Cinesiologia e Biomecânica da Coluna Vertebral

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Cinesiologia e Biomecânica da Coluna Vertebral Introdução. Coluna e o Tronco em Conjunto. A coluna vertebral se estende desde a base do crânio até a extremidade caudal do tronco. É constituída de 33 ou 34 vértebras superpostas e intercaladas por discos intervertebrais. As vértebras sacras soldam-se entre si, constituindo um único osso sacro, assim como as coccígeas, que formam o cóccix. A pelve é a base da coluna é onde os membros inferiores se articulam. Superiormente, articula-se com o osso occipital e inferiormente, com o Ilíaco. É dividida em quatro regiões: Cervical, Torácica, Lombar e Sacrococcígea. A coluna vertebral apresenta três funções básicas: -Suporte -Proteção da medula espinhal no canal vertebral. -Movimento, as vértebras articuladas entre si oferecem toda mobilidade da coluna vertebral. A coluna é um complexo que apresenta seis graus de liberdade, realizando os movimentos de: Flexão, extensão, inclinação lateral direita, inclinação lateral esquerda, rotação direita, rotação esquerda. Os tecidos Moles (músculos, ligamentos, cápsulas, tendões, discos) são eles que dão a flexibilidade para coluna vertebral. A coluna é o eixo central do corpo. Movimentos das Vértebras. Flexão (Inclinação anterior) -Deslizamento. -Compressão -Tensão Extensão (inclinação posterior) 1

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Cinesiologia e Biomecnica da Coluna VertebralIntroduo. Coluna e o Tronco em Conjunto.

A coluna vertebral se estende desde a base do crnio at a extremidade caudal do tronco. constituda de 33 ou 34 vrtebras superpostas e intercaladas por discos intervertebrais. As vrtebras sacras soldam-se entre si, constituindo um nico osso sacro, as sim como as coccgeas, que formam o cccix. A pelve a base da coluna onde os membros inferiores se articulam. Superiormente, articula-se com o osso occipital e inferiormente, com o Ilaco. dividida em quatro regies: Cervical, Torcica, Lombar e Sacrococcgea. A coluna vertebral apresenta trs funes bsicas: -Suporte -Proteo da medula espinhal no canal vertebral. -Movimento, as vrtebras articuladas entre si oferecem toda mobilidade da coluna vertebral. A coluna um complexo que apresenta seis graus de liberdade, realizando os movimentos de: Flexo, extenso, inclinao lateral direita, inclinao lateral esquerda, rotao direita, rotao esquerda. Os tecidos Moles (msculos, ligamentos, cpsulas, tendes, discos) so eles que do a flexibilidade para coluna vertebral. A coluna o eixo central do corpo. Movimentos das Vrtebras. Flexo (Inclinao anterior) -Deslizamento. -Compresso -Tenso Extenso (inclinao posterior) -Deslizamento -Compresso -Tenso Inclinao Lateral (Direita e Esquerda). -Deslizamento -Inclinao1

-Compresso -Tenso -Rotao: Cervical: Rotao do mesmo lado. Torcica: Rotao do lado oposto. 4Lombar: Rotao do lado oposto. 5Lombar: Rotao do mesmo lado.

Rotao (Direita e Esquerda) -Deslizamento -Compresso -Tenso -Inclinao

Curvaturas Fisiolgicas. A coluna apresenta vrias curvaturas consideradas fisiolgicas. - Lordose Cervical: convexidade voltada anteriormente. - Cifose Torcica: convexidade voltada posteriormente. - Lordose Lombar: convexidade voltada anteriormente. - Cifose Sacral: convexidade voltada posteriormente.2

Todo ser apresenta uma curvatura lateral meio acentuada sendo normal de 5 a 10, se essa curvatura ultrapassar essa mdia considerada normal j uma curvatura Patolgica.

