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Circuitos eléctricos: elementos lineares e não-lineares – Projecto FEUP 1/27
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
Circuitos elétricos
Elementos lineares e não lineares
Projeto FEUP – Engenharia Eletrotécnica e de Computadores
Manuel Firmino & Sara Ferreira J. N. Fidalgo & J. C. Alves
Equipa 1 Turma 5:
Supervisor: Abel Costa Monitor: Tiago Mendonça
Estudantes & Autores:
Bernardo Moreira - [email protected]
Bruno Gonçalves - [email protected]
Diogo Duarte - [email protected]
Gonçalo Pinho - [email protected]
Pedro Monteiro - [email protected]
Circuitos eléctricos: elementos lineares e não-lineares – Projecto FEUP 2/27
Resumo
O objectivo deste trabalho é compreender o comportamento de elementos lineares e de elementos não
lineares, aplicando uma tensão proveniente de uma fonte de alimentação variável a um circuito.
Os gráficos característicos da diferença de potencial em função da corrente elétrica podem ser obtidos
diretamente, realizando medidas com um multímetro e fazendo após isso a regressão linear dos dados
obtidos.
Para análise dos elementos lineares, construíram-se dois circuitos, um com elementos em série e outro
com elementos em paralelo.
Aumentando gradualmente a tensão aplicada (incrementos de 0,5 V), obtiveram-se valores de
intensidade de corrente diretamente proporcionais à tensão.
Relativamente à análise dos elementos não lineares, usaram-se elementos com características não
lineares, neste caso LEDs de cor verde e branca. No sentido de verificar a variação da intensidade
luminosa destes elementos em função dos ângulos de incidência, foram utilizados LED’s brancos e
vermelhos.
Concluiu-se que em elementos lineares montados em série ou em paralelo a queda de tensão varia
de forma diretamente proporcional à intensidade de corrente, no entanto nos elementos lineares
montados em paralelo, pôde-se verificar que a intensidade que atravessa cada resistência depende
do valor óhmico da mesma. Verifica-se que os gráficos resultantes desta análise da corrente em função
da tensão são uma reta.
Relativamente à análise dos elementos não lineares verificamos que a variação da corrente em função
da tensão não é diretamente proporcional e por isso não se pode representar sob a forma de uma reta.
Circuitos eléctricos: elementos lineares e não-lineares – Projecto FEUP 3/27
Palavras-Chave
Circuitos elétricos
Elementos lineares
Elementos não lineares
Tensão/Diferença de potencial
Intensidade de corrente
Potência
Resistência
Lei de Ohm
Díodo
Díodo emissor de luz
Multímetro
Voltímetro
Amperímetro
Breadboard
Luxímetro
Circuitos eléctricos: elementos lineares e não-lineares – Projecto FEUP 4/27
Agradecimentos
Aproveitamos este espaço para agradecer a todas as pessoas que tornaram a realização deste trabalho
possível, em especial ao monitor e ao docente que nos acompanharam e orientaram no sentido de
levar esta iniciativa a bom porto.
Um obrigado de todos os membros do nosso grupo.
Circuitos eléctricos: elementos lineares e não-lineares – Projecto FEUP 5/27
Índice
1. Introdução – Circuitos elétricos ................................................................................... 6
2. Elementos de um circuito ............................................................................................ 6
2.1 Elementos lineares ................................................................................................ 6
2.1.1 Resultados ...................................................................................................... 7
Montagem em série ................................................................................................. 8
Montagem em paralelo ............................................................................................ 8
2.1.2 Discussão ....................................................................................................... 9
Montagem em série ................................................................................................. 9
Montagem em paralelo .......................................................................................... 10
2.2 Elementos não lineares ....................................................................................... 12
2.2.1 Resultados .................................................................................................... 13
LED branco............................................................................................................ 13
LED verde ............................................................................................................. 14
2.2 Discussão ........................................................................................................ 15
LED branco............................................................................................................ 15
LED verde ............................................................................................................. 16
Luxímetro .............................................................................................................. 17
Resultados obtidos ................................................................................................ 17
3. Conclusões ............................................................................................................... 18
Referências bibliográficas ............................................................................................. 19
Apêndices ..................................................................................................................... 20
Apêndice 1 – Tabelas ................................................................................................... 21
Circuitos eléctricos: elementos lineares e não-lineares – Projecto FEUP 6/27
1. Introdução – Circuitos elétricos
Este relatório tem como tema “Circuitos elétricos - Elementos lineares e não lineares”, e foi realizado
no âmbito da unidade curricular Projeto FEUP, do Mestrado Integrado em Engenharia Eletrotécnica e
de Computadores, pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.
