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     Cinemateca Portuguesa Museu do CinemaJunho 2003

     Agenda na página 7

    OS CICLOS

    É DO MEU GÉNERO: POLICIALO policial é, com o western  (tema do mês de Maio), um dos géneros mais populares do cinema. Não hácinematografia que o não tenha tratado, melhor ou pior. Nesta evocação dos géneros que temos vindo afazer, cabe agora a vez ao clássico confronto de “polícias e ladrões” (ou só de ladrões) com um conjunto defilmes que ilustram as transformações do género desde os anos 40, anos que correspondem ao seuamadurecimento, e ao que de melhor se fez neste campo. Dos confrontos da polícia com as organizaçõescriminosas, onde domina a corrupção (THE RACKET,  THE BIG HEAT), aos clássicos filmes de assaltos, com ainevitável auto-destruição dos criminosos - HIGH SIERRA, THE KILLERS – até THE GETAWAY, que acabou com atradição que “o crime não compensa”. Evolução também da imagem da “mulher fatal”, queacompanhamos desde DOUBLE INDEMNITY  e THE LOCKET  até às perturbantes personagens femininas de THEGRIFTERS. Nova evolução, ainda mais significativa, a da personagem de Clint Eastwood. Mantendo a imagemdo “justiceiro por conta própria”, passa da pose fascizante do inspector Harry Callahan (DIRTY HARRY), aopolícia em convalescença de BLOOD WORK.

    50 ANOS DE CINEMASCOPE: “MAIS LARGO DO QUE A VIDA” (conclusão)A terminar o Ciclo dedicado ao CinemaScope um clássico do filme negro, A KISS BEFORE DYING (Gerd Oswald),e um exemplo que atesta da popularidade do CinemaScope mesmo fora dos Estados Unidos: KAAGAZ KEPHOOL/“FLORES DE PAPEL” do indiano Guru Dutt.

    AS ACTRIZES EFÉMERAS DO CINEMA PORTUGUÊSActrizes efémeras? É verdade que se pode dizer, falando-se de uma cinematografia que produziu cerca de600 longas-metragens de ficção, que todas as actrizes do cinema português o são, já que não há, nem podia

    haver, aquelas longas filmografias que tantos actores estrangeiros ostentam. Mesmo assim, há algumasfilmografias substanciais, cobrindo cinco ou seis décadas, como, por exemplo, as de Isabel de Castro ouCarmen Dolores, ou as de Ruy Furtado ou Canto e Castro.Mas são mais frequentes, no nosso cinema, as presenças fugazes. Actrizes que parecia terem na frente umapletórica carreira, a quem tudo parecia sorrir (críticos e espectadores) que tinham talento e fotogenia e que,depois, tão cedo de nossos olhos se apartaram. Algumas, só do cinema as conhecemos, se há ainda quemas conheça. Outras, prosseguiram uma relevante carreira nos palcos (casos das grandes Brunilde Júdice,Mirita Casimiro e Maria Lalande). Mas, no cinema, quando eram belas e jovens, só de corrida apareceram,vivendo, algumas delas, o espaço e o tempo de um filme, mesmo que tenham representado, comosecundárias - e com outras imagens - em idades maiores.Este Ciclo propõe um olhar a essas presenças efémeras, desde Maria de Oliveira, a primeira Rosa do Adro em1919 (que, depois, só revimos em Barbanegra de Pallu e nas Pupilas de Mariaud) a Rosa de Castro André,

    protagonista de Nuvem  de Ana Luísa Guimarães, mais de setenta anos depois. Outras actrizes, surgidasquando os anos 90 já iam mais avançados, não nos atrevemos a incluí-las nesta lista. Efémeras até hoje, podeser que venham a ser bem recorrentes nos próximos anos. Este Ciclo cobre cinco décadas. Não mais.Uma só das escolhidas, pode levantar dúvidas, dentro desta categoria. Efémera, Isabel Ruth, actriz e mulherde dupla vida, como lhe chamou o catálogo que a Cinemateca lhe dedicou há uns anos? Se Isabel Ruth,prodigiosa, domina o cinema português das últimas décadas, a sua presença nele, firme, hoje, não foi tãoefémera, demasiado efémera, nos anos 60, quando os percorreu correndo tão depressa como correu noMudar de Vida? Por que vimos tão pouco essa imagem de Isabel Ruth, imagem de três filmes ( Verdes Anos,Domingo à Tarde, Mudar de Vida) e não mais? Pensando bem nisso, não terá sido ela a mais efémera, comonos anos 70 o foi Maria Cabral? Porque as deixaram fugir? Porque as deixámos fugir?16 actrizes. 16 "actrizes efémeras". Fica este Ciclo para as fazer durar.

    AS FLORES DO MALHá quem guarde flores nos livros, nas gavetas ou nos baús da memória. Todas têm um significado, todas têmum sentido. Às flores deste Ciclo estão mais ligadas as suas características maléficas. Pode ser uma pista quepõe a personagem em perigo (THE BLUE GARDENIA) ou reforçar a ambiguidade de outra personagem (a flor nalapela do casaco de Marlene Dietrich em MOROCCO, a que Monsieur Verdoux ostenta). Pode representar a

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    passagem inelutável do tempo e a morte (THE STUDENT PRINCE,  A  TIME TO LOVE AND A TIME TO DIE) e a mórbidafixação no passado (VERTIGO). A rosa, em particular, tem uma multitude de significados, evocando o passadocomo deveria ter sido (THE SUBJECT WAS ROSES), escondendo a morte atrás da beleza (o castigo para o pai deBela em LA BELLE ET LA BÊTE), a paixão (CARMEN JONES) ou o esquecimento (a rosa azul de THE THIEF OF BAGDAD).Flores mansas e envolventes que se expõem (VALE ABRAÃO) ou flores selvagens que se escondem (DUEL IN THESUN). Flores do mal, mulheres do mal.

    O QUE QUERO VER

    Para ver em Junho, três dos filmes mais marcantes da renovação do cinema americano dos anos 70: M.A.S.H.(Robert Altman), THE CONVERSATION (Francis Ford Coppola) e TAXI DRIVER (Martin Scorsese).

    CANTORES/ACTORES: NICO E MARIA CALLAS A “deusa de gelo” e a “Diva” são as nossas cantoras/actrizes de Junho. Nascida Christa Päffgen em 1938, nacidade alemã de Colónia, Nico foi uma artista multifacetada, dotada de uma personalidade enigmática efascinante – e foi também a maior “musa” da segunda metade do século XX. A sua beleza “nórdica” eglacial começou por lhe abrir o caminho para uma carreira de modelo, mas depressa os encontros, ascompanhias e as curvas do caminho a conduziram a mundos bem diferentes. Nico já tinha deixado as“passerelles” e os holofotes da fotografia de moda quando, em meados dos anos 60, a encontramos entre avariadíssima “fauna” que frequentava a Factory de Andy Warhol. Warhol apadrinhou-a, fez dela uma dassuas “superstars”, inventou-a como cantora (“impondo-a” aos Velvet Underground), re-inventou-a comoactriz (em vários filmes, o mais célebre dos quais CHELSEA GIRLS, que veremos este mês) e ajudou a fixar a suaimagem mais mítica.Depois, nos anos 70, encontramo-la de novo na Europa, a filmar com Philippe Garrel (vamos também podervê-la no Ciclo que dedicamos a este cineasta), a prosseguir a sua carreira de cantora, rumo ao quase totaldesaparecimento da vida pública nos anos 80. Ironia do destino, depois de tudo o que viveu, de tudo o quefrequentou e de tudo o que tomou, Nico morreu depois de uma queda durante um bucólico passeio debicicleta em Ibiza, com uma hemorragia cerebral (causada pela queda ou causa da queda, nunca seesclareceu), no Verão de 1988.É esta mulher que centra as atenções da rubrica Cantores/Actores durante o mês de Junho: do glamour  dasesplanadas da Via Veneto na DOLCE VITA de Fellini ao peculiar glamour   do cinema segundo Andy Warhol,sigamos o rasto da “deusa de gelo”. Em complemento exibiremos na Sala 6x2 o documentário N ICO-ICON deSusanne Ofteringer.

    A série de cantores/actores traz também, este mês, a presença da divina Maria Callas na sua únicainterpretação cinematográfica, a convite de Pier Paolo Pasolini. Nascida em 1923 em New York, filha degregos emigrados, regressou com a mãe a Atenas aos 14 anos onde entrou para o Conservatório Nacional.Deu o primeiro recital em 1939 e conquistou um prémio na estreia no palco do Conservatório em CavalleriaRusticana, passando a profissional em 1941 em Boccaccio, tornando-se ao longo dos anos a mais lendáriavoz do mundo da ópera, na segunda metade do século XX, com as suas interpretações da Norma, da Tosca,da Traviata e da Lúcia. A prima donna retirou-se cedo dos palcos e morreu aos 53 anos.

    O CINEMA E A JUSTIÇA (conclusão)Em colaboração com o Departamento de Investigação e Acção Penal de LisboaA concluir o Ciclo que a Cinemateca organizou juntamente com o DIAP de Lisboa sobre temas do universo

    da justiça, apresentamos dois filmes de tribunal com enfoques muito distintos. TWELVE ANGRY MEN  (SydneyLumet) mostra os momentos antes da decisão final do júri de um julgamento de homicídio. P HILADELPHIA (Jonathan Demme) centra-se na batalha jurídica que opõe um doente de SIDA à empresa que o despediu.Aos filmes segue-se um comentário por um especialista na temática abordada.

    ABRIR OS COFRESNa rubrica Abrir os Cofres, em que temos vindo a dar visibilidade ao trabalho desenvolvido peloDepartamento de Arquivo (ANIM-Arquivo Nacional das Imagens em Movimento), assim revelandopreciosidades e curiosidades arquivadas na colecção, apresentamos este mês uma sessão dedicada aocinema de animação. O bloco de curtas-metragens programadas, de naturezas e proveniências deprodução bastante distintas, retrata a heterogeneidade do universo da animação cinematográfica e

    espelha um pouco da sua história, dando a ver raridades e importantes títulos do género.O mais antigo da sessão (FELIX TURNS THE TIDE, de 1922) é um episódio da famosa série Félix the Cat,protagonizada pelo boneco criado por Pat Sullivan, que foi uma das mais extensas séries de animação dosanos 20. Da Walt Disney Productions, apresentamos OS TRÊS PORQUINHOS, de 1938, uma das Silly Simphonies vencedora de um Oscar de melhor curta-metragem de animação e, de 1956, um exemplo da vertentepedagógica da Disney, I’M NO FOOL AS A PEDESTRIAN / MANIA DO MOTOR, em versões dobradas em brasileiro.

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    Clássicos são também VANOCNI SEN/SONHO DE NATAL, o primeiro filme do mestre da animação checa KarelZeman, que conquistou um prémio em Cannes em 1946; ZANZABELLE À PARIS (1947), um dos mais famososfilmes do pioneiro Ladislas Starevitch; BUKET ZVESDI (1962), uma preciosidade de um dos maiores nomes daescola da animação búlgara, Radka Backvarova. A animação como manifesto em duas produções deanimação das Nações Unidas, respectivamente anti-bélico e a favor da Declaração Universal dos DireitosHumanos: BOOOM (1979), do checo Bretislav Pojar, colaborador de Jiri Trnka e DOCTOR IN THE SKY (1984),realizado pelo mestre da animação britânica John Halas.Os títulos portugueses que apresentamos a abrir a sessão são três exemplos da qualidade com que aanimação foi utilizada pela e para a publicidade: O BATE LATAS, de Servais Tiago (1964), A FAMÍLIA

    PRUDÊNCIO, de Artur Correia (1969) e de finais dos anos 30, A EXTRAORDINÁRIA AVENTURA DO ZECA,recentemente restaurado pelo laboratório da Cinemateca a partir de uma cópia de imagem em nitrato eque, apesar de se ter perdido o rasto à sua banda de som, é verdadeiramente uma descoberta digna deatenção. Com realização de Adolfo Coelho e animação tri-dimensional de Mário Costa e Aquilino Mendes, ofilme é uma produção da FEPA (Filmes e Estudos de Publicidade Artística) para o Grémio de Exportadores deFrutas e Produtos Hortícolas da Ilha da Madeira.

    JACQUES TOURNEUR (conclusão)Esta sessão recupera o derradeiro filme realizado por Tourneur, que não foi possível exibir em Maio, comochegou a estar anunciado. A fechar a longa integral que dedicámos ao realizador, aqui fica WAR-GODS OF THEDEEP-CITY UNDER THE SEA.

