CIÊNCIAS HUMANAS 1 - Curso Objetivo · 2019-02-12 · América Anglo-Saxônica (EUA e Canadá)...

42
C C I I Ê Ê N N C C I I A A S S H H U U M M A A N N A A S S 1 Um autor do século VI assim descreveu o rei Átila, que, comandando os hunos, chegou às portas de Roma: Homem vindo ao mundo em um entrechoque de raças, terror de todos os países, não sei como ele semeava tanto pavor, a não ser pela ligação que se fazia de sua pessoa com um sentimento de terror. Tinha um porte altivo e um olhar singularmente móvel, se bem que cada um de seus movimentos traduzisse o orgulho de seu poder. (...) sua pequena-estatura, seu peito largo, sua cabeça grande, seus olhos minúsculos, sua barba rala, sua cabeleira eriçada, seu nariz muito curto, sua tez escura, eram sinais de suas origens. (Jordanes. Getica XXXV (c. 551), citado por Jaime Pinsky (org.). O modo de produção feudal, 1982.) Ao representar Átila, que imagem dos bárbaros o autor transmite? Resolução A descrição de Átila feita pelo cronista procura associá-lo à imagem que se tinha do Demônio, carac- terizando os bárbaros como uma força do Mal que tentava destruir os defensores de Roma e da religião cristã – entendidas como símbolos do Bem. Deve-se ainda frisar a insistência do autor em contrastar o fenótipo de Átila com o padrão greco-romano, apon- tando assim para uma pretensa incompatibilidade entre as duas populações e suas respectivas culturas. Obs.: A formulação da questão apresenta algumas incorreções significativas, a saber: a) Átila não “chegou às portas de Roma”, pois foi dissuadido de fazê-lo em 452, após uma entrevista com o papa Leão I às margens do Rio Pó (portanto, no Norte da Itália). b) A imagem que o cronista atribui a Átila não pode ser estendida aos demais “bárbaros” que haviam invadido o Império Romano, pois a quase totali- dade deles era constituída de povos germânicos, com um fenótipo muito mais próximo do tipo greco-romano do que dos hunos (povo de etnia mongólica procedente da Ásia Central). U U N N E E S S P P ( ( 2 2 ª ª F F A A S S E E ) ) D D E E Z Z E E M M B B R R O O / / 2 2 0 0 1 1 0 0

Transcript of CIÊNCIAS HUMANAS 1 - Curso Objetivo · 2019-02-12 · América Anglo-Saxônica (EUA e Canadá)...

Page 1: CIÊNCIAS HUMANAS 1 - Curso Objetivo · 2019-02-12 · América Anglo-Saxônica (EUA e Canadá) UNNEESSPP )((22ªª EFFASSEE) ... 8 No mapa está representada, em negrito, uma formação

CCIIÊÊNNCCIIAASS HHUUMMAANNAASS1Um autor do século VI assim descreveu o rei Átila, que,comandando os hunos, chegou às portas de Roma:

Homem vindo ao mundo em um entrechoque de raças,terror de todos os países, não sei como ele semeava tantopavor, a não ser pela ligação que se fazia de sua pessoacom um sentimento de terror. Tinha um porte altivo e umolhar singularmente móvel, se bem que cada um de seusmovimentos traduzisse o orgulho de seu poder. (...) suapequena-estatura, seu peito largo, sua cabeça grande,seus olhos minúsculos, sua barba rala, sua cabeleiraeriçada, seu nariz muito curto, sua tez escura, eram sinaisde suas origens.

(Jordanes. Getica XXXV (c. 551), citado por Jaime Pinsky (org.). O modo de produção feudal, 1982.)

Ao representar Átila, que imagem dos bárbaros o autortransmite?

ResoluçãoA descrição de Átila feita pelo cronista procuraassociá-lo à imagem que se tinha do Demônio, carac -terizando os bárbaros como uma força do Mal quetentava destruir os defensores de Roma e da religiãocristã – entendidas como símbolos do Bem. Deve-seainda frisar a insistência do autor em con trastar ofenótipo de Átila com o padrão greco-romano, apon -tando assim para uma pretensa in com patibilidadeentre as duas populações e suas respectivas culturas.Obs.: A formulação da questão apresenta algumasincorreções significativas, a saber: a) Átila não “chegou às portas de Roma”, pois foi

dissuadido de fazê-lo em 452, após uma entrevistacom o papa Leão I às margens do Rio Pó(portanto, no Norte da Itália).

b) A imagem que o cronista atribui a Átila não podeser estendida aos demais “bárbaros” que haviaminvadido o Império Romano, pois a quase totali -dade deles era constituída de povos germânicos,com um fenótipo muito mais próximo do tipogreco-romano do que dos hunos (povo de etniamongólica procedente da Ásia Central).

UUNNEESSPP ((22ªª FFAASSEE )) –– DDEEZZEEMMBBRROO//22001100

Page 2: CIÊNCIAS HUMANAS 1 - Curso Objetivo · 2019-02-12 · América Anglo-Saxônica (EUA e Canadá) UNNEESSPP )((22ªª EFFASSEE) ... 8 No mapa está representada, em negrito, uma formação

2O Impressionismo foi um dos movimentos artísticos maissignificativos do século XIX. Indique uma característicada pintura impressionista, presente na tela, e o motivopelo qual se afirma que ela rompeu com a pintura realista.

(Claude Monet. Impression, soleil levant (1873). Musée Marmottan, Paris. Extraído de

http://www.ibiblio.org/wm/paint/glo/impressionism)

ResoluçãoCaracterística: Valorização da luz e de seus efeitossobre as cores (decomposição cromática). O Impres -sio nismo rompeu com a pintura realista na escolha dostemas (paisagens e cenas alegres, em substituição atemas sociais) e no abandono da precisão formal dode senho em benefício da pincelada livre e dasimpressões por ela produzidas em relação à luz e à cor.

UUNNEESSPP ((22ªª FFAASSEE )) –– DDEEZZEEMMBBRROO//22001100

Page 3: CIÊNCIAS HUMANAS 1 - Curso Objetivo · 2019-02-12 · América Anglo-Saxônica (EUA e Canadá) UNNEESSPP )((22ªª EFFASSEE) ... 8 No mapa está representada, em negrito, uma formação

3Em 1922, Ele marcha sobre Roma. Ele é a Itália emmovimento. A Revolução prossegue. Depois de meioséculo de letargia, a nação cria seu próprio regime. Surgeo Estado dos italianos. Seu poder manifesta-se. Suasvirtudes vêm à tona. Seu império está em formação. Essegrande renascimento (...) terá o nome Dele. Em todo omundo se inaugura um século italiano: o século deMussolini.

(Augusto Turati (1928), citado por Donald Sassoon. Mussolini e a ascensão do fascismo, 2009.)

O perfil de Benito Mussolini foi escrito em 1928 e mostraalgumas características do fascismo italiano. Identifique,a partir do documento, como esse perfil de Mussolini,traçado pelo autor do texto, caracteriza a ideologiafascista e se opõe aos princípios políticos democráticos.

ResoluçãoEnquanto a democracia enfatiza a participação doscidadãos na escolha dos governantes e nas decisões deinteresse coletivo, o texto transcrito evidencia prin -cípios diametralmente opostos, ligados à ideologiafascista: a figura do líder como um dirigente provi -dencial e absoluto, identificado com a nação e criadorde um novo regime político, revolucionário e totali -tário. Podem-se ainda acrescentar o expansionismo(presente na alusão à formação de um “império”) e omilita rismo que lhe seria inerente.

4A década de 1930 no Brasil é normalmente associada aovarguismo. Além da liderança de Getúlio Vargas, operíodo também apresentou forte radicalização política.Como podemos associar tal fenômeno ao panoramainternacional de então? Cite dois exemplos de agrupa -mentos políticos radicais atuantes no Brasil dos anos 30e algumas de suas principais propostas.

ResoluçãoA “radicalização política” registrada no Brasil nosanos 30 constitui um reflexo da polarização ideológicaentre esquerda (comunismo) e direita (fascismo),surgida na Europa na década anterior e estendidadepois a países extra-europeus. Agrupamentos políticos radicais atuantes no Brasildos anos 30: ANL/Aliança Nacional Libertadora,frente progressista e antifascista, nucleada pelo PCB epresidida por Luís Carlos Prestes, com propostasantiimperialistas e de mudanças na estruturasocioeco nômica, sintetizadas no lema “Pão, Terra eLiberdade”; e a AIB/Ação Integralista Brasileira, deorientação fascista e anticomunista, liderada porPlínio Salgado e com propostas conservadoras,nacionalistas e totalitárias, sintetizadas no lema“Deus, Pátria e Família”.

UUNNEESSPP ((22ªª FFAASSEE )) –– DDEEZZEEMMBBRROO//22001100

Page 4: CIÊNCIAS HUMANAS 1 - Curso Objetivo · 2019-02-12 · América Anglo-Saxônica (EUA e Canadá) UNNEESSPP )((22ªª EFFASSEE) ... 8 No mapa está representada, em negrito, uma formação

5Analise o mapa anamórfico.

MORTALIDADE INFANTIL

(DADOS DE 2002 QUE COMPUTAM A MORTE NO PRIMEIRO

ANO DE VIDA)

(www.worldmapper.org)

Explique essa representação cartográfica e mencione doisexemplos de regiões geográficas mundiais com maiores edois com menores taxas de mortalidade infantil.

ResoluçãoAnamorfose é uma técnica cartográfica que, pela proporçãodas áreas (maior ou menor), demonstra as diferençasespaciais de um determinado fenômeno, causando grandesdistorções no formato das áreas representadas.

