Cinturao Negro Revista Portugues 305 Fevereiro parte 1 2016

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A revista internacional de Artes Marciais, desportos de combate e defesa pessoal. Download grátis. Edição Online 305 - Fevereiro - Parte 1. Ano XXV

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Todos os DVD's produzidos porBudoInternationalsão realizados emsuporteDVD-5, formato MPEG-2multiplexado(nunca VCD, DivX, osimilares)e aimpressão das capas segueas maisrestritasexigências de qualidade(tipo depapel e impressão).Também,nenhum dosnossos produtosécomercializado atravésde webs de leilõesonline.Se este DVD não cumpre estasexigências e/o acapa ea serigrafia nãocoincidem com a queaquimostramos,trata-se de uma cópia pirata.

REF.: • DVD/TAOWS3REF.: • DVD/TAOWS3

O que acontece quando duas pessoas praticam Chi-Sao? Qual é o sentido da sua prática e quais osobjectivos? Neste 3º DVD, "Chi Sao desde a base até onível avançado", Sifu Salvador Sánchez aborda oaspecto talvez mais importante do sistema Wing Chun,

o Chi-Sao, a própria alma do sistema, que lhedota de umas características

completamente diferentes dos outros,e proporciona grandes virtudes ao

praticante. Este trabalho trataalguns aspectos em princípio

muito básicos, mas queconforme vamosaprofundando neles, nosparecem surpreendentes. Éum rasgo muito claro dacultura tradicionalchinesa, o que é muitoóbvio à primeira vista,encerra uma segunda outerceira leitura, que decerteza modificará anossa maneira de ver, a

prática e a compreensão. Analizamos como praticar

o Chi Sao mediante osnossos “drills” de trabalho e

como aplicar esses drills, essahabilidade, em um sparring,

vinculando alguns conceitos, talveznão tão ligados ao Kung Fu tradicional,

tais como bio-mecânica, estruturas,conhecimentos de física, etc..., a fim de obter

melhores resultados na prática.

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ue o tempo passa veloz ou lento, mas quepassa, é uma experiência que todos temos.O tempo nos dimensiona tanto ou mais,que o próprio espaço; nos tira e nos dá,sem nada fazer, porque a sua dimensão é

tão abstracta como desconcertante. Por vezes olhamospara trás e nos parece que a vida nos escapou entre osdedos, como grãos de areia em um dia de vento. Noentanto, outras vezes, observando as mudanças vividas,nos parece que nos aconteceram milhares de coisas, emmontes de tempo.

Enganos da mente? Extraordinárias neuronais em fuga?Sinceramente, não me interessa. O que quero assinalar,compartilhar, é esse fenómeno que por mais que ovivamos cada um de maneira diferente, nos faz iguais atodos: O fugaz que é a vida!

Se preenchermos os milhares de instantes queconcatenados um atrás de outro, a maior parte das vezesdesapercebidos, é a isso o que chamamos vida. O quefoi, já não existe, mas perdura na memória, por vezes epara muitos, um ancora tirana, obsoleto cofre deassinaladas penas e alegrias, sem mais poder que aqueleque lhe dermos.

O que é, se esmiúça e se mistura, a maior parte dasvezes, nos ramos que ocultam o bosque. Poucos são osmomentos na vida, em que assistimos e protagonizamosa nossa consciência de ser e viver esse instante preciso.Como chegam, nos abandonam, da mesma maneira quequando nos esforçamos em tomar o comando no meio deum vívido sonho… Qualquer pequena coisa nos perde.

O futuro, segredo profundo que os mais avezados naspráticas ocultas e até os seres mais ignorantes tratamosde descodificar, é o império onde habita uma só certeza,a finitude.

Em cada passo, oculto, o destino nos apressa; em cadapasso, oculto, o livre arbítrio se impõe, sábio ouignorante, com seus limitados mas determinantesdesígnios. Escolhemos, optamos por um caminho,quando realmente o que fazemos é desistir de milhõesdeles e fazendo-o, a pedra no lago não faz ondas massim tsunamis que reverberam batendo nos confins doinfinito; assim, afinal, causa e efeito se misturam, criandouma sensação de continuidade, que não é senão maisoutro engano convidado para perturbar a nossa lucidez.

O tempo é o maior dos enganos e a mais imperativadas realidades que nos enquadram. Tão inevitável comoinacessível, tão perecedouro como eterno; tempus fugit, otempo passa veloz, foge, se desvanece, porque a sua

realidade dimensional é imaterial e através dela, até omais comum dos mortais experimenta o confronto com otranscendente.

É essa caducidade que nos obriga, nos persuade, nosleva a cumprir os destinos. Aquilo que é eterno em nós,não é o que nos imprime o selo de continuidade, acategoria de indivíduos, as peculiaridades às quais nosaferramos. O eterno, o espírito que anima a nossanatureza primeira e derradeira, se define indefinível,porque ainda mais subtil que o próprio tempo, possuivestimentas muito mais finas; o espírito, como a água, secôa nesse filtro do tempo; o que ali ficar, não é oessencial.

O tempo mais do que nada, é o cenário da nossaobra. Os lugares mudam, os personagens se misturame confundem no decorrer das cenas, até o própriolibreto, sujeito a mudanças, correcções, coisasmodificadas e improvisações, muta mutandis, é revistoe revisável. Mas, ah, o tempo! Nada escapa à sua acçãoneste plano.

Toureiro de vaidades, exterminador de objectivos,magarefe de importâncias pessoais, o tempo édesapiedado executor de todo vestígio de particularidade.Vara de medir de cada coisa e ser, Cronos devora seusfilhos sem excepção, que todos dele somos! Sublimemonstro, divino verdugo, é em seu patíbulo onde tudoadquire medida justa, onde piedoso por vezes, a dortermina, onde as certezas se diluem.

O tempo não passa, nós passamos por ele.Farrapos do nosso ser deixamos em cada encontro,esculpidos por seus golpes, por vezes, polidosem suas tempestades de areia, outras, semprea força da sua dimensão nos dá forma, nosmodela e no último momento, nos finaliza.Mas sem o sua colaboração, o quemudaria? Ao caminho da consciêncianinguém se inscreve voluntário, porqueas “cenouras” têm mais partidários queo “pau”. É um rei com má fama, mas sóele oferece a oportunidade da mudança.Seus desígnios, longe de serem cruéis, sãograndiosos, porque o mau também se rendeao seu poder.

Tudo o que começa, acaba. O que éimportante em tudo isto? Cada um responde aesta questão a seu modo, mas nenhum podemosignorar a pergunta. Este é o seu poder, este é o seumandato.

“Me interessa o futuro porque é o lugar onde vou passar o resto da minha vida”

Woody Allen

“O tempo é o melhor autor: sempre encontra um final perfeito”Charles Chaplin

Q

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Alfredo Tucci é Director Gerente de BUDO INTERNATIONAL PUBLISHING CO.e-mail: [email protected]

https://www.facebook.com/alfredo.tucci.5

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Krav Maga RED, Conceito e Pedagogia

Este DVD foi concebido como apoio aos professores do grupo KMRED e tambémvai dirigido àqueles que desejam aprender mais sobre a nossa maneira de ver a

autodefesa KMRED à maneira 'Krav Maga'. Não se trata de aplicar a ideia R.E.D. Investigação,Evolução, Desenvolvimento, só ao conteúdo técnicoda nossa disciplina, como também à pedagogia queutilizamos para ensinar. A palavra chave dasnossas investigações é a “Simplificação”, tanto noplano técnico como pedagógico.

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"ESPÍRITU KMRED"

Somos acima de todo combatentes Temos a nossa PRÓPRIA IDENTIDADE

TÉCNICA e se adapta a nós. Não "plagiamos" os "outros". Aceitamos a crítica porque "o ego" não tem

lugar no mundo da defesa pessoal. Ajustamos os conceitos de trabalho para

evoluir no sentido do interesse dos conteúdose especialmente os interesses daqueles queforem utilizar as nossas Bases e Princípiospara se defenderem.

Para nós, o "Método KMRED" não é umNegócio, é uma paixão, um estilo de vida.

Para escolher as nossas opções técnicas,analisamos, vimos centos de horas de vídeosreais, vídeos de versões em situaçõesrealistas, para finalmente os pôr à prova no"crash test".

Não somos uma federação nova nem umaoutra entidade que tenta fazer surf na onda do"Krav Maga e da autodefesa", pensando nosganhos que isto poderia ter, somos umGRUPO.

A nossa maneira de ver é AUTÊNTICA e acompartilhamos com todo aquele ou aquelaque tenha uma MENTALIDADE REALMENTEABERTA.

"Para nós, o KRAV MAGA RED, ou melhor dito por outras palavras:

o "Método KMRED" não é um negócio,é uma paixão, um estilo de vida"

"Juntamos os conceitos de trabalhopara evoluir no interesse dos conteúdose especialmente os interesses daqueles

que forem a utilizar as nossas Bases e Princípios para se defenderem”

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A IDEIA PRINCIPAL, o conceito dos "3 a 5 DIAS”Na nossa pesquisa, voltamos ao conceito próprio de um "Close Combat". A primeira ideia do Close Combat é pôr à

disposição dos 'profissionais' um método operativo decombate, para sobreviver ou salvar vidas.

Para isso, temos de ter em consideração anoção do tempo. De facto, de quantodispõe o profissional para formar-se,originalmente, de 15 dias a 3 mesespara os mais afortunados. Derepente surge uma pergunta...

Dá tempo para aprender“muitas” técnicas?...Especialmente, quandosabemos que em momentosde estresse, a restituiçãotécnica resulta muitocomplicada... Além disto,para que esta ‘técnica’ sejaeficaz, não é necessáriopraticá-la durante muitotempo para a controlar?...

Assim sendo, nosprestamos a um exercício quepode parecer simples, masque resulta ser complexo emuito rico em ensinanças.

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A ideia é dizermos a um grupo de pessoas de perfis diferentes, para dar-lhes a máxima possibilidade de supervivência numa luta de rua, incluindo noções de defesas contra pontapés, golpes, agarres e estrangulamentos, emataques com elementos contundentes ou mesmo ataques com faca.

E AÍ... já não nos resta outra solução que voltar ao ESSENCIAL!!!!!!! -Um número de técnicas ultra reduzido

-Bases e princípios -Um acondicionamento Mental

-Desenvolver a 'agressividade natural', a parte'animal' que está em nós.

"A nossa maneirade ver é

AUTÉNTICA e acompartilhamoscom todo aqueleou aquela que

tiver umaMENTALIDADEREALMENTE

ABERTA”

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"Aceitamos a crítica porque"o ego" não tem lugar no mundo

da defesa pessoal"

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As Bases do KMRED: ESTABILIDADE,DESLOCAMENTO, PROTECÇÃO e RESPOSTA...

Uma triste REALIDADE...Hoje, as disciplinas de auto-defesa, como o Krav Maga,

enfrentam três problemas principais. -O primeiro é que as novas gerações de praticantes

estão numa perpetua procura da 'novidade' e quando lhespedem para repetirem varias vezesa mesma técnica, todos ecada dia, (como o pugilistado "Boxe Inglês" querepete seu “leque” degolpes com apenas 6golpes à sua

disposição), estes se cansam e se decantam por outradisciplina mais "lúdica".

-O segundo é que, com a entrada de disciplinas deDefesa Pessoal e Close Combat nas federaçõesdesportivas, como por exemplo, o Krav Maga na França,que é gerido pela Federação Francesa de Karate, oconteúdo destes métodos de combate (que até entãoeram criados e reservados para os ambientesprofissionais) tomam uma dimensão "desportiva" e"estética", cada vez mais enfrentada com os princípios desimplificação e eficiência.

-O terceiro, que está em relação directa com os outrosdois, reside no facto de que a necessidade dasfederações, os clubes e outras estructuras, paraacolherem o maior número possível de licenciados(licenciados=dinheiro...), os leve a desenvolver programas

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de formação muito densos, que se correspondem aprogressões copiadas das artes marciais (cinto, etc.). Isto,com o único propósito de eliminar o aspecto 'aborrecido'da repetição de só umas poucas técnicas, a fim deconservar seus licenciados...