    ANTE-ESTREIASEm primeira apresentação, a Cinemateca exibe em Junho A  CIDADE MAIS CINEMATOGRÁFICA DO MUNDO, filmecolectivo dos alunos da Escola Superior Artística do Porto, e O   BINÓCULO RUSSO,  curta metragem de CarlosMichaëlis de Vasconcellos.

    PHILIPPE GARREL: UMA ALTA SOLIDÃOUm dos cineastas mais importantes da geração “pós-nouvelle vague”, e seguramente um dos nomes maisimportantes no panorama do cinema contemporâneo. Apesar de tais afirmações serem relativamentepacíficas e facilmente subscritas por muitos, forçoso será reconhecer que a visibilidade da obra de PhilippeGarrel não tem correspondido a um semelhante estatuto. Pelo menos (mas não só) em Portugal. Por essa

    razão, esta retrospectiva da obra de Garrel será sem dúvida um dos momentos mais importantes daactividade da Cinemateca.É evidente que Garrel rima com “secreto” (L’ENFANT SECRET é o título de um dos seus filmes, e apetecia pô-loem subtítulo deste Ciclo), e que a sua obra nunca procurou – nem nunca possibilitou – uma presença maisenfática nos circuitos de distribuição comercial. Garrel, que começou a filmar aos 13 (!) anos, cujo primeirofilme hoje existente foi rodado aos 16 anos, construiu uma obra onde a intimidade é, não poucas vezes, opróprio tema, e uma obra que encontra algumas das suas raízes no cruzamento entre o “home movie” ou o“filme amador” e o underground – termos que são válidos para quase toda a sua produção durante os anos60 e a primeira metade dos anos 70.São muitos os que têm Garrel na conta de ser o primeiro cineasta do “pós-nouvelle vague”, implicando comisso não apenas uma descendência mas também, e possivelmente sobretudo, um corte, a emergência deuma outra sensibilidade. De certa forma, essa ideia é reforçada pelo efeito “geracional” da obra de Garrel,

    um daqueles raros cineastas que, como diria Daney, faz filmes para dar “notícias de si” e consequentemente“notícias de nós”, sendo que este “nós” tem todo o significado de uma partilha que começa por ser umaquestão de comunidade geracional. E, de resto, ao falar de si e da sua gente, Garrel fez da sua obra umretrato, caótico e não poucas vezes visceral, da geração que nasceu no rescaldo da II Guerra Mundial e queatravessou o Maio de 68.Por outro lado, é evidente que o interesse do cinema de Garrel transcende em muito essa questão de ele(também) ser uma espécie de porta-voz de uma geração. Há na sua obra – recheada de preocupaçõesmíticas e universais, como o atesta o seu interesse pela psicanálise – uma profunda consciência do cinemacomo elemento acrescentado à história da arte, uma radical interpretação do “cinema como arte”,implacável mas feita de uma sinceridade (e de uma ausência de militância) por vezes desarmante. Umaobra frágil na sua força, uma obra forte na sua vulnerabilidade. É essa obra que, a partir deste mês, aCinemateca convida os seus espectadores a descobrir. Será publicado um catálogo.

    ESPECTÁCULO DE LANTERNA MÁGICAFormada por Karin Bieneke e Ludwig Maria Vogl, o Illuminativ-Theater tem como ambição recuperar aautêntica tradição da lanterna mágica e restitui-la a um público contemporâneo tal como poderia ter sidopresenciada há mais de 100 anos. Através de uma cuidada reconstituição das técnicas e formas de

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    expressão que deram a este antepassado do cinema o enorme fascínio que exerceu no século XIX, o parcombina a projecção de imagens, com a leitura de histórias, a música ao vivo, o canto e a dança. Depois deterem estado presentes na inauguração dos novos espaços da Cinemateca em Janeiro último, Jarin Bienek eLudwig Maria Vogl regressam a Lisboa para apresentarem uma série de espectáculos de lanterna mágica demaior fôlego e ambição. O espectáculo que será apresentado em duas ocasiões na Sala Dr. Félix Ribeiroinclui algumas das mais populares “histórias” para lanterna mágica (o Velho Moinho, a Dança Macabra, umaerupção no Monte Vesúvio). Para além dos espectáculos na Sala Dr. Félix Ribeiro nas sessões abaixoindicadas, Karin Bieneke e Ludwig Maria Vogl apresentarão duas demonstrações mais curtas da arte dalanterna mágica no Sábado, dia 28, no espaço da Sala dos Carvalhos, às 16.00 e às 17.30.

    Sala Dr. Félix Ribeiro Sala Dr. Félix RibeiroSex. [27] 21.30 Sáb. [28] 21.30

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    SALA 6x2

    - As muitas faces da actriz/cantora Nico são o objecto de NICO ICON, premiadíssimo documentário realizadopor Suzanne Ofteringer: Para ver entre 2 e 14 de Junho.

    - FILM NOIR, documentário sobre os mais notáveis filmes e nomes deste subgénero do Policial, tema da nossarubrica regular deste mês, pode ser visto entre 16 e 21 de Junho.

    - Em complemento ao Ciclo Philippe Garrel, apresentamos, PHILIPPE GARREL, ARTISTE  documentário de Françoise

    Étchegaray sobre o realizador para a série Cinéastes de Notre Temps. Entre 23 e 30 de Junho.

    EXPOSIÇÃOVISÕES MÁGICAS: O ESPECTÁCULO ÓPTICO E A PESQUISA CIENTÍFICA

    Em colaboração com o Museu de Física da Universidade de Coimbra

    Até 31 de Julho, no Espaço dos 39 Degraus, a Cinemateca apresenta uma exposição dedicada aos objectosde Óptica do século XVIII e XIX da prestigiosa Colecção de Instrumentos do Museu de Física da Universidadede Coimbra.Os objectos expostos, quase todos do século XVIII, testemunham um momento fundamental na história daÓptica, caracterizado pelo aparecimento de uma nova mentalidade, valorizando muito o elemento

    espectacular, o espírito lúdico e o gosto sofisticado próprio do século XVIII.Uma das particularidades do cientismo setecentista consiste na procura da maravilha, na busca de efeitos evisões fantásticas, obtidas através do progresso e da pesquisa no campo da Física, da Óptica e da aplicaçãodas leis da perspectiva.A partir do século XVIII delineia-se um património visual inédito que, ultrapassando os limites dos Gabinetes deÓptica e o saber dos cientistas, se estende também ao público da época.Os objectos da Colecção de Coimbra revelam o harmonioso encontro da ciência com a arte e oespectáculo.

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    PARA O MÊS QUE VEMTerence FisherTrashPhilippe Garrel: Uma Alta Solidão (conclusão)É do Meu Género: TerrorO Que Quero VerAbrir os Cofres

    Últimas EdiçõesLion, Mariaud, Pallu: Franceses Tipicamente Portugueses

    Próximas EdiçõesPhilippe Garrel

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    Cinemateca Portuguesa Museu do Cinema Junho 2003 Agenda 

    2 Junho - 2ªF  Sala/Ciclo Filmes15.30Sala Dr. Félix Ribeiro

    É DO MEU GÉNERO: POLICIAL

    HIGH SIERRA/ Estados Unidos, 1941O Último Refúgiode Raoul Walsh

    com Humphrey Bogart, Ida Lupino, Arthur Kennedy, Joan Leslie, Cornel Wilde.95 min / legendado em portuguêsO filme que fez de Bogart uma vedeta. H IGH SIERRA adapta uma popular novela de W.R. Burnett e é ahistória de um gangster envelhecido, “Mad Dog” Earle (Bogart), que vai realizar um último assalto,acabando alvo de uma gigantesca perseguição na montanha. Walsh refez o filme como western emCOLORADO TERRITORY.

    19.00Sala Dr. Félix Ribeiro

    É DO MEU GÉNERO: POLICIAL

    50 ANOS DE CINEMASCOPE: “MAISLARGO DO QUE A VIDA” (conclusão)

    RepeteQui. [5] 15.30 

    A KISS BEFORE DYING/ Estados Unidos, 1956Um Beijo ao Morrerde Gerd Oswaldcom Robert Wagner, Jeffrey Hunter, Virgínia Leigh, Joanne Woodward, Mary Astor, George Macready94 min. / legendado electronicamente em portuguêsRobert Wagner naquele que é, talvez, o melhor papel da sua carreira, na figura de um estudanteoportunista e egoísta que procura o meio mais fácil de fazer fortuna: casar com uma herdeira rica.Quando a que namora fica grávida e vai ser deserdada, só vê solução no crime. Depois, o alvo seráa irmã. Um dos clássicos do policial dos anos 50, a exibir igualmente no âmbito do Ciclo “50 Anos de

    CinemaScope”.19.30Sala Luís de Pina

    AS ACTRIZES EFÉMERAS DO CINEMAPORTUGUÊS 

    A ROSA DO ADRO/ Portugal, 1919 de Georges Pallucom MARIA DE OLIVEIRA, Erico Braga, Carlos Santos, Etelvina Serra, Duarte Silva76 minCom acompanhamento musical ao vivoA adaptação do romance de Manuel Maria Rodrigues por Georges Pallu mantém o tom fatalistadaquele e apresenta MARIA DE OLIVEIRA no papel de Rosa. A actriz voltaria a trabalhar com Palluentre 1919 e 1921 (O COMISSÁRIO DE POLÍCIA, BARBANEGRA e QUANDO O AMOR FALA), comMariaud em AS PUPILAS DO SENHOR REITOR e com Augusto Lacerda em TEMPESTADE DA VIDA (1923).De todos esses filmes, só ficaram BARBANEGRA e AS PUPILAS. Com esta ROSA  começaram as nossasactrizes efémeras.

    21.30Sala Dr. Félix Ribeiro

    O QUE QUERO VER

    Repete

    Sala Dr. Félix RibeiroQua .[4] 21.30

    THE CONVERSATION/ Estados Unidos, 1974O Vigilante

    de Francis Ford Coppolacom Gene Hackman, John Cazale, Allen Garfield, Frederic Forrest113 min / legendado electronicamente em portuguêsFrancis Ford Coppola às voltas com a paranóia da perseguição, com a história de um especialista emvigilância electrónica que é contratado pelo director de uma grande companhia para fazer escutasa um casal que ali trabalha. A pouco e pouco, descobre que talvez isso vá provocar uma morte,como acontecera anos antes noutra operação.

    22.00Sala Luís de Pina

    AS ACTRIZES EFÉMERAS DO CINEMAPORTUGUÊS 

    MULHERES DA BEIRA/ Portugal, 1921 de Rino Lupocom BRUNILDE JÚDICE, Mário Santos, António Pinheiro, Duarte Silva80 minCom acompanhamento musical ao vivoBRUNILDE JÚDICE, a Mariana do AMOR DE PERDIÇÃO de Pallu (1919), é a protagonista do filme deRino Lupo ambientado em Arouca: Aninhas inclina o seu arrebatamento para o Fidalgo da Mó que

    cedo a desprezará, em desfavor de André, o pastor contemplativo que por ela nutre uma sincerapaixão.

    3 Junho - 3ªF  Sala/Ciclo Filmes15.30Sala Dr. Félix Ribeiro

    É DO MEU GÉNERO: POLICIAL

    LAURA/ Estados Unidos, 1944Laurade Otto Premingercom Gene Tierney, Dana Andrews, Clifton Webb, Vincent Price, Judith Anderson85 min / legendado em portuguêsNesta obra-prima de Preminger, filme carismático de Gene Tierney, a mulher “que vem de entre osmortos” surge, quando aparece pela primeira vez, como imagem de um “sonho” que Dana Andrewssonhasse na penumbra da sala, contemplando o retrato de Laura. Mulher sonhada e desejada,também por um singular personagem de escritor e cronista de rádio, um sibarita que deu a CliftonWebb o seu papel mais famoso.

    19.00Sala Dr. Félix Ribeiro

    AS FLORES DO MAL 

    Repete

    THE SECRET BEYOND THE DOOR/ Estados Unidos, 1948O Segredo da Porta Fechada

    de Fritz Langcom Michael Redgrave, Joan Bennett98 min / legendado em portuguêsUm dos mais rigorosos e perfeitos filmes de Lang em Hollywood, construído como um mecanismo derelógio ou como um desenho arquitectónico. A prodigiosa sequência dos quartos, na qual aperturbação é introduzida por uma quebra de simetria, reflecte também um universo mental em queo desequilíbrio se instala. Na década da psicanálise no cinema americano, SECRET BEYOND THE DOOR é o

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    Sala Luís de PinaQui. [5] 22.00

    filme onde ela tem mais importância, sendo também aquele em que menos se faz sentir.

