Ciências Para Ensino Fundamental

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  • UNIVERSIDADE PAULISTA

    CRISTINI GUIMARES LEITE, DBORA RIS DA COSTA MENA, JOICE SILVA,

    KEREN FERNANDA, ROSANA OLIVEIRA.

    CINCIAS VOLTADAS AO ENSINO FUNDAMENTAL BASEADA NAS ETAPAS DO

    DESENVOLVIMENTO HUMANO.

    SOROCABA/SP

    2013

  • UNIVERSIDADE PAULISTA

    CINCIAS VOLTADAS AO ENSINO FUNDAMENTAL BASEADA NAS ETAPAS DO

    DESENVOLVIMENTO HUMANO.

    Atividades prticas supervisionadas

    Cincias Biolgicas (Licenciatura)

    Componente curricular: Psicologia do desenvolvimento humano

    Apresentado Universidade Paulista - UNIP

    Orientador (a): Raquel Hashimoto

    SOROCABA/SP

    2013

  • RESUMO

    O tema abordado neste trabalho a psicologia do desenvolvimento aplicada

    aos estudos de Cincias para o ensino fundamental. So abordados ainda os

    problemas que um educador enfrenta mediante a sala de aula para aplicar o

    contedo, assim que, faz-se necessrio um estudo da mentalidade, capacidade e

    formas de aprendizagem na adolescncia. H neste trabalho formas de se alcanar

    o objetivo de ensinar e formas de obter a meta.

    O contedo foi baseado em pesquisas de campo, em leituras e estudos

    aprofundados na rea de educao. Contm experincias baseadas na observao,

    que fundamental, elaborada por Jean Piaget e teorias baseadas em estudiosos na

    rea da psicologia.

    Portanto, h uma tentativa de aumentar o conhecimento nesta rea vasta que

    a educao e promover mtodos eficazes de ensinar Cincias.

  • ABSTRACT

    Theissue addressedin this workisdevelopmental psychologyappliedto the

    study ofsciencefor elementary education. Arealsoaddressedthe problemsfacedbyan

    educatorclassroom toapply thecontent,so, it is necessary tostudythemindset, skills

    and ways of learningin adolescence. There arewaysin this workto achievethe goalof

    teachingandways to getthe goal.

    The contentwasbased onfield research, readingsand scholarly workin the field

    ofeducation.Containsexperimentsbased on observation, it is essential, developed

    byJeanPiagetandtheories based onscholarsin the fieldof psychology.

    Therefore, there is an attemptto increasethe knowledge in thisvast areawhich

    is educationand promoteeffective methodsof teachingscience.

  • SUMRIO

    1 INTRODUO------------------------------------------------------------------------------ 6 2 ETAPAS DE APRENDIZAGEM-------------------------------------------------------- 7

    3 PLANO DE ENSINO----------------------------------------------------------------------- 7

    3.1 APLICAES DE ATIVIDADES PARA CADA FASE----------------------------- 8

    3.2 A IMPORTANCIA DO ENSINO DE CINCIAS------------------------------------- 14 4 ADOLECNCIAS E AS CINCIAS--------------------------------------------------- 14

    4.1 MUDANAS CORPORAIS-------------------------------------------------------------- 10

    4.2 NIVEIS DAS MUDANAS CORPORAIS 10 4.3 DVIDAS PERTINENTES--------------------------------------------------------------- 13

    4.4 CRIAO DE IDENTIDADE------------------------------------------------------------- 13

    4.5 FORMAO DE GRUPOS-------------------------------------------------------------- 14

    4.6 COOPERAO----------------------------------------------------------------------------- 14

    5 PROCESSOS QUE DIFICULTAM A APRENDIZAGEM ------------------------ 15

    6 COMPREENO DO PAPEL NA SOCIEDADE---------------------------------- 17

    7 OPERAO LGICO-FORMAL OU HIPOTTICO DEDUTIVO------------- 18

    8 FORMAO DE CONHECIMENTO PREPARATRIO PARA PRXIMA

    FASE------------------------------------------------------------------------------------------

    19

    9 CONCLUSO------------------------------------------------------------------------------- 20

    10 REFERNCIAS----------------------------------------------------------------------------- 21

  • 6

    1INTRODUO

    Sabe-se que a psicologia do desenvolvimento muito ampla, por isso, neste

    trabalho, ser comentada somente a aplicao ao estudo de Cincias. Para

    entendermos do que ir ser falado, devemos ter em mente a dificuldade encontrada

    por muitos educadores na projeo de seus conhecimentos e na propagao deste.

