CINTHIA CAROLINNE DE SOUZA FERREIRA...5. Cultivo in vitro de gérbera e palma. I. Paz, Cristiane...

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA (UNEB) Pró-reitora de Pesquisa e Ensino de Pós-Graduação (PPG) Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais (DTCS) Programa de Pós-Graduação em Agronomia: Horticultura Irrigada (PPGHI) CINTHIA CAROLINNE DE SOUZA FERREIRA REDUÇÃO DE CUSTOS E OTIMIZAÇÃO DA CULTURA DE TECIDOS PELA SUBSTITUIÇÃO DE KNO 3 P.A. POR FERTILIZANTE COMERCIAL NO MEIO DE CULTURA JUAZEIRO-BA 2019

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA (UNEB)

Pró-reitora de Pesquisa e Ensino de Pós-Graduação (PPG)

Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais (DTCS)

Programa de Pós-Graduação em Agronomia: Horticultura Irrigada (PPGHI)

CINTHIA CAROLINNE DE SOUZA FERREIRA

REDUÇÃO DE CUSTOS E OTIMIZAÇÃO DA CULTURA DE TECIDOS PELA

SUBSTITUIÇÃO DE KNO3 P.A. POR FERTILIZANTE COMERCIAL NO MEIO DE

CULTURA

JUAZEIRO-BA

2019

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA (UNEB)

Pró-reitora de Pesquisa e Ensino de Pós-Graduação (PPG)

Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais (DTCS)

Programa de Pós-Graduação em Agronomia: Horticultura Irrigada (PPGHI)

CINTHIA CAROLINNE DE SOUZA FERREIRA

REDUÇÃO DE CUSTOS E OTIMIZAÇÃO DA CULTURA DE TECIDOS PELA

SUBSTITUIÇÃO DE KNO3 P.A. POR FERTILIZANTE COMERCIAL NO MEIO DE

CULTURA

Dissertação apresentada junto ao Programa de Pós-

Graduação em Agronomia: Horticultura Irrigada da

Universidade do Estado da Bahia (PPGHI -

UNEB/DTCS), como requisito para a obtenção do

título de Mestre em Agronomia, Área de

Concentração: Horticultura Irrigada.

Orientadora: Cristiane Domingos da Paz

JUAZEIRO-BA

2019

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F383r Ferreira, Cinthia Carolinne de Souza

Redução de custos e otimização da cultura de tecidos pela

substituição de KNO3 P.A. por fertilizante comercial no meio de cultura /

Cinthia Carolinne de Souza Ferreira. Juazeiro, 2019.

70 fls : il.

Orientador(a): Cristiane Domingos da Paz.

Coorientador(a): Juliana Martins Ribeiro.

Inclui Referências

Dissertação (Mestrado Acadêmico) - Universidade do Estado da Bahia.

Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais. Programa de Pós-Graduação

em Horticultura Irrigada - PPGHortI, 2019.

1. Redução de custo na micropropagação. 2. Meio de cultura.

3. Reagente P.A. (Nitrato de Potássio). 4. Fertilizante comercial.

5. Cultivo in vitro de gérbera e palma. I. Paz, Cristiane Domingos da. II.

Ribeiro, Juliana Martins. III. Universidade do Estado da Bahia. Departamento

de Tecnologia e Ciências Sociais. IV. Título.

CDD: 630

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DEDICATÓRIA

“Dedico este trabalho a Deus, o autor de

grandes maravilhas em minha vida, aos meus

pais, Washington Luiz e Elizabete e a minha

dádiva divina, meu filho Nathan Guilherme”.

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AGRADECIMENTOS

A Deus que com seu amor sublime nos concede o dom da vida, por semear sonhos e

nos dar força e sabedoria para torná-los realidade. A ti Senhor, meu coração será sempre

grato, por tudo que fez, faz e irá fazer em meu viver.

A Washington Luís Ferreira e Elizabete de Souza, meus pais, meus exemplos de vida

lutas e conquistas, por todo amor, cuidado, dedicação, orientação e pela formação do meu

caráter. Ao meu irmão e amigo André Luiz (in memonrian) por seu carinho.

Agradeço aquele que me ensinou o verdadeiro sentido da palavra FORÇA, me fez

sonhar muito mais alto, que me alegra todo dia, meu presente de Deus, meu filho, meu Gui!

Agradeço carinhosamente a Adan Hitler pelo incentivo e apoio durante esse processo

de aprendizagem.

A minha Fé-milia pelo afeto, compreensão, pelo testemunho de cada um, as Marias

(tias) por todas as orações e por todo apoio em cada decisão por mim tomada.

Agradeço a minha orientadora Cristiane Domingo da Paz por seu companheirismo,

apoio, confiança, conhecimentos transmitidos e amizade.

A minha coorientadora Dr.ª Juliana Ribeiro pelo auxílio, confiança e por sempre ter

se colocado à disposição para me auxiliar no que fosse necessário.

Agradeço em especial a Prof.ª Dr.ª e amiga Joselita Cardoso que me acolheu e

instruiu, dividiu comigo o seu conhecimento e tempo.

Ao grupo do laboratório de Biotecnologia da UNEB e meus amigos: Alessandro

Lucas, Jaine, Jeferson, Lene, Dora e todos que me auxiliaram na execução das atividades, por

toda força histórias e sentimentos compartilhados.

Ao Prof. Jairton Fraga Araújo e Carla Roane de Souza Santana pelo auxilio e

disposição durante as avaliações no CAERDS.

A UNEB/DTCS por toda a infraestrutura e serviços técnicos, e o grupo PPGHI por

me proporcionar momentos inesquecíveis e por ter possibilitado estreitar laços de amizade

com pessoas maravilhosas. Em especial ao corpo docente.

A Capes pela concessão da bolsa.

A todos que participaram direta ou indiretamente para realização dessa conquista. O

mérito é nosso!

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SUMÁRIO

RESUMO GERAL ................................................................................................................... 9

COST REDUCTION AND TISSUE CULTURE OPTIMIZATION FOR THE

REPLACEMENT OF KNO3 P.A. BY COMMERCIAL FERTILIZER IN THE

CULTURE ENVIRONMENT .............................................................................................. 10

GENERAL ABSTRACT ....................................................................................................... 10

INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 11

REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................................. 13

Cultura de tecidos ................................................................................................................... 13

Meio de Cultura ...................................................................................................................... 14

Compostos nitrogenados do meio MS .................................................................................. 15

Gérbera jamessoni ................................................................................................................... 16

Cactáceas / Palma Orelha de Elefante .................................................................................. 18

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 20

CAPITULO I .......................................................................................................................... 36

REDUÇÃO DE CUSTOS NA MICROPROPAGAÇÃO DE GÉRBERA HÍBRIDA COM

A UTILIZAÇÃO DO FERTILIZANTE NITRATO DE POTÁSSIO............................... 36

RESUMO ................................................................................................................................ 37

ABSTRACT ............................................................................................................................ 38

INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 39

MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................................... 40

Material vegetal e meio de cultura ........................................................................................ 40

Determinação dos tratamentos e desenvolvimento in vitro ................................................ 40

Desenvolvimento ex vitro ....................................................................................................... 41

Coleta de dados e análise estatística ..................................................................................... 42

RESULTADOS ....................................................................................................................... 42

Crescimento e desenvolvimento in vitro ............................................................................... 42

Crescimento e desenvolvimento ex vitro .............................................................................. 44

DISCUSSÃO ........................................................................................................................... 48

Efeitos da substituição e redução do KNO3 no desenvolvimento in vitro e ex vitro .......... 48

Viabilidade da substituição do reagente KNO3 P.A. .......................................................... 49

CONCLUSÕES ...................................................................................................................... 50

AGRADECIMENTOS ........................................................................................................... 50

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 50

CAPITULO II ......................................................................................................................... 55

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DESENVOLVIMENTO DA PALMA IN VITRO EM RESPOSTA À SUBSTITUIÇÃO

DE NITRATO DE POTÁSSIO (P.A.) POR FERTILIZANTE COMERCIAL KNO3 ... 55

RESUMO ................................................................................................................................ 56

ABSTRACT ............................................................................................................................ 57

INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 58

MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................................... 59

RESULTADOS ....................................................................................................................... 60

DISCUSSÃO ........................................................................................................................... 64

CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 66

AGRADECIMENTOS ........................................................................................................... 67

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 67

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REDUÇÃO DE CUSTOS E OTIMIZAÇÃO DA CULTURA DE TECIDOS

PELA SUBSTITUIÇÃO DE KNO3 P.A. POR FERTILIZANTE COMERCIAL NO

MEIO DE CULTURA.

RESUMO GERAL

O cultivo in vitro é o estabelecimento de plantas ou explantes em meio nutritivo

específico, livre de contaminantes, em condição ambiental controlada e asséptica,

possibilitando a produção de mudas clonais sadias em grande escala e menor tempo de

produção. O elevado custo operacional pode limitar a aplicação da técnica às espécies que não

se propagam por meios convencionais. Contudo, existem alternativas que permitem a

substituição dos constituintes dos meios de cultura tornando a técnica menos dispendiosa.

Assim, o trabalho teve como objetivo a redução dos custos operacionais da técnica do cultivo

in vitro de gérbera e palma forrageira pela substituição do reagente nitrato de potássio P.A.

por um fertilizante comercial para obtenção de meio de cultura sem contaminantes e efeito

fitotóxico às culturas inoculadas. Dois experimentos foram conduzidos visando à avaliação do

comportamento de explantes de gérbera DTCS e da palma forrageira cv. orelha de elefante

mexicana em fase de enraizamento submetidas às diferentes dosagens do fertilizante NKS em

condições in vitro e desenvolvimento ex vitro. As variáveis analisadas em ambos

experimentos foram comprimento e número de raízes e folhas, valor médio da biomassa

fresca e absorção de macronutrientes. Os resultados comprovaram a viabilidade da

substituição do reagente KNO3 P.A. pelo fertilizante comercial, contribuindo para a redução

dos custos no preparo do meio de cultura e facilitando sua aquisição, uma vez que a compra

do fertilizante comercial não depende dos trâmites burocráticos.

Palavras-chave: Meio de cultura; Macronutirentes; Gérbera; Palma orelha de elefante;

Viabilidade econômica.

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COST REDUCTION AND TISSUE CULTURE OPTIMIZATION FOR THE

REPLACEMENT OF KNO3 P.A. BY COMMERCIAL FERTILIZER IN THE

CULTURE ENVIRONMENT

GENERAL ABSTRACT

In vitro cultivation is the establishment of plants and explants in a nutrient

environment, free of contaminants, in a controlled and aseptic environmental condition

promoting the production of healthy clonal seedlings in a large scale and a shorter production

time. The high operating cost can limit the technique application of the species that do not

propagate by conventional means. However, there are alternatives that allow the replacement

of the constituents of the culture media making the technique cheaper. Thus, the objective of

the work was to reduce the operational costs of the in vitro culture technique of gerbera and

palma forrageira by replacing the potassium nitrate reagent P.A. by a commercial fertilizer to

obtain a culture medium without contaminants and effect phytotoxic on cultures. Two

experiments were carried out in order to evaluate the behavior of gerbera and palma forrageira

explants in the rooting phase submitted to the different dosages of the NKS fertilizer under in

vitro conditions and ex vitro development. The variables analyzed in both experiments were

length and number of roots and leaves, mean value of fresh biomassand absorption of

macronutrients. The results showed the viability of replacing the KNO3 P.A. reagent with the

commercial fertilizer, contributing to the reduction of costs in the preparation of the culture

medium and facilitating its acquisition, since the purchase of commercial fertilizer does not

depend on bureaucratic procedures.

