CIRCUITOS MAGNETICAMENTE ACOPLADOS Prof. Edinaldo José da Silva Pereira.

23
CIRCUITOS MAGNETICAMENTE ACOPLADOS Prof. Edinaldo José da Silva Pereira

Transcript of CIRCUITOS MAGNETICAMENTE ACOPLADOS Prof. Edinaldo José da Silva Pereira.

Page 1: CIRCUITOS MAGNETICAMENTE ACOPLADOS Prof. Edinaldo José da Silva Pereira.

CIRCUITOSMAGNETICAMENTE

ACOPLADOS

Prof. Edinaldo José da Silva Pereira

Page 2: CIRCUITOS MAGNETICAMENTE ACOPLADOS Prof. Edinaldo José da Silva Pereira.

CIRCUITOS MAGNETICAMENTE ACOPLADOS

dt

tdiL

dt

tdiMLte

dt

tdiM

dt

tdiLte

22

12112

212

111

Para indutores lineares e invariantes no tempo M12 = M21 = M.

As auto-indutâncias são sempre positivas, enquanto que as indutâncias mútuas podem ser positivas ou negativas, dependendo do sentido do enrolamento das bobinas.

REGRA DOS PONTOS: quando ambas as correntes entram ou saem de um par de bobinas acopladas pelos terminais que tem o ponto, os sinais dos termos em M são iguais aos dos termos em L. Seuma das correntes entra e a outra sai, os sinais dos termos em M são opostos aos dos termos em L.

O efeito da mútua indutância é introduzir uma reatância mútua Xm ou uma impedância mútua Zm, onde Zm = jXm = jωM. 2212

2111

ILjMIjE

MIjILjE

Page 3: CIRCUITOS MAGNETICAMENTE ACOPLADOS Prof. Edinaldo José da Silva Pereira.

CASO 1: DUAS INDUTÂNCIAS SÉRIE

Leq deve ser positivo, pois caso contrário um Leq negativo forneceria uma quantidade infinita de energia para uma fonte de corrente positivamente crescente.

eqLjMLLjI

EZ

MIjILjLjE

2

2

21

21

MLL 221

O sinal da mútua mudaria se apenas um dos pontos mudasse de posição.

Page 4: CIRCUITOS MAGNETICAMENTE ACOPLADOS Prof. Edinaldo José da Silva Pereira.

CASO 2: INDUTÂNCIAS EM PARALELO

12211

12122122

12112211

20

0

LMLIjLMIj

IILjMIjIIMjILj

LMIjILjMIjIILjE

MjLjLjMjLj

MjLjLjMjLjLj

MjLjE

I

2

20

211

11

21

1

1

2

21

211

2

MLLj

MLLEI

MLL

MLL

I

ELeq 221

221

1

O sinal do denominador muda com a mudança de posição de um dos pontos da mútua.

Page 5: CIRCUITOS MAGNETICAMENTE ACOPLADOS Prof. Edinaldo José da Silva Pereira.

Para Leq ≥ 0, então:

𝐿1𝐿2−𝑀2≥0

𝑀𝑚𝑎𝑥=√𝐿1𝐿2

já que o denominador foi anteriormente analisado. Esta última é mais restritiva que a primeira. Logo,

defini-se: 𝐾=𝑀

√𝐿1𝐿2Coeficiente de acoplamento

0≤𝐾 ≤1 Em transformadores com núcleo de ferro usados em sistemas de distribuição de potência, K ≈ 1.

REFLEXÃO DE IMPEDÂNCIAS

01222

1211

MIjZIILj

EMIjILj

ZLj

MLj

I

EZ

MZLjLj

ZLjEI

2

22

11

11

2221

211

IMP. REFLETIDA (Zf)

IMP. TOTAL SECUNDÁRIO

Page 6: CIRCUITOS MAGNETICAMENTE ACOPLADOS Prof. Edinaldo José da Silva Pereira.

2

2

11

2

22

L

MLjZ

ZLj

MZ f

, quando Z 0.

≥0 𝑀 2≤ 𝐿1𝐿2

Se Z = R + jX, então Zf é:

22

22

22

22

2

22

22

22

22

2

22

Im

Re

XLR

XLMZX

XLR

RMZR

XLR

XLjRM

XLjR

MZ

ff

ff

f

Se X for indutiva (X > 0), reflete-se como uma contribuição capacitiva no primário, aumentando assim a corrente, pois cancelará parte da reatância positiva deste.

Resistência refletida

Page 7: CIRCUITOS MAGNETICAMENTE ACOPLADOS Prof. Edinaldo José da Silva Pereira.

Exemplo: A chave k foi fechada em t = 0, quando o circuito se encontrava relaxado. Determine v(t) para t ≥ 0.