    Para isto, comearemos falando das etapas da aprendizagem, quais so os

    mtodos para compreenso e absoro do contedo nesta faixa estaria. Alm disso,

    importante deixarmos claro que a adolescncia implica na forma de

    compreenderem as cincias. Devido s mudanas constantes que passam, existem

    temas que so mais fceis de serem absorvidos, e por isto, deve-se fazer o uso

    deste recurso.

    importante lembrar que para ensinar Cincias deve-se compreender que

    nesta fase de desenvolvimento, o adolescente est criando a capacidade de

    trabalhar em conjunto. Este sente a necessidade de fazer parte de algo e se

    encaixar. Sabendo disto, pode-se aplicar o componente curricular nos trabalhos em

    conjunto e obter muitos resultados.

    Concluindo, a inteno deste trabalho mostrar como preparar o aluno para o

    conhecimento, assim que, tem-se como base teorias de epistemologia gentica, no

    perodo de operaes formais, em que o jovem capaz de raciocinar relacionar

    conhecimentos.

  • 7

    2 ETAPAS DA APRENDIZAGEM

    Segundo teorias de Jean Piaget (1896-1980) a aprendizagem exterior, e a criana,

    ou adolescente, paralelo ao desenvolvimento da capacidade cognitiva.

    A aprendizagem se baseia em mtodos. Estes so meios de se

    alcanar o objetivo, portanto, consiste na atribuio de tarefas que, inicialmente, no

    requer respostas corretas, mas concluses e conhecimentos baseados na

    experincia.

    Para isto, necessrio um plano de ensino que prope maneiras de se

    aplicar o contedo e estimula a capacidade cognitiva atravs de uma lgica do

    educador.

    As etapas so claras e respeitam o tempo de absoro. Sendo assim, pode-

    se criar um conhecimento acumulativo ou que modifiquem um conhecimento

    anterior, pr-estabelecido.

    3 PLANO DE ENSINO

    O plano de ensino requer do professor, ou educador, uma linha de raciocnio,

    como se chegar a um objetivo de conhecimentos concretos. Abaixo esto temas

    relacionados s Cincias que seguem uma ordem de aprendizagem:

    Meio ambiente e Ecologia estimulam o adolescente a pensar em seu papel

    e na diversidade. Com este tema, os alunos reconhecem a importncia do

    lugar onde vivem. Nesta abordagem, podem-se aplicar aulas prticas de

    reconhecimento e entendimento do ambiente, com coletas de materiais.

    Reinos: animais, vegetais, bactrias, fungos e protozorios O

    reconhecimento do mundo e dos aspectos que formam o planeta.

    Corpo humano: Sade, doenas, alimentao etc. Ajuda o adolescente a

    compreender suas transformaes e sua individualidade perante um mundo

    diverso, com vrias espcies. Mostra que deve cuidar da sade e que um

    ser extremamente importante (sabendo da necessidade que o adolescente

    tem de se sentir nico e ao mesmo tempo parte de um todo).

    Fsica: Compreender energia, pesos, medidas ,natureza humana etc.

  • 8

    Universo: Mostrar que todos so relativamente pequenos diante do universo,

    demonstrar que h muito mais coisas alm do visvel que vive em constante

    harmonia com estas.

    gua: Um dos temas que os alunos tm mais afinidade, j que faz parte de

    seu cotidiano e que revelam a importncia do maior bem de consumo.

    3.1 APLICAES DE ATIVIDADES PARA CADA FASE

    As atividades devem ser voltadas ao nivel de cada fase do aluno.Estas

    podem ser atividades de campo, prticas onde elaborem relatrios sobre o que foi

    visto e observado em conexo com o mundo, o ambiente e proponham relaes

    interpessoais; perguntas, para que se saiba o que realmente aprendeu com

    explicaes; elaborao de redaes; criao de grficos; materializao do

    conhecimento apreendido-produo de maquetes e cartazes.

    Na aplicao de atividades o ensino de cincias ,tem necessidade de

    considerar a diversidade de recursos pedaggico-tecnolgicos disponiveis e a

    amplitude de conhecimentos cientificos a serem abordados na escola.

    indispensvel a contribuio dos trabalhos de pesquisa,mostrando que os

    estudantes aprendem melhor quando participam ativamente das atividades de

    ensino. Para que isso ocorra necessrio uma elaborao dos processos de

    ensino-aprendizagem que vai desde uma mudana dos papis: de professor

    (transmissor) e o aluno (receptor), at a utilizao de novas metodologias que

    possibilitem o aluno a construir seu prprio conhecimento tendo o professor como

    mediador do processo.

    (...)Essa proposta de ensino deve ser tal que leve os alunos a construir seu

    contedo conceitual participando do processo de construo e dando

    oportunidade de aprenderem a argumentar e exercitar a razo, em vez de

    fornecer-lhes respostas definitivas ou impor-lhes seus prprios pontos de

    vista transmitindo uma viso echada das cincias. (Carvalho, 2004).