Keywords: Culture medium; Economic viability; Macronutirentes; Gerbera; Palma Orelha de

Elefante

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INTRODUÇÃO

O cultivo in vitro é o estabelecimento de plantas ou explantes em meio nutritivo

específico, livre de contaminantes, em condição ambiental controlada e asséptica. Essa

técnica permite a propagação de espécies vegetais de grande interesse econômico, por meio

da micropropagação, que produz mudas clonais sadias, em grande escala e menor tempo de

produção que viabilizam a programação de cronogramas de produção com plantas uniformes

e de elevada produtividade (Ribeiro & Teixeira, 2016, Pais et al., 2016, Oliveira-Cauduro et

al., 2017).

Algumas culturas economicamente importantes, como a gérbera (Gerbera jamesonii

Bolus ex Hook), quando propagada por métodos convencionais (sementes ou touceiras)

apresenta baixa produtividade e elevada ocorrência de problemas fitossanitários. A alternativa

mais promissora para obtenção de mudas comerciais isenta de doenças sistêmicas é por meio

da micropropagação (Cardoso & Silva, 2013). Atualmente, esse é o método que potencializa a

propagação clonal e acelera o melhoramento das espécies vegetais, permitindo a regeneração

de plantas transformadas geneticamente (transgênicas), sendo, portanto, uma ferramenta

biotecnológica promissora (Santos et al., 2015a).

Entretanto, alguns entraves restringem a sua execução e impede sua difusão, como o

elevado custo operacional, o que limita a aplicação da técnica às espécies que não se

propagam facilmente por meios convencionais. Assim, a redução de custo baseada na

substituição ou combinação de práticas convencionais por métodos alternativos, a fim de

otimizar a técnica do cultivo in vitro, tem sido o desafio do século XXI (Weber et al., 2015,

Cardoso et al., 2018).

A assepsia é a etapa que mais encarece o cultivo in vitro e normalmente, nos

laboratórios de biotecnologia, o autoclave é o principal equipamento de esterilização,

resultando no aumento do consumo de energia e tempo de ação, elevando o custo e o tempo

de execução. Dessa forma, protocolos que inibem e /ou eliminem esses patógenos sem

interferir nos constituintes do meio e nas características fisiológicas do explante, devem ser

elaborados e testados quanto à sua viabilidade (García et al., 2015, Silva et al., 2015). Nesse

sentido, métodos alternativos, como a esterilização química, têm se mostrado promissores na

esterilização do meio nutritivo, vidrarias e água utilizada nos procedimentos (Teixeira et al.,

2005; Pinho et al., 2006; Teixeira et al., 2008; Cardoso, 2009; Cardoso & Silva, 2012; Deein

et al., 2013; Pais et al., 2016).

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Outro fator limitante da execução da técnica é a aquisição de reagentes P.A. no

preparo dos meios de cultura, fornecedores de substâncias essenciais para o desenvolvimento

in vitro. Além do custo elevado, a aquisição desses produtos, como o nitrato de potássio

(KNO3) e o nitrato de amônio (NH4NO3), depende de trâmites burocráticos, devido as suas

características inflamáveis e/ou explosivas, por serem produtos controlados pelo Ministério da

Defesa.

Portanto, a substituição de reagentes P.A. por fertilizantes comerciais, compostos por

nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K) e outros macros e micronutrientes em diferentes

concentrações (Su et al., 2012), utilizados no preparo do meio de cultivo da micropropagação

de plantas, surgem como novas alternativas para reduzir custos, eliminar os processos

burocráticos para aquisição dos reagentes e tornar a prática do cultivo in vitro mais acessível.

Assim, o presente trabalho teve como objetivo a redução dos custos operacionais da técnica

do cultivo in vitro enfatizando o uso de fertilizante comercial para obtenção de meio de

cultura sem contaminantes e efeito fitotóxico às culturas inoculadas.

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REVISÃO DE LITERATURA

Cultura de tecidos

A micropropagação compreende o conjunto de técnicas de cultura de tecidos

utilizadas para a multiplicação de plantas a partir de pequenos explantes. A prática de

propagação clonal possibilita a produção de um maior número de plantas em espaço físico e

temporal reduzido, originando plantas geneticamente idênticas à matriz doadora, mantendo a

identidade genética do material propagado (Dias et al., 2011; Rocha et al., 2018; Paranatinga

et al., 2018).

Por meio desta técnica é possível a propagação de espécies e/ou variedades de

interesse, através da totipotência celular. Essa característica possibilita a regeneração do

fenótipo do organismo completo e diferenciado, resultante de uma célula. Assim, a cultura de

tecidos vegetais é uma ferramenta promissora na área da biotecnologia (Termignone, 2012;

Souza et al., 2018);

A finalidade inicial da técnica do cultivo in vitro é conduzir o crescimento e o

desenvolvimento do explante manipulado, sendo disponibilizados nutrientes apropriados em

um meio de cultura contendo água e sais. O meio de cultivo mais utilizado é o MS

(Murashige & Skoog, 1962), que é constituído de macronutrientes, micronutrientes,

componentes orgânicos (sacarose e inositol) e vitaminas de White (White, 1943). A depender

da necessidade da espécie e suas exigências da concentração dos constituintes do meio

nutritivo, podem ainda ser introduzidos reguladores vegetais de crescimento. Outro

componente, o ágar-ágar (polissacarídeo produzido por algas - Gelidium amansii), é o agente

solidificante comumente utilizado no meio de cultivo (Cid, 2001). O bom estabelecimento e

desenvolvimento do material inoculado também está relacionado com o controle da

temperatura, iluminação e contaminação dos explantes (Souza & Pereira, 2007, Castillo,

2008).

A execução de procedimentos requer tempo e elevam os custos das mudas

produzidas por micropropagação (Cardoso, 2009). Inúmeros fatores podem influenciar os

custos operacionais da cultura de tecidos, sendo a contaminação microbiana, responsável por

perdas severas em biofábricas e laboratórios de pesquisa (Panicker et al., 2007).

Para o controle de contaminantes algumas técnicas podem ser adotadas, dentre elas a

autoclavagem, procedimento que utiliza altas temperaturas na esterilização do material

(Torres et al., 1998). Entretanto esse método aumenta os custos de produção das mudas

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micropropagadas, pela demanda do elevado consumo energético das autoclaves e degradação

dos constituintes do meio devido ao aquecimento (Ribeiro, 2006; Weber et al., 2015), e tais

fatores podem comprometer a qualidade e o desenvolvimento das mudas. Assim, para reduzir

custos relacionados ao processo de esterilização térmica métodos alternativos têm obtido

êxito na desinfestação do meio nutritivo, sendo uma alternativa viável e eficiente (Yanagawa

et al., 1995; Passos et al., 2004; Teixeira et al., 2005a; Teixeira et al., 2006; Pais et al., 2016).

Outra forma de minimizar os custos de produção da técnica é a partir da otimização

da confecção do meio de cultura, por meio da redução e/ou substituição de substâncias puras

para análise, produtos (P.A.), ou seja com elevado grau de pureza, por outros mais acessíveis,

com menor valor de compra e facilmente disponível no mercado ( Ribeiro et al., 2002; Sousa

et al., 2006; Ribeiro & Teixeira , 2008; Villa et al., 2009, Sasamori et al., 2016; Moreira et

al., 2017).

Apesar dos entraves pelo uso da técnica, a micropropagação é a ferramenta

biotecnológica essencial mais importante para o aumento da produção de culturas

economicamente importantes (Cardoso & Inthurn, 2018).

Meio de Cultura

O meio de cultura fornece substâncias essenciais que promovem o crescimento e

desenvolvimento dos explantes inoculados, mantendo as vias metabólicas e bioquímicas do

vegetal, proporcionando bom desempenho à planta em condições ex vitro (Kerbauy, 1995;

Caldas et al., 1998).

Além da fonte nutricional, a solução que compõe o meio de cultura influencia no

crescimento celular e na morfogênese. Os solutos atuam no potencial osmótico, podendo

ativar ou inativar as vias metabólicas, interferindo no desenvolvimento do embrião e /ou

mudas (George et al., 2008; Marino et al., 2010; Costa et al., 2017). Dessa forma, toda

modificação em relação à concentração dos solutos deve promover o melhor desenvolvimento

do material inoculado (Morais et al., 2012; Scheffer et al., 2018).

A composição do meio de cultivo é um dos fatores mais importantes para o

crescimento in vitro. Constitui-se basicamente de macronutrientes, micronutrientes, vitaminas

de White, aminoácidos, carboidratos e agente solidificante (White, 1943, Faria et al., 2002;

Villa et al., 2009; Su et al., 2012; Barrueto & Teixeira, 2014; Schneiders et al., 2015; Lucena

et al., 2015). A depender da fase de desenvolvimento e objetivo do cultivo in vitro, o meio

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pode ainda ser suplementado com reguladores de crescimento (auxinas e citocininas) (Davide

& Melo, 2012; Oliveira et al., 2013; Miranda et al., 2016).

O crescimento do explante in vitro depende das exigências nutricionais de cada

espécie vegetal (Schmildt et al., 2015). Dentre os diferentes meios nutritivos, o MS

(Murashige & Skoog, 1962) é normalmente utilizado na micropropagação de diversas

espécies vegetais (Rezende et al., 2008; Yeung et al., 2015; Palaoro et al., 2018).

Visando a otimização e redução de custos na micropropagação, a formulação de

novos protocolos do meio de cultura é uma alternativa promissora, considerando a

especificidade nutricional de cada planta (Ferreira et al., 2016). Normalmente se utiliza o

meio MS em 100%, entretanto essa concentração de sais nem sempre é favorável para o

desenvolvimento in vitro de algumas culturas (Grattapaglia & Machado, 1998; Islam et al.,

2004; Shahzad et al., 2017).

Em algumas culturas o meio MS modificado (com redução de 50% dos

macronutrientes) e simplificado (com adição de substâncias químicas similares) é suficiente

para o crescimento de algumas culturas, favorecendo a obtenção de plantas com qualidade e

com custo de produção reduzido (George & Sherrington, 1984; Malty et al., 2006; George et

al., 2008; Sridhar & Aswath, 2014). Modificações e/ou diluições dos sais inorgânicos do

meio MS, têm apresentado bons resultados no cultivo in vitro de diversas espécies vegetais

(Kazue et al., 2014; Sasamori et al., 2016).