02338

12345

112

221

sIIsIs

sIIsI

0

1

3823

2345

2

1 sI

I

ss

ss

Page 8: CIRCUITOS MAGNETICAMENTE ACOPLADOS Prof. Edinaldo José da Silva Pereira.

14,323,18

31

8

358

23

31358

23

3823

2345023

145

321

222

s

k

s

k

s

k

sss

s

sss

s

ss

sss

ss

I

07,0

03,0

1,0

3

2

1

k

k

k

Vtueetitv tt 14,323,12 07,003,01,055

Page 9: CIRCUITOS MAGNETICAMENTE ACOPLADOS Prof. Edinaldo José da Silva Pereira.

Exemplo: Calcular E2 sabendo que K = 1/2.

00100

444

.16

2

121 MLLKM

112

221

484810

4886100

IjIjjjI

IjIjjjI

Vj

j

jj

jjj

j

EI 022 6,1163,22

16328

400

414

4804

1008

Page 10: CIRCUITOS MAGNETICAMENTE ACOPLADOS Prof. Edinaldo José da Silva Pereira.

TRANSFORMADOR IDEAL

12

2211

12

1I

NI

IEIE

NEE

N – razão de transformação do transformador

21121

11

22

N

ZZI

N

ZE

ZN

INE

ZIE

Transferência da carga do enrolamento secundário para o primário

transferência do enrolamento primário para o secundário

A impedância é sempre modificada pelo quadrado da razão de transformação (N) e a maior impedância acontece no lado com maior número de espiras.

• Não dissipa energia• Não tem fluxo de dispersão (K = 1)• Indutância própria de cada enrolamento é

infinita

Impedância efetiva do primário

Page 11: CIRCUITOS MAGNETICAMENTE ACOPLADOS Prof. Edinaldo José da Silva Pereira.

Exemplo: Qual o valor de E1 e E2?

Solução: Usando o equivalente do primário.

0010E

1,010

1020010E

AN

II

VNEE

A

N

ZR

EI

VE

11

1011

100

11

1010

11

100

1,01

10

11

1010

1,01

1,0

12

12

2

1

1

Page 12: CIRCUITOS MAGNETICAMENTE ACOPLADOS Prof. Edinaldo José da Silva Pereira.

Exemplo: Um transformador ideal pode ser usado para representar a conexão de um amplificador estéreo, V1, com um auto-falante, RL. Determine a razão de espiras necessária para que haja máxima transferência de potência para o auto-falante. Solução:

1

2

2

1

2

1

2

1

N

N

I

I

N

N

V

V

6

1

6

1

2

2

2

1

2

2

1

1

1

2

11

1

21

22

N

N

N

N

RRN

N

I

V

RN

NI

N

NV

RIV

sL

L

L

Condição para máxima transferência de potência

Page 13: CIRCUITOS MAGNETICAMENTE ACOPLADOS Prof. Edinaldo José da Silva Pereira.

BOBINAS COM ACOPLAMENTO UNITÁRIO (L1 L2 = M2)

(I)

ZLj

MLj

I

EZ

2

22

11

1

ZLj

ZLjMjLjLjZ

2

12

21

como (L1 L2 = M2), então:

1211

2

2

1

11

1

LLZLjZLj

ZLjY

ZY

ZLj

ZLjZ

Portanto, Y é a combinação paralela de uma indutância jωL1 e uma impedância ZL1/L2.

Esta última pode ser vista como uma impedância que foi refletida por um transformador em paralelo com a impedância da bobina do primário.

Page 14: CIRCUITOS MAGNETICAMENTE ACOPLADOS Prof. Edinaldo José da Silva Pereira.

1:NI1 I2

ZjωL1

Circuito com transformador ideal

ZL1/L2

I1

jωL1

Circuito equivalente primário

1

2L

LN

Para a obtenção do correto circuito circuito equivalente do primário é necessário, somente, que .

A impedância refletida através do transformador é2

12 L

LZ

N

Z

Para a situação (I), escreve-se:

2212

2111

ILjMIjE

MIjILjE

21

1

22

1

1211

221

1

2

ILMI

IMLI

L

M

MIIL

ILMI

E

E

Eq. geral

Page 15: CIRCUITOS MAGNETICAMENTE ACOPLADOS Prof. Edinaldo José da Silva Pereira.

No caso de K = 1 ou

**1

22

1 L

LN

M

L

L

M

Considerando as equações (*) e (**), vem N

L

M

E

E

11

2

então para acoplamento unitário, a tensão de saída, E2, é N vezes a de entrada, E1, onde

O valor de N é idêntico àquele assumido pelo transformador ideal, concluindo-se que o comportamento das bobinas acopladas com K = 1 é similar ao do transformador ideal.

