Cidades Invisíveis Essencial

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AS CIDADES INVISÍVE IS Italo Calvino Essencial

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Cidades Invisíveis Essencial é um resumo do famoso livro de Ítalo Calvino. Cada cidade tem ao menos uma frase representativa e todos os capítulos de diálogo entre Kublai Khan e Marco Polo encontram-se representados, ainda que sumariamente. Um livro que todo arquiteto e urbanista deveria ler? Evidentemente. Mas é um livro tão maravilhoso que todos deveriam ler, mesmo os analfabetos!

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AS CIDADES INVISÍVEI

SItalo Calvino

Essencial

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“O homem que cavalga

longamente por terrenos

selváticos sente o desejo de uma

cidade.”

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“Existe um momento na vida dos imperadores que se segue ao orgulho... À melancolia e ao alívio de saber que em breve desistiremos... Uma sensação de vazio que surge no calar da noite... É o desesperado momento em que se descobre que... O triunfo sobre os soberanos adversários nos fez herdeiros de suas prolongadas ruínas.”

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DIOMIRA De um terraço chega-se a ouvie-se a

voz de uma mulher que grita “Uh!”

Onde se é levado a invejar aqueles que imaginam ter vivido uma noite igual a esta e que na ocasião se sentiram felizes.

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ISIDORA O homem que cavalga longamente por

terrenos selváticos sente o desejo de uma cidade.

A cidade sonhada o possuía jovem. Em Isidora chega em idade avançada.

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DOROTÉIA Aquela manhã em Dorotéia senti que

não havia bem que não pudesse esperar da vida.

Esta é apenas uma das muitas estradas que naquela manhã se abriam para mim em Dorotéia.

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ZAÍRA A cidade é feita das relações entre as

medidas de seu espaço e os acontecimentos do passado. Ela se embebe como uma esponja que reflui destas recordações e se dilata.

A cidade não conta o seu passado, ela o contém na linha da sua mão, escrito nos ângulos da rua, nas grades das janelas, nos corrimãos das escadas.

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ANASTÁCIA Onde nenhum desejo é desperdiçado.

Você acha que está se divertindo em Anastácia, quando não passa de seu escravo.

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TAMARA É impossível saber como realmente é a

cidade, sob o invólucro de símbolos que a contém e que a esconde.

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ZORA A cidade da qual não se pode esquecer

– onde o olhar percorre as figuras que se sucedem, num ritmo musical.

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DESPINA Dois pontos de vista, conforme se

chegue de navio ou de camelo.

Cada cidade recebe a forma do deserto a que se opõe.

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ZIRMA A cidade é redundante: repete-se para

fixar alguma imagem na mente.

Repete os símbolos, para que a cidade comece a existir.

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ISAURA Sob um lago, duas religiões.

A surpresa daquilo que você deixou de ser revela-se nos lugares estranhos, não nos conhecidos.

Futuro que não teve, mas que poderia ser seu.

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“Deve prosseguir até uma outra cidade em que outro passado aguardo por ele, ou algo que talvez fosse um possível futuro e que agora é o presente de outra pessoa.”

“Os futuros não realizados são apenas ramos do passado: ramos secos.”

“Os outros lugares são espelhos em negativo. O viajante reconhece o pouco que é seu descobrindo o muito que não teve e o que não terá.”

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MAURÍLIA Cartões postais – de outra Maurília

Deuses antigos partiram, trocados pelos novos. Foram embora sem avisar e em seu lugar acomodaram-se deuses estranhos.

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FEDORA Na cidade bolas de cristal contém a

cidade sonhada e outras.

Uma reúne o que é considerado necessário, mas não o é; as outras o que se imagina possível e um minuto depois deixa de sê-lo.

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ZOÉ Qualquer lugar se faz qualquer coisa,

sem distinção entre as funções.

Se a existência em todos os momentos é única, a cidade de Zoé é o lugar da existência indivisível...

...Então, qual é o motivo da cidade?

