CIF I Encontro Científico
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Transcript of CIF I Encontro Científico
““Se os nossos cérebros fossem tão Se os nossos cérebros fossem tão simples que nós pudéssemos simples que nós pudéssemos entendê-los, então nós seríamos entendê-los, então nós seríamos tão simples que não poderíamos”tão simples que não poderíamos”
Diz-me, tu é mais alguma coisa Que uma pedra ou uma planta.Diz-me: sentes, pensas e sabesQue pensas e sentes.Então as pedras escrevem versos?Então as plantas têm ideias sobre o mundo?
Sim: há diferença.Mas não é a diferença que encontras;Porque o ter consciência não me obriga a ter teorias sobre as coisas:Só me obriga a ser consciente.
Prof. Eduardo Santana de AraujoFisioterapeuta e Mestre em Saúde Pública.www.cifbrasil.com.br
Se sou mais que uma pedra ou uma planta?Não sei.Sou diferente. Não sei o que é mais ou menos.
Ter consciência é mais que ter cor?Pode ser e pode não ser.Sei que é diferente apenas.Ninguém pode provar que é mais que só diferente.
Sei que a pedra é real, e que a planta existe.Sei isto porque elas existem.Sei isso porque meus sentidos me mostram.Sei que sou real também.Sei isto porque os meus sentidos me mostram,Embora com menos clareza que me mostram a pedra e a planta.Não sei mais nada.
Sim, escrevo versos, e a pedra não escreve versos.Sim, faço ideias sobre o mundo, e a planta nenhuma.Mas é que as pedras não são poetas, são pedras;E as plantas são plantas só, e não pensadores.Tanto posso dizer que sou superior a elas por isto,Como que sou inferior.Mas não digo isso: digo da pedra, “é uma pedra”,Digo da planta, “é uma planta”,Digo de mim, “sou eu”.E não digo mais nada. Que mais há a dizer?
Fernando Pessoa – Tabacaria e outros poemas, 1996
ICIDH (1976-1980) ICIDH-2 (1993)
Doença disfunção incapacidade desvantagem
CIF (2001 – 2003)
Evolução da classificaçãoEvolução da classificação
Função e Atividade Participação
Estrutura
Condição de saúde (transtorno ou doença)
Fatores ambientais Fatores pessoais
Fonte: OMS, 2001.
TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA;
O diagnóstico da doença, apenas, não prevê totalmente a necessidade de serviços, tempo de hospitalização, nível de cuidados e resultados funcionais;
Um código que determine a presença de doença não é preditor completo para recebimentos de benefícios por incapacidade, desempenho para o trabalho ou integração social.
necessidade de classificar funcionalidade!
A CIF assume uma posição neutra em relação à etiologia;
Mudança de um pensamento linear para um pensamento multidirecional;
Permite a obtenção de informações sobre COMO as pessoas estão vivendo.*
“Duas pessoas com a mesma doença não têm, necessariamente, o mesmo nível funcional”.
Exemplo:b7302.1 – deficiência leve da força dos
músculos de um lado do corpo.
b (body) – funções do corpo;7 (primeiro nível) – funções neuro-músculo-
esqueléticas e relacionadas ao movimento;30 (segundo nível) – funções da força muscular;2 (terceiro nível) – força dos músculos de um lado
do corpo;.1 (qualificador) – deficiência leve.
O indivíduo é classificado com mais de um código;
A CID-10 e a CIF são complementares, porém, o uso individual de cada classificação é perfeitamente possível;
CID-10 permite que se conheçam as doenças;
A CIF permite que se conheçam os determinantes da incapacidade, fatores ambientais e fatores sociais. O objetivo é classificar SAÚDE.
Nenhum autor tentou usar a classificação na íntegra;
Não foi possível identificar a intenção do uso de programas de computador;
A maioria dos autores considerou importante o uso de regras de relacionamento entre as medidas existentes e a CIF;
Criação de listas resumidas.
Listas resumidas desenvolvidas por consensos;
Regras de relacionamento desenvolvidas por consensos;
A CIF não substitui as medidas existentes; As listas resumidas foram criadas à partir
de determinadas doenças ou, de acordo com as áreas de atuação.
A produção da área de Fisioterapia está voltada à operacionalização do uso da classificação;
Não há informações sobre regiões ou países que usem a CIF na íntegra;
Boa perspectiva, porém, há barreiras que dificultam a implantação;
Modelo da CIF serve como guia de atuação; Ajuda a determinar os objetivos do
tratamento.
Steiner et al*:- discordam de listas resumidas pré-determinadas.
Sampaio et al*, Peremboom e Chorus, Heerkens et al, Ewert et al, Goldstein et al*:- listas resumidas de acordo com determinadas doenças, mantêm o modelo linear.
Finger et al*:- criação de listas resumidas por área da Fisioterapia;- uma lista comum.
Weigl et al, Cieza et al, Scheuringer et al, Herold, Kirchberger et al, Brockow et al:- listas resumidas desenvolvidas para determinadas condições de saúde;- criação de regras de relacionamento;- validação das listas resumidas.
Peremboom e Chorus:- não considera necessário o uso do qualificador;- facilita informações epidemiológicas;- continuar usando as medidas existentes;- não criar regras de relacionamento, pois, nenhuma medida tem todos os domínios da CIF.
Condição de saúde (transtorno ou doença)
Fatores ambientais Fatores pessoais
Funções e Atividade Participação
Estruturas
Schneidert et al e Palisano: - ponto mais importante é considerar a influência dos fatores ambientais; - assistência domiciliar.
Finger et al e Sampaio et al: - padronização da linguagem.
Duas pessoas com a mesma doença não têm, necessariamente, o mesmo nível funcional.
Duas pessoas com a mesma alteração funcional não têm, necessariamente, a mesma doença.
Duas pessoas com as mesmas deficiências não têm, necessariamente, as mesmas incapacidades.
- Inclusão da classificação e do seu modelo nos cursos de graduação, pós-graduação e extensão em Fisioterapia.
- Inserção de listas resumidas da CIF nos serviços de Fisioterapia, de acordo com as áreas de atuação, para ser usada por profissionais treinados.