Em resumo, um par de bobinas acopladas com K = 1 é equivalente a um transformador ideal com razão de espiras igual a raiz quadrada da razão das indutâncias próprias do secundário pelo primário, e a uma indutância shunt no primário do transformador, de mesmo valor da indutância própria do primário.

Um transformador ideal não teria esta indutância. Por isso, pode-se dizer que um transformador ideal age como um par de bobinas com acoplamento unitário cujos valores destas indutâncias próprias são INFINITOS.

Page 16: CIRCUITOS MAGNETICAMENTE ACOPLADOS Prof. Edinaldo José da Silva Pereira.

BOBINAS COM L1, L2 E M ARBITRÁRIOS

IILjMIjE

MIjILjE

2212

2111

jωM

jωL2jωL1

+E2

-

+E1

-

I1 I2Em geral, < 1

Diminuindo-se o valor de L1 e/ou L2, pode-se obter K = 1.

jωM

jωLb

jω(L1 – La) +E2

-

+E1

-

I1 I2

jω(L2 – Lb)

jωLa

K=1

Neste caso,

jωLb

jωLm+E2

-

+E1

-

I1 I2

jωLa

+EX

-

NI2

+NEX

-

1:N

Page 17: CIRCUITOS MAGNETICAMENTE ACOPLADOS Prof. Edinaldo José da Silva Pereira.

22

22

11

LLLNLjLLNj

MNLNLjMj

LLLLjLLj

bmbm

mm

mama

MNLLN

ML

N

MLL

b

m

a

2

1

M

LN

L

M

L

MN

M

L

2

1

1

2

22

12

22122

211

2121

21111

log,)(,

ILjLjNNILjE

ILjLjNIINILjNEE

NILjILjLjE

oELjNIINILjILjmas

NILjILjILjEILjE

bmm

bmbx

mma

xmmm

mmaxa

(II)

Comparando (I) com (II),

L1, L2 e M são

conhecidos

Com quatro incógnitas e três equações, deve-se arbitrar uma das incógnitas, por exemplo, N. Assim,

Entretanto, como deseja-se indutâncias positivas, limita-se N. Neste caso,

Page 18: CIRCUITOS MAGNETICAMENTE ACOPLADOS Prof. Edinaldo José da Silva Pereira.

Em geral, escolhe-se a média geométrica destes valores extremos para arbitrar N.

1. 2.

Exercício: Monte o circuito equivalente com transformador para as bobinas acopladas apresentadas.

Solução:

3H

50H2H

Neste caso,

HNML

HMNLL

HN

MLL

L

LN

m

b

a

53

355350

57

5

32

52

50

2

1

1

2

Como o K foi baixo, , então as indutâncias La e Lb foram altas.

Page 19: CIRCUITOS MAGNETICAMENTE ACOPLADOS Prof. Edinaldo José da Silva Pereira.

EXERCÍCIOS

1. O circuito abaixo manteve a chave k fechada até t = 5 s, quando, tendo alcançado o regime, a mesma abriu. Determine v(t) para .

t = 5 s

1H

1H

1Ω10A

Page 20: CIRCUITOS MAGNETICAMENTE ACOPLADOS Prof. Edinaldo José da Silva Pereira.

2. O circuito abaixo estava em regime com a chave k conectada em a, quando em t = 0 a mesma conectou em b. Determine a corrente sobre R2 para .

V1

V2

a

b

t = 0

k

R1

R2 R3

L2L1

V1 = 10 VV2 = 20 VR1 = 1 Ω

R2 = R3 = 2 ΩL1 = L2 = 1 H

Page 21: CIRCUITOS MAGNETICAMENTE ACOPLADOS Prof. Edinaldo José da Silva Pereira.

3. O circuito abaixo estava em regime com a chave k aberta. Em t = 0 a mesma fechou. Determine a tensão sobre R3 para .

V1

t = 0k

R1 R2

R3

L2L1

V1 = 100 VR1 = R2 = R3 = 10 Ω

L1 = L2 = 1 HR4

Page 22: CIRCUITOS MAGNETICAMENTE ACOPLADOS Prof. Edinaldo José da Silva Pereira.

4. Determine a corrente sobre R2 para . Supor circuito inicialmente relaxado.

V1 = 10 VR1 = R2 = 1 Ω

R3 = 2 ΩL1 = 1 HL2 = 6 HM = 2 H

R2 R3

L2

V1 ..

R1

L1

Page 23: CIRCUITOS MAGNETICAMENTE ACOPLADOS Prof. Edinaldo José da Silva Pereira.

5. Determine a corrente sobre R2 para . Supor circuito inicialmente relaxado.

e(t)

R1

L3

L2L1

R2

. e(t) = e-t u(t) VR1 = R2 = 1 Ω

L3 = 8 HL1 = 10 HL2 = 2 H

M12 = 1 HM13 = 2 HM23 = 3 H