    3.2 A IMPORTANCIA DO ENSINO DE CINCIAS

    Aprender cincias um desafio e deve permitir a explorao do ambiente e

    da ampliao do conhecimento sobre o mundo, no adquirindo apenas lendo ou

    ouvindo o professor, mas agindo sobre o meio a partir da perspectiva das crianas:

    observando, descrevendo, investigando e compartilhando explicaes, dvidas e

    controvrsias com seus companheiros. O aprendizado deve ser uma aventura

  • 9

    estimulante que leve a compreender que o aprendizado no uma mera coleo de

    fatos aleatrios, mas sim a produo de esquemas conceituais amplos.

    A Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional clarifica a importncia de

    se conduzir o aluno a uma interao com a cincia e a tecnologia, que lhe

    oportunize um conhecimento dentro de seu cotidiano scio-cultural. O aluno tem

    direito a um saber cientifico, no somente dos contedos sistematizados atravs de

    programas de ensino, livros didticos, preferncias do professor por este ou aquele

    contedo, esta ou aquela prtica, mas um saber que lhe oportunize opinar,

    problematizar, agir, interagir, entendendo que o conhecimento adquirido, no

    definitivo, absoluto. O aluno precisa entender a dialtica do desenvolvimento

    cientifico - tecnolgico, como resultante dos fatores infundidos pela sociedade

    cultural, poltica, econmica, ambiental e que se manifestam na relao do homem

    consigo e com seus iguais. Para que este conhecimento possa tornar-se real,

    preciso que os envolvidos tenham seus direitos de vez e voz.

    4 ADOLESCNCIA E AS CINCIAS

    Compreende o perodo entre os 12-13 e os 16 anos. o estagio no qual se

    constri a identidade sexual definitiva e desenvolve-se a identidade pessoal.

    nesta fase que o adolescente procura uma compreenso maior sobre seu

    corpo, o que saudvel e o que pode prejudica-lo. No perodo da adolescncia

    acontecem mudanas na forma e nas funes do corpo em corpo adulto.

    As mudanas corporais so determinadas endogenamente e poucos

    dependem de fatores ambientais. Influncias climticas (como radiao solar e

    temperatura), alimentares e sociais so importantes apenas quanto ao momento em

    que as mudanas se manifestam.

    Para isto, deve-se aproveitar esta situao para aplicar as Cincias e

    aumentar o interesse sobre ela.

    4.1 MUDANAS CORPORAIS

    Na adolescncia ocorrem modificaes na forma e nas funes do

    corpo,transformando em corpo adulto.

    As mudanas corporais so determinadas endogenamente e poucos dependem de

    fatores ambientais,dependem do desenvolvimento interior, sem auxilo externo.As

  • 10

    influncias, alimentares e sociais so importantes apenas quanto ao momento em

    que as mudanas se manifestam.

    4.2 NIVEIS DAS MUDANAS CORPORAIS

    Nvel 1: Ativao dos hormnios gonadotrficos da hipfise anterior. Esses

    hormnios-estmulos que provocam as mudanas corporais e sexuais desse

    perodo.

    Nvel 2: Secreo do hormnio do crescimento,produo de vulos ou de

    espermatozides nas glndulas de reproduo e aumento dos hormnios da

    supra-renal.

    Nvel 3: Desenvolvimento dos caracteres sexuais primrios: aumento do

    pnis e dos testculos no rapaz e o aumento do tero e da vagina na mulher;

    Desenvolvimento dos caracteres sexuais secundrios:-aumento das mamas devido

    ao desenvolvimento glandular e distribuio de gorduras nos jovens,-mudana de

    voz,modificao da cintura e da pelve, aparecimento de plos no pbis e nas axilas,

    diferentes de acordo com o sexo e o aparecimento de barba no homem.

    Essas mudanas corporais tm inicio na pr-adolescncia .Comeam mais

    cedo nas meninas, abrangendo entre os 10-11 anos e os 15-16 anos, enquanto nos

    meninos vai dos 11-12 anos aos 16-17 anos.

    Em geral, esquema corporal, imagem do corpo, conscincia do corpo e

    percepo do corpo so expresses usadas como sinnimas. Mas h autores que

    fazem distino entre percepo do corpo e esquema corporal, dado que esse

    ltimo conceito pretende abarcar tanto o perceptivo quanto as demais funes

    psquicas.

    Vale lembrar que o esquema corporal a imagem mental ou resultante

    intrapsquica da realidade que o sujeito tem de seu corpo. uma representao

    mental que o indivduo elabora como conseqncia das experincias que vai tendo

    consigo mesmo. A fase do espelho, primeiro ano de vida, a passagem da imagem

    fragmentada do corpo sua unidade.