Maiores: África SubsaarianaÁsia de Monções (Sul e Sudeste da Ásia)

Menores: EuropaAmérica Anglo-Saxônica (EUA e Canadá)

UUNNEESSPP ((22ªª FFAASSEE )) –– DDEEZZEEMMBBRROO//22001100

Page 5: CIÊNCIAS HUMANAS 1 - Curso Objetivo · 2019-02-12 · América Anglo-Saxônica (EUA e Canadá) UNNEESSPP )((22ªª EFFASSEE) ... 8 No mapa está representada, em negrito, uma formação

6Observe a figura composta a partir de diversas imagens desatélite, que mostram o mundo à noite.

A partir da figura, identifique quatro ações humanas noespaço terrestre, indicando as regiões afetadas.

Resolução– Os focos de incêndio ocorrem em áreas de

florestas e savanas tropicais, associadas aodesmatamento e ao avanço de áreas agropastoris.

– Poluição causada pela queima de gás em áreas deprodução de petróleo, como na Sibéria, na Nigériae no Golfo Pérsico.

– A atividade pesqueira intensa, principalmente noextremo oriente asiático (China, Japão e Coreiado Sul).

– Crescimento do processo de urbanização ou pre -domínio de população urbana em EUA, Europa,Japão e Coreia do Sul.

UUNNEESSPP ((22ªª FFAASSEE )) –– DDEEZZEEMMBBRROO//22001100

Page 6: CIÊNCIAS HUMANAS 1 - Curso Objetivo · 2019-02-12 · América Anglo-Saxônica (EUA e Canadá) UNNEESSPP )((22ªª EFFASSEE) ... 8 No mapa está representada, em negrito, uma formação

7O mapa espacializa a área do Golfo do México.

(Maria E. M. Simielli. Geoatlas, 2009. Adaptado.)

Cite o evento que ocorreu em abril de 2010 e trouxeproblemas ambientais sem precedentes na região doGolfo do México. Apresente três consequênciasresultantes deste fato.

Resolução– Vazamento de petróleo, no fundo oceânico, no

Golfo do México.Consequências:

– Provoca destruição de grande parte da fauna e daflora do ecossistema marinho.

– Enormes prejuízos econômicos para a empresaque opera na região e para a seguradora.

– Prejuízos econômicos e sociais nos setores da pescae do turismo.

– Desenvolvimento de novas tecnologias para poçosde petróleo em grande profundidade oceânica.

UUNNEESSPP ((22ªª FFAASSEE )) –– DDEEZZEEMMBBRROO//22001100

Page 7: CIÊNCIAS HUMANAS 1 - Curso Objetivo · 2019-02-12 · América Anglo-Saxônica (EUA e Canadá) UNNEESSPP )((22ªª EFFASSEE) ... 8 No mapa está representada, em negrito, uma formação

8No mapa está representada, em negrito, uma formaçãovegetal.

Identifique-a e mencione três características da mesma.

Resolução– Vegetação de maquis e garrigues ou formação

vegetal mediterrânea.Características:

– Antigas florestas devastadas pelo homem.– Típica formação de clima mediterrâneo, com

chuvas no inverno e seca no verão.– Presença de espécies frutíferas cultivadas com

irrigação, como uva, maçã, pera, figo, pêssego,cereja, azeitona.

– Formação típica do mediterrâneo europeu eafricano. Aparece na Califórnia (EUA), no Chile,na África do Sul e na Austrália.

– Está associada a regiões produtoras de vinho eazeite.

UUNNEESSPP ((22ªª FFAASSEE )) –– DDEEZZEEMMBBRROO//22001100

Page 8: CIÊNCIAS HUMANAS 1 - Curso Objetivo · 2019-02-12 · América Anglo-Saxônica (EUA e Canadá) UNNEESSPP )((22ªª EFFASSEE) ... 8 No mapa está representada, em negrito, uma formação

9E a verdade, o que será? A filosofia busca a verdade, masnão possui o significado e substância da verdade única.Pa ra nós, a verdade não é estática e definitiva, masmovimento incessante, que penetra no infinito. Nomundo, a verdade está em conflito perpétuo. A filosofialeva esse conflito ao extremo, porém o despe de violência.Em suas relações com tudo quanto existe, o filósofo vê averdade revelar-se a seus olhos, graças ao intercâmbiocom outros pensadores e ao processo que o tornatransparente a si mesmo. Eis porque a filosofia não setransforma em credo. Está em contínuo combate consigomesma.

(Karl Jaspers, 1971.)

Com base no texto, responda se a verdade filosóficapretende ser absoluta, justificando sua resposta com umapassagem do texto citado. Ainda de acordo com o frag -men to, explique como podemos compreender os conflitosentre filosofia e religião e cite o principal movimentofilosófico ocidental do período moderno que se caracte -rizou pelos conflitos com a religião.

ResoluçãoO ato de filosofar pressupõe reflexão e diálogo,portanto, exclui a adoção de posturas dogmáticas eabsolutas, como diz o texto de Jaspers, a “filosofiabusca a verdade, mas não possui o significado esubstância de verdade única.” Em outros termos, o atode filosofar não deve restringir-se à adoção de umcorpo ideológico fechado. Entre os filósofos, semprehouve aqueles que professavam uma fé, principal -mente cristã, grupo em que podemos citar Agostinho,Pascal e Kierkegaard. Contudo, a filosofia não sefundamenta em preceitos religiosos, correndo o riscode tornar-se uma crença fechada. Podemos compre -ender os conflitos entre filosofia e religião como o esta -bele cimento de uma reflexão autônoma e complexa,não confessional, por parte da filosofia. Por sua vez, oconhecimento religioso se vê ameaçado em seu corpodoutrinário, diante dos debates abertos propostospelos filósofos. Na Renascença, o Humanismo, repre sentado porensaístas como Erasmo de Roterdã e Ga lileu, foi ogrande movimento que abalou o teocen trismo reli -gioso. Com o tempo, surgiram alguns filósofos quepropuseram o materialismo e o ateísmo que negam aexistência de qualquer verdade metafísica.

UUNNEESSPP ((22ªª FFAASSEE )) –– DDEEZZEEMMBBRROO//22001100

Page 9: CIÊNCIAS HUMANAS 1 - Curso Objetivo · 2019-02-12 · América Anglo-Saxônica (EUA e Canadá) UNNEESSPP )((22ªª EFFASSEE) ... 8 No mapa está representada, em negrito, uma formação

10Em troca dos artigos que enriquecem sua vida, osindivíduos vendem não só seu trabalho, mas também seutempo livre. As pessoas residem em concentrações habita -cionais e possuem automóveis particulares com os quaisjá não podem escapar para um mundo diferente. Têmgigantescas geladeiras repletas de alimentos congelados.Têm dúzias de jornais e revistas que esposam os mesmosideais. Dispõem de inúmeras opções e inúmeros inventosque são todos da mesma espécie, que as mantêm ocu -padas e distraem sua atenção do verdadeiro problema,que é a consciência de que poderiam trabalhar menos edeterminar suas próprias necessidades e satisfações.

(Herbert Marcuse, filósofo alemão, 1955.)

Caracterize a noção de liberdade presente no texto deMarcuse, considerando a relação estabelecida pelo autorentre liberdade, progresso técnico e sociedade de consu -mo.

ResoluçãoMarcuse integrou a Escola de Frankfurt, que elaborouuma postura filosófica crítica, de influência marxistae de enfoque sobre as questões sociais. Essa escolaestudou intensamente os processos de alienação daconsciência promovidos pela chamada indústria cultu -ral. É nessa óptica que Marcuse vê na tecnologia mo -derna e no consumismo um processo de adestramentodo comportamento humano e, portanto, uma ameaçaà liberdade e à autonomia do homem. Marcuse enten -de liberdade como um estado autônomo da consciên -cia, ou seja, o estado em que o homem é livre paraescolher e pensar.

UUNNEESSPP ((22ªª FFAASSEE )) –– DDEEZZEEMMBBRROO//22001100

Page 10: CIÊNCIAS HUMANAS 1 - Curso Objetivo · 2019-02-12 · América Anglo-Saxônica (EUA e Canadá) UNNEESSPP )((22ªª EFFASSEE) ... 8 No mapa está representada, em negrito, uma formação

11O Iluminismo é a saída do homem de um estado de meno -ridade que deve ser imputado a ele próprio. Menoridadeé a incapacidade de servir-se do próprio intelecto sem aguia de outro. Imputável a si próprios é esta menoridadese a causa dela não depende de um defeito da inteli -gência, mas da falta de decisão e da coragem de servir-se do próprio intelecto sem ser guiado por outro. Sapereaude! Tem a coragem de servires de tua própria inteli -gência!

(Immanuel Kant, 1784.)

Esse texto do filósofo Kant é considerado uma das maissintéticas e adequadas definições acerca do Iluminismo.Justifique essa importância comentando o significado dotermo “menoridade”, bem como os fatores sociais queproduzem essa condição, no campo da religião e dapolítica.

ResoluçãoO filósofo Kant elaborou uma definição doIluminismo que nos permite compreender a propostacentral desse movimento cultural do século XVIII.O homem passou a ser visto como um projeto para aemancipação e os principais pilares dessa posturafilosófica foram: a crença na ideia de progresso, narazão humana e a construção da noção de sujeito. Otermo “menoridade”, usado por Kant, refere-se àconcepção antropológica dominante até o advento doIluminismo, na qual se entendia o homem como serinsuficiente, frágil e dependente, o que impedia opleno uso de sua razão e sua inteligência.