    19.30Sala Luís de Pina

    AS ACTRIZES EFÉMERAS DO CINEMAPORTUGUÊS 

    JOSÉ DO TELHADO/ Portugal, 1929 de Rino Lupocom MARIA EMÍLIA CASTELO BRANCO, Carlos Azedo, Rafael Alves, Aida Cruz177 minCom acompanhamento musical ao vivoRino Lupo filma as aventuras do famoso salteador e chefe de quadrilha durante a época das primeiraslutas liberais (Armando Miranda faria nova versão em 1945). O papel de Aninhas, mulher de José doTelhado, é a última interpretação de MARIA EMÍLIA CASTELO BRANCO que se estreou em 1922 em ASEREIA DE PEDRA de Roger Lion, hoje também um missing film.

    21.30Sala Dr. Félix Ribeiro

    50 ANOS DE CINEMASCOPE: “MAISLARGO DO QUE A VIDA” (conclusão)

    AS FLORES DO MAL 

    KAAGAZ KE PHOOL / Índia, 1959Flores de Papel de Guru Duttcom Baby Naaz, Guru Dutt, Mahesh Kaul Mehmood148 min / legendado em francêsO mais famoso filme de Guru Dutt, objecto de verdadeiro e fervoroso culto por muita gente. Na boatradição do cinema indiano é um melodrama com canções, mas a essa fórmula impõe-se o olhar deGuru Dutt, tristíssimo mas tão límpido, para fazer de “FLORES DE PAPEL” uma das mais fortes experiênciasemocionais de toda a história do cinema. A exibir igualmente no âmbito do Ciclo “As Flores do Mal”.

    22.00Sala Luís de Pina

    AS ACTRIZES EFÉMERAS DO CINEMAPORTUGUÊS 

    MARIA PAPOILA/ Portugal, 1937 de Leitão de Barroscom MIRITA CASIMIRO, Eduardo Fernandes, Alves da Costa, Maria Cristina105 minMaria Papoila, criada de servir na Lisboa salazarista de finais da década de 30, apaixona-se porEduardo, cuja farda de magala ilude a diferença de condição social que os separa. MARIA PAPOILA

    foi a única passagem de relevo de MIRITA CASIMIRO pelo cinema, quando era jovem.4 Junho - 4ªF  Sala/Ciclo Filmes15.30Sala Dr. Félix Ribeiro

    É DO MEU GÉNERO: POLICIAL

    THE LOCKET/ Estados Unidos, 1946O Medalhão Malditode John Brahmcom Laraine Day, Brian Aherne, Robert Mitchum, Gene Raymond, Ricardo Cortez85 min / legendado em portuguêsNum tempo em que o “filme negro” foi campo para experiências várias, THE LOCKET contribuiu com asua espiral de flashbacks. Pouco antes da cerimónia do seu casamento um homem é visitado por umestranho que afirma ser o marido da noiva e que conta uma história surpreendente de intriga e crime.Na sua narrativa, outra personagem conta nova história sobre a mulher, e dentro desta acontece omesmo!Sala Dr. Félix Ribeiro

    19.00Sala Dr. Félix Ribeiro

    O CINEMA E A JUSTIÇA(conclusão) 

    PHILADELPHIA/ Estados Unidos, 1993Filadélfia

    de Jonathan Demmecom Tom Hanks, Denzel Washington, Antonio Banderas, Jason Robards119 min / legendado electronicamente em portuguêsSeguido de comentário por José Miguel JúdiceO filme que marca o "reconhecimento" oficial da sida pelo cinema de Hollywood com um argumentosobre um advogado que perde o emprego por sofrer da doença e processa a empresa que odespediu. Uma espantosa interpretação de Tom Hanks premiada com um Oscar, com uma sequênciade antologia (Hanks acompanhando uma ária de ópera cantada por Maria Callas, uma das nossasactrizes/cantoras deste mês).

    19.30Sala Luís de Pina

    ABRIR OS COFRES

    Repete

    Sala Luís de PinaSáb. [7] 22.00

    A EXTRAORDINÁRIA AVENTURA DO ZECA  / de Adolfo Coelho Portugal, 1938 – 8 minA FAMÍLIA PRUDÊNCIO / de Artur Correia Portugal, 1969 – 1 minO BATE LATAS/ de Servais Tiago Portugal, 1964 – 3 minI’M NO FOOL AS A PEDESTRIAN / Walt Disney Productions Estados Unidos, 1956 – 5 minTHREE LITTLE PIGS / de Bert Gillet Estados Unidos, 1933 – 8 minFELIX TURNS THE TIDE / de Otto Messmer Estados Unidos, 1922 – 7 min

    ZANZABELLE À PARIS / de Ladislas e Irina Starevitch França, 1947 – 15 minVANOCNI SEN / de Karel Zeman Checoslováquia, 1946 – 11 minBUKET ZVESDI / de Radka Backvarova Bulgária, 1962 – 8 minDOCTOR IN THE SKY / de John Halas Reino Unido, 1984 – 7 minBOOOM / de Bretislav Pojar Checoslováquia, 1979 – 11 minAlinhamento de curtas-metragens de animação de alguns dos seus grandes mestres, desenhosanimados famosos, filmes pedagógicos, institucionais e publicitários. A abrir a sessão uma cópiarecentemente restaurada de A EXTRAORDINÁRIA AVENTURA DO ZECA, com imagens reais e animaçãotridimensional num curiosíssimo filme publicitário à banana da ilha da madeira. Uma sessão decuriosidades e preciosidades do Arquivo a não perder.

    21.30Sala Dr. Félix Ribeiro

    O QUE QUERO VER

    THE CONVERSATION/ Estados Unidos, 1974O Vigilantede Francis Ford Coppolacom Gene Hackman, John Cazale, Allen Garfield, Frederic Forrest113 min / legendado electronicamente em português

    Francis Ford Coppola às voltas com a paranóia da perseguição, com a história de um especialista emvigilância electrónica que é contratado pelo director de uma grande companhia para fazer escutas aum casal que ali trabalha. A pouco e pouco, descobre que talvez isso vá provocar uma morte, comoacontecera anos antes noutra operação. 

    22.00Sala Luís de Pina

    AS ACTRIZES EFÉMERAS DO CINEMA

    A ROSA DO ADRO/ Portugal, 1938 de Chianca de Garciacom MARIA LALANDE, Vital Santos, Oliveira Martins, Elsa Rumina

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    PORTUGUÊS  81 minAo contrário da versão de Pallu que transpõe a acção do romance que está na base do argumentopara a época do filme, esta é ambientada durante a guerra civil dos anos 30 do século XIX numaaldeia do litoral minhoto. MARIA LALANDE interpreta o papel de Rosa, cujos amores balançam entre omiguelista Fernando e o liberal António.

    5 Junho - 5ªF  Sala/Ciclo Filmes15.30Sala Dr. Félix Ribeiro

    É DO MEU GÉNERO: POLICIAL

    50 ANOS DE CINEMASCOPE: “MAISLARGO DO QUE A VIDA” (conclusão)

    A KISS BEFORE DYING/ Estados Unidos, 1956Um Beijo ao Morrerde Gerd Oswaldcom Robert Wagner, Jeffrey Hunter, Virgínia Leigh, Joanne Woodward, Mary Astor, George Macready94 min. / legendado electronicamente em português

    Robert Wagner naquele que é, talvez, o melhor papel da sua carreira, na figura de um estudanteoportunista e egoísta que procura o meio mais fácil de fazer fortuna: casar com uma herdeira rica.Quando a que namora fica grávida e vai ser deserdada, só vê solução no crime. Depois, o alvo será airmã. Um dos clássicos do policial dos anos 50, a exibir igualmente no âmbito do Ciclo “50 Anos deCinemaScope”.

    Sala Dr. FélixRibeiro

    ANTE-ESTREIAS 

    O BINÓCULO RUSSO / Portugal, 2003de Carlos Michaëlis de Vasconcelloscom Silvina Pereira, Júlio Martim, João Didelet, Isabel Fernandes23 minCom a presença do realizadorBaseado num conto de Mário de Carvalho, esta curta metragem centra-se na figura de uma jovemsolitária, obcecada por um vizinho, que julga ser o seu príncipe encantado. Sem coragem paradeclarar a sua paixão, compra um binóculo para continuar a observá-lo da sua janela.

    19.00

    JACQUESTOURNEUR(conclusão) 

    Repete

    Sala Dr. FélixRibeiroSáb. [7] 19.00

    WAR-GODS OF THE DEEP-CITY UNDER THE SEA/ Estados Unidos/Grã-Bretanha, 1965  A Cidade Submarina de Jacques Tourneurcom Vincent Price, Tab Hunter, Susan Hart, David Tomlinson, John Le Mesurier85 min / sem legendasO último filme de Jacques Tourneur. A história de uma estranha comunidade de piratas que vive numacidade submarina na costa da Cornualha no século passado, e que rapta uma jovem herdeiraamericana porque o chefe (Vincent Price) vê nela um amor perdido nos tempos. 

    19.30Sala Luís de Pina

    AS ACTRIZES EFÉMERAS DO CINEMAPORTUGUÊS 

    A CANÇÃO DA TERRA/ Portugal, 1938 de Jorge Brum do Cantocom ELSA RUMINA, Maria Emília Vilas, Mota da Costa, Óscar Lemos, Barreto Poeira98 minA sugestão visual e mítica da paisagem de Porto Santo, o apelo da terra e a tragédia da falta deágua estruturam o argumento da primeira longa-metragem de Brum do Canto que a ela se referia àépoca como “um filme quase de cow-boys”. ELSA RUMINA, no papel da rapariga (Bastiana) fez aqui asua estreia (só teria outro papel em cinema em ROSA DO ADRO de Chianca de Garcia).

    21.30Sala Dr. Félix Ribeiro

    O QUE QUERO VER

    Repete

    Sala Dr. Félix RibeiroQui. [12] 19.00

    TAXI DRIVER / Estados Unidos, 1976Táxi Driverde Martin Scorsesecom Robert De Niro, Cybill Shepherd, Harvey Keitel, Jodie Foster, Albert Brooks, Peter Boyle110 min / legendado em espanholUm dos filmes fundamentais da década de 70, que Scorsese dirigiu segundo um argumento de PaulSchrader. Uma obra profundamente pessimista sobre um ex-veterano do Vietname, marcado etraumatizado pelo drama que viveu e que percorre, de noite, outro “inferno”: o submundo de NovaIorque. Percurso que culmina num massacre que se pretende “redentor”, mas não é mais do que umaporta para uma violência maior. A última composição de Bernard Herrman para o cinema.

    22.00Sala Luís de Pina

    AS FLORES DO MAL 

    THE SECRET BEYOND THE DOOR/ Estados Unidos, 1948O Segredo da Porta Fechada

    de Fritz Langcom Michael Redgrave, Joan Bennett98 min / legendado em portuguêsUm dos mais rigorosos e perfeitos filmes de Lang em Hollywood, construído como um mecanismo derelógio ou como um desenho arquitectónico. A prodigiosa sequência dos quartos, na qual aperturbação é introduzida por uma quebra de simetria, reflecte também um universo mental em queo desequilíbrio se instala. Na década da psicanálise no cinema americano, SECRET BEYOND THE DOOR é ofilme onde ela tem mais importância, sendo também aquele em que menos se faz sentir. 

    6 Junho - 6ªF  Sala/Ciclo Filmes15.30Sala Dr. Félix Ribeiro

    É DO MEU GÉNERO: POLICIAL

    DOUBLE INDEMNITY/ Estados Unidos, 1944Pagos a Dobrarde Billy Wildercom Fred MacMurray, Barbara Stanwyck, Edward G. Robinson, Porter Hall107 min / legendado em espanholConsiderado como o melhor “filme negro” jamais feito e um dos filmes maiores da história do cinema

    americano, DOUBLE INDEMNITY, o filme que impôs Billy Wilder, adapta uma novela de James M. Cain queconta a história de um encontro letal entre um angariador de seguros e a mulher insatisfeita de umcliente, que o levará ao crime. Barbara Stanwyck impõs-se como o arquétipo perfeito da “mulherfatal”.

    19.00Sala Dr. Félix Ribeiro

    DRAGONWYCK/ Estados Unidos, 1946O Castelo de DragonwyckDe Joseph L. Mankiewicz

  • 8/17/2019 Cinemateca Portuguesa 0306

    10/21

    AS FLORES DO MAL 

    RepeteSala Luís de PinaSáb. [7] 19.30

    Com Gene Tierney, Walter Huston, Vincent Price, Glenn Langan, Anne Revere, Spring Byington103 min / legendado em espanholO primeiro filme dirigido por Mankiewicz, a partir de um romance de Anya Seton. DRAGONWYCK inscreve-se no género “gótico” com a sua atmosfera sombria e os elaborados cenários da mansãopara onde Gene Tierney vai viver para cuidar da filha do misterioso proprietário, que revela a pouco epouco um carácter patológico.

