Ciencias respostas

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10-O que são interstícios? E como ele se relaciona com o fator de empacotamento e qual a sua influência nas propriedades dos materiais? . Interstícios são os espaços vazios entre os átomos da estrutura, sendo que exercem um papel muito importante no tratamento dos aços. Em qualquer estrutura cristalina o fator de empacotamento é sempre menor do que um, isto é, os átomos não ocupam todo o espaço disponível na célula unitária; Este fato implica em que existam espaços vazios entre os átomos da estrutura. Estes espaços vazios recebem o nome de interstícios e exercem um papel muito importante nos tratamentos térmicos dos aços como será visto mais adiante; Normalmente existem vários interstícios em uma estrutura cristalina e quanto menor o fator de empacotamento maior é o volume destinado aos interstícios, embora o tamanho de cada um dependa do raio atômico e da estrutura cristalina; Deste modo uma estrutura CFC possui interstícios maiores do que uma estrutura CCC, embora o seu fator de empacotamento seja maior. A principal conseqüência disto é que, quando se tiver uma solução em que os átomos do soluto se colocam em posições intersticiais, como é o caso da liga ferro-carbono, a estrutura que tiver os maiores interstícios apresentará uma maior solubilidade do que aquela que possui interstícios menores; Um interstício sempre é denominado pela figura poliédrica formada pelos átomos que estão em volta do espaço vazio e desta forma vamos encontrar interstícios tetraédricos e insterstícios octaédricos. Tanto a estrutura CCC quanto a estrutura CFC possuem estes interstícios, no entanto estes são maiores na estrutura CFC. 11-Qual a relação das direções cristalográficas com as propriedades dos materiais? Uma direção cristalográfica (ou índice de direção) é definida como uma linha entre dois pontos ou um vetor

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10-O que so interstcios? E como ele se relaciona com o fator de empacotamento e qual a sua influncia nas propriedades dos materiais?. Interstcios so os espaos vazios entre os tomos da estrutura, sendo que exercem um papel muito importante no tratamento dos aos. Em qualquer estrutura cristalina o fator de empacotamento sempre menor do que um, isto , os tomos no ocupam todo o espao disponvel na clula unitria; Este fato implica em que existam espaos vazios entre os tomos da estrutura. Estes espaos vazios recebem o nome deinterstciose exercem um papel muito importante nos tratamentos trmicos dos aos como ser visto mais adiante; Normalmente existem vrios interstcios em uma estrutura cristalina e quanto menor o fator de empacotamento maior o volume destinado aos interstcios, embora o tamanho de cada um dependa do raio atmico e da estrutura cristalina; Deste modo uma estrutura CFCpossui interstcios maiores do que uma estrutura CCC, embora o seu fator de empacotamento seja maior. A principal conseqncia disto que, quando se tiver uma soluo em que os tomos do soluto se colocam em posies intersticiais, como o caso da liga ferro-carbono, a estrutura que tiver os maiores interstcios apresentar uma maior solubilidade do que aquela que possui interstcios menores; Um interstcio sempre denominado pela figura polidrica formada pelos tomos que esto em volta do espao vazio e desta forma vamos encontrar interstcios tetradricos e insterstcios octadricos. Tanto a estrutura CCC quanto a estrutura CFC possuem estes interstcios, no entanto estes so maiores na estrutura CFC. 11-Qual a relao das direes cristalogrficas com as propriedades dos materiais?Uma direo cristalogrfica (ou ndice de direo) definida como uma linha entre dois pontos ou um vetor

As propriedades fsicas dos monocristais de algumas substncias dependem da direo cristalogrfica na qual as medies so tomadas. Por exemplo, o modulo de elasticidade, a condutividade eltrica e o indice de refrao podem ter valores diferentes nas direes [100] e [111]12-O que anisotropia e isotropia?ANISOTROPIA:. Esta direcionalidade das propriedades conhecida por anisotropia, e est associada com a diferena do espaamento atmico ou inico em funo da direo cristalogrfica. As substancias nas quais as propriedades medidas so independentes da dirao so conhecidadas por isotrpicas. A extenso e a magnitude dos efeitos da anisotropia em materiais cristalinos so funes da simetria da estrutura cristalina; o grau de anisotropia aumenta em funo da diminuio da simetria estrutural as estruturas triclnicas so normalmente acentuate anisotrpicas.Isotropia qualidade de alguns meios ou materiais que consiste em terem as mesmas propriedades fsicas em todas as direes.Substncias nas quais as propriedades medidas so independentes da direo de medio so isotrpicas;

13-Diferena entre materiais Amorfos e cristalinos?