De facto, os licenciados passam de cinto para cinto,descobrindo inúmeras técnicas que lhes dão a sensaçãode dominar o universo da "defesa pessoal" e de poder

enfrentar-se a todas as agressões "da rua". O principal problema desta focalização de umsistema anti-agressão, como o Krav Maga, é que o

afastamos do seu propósito primeiro e principal, aEFICÁCIA.

Não esqueçamos que os praticantes de defesapessoal andam à procura de soluções para se

enfrentarem a situações muito diversas, mas que àdiferença dos entusiastas das Artes Marciais e dosDesportos de Combate, não passará 20 anos numa sala,para desenvolver as suas habilidades e que a "agressão"pode acontecer "amanhã" e o nosso programa se baseianesta necessidade.

QUESTIONAR as FORMAÇÕES, é QUESTIONAR os FORMADORES

Existe uma outraquestão de fundo...

M u i t ofrequentemente,a l g u m a s

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“As novas gerações de praticantes estãonuma perpetua procura da 'novidade' e

quando lhes pedem repetir muitas vezes amesma técnica todos os dias.

(como o pugilista do Boxe Inglês, que repete o seu leu leque de golpes comapenas seis golpes à sua disposição) os

praticantes se cansam e se decantam poroutra disciplina mais lúdica"

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disciplinas têm como origem uma ou duas pessoas queem seu momento tiveram um ponto de vista novo, e estassão as referências para os seus "sucessores".Compreendemos esta atitude porque as 'Artes Marciais'nos têm acompanhado durante toda a nossa vida…

Que uma arte marcial conserve a sua dimensão original,é mais que legítimo, mas que um método destinado a“sobreviver” permaneça congelado em princípiosantiquados em nome do fundador e de seusdescendentes, é absurdo.

Quando falamos em 'defesa própria', temos de ter emconsideração os problemas dos nossos dias e a fulguranteevolução dos métodos de combate, com a chegada do MMA.

Na actualidade e particularmente no Krav Maga, se fazreferência a alguns 'especialistas' que em nome de suanotoriedade e até com o risco de perderem suacredibilidade, preferem permanecer no 'mundo' quecontrolam, em vez de aceitar se esfumarem em benefíciodo conteúdo...

Amanhã, talvez nós mesmos seremos consideradoscomo "criadores", mas uma cosa é certa e é que a pior

falta de respeito que nos poderiam mostrar os nossos"herdeiros" seria continuar ensinando a cópia exacta doque nós criamos, enquanto que o contexto, a situação, avida e as necessidades tenham mudado...

Isto… porque não é pelo nome que se devem recordaras pessoas mas sim pelo conceito R.E.D., Investigação,Evolução e Desenvolvimento…

Um pequeno comentário à maneira de conclusão... O nosso trabalho nos tem levado a conhecer muitas

pessoas que em várias ocasiões, nos têm perguntado: "¿Por que ainda chamam a isto Krav Maga?” Nós respondemos: “É verdade, o nosso conteúdo difere

significativamente do programa do fundador do KravMaga, mas compartilhamos a mesma mentalidade com aqual ele o concebeu e não negamos as nossas origens'técnicas', apesar do que a cada dia se observa mais no“planeta” Krav Maga. Há dias em que preferimos chamar-nos só KMRED, para marcar a nossa diferença.

O nosso lema: "Entre Ser ou Parecer, escolhemos Aluno um dia, Aluno

sempre”

"Entre Ser ou Parecer, escolhemos:aluno um dia, aluno sempre"

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Wushu

A EVOLUÇÃO ATÉ A ERA REPUBLICANAPara compreender as origens do Fanziquan

moderno, é imprescindível visitar a história dasfamílias de Artes Marciais Ma Tongbei, porqueessa é a principal fonte sobre a qual foi criado oFanziquan moderno. Tem a sua origem na província de Hebei. As

Artes Marciais Tongbei não são só um estilo deArtes Marciais, mas sim um esforço paraamalgamar os melhores elementos e osprincípios de vários estilos fundados por PanWenxue. Estes princípios e conhecimentos foramtransmitidos a Li Yunbiao, um Mestre de renomeque foi conhecido como "a Andorinha de Braço

O FANZIQUAN CONTEMPORANEO

Fanziquan (Literalmente Punhos deBoxe giratórios / rotatórios), é umestilo de Arte Marcial tradicional, ori-ginal da região Nordeste da China,que oferece uma ampla gama de téc-nicas de batimento rápidas e contun-dentes. Devido à sua longa história, oFanziquan tem sido conhecido pormuitos nomes, como: Bashanfan (oitovoltas intermitentes), Bafana (Escoladas oito voltas), Fanquan (Boxe gira-tório) e mais.

O estilo, assim como vários de seusprincipais movimentos, foi recriadopelo general anti-japonês Qi Jiguang,da dinastia Ming (1368-1644), emum dos seus ensaios denominado"Novo Livro de Disciplinas eficazes", oque indica que o Fanziquan estavabem estabelecido faz mais de 400anos. Como o estilo se expandiu pordiferentes geografias durante a dinas-tia Qing (1644-1911), se dividiu emmuitos ramais e sub-estilos diferen-tes. Portanto, até hoje, podemos ver,por toda a China, as marcas dos esti-los tradicionais, combinados com oFanziquan.

Texto: Emilio AlpansequeFotos: Benjamin Tang

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de Ferro", o qual, por sua vez, otransmitiu a Huang Lin Biao, entre cujossucessores se incluem os afamadosMestres Ma Fengtu e Ma Yingtu.Voltando a Fanziquan. Se diceDiz-se

que o estilo se originou a partir do HanLuma do Hebei, que depois passou àfamília de Duan. Por sua vez, a FamíliaDuan o transmitiu a Xu Zhaoxiong, daregião Noreste, que depois so passou aHao Mingjiu e Cheng Dongge. Foi duranteos inícios da época republicana (de 1991até 1949), quando Ma Fengtu e Ma Yingtuforam capazes de intercambiar técnicascom Hao e Cheng Dongge Mingjiu,durante um longo período de tempo ecomo resultado, o estilo do Fanziquan setornou uma parte integral das ArtesMarciais Tongbei. Durante esses intercâmbios entre

amigos, é praticado e reorganizado pelosmestres Ma, a partir de oito movimentosbásicos, que poderiam ser praticados demaneira independente ou em linha,incluindo rotinas que duravam até odobro de tempo.

A ERA DO WUSHUCONTEMPORÂNEOApós a fundação da República Popular

da China (1949), houve um esforço porresgatar e incluir estilos tradicionais,como parte dos eventos de Wushumoderno, para demonstrações ecompetições. Cada província tem suaspróprias especialidades: a MantisReligiosa veio de Shandong, o Pau doMacaco veio de Sichuan, e assimsucessivamente. Posteriormente, aAssociação de Wushu viria a ter atletas etreinadores que viajavam por todo o país,para fazer um intercâmbio efectivo detécnicas e rotinas. O Fanziquan moderno se desenvolveu

em Shaanxi, baseado principalmente nosúltimos trabalhos de Wushu do Grão

Wushu

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Mestre Ma Xianda, que é o herdeiro das Artes Marciais de Ma Tongbei, queaprendeu directamente de seu pai e de seu tio Ma Fengtu Ma Yingtu, desdemuito jovem.Com o Grão Mestre Ma, os movimentos incluídos na "nova" rotina Fanziquan,

não podiam ter sido mais tradicionais. De facto, desde os inícios dos anos 60,combinou os principais movimentos de duas rotinas tradicionais, numa só rotina,disposto a satisfazer alguns dos novos regulamentos da estrutura da competiçãomoderna de Wushu: como o limite de tempo, o uso do solo na competição, etc.Então, ele e vários de seus estudantes viajaram por todo o país para fazer adifusão desta importante parte do seu notável legado, o ensino da rotina a todasas principais equipas provinciais e treinadores. Dentro da categoria denominada"Outros estilos de Boxe Grupo 2", o Fanziquan se tornou um elemento dacompetição oficial dos Campeonatos Nacionais de Wushu, na China, junto comos estilos Piguaquan e Tongbeiquan.Devemos dizer que entre os principais representantes do Fanziquan, durante

esta primeira época da competição moderna Wushu, especialmente antes definalizar a Revolução Cultural (1966-1976), estavam os famosos Mestres BaiWenxiang, actual vice-presidente da Associação Shaanxi Wushu, e Gao Xi'an,ambos discípulos directos das famílias das Artes Marciais Ma Tongbei. Por outra parte, no final dos anos 70 apareceu o jovem Jet Li, sem dúvida o mais

famoso atleta do Wushu, que se tornou uma estrela de cinema internacional e ébem sabido que o Fanziquan era uma das suas especialidades, as quais têm sidoexpostas em muitas cenas de todo o mundo e em partes de alguns de seus filmes.

TÁCTICAS E CONTEÚDO TÉCNICOA essência do Fanziquan está captada no antigo nome de Bashanfan, que faz

referência a rotações ou voltas súbitas e contínuas dos punhos para cima, embaixo, esquerda e direita, que se executam tão rapidamente como relâmpagos ese podem aplicar em oito variações específicas, diante, atrás, acima, em baixo,esquerda, direita, centro e técnicas duplas. À diferença de outros estilos do Norte, famosos pelas técnicas de longa

distância, pontapés e saltos, o Fanziquan insiste em técnicas de batimento decurto alcance, que empregam braços, cotovelos, ombros e ancas, com ummenor número de técnicas de perna. Esta característica marca o estilo comoBoxe Curto e faz com que seja mais útil no combate corpo a corpo.Jabs, directos, uppercuts, ganchos, punhos invertidos e outras técnicas de

braço, se utilizam em combinação com jogos de pernas ágeis, para ter umadistância surpreendente e óptima com o oponente e incomodar com pressãoconstante. As três posições principais de Fanziquan são a posição do cavalo, a posição

do meio-cavalo, também conhecida como 40-60 e a posição unicórnio,proporcionando equilíbrio sólido, sem sacrificar a mobilidade, posto que os pésnão estão “ancorados” ao solo por completo. Os poucos pontapés do sistema setreinam normalmente por cima, mas se lançam por debaixo do joelho naaplicação. Se utilizam principalmente para varrimentos combinados com agarrese sujeições com os braços e as ancas. Só há um pontapé alto, o "pontapé deunhas", um golpe em linha recta, que realiza uma acção de pisadela desde o

centro do corpo, por regra geral dirigida à garganta rival.A teoria do combate tradicional do Fanziquan é

agressiva e implacável. Não há momentos de calma nabatalha. É preciso aproximar-se a uma velocidadeenorme e esmagar o oponente. Por último, os membros da família Ma praticam

Fanziquan com seu método distintivo da execução de

Wushu

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força, frequentemente denominados Energia Tongbei, que se desenvolveuorganicamente mediante a mistura de vários dos elementos maisimportantes dos seus diferentes estilos, como o de longo alcance e aflexibilidade da Tantui e Piguaquan, a velocidade e os varrimentos deChuojiao, os métodos de curto alcance e a potência de batimento doBajiquan, junto com o próprio punho relâmpago do Fanziquan e seusmétodos de batimento.