O grande objetivo deste trabalho é fornecer aos alunos os conceitos base necessários à compreensão
do comportamento dos circuitos elétricos em determinadas condições, algo que irá com certeza ser da
maior utilidade para os mesmos.
Pode-se então definir um circuito elétrico como o percurso completo por onde os eletrões ou portadores
de carga entram, a partir de um terminal de uma fonte de tensão, passando através de condutores e
de componentes, até chegar ao terminal oposto da mesma fonte. É constituído por uma ou mais fontes
de energia, fios condutores e elementos lineares ou não lineares.
Como foi referido, neste trabalho, o objetivo é compreender o comportamento dos circuitos quando
nestes existem elementos lineares e não lineares. Os elementos lineares utilizados na construção dos
circuitos foram diferentes Resistências. Os elementos não lineares utilizados foram díodos emissores
de luz, LED’s de luz branca, verde e vermelha.
Para se perceber então o funcionamento de um circuito, quando este apresenta elementos como os
descritos, procedeu-se à realização de ensaios, que vão passar a ser explicados.
2. Elementos de um circuito
2.1 Elementos lineares
Os elementos lineares de um circuito correspondem a elementos que quando sujeitos a uma queda de
tensão num circuito elétrico, apresentam valores de intensidade corrente que podem ser definidos por
equações lineares. Os elementos lineares utilizados neste trabalho foram resistências, componentes
que se opõem à passagem da corrente eléctrica pelo seu valor resistivo e linear. Cada resistência tem
o seu valor unitário que se traduz numa diferente capacidade de se opor a essa passagem de corrente.
Para identificar o valor nominal das resistências utiliza-se um código de cores que expressa este valor
em ohm (Ω). O cálculo do valor nominal da resistência é feito através de um código de cores. O mais
utilizado é um código definido por 4 riscas, em que a primeira risca de cor corresponde ao primeiro
dígito do valor nominal da resistência, a segunda ao segundo dígito desse valor, sendo a terceira uma
potência de base 10 que se irá multiplicar pelo número formado pelos dois primeiros dígitos. A quarta
risca define a tolerância, só podendo ser prateada, dourada ou até nem ter cor (10% prateada; 5%
dourada; 50% sem cor).
Para determinar o valor medido, utiliza-se um multímetro, na função de ohmímetro, medindo-se cada
resistência, nos seus terminais.
Neste trabalho foram utilizadas três resistências, discriminadas na tabela a seguir apresentada:
Circuitos eléctricos: elementos lineares e não-lineares – Projecto FEUP 7/27
Resistência Código de cores Valor nominal da resistência
R1 Vermelho, vermelho, castanho e dourado 220 Ohms +/- 5%
R2 Laranja, laranja, castanho e dourado 330 Ohms +/- 5%
R3 Amarelo, roxo, castanho e dourado 470 Ohms +/- 5%
Com o circuito corretamente montado e após aprovação do responsável, ligou-se a fonte de tensão,
sendo que, num intervalo de 0 a 10 volts, a cada incremento de 0,5 volts se mediu a intensidade da
corrente e a tensão aplicada ao circuito através de um amperímetro ligado em série e de um voltímetro
ligado em paralelo respectivamente. Mediu-se também a queda de tensão aplicada a cada resistência.
Uma vez recolhidos os dados, procedeu-se ao seu processamento e elaboração das respetivas
representações gráficas e sua análise.
2.1.1 Resultados
Circuitos eléctricos: elementos lineares e não-lineares – Projecto FEUP 8/27
Montagem em série
Um circuito em série é um circuito cujos componentes estão ligados sequencialmente numa única
malha percorrida pela mesma corrente.
Através das medições efetuadas à intensidade de corrente que atravessa o circuito, e à tensão em
cada resistência, foi possível obter o seguinte gráfico:
Analisando as retas do gráfico que representam a variação da queda de tensão em função da corrente
em cada resistência, verifica-se que cada uma delas apresenta um declive correspondente ao valor da
respectiva resistência. Verifica-se que a reta com maior declive representa a variação da tensão total
aplicada ao circuito em função da corrente, sendo o declive desta, a resistência equivalente do circuito.