Nos materiais cristalinos, o arranjo dos tomos, molculas ou ons ocorre de maneira regular obedecendo a uma determinada sequncia e orientao dentro do retculo cristalino. Nos materiais amorfos, tal regularidade no observada.

Do ponto de vista experimental:

Os materiais cristalinos normalmente apresentam temperatura constante durante a fuso, ou seja, apresentam ponto de fuso bastante especfico. Os materiais amorfos normalmente no apresentam temperatura constante durante a fuso. A medida que so aquecidos, comeam a perder consistncia at passar completamente para a fase lquida. Alguns materiais amorfos no chegam a passar para a fase lquida, sofrem decomposio trmica antes disso. Pode-se diferenci-los, tambm, pela tcnica de difrao de raios X. Esta tcnica possibilita identificar o tipo de rede, a distncia entre os pontos e planos da rede cristalina e etc. 14-O que so monocristais e policristais?Monocristalinos: so materiais formados por um arranjo repetitivo ao longo de toda uma direo, sendo formado por faces perfeitas, ex.: Silcio, diamantes;Policristalinos: so formados pelo crescimento de cristal em varias direes, ex.: metais, cermicas;15-Diferena de estrutura atmica e estrutura cristalina?

Melhor resposta: Oi Renata. Relaxe que a resposta simples :)

Estrutura Atomica toda estrutura que contm atmos podendo ser tanto cristalina como amorfo.

Cristalina: uma estrutura organizada molecularmente por exemplo a gua slida ou um cristal de areia.

Estrutura Cristalina a maneira que os tomos, ons ou molculas esto arranjados. J sistema cristalino, a maneira em que os tomos, ons ou molculas esto ordenados.

-Um exemplo de estrutura cristalina a ''Cbica de faces centradas (CFC)'' . Isso significa que os tomos iro se arranjar em forma de cubos com um tomo no centro de cada uma das seis faces. -Agora, sistema cristalino a maneira em que esses tomos da estrutura esto localizados. Por exemplo, a estrutura CFC pertence ao sistema cristalino cbico, pois os tomos ordenados tendem a criar um formato cbico.

Estrutura cristalina 'se importa' com como os tomos vo estar do tipo: um hexgono com 3 tomos no meio. J o sistema cristalino vai se preocupar com o fato de esse hexgono ser regular, ou se uma aresta maior que a outra, etc.

J estrutura atmica: Estrutura atmica forma do tomo, de como ele feito, todo tomo formado de protons e neutrons no seu nucleo e fora do nucle os eltrons!! Aestrutura atomica estuda a descrio e como agen dessas particulas!

16- O que alotropia?

Propriedade que possuem alguns elementos qumicos de se apresentarem com formas e propriedades fsicas diferentes, tais como densidade, organizao espacial, condutividade eltrica (p.ex., o grafite e o diamante so formas alotrpicas do carbono). Denomina-se alotropia a propriedade que certos elementos qumicos possuem de formar substncias simples diferentes.

Os principais elementos que possuem essa propriedade so o carbono, o oxignio. o fsforo e o enxofre, que , por serem todos ametais, vo formar substncias simples covalentes. As substncias alotrpicas diferem umas das outras em um dos seguintes aspectos : 1) Atomicidade ou nmero de tomos que formam a molcula da substncia . 2) Estrutura cristalina ou arranjo dos tomos no espao. Como so formadas pelo mesmo elemento, as substncias alotrpicas possuem as mesmas propriedades qumicas . As propriedades fsica porm, so muito diferentes devido diferena na estrutura e na massa dos altropos. Uma das formas alotrpicas sempre mais estvel que a(s) outra (s). A forma mais instvel ( mais energtica ) tende a se transformar espontaneamente na forma mais estvel num processo que ocorre com liberao de energia.17-Quais os tipos de defeitos na estrutura cristalina?Comente a influncia de cada nas propriedades dos materiais?