Compostos nitrogenados do meio MS

O nitrato de amônio (NH4NO3) e o nitrato de potássio (KNO3) são os compostos

nitrogenados que constituem/compõem o meio MS (Murashige & Skoog, 1962). O KNO3

(P.A) apresenta-se em quantidades superiores aos demais reagentes na formulação de sais de

MS (Nagao et al., 1994). Entretanto, a sua obtenção no Brasil depende de processos

burocráticos. Devido às suas características inflamáveis e/ou explosivas sua aquisição

depende de autorização do Ministério da Defesa (Portaria Nº42).

Além dos trâmites burocráticos para aquisição dos produtos, os reagentes

nitrogenados P.A. apresentam custo elevado. Para viabilizar e reduzir custos no preparo do

meio de cultura, a redução e/ou uso de outras fontes nitrogenadas facilmente disponíveis no

mercado e com valor mais acessível tem sido uma alternativa promissora (Silva et al., 2001;

Barros et al., 2018).

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O fornecimento do nitrogênio (N), assim como de outros saís no meio MS é

excessivo. Dessa forma, para aperfeiçoar a técnica, têm sido realizadas modificações em

relação à quantificação desses compostos (George & Sherrington, 1984), considerando a

exigência nutricional de cada material vegetal inoculado.

Os compostos nitrogenados apresentam-se na forma de cátion (amônio) e ânion

(nitrito e nitrato) (Caldas et al., 1998). Quando disponibilizado somente na forma de amônio

(NH+4

), os explantes apresentam sinais de toxidez e suas atividades metabólicas são inibidas

(Gamborg & Shyluk, 1970). Elevada concentração de N pode ser altamente prejudicial para

algumas culturas (Pasqual et al., 1997). Porém, quando o amônio é aplicado combinado com

o nitrato, mesmo em baixa concentração, promove o crescimento de plantas in vitro (Caldas

& Caldas, 1976). Quando em excesso o nitrato (NO-3

) prejudica a morfogênese e o

crescimento dos explantes, uma vez que esse é um constituinte de aminoácidos, proteínas e

enzimas.

Como principal macronutriente para o estabelecimento de culturas in vitro, o N nas

suas duas formas é considerado um componente importante nos processos de

desenvolvimento do explante (Sakuta, 1987). A interação do carbono e nitrogênio na forma

de nitrato contribui para o desempenho fisiológico da planta (Stitt, 1999), enquanto a

deficiência do N inibe o crescimento da parte aérea e promove o desenvolvimento radicular

(Scheible et al., 1997).

Explantes inoculados em meio de cultura com baixas concentrações de nitrogênio

têm o crescimento das raízes estimulado. Entretanto o aumento da ramificação radicular

ocorre com a redução do NH4NO3, apresentando melhores respostas quando se aumenta a

concentração de KNO3 (Grime et al., 1991; Marschner, 1995; Almeidal, 2010). Dessa forma,

o KNO3 é um importante componente do meio de cultura, cujo nitrogênio controla o

desenvolvimento das raízes e o potássio regula o potencial osmótico (Malavolta et al., 1997;

Ribeiro & Teixeira, 2008; Taiz & Zeiger, 2013).

Gérbera jamessoni

O primeiro relato oficial da espécie, Gerbera jamesonii Bolus ex Hook, também

conhecida por Transvaal Daisy ou Barberton Daisy, foi feito por Hooker (1989). Classificada

como uma espécie originária da Ásia, África do Sul e Tasmânia (Radice & Marconi, 1998;

Ludwig et al., 2010), pertence à ordem Estelares, família Asteraceae (compositae), tribo

Mustisieae, subtribo Mistissima . O gênero compreende cerca de 30 espécies, distribuídas

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pela África, Madagascar e Ásia tropical (Hansen,1985; Barroso, 1991; Elomaa & Teeri, 2001;

Rojas et al., 2018).

Dentre as espécies ornamentais, a gérbera é caracterizada como uma planta

herbácea, de aproximadamente 45 cm de altura, caule subterrâneo e rizoma simpodial, que

emite brotos aéreos foliares e floríferos. Essas são classificadas em dois grupos distintos: as

gérberas de vaso, que apresentam escapos curtos, e as de corte, com escapos longos

(Bhargava et al., 2013).

Em relação à nutrição, são moderadamente exigentes, com seu desenvolvimento

diretamente influenciado pela deficiência (ocorre o amarelecimento das folhas) e o excesso de

macronutrientes (acelera o crescimento vegetativo e atrasa no florescimento) (Jeong et al.,

2009). O conhecimento da exigência nutricional em cada fase fenológica, garante a qualidade

e produtividade da espécie (Guerrero et al., 2012; Ludwig et al., 2013; Santos et al., 2015b ;

Ludwig et al., 2018).

A gérbera se destaca entre as 10 espécies florais mais cultivadas mundialmente

Frómeta et al., 2017), comercializada tanto como flor de vaso como de corte. Contudo, o

domínio do comércio internacional é compreendido pelas flores de corte, sendo produzida

principalmente na Europa seguida de outros países como Holanda, Alemanha, França, Itália,

Israel, Colômbia e Estados Unidos (Rashmi et al., 2018). No Brasil, é uma das principais

plantas ornamentais de maior importância comercial (Souza et al., 2018).

A propagação da gérbera pode ser sexualmente ou assexuadamente, através da

divisão da planta adulta ou micropropagação (Soroa, 2005; Kanwar & Kumar, 2008). A

propagação por sementes é menos utilizada para a produção de flores de corte, por exigir um

maior investimento de recursos e trabalho, sendo um processo lento e que traz maiores

probabilidades de se perder características desejáveis devido à segregação genética (Sachiva,

1975).

Após a hibridação é necessário aproximadamente 18 dias para ocorrer a formação de

semente (Souza et al., 2005). Quando propagadas por sementes a germinação ocorre entre

sete a quatorze dias após a semeadura. As plântulas devem ser transplantadas quando

possuírem de quatro a cinco folhas. A etapa de crescimento vegetativo se prolonga por dois a

três meses. Aproximadamente no 5° dia após o plantio inicia-se a floração, produzindo de 3 a

6 flores no primeiro ano, e já no segundo e terceiro ano a produção se eleva para 6 a 18 flores

por ano (Bellé, 1998).

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Semelhante ao método de reprodução sexuada, a propagação vegetativa da gérbera,

por divisão de touceiras, é um processo lento, não garante ao produtor mudas sadias nem

uniformes (Peper et al., 1971; Aswath & Choudary, 2001). Essa técnica compromete a

produção, elevando o custo, e consequentemente causando prejuízos na comercialização. Em

função dessa limitação, estudos sobre a micropropagação de gérbera foram elaborados e

testados a fim de estabelecer protocolos, meios de cultura e diferentes explantes (Pierik et al.,

1973; Huang & Chu, 1985; Laliberté et al., 1985; Jerzy & Lubomski, 1991; Reynoird et al.,

1993; Severin et al., 2000).

Devido às limitações de propagação por métodos convencionais a micropropagação é

a técnica mais utilizada para propagação de gérbera. A multiplicação das cultivares consiste

de cruzamentos, seleção e genótipos propagados por meio da cultura de tecidos (Nagaraju et

al., 1998; Aswath & Choudhary, 2001; Bhatia et al., 2009). A técnica promove o

aperfeiçoamento dos atributos qualitativos da cultura por meio dos programas de

melhoramento genético. Assim, pelo cultivo in vitro (inoculação de explante e subcultura com

frequência), é possível a obtenção de plantas homogêneas em grande escala em menor espaço

e tempo (Rashmi et al., 2018), suprindo a demanda comercial e exigências do consumidor.

Embora seja a técnica mais apropriada para atender a demanda comercial da

agroindústria, a micropropagação é uma técnica onerosa, sendo necessários protocolos

alternativos que estão sendo desenvolvidos e testados a fim de otimizar e reduzir custos. Os

métodos envolvem desde técnicas alternativas de esterilização (Pais et al., 2016) bem como

formas de redução e/ou substituição de saís inorganicos do meio de cultura para

estabelecimento in vitro da gérbera (Sousa et al., 2006; Cardoso et al., 2013).

Cactáceas / Palma Orelha de Elefante

A família das cactáceas é oriunda do México, habitando principalmente em áreas

áridas e semiáridas (Anaya, 2001; Hoffmann, 1995). Existem 2.000 espécies pertencentes aos

178 gêneros de Palma forrageira (Marques et al., 2017), conjunto de plantas suculentas,

comumente recobertas por espinhos (Menezes & Ribeiro, 2015).

O cultivo da palma tem se tornado crescente devido ao seu elevado potencial

forrageiro e às características ornamentais que essas plantas possuem, como formas e

tamanhos variados. Todavia, o seu uso é mais expressivo nas regiões áridas e semiáridas

(Santana et al., 2015; Zingale, 2016; Carvalho et al., 2018), onde a palma forrageira é um

recurso importante na nutrição animal.

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Das espécies mais cultivadas no Nordeste brasileiro, principalmente no Vale do São

Francisco, destaca-se a Opuntia ficus-indica Mill e a Nopalea cochenillifera Salm Dyck,

devido às suas características morfológicas. Todavia, novas variedades com maior valor

nutritivo e resistência a pragas e doenças estão sendo implantadas nos sistemas de produção

(Cavalcanti et al., 2008), uma vez que a incidência de doenças é o fator que acomete a cultura

causando prejuízos severos aos produtores do semiárido brasileiro.

A cochonilha do carmim, gênero Dactylopius sp , é a principal praga que prejudica o

cultivo de palma no Nordeste. Dissemina-se facilmente e quando não controlada pode

dizimar a produção do palmal (Santos et al., 2006; Chiacchio, 2008; Lopes et al., 2009;

Lopes et al 2010; Chagas et al., 2018). No processo de alimentação, as cochonilhas retiram o

nutriente e injetam toxinas nas raquetes e, dessa forma, reduzem a taxa fotossintética,

podendo levar a morte das plantas (Vasconcelos et al., 2009, Santos et al., 2015a).

Das variedades resistentes estudadas a miúda, orelha-de-elefante e algerian

apresentam elevada resistência a esse inseto. Dessas, a cultivar Orelha-de-elefante (Opuntia

stricta Haw), se destaca com elevada produtividade, baixa exigência nutricional, tolerância à

seca e resistência à cochonilha do carmim (Lopes et al., 2010 ; Silva, 2017; Santos et al.,

2018), apresentando elevado potencial agronômico como palma forrageira no semiárido

brasileiro (Nobel, 1983; Vasconcelos et al., 2009).

Diante da sua importância econômica, os métodos convencionais de propagação não

atendem à demanda comercial mundial dessa cultura (Bhau, 1999; Bhau & Wakhlu, 2015). A

produção de mudas por meio da micropropagação possibilita a obtenção de propágulos

resistentes a pragas em grande escala (Frota et al., 2004), potencializando a propagação

clonal, acelerando o processo de melhoramento genético das espécies vegetais e agregando

valor à cultura (Gava & Lopes, 2012).