Escoliose. A escoliose um desvio da coluna vertebral para a esquerda ou direita, resultando em um formato de "S". um desvio da coluna no plano frontal acompanhado de uma rotao e de uma gibosidade (corresponde a uma latero-flexo vertebral). A escoliose uma deformidade vertebral de diversas origens.Os seres humanos Brevilinos (pessoas com estatura baixa) apresentam maior mobilidade na coluna vertebral, 94% apresentam curvaturas mais acentuadas. Os longilineos (pessoas com estatura alta) apresentam menor mobilidade na coluna vertebral, 96% apresentam curvaturas menos acentuadas. Discos Intervertebrais. Entre um corpo vertebral e outro, servindo como um amortecedor anatmico perfeito encontramos os Discos Intervertebrais. O disco intervertebral formado por duas partes: uma central o ncleo pulposo e uma parte perifrica o anel fibroso. O ncleo pulposo tem aspecto gelatinoso, constitudo por polissacardeos e 88% de gua. O ncleo no inervado nem vascularizado. O anel fibroso constitudo por uma sucesso de camadas concntricas, cuja obliqidade cruzada quando se passa de uma camada para outra. Contata -se que na periferia do anel, as fibras so verticais e vo se horizontalizando medida que se aproximam do ncleo.

O ncleo pulposo tem como caractersticas a hidrofilia, ou seja, h a tendncia em absoro de gua, sobretudo com a diminuio das presses exercidas sobre o disco. Assim que, deitado e em repouso, h um aumento da espessura do disco enquanto que, em carga, este disco tende a achatar-se. O anel fibroso do disco aprisiona o ncleo enquanto que, disco lesado faz com que o ncleo escape pelas rachaduras do anel. O disco comporta-se da seguinte forma nos movimentais: em compresso axial, o ncleo tem tendncia a espalhar -se lateralmente. Em alongamento axial, h a tendncia de retorno da sustncia gelatinosa. Em flexo, o ncleo migra para trs. Em extenso, para frente. Em inclinao lateral, para o lado oposto e, em rotao, o ncleo comprimido e esmagado e tende a infiltrar -se por todas as falhas do sistema do anel fibroso. Biomecnica do Disco Intervertebral. Flexo (Inclinao anterior) -Deslizamento. -Compresso na poro anterior do disco (anel fibroso) deslocamento do ncleo para o lado oposto da inclinao, -Tenso na poro posterior do disco.3

-Desabitao (afastamento das facetas articulares). -Os tecidos moles da poro anterior implicam no movimento. Extenso (inclinao posterior) -Deslizamento -Compresso na poro posterior do disco (anel fibroso) deslocamento do ncleo para o lado oposto da inclinao. -Tenso na poro anterior do disco. -Pequena imbricao (aproximao das facetas articulares). -Os tecidos moles da poro posterior implicam no movimento.

Hiperextenso -Deslizamento -Compresso na poro posterior do d isco (anel fibroso) deslocamento do ncleo para o lado oposto da inclinao. -Tenso na poro anterior do disco. -Imbricao (aproximao das facetas articulares). -Toque das estruturas sseas, (processos espinhosos e facetas articulares). -Os tecidos moles da poro posterior implicam no movimento. Inclinao Lateral (Direita e Esquerda). -Deslizamento -Compresso na poro lateral do disco (anel fibroso) deslocamento do ncleo para o lado oposto da inclinao. -Tenso na poro oposta da inclinao. -Rotao= Cervical: Rotao do mesmo lado. Torcica: Rotao do lado oposto. 4Lombar: Rotao do lado oposto. 5Lombar: Rotao do mesmo lado. -Desabitao afastamento das facetas articulares na poro oposta da inclinao. -Imbricao aproximao das facetas articulares na poro da inclinao.4

-Os tecidos moles do lado oposto limitam o movimento.

Rotao (Direita e Esquerda). -Deslizamento -Compresso na poro do movimento. -Tenso na poro oposta a rotao. -Desabitao as facetas articulares se afastam. -Inclinao vertebral no lado da rotao. -Os tecidos moles do lado oposto limitam o movimento. Msculos da Coluna

Msculos Posteriores Camada Profunda (Paravertebrais) Os msculos paravertebrais (semi-espinhais, multifidos, rotadores, interespinhais, intertransversrios) atuam na cadeia posterior do tronco de forma esttica, tendo a funo principal de manter o tronco ereto durante todo o tempo que estamos em p ou sentados.Os msculos paravertebrais so msculos lordosantes puxam a coluna para a frente.