O FANZIQUAN DE HOJEO Fanziquan Contemporâneo continua sendo amplamente praticado na

China e em todo o mundo, chegando a ser muito visto nos concursos edemonstrações de Wushu. Durante os últimos 30 anos, a rotina rítmica que ofamoso atleta Shaanxi Chu Fenglian usara na década dos 80, só foi objectode mudanças na forma ou destaques. Quando comparado com o estilotradicional, há muitos movimentos exagerados e algumas adições, paradestacar certas características do estilo ou até mesmo as capacidadesfísicas dos intérpretes. No que diz respeito ao Fanziquan tradicional, há vários ramais tradicionais

do estilo, que ainda se praticam na China e em alguns outros países,incluindo o da Família Ma Tongbei Fanziquan, liderado pelo Mestre Ma Yue,que é o filho do GM Ma Xianda e o guarda de sexta geração da Família MaTongbei de Artes Marciais. Cada linhagem do estilo pode ter suas própriascaracterísticas regionais e qualidades únicas, mas todos compartilham osmesmos princípios, com “golpes tão densos como os pingos da chuva e tãorápidos como uma rajada de fogosartificiais!”

Wushu

Uma página do "Novo Livro deDisciplinas Eficazes", que ilustra omovimento de abertura do Fanziquan,chamado posição "Bandeiras eTambores". Reorganizar bandeiras etambores é uma expressão quesignifica reagrupar-se após um golpe,preparar-se para uma nova batalha.

Agradecimentos: O autor desejaagradecer ao Mestre Ma Yue,

guarda da Sexta Geração da famíliade Ma Tongbei de Artes Marciais,

seu seguimento e sua contribuição aeste artigo.

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“Talvez uma das melhores representações de assuntosMarciais em Teatro”

Magnífica representação no teatro “A Rambleta” de Valência (Espanha) de “Os Shizen, o povo de Tengu”, umespectáculo audio-visual justamente integrado no ano dual Espanha-Japão, uma grande iniciativa da embaixada doJapão na Espanha e que festeja o estabelecimento de relações entre ambos países. O espectáculo criado para aocasião, formava parte também da festa pública pela graduação na escola Kaze no Ryu, de 6 novos Shidoshi, ou Joho,tal como se diz en Shizengo. Um documentário sobre esta representação, está sendo produzido com seu making off,back stage, entrevistas, etc. e que incluirá grande parte do espectáculo, para que todos os interessados na culturaShizen de todo o mundo, que não puderam assistir, possam gozar do mesmo.

“O povo de Tengu” foi pensado como uma presentação ao público da tradição Shizen, situando-a histórica eculturalmente e destacando os seus dois aspectos mais interessantes: por um lado, a sua tradição Marcial, o Bugei, epor outro lado, a sua cultura espiritual, o e-bunto.

Video Download

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Novo

“A magia, o encanto, o sabor do que é autêntico. A força de uma cultura e um povo, e seus costumes”

Seis novos Shidoshi festejaram a sua graduação de acordo com a tradição Shizen, com todas as suas cerimónias,com os ritos e as velhas danças em volta da fogueira, o tiro cerimonial e em companhia de seus seres mais queridos.Com, generosidade e abundância festejaram e honraram todos os mundos visíveis e invisíveis, à antiga maneira dopoderoso povo de Tengu, numa noite mágica e inesquecível. Quem disse que não ficavam cosas autênticas?

Festa de graduação dos novos Joho (Shidoshi) da linhagem de Kawa, escola Kaze no Ryu Ogawa Ha, dirigida porShidoshi Jordan Augusto Oliveira.

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VACIRCA BROTHERS JIU-JITSU

A História Vacirca - SegundaParte© 2015/2016 FrancoVacirca, Sandra Gehriger-Nagel

No Outono avançado de1989, entrei em contacto porprimeira vez, com os Gracies eo seu Brazilian Jiu-Jitsu, póster sido convidado por SifuPaul Vunak, o fundador doSistema Progressivo de Luta(PFS: Progressive FightingSystem), a um curso privadocom Rickson Gracie. Ainda que o fundador do Jeet-

Kune-Do, o legendário BruceLee, se tivesse dedicadointensivamente ao combate,estas técnicas para mim nãotinham prioridade. Mas istoiria mudar com este cursoespecial. O ambiente de treinosimples, familiar e respeitosocom o Mestre Rickson, memotivou logo para treinar comele e outros familiares dosGracies e seus primos, osMachado, e dar umaoportunidade ao Brazilian Jiu-Jitsu.

Brazilian Jiu Jitsu

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uando mei irmão Demétrio eeu abrimos as portas da novaVacirca-Academy of MarcialArts (VAMA) na Rua Eisfeld,em Zúrich-Oerlikon, a 16 deJulho de 1995, o Gracie Jiu-

Jitsu já era uma parte muito importante donosso programa de ensino. O JKD-Grapplingfoi pouco a pouco tomando o lugar doBrazilian Jiu-Jitsu. Disto resultou um novoprograma de treino na nossa Academia deArtes Marciais; na distância próxima focalizá-vamos o Boxe Thai de Ajarn Chai Sirisute, nadistância média o “Trapping”, usávamos oprograma PFS/JKD e no solo o Brazilian Jiu-Jitsu. No âmbito da luta com armas, ficáva-mos fiéis ao Kali-Eskrima filipino, de GuruDan Inosanto. Numa área grande, de 150 metros quadra-

dos, solidamente coberta de colchões deJudo, oferecíamos uma variedade de aulaspara homens e mulheres. Não tivemos deesperar muito para vir um pai da vizinhança,com seu filho e perguntou se podia incluir notreino, o seu filho Gazmend Amiti. Assim, opequeno Gazmend não só foi a primeiracriança que aceitei na nossa aca-demia, foi também o aluno maisjovem do Brazilian Jiu-Jitsu, emgeral. A Vacirca-Academy se desenvol-

veria em pouco tempo passando aser a primeira base para o BrazilianJiu-Jitsu na Europa. Através devárias actuações na televisão,entrevistas de rádio, artigos em jor-nais e revistas técnicas internacio-nais, aumentava o interesse pelanossa academia em Zúrich. Tantoassim, que em breve começamos aorganizar seminários próprios deJiu-Jitsu, no estrangeiro. O grau denotoriedade aumentou ainda maisquando a nossa equipa suíça deBJJ de quatro pessoas (NikosBachzetsis, Martin Hardmeier, meuimão Demétrio e eu) regressamosdo primeiro Mundial no Rio deJaneiro, em Janeiro de 1996, comuma medalha de prata e outra debronze e dois quartos lugares,todos na categoria de cinturãonegro. A Federação Mundial do BJJ (IBJJF) também nos reconheceu oficialmente como portadores de cintu-

rão negro e me nomearam representante na Suíça, para este desporto; também me convidaram pararepresentar a Suíça como membro fundador da Federação Mundial de Brazilian Jiu-Jitsu. Quando che-gamos ao Rio de Janeiro, via Madrid, a nossa equipa se alojava em um hotel em Copacabana, que sechamava “Ouro Verde”. O dono do hotel era um suíço que esteve no Equador muito tempo e depois seinstalou no Rio de Janeiro. Nós procurávamos perto dali, um lugar para treinar. Me informei e encontreium Dojo que não ficava longe do treinarmos só nós, com algumas colchões, mas não foi assim. Uma

Brazilian Jiu Jitsu

Q

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manhã andando na rua, vi diversas pessoas jovens vestindo quimo-nos, que entravam em um edifício. A maioria delas levavam os seuscintos na mão. Pelas cores (amarelo, laranja e verde) pensava queeram alunos de karate ou judocas, mas não era assim. Entramos eno terceiro andar havia um centro de treino simples, com um áreade tatame bastante grande. Logo se nos aproximou uma senhora emeu irmão Demétrio, que era o que melhor sabia falar português porseu trabalho na IBERIA, assumiu o papel de tradutor. A recepcionis-ta nos deu as boas-vindas e nos disse que podíamos treinar aliumas horas por dia, durante a nossa estadia no Rio. Mas tambémnos disse que teríamos de falar com o dono, Mestre AugustoCordeiro, que também era um conhecedor de Jiu-Jitsu. Nessemomento não conhecia mais ninguém excepto a família Gracie.Pensava que os Gracies eram os únicos e os primeiros que sabiamfazer este estilo e que quase tinham o monopólio do Jiu-Jitsu nessepaís. Disse a essa senhora amável que gostaríamos de treinar noDojo nessa mesma noite y se achava que seria possível e ela res-pondeu com um “claro que sim, não há nenhum problema”. Nessanoite fomos os “quatro mosqueteiros” com os nossos quimonosbrancos, à Academia Augusto Cordeiro, para o nosso primeiro trei-no comum no Rio de Janeiro. Chegamos e a recepcionista nosmostrou onde estava o vestiário e nos disse que aguardássemosum momento, porque o Mestre Cordeiro e o Professor Georghino(George Júnior) queriam dar-nos as boas-vindas. Mestre Cordeironos abraçou como se fossemos bons amigos de toda a vida, quenão se tinham visto por muito tempo. O professor Georghino, eraum pouco mais distante, porque não sabia o que fazíamos no seutatame. Nos apresentamos e dizemos que só queríamos treinar jun-tos. Professor Georghino disse que não era problema mas que tam-bém poderíamos treinar com ele e seus alunos. Agradecemos oconvite mas procuramos um lugar onde estávamos a sós.

Brazilian Jiu Jitsu

“Me convidaraSifu PaulVunak, o

fundador doSistema

Progressivo deLuta (PFS:ProgressiveFightingSystem), a um cursoprivado com

Rickson Gracie”

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A aula começou após os alunos terem formado um círculo e sesaudarem. Com os Gracie, en Los Ángeles nunca tinha visto isso como circulo e disse ao meu irmão que queria fazer assim também nanossa escola. Os exercícios de aquecimento, eram muito especiais porque os

Gracies en Loa Ángeles não faziam nenhum exercício de aquecimen-to, excepto por vezes “drills” de hupa ou elbow-escapes. Eles logopassavam às técnicas de auto-defesa em pé. Mas ali não, o que mesurpreendeu muito. Era uma forma que conhecia mais do Judo japo-nês. Pensei que possivelmente era assim porque em Los Ángeles asdependências de treino eram muito pequenas e não era possível. Em um momento me vieram milhares de pensamentos. O Professor

Georghino era aluno de primeiro nível do Mestre Cordeiro, mas tam-bém treinava com Mestre Carlson Gracie, que tinha a sua escola nãomuito longe dali. Georghino olhava para nós o tempo todo até que senos aproximou e perguntou se podíamos explicar-lhe e ensinar-lhealgumas coisas, o que para nós foi espectacular. Desta maneira, trei-návamos nos dias seguintes com o professor Georghino, naAcademia Augusto Cordeiro, como preparação para o Mundial. Devodizer, sem falta, que se não tivéssemos feito o seu treino duro, nuncateríamos voltado para casa com o resultado que conseguimos.Menos de um ano depois, fui ao Rio de Janeiro para visitar o pro-

fessor Georghino, mas quando lá cheguei me disseram que estavaausente do Rio de Janeiro por assuntos familiares e assim tive deadiar esta visita. Durante esta viagem de treino, visitei também oMestre Sylvio Behring, que conhecemos como equipa suíça duranteo Mundial e ofereci-lhe dar um seminário de Brazilian Jiu-Jitsu, emZúrich. Durante esta viagem também aproveitei a ocasião de treinar na

escola dos Gracie, em Humaitá e assim conheci o Grão Mestre HélioGracie, que me falou da sua história e filosofia. Durante a conversaperguntei a ele onde poderia continuar a minha formação de Jiu-Jitsue ele me disse,? “Aqui no Rio, com meus filhos e em Los Ángelescom meu filho Rorion, ou em São Paulo com o professor Pedro(Hemetério)”. Já que até esse momento treinara no Rio de Janeiro e em Los

Ángeles, queria ir a São Paulo e conhecer o Mestre Pedro Hemetério.Se intensificou este desejo quando nos visitou Mestre WaldomiroPerez Júnior, o fundador da CIA, paulista e aluno de Marcelo Behringde São Paulo, em Zúrich. Professor Júnior era o primeiro que nosmostrava seu caminho de formação, o que também fazia sentidopara nós; disto surgiu uma cooperação longa e muito próxima e umaamizade profunda.