    19.30Sala Luís de Pina

    ANTE-ESTREIAS 

    A CIDADE MAIS CINEMATOGRÁFICA DO MUNDO / Portugal, 2002dos alunos da Escola Superior Artística do Porto90 minFilme colectivo realizado por alunos do Curso de Cinema e e Vídeo da Escola Superior Artística doPorto, A CIDADE MAIS CINEMATOGRÁFICA DO MUNDO é uma deambulação pelas paisagens do Porto e pela

    sua memória cinematográfica. Um filme em três partes rodado em três formatos distintos (Super 8, 16 e35mm) que deve tanto a uma preocupação documental quanto ao cinema experimental.

    21.30Sala Dr. Félix Ribeiro

    CANTORES/ACTORES: NICO EMARIA CALLAS 

    LA DOLCE VITA / Itália-França 1960 A Doce Vidade Federico Fellinicom Marcello Mastroianni, Anitka Ekberg, Anouk Aimee, NICO167 min / legendado em portuguêsFoi LA DOLCE VITA  que catapultou Federico Fellini para a fama planetária, permanecendo hoje (sótendo LA STRADA e OTTO E MEZZO por rivais à altura) como o mais célebre filme do cineasta de Rimini.Retrato das “idle classes” romanas do final dos anos 50 em feliz cruzamento com a mística e asobsessões fellinianas, LA DOLCE VITA continua tão fascinante como há 43 anos. Mastroianni tem um dospapéis da sua vida, Anita Ekberg é a “star”; mas atenção à rapariga que anda pela Via Veneto:chama-se Nico.

    22.00Sala Luís de Pina

    AS ACTRIZES EFÉMERAS DO CINEMAPORTUGUÊS 

    MUDAR DE VIDA/ Portugal, 1966 de Paulo Rocha

    com ISABEL RUTH, Maria Barroso, Geraldo d’El Rey94 minNa segunda longa metragem de Paulo Rocha ecoa em surdina a guerra colonial, seguindo-se ahistória de um homem que regressa ao país com cicatrizes mal disfarçadas e encontra na sua terranatal sinais de um desejo de mudança. Um retrato poderoso de um país e de uma época. Umainterpretação inesquecível de ISABEL RUTH.

    7 Junho - Sáb  Sala/Ciclo Filmes15.30Sala Dr. Félix Ribeiro

    É DO MEU GÉNERO: POLICIAL

    STRANGERS ON A TRAIN/ Estados Unidos, 1951O Desconhecido do Norte-Expressode Alfred Hitchcockcom Farley Granger, Robert Walker, Ruth Roman, Patricia Hitchcock101 min / legendado em portuguêsSTRANGERS ON A TRAIN é um filme onde Hitchcock filma, de maneira quase abstracta, o enorme novelomoral que envolve a humanidade (e para o qual não há resposta, nem saída, nem solução). Nestethriller , exemplo eloquente do seu génio, adapta uma novela que impôs Patrícia Highsmith como

    autora de referência do género, com a história de uma estranha “troca” de crimes.19.00Sala Dr. Félix Ribeiro

    JACQUES TOURNEUR (conclusão) 

    WAR-GODS OF THE DEEP-CITY UNDER THE SEA/ Estados Unidos/Grã-Bretanha, 1965  A Cidade Submarina de Jacques Tourneurcom Vincent Price, Tab Hunter, Susan Hart, David Tomlinson, John Le Mesurier85 min / sem legendasO último filme de Jacques Tourneur. A história de uma estranha comunidade de piratas que vive numacidade submarina na costa da Cornualha no século passado, e que rapta uma jovem herdeiraamericana porque o chefe (Vincent Price) vê nela um amor perdido nos tempos.  

    19.30Sala Luís de Pina

    AS FLORES DO MAL 

    DRAGONWYCK/ Estados Unidos, 1946O Castelo de DragonwyckDe Joseph L. MankiewiczCom Gene Tierney, Walter Huston, Vincent Price, Glenn Langan, Anne Revere, Spring Byington103 min / legendado em espanholO primeiro filme dirigido por Mankiewicz, a partir de um romance de Anya Seton. DRAGONWYCK 

    inscreve-se no género “gótico” com a sua atmosfera sombria e os elaborados cenários da mansãopara onde Gene Tierney vai viver para cuidar da filha do misterioso proprietário, que revela a pouco epouco um carácter patológico. 

    21.30Sala Dr. Félix Ribeiro

    AS ACTRIZES EFÉMERAS DO CINEMAPORTUGUÊS 

    AMOR DE PERDIÇÃO/ Portugal, 1978 de Manoel de Oliveiracom CRISTINA HAUSER, ELSA WALLENKAMP, António Sequeira Lopes, Ruy Furtado, Henrique Viana262 minO  Amor de Perdição  de Camilo Castelo Branco por Manoel de Oliveira, num dos seus maisextraordinários, e, à época de estreia, num dos seus mais polémicos, filmes. Os amores frustrados deSimão Botelho e Teresa de Albuquerque cuja paixão avassaladora entra em confronto com asconvenções sociais levando-os a ambos à morte. As personagens de Teresa e Mariana sãointerpretadas por duas “actrizes efémeras do cinema português”: Cristina Hauser e Elsa Wallenkamp.

    22.00Sala Luís de Pina

    ABRIR OS COFRES

    A EXTRAORDINÁRIA AVENTURA DO ZECA  / de Adolfo Coelho Portugal, 1938 – 8 minA FAMÍLIA PRUDÊNCIO / de Artur Correia Portugal, 1969 – 1 minO BATE LATAS/ de Servais Tiago Portugal, 1964 – 3 min

    I’M NO FOOL AS A PEDESTRIAN / Walt Disney Productions Estados Unidos, 1956 – 5 minTHREE LITTLE PIGS / de Bert Gillet Estados Unidos, 1933 – 8 minFELIX TURNS THE TIDE / de Otto Messmer Estados Unidos, 1922 – 7 minZANZABELLE À PARIS / de Ladislas e Irina Starevitch França, 1947 – 15 minVANOCNI SEN / de Karel Zeman Checoslováquia, 1946 – 11 minBUKET ZVESDI / de Radka Backvarova Bulgária, 1962 – 8 minDOCTOR IN THE SKY / de John Halas Reino Unido, 1984 – 7 min

  • 8/17/2019 Cinemateca Portuguesa 0306

    11/21

    BOOOM / de Bretislav Pojar Checoslováquia, 1979 – 11 minAlinhamento de curtas-metragens de animação de alguns dos seus grandes mestres, desenhosanimados famosos, filmes pedagógicos, institucionais e publicitários. A abrir a sessão uma cópiarecentemente restaurada de A EXTRAORDINÁRIA AVENTURA DO ZECA, com imagens reais e animaçãotridimensional num curiosíssimo filme publicitário à banana da ilha da madeira. Uma sessão decuriosidades e preciosidades do Arquivo a não perder. 

    9 Junho - 2ªF  Sala/Ciclo Filmes15.30Sala Dr. Félix Ribeiro

    É DO MEU GÉNERO: POLICIAL

    QUAI DES ORFÈVRES/ França, 1947O Crime da Avenida Fochde Henri-Georges Clouzotcom Louis Jouvet, Suzy Delair, Bernard Blier

    105 min / legendado em portuguêsAdaptado de um romance de Stanislas André Steeman, um dos mestres do policial francês, Q UAI DESORFÈVRES (nome da sede da Polícia Judiciária de Paris) é um dos melhores filmes de Clouzot, com LouisJouvet inesquecível na figura do inspector Antoine, investigando o assassinato de um velho libidinoso,sendo a principal suspeita uma jovem que resistiu aos seus avanços. Um clássico exemplo do filmepolicial à francesa.

    19.00Sala Dr. Félix Ribeiro

    O QUE QUERO VER

    Repete

    Sala Dr. Félix RibeiroQua. [11] 21.30

    M.A.S.H./ Estados Unidos, 1970M.A.S.H.de Robert Altmancom Donald Sutherland, Elliott Gould, Tom Skerritt, Sally Kellerman, Robert Duvall116 min / legendado em portuguêsUma magnífica adaptação da novela de Richard Hooker sobre a vida nos hospitais de campanhadurante a Guerra da Coreia, feita por Ring Lardner Jr., que conquistou o Oscar por este trabalho.Robert Altman foi também nomeado pela sua direcção e M.A.S.H. foi ainda candidato ao Oscar do

    melhor filme do ano. Uma visão irreverente, jocosa e também cruel da guerra.

    19.30Sala Luís de Pina

    AS ACTRIZES EFÉMERAS DO CINEMAPORTUGUÊS 

    O CERCO/ Portugal, 1970 de António da Cunha Tellescom MARIA CABRAL, Miguel Franco, Zita Duarte, Ruy de Carvalho116 minO filme em que Cunha Telles se estreou na realização foi também o filme que revelou a extraordináriafotogenia de MARIA CABRAL, aqui no papel de uma personagem que atravessa o filme tão cercadacomo a cidade com que a sua história se mistura: Lisboa, 1969.

    21.30Sala Dr. Félix Ribeiro

    AS FLORES DO MAL 

    MOROCCO/ Estados Unidos, 1930Marrocosde Josef Von Sternbergcom Marlène Dietrich, Gary Cooper, Adolphe Menjou92 min / legendado em portuguêsO filme que impôs definitivamente Marlene nos EUA. Uma delirante história de amor onde uma cantoratroca a riqueza de Menjou pelo amor de um legionário (Cooper). Um final que ficou lendário: Marleneseguindo a pé o seu “beau legionnaire” pelas areias do deserto; uma cena que fez escândalo:Marlene cantando em travesti e quebrando um tabu do cinema: o beijo que dá a uma cliente docabaret.

    22.00Sala Luís de Pina

    AS ACTRIZES EFÉMERAS DO CINEMAPORTUGUÊS

    AS FLORES DO MAL 

    FRANCISCA / Portugal, 1981 de Manoel de Oliveiracom TERESA MENESES, Diogo Dória, Mário Barroso, João Guedes166 minFrancisca é interpretada por TERESA MENESES, a última heroína da “tetralogia dos amores frustrados”.Oliveira filma a partir do romance Fanny Owen de Agustina de Bessa Luís, escrita com base em factosverídicos (Porto, século XIX, círculo intelectual e boémio de que fazia parte Camilo Castelo Branco).FRANCISCA é um filme de espelhos e reflexos.

    10 Junho - Feriado11 Junho - 4ªF  Sala/Ciclo Filmes15.30Sala Dr. Félix Ribeiro

    É DO MEU GÉNERO: POLICIAL

    THE RACKET/ Estados Unidos, 1951

    Subornode John Cromwellcom Robert Mitchum, Lizabeth Scott, Robert Ryan, William Talman, Ray Collins88 min / legendado electronicamente em portuguêsUma versão actualizada do filme mudo de Lewis Milestone com o mesmo nome e que conta a históriada luta de um polícia honesto (Robert Mitchum, um pouco fora do seu “estilo”) contra o sindicato docrime (dirigido por Robert Ryan) que procura dominar a cidade e fazer eleger um político corrupto.

    19.00Sala Dr. Félix Ribeiro

    O CINEMA E A JUSTIÇA(conclusão) 

    TWELVE ANGRY MEN / Estados Unidos, 195712 Homens em Fúriade Sidney Lumetcom Henry Fonda, Lee J. Cobb, Ed Begley, E.G. Marshall, Jack Klugman, Jack Warden, Martin Balsam95 min / legendado electronicamente em portuguêsSeguido de comentário por Júlio PereiraPossivelmente trata-se do mais famoso “court drama” que do palco passou para o cinema. A peçade Reginald Rose é propícia a uma série de grandes interpretações, tendo por tema o debate entre

    os doze membros de um juri que têm de decidir da culpa ou inocência do acusado. Tudo se centrana sala em que estão reunidos mas a câmara de Lumet e a montagem não deixam sentir o “peso” dopalco.