Msculos Posteriores Camada Profunda (Eretores). Os msculos Eretores (iliocostais, longussimos do trax e Espinhais) atuam na cadeia posterior do tronco de forma dinmica, tendo funo principalmente de manter a colun a nos movimentos.

Msculos Antero - laterais (Abdominais) O grupo dos abdominais (reto do abdome, oblquos superior e inferior, transveso do abdome) atua na cadeia anterior do tronco so os msculos unicamente dinmicos do tronco, responsveis pelo movimento e estabilidade, sendo importante mant -los fortalecidos e resistentes (parte superior, inferior e oblquos).

Msculos Adicionais. Os msculos adicionais so os msculos liopsosas e o Quadrado Lombar.

Principais Ligamentos da Coluna Vertebral.5

-Ligamento Amarelo: Limita a flexo. -Ligamento Interespinhais e supra -espinhais: Limita a flexo. -Ligamento Intertransversrios: Limita a flexo lateral contralateral. -Ligamento Longitudinal anterior: Limita a extenso ou lordose excessiva das regies cervica l e lombar. -Ligamento Longitudinal posterior: Limita a flexo, refora o anel fibroso posteriormente. -Cpsula das articulaes dos processos articulares: Fortalece e suporta a articulao dos processos articulares.

Medula Espinhal e Meninges. Anatomia. Sistema Nervoso Central: Crebro e Medula Espinhal, a medula espinhal tem origem no crnio e se estende at o final do canal vertebral. O sistema nervoso envolto por membranas conjuntivas denominadas meninges que so classificadas como trs: dura-mter, aracnide e pia-mter.

Dura-mter: a meninge mais superficial, espessa e resistente, formada por tecido conjuntivo muito rico em fibras colgenas, contendo nervos e vasos. formada por dois folhetos: um externo e um interno.

Aracnide: uma membrana muito delgada, justaposta dura -mter, da qual se separa por um espao virtual, o espao subdural, contendo uma pequena quantidade de lquido necessrio lubrificao das superfcies de contato das membranas. A aracnide separa -se da pia-mter pelo espao subaracnideo que contem lquor.

Pia-mter: a mais interna das meninges, aderindo intimamente superfcie do encfalo e da medula. A pia-mter d resistncia aos rgos nervosos, pois o tecido nervoso de consistncia muito mole.

Sistema Nervoso Perifrico: formado pelas razes nervosas, so elas as responsveis por levar e trazer todas as informaes e conduzem para o SNC. As razes nervosas inervo os rgos e msculos. Qualquer movimento na coluna vertebral gera uma tenso na Raiz Nervosa op osta ao movimento.6

Problemas na coluna podem estar relacionados com alguns rgos, por causa das razes nervosas que inervo aquele rgo, no seu trajeto esta havendo alguma compresso.

Biomecnica da Medula Espinhal.

Flexo (inclinao anterior) -Aumento do canal vertebral -A medula alongada no lado do movimento. -Tenso nas razes nervosas oposta ao movimento.

Extenso (inclinao posterior) -Diminuio do canal vertebral -Medula espinhal relaxada. -Tenso nas Razes nervosas oposta ao movimento.

Inclinao Lateral (Direita e Esquerda) -Lado da inclinao, medula espinhal relaxada. -Lado oposto da inclinao, medula espinha alongada. -Tenso nas Razes Nervosas oposta ao movimento

Rotao (Direita e Esquerda) -Lado da inclinao, medula espinhal relaxada. -Lado oposto da inclinao, medula espinha alongada. -Tenso nas Razes Nervosas oposta ao movimento

Fatores que contribuem para a Hipomobilidade da Medula Espinhal. -Sedentarismo -Doenas Crnicas Degenerativas -Alteraes da Coluna Vertebral7

-Envelhecimento

A cintura Plvica e as Articulaes Sacrilacas. A cintura plvica formado pela unio dos ossos, lio, squio e pbis. Os ossos ilacos direito e esquerdo articulam-se anteriormente um com um outro na snfise pbica e posteriormente com o sacro por meio das articulaes sacroiliacas. Ocorre uma leve movimentao nessas trs articulaes para atenuar as foras medida que elas so transmitidas atravs da regio plvica, mas a pelve basicamente funciona como uma unidade em cadeia fechada. A cintura plvica apresenta quatro articulaes; sacroiliaca, snfise pbica e sacrococcgea.