UUNNEESSPP ((22ªª FFAASSEE )) –– DDEEZZEEMMBBRROO//22001100

Page 11: CIÊNCIAS HUMANAS 1 - Curso Objetivo · 2019-02-12 · América Anglo-Saxônica (EUA e Canadá) UNNEESSPP )((22ªª EFFASSEE) ... 8 No mapa está representada, em negrito, uma formação

12Três maneiras há de preservar a posse de Estados acos -tumados a serem governados por leis próprias; primeiro,devastá-los; segundo, morar neles; terceiro, permitir quevivam com suas leis, arrancando um tributo e formandoum governo de poucas pessoas, que permaneçam amigas.Sucede que, na verdade, a garantia mais segura da posseé a ruína. Os que se tornam senhores de cidades livrespor tradição, e não as destroem, serão destruídos porelas. Essas cidades costumam ter por bandeira, em suasrebeliões, tanto a liberdade quanto suas antigas leis,jamais esquecidas, nem com o passar do tempo, nem porinfluência dos favores que receberam. Por mais que sefaça, e sejam quais forem os cuidados, sem promoverdesavença e desagregação entre os habitantes, conti -nuarão eles a recordar aqueles princípios e a estes irãorecorrer em quaisquer oportunidades e situações.

(Nicolau Maquiavel. Publicado originalmente em 1513. Adaptado.)

Partindo de uma definição de moralidade como conjuntode regras de conduta humana que se pretendem válidasem termos absolutos, responda se o pensamento de Ma -quiavel é compatível com a moralidade cristã. Justifiquesua resposta, comentando o teor prático ou pragmático dopensamento desse filósofo.

ResoluçãoO pensamento de Maquiavel não é compatível com amoralidade cristã. Maquiavel foi pensador de política.Defendia que o exercício do poder não deveria assumirum moralidade externa, como a cristã; ao contrário, apolítica deveria ser autonormativa, porque encontraem si a própria justificação, ao assegurar aos súditosuma existência ordenada. Por vezes, o que é ruim paraa moralidade cristã ou para um certo indivíduo –como a crueldade ou a violência –, pode ser umanecessidade da gestão política. Assim, Maquiavel viana moralidade princípios excessivamente abstratospara a prática política.

UUNNEESSPP ((22ªª FFAASSEE )) –– DDEEZZEEMMBBRROO//22001100

Page 12: CIÊNCIAS HUMANAS 1 - Curso Objetivo · 2019-02-12 · América Anglo-Saxônica (EUA e Canadá) UNNEESSPP )((22ªª EFFASSEE) ... 8 No mapa está representada, em negrito, uma formação

13Leia atentamente os três textos e analise o gráfico.

I. Pela primeira vez na história, os empresáriosdeparam-se com limites reais de crescimentoeconômico e de consumo, impostos por questõesrelacionadas à natureza. Todo produto que chega aoconsumidor, seja um carro, um tênis ou uma xícara decafé, tem origem na extração ou colheita de bens danatureza. Esses bens, a água, as terras cultiváveis, asflorestas, são finitos.

(Veja, 09.06.2010. Adaptado.)

II. A população mundial era de cerca de 250 milhões dehabitantes no ano 1 da era cristã. Em 1999, chegou a6 bilhões, e poderá alcançar 9 bilhões em 2050. Algunsautores consideram que a racionalidade humana e osavanços tecnológicos são capazes de resolver osproblemas ambientais em uma situação de crescimentopopulacional. Afirmam que as taxas de mortalidadevão continuar caindo, o bem-estar vai continuaraumen tando e que o crescimento popula cionalcontribui para o desenvolvimento humano a longoprazo.

(opensadorselvagem.org. Adaptado.)

III. Alguns autores consideram que a espécie humanaexpandiu-se a tal ponto que ameaça a existência dosoutros seres. Tornou-se uma praga que destrói eameaça o equilíbrio do planeta. E a Terra reagiu. Oprocesso de eliminação da humanidade já está emcurso e vai se dar pela combinação do agravamentodo efeito estufa com desastres climáticos e a escassezde recursos. “Bilhões de nós morrerão e os poucoscasais férteis de pessoas que sobreviverão estarão noÁrtico, onde o clima continuará tolerável”, afirmam.

(opensadorselvagem.org. Adaptado.)

Cada um dos textos I e II relaciona-se a uma das letras dográfico, A, B ou C. Indique a que letras correspondem ostextos I e II e justifique essa correlação. Para fazer jus àconclusão do texto III, uma das linhas do gráfico deveriaser modificada. Faça na figura reproduzida no espaçopara a resposta, a modificação sugerida pelo texto III ejustifique o porquê dessa modificação.

UUNNEESSPP ((22ªª FFAASSEE )) –– DDEEZZEEMMBBRROO//22001100

Page 13: CIÊNCIAS HUMANAS 1 - Curso Objetivo · 2019-02-12 · América Anglo-Saxônica (EUA e Canadá) UNNEESSPP )((22ªª EFFASSEE) ... 8 No mapa está representada, em negrito, uma formação

Resolução

Texto I – B: Os limites reais de crescimento corres -pondem à resistência ambiental.Texto II – A: A racionalidade humana e os avançostecnológicos são capazes de diminuir a resistênciaambiental fazendo com que o crescimento real seaproxime do potencial biótico.O texto III afirma que “bilhões de nós morrerão” e,portanto, ocorrerá uma drástica diminuição dadensidade demográfica populacional humana e,consequentemente, uma queda na curva C, querepresenta o crescimento real.

UUNNEESSPP ((22ªª FFAASSEE )) –– DDEEZZEEMMBBRROO//22001100

Page 14: CIÊNCIAS HUMANAS 1 - Curso Objetivo · 2019-02-12 · América Anglo-Saxônica (EUA e Canadá) UNNEESSPP )((22ªª EFFASSEE) ... 8 No mapa está representada, em negrito, uma formação

14Nova esperança contra a anemia falciforme

A anemia falciforme é uma doença genética na qual ahemoglobina A, que é produzida pelo organismo após onascimento, tem sua estrutura alterada, comprometendosua função no transporte de oxigênio.

A cura só é possível por meio do transplante de medulaóssea, um procedimento pouco realizado devido àdificuldade de encontrar doadores compatíveis.

A esperança vem da Faculdade de Ciências Farma -cêuticas da UNESP de Araraquara, onde um grupo depesquisadores está desenvolvendo um novo medicamentoque aumenta a taxa de hemoglobina fetal na correntesanguínea. A hemoglobina fetal não tem sua estruturaalterada, e poderia suprir as necessidades do pacienteno transporte de oxigênio, contudo só é produzida emabundância pelo organismo na idade fetal. O novomedicamento induz sua produção pelo organismo, semos efeitos colaterais de outros medicamentos jáexistentes.

(Jornal da UNESP, abril de 2010. Adaptado.)

A reportagem foi lida em sala de aula, e dois alunos,Marcos e Paulo, deram suas interpretações.

Segundo Marcos, o novo medicamento, além depromover a cura do paciente, permitirá que as pessoasportadoras de anemia falciforme tenham filhos normais,ou seja, a doença, até então transmitida hereditariamente,deixará de sê-lo.

Paulo discordou de Marcos e afirmou que a únicapossibilidade de cura continua sendo o transplante demedula óssea, situação na qual o indivíduo que recebeu otransplante, além de se apresentar curado, não corre orisco de ter filhos portadores da anemia.

Qual interpretação está errada, a de Marcos, a de Paulo,ambas, ou ambas as interpretações estão corretas?Justifique sua resposta.

ResoluçãoAs interpretações de Marcos e Paulo estão erradas. Otransplante de medula óssea e novas formas de terapiapara a anemia falciforme não alteram o patrimôniogenético transmitido à descendência pelas célulasreprodutoras humanas.

UUNNEESSPP ((22ªª FFAASSEE )) –– DDEEZZEEMMBBRROO//22001100

Page 15: CIÊNCIAS HUMANAS 1 - Curso Objetivo · 2019-02-12 · América Anglo-Saxônica (EUA e Canadá) UNNEESSPP )((22ªª EFFASSEE) ... 8 No mapa está representada, em negrito, uma formação

15Em comemoração aos cinco séculos do descobrimento doPaís, em 21 de setembro de 2000 foi inaugurado no HortoFlorestal da cidade de São Paulo o Arboreto 500 anos. Nolocal foram plantadas 500 mudas de 24 espécies deárvores nativas do Brasil.

Em 2008, aos 8 anos, a área possuía exemplares comaltura de até 26 metros, como o mutambo e o ingá. Nesseano, os organizadores do Arboreto 500 anos resolveramcalcular o sequestro de CO2 pelas árvores plantadas. Paraisso, calcularam o volume dos troncos, ramos, raízes edensidade da madeira das árvores do local.

Estimaram que, em oito anos, o Arboreto absorveu 60toneladas de CO2.

Contudo, os pesquisadores acreditam que este númeroesteja subestimado, pois, ao longo dos oito anos decrescimento das árvores, o total de carbono sequestradoteria sido maior que aquele presente quando do cálculodo volume dos troncos, ramos e raízes. Outro importantefator deveria ter sido considerado.

Arboreto 500 anos, Parque Estadual Alberto Löfgren (HortoFlorestal), São Paulo. (www.abjica.org.br)

Que processo fisiológico permitiu às árvores o acúmulode 60 toneladas de carbono e que fator deveria ter sidoconsiderado no cômputo do total de carbono sequestradopelas árvores do Arboreto ao longo dos oito anos?Justifique suas respostas.