Dada pela soma aritmética dos valores unitários de cada resistência.
Montagem em paralelo
y = 219,25x - 0,0058R² = 0,9996
y = 330,9x - 0,0121R² = 0,9996
y = 466,46x - 0,0037R² = 0,9997
y = 1012,7x - 0,0109R² = 0,9997
0
2
4
6
8
10
12
0 0,002 0,004 0,006 0,008 0,01 0,012
Resistência 1
Resistência 2
Resistência 3
ResistênciaEquivalente
Circuitos eléctricos: elementos lineares e não-lineares – Projecto FEUP 9/27
Um circuito paralelo é um circuito no qual, quer os terminais de entrada, quer os terminais de saída das
resistências (ou de outros componentes electrónicos) que o constituem, estão ligados entre si.
Paralelamente ao procedimento feito para os elementos em série, foram efetuadas medidas à
intensidade de corrente que percorre o circuito e à tensão em cada uma das resistências, obtendo-se
a seguinte representação gráfica:
Partindo do mesmo raciocínio anterior, e analisando os declives obtidos nas retas correspondentes às
medições da tensão em cada resistência verifica-se que este valor é o inverso da resistência. A reta
com maior declive corresponde ao valor inverso da resistência equivalente para o circuito em paralelo.
2.1.2 Discussão
Montagem em série
Por modelação da primeira lei de Ohm, R =𝑉
𝐼, obtém-se a expressão 𝑉 = 𝑅. 𝐼, que representa a função
que permite obter todos os gráficos que foram apresentados. Também é através desta que se verifica
que ao variar a tensão em função da intensidade se obtém uma reta com o declive igual à resistência.
A soma da queda de tensão de cada uma das resistências é igual à tensão do circuito.
A soma das potências consumidas por cada resistência é igual à potência fornecida pela fonte, dado
que a potência é diretamente proporcional à queda de tensão, o que é demonstrado pela fórmula,
𝑃 = 𝑈. 𝐼
𝑃 = 𝑅𝑒𝑞×𝐼2 = (𝑅1 + 𝑅2 + 𝑅3)×𝐼2 = 𝑅1×𝐼2 + 𝑅2×𝐼2 + 𝑅3×𝐼2 = 𝑃1 + 𝑃2 + 𝑃3
Verificando-se o raciocino a cima exposto.
y = 0,0045xR² = 1
y = 0,003x + 5E-18R² = 1
y = 0,0021x + 5E-18R² = 1
y = 0,0094x + 0,0005R² = 0,9985
0
0,01
0,02
0,03
0,04
0,05
0,06
0 1 2 3 4 5 6
Circuitos eléctricos: elementos lineares e não-lineares – Projecto FEUP 10/27
Substituindo o 𝑈 por 𝑅. 𝐼 obtém-se a função 𝑃 = 𝑅. 𝐼2, que traduz, neste caso, a potência consumida
na resistência 2.
Montagem em paralelo
Novamente pela lei de Ohm obtém-se a R =𝑉
𝐼, resolvendo em ordem à intensidade de corrente, tem-
se a seguinte I =𝑉
𝑅. Utilizando raciocínio analítico, conseguiu-se compreender que a intensidade total
é igual à soma das intensidades que atravessam cada uma das resistências. Através da análise dos
dados obtidos concluiu-se que a intensidade de corrente fornecida pela fonte, é igual à soma das
intensidades que atravessam as resistências utilizadas: 𝐼 = 𝐼1 + 𝐼2 + 𝐼3.
𝐼T = 𝐼1+ 𝐼2 + 𝐼3 ⇔ 𝐼T =
𝑈1
𝑅1+𝑈2
𝑅2+𝑈3
𝑅3
Dividindo a expressão pela diferença de potencial do circuito, é possível modelar a fórmula da seguinte
forma:
y = 335,17x2 - 0,0505x + 5E-05R² = 0,9999
0
0,005
0,01
0,015
0,02
0,025
0,03
0,035
0 0,002 0,004 0,006 0,008 0,01 0,012
Potência R2
Circuitos eléctricos: elementos lineares e não-lineares – Projecto FEUP 11/27
IT
UT=1
R1+1
R2+1
R3 ⇔
1
RT=1
R1+1
R2+1
R3
Calculo da potencia total consumida pelo circuito em paralelo:
𝑃T = 𝑈. 𝐼 e como IT = I1 + I2+ I3
P = U. (I1 + I2 + I3)
A potência total fornecida pela fonte de alimentação é igual à soma das potências consumidas pelas
resistências, como no circuito série.