Ligamentos que Estabilizam as articulaes Sacrilacas.

Primrios -Ligamento Sacrilaco anterior -Ligamento Sacrilaco intersseo -Ligamento Sacrilaco Posteriores curtos e longos

Secundrios -Ligamento Sacrotuberal -Ligamento Sacroespinhal

Alinhamento Plvico Para determinar o alinhamento plvico normal na posio ereta podem -se adotar dois planos de referncia: Vista lateralmente, uma linha vertical deve coincidir com a snfise pbica e as espinhas ilacas antero-superiores. Uma linha horizontal deve coincidir a espinha ilaca antero-superior e a espinha ilaca postero-superior.

Biomecnica da Pelve A pelve o elo de ligao entre a coluna e os membros inferiores. O movimento da pelve causa o movimento das articulaes dos quadris e da coluna lombar. A musculatura do quadril causa o movimento plvico por meio da ao reversa. Os msculos flexores do quadril causam uma inclinao plvica anterior; os msculos extensores do quadril, uma inclinao plvica posterior, e os msculos abdutores e adutores causam uma inclinao plvica lateral. Os msculos rotadores8

causam a rotao plvica. Para prevenir a movimentao plvica excessiva quando o fmur se move na articulao do quadril, a pelve precisa ser estabilizada pelos msculos abdominais, eretor da espinha, multifido e quadrado lombar.

Inclinao plvica anterior (Anteroverso) As espinhas ilacas antero-superiores da pelve movem-se nas direes anterior e inferior e, desse modo, se aproximam da face anterior do fmur medida que a pelve roda para frente em to rno do eixo transverso das articulaes do quadril. Isso resulta em flexo do quadril e aumento da extenso lombar da coluna. -Os msculos que causam esse movimento so os flexores do quadril (Iliopsoas, Reto femoral, Sartrio e Tensor da Fscia Lata) e ex tensores da coluna. Inclinao Plvica Posterior (Retroverso) As espinhas ilacas pstero-superiores da pelve movem-se posteriormente e inferiormente, aproximando-se assim da face posterior do fmur medida que a pelve roda para trs em torno do eixo das articulaes dos quadris. Isso resulta em extenso do quadril e flexo da coluna lombar. -Os msculos que causam esse movimento so os extensores do quadril (Reto do abdome e oblquos externo e interno, Glteo mximo, Glteo mdio, Isquiotibiais) e flexor es do tronco.

Inclinao Plvica Lateral O movimento plvico no plano frontal resulta em movimentos opostos em cada articulao do quadril. O movimento plvico definido pelo que est ocorrendo na crista ilaca da pelve do lado oposto ao membro que est se apoiando o peso (ou seja, o lado da pelve que est se movendo). Quando a pelve se eleva, isso chamado elevao do quadril; quando se abaixa, chamado queda do quadril ou da pelve. No lado que est elevado, ocorre aduo do quadril; no lado que est abaixado, ocorre abduo do quadril. Quando se est em p a coluna lombar flexiona lateralmente em direo ao lado da pelve elevada. - Os msculos que promovem a inclinao plvica lateral incluem o quadrado lombar no lado da pelve elevada e a trao muscular reversa do glteo mdio no lado da pelve abaixada.

Rotao Plvica A rotao ocorre em torno de um membro inferior que est fixado no solo. O membro inferior sem apoio balana para a frente ou para trs com a pelve. Quando o lado da pelve que no est apoiado se move para frente, isso chamado Rotao anterior da pelve. O tronco roda simultaneamente na direo oposta, enquanto o fmur sobre o lado estabilizado roda internamente. Quando o lado da pelve sem apoio se move para trs, isso chamado Rota o posterior, o fmur sobre o lado estabilizado roda externamente, ao mesmo tempo em que o tronco roda na direo oposta.9

-Esse movimento realizado pelo msculo Iliopsoas. Alteraes Posturais da Pelve Alterao Postural em anteroverso plvica A pelve inclina-se para frente diminuindo o ngulo entre a pelve e a coxa anteriormente, resultando em flexo da articulao do quadril, assim a coluna inferior ir se arquear para frente criando um aumento na curvatura para frente (lordose) da coluna lombar. Send o que esta alterao pode ocorrer pela fraqueza dos msculos abdominais (retos e oblquos).