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ZENÓBIA Palafitas e estandartes: padrão feliz

para o que mora nela.

Deve-se dividir as cidades em duas categorias: aquelas que continuam ao longo dos anos e das mutações a dar forma aos desejos e aquelas em que os desejos conseguem cancelar a cidade ou são por estas cancelados.

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EUFÊMIA A cidade em que se troca de memória

em todos os solstícios e equinócios.

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“Cidades, como os sonhos, são constituídas por desejos e medos. Ainda que suas regras sejam absurdas, as suas perspectivas enganosas e que todas as coisas escondam uma outra coisa.”

“De uma cidade não aproveitamos as suas maravilhas, mas as respostas que dá às nossas perguntas.”

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ZOBEIDE O sonho da mulher perseguida, nunca

encontrada: um labirinto, uma armadilha.

Fundada por homens de diversas nações que tiveram o mesmo sonho.

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ISPÁSIA Compreendi que devia me liberar das

imagens que até ali haviam anunciado as coisas que procurava: só então seria capaz de entender a linguagem de Ispásia.

Linguagem trocada: musica nos túmulos, saída de navio no alto das torres.

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ARMILA Os cursos de água canalizadas no

encanamento de Armila permanecem sob o domínio de ninfas e náiades.

Agora parecem contentes essas moças: cantam de manhã.

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CLOÉ Vibração luxuriosa na mais casta das

cidades.

Se as pessoas vivessem seu sonhos efêmeros, todos os fantasmas se tornariam reais e começaria uma história de perseguições, de desentendimentos, e o carrossel das fantasias teria fim.

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VALDRADA As duas Valdradas vivem uma para a

outra, olhando-se nos olhos continuamente, mas sem se amar.

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“Prescutando os vestígios de felicidade que ainda se antevêem, posso medir o grau da penúria.”

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“Perdão, meu senhor: sem dúvida cedo ou tarde embarcarei nesse molhe, mas não voltarei para referi-lo...

...A cidade existe é possui um segredo muito simples: só conhece partidas e não retornos.”

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“Para descobrir quanta escuridão existe em torno é preciso se concentrar o olhar nas luzes fracas e distantes.”

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“Eu recolho as cinzas das outras cidades possíveis que desaparecem para ceder-lhe lugar e que agora não poderão nem ser reconstruídas nem recordadas.

“Somente conhecendo o resíduo da infelicidade que nenhuma pedra poderá ressarcir é que se pode computar o número exato de quilates que o diamante final deve conter.”

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OLÍVIA Cidades diferem do discurso sobre elas.

A mentira não está no discurso, mas nas coisas.

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SOFRÔNIA Duas metades: circo e pedra; a de pedra

é desmontável

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EUTRÓPIA No dia em que os habitantes se sentem

acometidos pelo tédio, e ninguém suporta mais o próprio trabalho, os parentes, as ruas, os débitos e as pessoas que deve cumprimentar...

... Nesse momento todos os cidadãos decidem deslocar-se para a cidade vizinha que está ali à espera, vazia, onde cada um escolherá um novo trabalho, uma outra mulher, amizades e impropérios.

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ZEMRUDE É o humor de quem a olha que dá forma

à cidade.

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AGLAURA Nada do que se diz é verdadeiro.

Tudo que se fala dela aprisiona as palavras e obriga a rir, ao invés de falar.

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“Imaginei uma cidade feita só de exceções, impedimentos, contradições, incongruências, contra-sensos.”

“Não posso conduzir minha operação além de um certo limite: obteria cidades verossímeis demais para sererm verdadeiras.”

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LALAGE De modo que a lua em sua viagem

possa pousar ora num pináculo, ora noutro.

A lua concedeu à Lalage um privilégio raro: crescer com leveza.

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OTÁVIA Suspensa sobre o abismo a vida em

Otávia é menos incerta que a de outras cidades...

...Sabem que a rede não resistirá mais que isso.

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ERCÍLIA Viajando-se no seu território depara-se

com as ruínas de cidades abandonadas: teias de aranhas de relações intrincadas à procura de uma forma.