    O crescimento brusco,como, por exemplo, a aquisio de ps e mos de

    adulto, enquanto as pernas e os braos permanecem em um estgio anterior

    provocam a famosa dificuldade motora do pbere. Falta-lhe destreza muscular, ele

    oscila entre movimentos bruscos ou demasiado fracos e no tem a coordenao

    necessria entre os movimentos. Deve-se levar em considerao que a fora

  • 11

    muscular triplica durante a puberdade. Na infncia, a estrutura ssea e muscular

    representava 30% do peso, enquanto agora passa a representar 60% dele.

    As variaes de forma, de fora e de coordenao de um corpo e os

    comportamentos desajeitados da resultantes demonstram o desajuste entre o

    novo corpo e a imagem corporal existente. O adolescente sente seu corpo como

    algo estranho, alheio, o que lhe causa angstia. Impotncia, incapacidade, falta de

    jeito, estranhezas so das algumas das vivncias e sentimentos freqentes at que

    consiga reelaborar seu esquema corporal.

    Os aumentos da sudorese e da quantidade de gordura nas secrees

    cutneas contribuem para o desenvolvimento da acne e afetam profundamente a

    relao com o prprio corpo e a valorizao deste.

    Entre as modificaes corporais, muito significativo o amadurecimento

    sexual.

    No menino, os rgos sexuais atingem a forma e o tamanho adultos.

    Amadurecem os testculos. A glndula prosttica e as vesculas seminais

    possibilitam as primeiras ejaculaes, que ocorrem involuntariamente durante o

    sono. A ereo do pnis, embora j ocorresse na infncia, torna-se mais freqente.

    A essas mudanas somam-se o surgimento da barba, a voz mais grave, o

    tronco . Torna-se inevitvel a necessidade de redefinio da identidade sexual.

    Agora, a possibilidade de procriar e de ter relaes sexuais no meras fantasias,

    mas um problema que deve ser enfrentado e considerado no cotidiano.

    Vimos que a identidade sexual se estabelece aos 5 anos, com a finalizao

    do perodo triangular ou edpico, e se fortalece durante a idade escolar ou latncia.

    Na adolescncia, a possibilidade real de ter relaes sexuais e de procriar, alm da

    aquisio da capacidade de estabelecer vnculos de intimidade, exige maior

    esclarecimento e fortalecimento da atividade sexual.

    Nas meninas, o amadurecimento sexual mais precoce e a menarca

    (primeira menstruao) comum entre os 12 e os 13 anos. Entre os 10 e os 17

    anos, ocorre em praticamente 100% da populao feminina.

    A menarca tem um grande significado; smbolo da condio feminina. Faz

    com que a menina sinta-se mulher.

    Os primeiros perodos menstruais em geral no so acompanhados de

    ovulao. Como conseqncia, a maioria das jovens incapaz de conceber durante

    um ou dois anos aps iniciada a menstruao.

  • 12

    O ciclo menstrual tem grande importncia na personalidade e na atividade da

    mulher. As modificaes cclicas hormonais, que se produzem em mdia a cada 28

    dias, afetam seu estado de humor e seu comportamento.

    Tudo isso acaba surpreendendo o adolescente, que passa a no reconhecer-

    se em seu prprio corpo. Este processo to acelerado e transformador afeta

    principalmente seu esquema corporal, que foram estruturados atravs de anos de

    vivncia em um processo somatognsico.Seu esquema corporal tem que adaptar-se

    a este crescimento e desenvolvimento. Os reflexos deste acontecimento so

    representados pelo cotidiano dos adolescentes, onde comeam a esbarrar em

    alguns objetos, a derrubar coisas, a abraar forte demais outras pessoas, tornam-se

    desajeitados com relao micro e macromotricidade; tudo isso por que ainda no

    ocorreu o redimensionamento da percepo de espao, tempo e tnus ao novo

    corpo que passou a possuir.

    O aparecimento dos caracteres sexuais secundrios refora este ponto,

    influindo largamente na auto imagem do adolescente, na forma como ele v seu

    corpo modificado e em processo de modificao.

    Neste contexto pode-se dizer que a adolescncia um perodo de transio

    entre a infncia e a idade adulta, caracterizado por intenso crescimento e

    desenvolvimento que se manifesta por marcantes transformaes anatmicas,

    fisiolgicas, psicolgicas e sociais (Setian, 1979). Segundo Knobel (1981, p.24).