Alterao Postural em retroverso plvica A pelve inclina-se para trs, as articulaes do quadril se estendem e a coluna lombar se retifica, levando uma postura de dorso plano, que pode resultar de um encurtamento dos msculos Isquiotibiais.

Alterao Postural de inclinao plvica lateral A pelve se inclina lateralmente e um lado fica mais alto que o outro assim as curvaturas da coluna lombar ficam com uma convexidade em direo ao lado baixo (escoliose), desta forma a perna do mesmo lado fica em aduo postural e a posio do quadril faz com que uma perna fique aparentemente mais longa que a outra. Essa alterao postural pode ser provocada pela retrao unilateral do tensor da fscia lata e bandailiotibial, que provocar inclinao para o lado da retrao, e/ou pela fraqueza dos abdutores do quadril e glteo mdio de um lado que faro com que a pelve se incline para baixo e para o lado mais baixo.

Alterao postural de rotao plvica A hemipelve em relao ao lado oposto, pode ser provocada pela contratura do msculo iliopsoas, e geralmente acompanha uma inclinao plvica lateral para frente, do lado em que o quadril est alto. Cintura Plvica Msculos Motores e Estabilizadores da Pelve. Msculos Intrnsecos. Os msculos Intrnsecos do assoalho plvico so compostos pelos Diafragmas Urogenital e Plvico, esses msculos fecham inferiormente a pelve ssea. Os msculos intraplvicos so os msculos obturador interno e piriforme que recobrem a parede ssea da cavidade plvica, Esses msculos apresentam atividades involuntrias (reflexas) e atividades voluntrias como o controle da mico, da defecao, da nidao, dos esfncteres vesicais e anais durante tosse e espirro alm de sustentar as vsceras intraplvicas.

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Diafragma Plvico -Piriforme -Obturador interno Diafragma Urogenital -Transverso superficial e profundo -Esfncter da uretra, -Isquiocavernoso -Bulbo espinhoso

Msculos Extrnsecos So os msculos motores da coxa em cadeia cintica aberta, e msculos motores da pelve em cadeia cintica fechada.

Msculos Posteriores - Ao Extenso e Rotao Externa do Quadril -Glteo Mximo -Bceps da Coxa -Semitendinoso -Semimembranoso -Rotadores Externos do Quadril -Isquiotibiais

Msculos Anteriores - Ao Flexo - Abduo e Rotao interna do Quadril. -Reto da Coxa -Sartrio -Tensor de Fscia Lata -Iliopsoas

Msculos Laterais - Ao Abduo -Glteo Mdio11

-Glteo Mnimo -Tensor da Fscia Lateral -Piriforme

Msculos Mediais - Ao Aduo -Adutor Magno -Adutor Longo -Grcil -Adutor Curto -Pectneo

Sacro O sacro tem a forma de uma pirmide quadrangular com a base voltada para cima e o pice para baixo. Articula-se superiormente com a 5 vrtebra lombar e inferiormente com o cccix. Ele apresenta 4 faces: duas laterais, uma anterior e uma posterior. Possui tambm uma base, que proximal e se articula com a 5 vertebral lombar; e um pice, que distal e articula -se com o cccix.

Biomecnica do Sacro O sacro tambm realiza movimento de nutao e contra -nutao, no plano sagital, sendo movimentos involuntrios que no dependem da ao muscular. Nutao a inclinao anterior do sacro, de modo que a base se move para frente e o pice se move para trs. Contra-nutao a base sacral se move posteriormente e superiormente enquanto o pice movimenta-se para frente e para baixo ( um retorno posio neutra inicial).

Regio Lombar Vrtebra Lombar. As Facetas articulares das vrtebras lombares so orientadas de tal forma: -Superiores: Para cima, para trs e para fora. -Inferiores: Para baixo, para frente e para dentro. As vrtebras lombares so inclinadas anteriormente a 60.12

Quanto maior o grau de inclinao maior ser a mobilidade. -O eixo de rotao das vrtebras lombares, situa -se no arco posterior na base da apfise espinhosa. -O disco de L3 horizontal os outros discos esto inclinados -A proteo do anel fibroso dado pelo ligamento longitudinal posterior.