Franco Vacircawww.vacircajiujitsu.ch

Brazilian Jiu Jitsu

“No Outono avançado de 1989,entrei em contacto por primeira

vez com os Gracies e o seuBrazilian Jiu-Jitsu”

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Vacirca Bros

“Essa noite fomos os“quatro mosqueteiros”com os nossos quimonos

brancos, à Academia Augusto

Cordeiro, para o nossoprimeiro treino comum, no

Rio de Janeiro”

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Todos os DVD's produzidos porBudoInternationalsão realizados emsuporteDVD-5, formato MPEG-2multiplexado(nunca VCD, DivX, osimilares)e aimpressão das capas segueas maisrestritasexigências de qualidade(tipo depapel e impressão).Também,nenhum dosnossos produtosécomercializado atravésde webs de leilõesonline.Se este DVD não cumpre estasexigências e/o acapa ea serigrafia nãocoincidem com a queaquimostramos,trata-se de uma cópia pirata.

REF.: • DVD/VIET6REF.: • DVD/VIET6

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Weng Chun Kung Fu emZhaoqing, ChinaUma viagem procurando oúltimo Grão Mestre chinêsda antiga geração, TaamPui Chyun (1917-2014)

Após uma década inteiraprocurando encontrar oúltimo Grão Mestre do WengChun ainda vivo na China,finalmente o encontrei em2012, com a ajuda de umasenhora chinesa, a través deuma página web chinesa deum seu aluno, Sifu Leung Waie devido a isto, logo deseguida viajei a Zhaoqing, naChina. O Grão Mestre Taam

chamava a su arte “BaanChung Wing Chun/Red BoatWing Chun”, mas porfaci l idade, uti l izaremos onome Weng Chun.

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a cidade de Zhaoqing, na província do Sul,Guangdong, há uma cidade vizinha deFoshan que dantes era um centro de WengChun e de todas as artes de Shaolin do Sul.Eu próprio ali aprendera com o Grão MestrePak Cheung e durante aquele tempo, visitei

a povoação da família Tang.Zhaoqing, que também é importante para a nossa filo-

sofia Shaolin, Chan, ou Zen, porque antigamente, o famo-so sexto patriarca Hui Neng lá residia e foi onde plantouuma cerejeira no templo Mei’an.

Em chegando a Zhaoqing, o meu primeiro destino foi obonito mosteiro Budista de mulheres, e ali, debaixo damagnífica cerejeira Hui Neng, agradeci a Bodhidharma e atodos os nossos antepassados, por nos terem passadoestas maravilhosas artes de Shaolin .

Depois, fui recebido pelo aluno do Grão Mestre TaamPui Chyun, Grão Mestre Leung Wai Choi, em sua casa emais uma vez fiquei surpreso pela cordialidade especialcom que as famílias do Kung Fu recebem na China osestrangeiros. Ele me mostrou a sua casa, me apresentoua sua família e me demostrou, e deixou demostrar aosseus alunos, partes do seu programa de Weng Chun.

Naquela primeira noite, já me convidaram a uma festade aniversário de um dos seus alunos, onde não só se fes-tejava como também se falava de muito de assuntos pro-fissionais.

O Kung Fu pode ser fácil se simplesmente trocamosideias, se nos respeitamos mutuamente e festejamos anossa arte.

N

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Nos dias que se seguiram, o Grão Mestre LeungWai Choi me ensinou as finezas do seu programae destacou acima de tudo, as dezasseis palavras,as quais são a instrução mais importante donosso antecedente Fung Siu Ching, para estaescola do Weng Chun. Também visitamos juntos aescola da sua filha e de um aluno seu e gostei dever uma família Kung Fu tão dedicada e exemplarem Zhaoqing. Todos se mostravam contentes porme conhecer e apresentavam as suas capacida-des. O Grão Mestre Leung Wai Choi era muito cui-dadoso com os seus métodos de ensino e meparecia interessante que o seu programa de com-bate de Weng Chung, incluísse também muitastécnicas de alavanca e de empurrar.

No dia seguinte chegou o momento do encon-tro com o membro mais idoso da família WengChun, o Grão Mestre Taam Pui Chyun, que dedi-cara 83 dos seus 96 anos de idade, aos estudosdo Weng Chung.

O Grão Mestre Leung Wai Choi e seu filho, quetambém era o meu tradutor, me foram buscar aohotel logo de manhã e nos dirigimos a um outro

bairro de Zhaoqing. Lá conheci Taam Pui Chyun,de 96 anos de idade, que me convidou a ir comele à sua casa. Passamos por um boneco demadeira no corredor e nos levou ao salão e emprimeiro lugar nos ofereceu um chá.

O Grão Mestre Taam Pui Chyun me agradavamuito com a sua franqueza, a sua cordialidade,a sua alegria pela minha visita e a sua paixãopelo Weng Chun. Eu levara alguns dos meuslivros e fotografias e mostrei ao Grão MestreTaam Pui Chyun imagens e filmes de seusirmãos no Weng Chun, o Grão Mestre PakCheung e o Grão Mestre Tang Yick. Ele se mos-trou muito comovido e me contou muitas histó-rias e acontecimentos dos seus irmãos, do seuSifu Tang Suen e dos seus Sigong Fung SiuChing, factos que ele pessoalmente tinha vivido.

Eu tinha muitas perguntas acerca dos antece-dentes e finalmente podia perguntar a alguémque aprendera pessoalmente com o GrãoMestre Tang Shui, que conhecia Fung Siu Chingpor informações de testemunhas presenciais ehistórias pessoalmente contadas.

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Eu quase que não me atrevia perguntar-lhe se podia fil-mar, mas ele gostou da ideia e insistiu que filmasse todasas formas e exercícios, que também me ensinou.

Seguidamente, convidei todos os presentes para umalmoço em um restaurante das vizinhanças e o GrãoMestre Taam Pui Chyun continuou contando mais e maishistórias do Weng Chun, enriquecidas por algumasdemonstrações práticas.

Ainda no restaurante, passamos em revista os Wing ChunKuen e os Siong Kung e me deram conselhos valiosos para

a realização e aplicação destas formas. Até então eu nãosabia, por exemplo, que os Siong Kung pertencem a umasérie de formas próprias. Também foi muito instrutivo con-hecer os exercícios do Weng Chun Qigong desta linha.

O Grão Mestre Tang Suen legou o seu boneco de madei-ra e um pau comprido do Weng Chun, a seu aluno Taam PuiChyun e o Grão Mestre Leung Wai Choi ainda conservaambas coisas.

Era um sentimento especial e uma honra enorme poderpraticar com estas ferramentas históricas. Me mostraram

Weng Chun

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também um livro escri-to à mão, com formas eexercícios do GrãoMestre Fing Siu Ching edo Grão Mestre TangSuen. Um tesoiro!

O tempo voava,como fácil de imaginar!Eu também apresenteio Weng Chun queaprendera em HongKong do Grão MestreWai Yan e em Foshando Grão Mestre PakCheung. Contei aoidoso Mestre comoagora se ensina o WengChung em todo omundo e que tambémno Ocidente as pesso-as estão muito interes-sadas e desejam apren-der em profundidade.Isto foi muito do agradode todos.

Estou muito agradecido ao Grão MestreTaam Pui Chyun e ao Grão Mestre LeungWai Choi por me terem recebido destamaneira, por me terem ensinado o seuWeng Chung, que pude filmar e por teremrespondido a todas as minhas perguntas.

Desafortunadamente, o Grão MestreTaam Pui Chyun faleceu em 2014 e comele também desapareceu esta velha gera-ção do Weng Chun. Taam Pui Chyun era oúltimo desta geração na China, assimcomo o Grão Mestre Wai Yan era o últimodesta geração em Hong Kong. Tive umaoportunidade única de poder conhecer etreinar o Weng Chun de Hong Kong e tam-bém o Weng Chun da China. Vou conti-nuar o projecto do meu professor Wai Yande Dai Duk Lan, de conservar e transmitirpor todo o mundo o Weng Chun e toda asua riqueza.

Através dos estudos das diferentes lin-has do Weng Chung, com os últimosGrandes Mestres, assim como pelo treinoe o ensino quotidiano, conheci o fio con-dutor que une todas as vias do WengChun. É este fio o condutor que passa-mos a mestres e alunos da nossaAssociação Internacional do Weng Chun,em Bamberg.

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Todos os DVD's produzidos porBudoInternationalsão realizados emsuporteDVD-5, formato MPEG-2multiplexado(nunca VCD, DivX,

osimilares) e aimpressão das capas segueasmaisrestritas exigências de qualidade(tipo depapele impressão). Também,nenhum dosnossos produtosécomercializado atravésde webs de leilõesonline.Se este DVD não cumpre estasexigências e/o acapa ea serigrafia nãocoincidem com a queaquimostramos,trata-se de uma cópia pirata.

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WT Universe

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WTU Wing Tsun

Wing Tsun Asiático + Associação Europeia

Devido aos princípios do WTU, o WTU Wing Tsun é o Primeiro Círculo (Círculo Esotérico) do WTU.As áreas do WTU são: LUTA, ASSOCIAÇÃO, SAÚDE, EXERCÍCIO, FORÇAS. Cada uma destas áreas se desenvolvem

com a ajuda dos três princípios potenciais Wing Tsun da natureza humana. As áreas não têm divisões, mas cada liçãoinclui aspectos de várias destas áreas.As matérias tratadas são tratadas em profundidade nos seminários de nível especial ou em aulas especiais.

Forças WTU é como se denomina o nosso programa para as forças de segurança. Uma selecção de opções especiaispara esta área, se ensinam exclusivamente em cursos ou seminários, por petição.

Existem as seguintes opções:

• seminários de 2 dias ou• cursos com 10 unidades.

¡Não vendemos técnicas - nós desenvolvemos habilidades!

WT Universe

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REF.: • KMISS-1REF.: • KMISS-1

Em exclusiva, o DVD do Mestre Marco Morabito, acerca dadefesa pessoal com mãos nuas, e a apresentação preliminardo Krav Maga Israelita Survial System. Las técnicas e ométodo que constitui o sistema, se ilustram sem segredos,

de maneira clara, transparente e facilmentecompreensível. Uma ocasião única para nos

aproximarmos até o coração da defesaisraelita e melhorar os nossos

conhecimentos sobre a matéria. Oautor é um dos grandes

expoentes mundiais em defesapessoal e conta em seu haver

com experiência no âmbitomilitar e empresas desegurança; galardoado porvárias nações, convidado adar cursos e semináriosem todo o mundo, desde oJapão aos E.E.A., aPolónia, a Espanha, CaboVerde, Alemanha, Israel,França e Rússia, se tornouporta-voz internacional de

diferentes sistemas decombate e defesa pessoal

pouco conhecidos, ainda queextremamente efectivos.

Morabito desenvolve umapesquisa contínua, sem nunca

parar na procura incansável deadquirir novos conhecimentos e nunca

deixar de fazer perguntas. Krav MagaIsraelita Survial System não é uma disciplina o um

conjunto de regras rígidas, mas sim um método, umprocesso em evolução contínua e constante. Isto fá-loadaptável a qualquer situação e circunstância, permeável aqualquer mudança e proporciona a capacidade de fazer umestudo dos erros e da sua experiência uma oportunidadepara melhorar.

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treino deve seguir uma progressãode maneira lógica e coerente, semnunca deixar de ter em vista oobjectivo final. Consideremos umjab, executemo-lo na suaprogressão. Primeiro temos que

aprender a técnica, treiná-la no vazio ou em frentede um espelho, para poder corrigi-la, e depoispassar a praticá-la no saco; o saco desenvolvepotência e ensina o corpo a alinhar-se após umgolpe.

Do saco passemos ao treino com manopla ouluvas de coordenação; agora se trata de detectarum objectivo em movimento ao qual temos deadaptar-nos continuadamente.

Depois destes exercícios individuais, passamos apraticar com um parceiro. Começamos com umexercício de intercâmbio, com pouco ou nenhumcontacto, aumentando gradualmente o contacto,mas mantendo os parâmetros claramente definidos.