    (...) este perodo da vida, como todo o fenmeno humano, tem sua

    exteriorizao caracterstica dentro do marco cultural-social no qual se

    desenvolve. Assim, devemos em parte considerar a adolescncia como um

    fenmeno especfico dentro de toda histria do desenvolvimento do ser

    humano, e, por outro lado, estudar a sua expresso circunstancial de

    carter geogrfico e temporal histrico-social .

    Neste perodo, a maior parte dos pais, aqueles suficientemente bons

    percebem como os adolescentes esto sensveis, no incio da puberdade, pois a

    qualquer observao ou brincadeira que se diga a respeito a seus corpos, estimulam

    diferentes condutas, como: fugir da conversa, dissimulando, chorando ou mesmo

    agredindo. Esta sensibilidade exagerada ou a aparente falta de interesse pelo

    assunto, coincide com a fase de negao e de fuga que o adolescente vive, no incio

    da puberdade.No querer cuidar de si, desleixar da sua higiene pode representar

    uma fuga das situaes de contato com o prprio corpo. Por outro lado, a revolta

    como uma situao no processo de luto, em que a agressividade pode voltar-se

  • 13

    tanto para objetos como para si mesmo.Winnicott (1993b, p.115) nos coloca

    sabiamente que

    (...) esta uma fase que precisa ser efetivamente vivida, e

    essencialmente uma fase de descoberta pessoal. Cada indivduo v-se

    engajado numa experincia viva, num problema do existir.

    4.3 DVIDAS PERTINENTES

    As dvidas que surgem nesta fase podem ser claramente respondidas pelo

    educador e professor de Cincias, o que favorece a aproximao e a possibilidade

    de se abrir temas com respeito ao desenvolvimento e a aprendizagem.

    Nesta oportunidade se conhece mais o aluno e a maneira individual de

    absoro da matria.

    Se o aluno conseguir esclarecer as dvidas com o professor, sentir mais

    confiana e passar a dar credibilidade, aumentando assim a sua ateno e vontade

    de compreender e dar ouvidos ao educador, cada vez mais.

    4.4 CRIAO DE IDENTIDADE

    A construo de identidade considerada a passagem mais importante do

    desenvolvimento humano, onde um adolescente passa para a fase adulta, na qual

    h muitas transformaes fsicas e psicolgicas. Ele mesmo deixa de depender dos

    pais e passa a tomar suas prprias decises perante seu futuro. Sofre influencias

    intrapessoal (que se referem pensamentos com a prpria pessoa, onde o

    adolescente tem a capacidade de pensar e analisar suas ideias, suas duvidas para

    com o presente e futuro), interpessoal (que se refere s relaes com os outros,

    assim acorre troca de informao, que gera aprendizado), cultural (que so valores

    impostos pela sociedade, como um todo e pela comunidade em que vive esse

    adolescente), alm das influencias decorrentes dospais, que tentam decidir pelos

    prprios filhos, causando assim crises e revoltas desses adolescentes.

    Na construo de identidade desses adolescentes, existem certas

    complicaes no meio familiar, cultural, e social; conflitos entre suas ideias, crenas,

    valores e metas pelas quais tende a seguir; Tambm observa-se falta de

    autoestima.

    So as escolhas do adolescente que formam a identidade pessoal, mas cada

    um possui um desenvolvimento diferente. Conforme suas escolhas, se o

  • 14

    adolescente tiver um desenvolvimento mais lento, esse requer ajuda e orientao

    externa, para assim poder formar sua prpria opinio.

    As escolas tambm tm um impacto muito grande na criao de identidade

    nesses adolescentes, por conta tanto de influncias que podem levar esses jovens

    para caminhos incertos, como graves traumas, que podem ser permanentes ou no.

    Neste processo de criao de identidade quando o jovem, adolescente,

    sente a necessidade de entender seu papel social e sua capacidade transformadora,

    o que faz surgir uma oportunidade de se trabalhar as Cincias naturais. J capaz

    de reconhecer o ambiente e as situaes que podem se incluir.

    4.5 FORMAO DE GRUPOS

    Com o passar do tempo, o adolescente passa por transformao decorrente

    de seu desenvolvimento, com isso passa a se identificar com outros jovens da

    mesma faixa etria, como hbitos de se vestir, falar ou ate mesmo com o que fazer

    em seu tempo livre.

    Por conta dessas relaes com companheiros do grupo, o jovem tende a

    sofrer influncias, que acarretam rompimento com a prpria famlia, por causa de

    sua necessidade de independncia, e na sua necessidade de tomar suas prprias

    decises.

    Os jovens podem interagir com grupos de amigos que tem afinidades para

    atividades de lazer, educao e interatividades diversas.

    Estes grupos do vantagens ao educador, pois, com isso, tm a necessidade

    de seguir regras e terem opinies formadas a respeito do conhecimento. Neste caso,

    quando se aplicam tarefas so capazes de realiza-las com xito, pois tm um papel

    a desempenhar e uma atividade com dependncias de uma totalidade, que ser

    tratada no tema abaixo.