Articulao Lombossacra. Regio de suporte da coluna lombar, regio que precisa de muita estabilidade, essa estabilidade dada pelo ligamento Iliolom bar.

Msculos da Regio Lombar Msculos Extrnsecos -Reto do Abdome: Flexo do tronco comprime o abdome e auxilia a expirao forada -Oblquo Externo:Flexo e roda o tronco para o lado oposto -Oblquo Interno: Flexo e roda o tronco para o mesmo lado -Quadrado Lombar:Flexo lateral da coluna lombar -Eretores (iliocostais, longussimo do trax e espinhais): Extenso. -Iliopsoas: Extenso da lombar e flexo do quadril

Msculos Intrnsecos -Transverso do abdome: Tenciona o abdome -Multifidos: Extenso da coluna e rotao da coluna para o lado oposto -Quadrado Lombar: Flexo lateral da coluna lombar -Rotadores: Extenso da coluna e rotao para o lado oposto -Semi-espinhais: Extenso da coluna e rotao para o lado oposto -Interespinhais: Extenso da coluna -Intertransversrios: Inclinao Lateral

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Msculos do Abdome -Reto do Abdome: Flexo do tronco comprime o abdome e auxilia a expirao forada -Oblquo Externo: Flexo e roda o tronco para o lado oposto -Oblquo Interno: Flexo e roda o tronco para o mesmo lado -Piramidal: Flexo e rotao para o lado oposto -Transverso do abdome: Tenciona o abdome

Fscia Toracolombar uma fscia extensa, que cerca os msculos Eretores da espinha, multifidos e quadrado lombar, proporcionando assim suporte para esses msculos. Fscia Abdominal uma fscia constituda por duas camadas uma superficial e outra profunda. A superficial cobre os msculos oblquos e transverso do abdome, a fscia profunda ela Antero - lateral, cobrindo parte do msculos transverso do abdo me.

Regio Torcica. Embora a amplitude de movimento de cada articulao intervertebral torcica seja relativamente pequena, o movimento acumulado sobre toda a parte torcica da coluna vertebral considervel. Aproximandamente 30 a 40 graus de flexo e 2 0 a 25 graus de extenso so disponveis em toda regio torcica.

Vrtebra Torcica. -As facetas articulares se articulam com as costelas. -O eixo de rotao das vrtebras torcicas se encontram no centro do corpo, ele roda encima do disco do seu eixo. A regio torcica apresenta duas articulaes sinoviais. -Costovertebral -Costotransversal Essas articulaes sofrem rotaes quando feito qualquer movimento.

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Flexo e Extenso da Regio Torcica. Movimentos que apresentam quatro ngulos: -Costovertebral -Esternocostal superior e inferior -Condrocostal (cartilagem)

Quando se realiza um movimento de flexo esses ngulos se abrem, j quando se tem um movimento de extenso esses ngulos se fecham. Inclinao Lateral -Lado da convexidade: Elevao do trax, alargamento dos espaos intercostais, abertura do ngulo condrocostal e consequentemente expanso torcica. (afastamento das costelas). -Lado da concavidade: Abaixamento do trax, diminuio dos espaos intercostais, fechamento do ngulo condrocostal e conseqente retrao torcica. OBS: Se for cuidar de um paciente com alterao do trax o lado comprometido deve sempre estar elevado. Rotao. -O esterno gira em torno de um eixo longitudinal -O trax limita o movimento de toda regio torcica. Regio Cervical A regio cervical apresenta duas curvaturas. A cervical superior que se estende do occipital at o Axis, e a curva lordtica mais extensa da coluna cervical inferior, que se estende do Axis at a segunda vrtebra torcica. A curvatura cervical inferior convexa em sentido anterior e direcionada inversamente em relao curvatura cervical superior. A primeira e a segunda vrtebra cervical so orientadas horizontalmente para manter a cabea reta. Os msculos profundo da regio cervical, so eles que do a estabilidade da regio da cabea.