No seguimento começamos a fazer um pouco desparring, para avaliarmos as nossas ferramentascontra instrumentos específicos. Começar com jabcontra jab; na sequência passar a jab contra jab edirecto; jab e jab contra jab-directo-gancho; jabcontra todos os golpes de punho; jab contra todosos pontapés; jab contra socos e pontapés, etc.. Alista é infindável...

Trata-se de ir passando gradualmente ao combatelivre. Fazendo isto reduzimos os traumas ao mínimoe evitamos adquirir maus hábitos.

O TREINO EM JKD

Mesmo que apenas consigam ter uma nova perspectiva do treino,terão conseguido um elemento crítico do meu ensino!

Não nos enganemos, se não treinarmos não obtemos resultadoalgum e se não gostarem de treinar, o mais provável é que o nãofaçam... Poucos de nós temos que utilizar estas habilidades comregularidade. Portanto, faz sentido dizer que é difícil encontrar amotivação adequada para o treino, mas temos de o fazer! Nãoimporta como, mas apesar de tudo devemos treinar, aresponsabilidade do nosso crescimento e da nossa capacidade só seencontra dentro de nós!

Se não melhoramos ou se nos sentimos impotentes em umconfronto, a responsabilidade é só nossa. Eu recomendo assumirmosas nossas responsabilidades.

Se virmos que a nossa formação tem falhos, temos de tratar dedar-lhes solução, porque ninguém o vai fazer por nós.

O conceito mais importante do treino é a progressão.

Jeet Kune Do

O

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Sifu Alessandro Colonnese

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Outro aspecto fundamental é sabermos sempre o queestamos tratando de desenvolver fazendo um exercícioespecífico: É o timing? É a resistência à dor ou é asensibilidade?

Se o não soubermos, não nos beneficiamos plenamentedesse exercício. Pensem que o treino, por muito realista queseja, nunca será combate! Nunca!

Assim sendo, não tratem de fazer do treino uma lutarealista. temos de o analisar absolutamente em termos dedistância:

Distância de pontapésDistância de golpes de punho Distância de agarreDistância de luta

No entanto, são poucos os sistemas que insistem em maisde uma ou duas distâncias; em alguns casos podem contertrês, como o Muay Thai, mas são excepções e não a regra.No JKD se treinam as diferentes distâncias de combate. Isto émuito importante porque é precisamente neste processoonde descobrimos a saudável lição das distâncias decombate.

Independentemente da habilidade que possamos ter numadeterminada distância, se o oponente nos levar a umadistância na que não nos movimentamos bem, a nossahabilidade não nos serve de nada; podemos ser capazes dedar um tiro na pata a uma mosca a um quilómetro dedistância com o nosso M16, mas se o adversário nos estiveratacando desde muitas milhas de distância, com artilhariapesada, as consequências são óbvias. Ou seja, ter aferramenta adequada, no momento adequado e parar o seuobjectivo específico, esta é a exigência para o êxito numagrande batalha.

A FADIGAA fadiga é outro factor determinante, analisado pela

psicologia do confronto.Quando nos sentimos muito cansados, até a acção mais

simples parece muito difícil de realizar. Durante o combate, afadiga se produz muito rapidamente, um factor que se fazdifícil de tratar. Todos nós sabemos que alcançando os maisaltos níveis de fadiga que um corpo pode tolerar (privação dosono), se produzem efeitos nocivos não só fisicamente, comotambém alucinações e alterações de ordem mental. Treinarpara resistir e continuar operativo nos momentos de fadigaprofunda e prolongada é uma das metas que as escolasmilitares e de artes marciais se esforçam por alcançar. Noadestramento de alguns Corpos Especiais está prevista aprivação do sono a través de alarmas frequentes durante anoite, reduzindo o tempo de descanso dos alunos a trêshoras por noite. As escolas de Artes Marciais em geralpraticam seminários intensivos de vários dias de duração,durante os quais se aumenta significativamente o nível defadiga física com que se tem de lutar. Um forte aumento dafadiga pode derrubar as barreiras psíquicas defensivas e

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desencadear reacções emocionais inesperadas. Afinalidade deste tipo de treino é adestrar os alunos amanter em harmonia funcional seu corpo e sua mente,enfrentando rigorosamente e até o fim, o processocompleto do treino. Só no fim do treino se compreende aimportância de ter aprendido a não nos afundarmos e anão nos aniquilarmos frente aos próprios limites, mas simfixarmo-nos uma meta e persegui-la uti l izandoplenamente os próprios recursos mentais e físicos.

Só assim os alunos poderão enfrentar-se até o fim, atodas as dificuldades de um confronto sangrento. O meupropósito era dar a ideia correcta da fadiga, em umcontexto de combate real, onde o aspecto psicológico doconfronto desempenha um papel importante.

Treinar sem ter em consideração desenvolver ascapacidades mentais, a través da motivação, da força

Jeet Kune Do

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de vontade e da programação dosobjectivos, é um grave erro. As ArtesGuerreiras têm antes de tudo, a necessidadede uma função educativa do corpo e damente, a través de um adestramentobaseado na psicologia do confronto, queajude a decifrar e compreender os bloqueiosmentais que levamos dentro de nós desde oinício, porque nunca ninguém nos explicouqual é a verdadeira natureza do ser humano.O conselho que posso dar é que tratem deencontrar um bom professor técnico, quepossa seguir passo por passo a vossaevolução e forneça a informação correctados princípios regentes de qualquerdisciplina marcial.

Sifu Alessandro Colonnese

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Jeet Kune Do

1 - Defesa e cotovelada vertical. 2 - Defesa e golpe de cotovelo horizontal. 3 - Exercício de sensibilidade do Kali com a mãonua - atar desatar. 4 - Exercício de sensibilidade do Kali com a mão nua - atar desatar.

1. - Exercício de sensibilidade táctil CHI SAO. 2. - Exercício de bloqueio de asa activa. 3 - Controlo do braço e do punho com odorso da mão. 4 - Bloqueio e ataque de punho vertical simultâneo. 5 - Defesa e ataque de punho vertical simultâneo.

Exercício de sensibilidade

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A DISTÂNCIA DE AGARREEsta é a situação de combate antes de acabar no chão e se

conhece também como curta distância ou distância do clinch. Égeralmente utilizada por todos os especialistas nos sistemas deluta de agarres (Grapplers), que conseguem fechar a distância,para entrar em estreito contacto com o adversário e levá-lo aochão, procurando finalizá-lo.

É a distância mais combativa de todas e por isso o nossoobjectivo é chegar a ela, com o fim de aplicar as técnicas maiseficazes de agarre, extrapoladas do Wing Chun e do Chinna.

Há três maneiras para magoar o adversário a esta distância eas três são tremendamente eficazes. Cada técnica tem opotencial para finalizar de imediato o encontro por KO.

A estratégia é bater directamente no adversário com umaarma natural, posto que o nosso corpo tem muitos instrumentosde guerra, todos utilizáveis e acessíveis, e a esta distânciapodemos lançar uma incrível quantidade de pressão sobre onosso oponente.

A táctica necessária é apanhar o inimigo e tratar de lhedeslocar uma articulação ou bater-lhe com os cotovelos, com acabeça ou com os joelhos.

A maioria das pessoas não pode lutar com uma articulaçãodeslocada, especialmente o cotovelo.

Uma das estratégias mais importantes no Combate real éutilizar o meio a nosso favor, para neutralizar o adversário através de acções repetidas, fazendo uso do chão e outrasestratégias que podem ser muito úteis. Não conheçoninguém que seja capaz de encaixar uma cabeçada contraum chão de cimento armado, ou similar. Tudo pode servirpara vencer no conf ronto cont ra um agressor. Sesoubermos ser eficazes em qualquer meio, estaremos numamelhor posição para fazermos valer os nossos termos decombate.

Nesta distância fazemos uso das técnicas utilizadas porquatro sistemas ou métodos de combate conhecidos: BoxeTailandês, Grappling, Wing Chun e Kali.

Distância de agarre:1. Pak sao / lop sao2. Pak sao / pak sao3. Straight blast4. Cabeçadas, joelhadas, cotoveladas

Sifu Alessandro Colonnese

1 - Controlo dos braços na defesa. 2 - Segundo controlo dos braços.

6 - Defesa e golpe de corte à garganta. 7 - Defesa e ataque com os dedos aos olhos.

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Jeet Kune Do

Exercício de Punhos Concatenados

1 - Posição de partida. 2 - Controlo do braço e punho vertical. 3 - Duplo controlo do braço e punho vertical.

"O JKD surgiu essencialmente da filosofia taoista, ainda que muito influenciado pelo positivismo

científico ocidental"

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BRUCE LEE, ARTISTA MARCIAL E FILÓSOFO

Falar do Jeet Kune Do é tarefa difícil, mas uma coisa écerta, não existe nenhuma Arte Marcial ou sistema decombate que tenha causado tanta polémica alterando toda acomunidade marcial. Se usaram rios de tinta e apesar deterem passado mais de quarenta anos desde a morte do seucriador, continua sendo o sistema de combate que teminteressado e interessa a uma multidão de pessoas. Poucossabem que Bruce Lee, depois de ter criado um arte completade combate, tecnicamente quase perfeita, nova ecompassada com os tempos, dotou seu estilo-não estilo deprincípios e conceitos filosóficos relativos à tradição daantiga arte do Kung Fu. Se inspirou em muitas correntesfilosóficas, como o Confucionismo, o Budismo Chan, oTaoismo. É precisamente o Taoismo em que se inspirou omarco fi losófico do Jeet Kune Do, que se baseia noindividualismo, a procura da auto-l iberação, o anti-autoritarismo, valores que, com a maior honestidade, tratoude introduzir nas Artes Marciais através do seu projectodenominado Jeet Kune Do. E por isso foi muito crítico pelostradicionalistas, denunciando a sua hierarquização dasescolas, a rigidez, e a sua uniformidade.

Assim, o JKD se baseou essencialmente nafi losofia taoista, ainda que estava muitoinfluenciado pelo positivismo científ icoocidental (que se está no conceito científico dotreino) e o sentido prático norte-americano,sobre a base da investigação da eficácia e daeconomia de movimento. Uma máxima quecaracteriza e identifica a filosofia taoista do JKDé: "Usar a Não Forma como Forma, ter a NãoLimitação como Limitação". É uma típicasentença taoista que brinca com ascontradições, com os opostos, o Yin e o Yang eos paradoxos, que encerra tudo em um mundode sabedoria. Recordando que os taoistaspuros eram essencialmente individualistas eliberais, o que se transparenta da primeira parteda máxima de Bruce Lee, posto que quandofala de Não Forma, se refere ao facto de não terrelação com nenhuma instituição ou sistema

fixo, codificado, previamente posto em ordem e portanto, anenhum estilo ou sistema de combate, pois a liberação e aplena evolução pessoal estão determinadas somente pelapessoa, por quanto cada indivíduo é diferente e irrepetível.Enquanto que na segunda parte da máxima Bruce postulaque não há necessidade de deixar-se limitar pelas tradições,prejuízos, ritos, dogmas e tudo quanto pode ocasionar acristalização de um sistema.

Muitos não conhecem o Bruce Lee fi lósofo, mas éprecisamente este aspecto o que fez do JKD um sistemaverdadeiramente especial.