    19.30Sala Luís de Pina

    AS ACTRIZES EFÉMERAS DO CINEMAPORTUGUÊS 

    DUMA VEZ POR TODAS/ Portugal, 1986 de Joaquim Leitãocom VICKY DE ALMEIDA, Filipe Ferrer, Pedro Ayres de Magalhães, Jasmim de Matos99 min

  • 8/17/2019 Cinemateca Portuguesa 0306

    12/21

      Primeira longa-metragem de Joaquim Leitão, DUMA VEZ POR TODAS é um filme lisboeta e nocturno.Presença “efémera” mas marcante, VICKY DE ALMEIDA interpreta o papel de uma mulher que mudade imagem conforme as solicitações dos homens que a procuram. Um vizinho da frente segue delonge os seus passos. A actriz morreu pouco depois da rodagem.

    21.30Sala Dr. Félix Ribeiro

    O QUE QUERO VER

    M.A.S.H./ Estados Unidos, 1970M.A.S.H.de Robert Altmancom Donald Sutherland, Elliott Gould, Tom Skerritt, Sally Kellerman, Robert Duvall116 min / legendado em portuguêsUma magnífica adaptação da novela de Richard Hooker sobre a vida nos hospitais de campanhadurante a Guerra da Coreia, feita por Ring Lardner Jr., que conquistou o Oscar por este trabalho.Robert Altman foi também nomeado pela sua direcção e M.A.S.H. foi ainda candidato ao Oscar domelhor filme do ano. Uma visão irreverente, jocosa e também cruel da guerra.

    22.00Sala Luís de Pina

    AS ACTRIZES EFÉMERAS DO CINEMAPORTUGUÊS 

    UMA RAPARIGA NO VERÃO/ Portugal, 1986 de Vítor Gonçalvescom ISABEL GALHARDO, Diogo Dória, Joaquim Leitão, José Manuel Mendes82 minUMA RAPARIGA NO VERÃO foi uma das melhores surpresas do cinema português dos anos 80 e, até àdata, o único filme para o cinema de Vítor Gonçalves. Revelou ISABEL GALHARDO e é também oúnico filme da actriz. Um filme sobre a vida que passa num dos mais perturbantes e sinceros retratosintimistas do cinema português.

    12 Junho - 5ªF  Sala/Ciclo Filmes15.30Sala Dr. Félix Ribeiro

    É DO MEU GÉNERO: POLICIAL

    DETECTIVE STORY/ Estados Unidos, 1951A História de um Detectivede William Wylercom Kirk Douglas, Eleonor Parker, William Bendix, Cathy O’Donnell, George Macready, Gladys George,

    Joseph Wiseman.103 min / legendado em portuguêsUm dia na vida de uma esquadra de Nova Iorque, com os seus casos humanos que se cruzam narotina, os interrogatórios a presos e a passagem de perigosos malfeitores. E os problemas pessoais dosagentes. Temas que irão marcar muitas séries televisivas no futuro. Kirk Douglas é um detective, cujavida familiar atravessa uma grave crise, devido à sua obsessão pela Justiça e a brutalidade que aplicanos interrogatórios.

    19.00Sala Dr. Félix Ribeiro

    O QUE QUERO VER

    TAXI DRIVER / Estados Unidos, 1976Taxi Driverde Martin Scorsesecom Robert De Niro, Cybill Shepherd, Harvey Keitel, Jodie Foster, Albert Brooks, Peter Boyle110 min / legendado em espanholUm dos filmes fundamentais da década de 70, que Scorsese dirigiu segundo um argumento de PaulSchrader. Uma obra profundamente pessimista sobre um ex-veterano do Vietname, marcado etraumatizado pelo drama que viveu e que percorre, de noite, outro “inferno”: o submundo de NovaIorque. Percurso que culmina num massacre que se pretende “redentor”, mas não é mais do que umaporta para uma violência maior. A última composição de Bernard Herrman para o cinema. 

    19.30Sala Luís de Pina

    AS ACTRIZES EFÉMERAS DO CINEMAPORTUGUÊS 

    RELAÇÃO FIEL E VERDADEIRA/ Portugal, 1987 de Margarida Gilcom CATARINA ALVES COSTA, António Sequeira Lopes, Laura Soveral, Jorge Rolla89 minCom argumento baseado na “autobiografia” de Antónia Margarida Castelo Branco, a primeira obrade Margarida Gil recua ao século XVII e à aristocracia rural do norte do país para contar aatormentada relação entre Antónia (CATARINA ALVES COSTA numa aparição inspirada) e o arruinadoe boémio Brás Telles de Meneses, seu marido, que a levará a procurar refúgio num convento.

    21.30Sala Dr. Félix Ribeiro

    CANTORES/ACTORES: NICO EMARIA CALLAS

    Repete

    Sala Dr. Félix RibeiroSáb. [14] 21.30

    MEDEA / Itália, 19679Medeiade Pier Paolo Pasolinicom MARIA CALLAS, Laurent Terzieff, Massimo Girotti, Giuseppe Gentile, Margaret Clementi109 min / legendado em espanhol

    Adaptação da tragédia de Eurípedes que conta a história da paixão de Medeia por Jasão, a quemajuda a apoderar-se do “Velo de Oiro”, e a sua terrível vingança quando sabe que ele se vai casarcom a filha do rei.

    22.00Sala Luís de Pina

    AS ACTRIZES EFÉMERAS DO CINEMAPORTUGUÊS 

    DINA E DJANGO/ Portugal, 1981 de Solveig Nordlundcom MARIA SANTIAGO, Luís Lucas, Manuela de Freitas, Sinde Filipe, João Perry76 minCom a presença da realizadoraA revolução de 1974 é o pano de fundo de DINA E DJANGO, em que os dois jovens heróis, dominadospor frases de literatura de cordel, vivem uma paixão curta e fatal que deixa atrás de si o trágico rastode um crime. Baseado num acontecimento verídico, DINA E DJANGO foi o único filme de MARIASANTIAGO, muito devendo à força da sua presença. A exibir, pela primeira vez, em cópia nova e naversão remontada pela realizadora.

    13 Junho - Feriado14 Junho - Sáb  Sala/Ciclo Filmes15.30Sala Dr. Félix Ribeiro

    THE BIG HEAT/ Estados Unidos, 1953Corrupçãode Fritz Langcom Glenn Ford, Gloria Grahame, Lee Marvin, Jocelyn Brando, Jeanette Nolan89 min / legendado em espanhol

  • 8/17/2019 Cinemateca Portuguesa 0306

    13/21

    É DO MEU GÉNERO: POLICIAL Uma das obras maiores de Fritz Lang. Glenn Ford é um agente da polícia que investiga o suicídio deum sargento da corporação que acaba por descobrir estar envolvido num processo de corrupçãocom um “sindicato” do crime da cidade. Quando a mulher morre no atentado que lhe estavadestinado, Ford troca a lei pela justiça pessoal e inicia a sua vingança. Gloria Grahame, sublime. E afamosa cena do café a ferver.

    19.00Sala Dr. Félix Ribeiro

    AS FLORES DO MAL 

    THE THIEF OF BAGDAD/ Grã-Bretanha, 1940O Ladrão de Bagdadde Michael Powell,Ludwig Berger e Tim Whelancom Conrad Veidt, Sabu, June Duprez, John Justin, Rex Ingram, Miles Malleson105 min / legendado electronicamente em portuguêsA quintessência do filme de “fantasia oriental” e o único filme da história do cinema que consegueassimilar o espírito das  Mil e Uma Noites, com efeitos especiais que ficaram famosos (o cavalo e otapete voadores, o génio gigante). Uma história várias vezes filmada mas que aqui atinge o esplendorcom a fotografia a cores de George Perinal (que ganhou o Oscar, tal como a música de Miklos Rozsa)e as fabulosas criações de Sabu, no jovem ladrão, e de Conrad Veidt, no diabólico Jafar. E a “rosaazul do esquecimento” que justifica a sua entrada neste Ciclo.

    19.30Sala Luís de Pina

    AS ACTRIZES EFÉMERAS DO CINEMAPORTUGUÊS 

    NUVEM / Portugal, 1991 de Ana Luísa Guimarãescom Afonso de Melo, ROSA DE CASTRO ANDRÉ, Filipe Cochofel, Diogo Infante98 minAna Luísa Guimarães estreou-se na realização com um filme de adolescentes, uma história de gangs,de amor e de morte. ROSA DE CASTRO ANDRÉ interpreta a personagem feminina protagonista, Laura,de quem Tomás (Afonso Melo) se aproxima para intimidar, mas por quem se apaixona.

    21.30Sala Dr. Félix Ribeiro

    CANTORES/ACTORES: NICO EMARIA CALLAS 

    MEDEA / Itália, 19679Medeiade Pier Paolo Pasolinicom MARIA CALLAS, Laurent Terzieff, Massimo Girotti, Giuseppe Gentile, Margaret Clementi109 min / legendado em espanholAdaptação da tragédia de Eurípedes que conta a história da paixão de Medeia por Jasão, a quemajuda a apoderar-se do “Velo de Oiro”, e a sua terrível vingança quando sabe que ele se vai casarcom a filha do rei.

    22.00Sala Luís de Pina

    AS FLORES DO MAL 

    LEAVE HER TO HEAVEN/ Estados Unidos, 1945Amar Foi a Minha Perdiçãode John M. Stahlcom Gene Tierney, Cornel Wilde, Jeanne Crain, Vincent Price110 min / legendado em portuguêsUm dos grandes melodramas da década de 40, que é também uma hábil mistura de filme “negro” ede “psicanálise”. Uma mulher, doentiamente fixada na figura paterna, casa com um homem que selhe assemelha, e nele exerce um mórbido sentido de posse, acabando por se suicidar e encenar oacto como um crime, para que ele seja acusado. Gene Tierney é a mulher patchuli. 

    16 Junho - 2ªF  Sala/Ciclo Filmes

    15.30Sala Dr. Félix Ribeiro

    É DO MEU GÉNERO: POLICIAL

    KISS ME DEADLY / Estados Unidos, 1955O Beijo Fatalde Robert Aldrichcom Ralph Meeker, Albert Dekker, Paul Stewart, Cloris Leachman, Maxine Cooper, Jack Elam, JackLambert105 min / legendado em espanholSe há filme que se pode dizer ter feito “rebentar” um género, a partir de dentro e com os mesmosargumentos, é KISS ME DEADLY, sem dúvida a obra-prima de Aldrich, a quem bastaria este filme para lhegarantir um lugar na história do cinema. Ainda hoje, Quentin Tarantino lhe presta homenagem com acaixa misteriosa de PULP FICTION. Adaptando um conhecido romance de Mickey Spillane, Aldrichsubverte todas as regras do filme “negro”, potenciando-as nas suas características mais conhecidas enos comportamentos das personagens, trazendo uma carga narcísica e sádica como até então nãose vira.

    19.00Sala Dr. Félix Ribeiro

    AS FLORES DO MAL 

    RepeteSala Luís de PinaSex. [20] 19.30

    TABU / Estados Unidos, 1931Tabude Friedrich W. Murnaucom Matahi, Reri, Hitu80 min / legendado electronicamente em portuguêsCom acompanhamento musical ao vivoO último filme de Murnau, feito em colaboração com Robert Flaherty. História trágica em que o amorse confronta com costumes ancestrais. Uma jovem é consagrada aos deuses tornando-se tabu. Aquebra deste implica a punição. Ao fatalismo e sensualidade junta-se uma poética mítica para umadas grandes obras-primas do cinema.

    19.30Sala Luís de Pina

    AS FLORES DO MAL 

    RepeteSala Luís de PinaQua. [18] 22.00

    THE DIARY OF A CHAMBERMAID/ Estados Unidos, 1946Diário de Uma Criada de Quartode Jean Renoircom Paulette Goddard, Burgess Meredith, Hurd Hatfield.91 min / legendado em francês

    Esta primeira versão cinematográfica do romance de Octave de Mirbeau (a segunda viria, 18 anosmais tarde, das mãos de Luís Buñuel) e penúltimo filme americano de Renoir, não foi, ao tempo,particularmente bem recebida (aliás como quase todos os filmes americanos do realizador), mas foimais tarde reavaliada e considerada, por André Bazin, um LA RÈGLE DU JEU mais estilizado e despojado,cujo erotismo anuncia as obras maiores de Renoir dos anos 50. Burgess Meredith come pétalas derosas.

  • 8/17/2019 Cinemateca Portuguesa 0306

    14/21

    21.30Sala Dr. Félix Ribeiro

    AS FLORES DO MAL 

    RepeteSala Luís de Pina

    Sex. [20] 22.00

    LA BELLE ET LA BÊTE / França, 1945A Bela e o Monstrode Jean Cocteau e René Clementcom Jean Marais, Josette Day, Marcel André, Michel Auclair100 min / legendado em portuguêsA mais bela adaptação ao cinema do famoso conto de Leprince de Beaumont, segundo históriastradicionais de França. Cocteau dá-lhe um toque de fantasia e irreverência, numa espécie deprólogo-comentário, mas é na encenação fantasmagórica da história que se apoia o triunfointernacional do filme. O deslumbramento visual é particularmente sugestivo nas cenas do palácio domonstro, com os seus misteriosos corredores iluminados por “braços-candelabros” e jardins poéticosonde o monstro passeia as suas saudades de Bela (cujo pai se perdeu por uma rosa). Jean Marais nomais lendário papel da sua carreira.