ResoluçãoFotossíntese que transforma o CO2 e H2O, utilizandoenergia da luz solar em matéria orgânica que, emparte, será imobilizada para a constituição dabiomassa dos vegetais.Para o cálculo da biomassa total em relação à quan -tidade de CO2 sequestrado do meio, os pesquisadoresdeveriam considerar o número total de folhas, a suasuperfície e a massa da matéria orgânica nelascontida. Ao longo do ano, deveriam considerar amassa orgânica das flores, frutos e sementes.

UUNNEESSPP ((22ªª FFAASSEE )) –– DDEEZZEEMMBBRROO//22001100

Page 16: CIÊNCIAS HUMANAS 1 - Curso Objetivo · 2019-02-12 · América Anglo-Saxônica (EUA e Canadá) UNNEESSPP )((22ªª EFFASSEE) ... 8 No mapa está representada, em negrito, uma formação

CCIIÊÊNNCCIIAASS DDAA

NNAATTUURREEZZAA EE MMAATTEEMMÁÁTTIICCAA

16Um paciente infectado com vírus de um tipo de herpestoma, a cada 12 horas, 1 comprimido de um medicamentoque contém 125 mg do componente ativo penciclovir.

Dados: Massa molar (g. mol–1): H = 1; C = 12; N = 14;O = 16.

Constante de Avogadro: N = 6,02 x 1023 mol–1.

Dê a fórmula molecular e a massa molar do penciclovir ecalcule o número de moléculas desse componente que opaciente ingere por dia.

ResoluçãoFórmula estrutural do composto:

Fórmula molecular: C10H15N5O3Cálculo da massa molar:MC10H15N5O3

= 10 . 12 + 15 . 1 + 5 . 14 + 3 . 16

C H N O

Cálculo da massa ingerida por dia:1 comprimido –––––– 125mg2 comprimidos –––––– x

Cálculo do número de moléculas ingeridas:6,02 . 1023 moléculas –––––– 253g

y –––––– 0,250g

MC10H15N5O3= 253g/mol

x = 250mg = 0,250g

y = 5,95 . 1020 moléculas

UUNNEESSPP ((22ªª FFAASSEE )) –– DDEEZZEEMMBBRROO//22001100

Page 17: CIÊNCIAS HUMANAS 1 - Curso Objetivo · 2019-02-12 · América Anglo-Saxônica (EUA e Canadá) UNNEESSPP )((22ªª EFFASSEE) ... 8 No mapa está representada, em negrito, uma formação

17O folheto de um óleo para o corpo informa que o produtoé preparado com óleo vegetal de cultivo orgânico e óleosessenciais naturais. O estudo da composição química doóleo vegetal utilizado na fabricação desse produto permi -tiu identificar um éster do ácido cis,cis-9,12-octadeca -dienoico como um de seus principais componentes.

Escreva a fórmula estrutural completa do ácido cis,cis-9,12-octadecadienoico e indique como essa substânciapode ser obtida a partir do óleo vegetal.

ResoluçãoFórmula estrutural completa do ácido cis,cis-9,12-octadecadienoico:

O óleo vegetal é um triéster do glicerol.O ácido citado pode ser obtido pela hidrólise do éster.Por exemplo:

O||

CH2 — O — C — R1O|| H2O

CH — O — C — R2 ⎯⎯→O H+

||CH2 — O — C — C17H31

O||

CH2 — OH R1 — C — OHO||

⎯→ CH — OH + R2 — C — OH O||

CH2 — OH C17H31 — C — OH

UUNNEESSPP ((22ªª FFAASSEE )) –– DDEEZZEEMMBBRROO//22001100

Page 18: CIÊNCIAS HUMANAS 1 - Curso Objetivo · 2019-02-12 · América Anglo-Saxônica (EUA e Canadá) UNNEESSPP )((22ªª EFFASSEE) ... 8 No mapa está representada, em negrito, uma formação

18A quantidade de oxigênio dissolvido em um reservatóriocom 10 000 L de água foi determinada pela dosagem dohidróxido de manganês III, formado segundo a reaçãodescrita pela equação:

xMn(OH)2(aq) + yO2(aq) + wH2O(aq) → zMn(OH)3(s)

Conhecidas as massas molares (g . mol–1) do Mn(OH)3 = 106e do O2 = 32, e sabendo que o tratamento de 1L dessaágua com excesso de Mn(OH)2(aq) produziu 0,103 g deMn(OH)3, determine os coeficientes da equação e calculea massa total, em gramas, de O2 dissolvido no reser -vatório de água.

ResoluçãoxMn(OH)2(aq) + yO2(aq) + wH2O(aq) →→ zMn(OH)3(s)Os coeficientes da equação podem ser determinadosde várias maneiras: método das tentativas, oxidorre -dução, processo algébrico, entre outros.Vamos determiná-los pelo processo algébrico:

Admitindo , temos:

Equação 1: x =

Substituindo-o na equação 2:2 . 1 + 2w = 3 . 12w = 1

Substituindo-o na equação 3:2 . 1 + 2 . y + 1/2 . 1 = 3 . 12y = 1/2

1Mn(OH)2(aq) + 1/4O2(aq) + 1/2H2O(aq) →→ 1Mn(OH)3(s)

Transformando numa proporção de números inteiros:

para o Mn ⇒ x = z (equação 1)

para o H ⇒ 2x + 2w = 3z (equação 2)

para o O ⇒ 2x + 2y + w = 3z (equação 3)

x = 1

z = 1

w = 1/2

y = 1/4

4Mn(OH)2(aq) + 1O2(aq) + 2H2O(aq)→ 4Mn(OH)3(s)

UUNNEESSPP ((22ªª FFAASSEE )) –– DDEEZZEEMMBBRROO//22001100

Page 19: CIÊNCIAS HUMANAS 1 - Curso Objetivo · 2019-02-12 · América Anglo-Saxônica (EUA e Canadá) UNNEESSPP )((22ªª EFFASSEE) ... 8 No mapa está representada, em negrito, uma formação

Pelo método de oxidorredução, teríamos:

4Mn(OH)2(aq) + 1O2(aq) + wH2O(aq) → zMn(OH)3(s)

Completando o acerto dos coeficientes: z = 4, w = 2

4Mn(OH)2(aq) + 1O2(aq) + 2H2O(aq) → 4Mn(OH)3(s)

Pela equação, temos:

produz1 mol de O2(aq) –––––––––––– 4 mol de Mn(OH)3(s)

↓ ↓32g –––––––––––– 4 . 106gx –––––––––––– 0,103g

x ≅ 0,00777g de O2 (quantidade presente em 1Ldessa água)

1L –––––––––– 0,00777g de O210 000L –––––––––– yy = 77,7g de O2

xMn(OH)2(aq) + yO2(aq) + wH2O(aq) → zMn(OH)3(s)

oxidação (perde 1 elétron)

+ 2 + 3redução (ganha 2

elétrons)0 – 2

4Mn(OH)2 Δ = 1 x 1 = 1 4

1O2 Δ = 2 x 2 = 4 1

UUNNEESSPP ((22ªª FFAASSEE )) –– DDEEZZEEMMBBRROO//22001100

Page 20: CIÊNCIAS HUMANAS 1 - Curso Objetivo · 2019-02-12 · América Anglo-Saxônica (EUA e Canadá) UNNEESSPP )((22ªª EFFASSEE) ... 8 No mapa está representada, em negrito, uma formação

19A montagem de um experimento utiliza uma pequenarampa AB para estudar colisões entre corpos. Na primeiraetapa da experiência, a bolinha I é solta do ponto A,descrevendo a trajetória AB, escorregando sem sofrer atri -to e com velocidade vertical nula no ponto B (figura 1).

Com o auxílio de uma folha carbono, é possível marcar oponto exato C onde a bolinha I tocou o chão e com isto,conhecer a distância horizontal por ela percorrida (doponto B’ até o ponto C de queda no chão), finalizando atrajetória ABC.

Na segunda etapa da experiência, a bolinha I é solta damesma forma que na primeira etapa e colide com abolinha II, idêntica e de mesma massa, em repouso noponto B da rampa (figura 2).

Admita que as bolinhas I e II chegam ao solo nos pontosC1 e C2, percorrendo distâncias horizontais de mesmovalor (d1 = d2), conforme a figura 3.

Sabendo que H = 1 m; h = 0,6 m e g = 10 m/s2, determineas velocidades horizontais da bolinha I ao chegar ao chãona primeira e na segunda etapa da experiência.

Resolução1) Na 1.a etapa da experiência, usando a conservação

da energia mecânica entre A e B, vem:

(referência em C)

= mg (H – h)

VB = ������ 2g (H – h) = ������ 2 . 10 . 0,4 (m/s)

EB = EA

m V2B–––––––

2

VB = 2 ��2 m/s

UUNNEESSPP ((22ªª FFAASSEE )) –– DDEEZZEEMMBBRROO//22001100

Page 21: CIÊNCIAS HUMANAS 1 - Curso Objetivo · 2019-02-12 · América Anglo-Saxônica (EUA e Canadá) UNNEESSPP )((22ªª EFFASSEE) ... 8 No mapa está representada, em negrito, uma formação

De B para C, a velocidade horizontal da bolinhapermanece constante e, portanto:

2) Na 2.a etapa, ocorre uma colisão oblíqua entre asbolinhas I e II.A distância horizontal percorrida durante a quedade B para C é dada por:d = V Tqueda

Como d1 = d2, as bolinhas I e II, imediatamenteapós a colisão, terão velocidades com módulosiguais (V).