O meu encontro com Patrick Strong (aluno de primeirageração de Bruce Lee, conhecido como “The Lord of theSpeed” - O Senhor da Velocidade, além de melhorar minhashabilidades técnicas, foi para mim de grande utilidade porqueme fez conhecer em profundidade o aspecto filosófico doJeet Kune Do, para mim então desconhecido, mostrando-meque profundo tinha sido o trabalho que Bruce Lee fez a nívelinterno; não foi por acaso que aprendeu de seu pai Tai Chi(Arte do Grande Punho Supremo) que o iniciou no estudo dostextos alquimistas clássicos, até chegar a um profundoconhecimento do funcionamento do corpo humano emtermos de energia (união de corpo e mente), tanto assim,uma das suas máximas filosóficas que mais chama a atençãoé a constante referência ao elemento água. "Sê água, meuamigo" - "Gosto da água", acostumava a dizer, para destacaro elemento água que na realidade das coisas representa osfundamentos e a natureza do Kung Fu tradicional, do qualBruce Lee extraiu grande parte do seu conhecimentofilosófico marcial. Conceitos e princípios como afundar-se,flutuar, submergir-se e voltar a surgir como o fluir de um rioaté o mar, combater sem combater, trabalharintencionalmente sem intenção, a mente não-mente, oprincípio do vazio Wu Wuei, o esvaziar a chávena, etc. Comopodem ver, a sua propensão à filosofia oriental foi uma peçaimportante na construção do seu ecléctico sistema decombate, e são poucas as pessoas que têm tido estainformação. Tive a sorte e o prazer de conhecer, estudar eaprofundar nestes conhecimentos com Patrick Strong, o qualaprendeu directamente de Bruce este aspecto, que acreditoseja o mais desconhecido no mundo do JKD, mas na minhaopinião, o mais importante.

Sifu Alessandro Colonnese

Sifu Alessandro Colonneseemail: [email protected] Página de Facebook:https://www.facebook.com/JFJKDA

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O JKD, meus amigos, não é mais que um reagrupamento deelementos e princípios extrapolados principalmente do Kung Fu, eacima de tudo do estilo de Wing Chun de Yip Man. Alguns elementosforam também procurados em diferentes disciplinas, como o Taiji, oTang Lang, a Esgrima Ocidental, etc. Há uma máxima do Tao TeChing, o evangelho do Taoismo, que acostumava recitar: "Quandoestá vivo, o homem é flexível, mole; quando está morto é inflexível,rígido. Também todas as criaturas vivas, a erva e as árvores, sãomaleáveis e flexíveis e mortas são secas e se desmoronam. O rigorinflexível é a companheira da morte e a doçura flexível é a companheirada vida. Os soldados inflexíveis não conseguem a vitória; a árvore maisrígida é a que está mais pronta para o machado. Os fortes e poderososcaem dos seus assentos; e os humildes e submissos se elevam por cimade todos eles". A maneira de mover-se e usar o próprio corpo no KungFu, está estreitamente relacionada com o movimento da mente, "Menteque se move, corpo que pensa", é o sentido profundo do processo internoutilizado no Jeet Kune Do.

A referência do Yin e do Yang, princípios universais taoistas, que BruceLee extrapolou do Taiji e estudou a fundo com o pai, acompanhá-lo iadurante toda a sua vida, dando-lhe a energia adequada para fazer frente aopercurso da sua breve mas tortuosa e problemática vida.

O princípio Yang (representado pelo branco) é o positivo, o dia, océu, o sol, a luz, o calor, etc., enquanto que o princípio yin é anegatividade, a noite, a escuridão, o fr io, e assimsucessivamente. Bruce Lee compreendeu perfeitamentecomo o corpo era regulado e mantido em equilíbrio porestas leis universais e podia utilizá-las sabiamente. E aquivolta a ressurgir o elemento água, que para odesenvolvimento de JKD de Bruce Lee foi crítico, aágua, meus amigos, é o fenómeno natural que maisse aproxima ao Wu Wei. Nada é mais débil que aágua, mas quando ataca alguma coisa dura e queopõe resistência, então nada pode resistir-se aela e nada mudará seu percurso. Estesversículos nos explicam a natureza da água,que sendo tão ligeira, não se pode apanhar, sea cortamos não a ferimos, se lhe batemosnão podemos magoá-la, se asepararmos nunca se dividirá; não temuma forma própria e específica, mas seamolda a seus contentores; semanifesta poderosa e impetuosacomo as cataratas do Niágara,para depois jazer tranquila em umtanque. Na minha opinião, oelemento dominante do universo,sem dúvida é a água.

"Na interceptação, defende-te,controla e ataca ao mesmo tempo,fazendo do teu corpo um tsunamiimparável."

Jeet Kune Do

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Todos os DVD's produzidos porBudoInternationalsão realizados emsuporteDVD-5, formato MPEG-2multiplexado(nunca VCD, DivX, osimilares)e aimpressão das capas segueas maisrestritasexigências de qualidade(tipo depapel e impressão).Também,nenhum dosnossos produtosécomercializado atravésde webs de leilõesonline.Se este DVD não cumpre estasexigências e/o acapa ea serigrafia nãocoincidem com a queaquimostramos,trata-se de uma cópia pirata.

REF.: • DVD/YANTI-1REF.: • DVD/YANTI-1

O Mestre Shaolin Shi Yanti é monge da 34ª geraçãodo Templo Shaolin de Songshan e discípulo directodo Venerável Abade Shi Yong Xin. Neste primeiro trabalho para Budo International, elenos apresenta Luohan Shibashou, uma das formas

básicas de mão nua mais antigas erepresentativas do Templo Shaolin.

Segundo o livro “Shaolin Quan Pu”,na Dinastia Sui, os monges

guerreiros de Shaolindesenvolveram uma série demovimentos simples,escolhidos de acordo comas “18 Estátuas deLuohan”, daquí o nome deLuohan Shi Ba Shou (18mãos de Luohan). Oestilo deste Taolu éespecial e em seusmovimentos contínuos,se apreciam nitidamentecombinações demovimentos reais eirreais, de defesa e contra-

ataque, e grande variedadede movimentos ocultos. As

principais técnicas de mãoneste Taolu, são as de palma e

sua aprendizagem exige uma muitoboa agilidade e coordenação, assim

como o domínio das posições Xubu,Dingbu, Gongbu e Mabu, e suas características.

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"A experiência não é o que nossucede, a experiência é o quefazemos com o que nos sucede"

Cinturón Negro: Para ti, o que é oJeysi?João José: Todos me chamam

Juanjo e sou instrutor de Keysi emMadrid. Se estás à espera que te falede um método de defesa pessoal e deum infinito número de técnicasdestinadas à defesa pessoal, isso nãoseria nem chegar à superfície do que oKeysi é para mim.

Comecei a praticar Artes Marciaiscom cinco anos. Hoje tenho 31 anos enão deixo de aprender a cada dia,coisas novas. Se queres uma definiçãodo que o Keysi é para mim, só poderiadefiní-lo que é como a “Família”. Énatural agora estares perplexo epensando: COMO É UMA DEFESAPESSOAL SE PODE DEFINIR COMO“FAMÍLIA”?

Quando com cinco anos comecei atreinar Artes Marciais, o mestre erapraticamente inalcanzável, não sepodia falar com ele porque erasuperior a nós por jerarquia ecategoria. De facto, até o meuprofessor tinha de pedir licença parapoder dirigir-se ao “mestre”.

Adoro a fi losofia em das ArtesMarciais mas, na minha humildeopinião, a maioria estão constituidas

por regras e jerarquias. São sistemasdesenhados para um Tatame e umcampeonato.

C.N.: Em que se parece o Keysi auma arte Marcial?J.J.: Absolutamente em nada,

começando por não dispormos deregras, posto que o escenário é a vidareal, onde o rival pode ser mais de ume onde não há um árbitro para nosdizer o que é legal ou ilegal. Nãotreinamos contra um só adversáriomas sim contra vários à vez, nãodispomos de um filtro de idade, pesoou altura. Não dispomos de golpesilegais, não temos técnicas proibidas.

C.N.: Qual o motivo para isso?J.J.: Porque si um atacante

empunhar uma pistola, não podemosdizer-lhe simplesmente “não dispares,por favor”. Afinal isso vai ser decisãodo assaltante. Mas a decisão de lutarpela nossa vida é só nossa. Se aindate não convenci, pensa nisto: Se deresde cara com um tigre, diz ao tigre paranão te comer porque tu ésvegetariano...

Não disponerrmos de normas nãoquer dizer que façamos o quequizermos… Nos inculcam tantosvalores como normasdesconhecemos.

Um dia, perguntei a Justo Diéguez:Por que lutas? E ele me respondeu:

A Coluna do Keysi

O KEYSI E O VALORDOS NOSSOS ERROS

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A Coluna do Keysi

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Para não lutar! É uma resposta contraditória, mas nãocarente de sentido. Faz sentido e como acabo de dizer,perguntei directamente a ele. Não se precisa de um“salvoconduto”, uma licença especial…, podemosaproximar-nos dele e perguntar-lhe o que quizermos.

Ao longo da minha vida aprendi Boxe, Kick Boxing,Kung Fu, Jeet Kune Do, Full Contact. Sempre procuroaprender mais, evoluir e ampliar mais a minha maneira de

pensar, ainda que sempre encontrei barreiras. As

barreras são limitações, uma limitação pode ser uma regraou um determinado número de técnicas.

C.N.: O que acontece quando aprendes todas astécnicas de um sistema?J.J.: Geralmente, depois de aprender tudo, só nos resta

praticar, praticar e praticar sempre, para que seja umacoisa natural em nós. Eu sempre desejei aprender mais ecom o Keysi, não necessito mudar de método.

C.N.: E?isso porquê?J.J.: Simplesmente porque nunca acaba, está

inacabado e isso só quer dizer que nunca deixarei deaprender, sempre serei um discípulo e sempre meconvidam a a perguntar, apresentar as minhas dúvidas e acriar meus próprios desafios.

C.N.: E onde está a família dentro disto?J.J.: Nós não competimos, mas temos seminários de

Keysi, onde treinamos instrutores de todo o mundo. Nãousamos cintos de cores, mas também temos

graduações. Em um seminário, um companheiro poderá ser um“Master instructor” ou um “Dima I”, mas ambos

realizamos o mesmo trabalho, as mesmas horase tudo o que eu não saiba, ele me ensinará e

tudo o que eu souber, a ele ensinarei. Somos

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“todos” iguais. Se eu cair ao chão, me ajudam a levantar-me ese ele cair, não lhe faltarão mãos para ajudá-lo a levantar-se.

Quando acabamos de treinar, podem ter passado 8 horas eos meus colegas foram um Belga, um Norueguês, umAlemão, um Italiano, um Português… Nada importa o idioma,a idade, a condição física, a altura… Tudo é indiferente! Sónos pedem treinar e que gozemos…

Quando acabamos o treino, não nos separamos. Vamosjantar, fazemos turismo, visitamos uma praia, um porto, ummonumento, passeamos num parque, No teu carro?, No meu?No año passado acabei visitando uma praia com umchecoesloveno, um noruegês, um nicaraguense e um espanhole foi um dos momentos mais divertidos da minha vida!

C.N.: Cómo é a figura do teu Grão Mestre?J.J.: Sendo honesto contigo e comigo, eu não tenho só um

mestre. Tive a fortuna de poder desenvolverme no Keysitreinando seis meses em Múrcia, onde os meus mestresforam Fernando Gómez e o próprio Justo Diéguez. Seismeses em que treinamos noite e dia! Em que conheci afamília de ambos mestres, em me sentí como em casa,estando longe da minha. Fui recebido e protegido onde eu eraeu e não mais um, porque para ellos sou Juanjo e os meuscolegas são cada um chamados por seu nome e não por umnúmero de afiliado.

Agora podes compreender o motivo do Keysi ser para mimuma “Família” e se perguntares a outro instrutor, vais escutara mesma resposta!

O Keysi me abriu a mentalidade de uma maneira que nãoeu não podia nem imaginar e só posso estar agradecido atodos.

Nunca render-se!