    22.00Sala Luís de Pina

    AS FLORES DO MAL 

    A MIDSUMMER NIGHT’S DREAM/ Estados Unidos, 1935Sonho de Uma Noite de Verãode Max Reinhardt e William Dieterlecom James Cagney, Dick Powell, Joe E. Brown, Olivia de Havilland, Mickey Rooney132 min / legendado em espanholO último filme de Max Reinhardt e o único que ele fez em Hollywood, adapta a peça mais amadapelo genial encenador alemão. Adaptação controversa, foi um fracasso comercial, impedindo futurasrealizações de Reinhardt para o cinema. Destacam-se nela os prodigiosos cenários, a fotografia(premiada com um Oscar) e as criações de Olivia de Havilland (descoberta por Reinhardt) e deMickey Rooney como Puck, um verdadeiro “duende encantatório” como referiu a seu propósito orealizador.

    17 Junho - 3ªF  Sala/Ciclo Filmes

    15.30Sala Dr. Félix Ribeiro

    É DO MEU GÉNERO: POLICIAL

    DIRTY HARRY/ Estados Unidos, 1971A Fúria da Razãode Don Siegelcom Clint Eastwood, Harry Guardino, Reni Santoni, John Vernon, Andy Robinson102 min / legendado electronicamente em portuguêsO filme que revolucionou o policial na década de 70 e abriu um novo caminho para a carreira deClint Eastwood. Nele, o actor dá vida à personagem do inspector Harry Callahan que usa nas ruas damoderna San Francisco, os mesmos métodos brutais e expeditos que aplicava nos westerns,empenhado na caça de um psicopata e atirador furtivo. Aqui ouvimos a famoso frase que se tornou oparadigma da personagem: “Go ahead, make my day!”.

    19.30Sala Luís de Pina

    AS FLORES DO MAL 

    THE STUDENT PRINCE IN OLD HEIDELBERG/ Estados Unidos, 1927O Príncipe Estudantede Ernst Lubitschcom Ramon Novarro, Norma Shearer, Jean Hersholt, Gustav Von Seyfertitz.105 min / legendado em portuguêsCom acompanhamento musical ao vivoPossivelmente a obra-prima do período mudo de Ernst Lubitsch, inspirada na famosa opereta deSigmund Romberg, sobre os dias de estudante na Universidade de Heidelberg de um príncipe daEuropa central, o seu amor por uma jovem estalajadeira e o dever que o obriga a renunciar a ela. Àalegria esfuziante da primeira parte sucede a melancolia da segunda, num contraponto genialencenado com mão de mestre.

    21.30Sala Dr. Félix Ribeiro

    AS FLORES DO MAL 

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    Sala Luís de PinaSeg. [23] 22.00

    CARMEN JONES/ Estados Unidos, 1954Carmen Jonesde Otto Premingercom Dorothy Dandridge, Harry Belafonte, Olga James, Pearl Bailey, Joe Adams105 min / legendado em portuguêsUma provocante “revisão” da ópera de Bizet, a partir da adaptação feita por Oscar Hammerstein II,que transforma a famosa cigana numa negra, e D. José num sargento do exército americano.Fabulosa fotografia de Sam Leavitt e Preminger num dos seus momentos altos. Destaque para a

    presença de Pearl Bailey que entoa uma das mais famosas árias, e para o genérico de Saul Bass coma sua “rosa de fogo”.

    22.00Sala Luís de Pina

    AS FLORES DO MAL 

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    Sala Dr. Félix RibeiroTer. [24] 21.30

    LOVE IN THE AFTERNOON / Estados Unidos, 1957Arianede Billy Wildercom Gary Cooper, Audrey Hepburn, Maurice Chevalier, John McGiver125 min / legendado em espanholDe todos os filmes de Billy Wilder, LOVE IN THE AFTERNOON talvez não seja o mais wilderiano (em certosentido, é um dos mais lubitschianos), mas é, formalmente, o mais perfeitamente construído e o maissibilinamente cáustico. Gary Cooper pode ser o traço de união entre Lubitsch e Wilder, mas é MauriceChevalier que mais justifica a aproximação com os seus comentários irónicos, como detective privado,pai de Audrey Hepburn que se apaixona por um velho galã (Cooper) renitente ao casamento. Asflores do filme conservam-se no frigorífico, sobre a flor da virgindade.

    18 Junho - 4ªF  Sala/Ciclo Filmes15.30Sala Dr. Félix Ribeiro

    É DO MEU GÉNERO: POLICIAL

    THE GETAWAY/ Estados Unidos, 1972de Sam Peckinpahcom Steve McQueen, Ali McGraw, Ben Johnson, Sally Struthers, Al Lettieri, Slim Pickens.122 min / legendado electronicamente em portuguêsAdaptado de um romance de Jim Thompson por Walter Hill, THE GETAWAY é um dos thrillers que, ao lado

  • 8/17/2019 Cinemateca Portuguesa 0306

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      de DIRTY HARRY, mais renovaram a tradição do género na década de 70, Steve McQueen, num papelcarismático, é um presidiário libertado sob palavra em troca da colaboração num assalto. O queaproveita para ajustar contas com quem o traiu, ficando com o saque e passando a ser o alvo deuma implacável perseguição ao lado da mulher.

    19.00Sala Dr. Félix Ribeiro

    AS FLORES DO MAL 

    CAMILLE/ Estados Unidos, 1936Margarida Gauthierde George Cukorcom Greta Garbo, Robert Taylor, Lionel Barrymore, Henry Daniell105 min / legendado em portuguêsA mais célebre das muitas adaptações ao cinema do famoso romance de Alexandre Dumas, filho.Esta versão de Cukor foi feita na sequência do êxito obtido pela versão francesa de Abel Gance eFernand Rivers, de 1934, e com ela Robert Taylor tornou-se uma estrela e um ídolo das adolescentes,dando origem a um “estilo” de galã que recebeu o nome de “Bobby”. Garbo tem um dos grandespapéis da sua carreira.

    19.30Sala Luís de Pina

    AS FLORES DO MAL 

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    Sala Luís de PinaQua. [25] 22.00

    DUEL IN THE SUN/ Estados Unidos, 1946Duelo ao Solde King Vidorcom Gregory Peck, Jennifer Jones, Joseph Cotten, Lionel Barrymore, Lilian Gish, Harry Carey145 min / legendado em portuguêsA mais famosa produção de Selznick depois de GONE WITH THE WIND. Também aqui os realizadores sesucederam, mas a marca de King Vidor predomina sobre a breve passagem dos restantes (Sternberge Dieterle). Há quem diga que o delirante final foi dirigido pelo próprio Selznick, com a intenção devalorizar a personagem de Jennifer Jones. A sensualidade domina este singular western sobre umamestiça disputada pelos dois filhos de um grande rancheiro do Texas. A narração inicial (sobre a “florselvagem” de Pearl) foi feita por Orson Welles, não creditado no genérico.

    21.30Sala Dr. Félix Ribeiro

    CANTORES/ACTORES: NICO EMARIA CALLAS 

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    Sala Dr. Félix RibeiroSáb. [21] 21.30

    CHELSEA GIRLS / EUA 1966de Andy Warhol e Paul Morrisseycom NICO, Edie Sedgwick, Mary Woronov, Ondine210 min / legendado electronicamente em portuguêsUm dos mais célebres filmes de Warhol e um verdadeiro clássico do cinema underground, CHELSEAGIRLS é também um desfile de muitas das “superstars” do artista americano. Entre elas encontramos,claro, Nico – para cuja imagem este filme foi determinante, como o reforça o facto de o seu primeirodisco a solo (Chelsea Girl) ter quase o mesmo nome.

    22.00Sala Luís de Pina

    AS FLORES DO MAL 

    THE DIARY OF A CHAMBERMAID/ Estados Unidos, 1946Diário de Uma Criada de Quartode Jean Renoircom Paulette Goddard, Burgess Meredith, Hurd Hatfield.

    91 min / legendado em francêsEsta primeira versão cinematográfica do romance de Octave de Mirbeau (a segunda viria, 18 anosmais tarde, das mãos de Luís Buñuel) e penúltimo filme americano de Renoir, não foi, ao tempo,particularmente bem recebida (aliás como quase todos os filmes americanos do realizador), mas foimais tarde reavaliada e considerada, por André Bazin, um LA RÈGLE DU JEU mais estilizado e despojado,cujo erotismo anuncia as obras maiores de Renoir dos anos 50. Burgess Meredith come pétalas derosas. 

    19 Junho - Feriado20 Junho - 6ªF  Sala/Ciclo Filmes15.30Sala Dr. Félix Ribeiro

    É DO MEU GÉNERO: POLICIAL

    THE KILLERS/ Estados Unidos, 1946Assassinosde Robert Siodmakcom Burt Lancaster, Ava Gardner, Edmond O’Brien, Albert Dekker, Sam Levene, William Conrad.105 min / legendado em espanholUm conto de três páginas de Hemingway é o ponto de partida para um dos clássicos do filme

    “negro”. A linha básica, fornecida pelo escritor, é o encontro de dois assassinos com o homem quevão matar. A partir daí, o argumento (em que colaborou John Huston) coloca a interrogação sobre asrazões pelas quais a vítima, um ex-pugilista, não fugiu, mostrando-o como a vítima de uma mulherfatal. A estreia de Burt Lancaster e a revelação de Ava Gardner.

    19.00Sala Dr. Félix Ribeiro

    AS FLORES DO MAL 

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    Sala Luís de PinaSeg. [23] 19.30

    MONSIEUR VERDOUX/ Estados Unidos, 1947O Barba Azulde Charles Chaplincom Charles Chaplin, Martha Raye, I sobel Elsom120 min / legendado em espanholBaseado numa ideia de Orson Welles, Chaplin realizou o filme mais polémico da sua carreira, que foitambém o seu primeiro fracasso comercial e provocou a fúria dos meios conservadores americanos: ofilme foi proibido na maior parte dos Estados Unidos e Chaplin, acusado de comunismo, acabaria pordeixar o país. Chaplin considerava esta variação tragicómica da carreira de Landru, visto como um“industrial” do crime, como “o melhor e o mais vibrante filme que jamais fiz”.

    19.30Sala Luís de Pina

    AS FLORES DO MAL 

    TABU / Estados Unidos, 1931Tabude Friedrich W. Murnaucom Matahi, Reri, Hitu80 min / legendado electronicamente em portuguêsCom acompanhamento musical ao vivo

  • 8/17/2019 Cinemateca Portuguesa 0306

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    O último filme de Murnau, feito em colaboração com Robert Flaherty. História trágica em que o amorse confronta com costumes ancestrais. Uma jovem é consagrada aos deuses tornando-se tabu. Aquebra deste implica a punição. Ao fatalismo e sensualidade junta-se uma poética mítica para umadas grandes obras-primas do cinema. 

    21.30Sala Dr. Félix Ribeiro

    AS FLORES DO MAL 

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    Sala Dr. Félix RibeiroSeg. [23] 19.00

    THE BLUE GARDENIA/ Estados Unidos, 1953A Gardénia Azulde Fritz Langcom Anne Baxter, Richard Conte, Ann Sothern, Raymond Burr, Jeff Donnel l, Nat King Cole88 min / legendado electronicamente em portuguêsAnne Baxter é uma telefonista que na sequência de uma desilusão amorosa aceita o convite de umgalã (Raymond Burr) para ir a sua casa onde se embebeda, acabando por fugir. Quando acorda no

    dia seguinte não se recorda de nada. O homem aparece assassinado e a pista que a polícia possui éa gardénia azul que ela levava. Com a ajuda de um jornalista vai tentar descobrir o que aconteceuantes de ser presa.

    22.00Sala Luís de Pina

    AS FLORES DO MAL 

    LA BELLE ET LA BÊTE / França, 1945A Bela e o Monstrode Jean Cocteau e René Clementcom Jean Marais, Josette Day, Marcel André, Michel Auclair100 min / legendado em portuguêsA mais bela adaptação ao cinema do famoso conto de Leprince de Beaumont, segundo históriastradicionais de França. Cocteau dá-lhe um toque de fantasia e irreverência, numa espécie deprólogo-comentário, mas é na encenação fantasmagórica da história que se apoia o triunfointernacional do filme. O deslumbramento visual é particularmente sugestivo nas cenas do palácio domonstro, com os seus misteriosos corredores iluminados por “braços-candelabros” e jardins poéticosonde o monstro passeia as suas saudades de Bela (cujo pai se perdeu por uma rosa). Jean Marais nomais lendário papel da sua carreira. 