Conservação da quantidade de movimento no atoda colisão:Qapós = Qantes

2m Vcos θ = mVB ⇒

V = = ⇒

Respostas: 1.a etapa: 2 ��2 m/s

2.a etapa: (m/s)

Observação:Se a colisão for elástica (o que não está explicitado notexto), haverá conservação da energia mecânica nacolisão:Ecinapós

= Ecinantes

=

2V2 = V2B

V = = (m/s)

Neste caso, cos θ = e θ = 45°

VB = 2 V cos θ

VB–––––––2 cos θ

2 ��2 –––––––2 cos θ

��2 V = ––––– (m/s)

cos θ

��2 –––––––

cos θ

2m V2

–––––––2

m V2B–––––––

2

VB–––––��2

2 ��2––––––

��2

V = 2m/s

VCX= VB = 2 ��2 m/s

��2 ––––

2

UUNNEESSPP ((22ªª FFAASSEE )) –– DDEEZZEEMMBBRROO//22001100

Page 22: CIÊNCIAS HUMANAS 1 - Curso Objetivo · 2019-02-12 · América Anglo-Saxônica (EUA e Canadá) UNNEESSPP )((22ªª EFFASSEE) ... 8 No mapa está representada, em negrito, uma formação

20Considere um objeto luminoso pontual, fixo no ponto P,inicialmente alinhado com o centro de um espelho planoE. O espelho gira, da posição E1 para a posição E2, emtorno da aresta cujo eixo passa pelo ponto O, perpen -dicularmente ao plano da figura, com um deslocamentoangular de 30°, como indicado

Copie no espaço específico para Resolução e Resposta, oponto P, o espelho em E1 e em E2 e desenhe a imagem doponto P quando o espelho está em E1 (P1’) e quando oespelho está em E2 (P2’). Considerando um raio de luzperpendicular a E1, emitido pelo objeto luminoso em P,determine os ângulos de reflexão desse raio quando oespelho está em E1 (α1’) e quando o espelho está em E2(α2’).

ResoluçãoAs respostas baseiam-se nas propridades da reflexãoda luz em espelhos planos:

(I) O ângulo de reflexão é igual ao ângulo de inci -dência.

(II) No espelhos planos, a imagem é simétrica do ob -jeto em relação à superfície refletora.

UUNNEESSPP ((22ªª FFAASSEE )) –– DDEEZZEEMMBBRROO//22001100

Page 23: CIÊNCIAS HUMANAS 1 - Curso Objetivo · 2019-02-12 · América Anglo-Saxônica (EUA e Canadá) UNNEESSPP )((22ªª EFFASSEE) ... 8 No mapa está representada, em negrito, uma formação

Respostas: α’1 = 0° e α’2 = 30°; ver esquemas

UUNNEESSPP ((22ªª FFAASSEE )) –– DDEEZZEEMMBBRROO//22001100

Page 24: CIÊNCIAS HUMANAS 1 - Curso Objetivo · 2019-02-12 · América Anglo-Saxônica (EUA e Canadá) UNNEESSPP )((22ªª EFFASSEE) ... 8 No mapa está representada, em negrito, uma formação

21Um gerador eletromagnético é constituído por uma espiracom seção reta e área S, que gira com velocidade angularω no interior de um campo magnético uniforme deintensidade B. À medida que a espira gira, o fluxomagnético Φ que a atravessa varia segundo a expressãoΦ(t) = B.S.cosωt, onde t é o tempo, produzindo uma forçaeletromotriz nos terminais do gerador eletromagnético,cujo sentido se inverte em função do giro da espira.Assim, a corrente no resistor R, cujo sentido inverte acada meia volta, é denominada corrente alternada.

Considere a espira com seção reta de 10 cm2, girando àrazão de 20 voltas por segundo, no interior de um campomagnético de intensidade igual a 2 × 10–5 T. Trace ográfico do fluxo magnético Φ(t) que atravessa a espiraem função do tempo, durante um período (T) indicandoos

valores do fluxo magnético nos instantes , ,e T.

Resolução1) Cálculo do valor máximo do fluxo magnético Φ:

B = 2 . 10–5TS = 10cm2 = 1 . 10–3m2

Da equação dada:Φ = B . S . cos ωt

O fluxo é máximo para:cos ωt = 1 ⇒ t = 0Φmáx = B . S = 2 . 10–5 . 1 . 10–3 (Wb)

2) Cálculo do valor mínimo do fluxo:

Φmín = –B . S ⇒

3) O período T é dado por:

T = ⇒ T = (s) ⇒

4) O gráfico do fluxo magnético em função do tempoobedece a uma função cossenoidal, assim:

Φmáx = +2 . 10–8 Wb

Φmín = –2 . 10–8Wb

1–––

f1

–––20

T = 5 . 10–2s

T––4

T––2

3T––4

UUNNEESSPP ((22ªª FFAASSEE )) –– DDEEZZEEMMBBRROO//22001100

Page 25: CIÊNCIAS HUMANAS 1 - Curso Objetivo · 2019-02-12 · América Anglo-Saxônica (EUA e Canadá) UNNEESSPP )((22ªª EFFASSEE) ... 8 No mapa está representada, em negrito, uma formação

UUNNEESSPP ((22ªª FFAASSEE )) –– DDEEZZEEMMBBRROO//22001100

Page 26: CIÊNCIAS HUMANAS 1 - Curso Objetivo · 2019-02-12 · América Anglo-Saxônica (EUA e Canadá) UNNEESSPP )((22ªª EFFASSEE) ... 8 No mapa está representada, em negrito, uma formação

22Considere um triângulo isósceles de lados medindo L,

e L centímetros. Seja h a medida da altura relativa ao

lado de medida .

Se L, h e a área desse triângulo formam, nessa ordem,uma progressão geométrica, determine a medida do ladoL do triângulo.

Resolução

1) Aplicando o Teorema de Pitágoras no triânguloAMC, retângulo, temos:

h2 +2

= L2 ⇔ h =

2) A área S do triângulo ABC é tal que:

S = = . =

3) Se L, h e S formam, nesta ordem, uma progressãogeométrica, então:

h2 = L . S ⇔2

= L . ⇔

⇔ L = �����15, em centímetros.

Resposta: L = �����15, em centímetros.

� L–––4 � L�����15

–––––––4

L––– . h2

–––––––2

L–––4

L�����15–––––––

4L2�����15

–––––––16

� L�����15–––––––

4 � L2�����15–––––––

16

L–––2

L–––2

UUNNEESSPP ((22ªª FFAASSEE )) –– DDEEZZEEMMBBRROO//22001100

Page 27: CIÊNCIAS HUMANAS 1 - Curso Objetivo · 2019-02-12 · América Anglo-Saxônica (EUA e Canadá) UNNEESSPP )((22ªª EFFASSEE) ... 8 No mapa está representada, em negrito, uma formação

23A média aritmética dos elementos de um conjunto for -mado por n valores numéricos diminui quatro unidadesquando o número 58 é retirado. Quando o número 57 éadicionado ao conjunto original, a média aritmética doselementos desse novo conjunto aumenta três unidades emrelação à média inicial. Qual o valor da soma dos elemen -tos originais do conjunto?

ResoluçãoSendo Sn e x, respectivamente, a soma dos n valoresnuméricos de um conjunto e a média aritmética dessesn valores, temos, de acordo com o enunciado:

I) = x ⇒ Sn = n x

II) ⇒ ⇔

⇔ ⇔

Dessa forma, a soma Sn = nx dos elementos originais

do conjunto é n . x = 240.

Resposta: A soma dos elementos originais do conjunto

é 240.

Sn–––n

�Sn – 58

–––––––– = x – 4n – 1

Sn + 57–––––––– = x + 3

n + 1�

n x – 58–––––––– = x – 4

n – 1

n x + 57–––––––– = x + 3

n + 1

�x + 4n = 62x + 3n = 54 �n = 8

x = 30

UUNNEESSPP ((22ªª FFAASSEE )) –– DDEEZZEEMMBBRROO//22001100

Page 28: CIÊNCIAS HUMANAS 1 - Curso Objetivo · 2019-02-12 · América Anglo-Saxônica (EUA e Canadá) UNNEESSPP )((22ªª EFFASSEE) ... 8 No mapa está representada, em negrito, uma formação

24Em todos os 25 finais de semana do primeiro semestre decerto ano, Maira irá convidar duas de suas amigas para irà sua casa de praia, sendo que nunca o mesmo par deamigas se repetirá durante esse período. Respeitadas essascondições, determine o menor número possível de amigasque ela poderá convidar.

Dado: ������201 � 14,2

Resolução1) Sendo n o número de amigas que Maira poderá

convidar, temos:

Cn,2 ≥ 25 ⇔ ≥ 25 ⇔

⇔ ≥ 25 ⇔ n2 – n – 50 ≥ 0

2) n2 – n – 50 = 0 ⇔ n = ⇔

⇔ n = ⇔ n = – 6,6 ou n = 7,6

3) O gráfico de f(n) = n2 – n – 50 é do tipo:

4) O menor valor inteiro de n para o qual n2 – n – 50 ≥ 0 é 8.

Resposta: 8

n!–––––––––2!(n – 2)!

n(n – 1)–––––––––

2

1 ± ������201 –––––––––

2

1 ± 14,2 –––––––––

2

UUNNEESSPP ((22ªª FFAASSEE )) –– DDEEZZEEMMBBRROO//22001100

Page 29: CIÊNCIAS HUMANAS 1 - Curso Objetivo · 2019-02-12 · América Anglo-Saxônica (EUA e Canadá) UNNEESSPP )((22ªª EFFASSEE) ... 8 No mapa está representada, em negrito, uma formação

Instrução: As questões de números 25 a 28 tomam porbase um soneto do livro Poemas e Canções, do par na sia -no brasileiro Vicente de Carvalho (1866-1924) e umpoema de Cancioneiro, do modernista português Fer nan -do Pessoa (1888-1935).