A Coluna do Keysi

O KEYSI E O VALOR

DOS NOSSOS ERROS

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A Coluna do Keysi

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Page 127: Cinturao Negro Revista Portugues 305 Fevereiro parte 1 2016

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Frode Strom, Sifu en 3 estilos diversos de Kung-FuRepresentante Oficial Fu-Shih Kenpo en Drammen, Noruega.Frode Strøm Fu-Shih Kenpo Drammen Tollbugata 98 3041 Drammen (+47) [email protected]

Instructor Krzysztof AdamczykInstructor Nacional para Polonia y Noruega.Grinnisvegen 611 ,7236 Hovin i Gauldal ,Noruega [email protected] 92520150

[email protected] 783474760

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HWA RANG DO®:QUANDO O FIZERES,FÁ-LO AO 100%

(DECLARAÇÃO daMISSÃO DAASSOCIAÇÃO MUNDIALDO HWA RANG DO ®)Um legado de lealtad,de Procura incansávelda verdade, deFortalecimento de vidas,de Serviço àhumanidade.

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uando se pratica Hwa RangDo®, um dos conceitos maisimportantes é: "Quando se fazalguma coisa, faz-se ao100%!". "Nós treinamos paraelevar ao máximo o potencial

humano!". É um estilo de vida, uma forma de vida que

se obtém no dojang (ginásio) e rapidamentese utiliza na vida do dia-a-dia.

Se pode aplicar o mesmo princípio nasaplicações realistas de auto-defesa, mas éimportante compreender as consequênciasdesta ideia. Se lutamos contra alguém na rua,sem regras, só para sobreviver, e essapessoa acaba ferida, é terrível! Mas, selutando nessa situação lhe infringirmos muitodano, isso não é melhor que o casoprecedente. Dar tudo, ao 100%, defender-seé bom, mas temos de controlar as acções eseus possíveis resultados. Nem é precisodizer que a melhor opção é evitar conflitos,dominar a situação crít ica com opensamento, com uma estratégia estudada eóptima.

O Grão Mestre Taejoon Lee nos disse: "Uma vez uma pessoa me pediu que

lutasse porque queria ver a minhacapacidade. Era um homem corpulento eforte. Perguntei qual o tipo de experiênciatinha em Artes Marciais e ele me disse nãoestar interessado nessa matéria. Então, eupropus um acordo: se eu era capaz dederribá-lo com uma só técnica, não teríamosque lutar. Se assim não fosse, eu deixaria queele me batesse, sem me defender…Obviamente, eu o derribei com uma chavesimples e elementar e ele foi capaz deperceber o que lhe estava acontecendo.Depois, nos fizemos amigos e ninguémacabou ferido…

Nada é melhor na vida que a inteligênciaestratégica!

Acerca do autor: Instrutor chefe de HwaRang Do®, o Tenente coronel da PolíciaMilitar Italiana (Carabinieri) e engenheiro,Marco Mattiucci é o chefe do ramal italianoda Associação Mundial de Hwa Rang Do® eum dos principais discípulos do Grão MestreTaejoon Lee.

http://www.hwarangdo.comhttp://www.hwarangdo.ithttp://www.hwarangdo.nlhttp://www.hwarangdo.luhttp://taejoonlee.comhttp://cyberdojang.com

Q

Page 131: Cinturao Negro Revista Portugues 305 Fevereiro parte 1 2016

Hwa Rang Do

“…Uma vez, uma pessoa me pediu que lutasseporque queria ver a minha capacidade. Era umhomem grande e forte. Perguntei a ele o tipo de

experiência tinha em Artes Marciais e elerespondeu não estar interessado nessa matéria”

“Eu propus um acordo: Se eu eracapaz de derribá-lo com uma só técnica,

não teríamos de lutar. Caso contrário, eudeixaria que me batesse sem me defender.Obviamente, eu o derribei com uma chave

elementar, sem ele perceber o que lhe estavaacontecendo. Depois, nos fizemos amigos e

ninguém acabou ferido…”

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Todos los DVD’s producidos por BudoInternational se realizan en soporte DVD-5, formatoMPEG-2 multiplexado (nunca VCD, DivX, osimilares), y la impresión de las carátulas sigue lasmás estrictas exigencias de calidad (tipo de papel eimpresión). Asimismo ninguno de nuestrosproductos es comercializado a través de portales desubastas online. Si este DVD no cumple estosrequisitos, y/o la carátula y la serigrafía nocoinciden con la que aquí mostramos, se trata deuna copia pirata.

REF.: • LAT-3REF.: • LAT-3

Los grandes Maestros lo son no solo en virtud de susconocimientos, también claro está de una trayectoria y en mihumilde opinión, desde luego, de una personalidad, de un carácter.

Rene Latosa lo es y vuelve justamente a nuestras portadas,muchos años después de aquel primer encuentro,

porque reúne todas estas cualidades.Gozoso reencuentro debo añadir, pueslo fue. Corto pero sabroso y suficientepara comprender como todo lo queuno había esbozado hace años,en aquella primera ocasiónestaba ahí, maduro, firme ygentil a la vez.La razón de su viaje: Unnuevo video que verá la luzen breve. Una mañana detrabajo impecable, unagrabación fluida yagradable, para un videoque a buen seguro, harálas delicias de todos losamantes de las Artesfilipinas. El Latosa Escrima, un

estilo que un Maestroamigo de Wing Tsun definiócon elógios como “antiespectacular”, donde la

eficacia campa a sus anchas,marcando la diferencia.Contamos con la inestimable

asistencia de su alumno Sifu MarkusGoettel, al que agradecemos su gentileza

y ayuda.

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REF.: • DVD/SERAK-1REF.: • DVD/SERAK-1

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REF.: • DVD/FEH-1 REF.: • DVD/FEH-1

José Manuel Reyes Pérez, 7ºDan de Hapkido pelaWorld Hapkido Federation (WHF), membro da JuntaDirectiva da WHF, Director Internacional para a EuropaOcidental e Presidente da Federação Espanhola deHapkido (FEH), nos apresenta no eu primeiro DVD, um

completo tratado acerca das técnicas que fazemgrande esta Arte Marcial tradicional

Coreana, mediante o legado que lhetransmitiu directamente o Grão

Mestre Kwang Sik Myung, 10ºDande Hapkido.

O Hapkido é a Arte da DefesaPessoal Dinâmica porexcelência, onde seconjugam velocidade efluidez, junto com apreparação física, atécnica, a respiração, ameditação e o cultivo daenergia interna. Uma arteque contempla umagrande variedade detécnicas com e sem armas,combina defesas e ataques,

entre as quais se incluemtécnicas de perna, joelho,

punho, cotovelo, projecções,estrangulamentos e acima de

tudo, as técnicas de luxação.Neste trabalho, o Mestre Reyes nos

mostra os exercícios de respiraçãoDanjon Hop, os ataques com o braço

Gonkiok Sul, as técnicas de perna duplas etriplas Jok Sul, a defesa pessoal Ho Shin Sul, as

técnicas de ataque e defesa com pau curto Dan Bong ea defesa contra faca. Um completo trabalho sobre umaArte, o Hapkido, o caminho para harmonizar a energia,cuja prática ajuda a melhorar em grande medida, anossa saúde, tanto física como mental, proporcionandoao praticante vitalidade, energia, autoconfiança, caráctere personalidade.

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A cada ano, todos os alunos daKUNG FU SCHULE MARTINSEWER esperam especialmente umdeterminado evento do calendárioda escola, o anual Evento MEGA.

Tanto os alunos da escola comoo comité de organização decada ano, conseguemorganizar cada vez melhor,este "encontro da elite" noHotel Crowne Plaza.

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Kung Fu

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or primeira vez na história do Evento MEGA,começou na parte da tarde, com convites ainteressantíssimos seminários. Às 15.00horas chegaram numerosos convidados, quevestindo quimonos de Kung Fu, esperaram

expectantes os iminentes seminários. Especialistas dasdiferentes disciplinas da nossa arte, ofereceram aosalunos uma visão do nosso eficiente sistema de combate,como as técnicas de "Kam Na", respostas do Hung Gar aoGrappling ou as técnicas de "Chat Sing Lin Wan Kuen".

Para os convidados é completamente gratuito, umvalioso valor impagável e outro passo na direcção à Expo,que derivará do Evento MEGA.

Perfeitamente organizado pelos participantes e bemassinalado pelo hotel o caminho para os duches,

vestiários e guarda-roupas, estamos preparados paraestes eventos de hoje. Horas depois durante o aperitivo,nos encontraremos de novo.

Após a chegada dos convidados, se abrem as portas epodemos entrar na sala de festas, passando pelapassarela das fotos, onde os convidados importantes eseus acompanhantes, são captados numa fotografia.

Quando todos os convidados já estão sentados em seusrespectivos lugares, aparece no cenário o Grão MestreMartin Sewer, entre grandes aplausos e para anunciar umagrande novidade: o Seminário MEGA do 30 de Janeiro de2016, no qual, seu Mestre, lenda viva do Kung Fu, o Dr.Chiu Chi Ling, vem à Suíça para nos ministrar lições.Todos os participantes mostram alegria por esta novidadee a possibilidade de poder inscrever-se nesse mesmo dia,

P

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para participar no seminário. Não éfrequente poder aprender da máximaautoridade no estilo e de alguém tãoreconhecido. Os acontecimentos sesucedem um após outro. Àextraordinária notícia segue-se umaapresentação informativa acerca oanfitr ião desse dia: a KUNG FUSCHULE MARTIN SEWER.Resumindo: podemos testemunharprincipalmente uma coisa, que aescola tem trabalhado e conseguido,alcançou todas as metas propostasno ano passado, entre elas, aformação de uma canteira e aexpansão das artes marciais,apresentando também as ambiciosasmetas propostas para 2016.

Pouco depois, segue-se acerimónia tradicional com o GrãoMestre Martin Sewer, onde todos osconvidados e alunos fel icitarampessoalmente e entregaram o seu LaiSi (dinheiro da sorte), paraestranheza de algumas caras novasde entre o público… Depois dacerimónia, anuncia Martin Sewer quea quantia do dinheiro recebido

Kung Fu

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(alguns milhares de francos) ele odobra da sua algibeira e o oferececomo donativo! Convidados entreo público com experiência, sabemque o Grão Mestre Martin Sewerrepete este gesto a cada ano, noEvento MEGA. A seguir, formamosfileiras para o opulento bufete e osconvidados gozaram de umestupendo jantar. Depois secontinuou com os seguintespontos do programa. Todos sabemque um êxito tão extraordináriocomo o da KUNG FU SCHULEMARTIN SEWER, não depende sódos instrutores, mas também dosajudantes de treino, dosaspirantes, treinadores e árbitros.Precisamente estes foramchamados ao cenário e foramcondecorados y sempre muitoaplaudidos. Neste momento doprograma, é a vez dascondecorações para os alunos doano de todas as escolas, onde foihonrado o aluno do ano 2015, que

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demonstrara o rendimento mais extraordinário.Seguidamente, foram condecorados os treinadores deaspirantes, que com grande entrega e carinho apoiamos instrutores nas lições. Não podiam ficar sem mençãoos êxitos nos torneios e se pediu a participantes evencedores dos torneios realizados, para subirem aocenário. Foram especialmente aplaudidos aqueles queno campeonato mundial na Argentina e na Alemanha,alcançaram grandes êxitos e têm subido a numerosospódios.

Depois de este grande momento e do último aplauso,aumentou a tensão dos espectadores. Apesar de queanteriormente se terem aventurado a descobrir ummagnífico bufete de doces, a maioria sabia que seseguiria o legendário “Black Belt Show”! E assim foi.Logo após ter finalizado o magnífico jantar, expectante opúblico, incluídos os empregados do hotel, prepararamseus telemóveis e as câmaras de vídeo para filmar o queestava por chegar!

Acompanhado de uma música imponente eperfeitamente apropriada, a elite, todos os portadoresde Cinturão Negro, mostram seus conhecimentos emum espectáculo que durante 40 minutos impressionou opúblico com cada cena. Se explicou a história profundae básica, se mostraram truques e o verdadeiro ShaolinKung Fu da KUNG FU SCHULE MARTIN SEWER.