    4.6 COOPERAO

    A cooperao vista como uma forma ideal de interao humana,

    independente da faixa etria, pode ocorrer desde a infncia passando pela

    adolescncia ate os adultos.

    Inicialmente os jovens em ambiente escolar, no seu dia a dia, tende a se

    interagir com seus colegas de classe em decorrente de suas atividades e obrigaes

  • 15

    perante a escola, formando assim grupos com o mesmo interesse e objetivos

    comum,a fim de alcanarem suas metas.

    Os adolescentes de hoje em dia, ou longo do ano escolar, alem de formarem

    grupos que uma relao normal entre os jovens, eles comeam a se ajudarem em

    suas atividades perante a escola por assim dizer, que uma forma de colaborao

    com seus colegas e amigos.

    Contudo, uma coisa que pode ocorrer a competio entre grupos, onde um

    grupo se sente melhor que o outro, causando assim intrigas e brigas nas escolas

    Em um mundo de transformao com uma sociedade repleta de informaes,alguns

    apstam em competio.Com habiliddaes desenvolvidas para atingir as

    competencias ,requer pessoas com dominio na sua area de atuao,mas,sobretupo

    individuos que ajudem os demais,que valorizemos companheiros.Neste contexto o

    papel da escola primordial,oportunizando a adquirir habilidades e aptides que

    sero necessarias para a vida e para o mercado de trabalho.No lugar para se

    aprender a cooperao,oque se ve um incentivo a competio e individualidade.A

    monitoria para sries do ensino fundamental na rea de cincias no um simples

    trabalho em grupo como normalmente ocorre. organizado e motivador onde cada

    aluno do grupo influencidao pelo esforo de cada um proporcionando o inicio da

    pesquisa e investigao na escola.Tem como objetivo facilitar a aquisio do

    conhecimento de tal forma que o aluno de fato aprenda os contedos

    monistrados,ao mesmo tempo em que adquire as habilidades necessarias para um

    convivio harmonico e cooperativo em sociedade.

    5 PROCESSOS QUE DIFICULTAM A APRENDIZAGEM

    Um dos maiores problemas o senso comum j estabelecido nos alunos. O

    contexto familiar, religioso, cultural e social podem atrapalhar o aprendizado. Assim

    que, a responsabilidade do educador estabelecer estratgias que mudem o

    conceito, substituir alguns conhecimentos e transform-los.

    Nesta fase, normal que a criana j tenha muitas ideias a respeito do que

    sabe, ou aprendeu, mas estes devem se adequar Cincia. Quando se esto

    enraizados, alguns conhecimentos podem interferir no modo de agir do aluno, que

    apresentar resistncia ao educador, desta forma, para conseguir a ateno destes

    jovens necessria boa argumentao e comprovaes cientficas. Podem ser

    percebidas pela dificuldade do aluno em relacionar a teoria desenvolvida em sala

  • 16

    com a realidade a sua volta, no reconhece o conhecimento cientfico em situaes

    do seu cotidiano,com isso tem se o grande desafio tornar o ensino de Cincias

    prazeroso, instigante, mais interativo, dialgico e baseado em atividades capazes de

    atrair a ateno dos alunos.

    O ensino de Cincias Naturais tem sido freqentemente conduzido de forma

    desinteressante e pouco compreensvel.As teorias cientficas, por sua complexidade

    e alto nvel de abstrao, no so passveis de comunicao direta aos alunos de

    ensino fundamental. So grandes snteses, distantes das idias de senso comum.

    Seu ensino sempre requer adequao e seleo de contedos,pois no mesmo

    possvel ensinar o conjunto de conhecimentos cientficos acumulados.

    A abordagem dos conhecimentos por meio de definies e classificaes

    restritas que devem ser decoradas pelo estudante contraria as principais

    concepes de aprendizagem humana, como, por exemplo, aquela que a

    compreende como construo de significados

    pelo sujeito da aprendizagem, debatida no documento de Introduo aos

    Parmetros Curriculares Nacionais. Quando h aprendizagem significativa, a

    memorizao de contedos debatidos e compreendidos pelo estudante

    completamente diferente daquela que se reduz mera repetio automtica de

    textos cobrada em situao de prova.

    Torna-se, de fato, difcil para os estudantes apreenderem o conhecimento

    cientfico que, muitas vezes, discorda das observaes cotidianas e do senso

    comum.

    So inmeras as pesquisas, buscando contribuir para o ensino, que

    investigaram como crianas e jovens pensam diferentes contedos e elaboram

    idias cientficas, demonstrando seu modo de pensar distinto do adulto.