Velho Tema – 1

Só a leve esperança, em toda a vida,Disfarça a pena de viver, mais nada;Nem é mais a existência, resumida,Que uma grande esperança malograda.

O eterno sonho da alma desterrada,Sonho que a traz ansiosa e embevecida,É uma hora feliz, sempre adiadaE que não chega nunca em toda a vida.

Essa felicidade que supomos,Árvore milagrosa, que sonhamosToda arreada de dourados pomos,

Existe, sim: mas nós não a alcançamosPorque está sempre apenas onde a pomosE nunca a pomos onde nós estamos.

(Vicente de Carvalho. Poemas e Canções. 5 ed. São Paulo:Monteiro Lobato & C. – Editores, 1923.)

UUNNEESSPP ((22ªª FFAASSEE )) –– DDEEZZEEMMBBRROO//22001100

Page 30: CIÊNCIAS HUMANAS 1 - Curso Objetivo · 2019-02-12 · América Anglo-Saxônica (EUA e Canadá) UNNEESSPP )((22ªª EFFASSEE) ... 8 No mapa está representada, em negrito, uma formação

Cancioneiro, 150

Não sei se é sonho, se realidade,Se uma mistura de sonho e vida,Aquela terra de suavidadeQue na ilha extrema do sul se olvida.É a que ansiamos. Ali, aliA vida é jovem e o amor sorri.

Talvez palmares inexistentes,Áleas longínquas sem poder ser,Sombra ou sossego deem aos crentesDe que essa terra se pode ter.Felizes, nós? Ah, talvez, talvez,Naquela terra, daquela vez.

Mas já sonhada se desvirtua,Só de pensá-la cansou pensar,Sob os palmares, à luz da lua,Sente-se o frio de haver luar.Ah, nessa terra também, tambémO mal não cessa, não dura o bem.

Não é com ilhas do fim do mundo,Nem com palmares de sonho ou não,Que cura a alma seu mal profundo,Que o bem nos entra no coração.É em nós que é tudo. É ali, ali,Que a vida é jovem e o amor sorri.

(30.08.1933)

(Fernando Pessoa. Obra poética. Rio de Janeiro: Aguilar Editora, 1965.)

25Os poemas de Vicente de Carvalho e Fernando Pessoafocalizam o tema da busca da felicidade pelo ser humanoe se servem de antigas alegorias para simbolizar o queseria essa felicidade que todo homem procura em suavida, embora nem sempre a encontre. Identifique essasalegorias em cada poema.

ResoluçãoNo célebre soneto de Vicente de Carvalho, a metáfora,desenvolvida em alegoria, da “felicidade que supo -mos” é a imagem da “árvore... toda arreada de dou ra -dos pomos”. Nas sextilhas de Fernando Pessoacomparece outra das “antigas alegorias” da felicidadebuscada: a ilha distante – “a ilha extrema do sul” ondea “vida é jovem e o amor sorri”.

UUNNEESSPP ((22ªª FFAASSEE )) –– DDEEZZEEMMBBRROO//22001100

Page 31: CIÊNCIAS HUMANAS 1 - Curso Objetivo · 2019-02-12 · América Anglo-Saxônica (EUA e Canadá) UNNEESSPP )((22ªª EFFASSEE) ... 8 No mapa está representada, em negrito, uma formação

26A felicidade existe? – Como encontrar a felicidade?

Estabeleça um paralelo entre as respostas que cada umdos poemas apresenta a estas duas questões.

ResoluçãoConforme o poema de Vicente de Carvalho, a “árvoremilagrosa”, que representa o nosso ideal de felicidade,“existe, sim”, e parece estar a nosso dispor, no sentidode ser disposta por nós. Nós, porém, sempre a dispo -mos para além do nosso alcance, sempre a colocamoslá, não aqui – e esta, segundo se depreende do poema,é uma contingência inelutável da vida, pois “sempre”agimos assim e “nunca” de outra forma. Portanto, aconclusão autorizada pelo poema de Vicente deCarvalho é algo paradoxal: a felicidade existe, mas énosso destino nunca a alcançar.No poema de Fernando Pessoa, a “ilha extrema ... aque ansiamos”, a ilha em que situamos a nossa feli -cidade, é toda irrealidade e idealização. O alento quepode dar aos que a idealizam (os “crentes”) é pura -men te conjectural (“talvez”, palavra três vezes repe -tida na segunda estrofe). A resposta que este poemaoferece à pergunta proposta é que a felicidade nãoexiste tal como (ou onde) a idealizamos: “Não é comilhas do fim do mundo, / Nem com palmares de sonhoou não, / Que cura a alma seu mal profundo.” Nãoobstante, a felicidade pode existir, desde que não sejabuscada lá nas ilhas distantes, mas no espaço deinterioridade que o poema designa como “coração”:“É em nós que é tudo. É ali, ali, / Que a vida é joveme o amor sorri.”É comum aos dois poemas a negação do lá comoespaço da felicidade. Esta, segundo ambos, só podeestar aqui. Por isso, para o poema de Vicente de Car -valho, nós não a temos; por isso também, conforme opoema de Fernando Pessoa, não é impossível que atenhamos.

UUNNEESSPP ((22ªª FFAASSEE )) –– DDEEZZEEMMBBRROO//22001100

Page 32: CIÊNCIAS HUMANAS 1 - Curso Objetivo · 2019-02-12 · América Anglo-Saxônica (EUA e Canadá) UNNEESSPP )((22ªª EFFASSEE) ... 8 No mapa está representada, em negrito, uma formação

27Ah, nessa terra também, também / O mal não cessa, nãodura o bem.

A capacidade de significar muito com um discurso redu -zido, que é uma das características permanentes dapoesia, pode fazer com que, por vezes, uma ou duaspalavras recuperem todo um conteúdo não necessaria -mente expres so no poema. Com base nesta observação,descreva e explique o conteúdo referenciado na terceiraestrofe do poema de Fernando Pessoa apenas pela palavratambém.

ResoluçãoA repetição de também implica, com uma ênfase para -doxalmente desalentada, que numa “terra” como emoutra – isto é, na vida como a vivemos e na vida comoa idealizamos – “o mal não cessa, não dura o bem”.Portanto, o “conteúdo referenciado” pela palavratambém é uma concepção pessimista da existênciaresumida nesse verso.

28Os dois poemas se identificam por empregar mais de umavez a palavra sonho com significado equivalente. O quequerem dizer ambos os eus-líricos com essa palavra nocontexto dos poemas?

ResoluçãoVicente de Carvalho e Fernando Pessoa dão a sonho osentido de ideal de felicidade, anseio por umaexistência que não se realiza, a “hora feliz, sempreadiada / E que não chega nunca em toda a vida”, parao primeiro poeta e, para o segundo, “aquela terra desuavidade” que “já sonhada se desvirtua”, de talforma que “só de pensá-la cansou pensar”.

UUNNEESSPP ((22ªª FFAASSEE )) –– DDEEZZEEMMBBRROO//22001100

Page 33: CIÊNCIAS HUMANAS 1 - Curso Objetivo · 2019-02-12 · América Anglo-Saxônica (EUA e Canadá) UNNEESSPP )((22ªª EFFASSEE) ... 8 No mapa está representada, em negrito, uma formação

Instrução: As questões de números 29 a 32 tomam porbase um texto que integra uma reportagem da revistaFotografe Melhor e fragmentos de um artigo de ElisabethSeraphim Prosser, professora e pesquisadora de Históriada Arte e de Metodologia da Pesquisa Científica daEscola de Música e Belas Artes do Paraná.

Manifestação surgiu em Nova York nos anos de 1970

Muitos encaram o grafite como uma mera intervençãono visual das cidades. Outros enxergam uma manifes -tação social. E há quem o associe com vandalismo,pichação... Mas um crescente público prefere contemplá-lo como uma instigante, provocadora e fenomenallinguagem artística.

O grafite é uma forma de expressão social e artísticaque teve origem em Nova York, EUA, nos anos de 1970.O novaiorquino Jean-Michel Basquiat foi o primeirografiteiro a ser reconhecido como artista plástico, tendosido amigo e colaborador do consagrado Andy Warhol— a vida de Basquiat, aliás, mereceu até filme, lançadoem 1996.

A chegada ao Brasil também foi nos anos de 1970, nabagagem do artista etíope Alex Vallauri e se popularizoupor aqui. Desde a década de 1990 é pura efervescência.Irreverente, a arte das ruas colocou à prova a criativi -dade juvenil e deu uma chance bastante democrática deexpressão, que conquistou, além dos espaços públicos,um lugar na cultura nacional. Uma arte alternativa, quesaiu dos guetos para invadir regiões centrais e privile -giadas em quase todo o Ocidente.

Hoje, à vista da sociedade e totalmente integrada aocotidiano do cidadão brasileiro, a arte de rua provoca e,ao mesmo tempo, lembra a existência de minorias desfa -vo recidas e suas demandas por meio de coloridos de se -nhos que atraem a atenção.

Essa manifestação avançou no campo artístico e vemconquistando superfícies em ambientes até então impro -vá veis: do interior de famosas galerias às fachadas exter -nas de museus, como o Tate Modern, de Londres, que em2008 (maio a setembro) teve a famosa parede de tijo -linhos transformada em monumentais painéis grafi tados(25 metros) pelas mãos, sprays e talento de grafiteiros devários lugares do planeta, convidados para esse desafio,com destaque para os brasileiros Nunca e os artistas-irmãos Osgêmeos.