Se encerrou o espectáculo com um imenso aplausoque o público ofereceu aos portadores de CinturãoNegro que estavam no cenário e se chegou à conclusãode que mais uma vez se conseguira, mais uma vez setinha superado o show do ano precedente. Depois quetodos se foram tranquil izando lentamente e osportadores de Cinturão Negro terem mudado de roupa,entramos no último ponto do programa.

Durante o tempo todo, os convidados escreveram emum papel as perguntas que queriam fazer ao GrãoMestre Martin Sever e que durante o espectáculo dosCintos Pretos foram recolhidos. Naturalmente, o GrãoMestre Martin Sewer se ofereceu de muito bom grado, aresponder às perguntas dos convidados e alunos. Aúltima pergunta ele respondeu muito seriamente quandodisse: "É muito importante que nos unamos em diascomo este. Naturalmente, festejamos também o meuaniversário, intercambiamos opiniões, aprendemos unsdos outros e gozamos de uma noite estupenda. De istoé do que se trata. Eu pessoalmente, já estou desejandoque chegue o evento do ano que vem".

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“O que dá a beleza ao deserto é que em alguma parte,esconde um poço de água”

Antoine de Saint-Exupery

“O que sabemos é um pingo de água; o que ignoramosé o oceano”

Isaac Newton

Fluir não quer dizer ser descuidado; a água o não é. Não deixacanto sem cobrir, a tudo chega! Dizem os Asturianos que a águatem “um focinho muito fino”. Sem presa, adaptando-se àscircunstâncias, a água é a metáfora da persistência e daadaptabilidade extremas. O paradigma da mydança na forma, semtransformar a essência. O água cataliza a vida, sem ela, a terra seca e fica ermo, o fogo sem

controlador, tudo inunda e o ar, transformado em tormenta de areia, nãopode levar a fertilidade das nuves, nem a força das mudanças. Até ometal é torneado com seu uso nas forjas! A água nos conforta, nos limpa, nos abençoa. Molhados

nos rios do momento, nadamos, lutamos, naufragamos. Fluir, adaptarse às barreiras, correr para baixo, não

se opôr a nada, a água é a perfeita analogía dahumildade, da adaptação e do não conflicto. Aágua vence sem objectivo; seguindo a suanatureza, rodeia qualquer obstáculo e nosensina a como vencer, mas com sabedoria,sem desgaste, sem perder de vista oobjectivo. O que é uma rocha no caminho?O que é uma montanha? Até quando nãohá saída, ela se filtra ou se evapora. Nadadetém o seu destino.O río da vida me deixou nas minhas

margens estos textos, que hojecompartilho como livro. E digo que“deichou”, porque toda autoría équando menos confusa, pois todosdevemos àqueles nos precederam,aos que nos inspiraram e inspiram,as flutuantes nuvens doinconsciente colectivo e até, quemsabe!, os espíritus econsciencias que nos rodeiam. Não tenho nada que

ensinar, porque nada sei, peroa quem quizer escutar asminhas palavras, lhe deixoaquí sinceras reflexões,sentidas, cada día maissentidas e menos pensadas,porque o pensamento nosengana vendo o que quer vere dele aprendi a suspeitar.

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Sempre tendo como pano de fundo o Ochikara, “a Grande Força” (denominada e-bunto na antiga língua dosShizen), a sabedoria secreta dos antigos xamãs japoneses, os Miryoku, o autor leva a um mundo de reflexõesgenuínas, capazes de ao mesmo tempo mexer com o coração e com a cabeça do leitor, situando-nos perante oabismo do invisível, como a verdadeira última fronteira da consciência pessoal e colectiva.

O espiritual, não como religião mas como o estudo do invisível, foi a maneira dos Miryoku se aproximarem domistério, no marco de uma cultura tão rica como desconhecida, ao estudo da qual se tem dedicado intensamente oautor.

Alfredo Tucci, director da Editora Budo International e autor de grande número de trabalhos acerca do caminhodo guerreiro nos últimos 30 anos, nos oferece um conjunto de pensamentos extraordinários e profundos, quepodem ser lidos indistintamente, sem um ordenamento determinado. Cada um deles nos abre uma janela pela qualcontemplar os mais variados assuntos, desde um ângulo insuspeito, salpicado de humor por vezes, decontundência e grandiosidade outras, nos situa ante assuntos eternos, com a visão de quem acaba de chegar enão comunga com os lugares comuns nos que todos estão de acordo.

Podemos afirmar com certeza que nenhum leitor ficará indiferente perante este livro, tal é a força e a intensidadede seu conteúdo.

Dizer isto já é dizer muito em um mundo cheio de manjedouras grupais, de ideologias interessadas e demanipuladores, e em suma, de interesses espúrios e mediocridade. É pois um texto para almas grandes e pessoasinteligentes, prontas para ver a vida e o mistério com a liberdade das mentes mais inquietas e que procuram ooculto, sem dogmas, sem morais passageiras, sem subterfúgios.

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PRIMEIRO ENCONTRO INTERNATIONAL COM OS MESTRES DE BUDOQueridos apaixonados pelo BUDO, este evento vai ser

uma ocasião única para conhecer pessoalmente Mestresde todo o mundo e para enriquecer a cultura e afraternidade entre artes, estilos e homens. Uma grandefesta de novo formato, onde compartilhar, através dosseminários, as infinitas técnicas das Artes Marciais, ondepoder intercambiar opiniões e conhecer pessoalmenteaquelas personalidades que escrevem e se fizeramfamosas nas páginas da nossa Revista.Actualmente editada em 7 idiomas (Espanhol, Inglês,

Italiano, Português, Alemão, Francês e Chinês) e que embreve o será em mais (já confirmada em Novembro aedição em língua Turca), a Revista vai apoiar com todo oseu potencial por meio das redes e contactos, a excelenteiniciativa do respeitado Mestre Sifu Paolo Cangelosi.Os estudantes que irão formar parte de um grupo

específico, devem contactar com seu Mestre para asreservas. Aqueles que simplesmente queiram assistir e

formar parte de tudo isso, seja nos seminários, seja noJantar de Gala, podem fazer a inscrição directamente.Todos são bem-vindos sob a bandeira do respeito, dafraternidade marcial e da cooperação.

O evento constará em duas jornadas:

SÁBADO 16 E DOMINGO 17 DE ABRIL DE 2016,EM ROMA-ITÁLIA

O programa será subdividido em Seminários e Noite deGala.

Detalhes:

SEMINÁRIOS: Cada mestre convidado compartilharásuas próprias técnicas; o tempo à sua disposição poderávariar, dependendo do número de mestres participantes.

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HORARIO DOS SEMINÁRIOS:SÁBADO 16 DE ABRIL, DAS 10,30 às 13,30DOMINGO 17 DE ABRIL, DAS 10,30 às 13,30CUSTO DOS SEMINARIOS PARA OS ALUNOS:1 DIA 30 €2 DIAS 40 €

É importante que todos os Mestres que se unirem àiniciativa do nosso evento, confirmem a sua participação ese virão sozinhos ou com seus alunos, antes do fim domês de Novembro. Em um segundo passo, antes do dia28 de Fevereiro, devem enviar uma lista detalhada dosseus alunos, com nomes e apelidos, com um adianto de20 Euros por aluno. A liquidação do seminário se efectuará directamente no

dia do stage.

NOITE DE GALA SÁBADO 16 de Abril,às 20,30h

Aperitivo e ceia bufete. Durante a Gala serão entregues os diplomas de

participação a todos os alunos. Os Mestres serãopremiados com o Diploma de “Director”, do Budo MasterCouncil, reconhecido a nível mundial e com o aval daassinatura dos mestres mais famosos do mundo.Por sua parte, todos os alunos receberão uma certidão

de assistência, afirmando que fizeram parte do encontro eassinado por todos nós.Uma Photocall estará disponível o tempo todo, no

mesmo lugar da Gala, onde se farão fotografias com todosos membros da direcção, amigos, estudantes, etc… Testemunhos fotográficos aparecerão na Revista

Cinturão Negro e Budo International, que já nessa alturaserá traduzida a 10 idiomas, com um artigo extraordinárioque tratará amplamente todo o evento e seusparticipantes, destacando a presença de cada Mestre.

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Todos os Mestres, conforme forem confirmando a suaassistência à Gala, serão também incluídos nas páginaspublicitárias do evento, tanto na Revista como em toda anossa network. Alguns exemplos desta publicidade estão inseridos no

final deste documento, mostrando alguns dos Mestrescuja assistência já foi confirmada e que hão-de vir detodas as partes do Mundo.

CUSTO DA NOITE DA CEIA DE GALA 80 €

Dado que o objectivo do encontro não é pecuniário, massim cultivar a amizade e a cooperação, foi estabelecidoum preço muito acessível.Para a reserva da noite de GALA, cada mestre deve

mandar uma lista com o nome e apelidos e uma quota de80€ por cada convidado, antes do dia 28 de Fevereiro de2016. Os participantes que vierem pela sua conta,poderão fazer a sua inscrição directamente.Considerando a grande participação a nível mundial,

aconselhamos não demorar em mandar as listas, postoque o número de reservas é limitado.

PARA O PAGAMENTO DAS QUOTASDE RESERVA:

BANCO POPOLARE GENOVA AG.3IBAN: IT90 X050 3401 4030 0000 0000 824SWIFT: BAPPIT21Q60

PARA AS LISTAS DE RESERVA DOS STAGES E DANOITE DE GALA, MANDAR TUDO PARA:[email protected]

OS SEMINÁRIOS E A NOITE DE GALASERÃO REALIZADOS NO:

CENTRO SPORTIVO FONTE MERAVIGLIOSAVIA ROBERTO FERRUZZI 110/112 (ZONA EUR)ROMA – ITALIA(AMPLO ESTACIONAMENTO GRATUITO)

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HOTEL

Para a pernoita em Roma, nos juntaremos emconvenção no:

HOTEL SHANGRI A CORSETTIVIALE ALGERIA 14100144 ROMA (ZONA EUR) ITALYTEL. +39 06 5916441FAX. +39 06 5413813email: [email protected]

CUSTE DAS HABITAÇÕES:SIMPLES 60€€

DUPLA 85€€

PEQUENO ALMOÇO INCLUIDO

Para fazer a reserva, contactar directamente com ohotel, identificando-se como participante na convenção,usando a contra-senha: BUDO MASTERS.

Reservamos um número l imitado de quartos; seaconselha fazer a reserva antes do dia 15 de Março de2016 (queremos avisar que para aqueles que chegaremtarde demais, não será fácil encontrar alojamento emRoma, posto se festejar o ano Jubilar).Para todos aqueles que se alojarem no Hotel Corsetti,

vai haver à sua disposição um autocarro pullman paratransportar as pessoas do nosso grupo “Budo Masters”,até o lugar dos seminários e na noite de Gala.O nosso director Alfredo Tucci, teve a gentileza de pôr à

disposição da organização, a través de seu e-mail [email protected], para que todos os amigos nãoitalianos que tiverem alguma pergunta acerca do evento e nãoquis deixar passar a ocasião de nos dedicar umas palavras:“Queridos irmãos no Budo, é um prazer para mim, apoiar

a grande ideia do Mestre Cangelosi. Muitos já conhecem os participantes deste encontro

através das nossas páginas e do seu extraordináriotrabalho como Instrutores e Mestres. Agora vão poderconhecê-los pessoalmente, formando parte de um eventoúnico em seu género, fotografar-se com eles e ter ocasiãode aprender com os melhores, levando depois para casa,

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uma grande experiência como Artistasmarciais e como pessoas, junto a umdiploma assinado por todos osmestres, que de certeza vai presidir avossa história pessoal como budokas.A minha avó dizia que “Todo secontagia, menos a beleza…”Venham então e formam parte da

grandeza!

Alfredo TucciDirector de Budo International

Publishing Co.

Exemplos das certidões queserão entregues e sobre as quaisestamos trabalhando.Logicamente, os respectivosnomes serão inscritos quandoconfirmarem a sua assistência. Aprimeira é a certificação paraalunos e a segunda a dos Mestres.