    21 Junho - Sáb  Sala/Ciclo Filmes15.30Sala Dr. Félix Ribeiro

    É DO MEU GÉNERO: POLICIAL

    ANGEL FACE / Estados Unidos, 1953Vidas Inquietasde Otto Premingercom Robert Mitchum, Jean Simmons, Herbert Marshall90 min / legendado electronicamente em português“O único pesadelo lírico do cinema”, segundo as palavras de Ian Cameron, mostra Jean Simmonscomo uma jovem da alta burguesia que é um «anjo da morte», e que acaba por se destruir a siprópria. Sombrio melodrama com conotações psicanalíticas, ANGEL FACE é também uma variaçãosobre o tema da mulher maléfica, tão presente no cinema americano deste período. Mitchum é o seuamante, um homem que a mulher arrasta para o crime e que é incapaz de dominar a situação.

    19.00Sala Dr. Félix Ribeiro

    AS FLORES DO MAL 

    VERTIGO/ Estados Unidos, 1958A Mulher Que Viveu Duas Vezesde Alfred Hitchcockcom James Stewart, Kim Novak, Barbara Bel Geddes, Henry Jones128 min / legendado em portuguêsDuas mulheres que são uma só, e um homem que numa procura recriar a imagem que tem da“outra”. Diz-se que Hitchcock só filmou histórias de amor. Se dúvidas houvessem, VERTIGO dissipava-as. Ésó a paixão (que chega à própria necrofilia) que motiva a personagem desta obra-prima de Hitch. Ocrime, a intriga policial, aqui, não são mais do que o clássico “macguffin”, de tal forma que oespectador se esquece que o crime fica sem castigo e compensou. O saber de Hitchcock iludiu todasas censuras.

    19.30Sala Luís de Pina

    AS FLORES DO MAL 

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    Sala Luís de PinaTer. [24] 19.30

    THE EXILE / Estados Unidos, 1948À Conquista de um Reinode Max Ophulscom Douglas Fairbanks, Jr., Maria Montez, Henry Daniell95 min / sem legendasDouglas Fairbanks Jr. é o intérprete deste belíssimo filme de Max Ophuls sobre o exílio do “bonnieprince Charlie”, herdeiro do trono de Inglaterra e lutando pela recuperação do trono contra os“cabeças redondas” de Cromwell”, seduzido também pela belíssima Maria Montez. Uma obra-primaabsoluta.

    21.30Sala Dr. Félix Ribeiro

    CANTORES/ACTORES: NICO EMARIA CALLAS 

    CHELSEA GIRLS / EUA 1966de Andy Warhol e Paul Morrisseycom NICO, Edie Sedgwick, Mary Woronov, Ondine210 min / legendado electronicamente em portuguêsUm dos mais célebres filmes de Warhol e um verdadeiro clássico do cinema underground, CHELSEAGIRLS é também um desfile de muitas das “superstars” do artista americano. Entre elas encontramos,claro, Nico – para cuja imagem este filme foi determinante, como o reforça o facto de o seu primeirodisco a solo (Chelsea Girl) ter quase o mesmo nome.

    22.00Sala Luís de Pina

    AS FLORES DO MAL 

    A TIME TO LOVE AND A TIME TO DIE / Estados Unidos, 1957Tempo Para Amar e Tempo Para Morrerde Douglas Sirk

    com John Gavin, Lilo Pulver, Jack Mahoney, Don De Fore133 min / legendado em portuguêsBaseado num romance de Eric Maria Remarque, que tem no filme um breve papel, esta é a obra queassinala o regresso provisório de Sirk à Alemanha, numa tentativa de compreender, do interior, asconsequências da guerra sobre os indivíduos. Na fase final da guerra, um soldado alemão vem emlicença da frente de Leste, encontra a casa dos pais em ruínas e não sabe do seu paradeiro. Tementão um breve e impossível idílio com uma amiga de infância. Fassbinder escreveu a propósito deste

  • 8/17/2019 Cinemateca Portuguesa 0306

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    filme: “No livro de Remarque, sem a guerra, o amor seria eterno. No filme de Sirk, sem a guerra nãohaveria amor algum”.

    23 Junho - 2ªF  Sala/Ciclo Filmes15.30Sala Dr. Félix Ribeiro

    É DO MEU GÉNERO: POLICIAL

    DARK PASSAGE/ Estados Unidos, 1947Prisioneiros do Passadode Delmer Davescom Humphrey Bogart, Lauren Bacall, Agnes Moorehead90 min / legendado em portuguêsBogart e Bacall de novo juntos. Este terceiro filme do par, tem como ponto de partida uma novela deDavid Goodis e conta a história de um homem injustamente acusado da morte da mulher. Evadindo-se da cadeia, é forçado a uma operação plástica que lhe altera as feições. É então que a

    personagem aparece e toma o rosto de Bogart. Os vinte minutos iniciais são, por isso, mostrados“através” do seu olhar, que só se quebra quando se vê ao espelho após a operação. Com THE LADY INTHE LAKE é a mais significativa utilização da “câmara subjectiva” no cinema clássico americano.

    19.00Sala Dr. Félix Ribeiro

    AS FLORES DO MAL 

    THE BLUE GARDENIA/ Estados Unidos, 1953A Gardénia Azulde Fritz Langcom Anne Baxter, Richard Conte, Ann Sothern, Raymond Burr, Jeff Donnel l, Nat King Cole88 min / legendado electronicamente em portuguêsAnne Baxter é uma telefonista que na sequência de uma desilusão amorosa aceita o convite de umgalã (Raymond Burr) para ir a sua casa onde se embebeda, acabando por fugir. Quando acorda nodia seguinte não se recorda de nada. O homem aparece assassinado e a pista que a polícia possui éa gardénia azul que ela levava. Com a ajuda de um jornalista vai tentar descobrir o que aconteceuantes de ser presa. 

    19.30Sala Luís de Pina

    AS FLORES DO MAL 

    MONSIEUR VERDOUX/ Estados Unidos, 1947O Barba Azul

    de Charles Chaplincom Charles Chaplin, Martha Raye, I sobel Elsom120 min / legendado em espanholBaseado numa ideia de Orson Welles, Chaplin realizou o filme mais polémico da sua carreira, que foitambém o seu primeiro fracasso comercial e provocou a fúria dos meios conservadores americanos: ofilme foi proibido na maior parte dos Estados Unidos e Chaplin, acusado de comunismo, acabaria pordeixar o país. Chaplin considerava esta variação tragicómica da carreira de Landru, visto como um“industrial” do crime, como “o melhor e o mais vibrante filme que jamais fiz”. 

    21.30Sala Dr. Félix Ribeiro 

    PHILIPPE GARREL: UMA ALTA SOLIDÃO 

    SAUVAGE INNOCENCE / França – Holanda 2001de Philippe Garrelcom Medhi Belhaj Kacem, Júlia Faure, Michel Subor123 minutos / legendado electronicamente em portuguêsCom a presença do realizadorO mais recente filme de Philippe Garrel, que (ao contrário do sucedido com outros dos seus últimosfilmes) não tivemos a sorte de ver estrear comercialmente em Portugal. Eivado de uma ironia amarga,é a história de um realizador que financia um “filme anti-heroína” a partir de uma negociata com...traficantes de heroína. Uma história de fantasmas, portanto.

    22.00Sala Luís de Pina

    AS FLORES DO MAL 

    CARMEN JONES/ Estados Unidos, 1954Carmen Jonesde Otto Premingercom Dorothy Dandridge, Harry Belafonte, Olga James, Pearl Bailey, Joe Adams105 min / legendado em portuguêsUma provocante “revisão” da ópera de Bizet, a partir da adaptação feita por Oscar Hammerstein II,que transforma a famosa cigana numa negra, e D. José num sargento do exército americano.Fabulosa fotografia de Sam Leavitt e Preminger num dos seus momentos altos. Destaque para apresença de Pearl Bailey que entoa uma das mais famosas árias, e para o genérico de Saul Bass coma sua “rosa de fogo”. 

    24 Junho - 3ªF  Sala/Ciclo Filmes15.30Sala Dr. Félix Ribeiro

    É DO MEU GÉNERO: POLICIAL

    WHITE HEAT/ Estados Unidos, 1949Fúria Sanguinária

    de Raoul Walshcom James Cagney, Virgínia Mayo, Edmond O’Brien,Margaret Wycherly, Steve Cochran114 min / legendado em portuguêsÉ um dos títulos de glória da carreira de Raoul Walsh. Um fabuloso filme, a que Peter Bogdanovichchamou o “thriller mais subversivo” da história do cinema. É a história de um gangster psicopata, CodyJarret (numa portentosa criação de James Cagney) doentiamente ligado à figura materna. É quandoesta falta e o “substituto” (Edmond O’Brien) se revela um “traidor” (é um agente da polícia infiltrado),que a crise explode literalmente.

    19.00Sala Dr. Félix Ribeiro

    PHILIPPE GARREL: UMA ALTA SOLIDÃO 

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    Sala Luís de PinaQui. [26] 19.30

    LES ENFANTS DÉSACCORDÉS / França, 1964de Philippe Garrelcom Christiane Pérez, Pascal Laperrousaz, Maurice Garrel15 min / legendado electronicamente em português

    MARIE POUR MÉMOIRE / França 1967de Philippe Garrel

    com Zouzou, Didier Léon, Nicole Laguigné80 min / legendado electronicamente em portuguêsPrimeira longa metragem para cinema de Philippe Garrel (ANÉMONE, hoje invisível, era um telefilme),MARIE POUR MÉMOIRE começou a impor, definitivamente, o nome do seu realizador. “Rodado em dezdias por um impostor impaciente protegido pelo estatuto de artista” (Garrel), é um olhar sobre a suageração e uma “constatação pessimista” do estado do mundo ocidental. A abrir a sessão, o maisantigo filme de Garrel hoje existente, filmado quando tinha dezasseis anos (havia outro, feito aos treze

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    anos, mas Garrel destruiu-o “talvez por vergonha”).

    19.30Sala Luís de Pina

    AS FLORES DO MAL 

    THE EXILE / Estados Unidos, 1948À Conquista de um Reinode Max Ophulscom Douglas Fairbanks, Jr., Maria Montez, Henry Daniell95 min / sem legendasDouglas Fairbanks Jr. É o intérprete deste belíssimo filme de Max Ophuls sobre o exílio do “bonnieprince Charlie”, herdeiro do trono de Inglaterra e lutando pela recuperação do trono contra os“cabeças redondas” de Cromwell”, seduzido também pela belíssima Maria Montez. Uma obra-primaabsoluta. 

    21.30Sala Dr. Félix Ribeiro

    AS FLORES DO MAL 

    LOVE IN THE AFTERNOON / Estados Unidos, 1957Arianede Billy Wildercom Gary Cooper, Audrey Hepburn, Maurice Chevalier, John McGiver125 min / legendado em espanholDe todos os filmes de Billy Wilder, LOVE IN THE AFTERNOON talvez não seja o mais wilderiano (em certosentido, é um dos mais lubitschianos), mas é, formalmente, o mais perfeitamente construído e o maissibilinamente cáustico. Gary Cooper pode ser o traço de união entre Lubitsch e Wilder, mas é MauriceChevalier que mais justifica a aproximação com os seus comentários irónicos, como detective privado,pai de Audrey Hepburn que se apaixona por um velho galã (Cooper) renitente ao casamento. Asflores do filme conservam-se no frigorífico, sobre a flor da virgindade.

    22.00Sala Luís de Pina

    PHILIPPE GARREL: UMA ALTA SOLIDÃO 

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    Sala Luís de PinaQui. [28] 19.30

    LE RÉVELATEUR / França, 1968de Philippe Garrelcom Bernadette Lafont, Laurent Terzieff, Stanislas Robiolles62 min – mudoUm filme “deliberadamente onírico”, rodado por tuta e meia, a preto e branco e sem som (é mesmo

    um filme mudo). Porventura a primeira grande manifestação do interesse de Philippe Garrel pelapsicanálise (este é um filme sobre a “cena primitiva”), LE RÉVÉLATEUR mostra um miúdo que acompanhaos pais (Lafont e Terzieff) durante a rodagem de um filme.