(Fotografe Melhor. Um show de cores se revela na arte dos grafites. São Paulo: Editora Europa,

ano 14, n.º 161, fevereiro 2010.)

UUNNEESSPP ((22ªª FFAASSEE )) –– DDEEZZEEMMBBRROO//22001100

Page 34: CIÊNCIAS HUMANAS 1 - Curso Objetivo · 2019-02-12 · América Anglo-Saxônica (EUA e Canadá) UNNEESSPP )((22ªª EFFASSEE) ... 8 No mapa está representada, em negrito, uma formação

(www.tate.org.uk)

Do vandalismo anárquico

à arte politicamente comprometida

Quanto à manifestação da arte de rua em si, pode-seafirmar que ela abrange desde o vandalismo anárquicoaté a arte politicamente comprometida. Vai da pichação,cujo propósito é sujar, incomodar, agredir, chamar aatenção sobre determinado espaço urbano ou simples -men te desafiar a sociedade estabelecida e a autoridade,até o lambe-lambe e o graffiti, nos quais se pretende criti -car e transformar o status quo.

(...)

O transeunte (...) geralmente ignora, rechaça oudestrói essa arte, considerando-a sujeira, usurpação doseu direito a uma paisagem esterilizada, uma invasão doseu espaço (às vezes privado, às vezes público), umaafronta à mente inteligente. Escolhe não olhá-la, nãoobservá-la, não ler nas suas entrelinhas e nos espaçosentre seus rabiscos ou entre seus traços elaborados.Confunde o graffiti com a pichação, isto é, a arte com ovandalismo (...).

No entanto, em documentários e em entrevistas comvários artistas de rua em Curitiba em 2005 e 2006, pôde-se constatar que essa concepção é, na maioria dos casos,improcedente. Grande parte dos escritores de graffiti edos artistas envolvidos com o lambe-lambe não apenasestuda ou trabalha, mas tem rendimento bom ou ótimona sua escola ou no seu emprego.

De acordo com a pesquisa ora em andamento, oartista de rua curitibano mora tanto na periferia quantono centro, é oriundo tanto de famílias de baixa renda

UUNNEESSPP ((22ªª FFAASSEE )) –– DDEEZZEEMMBBRROO//22001100

Page 35: CIÊNCIAS HUMANAS 1 - Curso Objetivo · 2019-02-12 · América Anglo-Saxônica (EUA e Canadá) UNNEESSPP )((22ªª EFFASSEE) ... 8 No mapa está representada, em negrito, uma formação

como de outras economicamente mais favorecidas. Seunível de instrução varia do fundamental incompleto aomédio e ao superior, encontrando-se entre eles inclusivefuncio nários de órgãos culturais e educacionais dacidade, bem como profissionais liberais, arquitetos,publicitários, designers e artistas plásticos, entre outros.Pôde-se perceber, também, que suas preocupaçõespolíticas, sua consciência quanto à ecologia e ao meioambiente na tu ral ou urbano, seu engajamento voluntárioou profis sional em organizações educacionais e assisten -cialistas são uma constante.

(Elisabeth Seraphim Prosser. Compromisso e sociedade nograffiti, na pichação e no lambe-lambe em Curitiba (2004-

2006). Anais – Fórum de Pesquisa Científica em Arte.Escola de Música e Belas Artes do Paraná.

Curitiba, 2006-2007.)

29As intervenções urbanas conhecidas como grafite, pi -chação, lambe-lambe e outras são muitas vezes apontadascomo perturbações e sujeira. Os dois textos apresentados,todavia, analisam a questão com maior abertura crítica.Com base no que informam, levante dois aspectos querefutam a afirmação segundo a qual “a arte de rua éproduto de desocupados, malandros e arruaceiros”.

ResoluçãoHá vários argumentos nos dois textos apresentadosque servem para refutar a ideia de que o grafite émera perturbação e sujeira. O primeiro texto, darevista Fotografe Melhor, apresenta-o comolinguagem artística instigante, arte alternativa,manifestação de cultura de resistência, servindo paraprovocar setores acomodados da sociedade e lembrar-lhes a existência de minorias desfavorecidas. Chegaaté a informar que conquistou espaços mais “nobres”,como os museus – o Tate Modern, de Londres, porexemplo. Já o artigo da pesquisadora ElisabethSeraphim Prosser defende a tese de que a depreciaçãoimputada ao grafite é im pro cedente, ressaltando seuaspecto de atividade politi ca mente compro me tida,preocupada com ques tões ecológicas e enga ja da em“organizações educa cionais e assistencialistas”. Alémdisso, a autora ressalta que se encontram entre osprodutores dessa manifestação “funcionários deórgãos culturais e educacionais da cidade, bem comoprofissionais liberais, arquitetos, publicitários,designers e artistas plásticos.”

UUNNEESSPP ((22ªª FFAASSEE )) –– DDEEZZEEMMBBRROO//22001100

Page 36: CIÊNCIAS HUMANAS 1 - Curso Objetivo · 2019-02-12 · América Anglo-Saxônica (EUA e Canadá) UNNEESSPP )((22ªª EFFASSEE) ... 8 No mapa está representada, em negrito, uma formação

30Partindo da máxima segundo a qual “um exemplo valemais do que mil palavras”, aponte o que o autor do textoda revista Fotografe Melhor deixa óbvio ao leitor, sob oponto de vista estético, ao mencionar, no parágrafo final,o fato de que artistas de rua foram convidados a pintarfachadas externas do museu Tate Modern de Londres.

ResoluçãoMais que quaisquer argumentos que formulassem emdefesa da arte dos artistas de rua, valeria o convitepara que esses artistas pintassem fachadas externasde um grande museu, como o Tate Modern. Talconvite representa a demonstração irrefutável, senãodo valor, ao menos do interesse estético que asinstituições da alta cultura atribuem a essa arte.

31O transeunte (…) geralmente ignora, rechaça ou destróiessa arte, considerando-a sujeira, usurpação do seudireito a uma paisagem esterilizada,…

Nesta passagem dos fragmentos do texto de Prosser, aexpressão “paisagem esterilizada” constitui uma síntesebastante expressiva da opinião do transeunte que nãoaprecia a arte de rua. Explique o que quis dizer a autoracom a atribuição do adjetivo esterilizada ao substantivopaisagem.

ResoluçãoDe acordo com a autora, alguns transeuntes conside -ram o grafite como sujeira e produto de vandalismo.Desse modo, a expressão “paisagem esterilizada” foiempregada em sentido figurado e significa ambiente“limpo”, livre de “sujeiras”, implicando o adjetivotoda a carga negativa devida aos preconceitos dos quecondenam essas formas de “arte de rua”.

32Demonstre, com base nos textos e na imagem, que a artede rua pode apresentar, além de características estéticas,também características de participação política.

ResoluçãoO grafite é considerado “arte politicamente compro -me tida” porque “pretende criticar e transformar ostatu quo”, lembrando “a existência de minorias desfa -vorecidas e suas demandas”. Valorizado por essa aurade resistência política, adquiriu prestígio e se integrouà cultura ocidental. Os grafites na fachada do TateModern já são por si só um ato político, pois conquis -ta ram um espaço cultural até então impen sável paramanifestações com tal origem social e tais caracte -rísticas estéticas.

UUNNEESSPP ((22ªª FFAASSEE )) –– DDEEZZEEMMBBRROO//22001100

Page 37: CIÊNCIAS HUMANAS 1 - Curso Objetivo · 2019-02-12 · América Anglo-Saxônica (EUA e Canadá) UNNEESSPP )((22ªª EFFASSEE) ... 8 No mapa está representada, em negrito, uma formação

Instrução: Leia o texto para responder as questões denúmeros 33 e 34.

I HAVE A DREAM – ADD RESS AT MARCH ON WASHINGTON

Martin Luther King

August 28, 1963. Washington, D.C.

I am happy to join with you today in what will go downin history as the greatest demonstration for freedom inthe history of our nation.

I have a dream that one day this nation will rise up andlive out the true meaning of its creed: “We hold thesetruths to be self-evident: that all men are created equal.”

I have a dream that one day on the red hills of Georgiathe sons of former slaves and the sons of former slaveowners will be able to sit down together at a table ofbrotherhood.

I have a dream that one day even the state ofMississippi, a desert state, sweltering with the heat ofinjustice and oppression, will be transformed into anoasis of freedom and justice.

I have a dream that my four children will one day livein a nation where they will not be judged by the color oftheir skin but by the content of their character.

I have a dream that one day the state of Alabama,whose governor’s lips are presently dripping with thewords of interposition and nullification, will betransformed into a situation where little black boys andblack girls will be able to join hands with little white boysand white girls and walk together as sisters and brothers.

I have a dream that one day every valley shall beexalted, every hill and mountain shall be made low, therough places will be made plain, and the crooked placeswill be made straight, and the glory of the Lord shall berevealed, and all flesh shall see it together.

This is our hope. This is the faith with which I returnto the South. With this faith we will be able to hew out ofthe mountain of despair a stone of hope. With this faith wewill be able to transform the jangling discords of ournation into a beautiful symphony of brotherhood. Withthis faith we will be able to work together, to praytogether, to struggle together, to go to jail together, tostand up for freedom together, knowing that we will befree one day.

(http://www.mlkonline.net/dream.html. Adaptado.)