Defeitos pontuais Lacunas Ausncia de um tomo em uma posio que deveria ser ocupada na estrutura cristalina; Este defeito gera uma deficincia de ligaes entre os tomos fazendo com que os mesmos tendam a se aproximar, o que provoca uma distoro na rede e produz acmulo de energia naquele ponto (Fig. 1); So formadas durante a solidificao e tambm como um resultado de vibraes atmicas, que causam o deslocamento de tomos a partir de seus stios normais na rede. Intersticiais Caracteriza-se pela presena de um tomo em um interstcio da estrutura cristalina. Auto-intersticial prprio elemento que forma a estrutura (Fig. 2) Impureza intersticial tomo estranho ao reticulado cristalino (Fig. 2). obs.: Interstcios so pequenos em relao aos tomos que abrigam. Ocorre, ento, a distoro da rede cristalina e um acmulo de energia muito maior do que em uma lacuna. Auto-intersticial um tomo do cristal que comprimido (empurrado) para dentro de um stio intersticial, um pequeno espao vazio que sob condies ordinrias no ocupado; Este tipo de defeito em metais, introduz distores relativamente grandes na rede circundante porque o tomo substancialmente maior doque a posio intersticial em que est situado. Consequentemente, a formao deste defeito no altamente provvel, e ele existe em concentraes muito pequenas, que so significativamente menores do que aquelas para vazios. Defeitos em linha ou planares Discordncia um defeito planar que envolve o posicionamento de uma srie de tomos. Mais comum a discordncia em cunha (aresta)

Defeitos em linha ou planares Esta discordncia pode ser entendida como um plano extra de tomos, produzindo um efeito de cunha no reticulado; Existe ento, um acmulo muito maior de energia do que em um defeito de lacuna ou intersticial; Discordncias grande influncia deformao plstica estes defeitos cristalinos so os responsveis pela deformao plstica ou permanente. Se estes no existissem, a deformao dos metais seria mais difcil. Defeitos em parafuo Pode ser pensada como sendo formada por uma tenso cisalhante que aplicada para produzir a distoro Fig. a; A regio da frente superior do cristal deslocada de uma distncia atmica para a direita em relao poro da base; A distoro atmica associada a uma discordncia em parafuso tambm linear e ao longo de uma linha de discordncia, linha AB na Fig. b; A discordncia em parafuso derivou seu nome a partir de um passo ou rampa em espiral ou helicoidal que traado ao redor da linha de discordncia pelos planos atmicos; s vezes o smbolo @ usado para designar uma discordncia em parafuso; Muitas discordncias encontradas em materiais cristalinos provavelmente no so nem discordncias de aresta pura nem discordncias em espiral puras, mas sim compostas de ambos os tipos discordncias; estas so denominadas discordncias mistas. Defeitos de fronteira Os contornos de gro representam a transio entre duas orientaes de empilhamento dos tomos. Portanto, nesta regies de contorno, os tomos no possuem uma organizao definida, sendo que tambm so reas de acmulo de energia; Estes defeitos de fronteira so importantes nas transformaes de fase (maior energia favorece a nucleao) e na deformao plstica (restringir o movimento de discordncias).DEFEITOS INTERFACIAIS Defeitos interfaciais so contornos que tm 2 dimenses e normalmente separam regies dos materiais que tm diferentes estruturas cristalinas e/ou orientaes cristalogrficas; Estas imperfeies incluem: superfcies externas; contornos de gro; contornos de maclas; falhas de empilhamento; contornos de fases. Superfcies externas considerada como uma imperfeio visto que ela representa o contorno ao longo do qual a estrutura do cristal termina; tomos da superfcie no esto ligados ao nmero mximo de vizinhos mais prximos e esto, portanto, num estado de maior energia do que os tomos nas posies do interior; As ligaes destes tomos da superfcie que no esto satisfeitas do origem a uma energia de superfcie, expressa em unidades de energia por unidade de rea; Para reduzir esta energia, materiais tendem a minimizar, se for de qualquer modo possvel, a rea de superfcie total; Por exemplo, lquidos assumem uma forma tendo uma rea mnima - as gotculas se tornam esfricas. Naturalmente, isto no possvel com slidos, que so mecanicamente rgidos. Contorno de gros O contorno separa 2 pequenos gros ou cristais tendo diferentes orientaes cristalogrficas em materiais policristalinos; Um contorno de gro representado esquematicamente a partir de uma perspectiva atmica na Fig. 5;