Para completar todas as etapas da multiplicação in vitro de palma forrageira orelha

de Elefante se faz necessário aproximadamente oito meses (Santos et al., 2015a). Explantes

são inoculados em meio de cultura MS suplementado com reguladores vegetais, 1,5 mg L-1

e

0,0625 mg L-1

de benzilaminopurina e ácido naftalenoacético, respectivamente (Escobar et

al., 1986). Embora o cultivo in vitro seja uma ferramenta biotecnológica promissora, ainda é

escassa a produção de mudas de palma forrageira por este método (Ribeiro & Teixeira, 2016).

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CAPITULO I

Formato – Scientia Horticultureae

REDUÇÃO DE CUSTOS NA MICROPROPAGAÇÃO DE GÉRBERA HÍBRIDA COM

A UTILIZAÇÃO DO FERTILIZANTE NITRATO DE POTÁSSIO

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RESUMO

Diante de entraves burocráticos e elevado custo de aquisição do nitrato do potássio (KNO3)

com alto grau de pureza (P.A.), conduziu-se este trabalho com o objetivo de verificar a

possibilidade de substituição do reagente P.A. por fertilizante mineral comercial de

composição química similar, baixo custo e fácil aquisição. Foram avaliadas as concentrações

(g L-1

): T1: 1,9 (controle utilizando reagente P.A.); T2: 0,0; T3: 0,5, T4: 1,0; T5: 1,5; T6: 2,0

e T7: 2,5 (fertilizante). Na fase de enraizamento, após 35 dias de cultivo em sala de

crescimento, foram avaliados o comprimento médio da raiz, o comprimento médio da parte

aérea, o número de folhas e o valor médio da biomassa fresca da Gérbera híbrida DTCS.

Destacou-se a concentração de 0,5 g L-1

de fertilizante gerando resultados iguais ou superiores

aos do tratamento controle em todas as variáveis citadas em condições in vitro. Na etapa de

avaliação ex vitro, mudas oriundas de cultivo in vitro com o fertilizante comercial foram

aclimatizadas e posteriormente transplantadas para viveiro telado tendo o seu

desenvolvimento sido acompanhado até a floração. Ex vitro avaliou-se comprimento o médio

da raiz, número médio de raízes, o comprimento médio da parte aérea, o número de folhas,

área foliar, valor médio da biomassa fresca e a absorção de macronutrientes. Não foram

observadas alterações morfológicas nas condições testadas. Diante dos resultados citados,

comprovou-se a viabilidade da substituição do reagente KNO3 (P.A.) por fertilizante

comercial NKS no cultivo in vitro de gérbera, em menor proporção, agregando redução de

custo, aproximadamente 99,09%, à técnica e agilidade na aquisição do produto.

Palavras-chave: Cultura de tecidos; Macronutrientes; Redução de custos; Trâmites

burocráticos.

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38

ABSTRACT

Due to bureaucratic obstacles and high cost of acquisition of potassium nitrate (KNO3) with

high purity (P.A.), this work was carried out to verify the possibility of substitution of the

P.A. reagent by commercial mineral fertilizer of similar chemical composition , low cost and

easy acquisition. Concentrations (g L-1

): T1: 1.9 (control using reagent P.A.); T2: 0.0; T3: 0.5,

T4: 1.0; T5: 1.5; T6: 2.0 and T7: 2.5 (fertilizer). In the rooting phase, the average root length,

average shoot length, number of leaves and the mean value of the fresh biomass of the DTCS

hybrid Gerbera were evaluated after 35 days of growing in a growth room. The concentration

of 0.5 g L-1

of fertilizer was observed, yielding results equal to or greater than the control

treatment in all the variables mentioned under in vitro conditions. In the ex vitro evaluation

stage, seedlings from in vitro cultivation with the commercial fertilizer were acclimatized and

later transplanted to the screened nursery, whose development was monitored until flowering.

Ex vitro the mean root length, mean number of roots, average shoot length, leaf number, leaf

area, mean value of fresh biomass and macronutrient uptake were evaluated. No

morphological changes were observed under the conditions tested. In view of the

aforementioned results, the feasibility of replacing the KNO3 (P.A.) reagent by NKS

commercial fertilizer in the in vitro cultivation of gerbera was verified, to a lesser extent,

adding cost reduction, approximately 99.09%, to the technique and agility in the acquisition

of product.

Keywords: Bureaucratic procedures ; Culture of tissues; Macronutrients; Reduction of costs.

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INTRODUÇÃO

O cultivo in vitro é uma técnica utilizada na propagação de plantas economicamente

importantes, inclusive aquelas que apresentam limitações quando propagadas pelos métodos

convencionais. Em comparação aos métodos tradicionais, oferece as vantagens da produção

em massa de mudas sadias e uniformes em curto período de tempo e em espaço reduzido

(Borges et al., 2016; Silva et al., 2017; Oliveira et al., 2018). Dentre as culturas beneficiadas

pela técnica de micropropagação, destaca-se a gérbera, importante na floricultura, seja como

flor de vaso ou corte, devido à sua diversidade de cores e formas, estando entre as cinco

principais flores comercializadas mundialmente (Bhatia et al., 2009; Longchar e Keditsu,

2013; Ludwig et al., 2014; Santos et al., 2015, Piroli, 2018).

Apesar das vantagens que oferece quanto à obtenção do produto final, a propagação

in vitro é um método considerado dispendioso, principalmente quando se trata dos

constituintes do meio de cultura. Na micropropagação de gérbera, o meio MS (Murashige e

Skoog, 1962) adicionado às vitaminas de White (White, 1943), é o mais utilizado, e a sua

principal característica é a elevada concentração de sais.

Os reagentes utilizados na confecção do meio de cultura são substancias puras para

análise (P.A.), ou seja, com elevado teor de pureza. Além de apresentarem elevado custo,

alguns são de difícil aquisição (Ribeiro e Teixeira, 2008) como o nitrato de potássio (KNO3),

requerido em quantidade superior aos demais reagentes na formulação de sais de MS. Devido

as suas características inflamáveis e/ou explosivas quando em contato com outras substâncias,

a sua aquisição no Brasil, depende de autorização do Ministério da Defesa.

A substituição, redução ou retirada de alguns sais inorgânicos do meio de cultura tem

sido uma alternativa para minimizar o custo de produção (Chee & Pool 1987; Ribeiro e

Teixeira, 2008). Fertilizantes químicos com composição similar a dos constituintes P.A são

facilmente encontrados no comércio e podem ser usados, desde que sejam adotadas técnicas

eficientes de esterilização para evitar a contaminação do meio e não causem efeito tóxico no

material inoculado (Ribeiro et al., 2015). Nessa perspectiva, Ribeiro e Teixeira (2008)

avaliaram a substituição de KNO3 por salitre potássico no meio de cultura e verificaram o

aumento da biomassa de ginseng (Pfaffia glomerata).

Em relação aos constituintes de KNO3 nas células, o nitrogênio faz parte das

proteínas e ácidos nucléicos, é um elemento essencial responsável por processos metabólicos

e bioquímicos, atuando em sinergia com as moléculas de carbono, estimulando o crescimento

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do explante no meio de cultura (Ncube et al., 2014). O potássio não apresenta funções

estruturais orgânicas, mas age na osmorregulação e manutenção do equilíbrio eletroquímico,

controlando as atividades enzimáticas, dessa forma, influenciando diretamente no crescimento

das plantas (Marschner, 1995).

Portanto, tendo em vista a importância nutricional do nitrato de potássio no

desenvolvimento in vitro de plantas, avaliou-se a substituição do KNO3 (P.A.) por fertilizante

comercial de composição química similar, visando redução de custos e processos burocráticos

na micropropagação de gérbera.

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi desenvolvido na Universidade do Estado da Bahia (UNEB),

Campus III, no Laboratório de Biotecnologia (9° 24’ S de latitude, 40° 30’ W de longitude e

368 m de altitude), realizado em duas etapas, sendo a primeira referente ao desenvolvimento

das plantas de gérbera híbrida in vitro na fase de enraizamento e a segunda, a aclimatização e

pós-aclimatização das mudas obtidas.

Material vegetal e meio de cultura

O material vegetal utilizado como fonte de explantes originou-se de cultura estoque

do hibrido experimental de gérbera DTCS, mantidos em meio de proliferação composto por

sais inorgânicos de MS (Murashige e Skoog, 1962), vitaminas de White (1943), 2 ml L-1

de

BAP (6-Benzilaminopurina), 30 g L-1

de sacarose, 7 g L-1

de ágar e 100 mg L-1

de i-inositol

distribuído em frascos de vidro de 25 x 150 mm. O pH foi de 5,7 ± 1 e o meio esterilizado por

autoclavagem (121 °C e 1 kg cm2,

durante 20 minutos). A cultura foi mantida em sala de

crescimento com fotoperíodo de 16 horas e irradiância de 50-60 µmol m-2

s-1

e temperatura de

27 ± 2 °C).

Determinação dos tratamentos e desenvolvimento in vitro

Utilizou-se o fertilizante nitrato de potássio marca Dripsol®

NKS em substituição ao

reagente nitrato de potássio puro para análise (KNO3 P.A) no meio de cultura de

micropropagação de gérbera. O experimento foi realizado na fase de enraizamento e

composto de sete tratamentos. O controle foi constituído dos sais de MS que contém 1,9 g L-1

de KNO3 P.A, e nos demais tratamentos o nitrato de potássio do meio MS foi substituído pelo

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41

fertilizante nas concentrações (g L-1

): 0; 0,5; 1,0; 1,5; 2,0 e 2,5. O meio nutritivo foi acrescido

das vitaminas de White, 100 mg L-1

de i-inositol, 30 g L-1

de sacarose e 7 g L-1

de ágar. O pH

do meio foi ajustado para 5,7 ± 1, e o meio foi autoclavado por 121 °C durante 20 minutos.

As brotações axilares, padronizadas com três folhas foram introduzidas no meio de cultura e

mantidas em sala de crescimento com temperatura de 26 + 1 °C, fotoperíodo de 16 h e

irradiância de 19 mol m-2

s-1

.

Desenvolvimento ex vitro

Após 35 dias no meio de enraizamento, as plantas foram transplantadas para

recipientes descartáveis de 200 mL, preenchidos com substrato comercial Tropstrat® (Figuras

1a) e cobertos com copos transparentes por sete dias para a manutenção da umidade (Figura 1

b). As plantas foram mantidas em casa de vegetação com 75% de sombreamento e sistema de

nebulização ligado por 3 minutos no intervalo de 15 minutos( Figura 1c e 1d).

Visando a observação de possíveis alterações morfológicas da planta adulta, como

diferenças na formação da área foliar, dez amostras de cada tratamento foram retiradas para

plantio em vasos de 5 L preenchidos com substrato comercial submetidas à fertirrigação

(Figura 1f), conforme as necessidades nutricionais da fase fisiológica da cultura de acordo

com a metodologia de Santos et al. (2016). As demais plantas foram utilizadas para avaliação

da concentração de macronutrientes nas folhas segundo a metodologia descrita por Silva

(2009).