UUNNEESSPP ((22ªª FFAASSEE )) –– DDEEZZEEMMBBRROO//22001100

Page 38: CIÊNCIAS HUMANAS 1 - Curso Objetivo · 2019-02-12 · América Anglo-Saxônica (EUA e Canadá) UNNEESSPP )((22ªª EFFASSEE) ... 8 No mapa está representada, em negrito, uma formação

33Existem no texto dois trechos que indicam claramente asideias de que todos os seres humanos têm direitos iguais,e que, futuramente, não haverá distinção entre o que aspessoas poderão realizar. Transcreva, em sua resposta,esses dois trechos em inglês e aponte, em português, duascoisas que as pessoas poderão realizar juntas.

Resolução

“I have a dream that one day this nation will rise up andlive out the true meaning of its creed: “We hold thesetruths to be self-evident: that all men are created equal.”

“This is our hope. This is the faith with which I returnto the South. With this faith we will be able to hew outof the mountain of despair a stone of hope. With thisfaith we will be able to transform the jangling discordsof our nation into a beautiful symphony of brotherhood.With this faith we will be able to work together, to praytogether, to struggle together, to go to jail together, tostand up for freedom together, knowing that we will befree one day.”

As pessoas poderão trabalhar juntas e rezar juntas.(Outras opções: lutar juntas, irem para a prisão jun -tas, defender a liberdade juntas.)

34Explique, em português, na conotação do texto e deacordo com a mensagem expressa no discurso de MartinLuther King, a oposição entre os termos a desert state ean oasis (4.o parágrafo).

ResoluçãoDr. King utiliza uma figura de linguagem e comparao estado do Mississippi a um deserto porque lá as pes -soas sofrem com o calor da injustiça e da opressão. Elegostaria de que o estado fosse transformado em umoásis, uma área de sobrevivência no deserto, para queo prazer da liberdade e da justiça erradicasse o sofri -mento dos desfavorecidos de pele escura.

UUNNEESSPP ((22ªª FFAASSEE )) –– DDEEZZEEMMBBRROO//22001100

Page 39: CIÊNCIAS HUMANAS 1 - Curso Objetivo · 2019-02-12 · América Anglo-Saxônica (EUA e Canadá) UNNEESSPP )((22ªª EFFASSEE) ... 8 No mapa está representada, em negrito, uma formação

35Trecho de uma entrevista com Omen, um conhecidografiteiro residente da cidade de Montreal, no Canadá.

Interviewer: Who are you and what are you doing latertoday?

Omen: Erm… I write OMEN and I don’t know what Iam going to do today. The weather seems to be my onlyenemy these days.

Interviewer: When’s the last time you painted?

Omen: I painted the other day at a school in Point St-Charles. Options 2 it’s called. It’s a school for childrenthat need special guidance. Their lives have been messedup by drugs and guns and all that stuff. I was there toshow them fundamentals of Graff like can control andwhat tips to use. It was pretty cool.

Interviewer: What’s your favorite medium?

Omen: Well, to paint with? I love aerosol. Love it.There is nothing more demanding and yet forgiving as faras mediums. The dry time, the size, the variety, therandomness, it’s all gold. I mean you can bust a hugepiece and then say, “nahhh.” and take it out in less thana minute and start again cuz it will already be dry. A realmedium of the future.

Interviewer: What do you think is the importance ofarchitecture in everyday life and does graffiti influencearchitecture in any way?

Omen: Architecture is an awesome field of study and itgreatly influenced my life for many years. The reality ofit is that it is an insulated discussion between architectand city and/or Private developer. The public rarely hasa say in matters. This is unfortunate because it is thepublic that will be forced to look at the unchanging designof an architect for the duration of our lifetimes and if it isunappealing one; then that is a real tragedy.

(www.yveslaroche.com/en/news. Adaptado.)

Que tipo de escola Omen declarou na entrevista quegrafitou recentemente e o que ele relatou sobre os alunosdessa escola?

ResoluçãoOmen declarou que grafitou uma escola em Point StCharles, denominada Opção 2, frequentada por alu -nos que necessitam de orientação especial. Segundo orelato de Omen, os alunos da mencionada escola ti -veram suas vidas transtornadas pelas drogas e pelasarmas.

UUNNEESSPP ((22ªª FFAASSEE )) –– DDEEZZEEMMBBRROO//22001100

Page 40: CIÊNCIAS HUMANAS 1 - Curso Objetivo · 2019-02-12 · América Anglo-Saxônica (EUA e Canadá) UNNEESSPP )((22ªª EFFASSEE) ... 8 No mapa está representada, em negrito, uma formação

36Na entrevista (texto da questão de número 35), Omenadmite que a arquitetura influenciou sua vida, e apontatrês problemas da arquitetura. Explicite dois dessesproblemas por ele apontados.

ResoluçãoOmen aponta os seguintes problemas:• o público raramente tem voz ativa na discussão de

projetos arquitetônicos;• gostando ou não do projeto arquitetônico, o pú -

blico será forçado a contemplá-lo durante toda asua vida.

RREEDDAAÇÇÃÃOOInstrução: Releia o texto apresentado como base para asquestões 29 a 32 e o texto que serviu de base às questões35 e 36.

PROPOSIÇÃO

Arte de rua, intervenção urbana, grafite, graffiti, pi cha -ção, lambe-lambe, são inúmeros os termos pelos quais éconhecida a atividade pictórica em muros, paredes e su -perfícies de prédios nas cidades do mundo inteiro. Muitaspessoas consideram tais trabalhos verdadeiros exemplosde arte plástica popular; outras afirmam que é purovandalismo. Os autores ou escritores, por vezes, têm dedar explicações à polícia, quando flagrados desenhandoou pintando em superfícies de prédios públicos ouprivados. Mas há quem os convide, tanto nas repartiçõespúblicas como nas empresas de todos os gêneros, a pintarpainéis decorativos em edifícios. E não falta tambémquem já venha implantando cursos ou atividades com -plementares para alunos do ensino fundamental e médioaprenderem a fazer grafites.

Com base neste comentário e levando em consideração,se achar conveniente, os textos apresentados para asquestões de números 29 a 32, bem como o trecho daentrevista que serviu de base para as questões 35 e 36,escreva uma redação de gênero dissertativo, em prosaobediente à norma culta da Língua Portuguesa, sobre otema:

Grafites: entre o vandalismo e a arte

UUNNEESSPP ((22ªª FFAASSEE )) –– DDEEZZEEMMBBRROO//22001100

Page 41: CIÊNCIAS HUMANAS 1 - Curso Objetivo · 2019-02-12 · América Anglo-Saxônica (EUA e Canadá) UNNEESSPP )((22ªª EFFASSEE) ... 8 No mapa está representada, em negrito, uma formação

Comentário à proposta de Redação

Solicitou-se a produção de uma dissertação sobreo tema: Grafites: entre o vandalismo e a arte. Aexemplo de provas anteriores, a Banca ofereceu aocandidato textos das Provas de Língua Portuguesa eLíngua Inglesa (“Manifestação surgiu em Nova Yorknos anos de 1970”, “Do vandalismo anárquico à artepolitica mente comprometida” e fragmento deentrevista com Omem, um conhecido grafiteiro deMontreal, Ca na dá). Caso achasse conveniente, ovestibulando poderia extrair desses textos as ideias einformações que jul gasse adequadas a seu projeto detexto.

Para proceder à própria análise do assunto, o can -di dato poderia, inicialmente, estabelecer uma distin -ção entre a pichação – arte de rua, em geralcarac te ri zada por rabiscos, assinaturas e mensagensde protesto – e o grafite – “forma de expressão sociale artística” já incorporada à “cultura nacional”. Em -bo ra ambas as manifestações envolvam a atividadepictó ri ca, caberia lembrar que a pichação continua aser encarada por boa parte da sociedade como ato devandalismo, “cujo propósito é sujar, incomodar, agre -dir”. Caso concordasse com esse ponto de vista, ocandidato poderia fazer alusão às obras de arte queintegram o patrimônio público, além de espaços pri va -dos, como a fachada de edifícios comerciais e resi -denciais, não raro alvo dos pichadores, que, emdesafio à sociedade e às autoridades, ali imprimem suamarca. Caso, porém, considerasse a pichação comoum canal alternativo de expressão, o vestibulandopoderia chamar a atenção para a indigência social deboa parte dos pichadores, que encontrariam nessaatividade uma forma irreverente de expressar seudescontenta mento e ao mesmo tempo desafiar asociedade e as autoridades.

No que diz respeito ao grafite, arte “totalmenteintegrada ao cotidiano” (a fachada do museu TateModern, de Londres, que deu lugar a “monumentaispainéis grafitados” por artistas de várias partes doplaneta, inclusive do Brasil, seria exemplo dessaintegração), seria oportuno destacar sua importâncianão apenas como “mera intervenção”, mas tambémcomo instrumento de manifestação social, política eecológica, refletindo assim o engajamento dos artistas.Outro aspecto relevante que poderia ser levado emconta estaria na implantação, nas escolas de ensinofundamental e médio, do ensino do grafite – iniciativaque já estaria rendendo bons frutos em países como oCanadá.

Se desejasse identificar pontos comuns entre a pi -chação e o grafite, o candidato poderia mencionar quemuitos dos grafiteiros hoje integrados em atividadessocialmente valorizadas teriam iniciado sua carreiranas ruas, e nelas teriam permanecido, não tivessemrecebido alguma oportunidade.

UUNNEESSPP ((22ªª FFAASSEE )) –– DDEEZZEEMMBBRROO//22001100

Page 42: CIÊNCIAS HUMANAS 1 - Curso Objetivo · 2019-02-12 · América Anglo-Saxônica (EUA e Canadá) UNNEESSPP )((22ªª EFFASSEE) ... 8 No mapa está representada, em negrito, uma formação

UUNNEESSPP ((22ªª FFAASSEE )) –– DDEEZZEEMMBBRROO//22001100