Circuitos eléctricos: elementos lineares e não-lineares – Projecto FEUP 12/27
2.2 Elementos não lineares
Num um circuito eléctrico, elementos não lineares correspondem a componentes elétricos que não têm
uma relação linear entre a corrente e a tensão. Um díodo emissor de luz é um exemplo simples de um
elemento não linear. São materiais chamados semicondutores que têm propriedades que estão entre
as características dos condutores e dos isoladores.
Os materiais semicondutores permitem conduzir a corrente eléctrica apenas em determinadas
condições, ao contrário dos materiais condutores.
São componentes electrónicos formados somente pela chamada junção p-n.
Nas junções entre materiais p e n, a porção p funciona como receptor de electrões e o material n
apenas pode funcionar como emissor de electrões, sendo parte p do semicondutor o ânodo e a parte
n o cátodo. De acordo com as características da junção p-n, o díodo conduzirá corrente quando o
ânodo está sujeito ao potencial positivo e o cátodo ao negativo. Nestas condições diz-se que o díodo
está polarizado directamente. No caso contrário, o díodo está polarizado inversamente e não conduz
corrente.
No entanto, a passagem de corrente na polarização directa não se faz sem oposição pelo díodo.
Verifica-se que os electrões livres necessitam de vencer um desnível energético para atravessar a
junção, isso significa que é necessário uma diferença de potencial não desprezável para gerar a
passagem de corrente. A essa diferença de potencial mínima necessária para gerar passagem de
corrente chama-se tensão limite ou tensão direta, identificada nas folhas de características como Vf.
Nos díodos, tipo LED, conforme os utilizados, a junção p-n é caracterizada pelo terminal mais
comprimido, o ânodo (positivo) e o terminal mais curto é o cátodo (negativo), estes têm de ser
distinguidos inequivocamente. Estes para emitir luz têm que estar devidamente polarizado. E
dependendo da característica do LED e da sua cor, a chamada tensão limite vária, conforme o
verificado nos gráficos analisados e as suas curvas características.
Para verificar os comportamentos destes elementos, realizamos medições com LED’s verdes, brancos
e vermelhos.
Circuitos eléctricos: elementos lineares e não-lineares – Projecto FEUP 13/27
2.2.1 Resultados
LED branco
O seguinte gráfico expressa os valores obtidos para a corrente, em função da tensão:
Analisando o gráfico, percebe-se que existe uma zona onde ocorre um crescimento abrupto da
intensidade de corrente, traduzindo-se num crescimento não linear da função, situação que é melhor
retratada, utilizando uma aproximação polinomial de 4º grau.
y = 0,0273x2 - 0,1135x + 0,1141
y = 2E-16e10,946x
y = 0,0243x4 - 0,1875x3 + 0,5358x2 - 0,672x + 0,3123
-0,01
-0,005
0
0,005
0,01
0,015
0,02
0,025
0,03
0,035
1,5 2 2,5 3 3,5
Intensidade LED branco (Tensão)
Intensidade de corrente(Tensão)
Polinomial (Intensidade decorrente (Tensão))
Exponencial (Intensidade decorrente (Tensão))
Polinomial (Intensidade decorrente (Tensão))
Circuitos eléctricos: elementos lineares e não-lineares – Projecto FEUP 14/27
LED verde
Valores de intensidade de corrente em função da tensão:
Neste gráfico, também se percebe que existe uma zona de crescimento brusco da intensidade de
corrente. A função que melhor que retrata a cuva do crescimento não linear da função, é de uma
aproximação polinomial de 4º grau.
y = 0,018x2 - 0,0703x + 0,0671
y = 0,004x4 - 0,0219x3 + 0,0397x2 - 0,0247x + 0,0013
-0,005
0
0,005
0,01
0,015
0,02
0,025
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5
Intensidade LED verde (Tensão)
Intensidade LED verde (Tensão)
Polinomial (Intensidade LEDverde (Tensão))
Polinomial (Intensidade LEDverde (Tensão))
Circuitos eléctricos: elementos lineares e não-lineares – Projecto FEUP 15/27
2.2 Discussão
LED branco
Este novo gráfico foi obtido fazendo uma escala logarítmica em mA da intensidade de corrente em
função da tensão. Verifica-se que o valor para o qual o LED acende, é aproximadamente igual ao
valor do gráfico da folha de características LED branco.