Figura1. Estabelecimento ex vitro da gérbera, oriundas do cultivo in vitro com meio

confeccionado com diferentes concentrações de fertilizante comercial e reagente PA; a-

Transplantio das plantas; b- Manutenção da umidade; c- Adaptação das plantas; d- Plantas após

sete dias em condições de sombreamento e nebulização; e- Mudas de gérbera após 35 dias do

transplantio; f-Plantas em vaso para observações morfológicas (Foto: Ferreira, C. C. S, 2018).

a b c

d e f

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Coleta de dados e análise estatística

A resposta das plantas às diferentes concentrações e fontes de KNO3, após a fase de

enraizamento in vitro, foi avaliada em relação ao número médio de folhas, comprimento

médio da parte aérea, comprimento médio das raízes e biomassa fresca. No estabelecimento

ex vitro, foram avaliados número de folhas, comprimento médio da parte aérea e das raízes,

número médio de raízes, biomassa fresca, absorção de macronutrientes e observação visual de

alterações morfológicas.

No desenvolvimento in vitro e ex vitro, o experimento foi conduzido no

delineamento inteiramente casualizado com cinco repetições e cinco parcelas, constituídas por

uma planta por recipiente, totalizando vinte e cinco amostras experimentais por tratamento.

Os resultados foram submetidos à análise de variância e quando significativos (p ≥ 0,05), as

médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de significância, utilizando-se o software

Statistica v.8.0. O experimento foi repetido nas mesmas condições, para confirmação dos

resultados.

RESULTADOS

Crescimento e desenvolvimento in vitro

As concentrações do KNO3, do produto comercial influenciaram o crescimento in

vitro das brotações axilares de gérbera com diferenças significativas nas variáveis:

comprimento médio de raiz, comprimento médio da parte aérea, número de folhas e massa

média da biomassa fresca. De acordo com a análise de variância, foi observado efeito

significativo dos tratamentos a 1 % e 5 % de significância (Tabela 1).

Tabela 1. Resumo da análise da variância dos explante de gérbera híbrida inoculadas em meio e

cultura na fase de enraizamento, com diferentes concentrações de nitrato de potássio.

GL- Grau de Liberdade; QM - quadrado médio; ** e * significativo a 1% e 5% de significância,

respectivamente, pelo teste F; CMR - comprimento médio da raiz (cm); CMPA-comprimento médio da parte

aérea (cm); NMF– número médio de folhas; MMBF-massa média da biomassa fresca(g).

GL QM F

Fontes de CMR CMPA NMF VMBF CMR CMPA NMF PMBF

Variação

Tratamento 6 4,15 0,68 2,42 0,1 7,68** 4,19** 2,95* 10,74**

Resíduo 28 0,54 0,16 0,81 0,009

MMBF

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Em relação ao comprimento médio das raízes (CMR), as plantas que se

desenvolveram em meio contendo fertilizante nas concentrações de 0 a 2 g L-1

não diferiram

significativamente daquelas mantidas no meio com o KNO3 (P.A), o tratamento controle

(Tabela 2). Entretanto, houve redução nesta variável com a concentração de 2,5 g L-1

do

fertilizante. Por outro lado, o comprimento médio da parte aérea (CMPA) e o número médio

de folhas (NMF) das plantas crescidas no meio com o fertilizante, em todas as concentrações

testadas, não diferiram significativamente do tratamento controle.

Tabela 2- Aspectos do desenvolvimento in vitro de explantes de gérbera hibrida F1 vermelha

após 35 dias em diferentes fontes e concentração de KNO3.

Concentração KNO3 g L-1

CMR (cm) CMPA (cm) NMF MMBF(g)

1,9 (Controle) 4,68 a 3,16 ab 6,84 ab 0,46 ab

0,0 4,72 a 2,80 ab 6,40 b 0,38 bc

0,5 5,15 a 3,50 a 8,36 a 0,65 a

1,0 5,80 a 2,96 ab 7,40 ab 0,39 bc

1,5 5,56 a 2,72 ab 7,76 ab 0,24 c

2,0 4,68 a 2,53 b 6,92 ab 0,24 c

2,5 2,99 b 2,43 b 6,60 ab 0,29 c

CV 15,34 14,08 12,60 26,26

DMS 5% 1,48 0,81 1,82 0,198 Os dados acompanhados por uma mesma letra são estatisticamente iguais segundo o Teste de Tukey, com 5% de

significância; CMR - comprimento médio da raiz (cm); CMPA-comprimento médio da parte aérea (cm); NMF –

número médio de folhas; MMBF - massa média da biomassa fresca; CV-coeficiente de variação; DMS-

Diferença Mínima Significativa. Os valores são médios de 25 repetições com um explantes por tratamento. Os

dados foram obtidos 35 dias após a inoculação em meio de cultura.

A massa média da biomassa fresca (MMBF) nas plantas cultivadas no meio contendo

de 0 a 1,0 g L-1

do fertilizante, não diferiu significativamente daquelas obtidas no meio

contendo reagente P.A. Entretanto, entre as diferentes concentrações do fertilizante (0 a 2,5 g

L-1

) observou-se maior massa da biomassa fresca com a utilização de 0,5 g L-1

.

Na Figura 2 são apresentadas plantas de cada um dos tratamentos, evidenciando não

terem ocorrido alterações morfológicas visuais ou clorose decorrentes da utilização do

fertilizante comercial em substituição ao KNO3 (P.A.).

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Crescimento e desenvolvimento ex vitro

Após a aclimatização, apenas as variáveis comprimento médio da parte aérea (CMPA)

e a área foliar (AF) não apresentaram diferenças significativas (Tabela 3). As plantas

cultivadas in vitro em diferentes concentrações do fertilizante KNO3 se adaptaram bem ao

ambiente e visualmente apresentaram desenvolvimento semelhante nos diferentes tratamentos

avaliados (Figura 3)

1,0 0,5 0,0 1,5

Figura. 2. Representação visual do desenvolvimento

de plantas de gérbera cultivadas em diferentes

concentrações de KNO3, 1,9 gL-1

proveniente do

reagente P.A. e 0,0 á 2,5 gL-1

oriundo do fertilizante

comercial.

após o enraizamento in vitro. (Foto: Ferreira, C. C.

S, 2018).

0,5 gL-1

0,0 gL-1

1,9 gL-1

1,0 gL-1

1,5 gL-1

2,0 gL-1

2,5 gL-1

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Tabela 3- Análise da variância das variáveis avaliadas nas plantas nos tratamentos ex vitro.

GL – grau de liberdade; QM - quadrado médio; ** e * significativo a 1% e 5% de significância, respectivamente, pelo teste F; NS – não sifnificativo; CMR - comprimento

médio da raiz (cm); NMR- número de raízes; CMPA-comprimento médio da parte aérea (cm); NMF – número médio de folhas; AF- área foliar; MMBF- massa média da

biomassa fresca (g).

GL QM

F

Fontes de

Variação CMR NMR CMPA NMF AF PMBF CMR NMR CMPA NMF AF MMBF

Tratamento 6 4,76 1,29 2,88 5,08 2,23 1,01 8,00** 3,69** 2,41 NS 8,66** 1,99 NS 3,77**

Resíduo 28 0,59 1,19 0,58 1,12 0,26

Figura 3. Aspectos morfológicos da gérbera

híbrida DTCS após 35 dias de aclimatização

em condições controladas de sombreamento e

irrigação (Foto: Ferreira, C. C. S, 2018).

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Em relação ao comprimento médio das raízes (CMR), as plantas obtidas nas

concentrações de 0,5; 2,0 e 2,5 g L-1

do fertilizante tiveram valores menores que o observado

no tratamento controle. O número médio de raízes (NMR) e a biomassa fresca diferiram

significativamente entre plantas obtidas nas diferentes concentrações do fertilizante, mas, não

em relação as do controle. As plantas que se desenvolveram em meio sem KNO3 tiveram

número médio de folhas (NMF) menor que as dos demais tratamentos (Tabela 4).

Tabela 4 – Efeito dos diferentes tratamentos sobre as variáveis avaliadas após a aclimatização

das plantas.

Os dados acompanhados por uma mesma letra são estatisticamente iguais segundo o Teste de Tukey, com 5%

de significância; CMR - comprimento médio da raiz (cm); NMR- número de raízes; CMPA-comprimento

médio da parte aérea (cm); NMF – número médio de folhas; AF- área foliar; MMBF – massa média da

biomassa fresca; CV-coeficiente de variação; DMS- Diferença Mínima Significativa.

O acúmulo de macronutrientes nas folhas das plantas nos diferentes tratamentos

testados apresentou a marcha de absorção da gérbera, em sequência decrescente: K> N> Ca>

Mg> P (Tabela 5). Esses foram dados coletados durante o seu crescimento vegetativo, 35 dias

pós-aclimatização. As quantidades de cálcio, fósforo e magnésio absorvidos pelas folhas de

gérbera híbrida não foram influenciadas pela ausência, escassez e/ou excesso de KNO3 no

meio de cultura.

KNO3 g L-1

CMR (cm) NMR (cm) CMPA (cm) NMF AF (cm2)

MMBF (g)

1,9 (Controle) 10,19 a 5,84 ab 7,89a 7,40 a 5,42a 2,68 ab

0,0 9,38 ab 5,32ab 7,48 a 5,36 b 5,21 a 2,54 ab

0,5 8,18 b 6,48 a 8,07 a 8,40 a 5,00 a 2,77 a

1,0 9,30 ab 6,04 ab 8,50 a 7,68 a 5,50 a 2,97 a

1,5 10,53 a 5,72 ab 6,84 a 7,56 a 4,64 a 2,18 ab

2,0 8,49 b 5,12 b 6,73 a 8,28 a 3,95 a 2,02 ab

2,5 8,00 b 5,12 b 6,50 a 7,16 a 3,87 a 1,72 b

CV 8,43 10,45 14,69 10,34 22,07 21,45

DMS 5% 1,54 1,18 2,19 1,53 2,12 1,03

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Tabela 5. Absorção nutricional pelas folhas de gérbera hibrida, crescidas em meio de

cultura, constituído de KNO3 (P.A) e fertilizante químico com mesma composição, após 35

dias de aclimatização.

Após o transplantio para vasos não se observou diferenças morfológicas nas plantas. Em

todos os tratamentos, o crescimento ocorreu de forma similar, a partir do 60 dias, os primeiros

botões florais foram imitidos (as plantas inoculadas em meio de cultura suplementado com 0,5

gL -1

de KNO3) (figura 4).A flor apresentou-se completamente aberta sete dias após a emissão do

botão, sem alterações na sua formação.

Figura 4 – Desenvolvimento fisiológico na fase reprodutiva da gérbera híbrida proveniente

do meio de cultura confeccionado com KNO3 oriundo do fertilizante comercial na menor

proporção testada 0,5 g L-1

(Foto Ferreira, C. C. S 2018).