Dentro da regio de contorno, que provavelmente justo vrias distncias atmicas de largura, existe uma certo desajuste atmico ao longo do qual existe uma transio a partir da orientao cristalina de um gro para aquela de um gro adjacentes; Vrios graus de desalinhamento cristalogrfico entre gros adjacentes so possveis (Fig. 5); Quando este desajuste de orientao leve, da ordem de uns poucos graus, ento o termo contorno de gro de pequeno ngulo usado; Estes contornos podem ser descritos em termos de disposio de discordncias; Contorno de macla Um contorno de macla (twin boundary) um tipo especial de contorno de gro atravs do qual existe uma especfica simetria de rede especular, isto , tomos de um lado do contorno esto localizados em posies de imagem de espelho dos tomos que esto do outro lado

Defeitos Interfaciais Miscelneos Outros defeitos interfaciais so possveis para incluir falhas de empilhamento, contornos de fases e paredes de domnio ferromagntico; Falhas de empilhamento so encontradas em metais CFC quando existe uma interrupo na sequncia de empilhamento ABCABCABC... de planosestreitamente compactados; Contornos de Fase existem em materiais multifsicos atravs do qual existe uma mudana repentina em caractersticas fsicas e qumicas; Para materiais ferromagnticos e ferrimagnticos, o contorno que separa regies tendo diferentes direes de magnetizao denominado uma parede de domnio; Associada a cada um dos defeitos discutidos, est uma energia interfacial, cuja magnitude depende do tipo de contorno e tambm varia de material para material. Normalmente, a energia interfacial ser a mxima para as superfcies externas e a mnima para as paredes de domnio. Existem outros defeitos em todos os materiais slidos que so muito maiores do que aqueles discutidos at aqui; Estes incluem poros, trincas, incluses estranhas e outras fases; Elas so normalmente introduzidas durante as etapas de processamento e de fabricao; Alguns destes defeitos e seus efeitos sobre as propriedades dos materiais so discutidos em Processos de Fabricao.Vibraes Atmicas Cada tomo num material slido est vibrando muito rapidamente ao redor de sua posio na rede dentro do cristal; Num certo sentido, estas vibraes pode ser pensadas como imperfeies ou defeitos; Em qualquer instante de tempo nem todos os tomos vibram com a mesma frequncia e amplitude, nem com a mesma energia;DEFEITOS DE MASSA OU DE VOLUME Existem outros defeitos em todos os materiais slidos que so muito maiores do que aqueles discutidos at aqui; Estes incluem poros, trincas, incluses estranhas e outras fases; Elas so normalmente introduzidas durante as etapas de processamento e de fabricao; Alguns destes defeitos e seus efeitos sobre as propriedades dos materiais so discutidos em Processos de Fabricao.Vibraes Atmicas Cada tomo num material slido est vibrando muito rapidamente ao redor de sua posio na rede dentro do cristal; Num certo sentido, estas vibraes pode ser pensadas como imperfeies ou defeitos; Em qualquer instante de tempo nem todos os tomos vibram com a mesma frequncia e amplitude, nem com a mesma energia;Impureza em slidos Um metal puro consistindo de apenas um nico tipo de tomo no justamente possvel; tomos de impurezas ou estranhos estaro sempre presentes e alguns existiro como defeitos de ponto cristalinos; De fato, mesmo com tcnicas relativamente sofisticadas, difcil refinar metais at uma pureza que exceda 99,9999%; Neste nvel, da ordem de 1022 a 1023 tomos impurezas estaro presentes num metro cbico de material; Muitos metais familiares no so altamente puros, ao contrrio, eles so ligas, nas quais as impurezas foram adicionados intencionalmente paraconferir caractersticas especficas aos materiais;