Este novo gráfico foi obtido fazendo uma escala linear em volts da diferença de potencial.
y = 32,104ln(x) - 31,894R² = 0,9881
0,1
1
10
100
0 1 2 3 4 5 6
Intensidade (Tensão)
y = 0,0085x - 0,0221R² = 0,9977
0
0,005
0,01
0,015
0,02
0,025
0 1 2 3 4 5 6
Intensidade (Tensão)
Circuitos eléctricos: elementos lineares e não-lineares – Projecto FEUP 16/27
Expansão da zona linear:
Cálculo da intersecção da reta com o eixo das abcissas:
Para y=0
y=0,0543x-0,142
0=0,0543x-0,142
x=0,142
0,0543= 2,615
Esta intersecção da reta com o eixo das abcissas corresponde ao valor para o LED deve acender. Este
valor é bastante próximo ao valor para o qual o LED acendeu na atividadade prática (2,6V),
comparando com os valores previstos pela folha de caraterísticas fornecida pelo fabricante, conclui-se
que o LED branco acendeu de forma correspondente aos parâmetros do fabricante.
LED verde
Expansão da zona linear:
y = 0,0543x - 0,142R² = 0,9751
-0,005
0
0,005
0,01
0,015
0,02
0,025
2,55 2,6 2,65 2,7 2,75 2,8 2,85 2,9 2,95 3
Zona linear
y = 0,022x - 0,0497R² = 0,8861
-0,005
0
0,005
0,01
0,015
0,02
0,025
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5
Zona linear
Circuitos eléctricos: elementos lineares e não-lineares – Projecto FEUP 17/27
Cálculo da intersecção da reta com o eixo das abcissas:
Para y=0
y=0,022x-0,0497
x=0,0497
0,022= 2,259
Esta intersecção da reta com o eixo das abcissas corresponde ao valor para o LED deve acender. Este
valor é próximo ao valor para o qual o LED acendeu na atividade prática (2,11V),
Luxímetro
Por fim, realizou-se uma medição da intensidade luminosa em função do ângulo de incidência. Para
isso, utilizou-se um smartphone que com uma aplicação instalada capaz de medir luminosidade do
LED vermelho em função do angulo de incidência.
Figura 1: Fotografia da montagem realizada
Resultados obtidos
0
1000
2000
3000
4000
55 75 95
Lx (Ângulo esquerda)
Lx (Anguloesquerda)
0
1000
2000
3000
4000
557595
Lx (Ângulo direita)
Lx (Angulodireita)
Circuitos eléctricos: elementos lineares e não-lineares – Projecto FEUP 18/27
Através da análise dos dados medidos, conclui-se que se obtém o valor máximo de intensidade
luminosa quando a luz incide diretamente sobre o recetor, o que corresponde a um ângulo de incidência
90º. Verifica-se que á medida que se diminui o ângulo de incidência, quer para o lado esquerdo, quer
para o lado direito, uma diminuição da intensidade luminosa do LED.
3. Conclusões
Consideramos que os objectivos inicial propostos foram atingidos.
Conseguimos verificar, quer experimentalmente quer analiticamente, o comportamento de elementos
lineares e não lineares em circuitos eléctricos.
Os circuitos lineares podem ser representados por uma função linear de 1º grau (recta) conforme
observado nos gráficos apresentados e definem a chamada curva de característica do elemento.
No caso dos circuitos não lineares, a razão entre a tensão aos seus terminais e a corrente que o
percorre não é constante, depende do seu ponto de funcionamento. Esse ponto de funcionamento,
funciona com uma resistência dinâmica, que diminui drasticamente apos se ultrapassar o valor limiar
da tensão limite, característica do LED. Sendo que nesse limiar a corrente que o atravessa aumenta e
coincide com a emissão de luz pelo LED. Verificamos que as tensões limiares ou diretas obtidas
experimentalmente coincidem com as folhas de características do LED utilizado.