Concentração

KNO3 g L-1

Acúmulo de macronutrientes nas folhas (g Kg-1

)

Ca+2

Mg+2

K+

P

N(total) NH+4

NO-3

1,9 (Controle) 1,50 0,25 11,10 0,03 5,40 0,62 4,78

0,0 1,90 0,40 4,80 0,02 5,38 0,99 4,39

0,5 1,65 0,20 5,35 0,03 3,83 0,84 2,99

1,0 1,85 0,35 7,00 0,04 3,97 0,70 3,27

1,5 2,00 0,30 11,90 0,04 3,97 0,93 3,03

2,0 2,60 0,30 10,80 0,04 3,73 0,70 3,03

2,5 2,30 0,25 7,80 0,04 2,80 0,70 2,10

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DISCUSSÃO

Efeitos da substituição e redução do KNO3 no desenvolvimento in vitro e ex vitro

A nutrição mineral e orgânica é fundamental no estabelecimento in vitro das plantas,

cada espécie possui necessidades nutricionais específicas, todavia, ainda são escassos estudos

relacionados à contribuição de cada macro e micronutriente atuando neste processo. A

maioria dos estudos em relação ao efeito fisiológico e nutricional está direcionada a plantas

desenvolvidas em condições de campo (Poothong e Reed, 2014).

Nos resultados observados neste trabalho, as concentrações de KNO3 e, mesmo a sua

ausência no meio de cultura MS, tiveram pouca influência no desenvolvimento in vitro da

gérbera, na fase de enraizamento. Embora o aumento da concentração de KNO3 no meio de

cultura reduziu comprimento médio da raiz e a biomassa fresca. Vale ressaltar que o meio

possui em sua formulação outra fonte de N e K; o nitrato de amônio (NH3NH4).

Provavelmente a gérbera nesta fase de desenvolvimento apresente baixa demanda desses

macronutrientes, mantendo o seu crescimento nessas condições. Outra hipótese é que os

explantes utilizados, provenientes de sucessivas multiplicações, foram inoculados com sua

parte estrutural bem desenvolvida.

De forma semelhante, Greenway et al. (2012) em experimento com diferentes meios

de cultura na micropagação de várias espécies, nos quais a concentração de KNO3 variava de

1,9 a 2,5 g L-1

, relataram que na gérbera, os meios: MS (1,9 g L-1

KNO3), B5 (2,5 g L-1

KNO3), BDS e BABI (2,5 g L-1

KNO3) não proporcionaram diferenças significativas no

desenvolvimento das plantas.

Assim como a gébera, outras culturas micropropagadas em meio MS, caracterizado

por sua elevada concentração de sais inorgânicos, principalmente das fontes nitrogenadas,

reduções nas concentrações de nitrato favoreceram o desenvolvimento dos explantes ,

corroborando com os resultados obtidos pela gérbera , nas condilçoes desse trabalho. A

redução dos compostos nitrogenados do meio MS promoveu o melhor crescimento in vitro de

orquídeas (Cattleya loddigesii) (Rodrigues et al., 2011). Sasamori et al, (2016) obtiveram

resultados semelhantes testando diferentes concentrações de sais (25%, 50% e 100%) e

compostos nitrogenados (25%, 50% e 100%) no desenvolvimento in vitro e ex vitro de

bromélias (Vriesea incurvata). No cultivo in vitro de Coffea arabica L. cv Rubi, Sousa et al.,

(2002), a redução da concentração de nitrato de amônio e nitrato de potássio (NH4NO3 em

50% e KNO3 75%, respectivamente), foi suficiente para o crescimento do explante. Dessa

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forma o ajuste das concentrações de sais do meio MS além de aperfeiçoar a qualidade das

mudas produzidas, permite reduzir custos com a propagação in vitro (Sousa et al., 2006).

Kanwar e Kumar (2008) ressaltam que o suprimento nutricional é fundamental no

desenvolvimento in vitro da gérbera. Devido à estrutura sensível dos seus tecidos, a planta se

torna vulnerável ao estresse hídrico durante a aclimatização reduzindo a sobrevivência das

mudas. Assim, qualquer alteração realizada durante o enraizamento in vitro, deve ser avaliada

em condições ex vitro. A substituição e redução do KNO3 não interferiram no estabelecimento

ex vitro da gérbera, mantendo 100% de sobrevivência das mudas aclimatizadas. Cardoso et al.

(2013b) obtiveram a mesma resposta na aclimatização de gérbera, sem adição de sacarose no

meio de cultura na fase de enraizamento.

A necessidade mineral esta associada à fase de desenvolvimento (vegetativo e

reprodutivo) da planta, mas é necessário armazenar esses nutrientes inorgânicos, nitrogênio,

potássio, fósforo e outros elementos essenciais, nos vacúolos das células vegetais, para

atender a demanda requerida durante o seu crescimento. A marcha de absorção de nutrientes

nas folhas da gérbera em diferentes concentrações de KNO3 do presente trabalho ocorreu na

mesma ordem decrescente (K> N> Ca> Mg> P> S) descrita por outros autores ( Guerrero et

al., 2012; Ludwing et al., 2013 ; Ludwing, 2018).

O conhecimento do comportamento da absorção é importante para evitar problemas

relacionados à salinidade ou deficiência nutricional, promovendo o fornecimento satisfatório

de nutrientes (Malavolta et al., 1997). Na cultura da gérbera, K e N, são nutrientes mais

requeridos e mais aplicados e são absorvidos em maior quantidade na fase de crescimento

vegetativo, onde a planta forma sua massa foliar e suas reservas. Independente da

concentração de macronutrientes absorvidos, os explantes de gérbera se desenvolveram em

meio de cultura, mantendo o desenvolvimento normal durante a aclimatização e seu

estabelecimento em vaso.

Viabilidade da substituição do reagente KNO3 P.A.

No meio MS a concentração de KNO3 é de 1,9 g L-1

, contudo nas condições deste

experimento, as concentrações de 0,5 a 1,5 g L-1

do fertilizante, adicionadas ao meio de cultura,

proporcionaram bom desenvolvimento das plantas in vitro, sendo esse comportamento também

observado no crescimento ex vitro. Dessa forma, visando à redução de custos na

micropropagação, é recomendável a utilização da menor quantidade do fertilizante para suprir as

necessidades nutricionais da cultura da gérbera in vitro sem alterar o comportamento fisiológico

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em condições de aclimatização e pós-aclimatização. A utilização de baixas concentrações, não

interfere na absorção dos reguladores de processos metabólicos, como nitrogênio, fósforo,

potássio, cálcio e magnésio (Marschener, 1995; Taiz e Zeiger, 2004).

A aquisição do nitrato de potássio (KNO3) P.A no Brasil depende da autorização

do Exército (Portaria No

42 - Colog, de 28 de março de 2018. EB: 64474.002159/2018-11,

Art.68º) e sua composição (13% de N e 44% de K2O) se assemelha ao fertilizante comercial

Dripsol® NKS, exceto pela presença de enxofre (S) (12% de N, 45% de K2O e 1,2% de S).

Portanto, esse fertilizante é uma alternativa viável para o fornecimento de potássio e nitrogênio,

em substituição ao reagente P.A..

CONCLUSÕES

A concentração de 0,5 g L-1

do fertilizante proporcionou desenvolvimento in vitro

similar ao KNO3 (P.A.);

A substituição do KNO3 (P.A.) pelo fertilizante comercial NKS constitui-se em

alternativa para a redução de 99,09% do custo de aquisição do regente.

AGRADECIMENTOS

A Capes pela bolsa de mestrado, à UNEB/DTCS Campus III e à EMBRAPA

Semiárido pelo apoio no desenvolvimento e condução do experimento.

REFERÊNCIAS

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55

CAPITULO II

FORMATO: CIÊNC. AGROTEC. LAVRAS

DESENVOLVIMENTO DA PALMA IN VITRO EM RESPOSTA À SUBSTITUIÇÃO

DE NITRATO DE POTÁSSIO (P.A.) POR FERTILIZANTE COMERCIAL KNO3

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56

RESUMO

Na micropropagação, o nitrato de potássio (KNO3), reagente puro para análise (P.A.), utilizado

no preparo dos meios de cultura, possui custo elevado e a sua aquisição depende de trâmites

burocráticos, por se tratar de substância controlada pelo Exército Brasileiro. O objetivo deste

trabalho foi avaliar o efeito da substituição do KNO3 P.A. por fertilizante comercial (com fonte

de KNO3), encontrado livremente no comércio, na micropropagação de palma (Opuntia stricta

Haw.) cv. Orelha de Elefante. Os tratamentos foram de seis concentrações do fertilizante (0; 0,5;

1; 1,5; 2 e 2,5 g L-1

) e um controle constituído de 1,9 g L-1

de reagente KNO3, conforme

mostrado nos sais MS. Avaliou-se a sobrevivência, tamanho e número de brotações do explante,

e o valor da biomassa fresca. Após a aclimatização das mudas avaliou-se a sobrevivência,

número de brotações, comprimento da parte aérea, número de raízes, formação da raquete, massa

média da biomassa fresca, absorção de macronutrientes e alterações morfológicas das mudas. Os

explantes inoculados em meio com fertilizantes nas concentrações de 0,0; 2,0 e 2,5 g L-¹ não se

desenvolveram. A resposta dos explantes nas concentrações de 0,5 e 1,5 g L-1

do fertilizante

foram iguais aos desenvolvidos em meio contendo KNO3, e na concentração de 1,0 g L-1

, em

todas as variáveis, as médias foram superiores que as do controle. Dessa forma, constatou-se a

viabilidade do uso do fertilizante no cultivo in vitro da palma, o que propiciou a eliminação dos

entraves burocráticos e redução no custo de 99,12% na compra do produto.

Termos para indexação: macronutrientes; micropropagação; redução de custos.

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57

ABSTRACT

In micropropagation, potassium nitrate (KNO 3), an ACS reagent grade chemical, used in the

preparation of growing mediums is expensive and its procurement depends on bureaucratic

procedures, as it is controlled by the Brazilian Army. The goal of this work was to assess the

effect of replacing the ACS KNO3 for a commercially available fertilizer (KNO3- based) on

themicropropagation of the prickly pear (Opuntia stricta Haw.). Treatments used six different

fertilizer concentrations (0, 0.5, 1, 1.5, 2 and 2.5 g L -1

) and a control consisting of 1.9 g L -1

KNO3, as shown in the MS salts. The survival, size and number of sprouts and the value of

fresh biomass were evaluated. After seedling acclimation, we assessed the survival, number

of sprouts, length, and number of roots, racket formation, average fresh biomass mass,

macronutrient absorption and morphological changes of the seedlings. Explants inoculated

with fertilizers at concentrations of 0.0; 2.0 and 2.5 g L -

¹ did not grow. The response of

explants at concentrations of 0.5 and 1.5 g L -1 of the fertilizer were the same as those

developed in a KNO3 medium, and at a concentration of 1.0 g L -1

, in all variables, the means

were higher than those of the control medium. Therefore, it showed the feasibility of using

fertilizers in the in vitro cultivation of the prickly pear, which may remove bureaucratic

barriers and reduce product costs by 99.12%.

Index Terms: macronutrients; micropropagation; cost savings.