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BAUCI Os habitantes raramente são vistos em

terra: têm todo o necessário lá em cima e preferem não descer.

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LEANDRA Deuses de duas espécies protegem a

cidade.

São tão pequenos que não se consegue vê-los e tão numerosos que é impossível contá-los.

Penates e Lares: zombam e discutem a verdadeira essência da cidade.

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MELÂNIA Diálogos que nunca morrem.

Quem comparece à praça em momentos consecutivos nota que o diálogo muda de ato em ato, ainda que a vida dos habitantes de Melânia seja breve demais para que possam percebê-lo.

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“A ponte não é sustentada por esta ou aquela pedra, mas pela curva do arco que estas formam.”

“Sem pedras o arco não existe.”

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“Todas as vezes que descrevo uma cidade digo algo a respeito de Veneza.”

“Pode ser que eu tenha medo de repentinamente perder Veneza, se falar a respeito dela. Ou pode ser que, falando de outras cidades, já a tenha perdido pouco a pouco.”

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ESMERALDINA O caminho mais curto entre 2 pontos é

o zigue zague.

Mesmo a mais rotineira das vidas ocorre sem se repetir.

É difícil fixar no papel os caminhos das andorinhas, que cortam o ar acima dos telhados.

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FÍLIDE Se entre dois pórticos um continua a

parecer mais alegre é porque trinta anos atrás ali passava uma moça de largas mangas bordadas.

Muitas cidades são como essa, que evita o olhar, exceto quando pega de surpresa.

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PIRRA O nome de Pirra evoca essa vista, essa

luz, esse zumbido, esse ar no qual paira uma poeira amarelada.

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ADELMA Lugar onde cada um chega morrendo e

reencontra as pessoas que conheceu.

Cada face lembra alguém falecido.

Sinal de que estou morto. E de que o além, não é feliz.

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EUDÓXIA Cidade que se reflete num tapete,

inclusive as soluções para as angústias de cada um.

O que você contrabandeia: estados de ânimos, estados de graças, elegias.

O cheiro queimado das vidas queimadas.

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MORIANA Inteiramente de vidro, como um aquário

onde dançam sombras. O viajante sabe que cidades como essa

tem um avesso. Como uma folha de papel, com uma

figura aqui e outra ali, que não podem se separar nem se encarar.

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CLARISSE Cidade “cenográfica”, do outro lado do

semicírculo há o lado feio. Faces de um papel que não podem se separar e nem se encarar.

A Clarisse imprestável toma a forma da Clarisse da sobrevivência. Nova suntuosidade: a Clarisse borboleta saía da Clarisse crisálida. Ruínas em potes de vidro.

Que existiu uma primeira Clarisse é uma crença muito difundida, mas não há provas para demonstrá-lo.

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EUSÁPIA Cadáveres dessecados, amarelos, conservam-se

cumprindo momentos de despreocupações. Uma necrópole. Só a confraria dos encapuzados faz o contato entre a cidade dos vivos e a dos mortos – com a ajuda destes. Na cidade dos mortos ocorre lenta evolução, que a cidade de cima tenta copiar. Dizem que na verdade, foram os mortos que criaram a cidade de cima.

É impossível saber quem são os vivos e quem são os mortos.

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BERSABÉIA Uma cidade fecal de extremidades

tortuosas. Não sabe que seus únicos momentos de

abandono generosos são aqueles em que se desprende, deixa cair, se expande.

Só quando caga não é avara calculadora interesseira.

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LEÔNIA Cidade que se refaz todos os dias.

Talvez seu maior prazer não seja o de comprar coisas novas, mas se livrar das velhas – expurgar uma impureza recorrente.

Montanha de refugos circunda a cidade ameaçando-a de um cataclismo.

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“Por mais longe que nossa atribulada função de comandantes e de mercador nos levem, ambos tutelamos dentro de nós esta sombra silenciosa, essa conversação pausada, esta tarde sempre idêntica.”

