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    A insero do som no cinema:

    percalos na passagem de um me o v sual paraaudiovisual

    Fernando Morais da Costa - [email protected] FEDERA FUMINENSE

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    s pontos que pretendemos ressaltar nesta rpida reviso da passagem do cinema

    mudo para o cinema sonoro so: primeiro, desde o nascimento do cinema

    pretendeu-se que o som estivesse unido s imagens. Essa unio s no existiu

    desde o incio por conta de limitaes tcnicas, e no por !alta de tentativas ou de interesse.

    " importante !risar este argumento, uma ve# que quando se di# que o c$amado perodo

    mudo durou cerca de trinta anos, isso pode levar a crer que o advento do som no era

    dese%ado, quando, na verdade, se veri!ica o oposto& o que nos leva questo: por que

    existiam essas limitaes em relao gravao e reproduo do som, enquanto a imagem

    % passava por esses processos de !orma satis!atria' E ainda: por que o advento do cinemasonoro, quando !inalmente aconteceu, cun$ou um modo de unir os sons e as imagens que

    deu margem ao argumento de que o som seria um mero acompan$amento daquelas' (u

    se%a, como se !or%ou uma $ierarqui#ao entre os dois elementos, onde a imagem, na teoria

    e na anlise dos !ilmes, via de regra, prepondera so)re o som'

    (

    *ara comearmos a pensar a construo dessa preponder+ncia da imagem: o cinema

    pode ser entendido, e demonstraremos como realmente o , como sendo um %ovem re)ento,

    nascido na virada do sculo para o , de uma longa tradio de aparatos tecnolgicosvisuais. radio essa que, por sua ve#, uma !aceta da prima#ia da viso que caracteri#a a

    sociedade ocidental desde, pelo menos, o sculo /.

    ( que queremos di#er com prima#ia da viso' 0a o)ra de 1ars$all 1c2u$an

    encontramos uma anlise dessa preponder+ncia da viso nos processos comunicacionais da

    sociedade ocidental, em sua relao dialtica com outro dos sentidos, a audio. 1c2u$an

    a!irma que em um primeiro momento da civili#ao, quando a cultura oral era a !orma vigente

    de transmisso de con$ecimento, a audio tin$a um papel preponderante nesses

    processos, uma ve# que a in!ormao era sempre ouvida e assimilada para sua posterior

    retransmisso. 1c2u$an analisa ento os meios pelos quais a cultura ocidental deixou esse

    reinado da audio, e camin$ou rumo a um novo primado, o da viso.

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    desse salto visual, 1c2u$an lem)ra que, em um momento prximo, no princpio do sculo

    /, $ouve a instaurao da perspectiva na pintura, atri)uda a /an EFcG, na olanda, e a

    1eraccio, na tlia. ( relevo na pintura era uma complexi!icao da viso, uma acentuao

    do visual.

    Esses dois !atores so usados por 1c2u$an para concluir que a partir da dade 1dia,

    3o som perde muito em import+ncia na Europa (cidental8 5idem, p.;;6. 4 partir da, para o

    europeu, 3ver acreditar8, enquanto em outras culturas o ouvido continuava a ser o principal

    rgo de recepo. 1c2u$an contrape, para dar um exemplo, o europeu ocidental, 3que

    vive no mundo da viso8 com a populao rural a!ricana, 3que vive no mundo dossons.85idem, p.>A6.@

    4inda citada por 1c2u$an, como um dos dispositivos visuais da Henascena, a

    c+mera escura, sendo um exemplo do interesse pelas experi7ncias com a viso que

    proli!eraram na poca. al exemplo nos importante, pois como o prprio 1c2u$an cita

    rapidamente, a c+mera escura pode ser tomada, e e!etivamente o , por uma gama extensa

    de tericos, como um parente ancestral do cinema, o que nos !a# retomar o ponto onde nos

    encontrvamos, a insero do cinema nessas pesquisas de aparatos visuais.

    ( pesquisador om Cunning quem !a# tal genealogia, recon$ecendo um parentesco

    que remonta lanterna mgica, datada do sculo /, passando pela c+mera escura, pela

    !otogra!ia % no sculo , e, nos Iltimos anos daquele sculo, c$egando ao cinema.

    5C9000C, ;

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    que vin$a, de certa !orma, a suprir a !alta real de som 51400(0, op.cit. p.AL>-L6. (

    phonoscopede MemenF uma prova de que, como de!endemos, apesar da unio do som s

    imagens s se concreti#ar no !im da dcada de ;

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    estamos citando em nossa rpida genealogia. Em contraposio longa pesquisa

    relacionada aos processos !otogr!icos, o incio da gravao de sons est situado no Iltimo

    quarto do sculo , mais precisamente no ano de ;Q==, data da inveno do !ongra!o

    5DB4PEH, ;

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    e sua irm, 4ntonia MicGson, seu dese%o ao inventar o kinetoscopeera conce)er um aparato

    que pro%etasse a imagem e o somdos eventos previamente gravados, como con!irma um

    manuscrito do prprio Edison, do qual citamos o incio:

    0o ano de ;QQ=, me ocorreu a idia de que era possvel desenvolver um instrumento que!i#esse para o ol$o o que o !ongra!o !a# para o ouvido, e que isso se daria pelacom)inao dos dois. 4m)os, movimento e som, poderiam ser gravados e reprodu#idossimultaneamente 5apud MBUD(0, ;Q

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    anos mais tarde, em ;, tra#endo para o Trasil essas primeiras tentativas de sincroni#ao

    entre sons e imagens. 4ssim, estreava no Hio de Oaneiro o 3cinematgra!o !alante8, em @ de

    novem)ro de ;, segundo dados coletados por /icente de *aula 4raI%o. 4 Gazeta de

    Notciasin!orma que !oram exi)idos !ilmetes !ranceses onde 3as !iguras animadas !alam e

    cantam com uma verdade assom)rosa8 5apud 4H4XO(, ;

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    !sico, da imagem pelo som. Em !evereiro de ;

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    cinema estadunidense, e da esttica naturalista de se unir imagens e sons. HicG 4ltman

    di#ia, em ;

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    apenas em alguns momentos, e com rudos que no se aproximavam do padro sonoro mais

    realista, % demonstrado pelo cinema norte-americano8 5/EH4, ;

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    passos para a, at $o%e claudicante, camin$ada em )usca de uma indIstria cinematogr!ica

    )rasileira.

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    !ib"io#rafia

    42140, HicG 5org.6. Sound theor 8 Sound practice%0eN WorG: Houtledge, ;

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    1B2940, 1ars$all. * gal12ia de Gutem0erg. Do *aulo: Bompan$ia Editora 0acional,

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