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INTRODUÇÃO

O cultivo de cactáceas tem se tornado crescente devido ao seu elevado potencial

forrageiro e às características ornamentais que essas plantas possuem, como formas e

tamanhos variados. A palma (Opuntia stricta Haw.) cv. Orelha de Elefante Mexicana se

destaca entre as espécies, devido a sua elevada produtividade, baixa exigência nutricional,

tolerância à seca e resistência à cochonilha-do-carmim (Dactylopius opuntiae Cockerel),

principal causadora de danos às cactáceas (Vasconcelos et al. 2009; Lopes et al. 2010; Silva et

al. 2015). A sua utilização é mais expressiva nas regiões áridas e semiáridas (Zingale, 2016),

onde a palma forrageira representa um recurso importante na nutrição animal. Todavia, os

métodos convencionais de propagação são insuficientes em suprir a demanda comercial por

mudas nestas regiões. (Bhau, 1999; Bhau, 2015). Assim, a micropropagação surge como

alternativa na obtenção de propágulos resistentes a pragas em larga escala.

O cultivo in vitro potencializa a propagação clonal e acelera o processo de

melhoramento genético das espécies vegetais, agregando valor às culturas (Gava e Lopes,

2012). Entretanto, a micropropagação tem custo elevado devido ao material utilizado no

preparo dos meios de cultura e a necessidade de equipamentos e instalações apropriadas para

realização da técnica (Cardoso et al. 2013; Weber et al. 2015). No sentido de minimizar os

custos, pesquisas vêm sendo realizadas com protocolos de esterilização alternativos como a

esterilização química (Cardoso e Silva, 2012; Deein et al. 2013; Pais et al. 2016), a retirada ou

redução dos sais inorgânicos (Chee e Pool, 1987; Ribeiro e Teixeira, 2008), e a substituição

de reagentes de difícil aquisição por outros mais acessíveis, encontrados no livre comércio.

Entre os reagentes que compõem os meios de cultura, o nitrato de potássio (KNO3),

macronutriente com elevado grau de pureza para análise (P.A.), é utilizado em maior

proporção e, além do preço elevado, sua venda é controlada pelo Exército. Este reagente é

fundamental no processo de indução e diferenciação da parte aérea da planta exercendo

função estrutural e de ativação enzimática, atuando como osmorregulador (Malavolta et al.

1997; Taiz e Zeiger, 2013). A substituição do KNO3 P.A. por produtos de fácil aquisição e

menor custo tende a ser uma alternativa promissora para viabilizar a produção de mudas

micropropagadas, desde que seja avaliado seu efeito tóxico no explante (Ribeiro et al. 2015).

Visando à redução dos custos na aquisição de componentes do meio de cultura e

eliminação dos trâmites burocráticos para liberação de compra de reagentes, este trabalho teve

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como objetivo avaliar a substituição do KNO3 P.A. por fertilizante comercial e o seu efeito no

desenvolvimento in vitro e ex vitro da palma cv. Orelha de Elefante Mexicana.

MATERIAL E MÉTODOS

O material vegetal da palma utilizado como doador de explantes foi proveniente de

cultura estoque do laboratório de Biotecnologia da Embrapa Semiárido, Petrolina, PE. O

desenvolvimento in vitro foi avaliado em diferentes concentrações do fertilizante granular

KNO3, marca Dripsol, no meio de cultura, em substituição ao reagente P.A..

Utilizou-se as concentrações 0,0; 0,5, 1,0; 1,5; 2,0 e 2,5 g L-1

do fertilizante e o

controle com reagente KNO3 P.A. (1,9 g L-1

), constituindo sete tratamentos. As diferentes

concentrações avaliadas nos tratamentos foram estimadas a partir de cálculos da formulação

química em proporção ao reagente P.A..

O meio nutritivo foi constituído dos sais inorgânicos de MS (Murashige e Skoog,

1962), e de vitaminas de White (White, 1943). O meio foi complementado com 0,1 g de

inositol, 30 g L-1

de sacarose, 1,5 mg L-1

de 6 benzilaminopurina (BAP), 0,0625 mg L-1

de

ácido naftaleno acético (ANA) e 5 g L-1

de ágar como agente geleificante. O pH foi ajustado

para 5,9 ± 1 e o meio esterilizado por autoclavagem (121 ºC, 1,05 kg cm², por 20 minutos).

Após o preparo, 20 mL do meio de cultura foi distribuídos em recipientes de vidro (50 mm x

200 mm).

Segmentos transversais de aproximadamente três milímetros foram colocados no

meio de cultura e mantidos na sala de crescimento no Laboratório de Biotecnologia da

Universidade do Estado da Bahia (09º 25’ 43.6” S, 40º 32’ 14” W, 384 m), com temperatura

de 27 + 1 0C, fotoperíodo de 16 horas e irradiância de 19 mol m

-2 s

-1.

O desenvolvimento in vitro foi avaliado pela contagem do número médio de

brotações, número médio de brotações maiores ou iguais a dois centímetros e da determinação

do valor médio da biomassa fresca. Na aclimatização, as plantas desenvolvidas in vitro foram

transplantadas para copos descartáveis (200 mL) preenchidos com substrato comercial,

identificados conforme os tratamentos, e mantidas em casa de vegetação com 75% de

sombreamento. A irrigação manual ocorreu a cada quatro dias. No 35º dia as plantas foram

avaliadas com relação ao número médio de brotações, comprimento médio de raiz e parte

aérea, formação de cladódio (raquete), valor médio da biomassa fresca. Na quantificação da

absorção de macronutrientes realizada de acordo com a metodologia de Silva et al. (2009),

tornou-se uma amostra composta em cada tratamento. As mudas foram acondicionadas em

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vasos plásticos de cinco litros, preenchidos com substrato comercial para observação das

características morfológicas da planta adulta, e supostas alterações em decorrência das

diferentes dosagens de nitrato de potássio aplicadas.

O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado com sete

tratamentos, cinco repetições e três parcelas experimentais. Os dados de contagem foram

transformados em √x + 0,5 de forma a atender os pressupostos estatísticos, submetidos à

análise de variância, e quando significativos (P<0,05) as médias foram comparadas pelo teste

de Tukey a 5% de significância, utilizando-se o software Statistica v.8.0.

RESULTADOS

Os explantes de palma cv. Orelha de Elefante em meio contendo fertilizante nas

concentrações 0,0; 2,0; e 2,5 g L-1

não sobreviveram. Portanto as avaliações foram realizadas

nas palmas obtidas nos tratamento 0,5; 1,0 e 1,5 g L-1

do fertilizante comercial e comparada

aos explantes desenvolvidos em meio contendo reagente P.A (1,9 g L-1

), tratamento controle.

De acordo com a análise de variância, foi observado efeito significativo dos

tratamentos nas variáveis analisadas in vitro (Quadro 1).

Quadro 1 – Análise de variância das plantas de palma cv. Orelha de Elefante desenvolvidas

em meio de cultura com diferentes concentrações de KNO3.

GL- grau de liberdade; QM - quadrado médio; ** significativo a 1%; * significativo a 5%; NMB- número médio

de brotações (cm); NMB ≥ 2 cm – número médio de brotações maiores ou iguais que dois cm; VMBF –valor

médio da biomassa fresca .

Os tratamentos com meio de cultura contendo 0,5 e 1,0 g L-1

do fertilizante comercial

tiveram maior produção de brotações e de brotações ≥ 2 cm que o controle (KNO3; P.A). Em

relação ao valor médio da biomassa fresca, o tratamento controle 1,0 g L-1

proporcionou o

maior valor, e os demais tratamentos não diferiram do controle (Tabela 1).

Causas de Variação GL QM F

Tratamentos 3 NMB NMB>2cm PMBF NMB NMB≥2cm VMBF

Resíduo 24 2,93 2,6 7,8 12,46** 18,34** 10,62**

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Tabela 1 – Características avaliadas no desenvolvimento in vitro de palma cv. Orelha de

Elefante.

Médias acompanhadas por uma mesma letra não difere estatisticamente entre si segundo o Teste de Tukey a 5%

de probabilidade; MS- Meio de cultura (Murashige e Skoog); NMB- número médio de brotos (cm); NMB ≥ 2

cm, número médio de brotações maiores ou iguais a dois cm; VMBF – valor médio da biomassa fresca. CV –

coeficiente de variação.

De modo geral, as doses do fertilizante utilizadas no preparo do meio de cultura

promoveram respostas dos explantes de palma igual ou superior aos desenvolvidos em meio

contendo reagente P.A. Contudo, vale salientar que a utilização da concentração de 1,0 g L-1

de fertilizante, resultou em maiores valores de todas as variáveis avaliadas.

Na figura 1, observa-se o desenvolvimento de palma cv. Orelha de Elefante após 180

dias de cultivo in vitro em meio de cultura com doses distintas de nitrato de potássio, sendo

tratamento controle, constituído de 1,9 g L-1

de KNO3 P.A. , e doses de 0,5, 1,0 e 1,5 de

fertilizante comercial.

Figura1. Palma c.v. Orelha de Elefante após 180 dias desenvolvidas no meio de cultura com

duas fontes de nitrato de potássio, 1a - tratamento controle, constituído de 1,9 g L-1

de KNO3

P.A , 1b, 1c, e 1D - 0,5, 1,0 e 1,5 g L-1

de fertilizante comercial respectivamente (Foto:

Ferreira, C. C. S, 2018).

Concentração de

KNO3 g L-1

Culturas sobreviventes % NMB NMB ≥ 2 VMBF

1,9 (MS) 100 2,05b

1,33b 1,56b

0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

0,5 100 3,06a 2,31a 1,81b

1,0 100 3,04a 2,49a 3,91a

1,5 100 1,83b 1,37b 2,56b

2,0 0,0 0,0 0,0 0,0

2,5 0,0 0,0 0,0 0,0

CV 19,43 20,05 34,81

1a

a

1d

a

1c

a

1b

a

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Decorridos 35 dias após a aclimatização, a análise de variância mostrou efeito

significativo apenas nas variáveis NMB – número médio de brotações (cm) e VMBF- valor

médio da biomassa fresca (Quadro 2).

Quadro 2 – ANOVA, variáveis avaliadas no estabelecimento ex vitro da palma orelha de

elefante desenvolvidas em meio de cultura com diferentes concentrações de KNO3

GL- grau de liberdade; QM - quadrado médio; ** significativo a 1%; * significativo a 5%; NS- não significativo;

NMB- número médio de brotações (cm); CMPA- comprimento médio da parte aérea; FMR – formação média

da raquete/cladódio; CMR – comprimento médio da Raiz; VMBF – valor médio da biomassa fresca.

As plantas apresentaram as mesmas respostas nas diferentes concentrações de

fertilizante KNO3 em relação ao comprimento médio da parte aérea, comprimento médio das

raízes (CMR) e formação média da raquete/ cladódio (FMR). Quanto ao número médio de

brotações (NMB) e valor médio da biomassa fresca (VMBF), as concentrações de 0,5 e 1,0 g

L-1

promoveram maiores valores quando comparados com aqueles obtidos nos meios de 1,9

(tratamento controle) e 1,0 g L-1

(Tabela 2).

Tabela 2 – Características analisadas no desenvolvimento ex vitro de palma cv Orelha de Elefante.

Médias acompanhadas por uma mesma letra não difere estatisticamente entre si segundo o Teste de Tukey a 5% de

probabilidade; NMB- número médio de brotações (cm); CMPA- comprimento médio da parte aérea FMR – formação

média da raquete/cladódio; CMR – comprimento médio da Raiz; VMBF – valor médio da biomassa fresca. CV –

coeficiente de variação.

