e raramente arquitetônico (quando geram). O mais importantes, à maioria dos gestores públicos, é a imagem midiática (bônus político-eleitoreiro) que o “novo efeito de arquitetura” pode trazer. 

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O vidro, separando estética e midiaticamente os espigões de aço, cada vez mais impõe limites à possibilidade visual da escala humana, ao mesmo tempo em que explora cada vez mais a imagem, virtualizando-a perigosamente. 

O vidro, separando estética e midiaticamente os espigões de aço, cada vez mais impõe limites à possibilidade visual da escala humana, ao mesmo tempo em que explora cada vez mais a imagem, virtualizando-a perigosamente. 

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Enfim, “a mídia sinaliza a cidade através das suas imagens, mas a mediação permanece cognitivamente na experiência que produz sua metamorfose feita de convergências e divergências” (p. 32). 

Enfim, “a mídia sinaliza a cidade através das suas imagens, mas a mediação permanece cognitivamente na experiência que produz sua metamorfose feita de convergências e divergências” (p. 32). 

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