Circo & Poesia

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Algumas poesias têm em seu teor o mais profundo e sincero amor que uma pessoa possa transmitir para outra, amor puro inocente, ou de um amor às vezes não correspondido, pelo simples medo de dizer eu te amo. Em outras poesias, o circo é encontrado na sua melhor forma como um oásis, o lugar único a que muitos se refugiam para guardar seus segredos mais profundos, o circo lugar de endereço próprio que navega por águas límpidas e transparentes, por onde muitos personagens até mesmo se encontram depois de tanto navegar num barco sem leme, atraídos pelos ventos oportunos do destino.

Transcript of Circo & Poesia

Circo &Poesia

São Paulo 2013

Cassia Tangará

Circo &Poesia

Copyright © 2013 by Editora Baraúna SE Ltda

Capa e Projeto GráficoAline Benitez

RevisãoBianca Briones

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTESINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

--------------------------------------------------------------------------------T169c Tangará, Cássia Circo & poesia/ Cássia Tangará. - São Paulo: Baraúna, 2012. ISBN 978-85-7923-611-2 1. Poesia brasileira. I. Título.

12-7344. CDD: 869.91 CDU: 821.134.3(81)-1

10.10.12 22.10.12 039824--------------------------------------------------------------------------------

Impresso no BrasilPrinted in Brazil

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“E contigo passaríamospela eternidade de mãos dadas...”

Introdução

Esta obra tem como inspiração a minha vida, o circo.Sempre que vejo um circo montado, num terreno

em qualquer lugar do Brasil, sinto meu coração pulsar mais forte, pois sei que minha raiz está fincada ali, as-sim como as estacas que o seguram, minha imaginação repentinamente voa por entre as retinidas, sinto o chei-ro saudoso da serragem forrando meu pisar, é como se meus braços fossem o pano de roda abraçando a lona, elevando meus pensamentos até a cúpula, as gambiarras com luzes piscando em ritmo compassado parecem ba-tidas do meu coração.

O circo, o lugar onde eu nasci, tem como endereço o próprio CIRCO, independente da praça, se é capital ou não. Foi no circo onde passei a infância e juventude com minha fa-mília, lugar onde supro minhas necessidades de escrever, viver intensamente e de amar. Histórias que vivi ali dariam pra escrever até outros livros, de aventura, drama, romance e de um mundo fantástico de ilusões e fantasias. Eu amo o mundo circense e espero que os leitores se deliciem com este

livro e que apreciem não como plateia que assistem de longe, mas como um artista, que se sintam parte deste espetáculo de circo e poesia.

Cassia Tangará

Biografia

Em uma chuvosa tarde no ano de 1970, mais pre-cisamente no dia 07 de dezembro, na cidade de Santana, interior da Bahia, nasce Cassia Laurentina dos Santos, gêmea com Katia Laurentina dos Santos dentro de uma barraca de circo, iluminada por um singelo lampião em um complicado trabalho de parto.

Filha de Maria da Gloria e José Alves dos Santos, Cassia começou a se apresentar no picadeiro como par-tner em números de magia, logo depois começou a se apresentar com sua mãe e suas irmãs no numero de corda indiana e com seu irmão no numero de malabares, teve uma disciplina exemplar ensaiando três vezes ao dia com o melhor instrutor, seu próprio pai.

Aos 19 anos, casou‐se com Douglas Tangará, com quem formou um Duo de Malabares, e partiu para ou-tros circos, começando uma nova jornada, onde também pôde executar outros números como ginete, báscula e co-reografia do circo.

Entre uma viagem e outra participou de cursos de elaboração de projetos, o que permitiu que tivesse parti-

cipações como voluntária de projetos sociais e culturais, com crianças carentes em São Paulo e outras regiões.

Com experiência suficiente, pôde dar início ao seu próprio projeto, que executou na cidade de Santa Alberti-na‐SP, o projeto “Circo Semente” em 2001 dando aulas de circo para crianças de 7 a 17 anos. Por quatro décadas par-ticipou de espetáculos dos mais renomados circos do País, além de ministrar cursos e oficinas relacionados ao circo.

Em meio a tantas atividades, sempre teve um tem-po especial reservado para se dedicar à leitura, e con-sequentemente muitas inspirações para escrever versos relacionados a coisas do seu cotidiano. Um dos projetos de realização pessoal e profissional de Cassia Tangará, era reunir suas melhores poesias e publicar sua primeira obra, intitulada “Circo & Poesia”. Dando início a uma carreira promissora e potencializando ainda mais a arte através de suas poesias.

Dedicatória

Algumas poesias foram escritas durante os espetácu-los, nos dias de mudança, durante o almoço, ou no fundo do circo. Não importava a hora em que as inspirações surgiam, eram sempre transcritas para o papel.

E por isto agradeço primeiramente a DEUS por este dom, ao meu marido Douglas, com muito amor, pela paci-ência e discernimento, minha filha Thaís pela ajuda e com-preensão nos momentos de minha ausência, e minha famí-lia que depositou confiança e esperança, acreditando que um dia eu acordaria deste sonho para torná‐lo real. Sem o carinho deles, não seria possível ter concluído este projeto.

Sumário

Circo e poesias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15Beijo circense . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17Dia de festa na rua . . . . . . . . . . . . . . . . .19Mágico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .21Picadeiro mágico . . . . . . . . . . . . . . . . . . .23Apenas circo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .25Moça . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .27Nariz vermelho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .29Nuvens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .31Mulher circense . . . . . . . . . . . . . . . . . . .34Meu passeio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .37Por águas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .39Se eu . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .41O picadeiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .43Globo cor de rosas. . . . . . . . . . . . . . . . . .45Amor ao circo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .47É você . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .49O show não pode parar . . . . . . . . . . . . . .51Vida maravilha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .54O sonho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .57Encalço . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .59Vida sem leme. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .61A moça e a meia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .62

Espetáculo no mar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65O brilho de um sorriso . . . . . . . . . . . . . . . 67Praça . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .69A chuva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .71Projeção de uma lembrança. . . . . . . . . . .74Tornei-me palhaço . . . . . . . . . . . . . . . . .77Show do amor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .79Corações errantes . . . . . . . . . . . . . . . . . .81Palco saudades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .83Malabarista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .85Pelas praças . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .87Majestoso voo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .90Saudade inquietante . . . . . . . . . . . . . . . .93Malabarista palhaço . . . . . . . . . . . . . . . .95Homem pássaro . . . . . . . . . . . . . . . . . . .97Cortina de vidro . . . . . . . . . . . . . . . . . . .99Trapézio solo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .101O circo, a viagem na balsa . . . . . . . . . . .103Imaginário amor . . . . . . . . . . . . . . . . . .105Sonhar seus sonhos . . . . . . . . . . . . . . . .108Vidas traçadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .111Circo florido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .113A liberdade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .115Voz de um palhaço . . . . . . . . . . . . . . . .117Magnífico circo garcia . . . . . . . . . . . . . .119Desfile final . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .122Pensamento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .125

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CIRCO E POESIAS

Ah!Se tão somente eu pudesse viver De circo e poesiasSeria maravilhoso poder unirOs desejos dos sonhos circenses Numa incrível viagemAo mundo das adornadas letras.

Minhas imaginaçõesTeriam mais que asas,Meu coração viveria De agradecimentosMelancolia não existiria Neste mundo de ilusão.

E meu alimento A poesia! De fome jamais morreria.E sonhando por entre nuvensBem alto estático eu fico,Vivendo do possívelImaginário da poesia do circo.