    25 Junho - 4ªF  Sala/Ciclo Filmes15.30Sala Dr. Félix Ribeiro

    É DO MEU GÉNERO: POLICIAL

    THE GRIFTERS/ Estados Unidos, 1990Anatomia do GolpeDe Stephen FrearsCom Anjelica Huston, John Cusack, Annette Bening119 min / legendado electronicamente em portuguêsOutra adaptação de uma novela de Jim Thompson, mestre do thriller “negro”. Uma das melhoresevocações do “negro” clássico aos tempos modernos, com uma história de crime e incestoenvolvendo um par de vigaristas, mãe e filho. Anjelica Huston, num papel admirável.

    19.00Sala Dr. Félix Ribeiro

    AS FLORES DO MAL 

    I GIRASOLI / Itália/URSS, 1969 O Último Adeus de Vittorio De Sicacom Sophia Loren, Marcello Mastroianni, Lyudmila Savelyeva, Galina Andreyeva100 min / legendado em portuguêsNo fim da II Guerra Mundial, uma mulher inicia uma busca desesperada do marido, um dos oitenta milsoldados desaparecidos na frente russa, encontrando-o na Ucrânia com uma nova família. É um dostrês filmes do par Loren-Mastroianni com De Sica.

    19.30Sala Luís de Pina

    PHILIPPE GARREL: UMA ALTA SOLIDÃO 

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    Sala Luís de PinaSáb. [28] 22.00

    LE LIT DE LA VIERGE / França 1969de Philippe Garrelcom Pierre Clémenti, Zouzou, Tina Aumont95 min / legendado electronicamente em portuguêsUma parábola sobre o “mito cristão”, onde Zouzou “encarna ao mesmo tempo Maria e MariaMadalena, enquanto Pierre Clémenti encarna Jesus Cristo”. Um filme alegórico e “parabólico”, quecontém ainda uma denúncia da repressão policial do Maio de 68. Para Garrel este foi o seu “primeirofilme normal, com produtor, três meses de rodagem, uma câmara silenciosa e moderna, uma equipatécnica completa”.

    21.30Sala Dr. Félix Ribeiro

    CANTORES/ACTORES: NICO EMARIA CALLAS 

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    Sala Dr. Félix RibeiroSeg. [30] 19.00

    LA CICATRICE INTÉRIEURE / França 1970-71de Philippe Garrelcom NICO, Pierre Clémenti, Philippe Garrel57 min / legendado electronicamente em portuguêsUm dos mais célebres filmes de Garrel, primeiro fruto cinematográfico do seu encontro com Nico (aquem Garrel, em declarações várias, concede quase um estatuto de co-autoria: “ela pensava omundo exactamente como eu o pensava”). De Death Valley à Islândia, uma imagética poderosíssima(é “poesia”, mas também é “pintura”), para uma reunião das origens e do fim, ligados por um gestocircular.

    22.00Sala Luís de Pina

    AS FLORES DO MAL 

    DUEL IN THE SUN/ Estados Unidos, 1946Duelo ao Solde King Vidorcom Gregory Peck, Jennifer Jones, Joseph Cotten, Lionel Barrymore, Lilian Gish, Harry Carey

    145 min / legendado em portuguêsA mais famosa produção de Selznick depois de GONE WITH THE WIND. Também aqui os realizadores sesucederam, mas a marca de King Vidor predomina sobre a breve passagem dos restantes (Sternberge Dieterle). Há quem diga que o delirante final foi dirigido pelo próprio Selznick, com a intenção devalorizar a personagem de Jennifer Jones. A sensualidade domina este singular western sobre umamestiça disputada pelos dois filhos de um grande rancheiro do Texas. A narração inicial (sobre a “florselvagem” de Pearl) foi feita por Orson Welles, não creditado no genérico.

  • 8/17/2019 Cinemateca Portuguesa 0306

    19/21

    26 Junho - 5ªF  Sala/Ciclo Filmes15.30Sala Dr. Félix Ribeiro

    É DO MEU GÉNERO: POLICIAL

    HOMICIDE/ Estados Unidos, 1991Brigada de Homicídiosde David Mametcom Joe Mantegna, William H. Macy, Vincent Guastaferro, J.J. Johnson, Jack Wallace102 min / legendado em portuguêsDavid Mamet leva os seus conhecidos “jogos” de manipulação para o meio policial, com a história deum detective dedicado a fundo ao seu trabalho e alienado das suas origens judaicas. Quandoinvestiga um crime, vê-se envolvido com uma organização sionista que o irá manipular, explorando assuas contradições.

    19.00Sala Dr. Félix Ribeiro

    PHILIPPE GARREL: UMA ALTA SOLIDÃO

    Repete

    Sala Luís de PinaSeg. [30] 22.00

    LES HAUTES SOLITUDES / França 1974de Philippe Garrelcom Jean Seberg, Nico, Tina Aumont80 min – mudoInspirado no Anticristo de Nietszche, LES HAUTES SOLITUDES marca outro encontro importante na obra deGarrel, o encontro com Jean Seberg. O filme, rodado “pelo preço de um dois cavalos”, é mesmo, eassumidamente, um retrato de Jean Seberg, rodado ao improviso. Quando Garrel mostrou amontagem a Seberg, ainda sem banda sonora, ela respondeu que “ficava contente se o filme ficasseassim”. E assim mudo o filme ficou.

    19.30Sala Luís de Pina

    PHILIPPE GARREL: UMA ALTA SOLIDÃO 

    LES ENFANTS DÉSACCORDÉS / França, 1964de Philippe Garrelcom Christiane Pérez, Pascal Laperrousaz, Maurice Garrel15 min / legendado electronicamente em português

    MARIE POUR MÉMOIRE / França 1967

    de Philippe Garrelcom Zouzou, Didier Léon, Nicole Laguigné80 min / legendado electronicamente em portuguêsPrimeira longa metragem para cinema de Philippe Garrel (ANÉMONE, hoje invisível, era um telefilme),MARIE POUR MÉMOIRE começou a impor, definitivamente, o nome do seu realizador. “Rodado em dezdias por um impostor impaciente protegido pelo estatuto de artista” (Garrel), é um olhar sobre a suageração e uma “constatação pessimista” do estado do mundo ocidental. A abrir a sessão, o maisantigo filme de Garrel hoje existente, filmado quando tinha dezasseis anos (havia outro, feito aos trezeanos, mas Garrel destruiu-o “talvez por vergonha”). 

    21.30Sala Dr. Félix Ribeiro

    PHILIPPE GARREL: UMA ALTA SOLIDÃO 

    L’ENFANT SECRET / França, 1979de Philippe Garrelcom Anne Wiazemsky, Henri de Maublanc, Xuan Lindenmayer92 min / legendado electronicamente em português“Com L’ENFANT SECRET decidi voltar à autobiografia, que tinha entretanto abandonado”, explicaPhilippe Garrel. Filme sobre a infância, assim como filme sobre a geração do Maio de 68, é um filme

    amargo e solitário, mas tocado por uma ternura que alguns vêm como uma evocação de Chaplin.

    22.00Sala Luís de Pina

    AS FLORES DO MAL 

    DER ROSENKÖNIG / Alemanha-França-Holanda-Portugal, 1986O Rei das Rosasde Werner Schroetercom Magdalena Montezuma, Mosteffa Djadjan, Antonio Orlando, Karine Fallenstein106 min / legendado em portuguêsO  REI DAS ROSAS  é uma súmula esplendorosa do voraz imaginário literário, musical e pictural do seuautor, impossível de resumir ou explicar. Filme críptico, cujo sentido não é para ser revelado, é oderradeiro trabalho de Magdalena Montezuma, actriz obcecante e obsessiva da obra de Schroeter.

    27 Junho - 6ªF  Sala/Ciclo Filmes15.30Sala Dr. Félix Ribeiro

    É DO MEU GÉNERO: POLICIAL

    CHINATOWN/ Estados Unidos, 1974Chinatownde Roman Polanskicom Jack Nicholson, Faye Dunaway, John Huston, Perry Lopez

    131 min / legendado electronicamente em portuguêsNomeado para sete Oscares, CHINATOWN  conquistou apenas um (mas com inteira justiça), para oargumento de Robert Towne, que aqui recupera e renova o clima, as situações e os estereótipos dofilme “negro”, mas com um olhar mais amargo que o passar do tempo trouxe. Um olhar que constataa corrupção e a impossibilidade de a vencer. Procurando avançar na sua investigação sobre oassassinato de um funcionário da companhia das águas em Los Angeles, o detective J.J. Gittes acabapor causar a tragédia e a morte daqueles que procura salvar.

    19.00Sala Dr. Félix Ribeiro

    PHILIPPE GARREL: UMA ALTA SOLIDÃO 

    RUE FONTAINE  / França, 1984de Philippe Garrelcom Christine Boisson, Jean-Pierre Léaud, Philippe Garrel17 min / legendado electronicamente em português

    LIBERTÉ LA NUIT / França, 1983de Philippe Garrelcom Emmanuelle Riva, Maurice Garrel, Christine Boisson

    80 min / legendado electronicamente em portuguêsLIBERTÉ, LA NUIT, nascido de “dois sonhos” que Garrel teve (a psicanálise foi sempre um instrumentoextremamente importante para o cineasta), é um reencontro com as suas origens familiares e umamaneira de chegar outra vez a um olhar sobre a geração (nascida no imediato pós-guerra) a queGarrel pertence. RUE FONTAINE – influenciado pela recordação de Nico – é a contribuição de Garrelpara o filme de sketches PARIS VU PAR... 25 ANS APRÉS.

  • 8/17/2019 Cinemateca Portuguesa 0306

    20/21

    19.30Sala Luís de Pina

    AS FLORES DO MAL 

    Repete

    Sala Luís de PinaSeg. [30] 19.30

    THE SUBJECT WAS ROSES / Estados Unidos, 1968O Assunto Era Rosasde Ulu Grosbardcom Patrícia Neal, Jack Albertson, Martin Sheen107 min / sem legendasUma magnífica reflexão sobre o fracasso. Adaptado de uma peça de Frank D. Gilroy (que escreveutambém o argumento) é a história de um jovem soldado (Martin Sheen) que regressa da guerra paracasa com um outro olhar, mais maduro e cínico, o que lhe permite ver a tragédia familiar decedências e fracassos, o alheamento dos pais.

    21.30Sala Dr. Félix Ribeiro

    Repete

    Sala Dr. Félix RibeiroSáb. [28] 21.30

    ESPECTÁCULO DE LANTERNA MÁGICA

    Formada por Karin Bieneke e Ludwig Maria Vogl, o Illuminativ-Theater tem como ambição recuperar aautêntica tradição da lanterna mágica e restitui-la a um público contemporâneo tal como poderia tersido presenciada há mais de 100 anos. Através de uma cuidada reconstituição das técnicas e formasde expressão que deram a este antepassado do cinema o enorme fascínio que exerceu no séculoXIX, o par combina a projecção de imagens, com a leitura de histórias, a música ao vivo, o canto e adança. Depois de terem estado presentes na inauguração dos novos espaços da Cinemateca emJaneiro último, Jarin Bienek e Ludwig Maria Vogl regressam a Lisboa para apresentarem uma série deespectáculos de lanterna mágica de maior fôlego e ambição. O espectáculo que será apresentadoem duas ocasiões na Sala Dr. Félix Ribeiro inclui algumas das mais populares “histórias” para lanternamágica (o Velho Moinho, a Dança Macabra, uma erupção no Monte Vesúvio). Para além dosespectáculos na Sala Dr. Félix Ribeiro nas sessões abaixo indicadas, Karin Bieneke e Ludwig Maria Voglapresentarão duas demonstrações mais curtas da arte da lanterna mágica no Sábado, dia 28, noespaço da Sala dos Carvalhos, às 16.00 e às 17.30. 

    22.00Sala Luís de Pina

    AS FLORES DO MAL 

    VALE ABRAÃO / Portugal, 1993de Manoel de Oliveira

    com Leonor Silveira, Luís Miguel Cintra, Cecile Sanz Alba, Ruy de Carvalho, Glória de Matos.203 minVersão integral de um dos mais célebres filmes de Manoel de Oliveira, inspirado na  Madame Bovary de Flaubert, tal como Agustina Bessa-Luís a recriou no romance homónimo. A “Ema” de Oliveira ficana história do cinema como um dos mais perfeitos retratos femininos feitos no cinema. Um filme“sensualista”, dominado pelas cores, os perfumes, as flores, as atmosferas.

    28 Junho - Sáb  Sala/Ciclo Filmes15.30Sala Dr. Félix Ribeiro

    É DO MEU GÉNERO: POLICIAL

    JACKIE BROWN