Circuitos eléctricos: elementos lineares e não-lineares – Projecto FEUP 19/27
Referências bibliográficas
"Circuitos Eléctricos" 4ª ediçao revista Vítor Canela Meireles
editora Lidel - edições técnicas, lda. LISBOA-PORTO
Circuitos eléctricos: elementos lineares e não-lineares – Projecto FEUP 20/27
Apêndices
Erros relativos das resistências
Resistência R1
Valor medido Valor obtido do gráfico Valor nominal
Valor 223 Ohms 219,25 Ohms 220 Ohms
Erro relativo 0,013(63) 0,0034(09)
Erro relativo (%) 1,36% 0,34%
Erro máximo absoluto 3 Ohms -0,75 Ohms
Resistência R2
Valor medido Valor obtido do gráfico Valor nominal
Valor 330 Ohms 330,9 Ohms 330 Ohms
Erro relativo 0 0,00(27)
Erro relativo (%) 0,00% 0,27%
Erro máximo absoluto 0 Ohms 0,9 Ohms
Resistência R3
Valor medido Valor obtido do gráfico Valor nominal
Valor 461 Ohms 466,46 Ohms 470 Ohms
Erro relativo 0,01914 0,00753
Erro relativo (%) 1,91% 0,75%
Erro máximo absoluto -9 Ohms -3,54 Ohms
Circuitos eléctricos: elementos lineares e não-lineares – Projecto FEUP 21/27
Apêndice 1 – Tabelas
Medições em serie
Relação entre intensidade de corrente com a queda de tensão na resistência 1
Intensidade corrente em A Tensão R1 Volts
0,0005 0,094
0,001 0,221
0,0015 0,327
0,002 0,44
0,0024 0,536
0,003 0,65
0,0035 0,756
0,0039 0,861
0,0045 0,977
0,0049 1,073
0,0055 1,181
0,0059 1,277
0,0065 1,402
0,007 1,507
0,0074 1,63
0,0079 1,726
0,0084 1,825
0,0088 1,941
0,0094 2,07
0,0099 2,17
Circuitos eléctricos: elementos lineares e não-lineares – Projecto FEUP 22/27
Relação entre intensidade de corrente com a queda de tensão na resistência 2
Intensidade corrente em A Tensão R2 Volts
0,0005 0,155
0,001 0,331
0,0015 0,488
0,002 0,659
0,0024 0,801
0,003 0,974
0,0035 1,129
0,0039 1,291
0,0045 1,464
0,0049 1,606
0,0055 1,771
0,0059 1,93
0,0065 2,12
0,007 2,29
0,0074 2,44
0,0079 2,62
0,0084 2,77
0,0088 2,95
0,0094 3,1
0,0099 3,25
Relação entre intensidade de corrente com a queda de tensão na resistência 3
Intensidade corrente em A Tensão R3 em Volts
0,0005 0,233
0,001 0,468
0,0015 0,691
0,002 0,932
0,0024 1,134
0,003 1,378
0,0035 1,601
0,0039 1,825
0,0045 2,1
0,0049 2,3
0,0055 2,54
0,0059 2,77
0,0065 3,01
0,007 3,23
0,0074 3,45
0,0079 3,7
0,0084 3,91
0,0088 4,16
0,0094 4,38
0,0099 4,58
Circuitos eléctricos: elementos lineares e não-lineares – Projecto FEUP 23/27
Relação entre queda tensão aos terminais do circuito e a intensidade de corrente
Fonte de tensão em Volts
Intensidade corrente em A
0,5 0,0005
1 0,001
1,5 0,0015
2 0,002
2,5 0,0024
3 0,003
3,5 0,0035
4 0,0039
4,5 0,0045
5 0,0049
5,5 0,0055
6 0,0059
6,5 0,0065
7 0,007
7,5 0,0074
8 0,0079
8,5 0,0084
9 0,0088
9,5 0,0094
10 0,0099
Medições em paralelo
Relação entre queda de tensão na resistência 1 e a intensidade de corrente
Tensão R1 em Volts Intensidade corrente em A
0,498 0,0047
1,006 0,01
1,528 0,0151
2,03 0,0197
2,46 0,0243
2,88 0,0278
3,43 0,0336
3,83 0,0376
4,31 0,0422
4,92 0,0482
Circuitos eléctricos: elementos lineares e não-lineares – Projecto FEUP 24/27
Relação entre queda de tensão na resistência 2 e a intensidade de corrente
Tensão R2 em Volts Intensidade corrente em A
0,498 0,0047