    A compreenso do que Cincia por meio desta perspectiva enciclopdica,

    livresca e fragmentada no reflete sua natureza dinmica, articulada, histrica e no

    neutra, conforme colocada atualmente. Est ausente a perspectiva da Cincia

    como aventura do saber humano, fundada em procedimentos, necessidades e

    diferentes interesses e valores.

    Buscando superar a abordagem fragmentada das Cincias Naturais, diferentes

    propostas tm sugerido o trabalho com temas que do contexto aos contedos e

    permitemuma abordagem das disciplinas cientficas de modo interrelacionado,

    buscando-se a interdisciplinaridade possvel dentro da rea de Cincias Naturais.

  • 17

    6 COMPREENSO DO PAPEL NA SOCIEDADE

    O adolescente ao longo de sua vida constantemente influenciado pelo meio

    familiar, social, e cultural, a sociedade gera uma influencia sobre o jovem desde a

    infncia, com suas regras e normas. Essas regras e normas impostas pela

    sociedade s vezes tem papeis contraditrias porque a sociedade vive em constante

    mudana, atravs da escola, da interao com outras pessoas, da mdia, da internet,

    assim esses fatores ajudam a construo de identidade desses jovens.

    A sociedade causa coero nestes adolescentes, porque querem que se

    tornem adultos responsveis. H teorias que afirmam que a construo da

    identidade de um adolescente tem muito a ver com o meio social em que se

    vive.Suponhamos que se um adolescente esteja em um nvel social mais elevado,

    com familiares com certo grau de escolaridade, esse jovem tente a ter uma

    construo de identidade mais madura, e com chances de se tornar um adulto

    responsvel.Agora,um adolescente estiver em desigualdade social, como periferias,

    a chance desse adolescente acabar indo para criminalidade e deixar de ter uma

    criao de boa, propcio tornar-se um adulto com valores diferentes.

    A sociedade imposta para esses adolescentes tem um grande impacto na

    vida desses jovens, decorrente da pobreza, da misria, do desemprego, violncias e

    convvios constantes com as drogas.

    Para o educador, esta a parte mais difcil, a competio com o mundo

    externo e com os valores j concebidos. Mas cabe a ele demonstrar o valor do

    conhecimento e da cincia. Faz-lo entender que seu papel comea quando faz

    parte de um meio com diversas espcies e reinos, da o estudo dos ecossistemas.

  • 18

    7 OPERAO LGICO-FORMAL OU HIPOTTICO DEDUTIVO

    Nesta fase, a criana, ampliando as capacidades conquistadas na fase

    anterior, j consegue raciocinar sobre hipteses na medida em que ela capaz de

    formar esquemas conceituais abstratos e atravs deles executar operaes mentais

    dentro de princpios da lgica formal. Com isso, conforme aponta a criana adquire

    "capacidade de criticar os sistemas sociais e propor novos cdigos de conduta:

    discute valores morais de seus pais e contri os seus prprios (adquirindo, portanto,

    autonomia)". (Terra, Mrcia Regina. O Desenvolvimento humano na teoria de

    Piaget.)

    Comea a deduzir concluses a partir de hipteses,por exemplo: todas as galinhas

    so azuis, Joozinho uma galinha, portanto Joozinho azul.As crianas

    formulam hipteses, experimentam, controlam variveis, registram efeitos, extraem

    concluses.Elas pensam no operacional formal,vo de fatos especificos a

    concluses gerais.

    Antes dos 7 anos (pr operacional), as crianas atingem o equilbrio por

    tentativa e erro.

    No operacional concreto, as crianas equilibram a balana de forma

    sistemtica, mas ainda no entendem a relao peso/distncia como uma

    proporo.

    Em torno dos 11 anos, formao da personalidade.O desenvolvimento

    cognitivo e o afetivo caminham juntos ao longo de todo o processo evolutivo do

    indivduo. Muitos fatores devem ser levados em conta para compreendermos a crise

    da adolescncia.

    Entre eles, fatores intelectuais e afetivos.Na adolescncia predominam os

    sentimentos idealistas e o egocentrismo.

    Sentimentos idealistas,com o surgimento da capacidade de raciocinar e refletir sobre

    o prprio pensamento, o adolescente aplica o critrio de pura lgica no julgamento

    dos eventos humanos,se lgico bom e correto falta ainda uma apreciao

    completa do mundo ele ainda no distingue entre o mundo lgico e o mundo real

    egocentrismo do adolescente.