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“Klubai refletia sobre a ordem invisível que governa as cidades. Conclui, jogando xadrez, que suas conquistas de cidades resultam num mero quadrado sob o rei derrotado: branco ou preto: nada.”

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IRENE Às vezes o vento traz uma música. A

cidade de quem passa sem entrar é uma; é outra para quem é aprisionado e não sai mais dali; é uma cidade à qual se chega pela primeira vez, outra é a que se abandona para nunca mais retornar; cada uma merece um nome diferente; talvez eu já tenha falado de Irene sob outros nomes; talvez eu só tenha falado de Irene.

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ARGIA No lugar de ar, existe terra.

Convém permanecerem parados, de tão escuro.

Às vezes se ouve uma porta que bate.

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TECLA Interminável construir – sob o medo de

desmoronamento se pararem.

Ao por-do-sol o trabalho se interrompe e, sob o céu estrelado, dizem: este é o projeto.

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TRUDE O mundo é recoberto por uma única

Trude que não tem começo nem fim; só muda o nome no aeroporto.

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OLINDA Cresce em círculos concêntricos, o novo

centro expulsa o antigo para a periferia, ininterruptamente.

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“Eu falo, falo, mas quem me ouve retém somente as palavras que deseja. Quem comanda a narração não é a voz, mas o ouvido.”

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“As razões invisíveis pelas quais existiam as cidades e talvez pelas quais, após a morte, voltarão a existir.”

“O grande Kahn possui um Atlas com todas as cidades do mundo, mesmo as que ainda vão existir.”

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LAUDÔMIA Tem ao lado um cemitério e um outro:

os dos não nascidos. Os viventes de Laudômia freqüentam a casa dos não nascidos, interrogando-os.

Os nascituros de Laudômia aparecem perfilados como grãos de poeira, entre o antes e o depois. A passagem entre a vida e a morte é o gargalo de uma ampulheta.

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PERÍNZIA O pior não se vê: gritos guturais irrompem

nos porões e nos celeiros, onde as famílias escondem os filhos com três cabeças ou seis pernas.

O dilêma dos astrônomos que projetaram a cidade: admitir que estavam errados ou que talvez a ordem dos deuses seja o que se espelha na cidade dos monstros.

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PROCÓPIA Todos os anos abria a cortina e contava

algumas caras a mais.

No meu quarto somos 26 pessoas. Todas gentis, felizmente.

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RAÍSSA Em Raíssa, cidade triste, também corre

um fio invisível que, por um instante, liga um ser vivo ao outro...

... Desenhando rapidamente novas figuras de modo que a cada segundo a cidade infeliz contém uma cidade feliz que nem mesmo sabe que existe.

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ÂNDRIA Cada alteração vai afetar o movimento

do céu.

A inteira cidade reflete a ordem celeste.

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CECÍLIA Os espaços se misturam.

Cecília está em todos os lugares.

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MARÓSIA Basta que alguém faça alguma coisa

pelo simples prazer de fazê-las para que isto se torne um prazer para outros.

Cidade dos ratos e cidade das andorinhas: a segunda está para libertar-se da primeira.

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PENTESILÉIA É apenas uma periferia de si mesma.

Fora de Pentesiléia existe um lado de fora?

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TEODORA Eliminaram todas as pragas e animais.

A outra fauna retornava à luz da biblioteca: grifos, dragões harpias e quimeras.

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BERENICE A cidade justa e a cidade injusta: dentro

da justa há um embrião de injustiça. Como semente dentro de uma camada que a recobre.

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Há duas maneiras de não sofrer no inferno:

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Tornar-se parte dele até não percebe-lo.

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A segunda é descobrir quem e o que dentro do inferno, não é inferno,

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...e preservá-lo, e abrir espaço.

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AS CIDADES INVISÍVEI

SItalo Calvino

Essencial

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Le città invisibile -1972

Tradução:

Diogo Mainardi

Biblioteca Folha

Resumo livre

Carlos Elson Cunha - fev/2011

[email protected]