1,007 0,01
1,529 0,0151
2,03 0,0197
2,46 0,0243
2,87 0,0278
3,43 0,0336
3,83 0,0376
4,31 0,0422
4,92 0,0482
Relação entre queda de tensão na resistência 3 e a intensidade de corrente
Tensão R3 em Volts Intensidade corrente em A
0,496 0,0047
1,01 0,01
1,529 0,0151
2,03 0,0197
2,46 0,0243
2,85 0,0278
3,43 0,0336
3,86 0,0376
4,31 0,0422
4,92 0,0482
Relação entre a queda de tensão e a intensidade de corrente
Fonte de tensão em Volts Intensidade corrente em A
0,5 0,0047
1 0,01
1,5 0,0151
2 0,0197
2,5 0,0243
3 0,0278
3,5 0,0336
4 0,0376
4,5 0,0422
5 0,0482
Circuitos eléctricos: elementos lineares e não-lineares – Projecto FEUP 25/27
Relação queda tensão na resistência 1 – intensidade que a atravessa
Tensão em R1 (V) Intensidade (A) em R1
Potência consumida (W) em R1
(medido) (calcudada) I=U/R
0,498 0,002263636 0,001127291
1,006 0,004572727 0,004600164
1,528 0,006945455 0,010612655
2,03 0,009227273 0,018731364
2,46 0,011181818 0,027507273
2,88 0,013090909 0,037701818
3,43 0,015590909 0,053476818
3,83 0,017409091 0,066676818
4,31 0,019590909 0,084436818
4,92 0,022363636 0,110029091
Relação queda tensão na resistência 2 – intensidade que a atravessa
Tensão R2 em Volts Intensidade (A) em
R2 Potência consumida (W) em
R2 (medida) (calculada) I=U/R
0,498 0,001509091 0,000751527
1,007 0,003051515 0,003072876
1,529 0,004633333 0,007084367
2,03 0,006151515 0,012487576
2,46 0,007454545 0,018338182
2,87 0,00869697 0,024960303
3,43 0,010393939 0,035651212
3,83 0,011606061 0,044451212
4,31 0,013060606 0,056291212
4,92 0,014909091 0,073352727
Relação queda tensão na resistência 3 – intensidade que a atravessa
Tensão R3 em Volts Intensidade (A) em R3 Potência consumida (W) em R3
(medido) (calculada) I=U/R
0,496 0,001055319 0,000523438
1,01 0,002148936 0,002170426
1,529 0,003253191 0,00497413
2,03 0,004319149 0,008767872
2,46 0,005234043 0,012875745
2,85 0,00606383 0,017281915
3,43 0,007297872 0,025031702
3,86 0,008212766 0,031701277
4,31 0,009170213 0,039523617
4,92 0,010468085 0,051502979
Circuitos eléctricos: elementos lineares e não-lineares – Projecto FEUP 26/27
LED branco relação tensão intensidade
Tensão LED branco em Volts Intensidade corrente em A
1,58 0,0000001
1,71 0,0000001
1,93 0,0000001
2,19 0,0000002
2,32 0,0000009
2,47 0,0000633
2,6 0,0011
2,65 0,0025
2,71 0,0047
2,74 0,006
2,78 0,008
2,81 0,0095
2,83 0,0108
2,86 0,0124
2,9 0,0149
2,91 0,0159
2,94 0,0184
2,96 0,0201
2,97 0,0205
LED verde
Tensão da fonte em Volts Intensidade corrente em A
1,5 0,0000001
1,7 0,0000001
1,9 0,0000001
2,1 0,0000002
2,3 0,0000009
2,5 0,0000633
2,7 0,0011
2,9 0,0025
3,1 0,0047
3,3 0,006
3,5 0,008
3,7 0,0095
3,9 0,0108
4,1 0,0124
4,3 0,0149
4,5 0,0159
4,7 0,0184
4,9 0,0201
5 0,0205
Circuitos eléctricos: elementos lineares e não-lineares – Projecto FEUP 27/27
Luximetro vermelho relação entre angulo e lx:
Angulo (em graus) para a direita Lx
88 3447
86 2723
84 2699
82 2224
80 1987
78 943
76 557
74 434
72 383
70 370
68 360
66 347
64 342
62 338
60 328
Angulo (em graus) para a esquerda Lx
88 3129
86 3043
84 2679
82 2463
80 1784
78 1253
76 717
74 523
72 420
70 386
68 366
66 342
64 340
62 331
60 327