Articulao Atlantooccipital (Occipital e Atlas) As articulaes so formadas pelos cndilos convexos, salientes, do occipital, que se ajustam, reciprocamente, nas faces articulares superiores, cncavas, do atlas. Suas superfcies articulares possuem um bom encaixe.

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Articulao Atlantoaxiais (Atlas e Axis) A forma e a orientao das facetas articulares so convexas sentido antero -posterior. Articulao Atlantondotediana (Atlas e dente do Axis). Coluna Cervical Superior. -Occipital a C1 -O movimento mximo ocorre no plano sagital. -Os movimentos da cervical superior so movimentos da cabea, movimentos pequenos.

Flexo -Os cndilos occipitais e o Atlas realizam uma rotao e um deslizamento posterior. Extenso -Os cndilos occipitais e o Atlas realizam uma rotao e um deslizamento anterior.

Movimentos de Atlas e Axis. -Na flexo o atlas, realiza uma rotao e um deslizamento posterior, enquanto que o xis realiza uma inclinao e deslizamento anterior. -Na extenso ocorre o movimento inverso. Inclinao Lateral -Kapandji afirma que no existe movimento entre C1/C2 (articulao atlantoaxial) -Entre C0/C1 ocorre deslizamento de 3 do occipital sobre o atlas para o lado oposto da inclinao. -Entre C2/C3 inclinao com deslizamento para o mesmo lado.

Rotao nas articulaes Atlantooocipitais. -Rotao associada a um deslizamento e uma inclinao para o lado oposto. -Tenso do ligamento Alar do processo odontoide. Rotao na articulao Atlantoaxial e atlantoodontoide. -Avano e recuo das massas laterais do atlas descendo sobre o xis.

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Movimentos Combinados durante a Rotao. C0/C1/C2 -Durante a rotao da cabea o occipital e atlas se movem como uma unidade sobre o xis. -Prximo ao fim da rotao de C1/C2, em torno de 30 ocorre rotao entre C0/C1. -Neste momento Axis comea a girar sobre C3 e no sentido descendente continua este movimento para a coluna cervical inferior. -A rotao acompanhada pela inclinao lateral para o mesmo lado.

Movimentos Combinados Durante a Inclinao Lateral C0/C1 a C7 -A inclinao lateral acompanhada pela rotao para o mesmo lado. -A relao entre o atlas e o xis altera -se durante a flexo lateral: At 15 ocorre rotao do Axis e no do occipital Alm de 15 ocorre rotao adicional entre C1/C2.

Coluna Cervical Inferior. -Diferena da vrtebra cervical Inferior: Processo Espinhoso Processo Unciforme (processo Unco vertebral) -As facetas esto orientadas a 45, dependendo tambm do seguimento. -As orientaes das facetas articulares esto para cima e para trs, so planas na linha horizontal. -O eixo passa atrs do corpo vertebral. Movimentos Elementares das Vrtebras cervicais Inferiores

Flexo (Inclinao anterior) -Deslizamento anterior

Extenso (inclinao posterior) -Deslizamento posterior17

Inclinao Lateral (Direita e Esquerda). -Deslizamento -Inclinao -Rotao do mesmo lado. -Imbricao -Desabitao

Rotao (Direita e Esquerda) -Deslizamento -Rotao -Inclinao -Imbricao -Desabitao

Movimentos Elementares da Articulao Unco-Vertebral -Inclinao Pura: Realiza uma roto para o lado oposto -Rotao Pura: Realiza uma inclinao para o lado oposto. Movimentos puros se compensam para o lado oposto O movimento compensatrio ocorre na colunca cervical superior (suboccipital) A flexo lateral s vezes acompanhado por flexo. Juno Cervicotorcica C6-T2 Cervical: Mobilidade Torcica: Estabilidade.

O Trax e o Mecanismo da Respirao Os movimentos respiratrios incluem a inspirao, ou seja, a entrada de ar do exterior para os pulmes, e a expirao, ou seja, a sada de ar destes para o exterior. Ambos os movimentos so provocados pela aco coordenada de uma srie de msculos respirat rios que se contraem e relaxam de forma sincronizada, proporcionando a sucessiva expanso e retraco da cavidade18

torcica e, consequentemente, dos pulmes, cujo tecido caracterizado pela sua grande elasticidade.