    Segundo Piaget, o egocentrismo est associado a toda estrutura cognitiva

    recm adquirida. Em cada perodo do desenvolvimento ele se manifesta de uma

    forma particular,dominado pelos novos poderes do pensamento lgico,o adolescente

    sente-se extremamente poderoso.Acha que o mundo deve se submeter a esquemas

  • 19

    lgicos e no a esquemas da realidade.So crticos severos da sociedade e de suas

    instituies.Este egocentrismo diminui, assim como os dos perodos anteriores.

    Passa a perceber que os eventos humanos e terrenos no podem ser julgados

    estritamente por critrios lgicos.

    8 FORMAO DE CONHECIMENTO PREPARATRIO PARA PRXIMA FASE

    Nesta fase, quando todos os objetivos e mtodos de ensino j foram

    aplicados, o aluno estar preparado para prosseguir em acmulo de conhecimento.

    Na prxima etapa, o ensino mdio, o aluno passar a aplicar tudo aquilo que

    aprendeu. No haver mais muito contedo, afinal, seu conhecimento agora

    necessrio para criar concluses e estabelecer teses e projetos.

    Para que tudo isso seja possvel, necessria a base do ensino fundamental

    (com relao a contedo) e o desempenho do educador. A preparao

    fundamental para que haja uma assimilao e reconhecimento de um mundo

    complexo e vasto.

    A cincia vem estabelecer esta relao, a ponte entre os conhecimentos

    iniciais e os mais avanados, para que obtenha-se uma construo de conceitos em

    estudos especficos (no caso da universidade).

  • 20

    9 CONCLUSO

    A partir dos estudos aprofundados com relao ao ensino de Cincias, pode-

    se concluir que para se ensinar necessrio mais do que contedo, mas uma

    contextualizao naquilo que cerca o adolescente. Tambm faz-se necessrio

    ressaltar que neste trabalho no se pde mostrar tudo que foi observado na prtica,

    assim que, para cada um cabe uma compreenso da educao, pois tratando-se de

    indivduos, h uma disparidade de resultados.

    importante lembrar que a capacidade de aprendizado natural de cada

    indivduo e que como diria Gardner, em seu mais famoso livro Inteligncias

    mltiplas - A teoria na prtica: existe um nmero desconhecido de capacidades

    humanas diferenciadas, variando desde a inteligncia musical at a inteligncia

    envolvida de si mesmo.

    Por isso, o que se pode dizer que existe um mtodo, o qual apresenta-se

    aqui, formas de se aplicar as cincias. O meio apresentado eficaz, mas depender

    do lugar em que ser aplicado. Desta forma, apesar de tratar-se de seres

    individuais, a capacidade de se entender e aprender nica.

  • 21

    10 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS GRIFFA, Maria Cristina; MORENO, Jos Eduardo. Chaves para a psicologia do desenvolvimento- adolescncia, vida adulta, velhice. Tomo 2. Editora Paulista. PAPALIA, Diane E.; OLDS, Sally wendkos; FELDMAN, Ruth D. Desenvolvimento Humano. 8 Edio. PELISSARI, Adriana R. M. de Souza. Psicologia desenvolvimento: Ciclo vital. PAVO, Slvia Maria de Oliveira; GOMES, Caio Cesar. Desafios do professor:

    abordagem dos aspectos relacionais da prtica pedaggica. TERRA, Mrcia Regina. O DESENVOLVIMENTO HUMANO NA TEORIA DE PIAGET - www.unicamp.br/iel/site/alunos/publicacoes/textos/d00005.htm UBIRAJARA, Neiva, Gestor de Educao Corporativa e Relacionamento. Barreiras que dificultam a aprendizagem - http://educacaonaempresa.blogspot.com.br/2012/01/barreiras-que-dificultam-aprendizagem.html FERREIRA, Teresa Helena Schoen; FARIAS, Maria Aznar; SILVARES, Edwiges Ferreira de Mattos-A construo da identidade em adolescentes: um estudo exploratrio - http://www.scielo.br/pdf/epsic/v8n1/17240.pdf GONALVES, Maria Augusta Salin- ESCOLA, ADOLESCNCIA ECONSTRUO DA IDENTIDADE. http://www.brasa.org/Documents/BRASA_IX/Maria-Augusta-Salin-

    Goncalves.pdf GARDNER, Howard Inteligncias mltiplas: A teoria na prtica Artmed- 1993. PINTO, Virgnia Cavalcanti -O papel da representao social na construo da identidade adolescente - professora do curso de psicologia da Faculdade Maurcio de Nassau. Recife PE. - http://www.abrapso.org.br/siteprincipal/images/Anais_XVENABRAPSO/273.%20o%20papel%20da%20representa%C7%C3o%20social%20na%20constru%C7%C3o%20da%20identidade%20adolescente.pdf Martins,Mario Ribeiro-Texto publicado no site Usina de letras (http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=36665&cat=Artigos&vinda =S).