Causas de

Variação GL QM F

Tratamentos 3 NMB CMPA FMR CMR VMBF NMB CMPA FMR CMR VMBF

Resíduo 24 1,14 9,82 0,26 4 277,82 7,24** 1,39 NS

0,80 NS

1,47 NS

15,60**

KNO3 Culturas sobreviventes NMB CMPA FMR CMR VMBF

gL-1

% Cm Cm Cm G

1,9 (MS) 100 1,84b 11,9a 2,43a 5,50a 15,96b

0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

0,5 100 2,62a 10,44a 2,19a 6,50a 28,34a

1,0 100 2,41a 9,34a 1,97a 4,68a 25,89a

1,5 100 1,82b 9,60a 2,30a 5,27a 16,75b

2,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

2,5 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

CV 18,28 25,75 25,85 30,08 19,41

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Durante o período de aclimatização, as plantas se adaptaram ao ambiente e

apresentaram um desenvolvimento semelhante, embora as mudas tenham se originado de

micropropagação em meios de cultura com diferentes concentrações de KNO3. A palma

cresceu de forma uniforme e, no 20º dia, a formação da raquete se tornou expressiva nas

plantas dos diferentes tratamentos avaliados, não apresentando nenhuma anormalidade

morfológica durante seu estabelecimento em vaso (Figura 2).

Figura 2 – Mudas oriundas do cultivo in vitro no processo de aclimatização após 20 dias do

transplantio. 2a - T1=1,9 g L-1

de KNO3; T3. T4 e T5=0,5 1,0 e 1,5 g L-1

de fertilizante

respectivamente; 2b- Inicio da formação da raquete; 2.c – aspecto morfológico da palma

orelha de elefante após 35 dias em condições de aclimatização; 2.d – Aspectos das mudas em

condições de vaso, 60 dias pós-aclimatização. (Foto: Ferreira, C. C. S, 2018).

Por meio da análise foliar foi realizada a quantificação da absorção de

macronutrientes, em função das diferentes concentrações e fonte de KNO3 (Quadro 3). A

marcha de absorção nutricional nas condições do experimento foi na ordem crescente P<

Mg< Ca< N< K.

Quadro 3. Influência das diferentes fontes e concentrações de nitrato de potássio, na absorção

nutricional da palma cv. Orelha de Elefante micropropagadas in vitro.

Concentrações

KNO3

Ca+2

(g kg-1

)

Mg+2

(g kg-1

)

K+

(g kg-1

)

P

(g kg-1

)

NH+4

(g kg-1

)

NO-3

(g kg-1

) N total (g kg

-1)

1,9 (P.A) 1,43 0,24 9,10 0,004 0,46 4,72 5,18

0,5 Fertilizante 1,32 0,24 10,10 0,002 0,58 4,83 5,41

1,0 Fertilizante 1,15 0,19 11,02 0,002 0,55 2,97 3,52

1,5 Fertilizante 1,11 0,16 10,01 0,002 0,51 2,83 3,34

a c b d

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DISCUSSÃO

O nitrogênio apresenta-se exclusivamente em forma de cátion e ânion (amônio e

nitrato, respectivamente) sendo fundamental na realização de atividades metabólicas das

plantas e na absorção de outros nutrientes do meio (Nagao et al. 1994; Rezende et al. 2008).

Também infuencia diretamente no desenvolvimento das plantas e quando em excesso ou na

ausência é altamente prejudicial. (Sakuta et al. 1987; Cazzeta et al. 1999; Sasamori et al.

2016). Dessa forma, a morte dos explantes de palma orelha de elefante, cultivados em meio

de cultura com 0 ; 2,0 e 2,5 g L-1

, pode ter sido causada pela ausência bem como o excesso de

nitrogênio na forma de nitrato, proveniente do fertilizante comercial utilizado.

Todavia, as concentrações de 0,5 a 1,0 g L-1

do fertilizante, adicionadas ao meio de

cultura, proporcionaram bom desenvolvimento das plantas de palma cv. Orelha de Elefante in

vitro devido a sua baixa exigência nutricional, corroborando com informações nutricionais

desta espécie avaliada por Lopes et al. (2010), sendo este comportamento também observado

no crescimento ex vitro. Dessa forma, visando à redução de custos na micropropagação, é

recomendável a utilização da menor quantidade do fertilizante, que supre as necessidades

nutricionais da cultura da palma orelha de elefante in vitro sem alterar o comportamento

fisiológico em condições de aclimatização e pós-aclimatização. A utilização de baixas

concentrações, não altera o processo de absorção dos macronutrientes como nitrogênio,

fósforo, potássio, cálcio, magnésio, sem interferência nos processos metabólicos, (Taiz e

Zeiger, 2013).

Considerando a elevada proporção do KNO3 no meio de cultura MS, o custo elevado

e a dificuldade de aquisição dos sais nitrogenados, alguns trabalhos estão sendo elaborados, a

fim de determinar métodos alternativos que viabilizem a técnica da micropropagação. Kurita

et al. (2014) e Sasamori et al. (2016), obtiveram o bom desenvolvimento de bromélias,

quando reduziram as quantidades de sais e compostos nitrogenados do meio MS, no cultivo in

vitro. Sousa et al. (2006) testaram a redução do nitrato de amônio e nitrato de potássio, na

micropropagação de café (Coffea arabica L. cv Rubi), e os melhores resultados foram obtidos

em explantes inoculados em meio com 50% de nitrato de amônio e 75% de nitrato de

potássio. Resultados semelhantes foram obtidos por Rezende et al. (2008), em café na mesma

cv. Rubi, cultivado in vitro, no qual o maior crescimento da parte aérea ocorreu com as

menores concentrações de nitrato de potássio e esse padrão de desenvolvimento se manteve

nas plantas quando aclimatizadas. A influência da redução da concentração do nitrato de

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potássio do meio MS, no cultivo in vitro dessas culturas se assemelha com os resultados

obtidos na palma cv Orelha de Elefante. Nas condições testadas nesse trabalho, as menores

proporções 0,5 e 1,0 g L -1

de KNO3, correspondente a redução de 26,3 e 52,6%

respectivamente, promoveu o maior crescimento da planta tanto em condições in vitro como

ex vitro. Os resultados obtidos comprovam que a diminuição de nitrato de potássio

proporciona maior desenvolvimento da palma, confirmando que o ajuste das concentrações de

sais do meio MS melhora a qualidade das mudas produzidas e ainda permite reduzir custos

com a propagação in vitro.

Além da redução dos sais inorgânicos, a substituição por produtos mais acessíveis,

dispensando trâmites burocráticos, e de menor custo, pode ser uma alternativa promissora.

Villa et al. (2009), verificaram a possibilidade da inserção de ureia nas proporções de 0; 20;

40; 60; 80 e 100%, comparadas ao nitrato de amônio P.A. na micropropagação de amoreira-

preta (Rubus sp) cv Tupy. Na ausência do sal, as plantas obtiveram maior número de folhas,

todavia, as plantas desenvolvidas em meio com quantidades de uréia superiores a 20%

tiveram a altura das plantas, número de folhas e biomassa fresca reduzidas, devido à

fitotoxidez gerada. Na micropropagação do abacaxizeiro cv. Pérola, a utilização da ureia, na

concentração de 40%, substituindo o nitrato de amônio P.A., confirmou a viabilidade da

substituição parcial ou total do reagente, promovendo o melhor desenvolvimento das plantas

em meio de cultura sólido (Moreira et al., 2007). Esta resposta é associada a especificidade

nutrucional e a fase fenológica de cada espécie vegetal, na ausência do nitrato de potássio. Os

explantes de palma orelha de elefante não sobreviveram, assim como em outras espécies

vegetais, a exemplo da arruda do campo (Hypericum teretiusculum A.St.-Hil), em que a

redução dos compostos nitrogenados do meio MS diminuiu o seu desenvolvimento (Souza et

al., 2018).

Ribeiro e Teixeira (2008) testaram a redução e substituição do KNO3 P.A. por outro

fertilizante, o salitre potássico, no cultivo in vitro do ginseng brasileiro (Pfaffia glomerata),

obtendo o aumento da sua biomassa. Neste trabalho, resultados similares foram obtidos no

cultivo in vitro e ex vitro da Palma cv. Orelha de Elefante, uma vez que as mudas desta

cultivar apresentaram um bom desenvolvimento durante e após a aclimatização, mantendo um

padrão e uniformidade no crescimento.

Em relação à marcha de absorção de nutrientes na palma, Santos et al. (1990),

encontrou no final do ciclo de produção em ordem crescente: N< P< K< Ca. Quando

propagadas em meio de cultura com diferentes proporções de KNO3 (Reagente P.A. e

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fertilizante granular), a marcha de absorção foi em ordem crescente: P< Mg < Ca< N< K. Esta

diferença de absorção pode estar relacionada a diferenças na exigência nutricional em

distintas fases fisiológicas da palma. As amostras das plantas neste trabalho foram coletadas

no 35º dia em condições de aclimatização.

Considerando o desenvolvimento da palma cv. orelha de elefante, nas condições

propostas para este trabalho, a alteração do reagente P.A. por um fertilizante comercial é uma

alternativa promissora, uma vez que a aquisição do nitrato de potássio (KNO3) P.A., no

Brasil, depende da autorização do exército (Portaria No 42). Outra característica que

potencializa o uso do fertilizante comercial, como uma alternativa viável para o fornecimento

de potássio e nitrogênio, em substituição do reagente P.A., é a composição química similar

(45% de K2O, 12% de N e 1,2% S) e do reagente P.A (44% de K2O e 13% de N).

Assim a substituição do KNO3 (P.A.) minimiza consideravelmente o custo para

confecção do meio de cultura, considerando que o preço atual do fertilizante é de

aproximadamente R$ 170,20, o saco com 25 Kg e o reagente P.A R$ 780,00 de 1 Kg. A

substituição resultou não apenas na redução de 99,12% no custo com a aquisição do

fertilizante, mas também na eliminação de problemas relacionados à sua aquisição, pois a

compra do fertilizante não precisa da autorização do exército. Quando comparados ao

protocolo do meio MS, uma menor proporção do fertilizante comercial (0,5 a 1,5 g L -1

) foi

suficiente para obtenção do desenvolvimento in vitro e manutenção do crescimento ex vitro

da palma cv. Orelha de Elefante.

CONCLUSÃO

A concentração de 1,0 g L-¹ do fertilizante nitrato de potássio promoveu a

melhor resposta da palma orelha de elefante cultivada in vitro e ex vitro em relação ao

reagente P.A..

A substituição do reagente P.A. nitrato do potássio (KNO3) por fertilizante comercial

de composição semelhante, é uma alternativa promissora para micropropagação de palma cv.

Orelha de Elefante, reduzindo o custo na aquisição deste reagente em 99,12 % e eliminando

os trâmites burocráticos.

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AGRADECIMENTOS

A Capes pela bolsa de mestrado, à UNEB/DTCS Campus III e à EMBRAPA pelo

apoio no desenvolvimento e condução do experimento.

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