Diafragma A base de cada pulmo apia -se no diafragma, rgo msculo -membranoso que separa o trax do abdmen, promovendo, juntamente com os msculos intercostais, os movimentos respiratrios. O Diafragma tem origem no processo xifide, sua insero no centro tendneo do Diafragma inervado pelo nervo frnico, e sua ao puxar o centro tendineo para baixo, aumentando o tamanho da cavidade torcica e causando a inspirao. A inspirao. Os principais msculos inspiratrios so o diafragma e os intercostais externos, que ao contrarem se tendem a dilatar-se nos dois sentidos da cavidade torcica. O diafragma, o amplo e potente msculo de forma arcada que separa a cavidade torcica da abdominal, o msculo inspiratrio mais importante: quando se contrai, fica plano e exerce trao para baixo, o que proporciona a expanso de toda a cavidade torcica (usa o origem e a insero no mesmo tempo, o centro tendneo vai para baixo). Os intercostais externos, situados entre as costelas, atuam de forma paralela, pois elevam as costelas exteriores, ao exercerem trao sobre o esterno para a frente, aumentando a profundidade do trax. Existem outros msculos do trax que tambm intervm na inspirao, ainda que de forma secundria, nomeadamente nas inspiraes profundas ou quando existe algum obstculo ou dificuldade a entrada de ar. Os mais importantes so os peitorais, que revestem a parede anterior do trax, e os esternocleidomastoideo, que se encontram por cima das clavculas e nas zonas laterais do pescoo. A contrao dos msculos inspiratrios provoca a dilatao de toda a cavidade torcica e da pleura parietal, a membrana externa fixada estrutura torcica que reveste os pulmes. A expirao. O tecido pulmonar elstico, ou seja, aps submetido a uma presso que modifica o seu volume, tende a recuperar as suas anteriores dimenses de forma espontnea. De facto, a expirao produz se basicamente de forma passiva, pois quando os msculos inspiratrios relaxam e deixam de exercer fora sobre a cavidade torcica, os pulmes tendem a voltar ao seu volum e normal, expulsando o ar para o exterior. Todavia, quando os movimentos respiratrios so profundos ou difceis - como acontece, por exemplo, na atividade fsica - entram em ao os msculos expiratrios, cuja contrao provoca uma retrao da cavidade to rcica. Os msculos expiratrios mais importantes so os intercostais internos, que ao contrarem -se tm a tendncia para aproximar as costelas, e os que revestem a parede anterior do abdmen, j que a sua contrao impulsiona o diafragma para baixo, ou se ja, para a cavidade torcica. O msculo Transverso do Trax auxilia no sinergismo do Diafragma. Os msculos do tronco trabalham na inspirao forada Costelas superiores (antero -posterior): Para cima e para frente19

Costelas inferiores (transversal): Lateral Quando o Diafragna se contrai aumenta o espao vertical da caixa toracica. As costelas que promovem a mobilidade da caixa torcica, e a fora promovida pelo msculo Diafragma.

Respirao Diafragmtica. O diafragma um msculo largo, em forma de leque, que separa a cavidade torcica (acima do diafragma) da cavidade abdominal (abaixo do diafragma). A maior parte das pessoas no respira de forma suficientemente profunda porque utiliza na respirao apenas a cavidade torcica. Uma forma de respirar utilizando toda a capacidade dos pulmes e permitindo receber cerca de 7 vezes mais oxignio a respirao diafragmtica, tambm conhecida por respirao abdominal, que se caracteriza por fazer uma maior utilizao do diafragma e da cavidade abdominal. Na respir ao diafragmtica: -Quando a pessoa inspira, o diafragma desloca -se para baixo, ficando quase plano (diminuindo a presso do ar nos pulmes e puxando o ar para dentro) e o abdmen desloca -se para fora. -Quando a pessoa expira, o diafragma desloca -se para cima, ficando semelhante a um cone (aumentando a presso do ar nos pulmes e empurrando o ar para fora), e o abdmen desloca -se para dentro. Ao aumentar a recepo de oxignio, a respirao diafragmtica pode apresentar variados benefcios ao nvel fsico e psquico; nomeadamente, estimula a resposta de relaxamento, permitindo descer o nvel de ansiedade.

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